Edição especial Congresso de Diretores

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R$ 5,00 • ANO 7 • NÚMERO 3 • SETEMBRO/OUTUBRO - 2013

E D E R RANDE

AG O D A R O D A M R O F E DA

O T N E M I C E H CON M E G A Z I D N E APR Experiências internacionais: aprendizagem na velocidade da internet Bosco Assured by Edexcel: a certificação do primeiro sistema de ensino no Brasil Backstage Congresso de Diretores 2013




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PAD SUMÁRIO

EXPEDIENTE ANO 7 • NÚMERO 3 SETEMBRO/OUTUBRO - 2013 A Revista do PAD — Programa de Aperfeiçoamento Docente — é uma publicação do Sistema de Ensino Dom Bosco www.nossodom.com.br Diretora-Geral

Cristiane Cibele Pizzatto Gerente pedagógica

Vânia Bittencourt Coordenação de marketing

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PALAVRA DA DIREÇÃO

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PAD ENTREVISTA

Redes de conhecimento. Redes de aprendizagem – Cristiane Cibele Pizzatto

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Experiências internacionais: aprendizagem na velocidade da internet – Dr. Rob Kadel

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Redes de conhecimento e aprendizagem: caminhos para a eficácia da escola – Luciano Meira

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PAD ESPECIAL

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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

Dom Bosco Assured by Edexcel. A certificação do primeiro sistema de ensino no Brasil

Deisi Mara Cabrini Brancaleone Coordenação Editorial

Maria Cristina Lindstron Projeto editorial / Diagramação

Bruno Baccan e Iara Amaral Revisão

Editorial Curitiba Colaboração

Guilherme Dorigo Capriglioni, Igor Debiasi Sousa, Vanessa Plugiti Pereira, Andreia Cicon, Michele Oliveira, Deisi Mara Cabrini Brancaleone, Fábio Ostrowski, Cecília Castro, Lúcia Sermann, Jorge Dores, Piri Szabó, Carmen Regina Duarte Gomes e Rafaela Deiab Impressão

Especial Congresso de Diretores

Gráfica CORGRAF Tiragem

6.500 exemplares Publicidade e aquisição de exemplares

editoradombosco@dombosco.com.br Escreva para redação

editoradombosco@dombosco.com.br Direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial de textos e imagens sem prévia autorização.

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Escolas Globais: aptidões multiculturais

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Digital como segunda língua: perca o sotaque

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Minha escola: melhor escolha

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A escola-empresa: metas e práticas de sucesso

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Aprender a conviver: capacitação e mediação

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SALA DE LEITURA

40

P21: Partnership for 21st Century Skills

41

The Learning Curve: a curva da aprendizagem

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TIC Kids Online Brasil 2012: o uso da internet por crianças e adolescentes no Brasil

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BACKSTAGE CONGRESSO DE DIRETORES 2013


PALAVRA DA DIREÇÃO

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Redes de conhecimento. Redes de aprendizagem. Estivemos reunidos no Congresso de Diretores do Sistema de Ensino Dom Bosco em Fortaleza, para estudar a nós mesmos e compreender os atuais desafios com os quais se defrontam os mantenedores e diretores de instituições de educação. Uma rede de conhecimento se formou para potencializar o trabalho dos maiores responsáveis pela construção da educação em sua comunidade.

Aprimorar a estrutura das nossas escolas, capacitar e auxiliar os professores em seu papel em sala de aula, qualificar o aprendizado dos nossos alunos e fortalecer a confiança da família em relação à escola e à comunidade. Criar soluções práticas, simples, conectar os recursos frente a uma imensidão de novidades, aprender sempre, entender para onde a educação e a necessidade de nossos alunos caminham.

O Sistema de Ensino Dom Bosco deixou de ser uma empresa familiar e tornou-se parte de uma grande multinacional. Consolida com o Congresso de Diretores de 2013 sua nova identidade: uma rede formada por pessoas do mundo, com um DOM especial: a capacidade de planejar, gerir, criar, instruir, transmitir e inovar. O formato do evento possibilitou a intensa participação de todos. Nas palavras dos parceiros de mais tempo: nunca tivemos tanto a contribuir em um evento. A palavra esteve todo o tempo com os mais importantes formuladores de política da educação brasileira: os gestores das instituições de ensino, que, apoiados pelos membros do time Pearson e Dom Bosco, analisaram e propuseram soluções para situações-problema vividas nas escolas de todo o Brasil.

Afinal, por meio de livros impressos ou digitais, ferramentas ou websites, nosso principal objetivo é melhorar a vida das pessoas por meio dessa educação em movimento, ajudandoas a superar seus desafios e a construir um futuro melhor para suas vidas, enquanto vamos aprendendo sempre mais e nos inserimos num contexto educacional globalizado.

Dedicamos este projeto a todos aqueles que, com muito entusiasmo e experiência, nos ajudaram a construir uma visão muito além da caixa!

Diretora-geral – Sistema de Ensino Dom Bosco cristiane.pizzatto@pearson.com

Congresso de Diretores

Cristiane Cibele Pizzatto

Especial

Fomos estimulados a explorar o dom de educar, colocando em prática as melhorias que, neste novo mundo conectado, tornam a aprendizagem em algo leve, comunicativo e multicultural.

O produto coletivo, gerado por essa rede de conhecimento e aprendizagem, formada por representantes das mais diversas regiões e realidades, é compartilhado nesta publicação. Por meio dela, aqueles que não tiveram a oportunidade de estarem presentes no Congresso também podem se conectar à nova identidade Dom Bosco, dando continuidade à grande rede de acontecimentos. Boa leitura!


Especial Congresso de Diretores

6 PAD ENTREVISTA


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ExperiĂŞncias internacionais: aprendizagem na velocidade da internet

Especial Congresso de Diretores

A revista PAD traz uma entrevista exclusiva com o Dr. Rob Kadel, pesquisador, apresentador e educador sobre o uso da tecnologia para melhorar a aprendizagem. Desde 2000, ele pesquisa e avalia programas de tecnologia educacional em todos os nĂ­veis de escolaridade. Foi professor da Penn State University e Johns Hopkins University e, atualmente, ensina sociologia na Universidade de Colorado, Denver e realiza pesquisas para o Centro de Aprendizagem On-line da Pearson.


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PAD ENTREVISTA

Q

ual o melhor uso da tecnologia nas escolas, principalmente a tecnologia móvel? Como manter a atenção dos alunos enquanto trabalham com a internet? O uso de tecnologias móveis deve ser analisado individualmente pela escola. Porém, algo a ser levado em consideração é o fato de que mais e mais alunos carregam dispositivos móveis e têm acesso a eles durante o período em que permanecem no ambiente escolar. A escola deveria aproveitar a oportunidade em vez de tentar suprimir seu uso. Por exemplo, uma professora pode dizer: “Vocês não podem usar o smartphone de forma alguma. Quero os aparelhos desligados durante a aula.” Outra professora pode dizer: “Certo, se vocês têm smartphones, bacana, mas se quiserem usá-los deverá ser com propósito acadêmico. Portanto, se eu fizer uma pergunta para a qual vocês não têm a resposta, podem usá-los para procurar a resposta, em vez de ficarem me olhando inexpressivamente.” Agora, para avaliações, a situação mudaria, é claro. Ao fazer uma avaliação, os alunos devem demonstrar o que aprenderam, e não o que podem procurar em seus smartphones. Neste caso, faz sentido solicitar que todos os aparelhos sejam desligados durante a avaliação.

Especial Congresso de Diretores

No entanto, se o professor encorajar os alunos a usar seus aparelhos durante a aula para o aprendizado, isso os ensina a como terem mais recursos do que simplesmente aguardar a resposta do professor para cada pergunta.

C

omo as escolas devem administrar/usar as mídias sociais? Quais são os melhores caminhos? Isso depende, largamente, do tipo de mídia em uso. Mas eis dois exemplos que vi e que funcionaram muito bem: primeiro, organize um backchannel (uma conversação) de Twitter para a sua turma. Toda vez que um professor ou aluno queira tuitar algo de interessante para a turma ou escola, eles incluem um hashtag específico. No meu curso de Sociologia da Educação na Universidade do Colorado, em


9 Denver, eu encorajo meus alunos a incluir o hashtag #socy3050, o número do meu curso, a qualquer tweet que possa ser de interesse para nosso melhor entendimento da sociologia da educação. Dessa forma, eu e meus alunos podemos acessar aquele hashtag de tempos em tempos e ler o que os outros postaram. A segunda prática muito eficaz é a de usar os grupos do Facebook para o aprendizado. Existem hoje três grupos: aberto, fechado e secreto. Um grupo secreto, por exemplo, permite que professores e alunos dividam informações da turma entre si, mas restringe o acesso do que foi postado a pessoas que estejam fora do grupo. é quase como ter um clube secreto dentro do Facebook, e pode ser tão prazeroso quanto educacional.

“É muito mais fácil dizer aos alunos o que devem saber, fazer ou dizer para depois ensiná-los a saber...”

V

ocê poderia indicar algumas mídias sociais e dicas de como os professores podem usá-las?

Ouvimos falar muito dentro da literatura da pesquisa e prática sobre a “sala de aula às avessas” em que, para fazer uma descrição simples, os alunos realizam suas tarefas de casa antes de os professores ensinarem o conteúdo. Isso requer que o professor assuma um pequeno risco. é muito mais fácil dizer aos alunos o que devem saber, fazer ou dizer para depois ensiná-los a saber, fazer ou dizer (ou o que não dizer) do que pedir aos alunos para fazerem o trabalho primeiro e depois receberem orientação e facilitação no aprendizado do conteúdo. No primeiro exemplo, é mais fácil para o professor dizer: “Eu fiz a minha parte. Agora façam a de vocês e irei avaliá-los.” Da mesma forma é muito mais difícil dizer: “Façam o que puderem com os recursos (vídeos, leitura, exercícios etc.). Depois vou avaliar seus trabalhos e ajudá-los a preencher as lacunas.” Professores neste cenário devem aprender a confiar em seus alunos, para que façam a parte deles. Para entender melhor sobre as “salas ao avesso”, sugiro uma olhada no blog da Kathy McKnight, outra pesquisadora da Pearson Research and Innovation Network.

N

o vídeo apresentado pelo senhor no congresso, percebemos que ainda estamos distantes deste futuro. Quais são os conceitos que devemos elaborar para começar a mudar nossas escolas?

Congresso de Diretores

Algumas das tecnologias, como o modelo holográfico do coração humano ou a imagem projetada do professor, estão um pouco distantes ainda. Porém, muitas das estratégias mostradas no vídeo já estão disponíveis, como o aprendizado com base em projetos — a invenção de Rey, Grand Challenge, os exercícios de role-playing e a World Health Conference, da Vitoria,

Especial

Os dois exemplos que citei ajudam a abordar a questão. Eu adicionaria mais uma, a Pinterest (www.pinterest.com>). Atualmente, essa é a mídia social que mais cresce na internet. Ela permite que os membros configurem versões virtuais do antigo conceito de “quadro de avisos”, onde posso não só colocar fotos, receitas, ideias e histórias do meu interesse, mas compartilhar tudo isso com outros e ver o que eles estão compartilhando também. Um professor poderia configurar um quadro do Pinterest para sua turma e compartilhar todo tipo de informação, enquanto os alunos podem “seguir” o professor e os outros estudantes.

N

a sua palestra no congresso, o senhor disse que as salas de aula hoje tendem a ter professores que apenas falam e, portanto, permitem pouca interação. O senhor poderia sugerir como termos diferentes abordagens em sala e indicar estudos de caso?


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PAD ENTREVISTA

“O problema é que muitas dessas tecnologias ainda não foram elaboradas de forma coerente...” assim como as sugestões para aprendizado de orientação através de dados (parecido com o jogo da Simone, de dashboards, que ela joga com o pai). A geolocalização também pode ser usada na aprendizagem, como eu descrevi recentemente.

Especial Congresso de Diretores

As estratégias de mídias estão presentes em muitas áreas, como no aprendizado colaborativo que a Vitoria experimentou na Conferência Mundial de Saúde. Ainda hoje, alunos de diferentes países podem utilizar ferramentas das mídias sociais para se conectarem uns aos outros e compartilhar ideias de como resolver determinada questão. O problema é que muitas dessas tecnologias ainda não foram elaboradas de forma coerente e ainda são muito caras. Por exemplo, o dispositivo de cabeça dentro dos óculos da Simone é muito parecido com os óculos da Google. Porém, esses óculos ainda estão em desenvolvimento e são muito caros. é importante levarmos em consideração as experiências com as mídias sociais e as oportunidades mostradas no vídeo que se apresentam fora da sala de aula. Estamos muito próximos dessas experiências de aprendizagem, e, com o tempo, elas virão de forma mais equilibrada, talvez não da maneira como projetamos a educação no futuro, mas baseadas no uso das ferramentas de aprendizagem adaptativas, na aprendizagem transformacional, na neurociência ou em aventuras educacionais orientadas através de dados.


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Especial

Congresso de Diretores


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PAD ENTREVISTA

Redes de conhecimento e aprendiz@gem

Especial Congresso de Diretores

Caminhos para a eficácia da escola Confira a entrevista com Luciano Meira, professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, graduado em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia do Recife e, também, mestre em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco. Luciano Meira é Ph.D. em Educação Matemática pela University of California at Berkeley.


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PAD ENTREVISTA

Q

ual é o papel da escola hoje? Qual você imagina ser o daqui a 10 anos?

Acredito que o papel da escola, hoje e num futuro próximo, está na promoção de novos arranjos sociais, através da criação de ambientes de aprendizagem imersivos, capazes de fomentar o interesse dos alunos pelas disciplinas da escola, por formas diversificadas de produção de conhecimentos, valorizando a vinculação entre professores e alunos. Esses novos arranjos dependem da inserção da escola no mundo da cultura digital, da virtualização, do uso de aplicativos em rede e dos games — exemplos da linguagem de mídias própria da juventude contemporânea e do mundo do trabalho na atualidade.

C

omo as escolas devem se preparar para os estudantes e os professores de hoje?

Especial Congresso de Diretores

Esse preparo deveria incluir desde uma gestão preparada para entender às demandas e tendências de uma cultura digital, cada dia mais entranhada no cotidiano de crianças e jovens,

até a habilitação dos professores à escuta e ao diálogo com seus alunos, passando também por coisas mais simples, como o provimento de rede wi-fi no prédio da escola e programas tecnológicos do tipo BYOD (bring your own device).

O

que é inovação e como implementá-la nas escolas?

Inovação pode ser representada de muitas formas. Em educação, os processos de inovação deveriam estar vinculados principalmente à criação de plataformas de produção de sentidos ou a redes de aprendizagem capazes de capturar a atenção e o imaginário de alunos e professores. Dessa forma, inovação na escola podem ser aulas que acontecem em redes sociais ou, até mesmo, a abolição da aula como forma de arranjo social adequado para a aprendizagem. Por isso, convido os educadores e alunos ao que chamo “hackear a escola”, ou seja, criar plataformas diferenciadas e contextualmente relevantes para a aprendizagem, que apoiem a emergência, em escala, de novos arranjos sociais para a educação.


A

estrutura escolar e o modelo de aulas se mantêm os mesmos há décadas, como você apontou em sua palestra. De que forma começar a repensar uma nova estrutura? Penso que transição poderia empregar diferentes tipos de inovação, para diferentes partes da atividade escolar, num modelo do tipo 70-20-10, que poderia iniciar assim no ano de transformação da escola: (a) aumentar continuamente a eficiência e promover a eficácia de 70% das coisas que já fazemos no ambiente escolar; (b) substituir 20% de nossas práticas atuais por outras já validadas em outros ambientes educacionais; (c) transformar radicalmente 10% dos métodos e arranjos interacionais atualmente empregados, inclusive com inspiração em práticas usadas em ambientes não escolares. Se a cada ano procedêssemos assim, em poucos anos teríamos transformado profundamente a escola, em direção ao atendimento das demandas de seus principais usuários: alunos, professores e familiares.

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Dessa forma, inovação na escola podem ser aulas que acontecem em redes sociais ou, até mesmo, a abolição da aula como forma de arranjo social adequado para a aprendizagem.”

Especial Congresso de Diretores


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PAD ENTREVISTA

...podemos empregar processos de gamificação capazes de transformar toda a vida escolar numa aventura imersiva...”

H

Especial Congresso de Diretores

á alguma medida certa no uso de games? Existe algum limite? Qual deve ser o papel do professor com isso?

Não acredito numa medida para o uso de games na educação, acredito apenas na necessidade de desenharmos um percurso didático (através do que chamamos “design instrucional”) que responda adequadamente aos desafios do ensino. Mais que isso, podemos empregar processos de gamificação capazes de transformar toda a vida escolar numa aventura imersiva de aprendizagem, como fez a escola Quest to Learn (<www.q2l.org>), nos EUA. Podemos também usar intensivamente plataformas gamificadas com foco na construção de competências e na aprendizagem de conteúdos específicos, como é o caso aqui no Brasil do trabalho que realizamos com as Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação, desenvolvidas pela Joy Street (<www.joystreet.com.br>).


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Especial

Congresso de Diretores


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PAD ESPECIAL

Dom Bosco Assured by Edexcel

A certificação do primeiro sistema de ensino no Brasil O Sistema de Ensino Dom Bosco é o primeiro sistema de ensino do país a receber certificação internacional de qualidade. Com isso, os professores e coordenadores formados nas Jornadas Pedagógicas e nos Programas de Implantação e Aperfeiçoamento Docente, conduzidos pela equipe do Sistema, receberão certificado de conclusão emitido e chancelado pelo Edexcel, maior organismo de certificação de pessoas do Reino Unido.

Especial Congresso de Diretores

Durante o Congresso de Diretores, Cristiane Pizzatto, diretora geral do Sistema de Ensino Dom Bosco, anunciou uma grande conquista para toda a rede de aprendizagem presente: Dom Bosco Assured by Edexcel. Com mais de 170 anos, o Edexcel, com suas renomadas qualificações BTEC (Business & Technology Education Council), posiciona-se na vanguarda da educação profissional. Essas qualificações são utilizadas em programas de formação por instituições espalhadas em mais de 100 países e certificam seus alunos e funcionários. Edexcel é o maior órgão de certificação autorizado pelo governo britânico para desenvolver qualificações acadêmicas e profissionais. A certificação obtida pelo Sistema foi resultado de um projeto minucioso de avaliação de seus processos, construído com base na necessidade

de padrões internacionais de qualidade para ofertar a seus parceiros diferenciais competitivos no mercado. Os objetivos de qualidade que norteiam a certificação foram desenvolvidos pelo Edexcel com a colaboração de David Crossley, especialista mundial de K-12 — educação básica — e autor dos livros Learn to transform e Sustaintable school transformation, ambos sem tradução para português. Em julho, o Sistema de Ensino recebeu auditores da equipe Edexcel do Reino Unido, liderada por Elizabeth Crofts, gerente internacional de qualificações e avaliações profissionais, e David Crossleyes, que visitaram as instalações do Dom Bosco e de unidades escolares conveniadas ao Sistema de Ensino, a fim de validarem os processos em relação aos objetivos de qualidade definidos pelo programa Edexcel. Com grande experiência no desenvolvimento de qualificações profissionais e acadêmicas e na realização periódica de controles de qualidade sobre os programas de aprendizagem que utilizam suas qualificações, o Edexcel colocase em posição ideal para ajudar a garantir que os sistemas e processos do Sistema Dom Bosco sejam cuidadosamente desenvolvidos e corretamente executados.


19 O Edexcel Assured é uma referência independente para organizações que oferecem programas de formação e aprendizagem, endossando a qualidade dos seus sistemas e processos para proporcionar aos alunos a melhor experiência de aprendizado possível.

Com a certificação Assured by Edexcel, o Sistema de Ensino Dom Bosco consolida o conceito de redes de aprendizagem e de conhecimento, proporcionando padrões de qualidade internacionais e respeitando as características e o perfil de negócio das escolas parceiras.

O Sistema de Ensino Dom Bosco é o primeiro no Brasil a ser endossado por um organismo de certificação internacional. Nesse processo, o Edexcel se baseou em objetivos de qualidade divididos em duas grandes áreas para medir e avaliar a qualidade do Sistema de Ensino e de seus programas de formação: 1. Gestão da organização, que contempla requisitos de processos para recursos humanos; desenvolvimento humano; infraestrutura; estrutura organizacional e sistemas administrativos. 2. Gestão de treinamentos e desenvolvimento, que por sua vez abarca os requisitos de manutenção da qualidade; funções e trabalho em equipe; revisão, avaliação e melhorias; recrutamento de treinandos; suporte a treinandos e recursos e reclamações. Como benefício aos parceiros Dom Bosco, os materiais didáticos do Sistema de Ensino recebem em suas capas o selo Edexcel Assured.

Especial Congresso de Diretores

Tal condição impacta diretamente na eficácia dos processos de ensino-aprendizagem por meio do reconhecimento internacional na capacitação de professores, coordenadores e diretores. Sob o ponto de vista das estratégias de marketing usadas pela escola, essa informação, adequadamente apresentada à comunidade escolar, fortalece sua posição no mercado.


Especial Congresso de Diretores

20 EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO


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Estações do

Conhecimento Neste ano, algumas estações de trabalho fizeram parte da programação do Congresso de Diretores 2013. Elas proporcionaram a integração entre os diretores por meio de grupos de trabalho, que desenvolveram propostas e ações para solucionar eventuais situações-problema do dia a dia escolar. Foram momentos de troca de experiências e compartilhamento de grandes ideias. Especial Congresso de Diretores


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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

Estação Escolas globais: aptidões multiculturais A estação Escolas globais: aptidões multiculturais contou com a palestra de abertura de Rob Kadel e Piri Szabo, que abordaram a evolução das necessidades e expectativas dos alunos em relação ao ambiente de aprendizagem e a pouca evolução da escola em relação a essas demandas. A pesquisa de Harvard apresentada por Rob Kadel demonstrou que os alunos não tinham interesse por ambientes onde o professor era o centro da aprendizagem, mas que se sentiam mais motivados e interessados quando podiam participar ativamente do processo de aprendizagem, seja como parte do grupo de discussão, desenvolvendo trabalhos, ou em outras atividades que proporcionavam maior interação entre alunos, professores e conteúdo.

Especial Congresso de Diretores

O palestrante também ressaltou que muitas outras áreas como tiveram sua evolução clara e citou exemplos diversos, que abordaram desde equipes médicas até policiais, em que existiam trabalhos individuais baseados em um único especialista, ausência de trabalho em grupo, disponibilidade de pouca tecnologia e layouts rígidos. Essas características foram substituídas pelo desenvolvimento de trabalho em equipes multidisciplinares e colaborativas, inclusão de tecnologias e flexibilização de ambientes. Rob Kadel destacou que a sala de aula pouco evoluiu nas últimas décadas em relação ao seu formato original, principalmente quando comparada a outras áreas, como as citadas anteriormente, em que ainda encontram o professor como detentor da informação e os alunos como receptores de conteúdo, além do uso incipiente de tecnologias em sala de aula e trabalhos pouco motivadores para os alunos e professores. Finalmente, Kadel evidenciou a importância da adaptação do ambiente de ensino-aprendizagem para o contexto atual e como o formato de grupos de trabalho, a introdução à tecnologia, a adequação de salas,

entre outras inovações, podem transformar a educação e trazer resultados efetivos para aprendizagem. O mercado oferece diferentes recursos para melhorar e facilitar os processos educacionais, mas também apresenta novos desafios e demandas para escolas e seus gestores em contexto globalizado. Piri Szabo ressaltou que o mundo contemporâneo está integrado por complexas redes de conhecimento e comunicação e que, para se preparar efetivamente os jovens para essa realidade, as redes sociais e o ensino da língua inglesa devem de alguma forma fazer parte da realidade escolar. Com o objetivo de preparar os gestores de escolas para esse novo cenário, Piri Szabo apresentou alguns estudos de caso: Situação 1: uma empresa multinacional está iniciando suas operações no Brasil e procura sua escola para iniciar uma parceria, com o objetivo de ofertar aos filhos de seus funcionários brasileiros e estrangeiros ensino bilíngue. Situação 2: quais os passos para implementar ensino de inglês com maior qualidade e como as tecnologias podem promover o suporte necessário. Todos os grupos discutiram as situações e colocaram propostas significativas para os processos de gestão escolar. Confira a síntese do trabalho realizado pelos grupos que atuaram nesta estação.


23 OFICINAS E CURSOS

TURMAS REDUZIDAS USO DAS REDES SOCIAIS AMBIENTE DIFERENCIADO

AJUSTE DA CARGA HORÁRIA

ADEQUAÇÃO DA ESTRUTURA DA ESCOLA

PROMOVER O ACESSO A CURSOS À DISTÂNCIA

OFERTAR O INGLÊS NO CONTRATURNO

FORTALECER O IDIOMA ANTES DE IMPLANTAR O BILÍNGUE

PRATICAR O INGLÊS CONTINUAMENTE

FORTALECER O ENSINO DO INGLÊS

FAZER O LEVANTAMENTO DO CONHECIMENTO DO PROFESSOR NO IDIOMA

MATERIAL DIDÁTICO INOVADOR

USO DE TECNOLOGIAS EM INGLÊS

CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR

CRIAÇÃO OU AMPLIAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA

USO DO FACEBOOK PARA CAMPANHA DE MATRÍCULAS

COMUNICAÇÃO VISUAL DA ESCOLA

CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ATENDIMENTO

PREPARAR A ESTRUTURA DA ESCOLA

PROPOSTA DOS GRUPOS

USAR O BILÍNGUE COMO DIFERENCIAL

COORDENADOR ESPECÍFICO NA ÁREA DE LÍNGUAS

PROJETOS VOLTADOS PARA O BILÍNGUE

COMUNICAÇÃO

INFORMAÇÕES EM INGLÊS NOS MURAIS

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DIFERENCIADO

PROMOVER INTERCÂMBIO COM OS ALUNOS

FIDELIZAÇÃO DO PROFESSOR

DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE CARREIRA

INVESTIMENTO MOTIVAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

PREPARAÇÃO PARA A MUDANÇA

MERITOCRACIA

INFORMAÇÕES EM INGLÊS NOS MURAIS

ASSESSORIA PEDAGÓGICA

INTERCÂMBIO APOIO PEARSON

Congresso de Diretores

REVER O VALOR DA MENSALIDADE

Especial

CAPACITAÇÃO DE PESSOAL


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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

Estação Digital como segunda língua: perca o sotaque A partir do século XX, o avanço tecnológico desencadeou uma nova ordem de transformações sociais, culturais, políticas e econômicas. A sociedade contemporânea, cada vez mais tecnológica e globalizada, nos desafia e pede soluções sofisticadas, que exigem constante atualização, seja no mundo do trabalho ou da escola, seja no ritmo ou nas atribuições cotidianas. Como preparar nossos alunos para o enfrentamento desses desafios? Como criar condições para que eles possam solucionar tais problemas, superando-os em nome de um futuro melhor?

Especial Congresso de Diretores

Pensando na educação de nossos alunos, nativos digitais, impõe-se a necessidade de modificações no âmbito escolar. É preciso instrumentalizá-los para o uso das linguagens multimodais, tão presentes em nossa realidade, para que possam analisar, refletir e agir com o apoio desses recursos, sempre privilegiando a qualidade das relações humanas. Devemos preparar nossos alunos para um mundo profissional e social que nos coloca continuamente em situações de desafio, que requerem cada vez mais saberes impregnados de tecnologia.

Portanto, do ponto de vista educacional, exige-se um modelo voltado para o desenvolvimento de um conjunto de competências e habilidades essenciais, a fim de que nossos alunos possam efetivamente compreender e refletir sobre a realidade, interagindo com autonomia no contexto de nossa sociedade. As soluções digitais Pearson pretendem universalizar os recursos tecnológicos e integrar os recursos humanos (professores, coordenadores e diretores), dinamizando o ensino em todos os segmentos e trazendo a escola para perto do aluno, aproximando-se de sua linguagem, cada vez mais pautada pela internet e pelo rápido fluxo de informações. A utilização da tecnologia na educação, com atualização permanente e ágil dos conteúdos, é a estratégia que utilizamos. Os materiais propostos preparam os alunos para a mudança, para aprender a aprender, para aprender a saber e para aprender a ser, ampliando e privilegiando o pensamento autônomo e crítico, as possibilidades de comunicação e criação necessárias às responsabilidades futuras de cidadania. A pesquisa TIC Kids Online, desenvolvida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (www.cgi.br) e publicada no começo deste ano, mapeou o uso e os hábitos de crianças e adolescentes. Pela primeira vez no país, uma investigação buscou identificar as oportunidades e os riscos associados ao uso da internet por jovens brasileiros de 9 a 16 anos. Entender como eles acessam e utilizam a internet, os riscos on-line e sua percepção em relação à segurança na rede e delinear experiências, práticas e preocupações dos pais e responsáveis relacionadas ao uso da internet por parte desses jovens permitirão que os gestores das escolas conveniadas ao Sistema de Ensino Dom Bosco determinem suas políticas internas de uso das tecnologias voltadas para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. Observando os dados apresentados a seguir, percebe-se que a frequência de uso da internet


25 Frequência de uso da internet por faixa etária e classe social Frequência

Geral (%)

Faixa etária (%)

Classe social (%)

9 - 10 anos

11 - 12 anos

13 - 14 anos

15 - 16 anos

AB

C

DE

45

17

Todos os dias ou quase todos os dias

47

36

43

53

56

66

Uma ou duas vezes por semana

38

45

41

34

32

29

39

53

Uma ou duas vezes por mês

10

12

12

9

8

3

10

24

Menos de uma vez por mês

5

7

4

4

4

1

6

7

Não sei

1

Fonte: TIC Kids 2013

cresce à medida que a idade avança e é mais presente entre os segmentos de classe A e B. A frequência de acesso à internet apresentada na tabela nos leva a perguntar: se 47% das crianças e adolescentes usam a internet

diariamente, quais conteúdos são acessados por eles? A mesma pesquisa nos dá indicadores. Se por um lado os entrevistados afirmam que as atividades realizadas na internet estão ligadas aos trabalhos escolares, por outro, o universo do

Atividades realizadas na internet pelos respondentes por faixa etária e classe social Atividades

Geral (%)

Faixa etária (%)

Classe social (%)

9 - 10 anos

11 - 12 anos

13 - 14 anos

15 - 16 anos

AB

C

DE

Usar a internet para trabalho escolar

82

68

85

87

87

81

83

82

Visitar um perfil/página de uma rede social, como Orkut e Facebook

68

44

66

77

80

76

68

49

Assistir vídeos (por exemplo, no Youtube)

66

53

65

69

76

77

66

44

Jogar games com outras pessoas na internet

54

59

60

48

51

63

50

52

54

28

52

64

69

65

52

38

Usar mensagens instantâneas com amigos ou contatos Enviar/receber e-mails

49

19

48

59

67

57

49

34

Baixar músicas ou filmes

44

18

36

56

63

53

41

39

Ler/assistir às notícias na internet

42

16

36

47

66

48

40

40

Colocar (ou postar) fotos, vídeos ou músicas

40

14

35

51

57

49

39

30

24

9

20

32

33

31

23

15

17

12

21

18

16

21

16

13

16

10

22

17

15

18

17

13

14

6

13

16

18

20

12

6

Entrar em salas de bate-papo

12

5

11

13

16

10

12

12

Escrever em um blog ou diário on-line

10

5

6

15

13

16

8

3

6

1

4

7

12

7

7

1

Colocar (ou postar) uma mensagem num site Ficar um tempo num mundo virtual Criar um personagem, bicho de estimação ou avatar Usar uma webcam

Usar sites de compartilhamento de arquivos Fonte: TIC Kids 2013


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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

entretenimento está bastante presente. Também é de se atentar para a presença da construção de conteúdos na internet, por meio de postagem de fotos, diários ou mensagens em sites. Apesar de não ser, necessariamente, conteúdo acadêmico, é inegável que existe a produção por parte desses usuários.

A pesquisa nos indica a frequência do uso da internet para cada atividade mencionada pelos entrevistados e, então, a resposta final pode ser construída. Apesar de identificarem as atividades escolares como padrão, a frequência desse uso é muito inferior à de entretenimento. O nativo digital apresenta características de uma geração que quer agilidade, múltiplos

Frequência com que os respondentes de 11 a 16 anos realizam atividades na internet Discriminação

Todos os dias ou quase todos os dias

Uma ou duas Uma ou duas vezes por semana vezes por mês

Não Sei

Visitar um perfil/página de uma rede social, como Orkut e Facebook

53

35

12

0

Usar mensagens instantâneas com amigos ou outros contatos

53

35

11

0

39

46

14

1

39

46

15

0

37

44

19

0

Colocar (ou postar) uma mensagem num site Enviar/receber e-mails Assistir vídeos (por exemplo, no Youtube) Jogar games com outras pessoas na internet Baixar músicas ou filmes

35

45

19

1

32

48

19

1

Ler/assistir às notícias na internet

31

47

21

1

24

43

31

1

13

49

38

0

Colocar (ou postar) fotos, vídeos ou músicas Usar a internet para trabalho escolar

Especial Congresso de Diretores

Fonte: TIC Kids 2013

caminhos de aprendizagem e diferentes formas de linguagem e aprendizagem de modo mais interativo e divertido. Com ricos recursos de multimídia, as soluções digitais são apresentadas com muitas imagens, ilustrações, animações, infográficos e vídeos, tornando mais atraentes a apresentação do professor e o estudo do aluno. Diferentemente do modelo educacional dos séculos XIX a XXI, no qual os alunos são percebidos como elementos passivos e receptivos, nessa nova realidade os alunos são agentes do próprio aprendizado.

A educação tecnológica deve ser projetada em torno de como os alunos aprendem, advertindo que atualmente, em muitos casos, a tecnologia é usada para apoiar as práticas de ensino existentes, em vez de transformar o ensino e a aprendizagem. E aqui vemos o importante papel do professor nessa mudança. Para os professores, os meios multimodais fornecem ferramentas que permitem repensar a prática pedagógica em sala de aula. O domínio dessas ferramentas é essencial no processo pedagógico, pois a familiaridade dos alunos


27 com esses meios não se traduz em proficiência no seu uso, sendo fundamental a mediação dos professores para a realização das atividades. Portanto, o sucesso do uso dos recursos tecnológicos em sala de aula está diretamente ligado ao sucesso dos professores em desenvolver e planejar o uso das tecnologias para a prática de aula, com base não apenas nos conhecimentos esperados que os alunos construam, mas nos conhecimentos que eles demandam construir. Para acompanhar o desenvolvimento dos alunos, um pilar fundamental é o processo de avaliação formativa ou processual, em que o conjunto de atividades permite que eles aprendam e o professor verifique sua evolução no desenvolvimento das competências e habilidades esperadas, agindo de forma

personalizada na orientação de seu estudo, sugerindo leituras complementares ou propondo atividades ligadas a outros tópicos ou disciplinas. O currículo escolar integrado aos recursos eletrônicos favorece esse processo de avaliação da aprendizagem quando possibilita múltiplas revisões e correções entre a primeira e a última versão, em virtude da facilidade para modificar, inserir mais informações e mudar a sequência de apresentação de textos, gráficos, desenhos, vídeos etc. As escolas, por meio de seus mantenedores, precisam analisar os benefícios que cada solução tecnológica apresenta para a comunidade escolar. Assim, cabe observar o quadro a seguir:

OBJETIVO

ATO DE ENSINAR

ATO DE APRENDER

PROTAGONISMO DO PROFESSOR

PROTAGONISMO DO ALUNO

TECNOLOGIA EDUCACIONAL

AVALIAÇÃO:

INTERAÇÃO:

ENTREGA DA AULA:

ACESSIBILIDADE:

CLASSBUILDER VIRTUAL LABS

LIVRO ELETRÔNICO PORTAL NOSSO DOM DOM DIGITAL

BENEFÍCIOS

Congresso de Diretores

MANGAHIGH LEITURA E COMPANHIA ROTEIROS DIGITAIS VIRTUAL LABS

Especial

MANGAHIGH LEITURA E COMPANHIA ROTEIROS DIGITAIS


28

EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO de auxiliar um gestor de uma escola fictícia de médio porte, na seguinte situação:

As soluções digitais Pearson pretendem revolucionar o processo de ensinoaprendizagem. O uso da tecnologia em sala de aula trouxe para os alunos tudo o que ocorre no mundo por meio de diferentes linguagens multimodais, possibilitando que o professor contextualize as informações e dê significado ao conhecimento. Os produtos oferecem novas formas de autoria, criam oportunidades de se aprender com jogos e simuladores e permitem processos de avaliação formativos por meio dos sistemas de gestão de aprendizado, promovendo, enfim, uma educação personalizada, a qual gera aprendizagem significativa e mudança sistêmica. Didaticamente, as soluções digitais contemplam o uso tanto por parte do professor, durante sua aula, como recurso de apoio e ilustração, quanto do aluno, em sala de aula ou em casa, oferecendo autonomia para navegação de diversas maneiras, o que facilita a organização do conteúdo e o tempo de aprendizado adequado para cada um. Sendo assim, sua escola oferece tudo isso para seus alunos? Em que século ela está?

Os participantes foram organizados em pequenos grupos e, com a exploração das soluções digitais ofertadas pela Pearson, puderam trocar ideias e esboçar um plano estratégico para que a escola faça a transição para uma cultura digital.

Com tal cenário em mente, os participantes da estação, divididos em times, receberam a tarefa

A síntese da produção desta estação foi organizada em forma de fluxo. Observe:

Tendências de mercado, demandas de clientes, perfil de infraestrutura e do corpo docente, soluções disponíveis no sistema de ensino, estratégias de comunicação da marca.

Especial Congresso de Diretores

A escola recebe famílias que buscam conhecer as características e dependências para matricular seus filhos. São apresentados as dependências e o Projeto Político Pedagógico, enaltecendo a localização da escola e suas melhores características. Os clientes questionam o fato de não terem visto na escola ferramentas digitais de ensino e aprendizagem. Apesar da consistência da metodologia de ensino e da qualidade de aprendizagem, os clientes demandam um plano ou uma previsão de aquisição e inserção de recursos digitais na escola, pois consideram essencial o domínio de tais tecnologias como diferencial de qualidade para a educação de seus filhos. O mantenedor dessa escola precisa responder a essa demanda para se reposicionar no mercado. Que plano estratégico ele deve adotar para que a escola se torne digital e possua recursos agregados ao processo de ensino-aprendizagem?

PLANO ESTRATÉGICO DIGITAL COMO SEGUNDA LÍNGUA

DIAGNÓSTICO

Capacitação técnica e pedagógica, aquisição e instalação de equipamentos e programas, ações de comunicação.

SERÁ NECESSÁRIO INVESTIR?

REALIZAR PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE PERFORMANCE E UPGRADE

SIM

Monitorar e metrificar resultados.

AVALIAR METAS PARCIAIS DEFINIR KPIs

EXECUTAR PLANO DE AÇÃO

É NECESSÁRIO FAZER AJUSTES NO PLANO DE AÇÃO?

SIM / NÃO

Identificar estratégias, definir plano de prioridades, determinar responsáveis, realizar P&L e construir plano de ação.


29 Estação Minha escola: melhor escolha Estamos no mercado de serviços, extremamente concorrido, o qual representou, segundo dados de 2012, 70% do PIB brasileiro, algo em torno de 3,1 trilhões de reais. Segundo Philip Kotler, o grande pai do marketing, define-se como intangibilidade qualquer ato ou desempenho que não pode ser visto, ouvido, cheirado e saboreado antes de ser adquirido. Outro fator importante é a inseparabilidade, em que a produção e o consumo são indissociáveis. Já a variabilidade depende de fatores humanos, que envolvem pessoas com perfis distintos, em que a entrega dos serviços depende delas. Por fim, existe a perecibilidade, em que é possível estocar o serviço e somente perceber valor quando consumido. Muitos já ouviram falar dos 4 Ps do marketing, definidos por Kotler, que significam o estudo sobre preço, praça e promoção, compreendendo o velho sentido de concretizar a venda de um produto. Mas Kotler, para o setor de serviços, sugere outros três Ps, focados nas necessidades dos clientes, atentando-se a seu aspecto humano — e isso tem muito a ver com educação. Atualmente, os consumidores buscam escolas cujos valores abordem suas mais profundas necessidades de justiças social, econômica e ambiental. Eles não procuram apenas satisfação funcional e emocional, mas autorrealização nos serviços que escolhem na hora de matricular seus filhos.

4. Tangibilidade: trata-se da observação do ambiente físico, da organização, da limpeza e do fluxo de pessoas, fatores também determinantes para escolha de uma instituição. Mas como exatamente trabalhar a diferenciação dos serviços? Seus consumidores geralmente confiam mais nas informações boca a boca que em propaganda. Atualmente, mais de 75% dos pontos que influenciam na escolha de pais ou responsáveis pela escola estão na indicação de conhecidos. São consumidores que conferem valor aos atributos e benefícios quando julgam a qualidade dos serviços oferecidos. Normalmente, quando todos os satisfazem, tornam-se fiéis e passam a recomendar a escola a outros possíveis clientes. Porém, quando não atribuem valor ao serviço, percebendo-o apenas como mais um em meio a tantos outros, passam a se preocupar menos com a qualidade e mais com o preço. A distinção é o desenvolvimento de um conjunto de diferenças significativas em relação à concorrência. Assim, buscar ser singular sem perder a proposta de valor para o cliente possibilita oferecer o serviço mesmo por um preço premium. Portanto, a diferenciação advém de atividades específicas executadas pela escola e como elas afetam os clientes, pois não importa como tratamos nosso produto/ serviço, mas como o cliente percebe valor nele. A oferta só é bem vista por responsáveis

Congresso de Diretores

1. Confiança: capacidade que temos em executar os modelos de gestão com segurança e precisão, pois o serviço é uma promessa, e vendemos a honestidade quando nos comprometemos com a entrega no prazo esperado pelo cliente.

3. Segurança: envolve conhecimento, comprometimento e habilidade que a equipe de funcionários precisa ter para transmitir credibilidade e confiança na prestação de serviço, além da empatia, pois agrega valor na qualidade de serviços percebidos quando a atenção é personalizada segundo as necessidades de cada cliente.

Especial

É muito difícil avaliar serviços, uma vez que derivam de uma expectativa dos clientes e dependem de alguns pontos-chave para se chegar à fórmula do sucesso, aumentando nosso desempenho diante do que pais e alunos esperam. Os itens a seguir indicam pontos-chave a serem analisados.

2. Atendimento: trata-se do desejo de ajudar os clientes e proporcionar atendimento imediato às suas demandas, as quais dependem de uma equipe escolar bem preparada — direção, supervisão, coordenação, equipe pedagógica, secretários e assim por diante.


30

EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

uma vez definido o diferencial de mercado da escola, precisamos achar seu posicionamento, ou seja, não nos preocuparmos com a oferta, mas com a mente do nosso potencial cliente. Não importa quem achamos que somos, mas como os clientes veem nossa marca perante a comunidade. Isso faz a escola se posicionar no mercado e garantir uma posição valiosa na mente do cliente. Um marketing escolar bem-sucedido começa com um posicionamento de marketing, representando uma imagem de escola que não se confunda com outras instituições, de uma forma única, íntegra, sustentável e com foco, pois o posicionamento ganha mais importância quando se é comparado com algo que está no mercado. Portanto, podemos chamar de posicionamento competitivo o resultado do comparativo de ofertas que pais e responsáveis realizam quando vai matricular seus filhos. Assim, pensar numa avaliação mais precisa sobre a concorrência e o que efetivamente está acontecendo no mercado é fundamental para estar à frente com grande destaque e visibilidade de marca na região. Atividade proposta na estação

Especial Congresso de Diretores

e alunos quando a própria escola aprecia o que está sendo oferecido, pois nem sempre a singularidade é garantia de diferenciação, a não ser que o cliente perceba seu valor. O valor é um conjunto de benefícios cuja diferença é percebida entre o valor e o custo total para o cliente. Logo, temos duas formas de criar valor para o cliente: elevar os benefícios ou reduzir os custos. Contudo, em educação, reduzir os custos sem ganhos de escala é perigoso, porque isso representa apenas 10% das decisões de compra. é importante se atentar à diferenciação e, quando necessário, elevar o valor ao cliente e perceber o que é compreendido por ele e, com esse cenário, atender a seus desejos.

A atividade proposta foi desenvolvida por meio de quatro cenários fictícios. Cada equipe foi responsável em definir um foco, os diferenciais competitivos (a proposta, a forma como entrega e qual o valor percebido para comunidade), para assim chegar a um posicionamento de mercado no cenário apresentado. A cada rodada das estações, um conjunto de aproximadamente 80 pessoas se dividia em quatro grupos. Elas puderam sugerir ações de marketing diante das necessidades de seu público-alvo, compartilhar publicamente entre as equipes seu resultado e trocar experiências. A síntese da produção de todos os grupos é apresentada a seguir. Cada cenário é sucedido pela produção dos grupos.


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Cenário 1 FOCO ESCOLA 100% BILÍNGUE COM FOCO NO ENSINO DE IDIOMAS NO CONTRATURNO

O QUE ENTREGO

COMO ENTREGO

O QUE AGREGA DE VALOR

SERVIÇOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS DE QUALIDADE

POR MEIO DE PROFISSIONAIS CAPACITADOS PARA O ATENDIMENTO

CREDIBILIDADE E CONFIANÇA QUALIDADE NO ENSINO SUCESSO NA CARREIRA DOS ALUNOS

POSICIONAMENTO GARANTIA DO ENSINO BILÍNGUE, PREPARANDO COM EXCELÊNCIA ALUNOS PARA AS TENDÊNCIAS DE EDUCAÇÃO GLOBAL

AÇÕES DE CAMPANHA MATERIAIS IMPRESSO E DIGITAL, ENTREGUES PARA COMUNIDADE E RH DA EMPRESA

Uma grande multinacional se instalou nas proximidades da escola. Ela emprega mais de 2.000 colaboradores e possui como idioma oficial o inglês. Trinta por cento dessa empresa são formados por profissionais de outros países. • Situação atual da escola: 100 alunos na Educação Infantil e 200 alunos no Ensino Fundamental I. • Possibilidade de ampliação: 1.000 alunos.

Cenário 2 FOCO ENSINO DE QUALIDADE COM USO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DIGITAIS EM SALA DE AULA

COMO ENTREGO

O QUE AGREGA DE VALOR

SALAS EQUIPADAS COM LOUSAS DIGITAIS E TABLETS PARA ALUNOS E PROFISSIONAIS CAPACITADOS

AULAS INTERATIVAS ENTRE ALUNO E PROFESSOR, COM USO DE RECURSOS DIGITAIS

MOTIVAÇÃO PARA ALUNOS E PAIS EM PERTENCEREM A UM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM INOVADOR

POSICIONAMENTO AÇÕES DE CAMPANHA MÍDIAS SOCIAIS PARA ALUNOS, FOLDER ESPECÍFICO PARA SALA DE MATRÍCULA E ANÚNCIOS NA REGIÃO

Indicadores de mercado comprovam que há melhora de aproximadamente 60% na aprendizagem do aluno quando o processo de ensino é feito por meio de ferramentas digitais em sala de aula. • Situação atual da escola: 200 alunos no Ensino Fundamental II e 350 no Ensino Médio • Possibilidade de ampliação: 200 alunos

Congresso de Diretores

O USO DA TECNOLOGIA AJUDANDO A DESENVOLVER A EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO

Especial

O QUE ENTREGO


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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

Cenário 3 FOCO ESCOLA ADEQUADA AOS PADRÕES ESPORTIVOS EM NÍVEL PROFISSIONAL

O QUE ENTREGO

COMO ENTREGO

O QUE AGREGA DE VALOR

ESTRUTURA ESPORTIVA PROFISSIONAL E ESPAÇO FÍSICO PARA ATENDER ÀS DEMANDAS DE CRESCIMENTO

PROFISSIONAIS QUALIFICADOS DA ÁREA ESPORTIVA, BEM COMO ESTRUTURA DE ÚLTIMA GERAÇÃO PARA ESTE SETOR

QUALIDADE DE VIDA INCENTIVO AO ESPORTE EMPREGABILIDADE

POSICIONAMENTO UMA ESCOLA DE REFERÊNCIA OLÍMPICA NO BRASIL

AÇÕES DE CAMPANHA PARCERIAS COM EMPRESAS DA REGIÃO PARA PRÁTICA ESPORTIVA, OPORTUNIZAR MÍDIA ESPONTÂNEA ATRAVÉS DOS ATLETAS (ENTREVISTAS LOCAIS, PROGRAMAS DE TV)

A cidade foi escolhida como polo de treinamento da seleção brasileira de ginástica olímpica. Dez importantes atletas escolheram nossa escola para se matricular. • Situação atual da escola: 100 alunos no Ensino Infantil, 600 no Fundamental e 400 no Médio. • Possibilidade de ampliação: 500 alunos para o Ensino Médio.

Cenário 4 FOCO

Especial Congresso de Diretores

SER LÍDER NO SEGMENTO PRÉ-VESTIBULAR, AUMENTANDO O ÍNDICE DE APROVAÇÃO

O QUE ENTREGO

COMO ENTREGO

O QUE AGREGA DE VALOR

PROFESSORES DE QUALIDADE TECNOLOGIA DIGITAL ESTRUTURA MODERNA E DIGITAL

PROFESSORES ESPECIALISTAS PARCEIRIAS COM SISTEMAS DE ENSINO E TECNOLOGIA MANUTENÇÃO CONSTANTE

CONFIANÇA, CREDIBILIDADE E CRESCIMENTO INDIVIDUAL PARA CONQUISTAR O SUCESSO

POSICIONAMENTO LÍDER EM APROVAÇÃO COM ENSINO FORTE, GARANTINDO APROVAÇÃO NOS VESTIBULARES MAIS CONCORRIDOS

AÇÕES DE CAMPANHA DIVULGAR PARCERIAS PERANTE ALUNOS E PAIS, FOLDER ENFATIZANDO OS SERVIÇOS OFERECIDOS, CONCURSOS ABERTOS PARA A COMUNIDADE (SIMULADOS), COM PRÊMIOS PARA ALUNOS E PROFESSORES

A escola foi líder em resultados de vestibular na área de exatas por muito tempo, mas um grupo nacional de educação com índices significativos de aprovação, comunicação agressiva e preços ainda muito elevados está se instalando em suas proximidades. • Situação atual da escola: 1.500 alunos no Ensino Médio • Possibilidade de ampliação: 1 000 alunos


Estação A escola-empresa: metas e práticas de sucesso A estação do conhecimento A escola-empresa: metas e práticas de sucesso considerou oportuno analisar coletivamente quais soluções as escolas, em parceria com o Sistema de Ensino Dom Bosco, poderão propor para atender às demandas de seus clientes. A estação foi orientada pelo cenário atual, no qual se constata que a capacitação para as exigências do mercado de trabalho está cada vez mais presente, no contexto da realidade brasileira. Também buscou as análises dos estudos internacionais, os quais apontam para as deficiências na formação dos jovens, mesmo os graduados em grandes e prestigiadas universidades, em relação à formação profissional e ao gerenciamento de suas carreiras, bem como ao desenvolvimento de negócios próprios. Partindo dessa situação-problema, os participantes do Congresso de Diretores do Sistema de Ensino Dom Bosco puderam refletir sobre as responsabilidades que as instituições de ensino têm na formação acadêmica de seus alunos e como a capacitação para as exigências do mercado de trabalho revela que as escolas têm como função social a formação para a vida. Diante de tal cenário, os mantenedores, atentos às demandas contemporâneas, concordaram que precisam implantar programas mais amplos de formação para subsidiar e superar esse cenário.

Os membros do P21 assumiram como desafio para melhorar a educação o seguinte pressuposto: “Todos os jovens no mundo necessitam de conhecimentos e habilidades do século XXI para se tornarem cidadãos, trabalhadores e líderes efetivos, pois existe uma grande lacuna entre os conhecimentos e as habilidades que a maioria dos alunos aprende na escola e as demandas das comunidades, bem como as do mercado de trabalho da atualidade.” Para que os jovens tenham sucesso diante dos desafios profissionais e acadêmicos e de um mercado cada vez mais competitivo, as escolas devem alinhar o trabalho desenvolvido em sala de aula com o mundo real. Orientados por essa lógica, foram estruturados eixos para a formação das gerações jovens, denominados Pilares Acadêmicos do P21, estruturados da seguinte forma: leitura, matemática, ciências, estudos sociais, economia, política, história, geografia, cidadania, idiomas, música e arte. Esse é o modelo utilizado para nortear a educação do século XXI. O modelo apresenta uma visão integradora do ensino e da aprendizagem em consonância com as exigências identificadas no estudo realizado, combinando o foco dos objetivos do aluno (representados na figura a seguir) com conteúdo e habilidades específicos e um sistema de suporte inovador (os aspirais na parte inferior), para ajudar no domínio das habilidades multidimensionais demandadas pelo mundo contemporâneo. Os pilares que possibilitam aos jovens condições para que demonstrem seus conhecimentos, suas habilidades e competências em diferentes realidades,

Congresso de Diretores

Para superar os desafios que se apresentam e decidir implantar programas de formação para os jovens, é preciso compreender as implicações do P21 — uma organização que começou seus trabalhos em 2002 nos EUA e reúne membros dos setores público e privado e ONGs em prol da melhoria na educação de crianças e jovens. Ele tem como

missão posicionar as habilidades do século XXI no centro da educação básica com a construção de parcerias colaborativas entre educadores, empresas, comunidade e líderes governamentais.

Especial

O relatório P21 e sua importância sobre o que os alunos devem saber para estarem aptos ao século XXI.

33


34

EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

proporcionando-lhes condições de inserção na sociedade globalizada, são formados pelas habilidades pessoais e profissionais, de aprendizado e empreendedorismo e de informação, mídias e tecnologia, consideradas interdependentes. Cabe destacar o papel e a importância do desenvolvimento das habilidades de aprendizado e empreendedorismo, as quais promovem o desenvolvimento de competências pessoais de colaboração e a capacidade de se trabalhar em equipe para atingir resultados. Assim, ao se colocar em prática talento, expertise, inteligência e comunicação e dividir pensamentos, questões, ideias e soluções, é possível desenvolver pensamento crítico, olhar para problemas de maneira diferente e relacionar aprendizagens com temas de estudo e disciplinas acadêmicas. Esse processo resulta numa combinação orientada por conhecimentos e habilidades que consolidam a postura de empreendedorismo em busca da inovação.

Especial Congresso de Diretores

Assim como os temas centrais do século XXI servem de “guarda-chuva” para os pilares acadêmicos, as habilidades de aprendizagem e empreendedorismo tornam-se sustentação para que se concretizem as habilidades exigidas pelo século XXI. Portanto, como ponto básico, cabe constatar junto aos jovens o grau de desenvolvimento de competências, observando os seguintes aspectos: 1. padrões de alta qualidade na avaliação; 2. incorporação de feedback contínuo quanto à performance dos alunos; 3. avaliação do domínio das habilidades do século XXI, mesclando avaliações formativas e somativas; 4. utilização de portfólios dos alunos para evidenciar o desenvolvimento e domínio das habilidades do século XXI.

Diante da proposta, cabe retomar o questionamento: que soluções as escolas deverão propor, em parceria com o Sistema de Ensino Dom Bosco, para atender às demandas de seus clientes? Orientada por essa questão, a estação A escola-empresa: metas e práticas de sucesso proporcionou a vivência de um processo inovador, que situa a escola como incubadora de empreendedores e empreendimentos, espaço onde práticas de sucesso e desenvolvimento profissional promovam habilidades para o cidadão do século XXI. Com base na análise da importância do talento empreendedor para os jovens diante do cenário e do mercado atuais, foram indicadas possibilidades para uma prática pedagógica voltada ao desenvolvimento de habilidades e de competência empreendedora, orientando estrategicamente o alcance de metas profissionais. Para tanto, Jorge Dores ministrou a palestra Cenário mundial/nacional em relação ao mercado de trabalho e à empregabilidade, que oportunizou a compreensão dos dados sobre a realidade planetária e evidenciou as diretrizes que orientam o desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens para nosso século e os benefícios e valores agregados pelas soluções educacionais para as aprendizagens e o desenvolvimento do talento empreendedor. Na sequência, os participantes, coordenados pela Prof Lucia Sermann, vivenciaram a experiência do programa O Empreendedor, simulando o momento de sua implantação em uma escola, tendo como coadjuvantes as professoras e consultoras pedagógicas Carmen Duarte, Lucimar Torres e Monica Pallandi. Após a experiência, os participantes avaliaram o processo desenvolvido com base em três eixos: diferenciais do programa O Empreendedor; razões para sua adoção e sugestões para desenvolvê-lo em sua escola, cujas posições passam a ser compartilhadas.


35 Diferenciais do programa O Empreendedor A opinião dos participantes sobre os diferenciais que o programa suscitou na estação ficou muito evidente especialmente no que diz respeito à capacitação do jovem para o trabalho, ao desenvolvimento de habilidades, competências e sua potencialidade, numa tecnologia avançada e com certificação internacional por meio do Edexcel. Os participantes avaliaram que o programa é direcionado para o mercado de trabalho, bem elaborado e prepara o cidadão para ver o mundo com o pensamento crítico exigido no século XXI, proporcionando compreensão do mercado, capacitação profissional e, principalmente, autonomia e preparo do aluno para a vida. O processo desenvolvido no programa possibilita inovação e características empreendedoras, como oportunidade de colocação mais rápida no mercado de trabalho.

Sugestões para desenvolver O Empreendedor em sua escola As contribuições apresentadas pelos participantes da estação reforçaram o que foi compreendido sobre as metas do programa no que diz respeito 1. à pesquisa da realidade local; 2. à parceria com instituições e empresas para o desenvolvimento do programa; 3. à capacitação da equipe gestora e aos profissionais que vão ministrar o programa na escola; 4. à oferta para pais e colaboradores como forma de fidelização; 5. à inclusão no currículo escolar; 6. à realização da Feira do empreendedor; 7. aos horários e turnos alternativos; 8. aos projetos sociais envolvendo a comunidade local; 9. ao preço acessível para escolas menores; 10. à campanha de marketing.

Razões para sua adoção Entre as razões levantadas pelos participantes para adoção em sua escola está o diferencial que o programa apresenta no desenvolvimento de habilidades e competências profissionais, o qual, se aplicado na escola, promove o autoconhecimento, a atitude empreendedora, a capacidade de se trabalhar em equipe, o exercício da liderança e uma formação completa, que capacitam o aluno a resolver situações e desafios do cotidiano do mercado de trabalho. Especial Congresso de Diretores

Além de ser uma novidade na educação, o programa agrega valor ao aluno e à escola com a certificação internacional, o que permite o aumento dos lucros da instituição e amplia sua visibilidade pela qualidade do ensino desenvolvido e comprovado no criterioso trabalho de monitoramento para o alcance dos critérios exigidos para tal certificação.


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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

Estação Aprender a conviver: capacitação e mediação

Especial Congresso de Diretores

A escola, como microcosmo social, representa a comunidade em que está inserida, estabelecendo padrões de comportamento e de relacionamento. é onde aprendemos a nos relacionar e a tomar decisões sobre quem somos e o que queremos. E é nesse contexto que se estabelecem as primeiras amizades e os primeiros desentendimentos. Aprender a respeitar o outro, opiniões que podem divergir das minhas e atitudes que podem não ser aceitas por mim é lição que se aprende na escola. Os conflitos emergem daí: a não aceitação do outro como alguém que tem ideias, percepções, experiências e conhecimentos diferentes dos meus. Num ambiente de transformações, é preciso aprender a conviver, a começar pelos agentes dessas mudanças: o gestor, o coordenador e o professor.

A comunicação, o diálogo e a conversa são o caminho da diplomacia. Quando não cultivamos isso dentro de nossas escolas, temos um permanente clima de hostilidade e um espaço propício a conflitos. Mas, para agirmos com diplomacia, é necessário que a comunidade escolar saiba dialogar, trazendo para o universo da linguagem suas dificuldades e aflições. Muitas vezes, os alunos brigam e partem para a agressão

física por não conseguirem se expressar. Não possuem elementos que os ajudem a verbalizar angústias, problemas e decepções. Ajudá-los a navegar com proficiência no universo da linguagem é uma das principais missões da escola. No entanto, como ensinar nossos alunos a fazer uso efetivo da cultura escrita e da leitura, de forma a suprir as lacunas que o habilitam a conviver e se comunicar adequadamente, minimizando o ônus social da má comunicação e, consequentemente, a inabilidade para se relacionar? Precisamos abandonar as frases prontas como: “o jovem não gosta de ler e escrever”. A juventude atual está imersa num universo letrado e a todo instante escrevem e leem, seja no bilhete para os amigos, no videogame, nas redes sociais, nos SMS, em blogs e outras formas de contato rápido. O que a escola precisa é fazer uso desses instrumentos de leitura e escrita para ensinar outras práticas em novos contextos. Mas, para fazer isso, é necessário contar com professores dispostos a dialogar e aprender com os alunos e partir desses interesses e conhecimentos juvenis para alcançar o universo mais amplo da leitura e da escrita. é nesse universo que ele estará envolvido quando adulto, ao ter de escrever um relatório no trabalho, participar de um congresso, entender um contrato, assistir criticamente a um noticiário ou posicionar-se como cidadão. Guiar o jovem pelo universo da leitura pressupõe que o professor seja ao menos um leitor mais experiente e que tenha conhecimento da variedade de textos e livros no mercado. No entanto, os dados da pesquisa Retratos da leitura no Brasil 3 (disponível em <www.prolivro.org. br>) nos revelam que apenas 50% da população brasileira acima de cinco anos são leitores, ou seja, leram inteiro ou em partes pelo menos um livro nos últimos três meses. Em geral, a população do Brasil lê pouco ou não lê. Além disso, a pesquisa mostra que os suportes de texto mais populares entre os brasileiros são os jornais e as revistas, textos de leitura mais rápida, seguidos de livros indicados pelas escolas. Ou seja, a escola ainda tem um peso muito grande no volume de leitura da população. Ao se terminar o


37 período de escolarização, uma minoria continua lendo. Ensinar a ler, escrever e interpretar para que o aluno possa fazer uso de modo integral das habilidades leitoras é função de todo o corpo docente, e não apenas do professor de português. Cada um, em sua área de atuação, precisa expor os alunos a diferentes gêneros de texto: artigos de divulgação científica, textos que apresentam problemas matemáticos, fontes históricas, textos dissertativos, letras de música, regras, jornais, revistas, romances, manuais, receitas, quadrinhos, tabelas, gráficos, infográficos, debates etc. Eles devem ser frequentemente trabalhados em sala de aula nas diferentes disciplinas. Apesar de termos uma grande maioria de alunos com escolaridade de longa duração no Brasil atualmente, pesquisas apontam que eles têm desenvolvido capacidades leitoras limitadas, o que inclui toda a população brasileira, a qual apresenta baixo nível de alfabetismo funcional. O próprio conceito alfabetizado vem se alterando em função das mudanças sociais e passou a incluir habilidades mais complexas.

Evolução do indicador de alfabetismo da população de 15 a 64 anos (2007 a 2011) Níveis Analfabeto

9%

6%

Rudimentar

25%

21%

Básico

38%

47%

Pleno

28%

26%

Percebemos pela tabela que apenas 26% da população são plenamente alfabetizados, isto é, capazes de compreender e interpretar textos em situações usuais: leem textos mais longos, analisando e relacionando suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem

Congresso de Diretores

2011

Especial

2007

Conforme esclarece o Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional — <www.ipm.org.br>), em 1958 a Unesco definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler e escrever um enunciado simples, relacionado à sua vida diária. Vinte anos depois, o órgão sugeriu a adoção dos conceitos de analfabetismo e alfabetismo funcional. Passou a considerar alfabetizada funcionalmente a pessoa capaz de utilizar a leitura, a escrita e as habilidades matemáticas para ser capaz de suprir as demandas de seu contexto social e utilizá-las para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida.


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EXPERIÊNCIAS E APRENDIZADO

fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretarem tabelas de dupla entrada, mapas e gráficos. E é justamente esse nível de alfabetismo funcional pleno, difícil de conquistar, que é cobrado de nossos alunos no Enem e na Prova Brasil. Ambos os testes fazem uso da concepção discursiva de leitura, que exige habilidades não só de conteúdo e materialidade linguística dos textos, mas sua situação de produção, sendo capaz de estabelecer relação de texto e contexto histórico, inferindo escolhas de temas, gêneros discursivos e recursos expressivos dos autores. (Para saber mais sobre o tema: ROJO, Roxane. Letramento escolar, resultados e problemas — o insucesso escolar no Brasil do século XXI. In: Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009).

Especial Congresso de Diretores

O Enem exige habilidades de leitura na prova de redação (relação de textos e gêneros distintos) e nas questões objetivas. Mas será que estamos preparando nossos alunos para que tenham sucesso na vida e nesses testes? Os relatórios de desempenho do Enem mostram que os alunos “egressos do ensino médio têm dificuldade para aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento ao desenvolverem um tema (Competência II), bem como para relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista (Competência III). Constata-se, também, que são deficientes os conhecimentos dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação (Competência IV). Mas a Competência V — elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando

respeito aos direitos humanos — foi a que registrou média nacional mais baixa (47,32), o que sugere que os participantes do Enem não estão suficientemente preparados para discutir respostas aos problemas sociais congruentes com o respeito e a promoção dos direitos humanos.” (Fonte: relatório completo Enem 2005 — Redação). Diante desse quadro, dispomos de instrumentos e soluções que nos auxiliam a medir a extensão desse problema? Como auxiliar a comunidade escolar a melhorar as relações interpessoais e, consequentemente, dinamizar o diálogo e implementar melhorias em todos os processos? Para que os grupos de trabalho pudessem realizar um efetivo aprendizado, foi apresentada a situação-problema reproduzida a seguir.

O mantenedor de uma escola se depara com a crescente desmotivação entre professores, alunos e coordenadores. Tal fato se torna muito claro nas discussões na sala dos professores, onde há evidências de desalinhamento pedagógico em sala de aula. Os resultados insatisfatórios dos alunos em exames nacionais como vestibulares/Enem têm sido foco das discussões, onde um culpa o outro. As competências avaliadas são desenvolvidas, no entanto, ao longo dos vários anos da educação básica. Alterar este contexto exigirá do mantenedor um planejamento estratégico educacional (pedagógico e administrativo). Como avaliar a extensão desse problema a fim de promover a melhoria qualitativa da aprendizagem e envolver o aluno nesse processo? Após a análise da situação-problema, os grupos foram levados a fazerem uma reflexão do cenário e compartilharem ideias e experiências para, assim, construírem mapa conceitual e síntese de produção do trabalho feito.


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Especial

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SALA DE LEITURA

Sala de leitura Especial congresso de Diretores

P21 — Partnership for 21st Century Skills —

O P21 desenvolveu um eixo de trabalho para garantir o sucesso do estudante em meio ao novo

Especial Congresso de Diretores

cenário econômico mundial.


41 Para ajudar os profissionais (escolas) a integrar essas habilidades à base curricular de aprendizado, o P21 desenvolveu uma visão unificada e coletiva de aprendizado e a classificou como Estrutura de aprendizado do século XXI. Essa estrutura descreve as habilidades, os conhecimentos e as especialidades que os estudantes precisam dominar para terem sucesso ao longo de suas vidas e profissões. Representa a integração entre conteúdo acadêmico, habilidades específicas, perícia e letramento. Toda implantação de habilidades do século XXI requer o desenvolvimento da base acadêmica e o entendimento acerca das necessidades dos estudantes. Dessa maneira, as instituições que desenvolvem uma análise crítica e se comunicam efetivamente com o universo e as expectativas dos estudantes serão capazes de consolidar uma base de formação, aliando conhecimento às habilidades.

Dentro desse contexto de núcleo de aprendizagem amplificado, os estudantes devem também aprender as habilidades essenciais para o sucesso no mundo atual, como pensamento crítico, solução de problemas, comunicação e colaboração. Quando uma escola ou instância estabelece essa fundação, combinando toda a estrutura com os sistemas de suporte necessários — padrões, avaliações, currículo e instrução, desenvolvimento profissional e ambientes de aprendizagem — os estudantes estarão mais engajados com o processo de aprendizagem, formando-se melhor e prosperando no atual cenário econômico.

A íntegra desse programa pode ser acessada no site <www.p21.org.>

The learning curve (A curva da aprendizagem)

Este, por sua vez, permitiu uma análise de correlação de grande alcance, realizada para testar a força das relações entre os

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Por essa razão, o interesse é intenso na pesquisa que explora os fatores que parecem levar alguns países a um excepcional desempenho educacional e, finalmente, a uma melhor força de trabalho qualificada. Esse relatório,

e mais amplamente o programa The learning curve, do qual faz parte, é destinado a ajudar os formuladores de políticas, educadores, acadêmicos e demais especialistas a identificar alguns desses fatores. No seu núcleo, encontrase um conjunto significativo de pesquisas quantitativas. O Banco de Dados da Curva de Aprendizagem (LCDB), acessível on-line, reúne extenso conjunto de dados internacionalmente comparáveis sobre inputs da educação e seus resultados, cobrindo mais de 50 países.

Especial

O objetivo de melhorar a educação ocupa hoje grande destaque entre os formuladores de políticas e demais partes interessadas nas sociedades em todo o mundo. Embora não sejam capazes de quantificá-la, os governos da maioria dos países reconhecem a ligação entre o conhecimento e as habilidades com que os jovens entram no mercado de trabalho e a competitividade em longo prazo da economia.


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SALA DE LEITURA

inputs, outputs e diversos resultados socioeconômicos. Ele também sustenta uma iniciativa para a criação de um índice comparativo de desempenho educacional. Dentre as conclusões mais importantes, o relatório The learning curve apresenta cinco lições para os formuladores de políticas educacionais que merecem ser analisadas por gestores de escolas das redes pública e privada.

O relatório The Learning Curve poder á se acessad o na íntegra no site

<www.nos

sodom.com.br >

Não Existem fórmulas mágicas O pequeno número de correlações encontradas no estudo mostra a pobreza das soluções simplistas. Desejar dinheiro para a educação por si só não produz resultados e mudanças individuais para sistemas educacionais, por mais substancial que seja, raramente realiza muita coisa por conta própria. A educação requer melhoria a longo prazo coerente e focando a atenção de todo o sistema para atingi-la.

Respeito aos professores Bons professores são essenciais para um ensino de alta qualidade. Encontrar e reter tais profissionais não é necessariamente uma questão de salários altos. Em vez disso, os professores precisam ser tratatos como os profissionais valiosos que são, não como técnicos em uma máquina educacional gigantesca.

A cultura pode ser alterada

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As premissas e os valores culturais em torno de um sistema educacional fazem mais para apoiar ou prejudicar do que o sistema pode fazer por conta própria. Usar os elementos positivos da cultura e, quando necessário, procurar mudar os negativos são importantes elementos para promover resultados bem sucedidos.

Os pais não são inimigos nem salvadores da educação Os pais querem que seus filhos tenham uma boa educação, a pressão por parte deles para a mudança não deve ser encarada como um sinal de hostilidade, mas sim como a indicação de que há algo possivilmente errado na prestação. Por outro lado, os estímulos e as escolhas dos pais não constituem uma panacéia. Os sistemas de ensino devem se esforçar para manter os pais informados e trabalhar com eles.

Educar para o futuro Muitas das atuais vagas de trabalho, e as habilidade necessárias para preenchê-las simplesmente não existem há 20 anos. Os sistemas educacionais precisam considerar quais as habilidades dos atuais alunos serão necessárias no futuro e ensiná-las de acordo


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Tic

Kids online 201 2012 Pesquisa sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes no Brasil A rapidez com a qual crianças e jovens estão obtendo acesso a tecnologias virtuais, convergentes, móveis e interconectadas não encontra precedentes na história da inovação e difusão tecnológica. Essas mudanças apresentam aos pais, aos professores e às crianças o importante desafio de adquirir, aprender a usar e definir objetivos para o uso da internet em suas vidas diárias. A rápida difusão da rede e de outras tecnologias on-line coloca diante dos formuladores de políticas públicas, dos governos e do setor produtivo a importante tarefa de identificar as virtudes e os riscos associados a seu uso. Nos últimos anos, crianças e adolescentes tiveram acesso à internet, o que resultou na aquisição de novas habilidades e competências.

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.br/usua ic t e .c w w <w kidsonline>

Especial

pode ser l a r g e t in O relatório elo site p o d a s s e c a rios/

A rede EU Kids Online conta com 150 pesquisadores em 33 países da Europa. Ela produz e divulga dados concretos, capazes de fornecer base sólida para iniciativas relacionadas às políticas públicas, à educação e à conscientização em âmbito nacional, regional e internacional. O Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic.br) realizou uma pesquisa paralela no Brasil, com suporte metodológico da rede EU Kids Online, cujos dados podem ser utilizados para ajudar a melhorar o uso da internet por crianças e adolescentes no país.


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BACKSTAGE CONGRESSO DE DIRETORES 2013

Como todos os Congressos de Diretores Dom Bosco, este foi mais um sucesso, garantido principalmente pela amiga e simpática presença de nossos caros conveniados.

DETERMINAÇÃO, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA. ALGUMAS DAS MUITAS PALAVRAS QUE FICARAM MARCADAS NO CONGRESSO DE DIRETORES 2013. por Antonio Viveiros

por Antonio Carlos Proença

As redes de aprendizagem e conhecimento se ampliam quando interagimos com pessoas dispostas a

É uma honra servir à educação ao lado de colegas com tantas experiências, como Marcia Budziak, que atua com dedicação e comprometimento, auxiliando-nos diariamente, e o grande mestre e professor Proença, que possui o dom de educar e cativar.

compartilhar seus saberes. por Ivo Erthal

Quando achamos que já conhecemos tudo, temos uma grande surpresa: saber que temos tanto a ser aprendido com parceiros e amigos.

por Cristiane Braga

Especial Congresso de Diretores

por Marcia Budziak

“M�� ��M � ��� �� c��p����h � ��M �� !!!”. Est� �ra�� �e�� �� , p�r� ���, � C�n�� e�s� 2013, p�i� c��p���� h ��it� c���e����mo� ��e��i� , �n�va �nt�, çã n��ida�e� � � �, es�fio�... A�ras�mo� !!! por Sandra Fons

eca


45 Comece por você a mudança que deseja ver em sua escola. Somos analógicos, mas o mundo é digital, temos que nos adaptar. por Carla Pereira

Educação e tecnolog ia caminham juntas, as sim como nossas escolas parc eira Pearson e Dom Bosco s . por Luciano Wiace

k

Congresso de Diretores

por Eduardo Arthur

Especial

Momento único, em que pude trocar experiências com diversas pessoas, de diversas cidades, cada uma com escolas de características bem diferentes e à procura do mesmo objetivo: melhorar a vida das pessoas pela educação. Este foi o quinto Congresso de Diretores de que participei e com certeza teve o melhor formato, em que pudemos trocar experiências com clientes e colaboradores da Pearson Brasil. O Congresso de Diretores 2014 já está marcado!


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BACKSTAGE CONGRESSO DE DIRETORES 2013

nedores cipar de um evento com os mante rti pa er pod ica ún ia ênc eri exp a Foi um caixa ia permitiu que todos saíssem da ênc viv A . nte ere dif tão to ma for com um Com já com foco em possíveis soluções. a lem rob s-p çõe ua sit as em iss e discut Dom lestras. O trabalho com a equipe pa s da a oni not mo da os im fug certeza ficante. o. Foi muito enriquecedor e grati açã per coo de lo mp exe um foi Bosco

Especial Congresso de Diretores

por Piri Szabó

O Congresso de Diretores em Fortaleza foi o primeiro de que participei na Editora Dom Bosco! Fiquei feliz em saber pelos próprios clientes que esse foi um dos melhores e mais prod utivos! O ponto alto foram as estações de trabalho !!! Sucesso total !!! por Lucimar Oliveira

periência Foi uma ex incrível ter o do par ticipad s Estações a d o it e c n co ento. de Conhecim a Sem dúvid nos nenhuma, odelar permitiu m eias para algumas id utos e novos prod ar dos se aproxim uma clientes de a. forma únic por Gabriel

Rondon


47 C�n��e�so� c�m� es�� sã� �m� �p����ida�� ��ic� p�r� c���e��� a� c�rac���ís�ica� � a� �e�es�ida�e� da� ���eç�e� da� esc�la� c�����iada�. P��i��p�� d� ���nt� f�� �� ������é�i�.

As situações-problema sugeridas nas estações foram bem interessantes. Chamou a minha atenção o número de pessoas que retornou às palestras após o almoço, mesmo com um paraíso daqueles se oferecendo para ser desfrutado, afinal, eles tinham liberdade de escolha e escolheram continuar os trabalhos. por Roger Komolibus

por Maria Cristina Lindstron

OPORTUNIDADE PARA CONHECER OS MANTENEDORES PARCEIROS E INTERAGIR COM OS COMPANHEIROS DOM BOSCO. por Emerson Fonseca

Congresso de Diretores

por Antonio Lima Junior

Especial

Gostei muito do congresso, pois teve uma dinâmica diferente, mais informal e mais produtiva, proporcionando maior integração entre os diretores participantes e uma oportunidade de troca de informações e ideias. Foi muito produtivo e prazeroso para todos, prova de nosso excelente atendimento e nossa sinergia com nossos conveniados.


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BACKSTAGE CONGRESSO DE DIRETORES 2013

A experiência de discutir nossos produtos e interagir com escolas e educadores que usam diariamente o que produzimos foi riquíssima. por Fabiana Zanni

O �e��ed� �� �� �r�n�� �u�e�s� est� n� �r�b��h� �� �m� �r�n�� e����� . por Clélia Menezes Silva

Sem dúvida, este Congresso pôde proporcionar aos diretores e mantenedores toda a estrutura e troca de experiências para que eles possam utilizar ideias e projetos em suas escolas, visando o envolvimento do aluno com o mundo. Realmente o Sistema de Ensino Dom Bosco tem o dom!

Especial Congresso de Diretores

por Eilisson Marcelo de Lima

Quem tem o DOM sempre participa com muito DOM. ner

por Deise Raquel Tan

Na ótica da solidariedade, o Congresso de Diretores opor tunizou a experiência da parceria colaborativa co mo um aprendizad o irreversível para empreendedore s do século XXI. por Carmen Du

arte Gomes




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