A BARROSANA-ABRIL

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Edição n.º 6 - Abril 2018 - Mensal

A BARROSÂNA Revista de informação (Versão digital)

25 Abril de 1974 In Memoriam

NA CAPITAL DO BARROSO EM MONTALEGRE


…“não há democracia sem imprensa livre”!...

Ano I Mensal Contacto: dvazchaves@hotmail.com

Fundador: Domingos Chaves

EDIÇÃO 6 – ABRIL 2018

OS DESTAQUES

A BARROSÂNA Revista de informação (Versão digital)

BARROSO - TERRITÓRIO DE FRONTEIRA…

Este é um lugar de fronteira, mais de 70 quilómetros de raia com a vizinha Galiza que, outrora, espevitaram muitas histórias de contrabando pelos caminhos da montanha. Esta é, também, uma terra de muitos “adeus”, de surtos migratórios especialmente nas décadas de 60 e 70, mas também nas posteriores, do século XX. Por 5 –Sociedade aqui fala-se de refregas fronteiriças, do embate às Invasões Napoleónicas. A paisagem vive em silêncio essas memórias devolvendo-nos somente sons intemporais: a água, o vento, o chilreio das aves, o tilintar 9-Potencialidades|Região longínquo do gado. A terra é de pedra, suavizada pelos contornos despidos pelo inverno dos bosques de carvalho e castanheiro. Montanhas poderosas como a do Larouco, a terceira mais alta de Portugal continental, caem em vales profundos e surpreendentemente cálidos. Impera a pequena propriedade, 11–Pelo Municipio moldando a paisagem. Os pastos delimitam-se por muros em pedra solta, construindo uma malha que ora se encosta às aldeias, ora se afasta, descendo colinas, afoitando-se nos bordos dos precipícios. Esta é, também, 16–Comunidades uma terra de águas vividas, aproveitadas pelo homem que as desviam, moldando-lhes o trajecto aproveitando-as para os terrenos agrícolas. A paisagem também se faz com os Lameiros, pastos naturais, 18–Feira de Nanterre outrora tomados pelo gado da raça Barrosã com os seus “cornos infinitos”, como escreveu Miguel Torga. Longe vão os tempos em que esta raça, verdadeiro património genético e cultural do Barroso, apurado 22–Politica Local durante séculos pelos criadores, imperava em número, entretanto ultrapassado pelo gado Maronês, mais rústico e resistente ao trabalho e pelo Mirandês, mais corpulento e possante. Até à reforma administrativa de 26-O Mês da Liberdade 1836 o concelho de Montalegre era mais conhecido por «Montalegre e Terras de Barroso», compreendendo o actual concelho de Boticas e parte dos concelhos de Terras de Bouro, o então concelho de Ruivães e 27–Barrosões Ilustres algumas povoações do actual concelho de Chaves. As terras de Barroso já assim eram conhecidas ao tempo dos primórdios da nacionalidade Portuguesa. Nos primeiros documentos medievais é simplesmente conhecido por «Terras de Barroso», confrontando a norte com a Galiza, a Oeste com Terras de Bouro, a sul com Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto e a nascente com o Rio Tâmega, do concelho de Chaves. Estas confrontações colhem-se no «Ensaio Topográfico Estatístico», de J. Santos Dias; em «Portugal Antigo e Moderno» de Pinho Leal e em «Corografia de Portugal» do P. Costa Carvalho. Esta ampla região Barrosã tem várias e importantes serras: Larouco (com 1.527 metros, a 3.ª mais alta de Portugal continental), o Gerês, a Cabreira, as Alturas, também conhecida pela Serra do Barroso ou «Cornos das Alturas» e Leiranco, para além do Ferronho e do Monte Gordo, que se situam entre Codeçoso, Cepeda e Fírvidas. E tem os seguintes Rios: Cávado que nasce na serra do Larouco e desagua em Esposende; Rabagão que nasce em Codeçoso e dá origem à maior albufeira do país, conhecida por Pisões; Beça que nasce perto de Serraquinhos; Terva que nasce em Ardãos e Assureira que começa em Meixedo, passa perto de Gralhas, Solveira e Vilar de Perdizes e reentra em Espanha para desaguar no Tâmega. Por aqui andaram os mais antigos povos que deixaram vestígios, ainda hoje bem visíveis, nos dólmenes, antas, castros, pedaços de via romana, marcos miliários, moedas, etc. Isto confirma que as «Terras de Barroso» foram pertença dos Alanos, dos Vândalos, dos Celtas, dos Romanos, dos Suevos, dos Godos, dos Visigodos, enfim, dos Iberos, nome que melhor traduz todos quantos povoaram a Península Ibérica. Jerónimo Contador de Argote afirma nas suas «Memórias e Antiguidades», e tantos outros autores que se lhe seguiram, confirmam que Barroso, ao tempo dos Romanos, era atravessado por três vias imperiais: a primeira dessas vias ía de Chaves a Braga, passando por várias aldeias barrosãs. O trajecto era o seguinte: Chaves, Casas dos Montes, Pastoria, Seara Velha, Castelões, Soutelinho, Solveira, Ciada (também conhecida por Caladuno que seria uma grande cidade, situada perto de Gralhas), Meixedo, Codeçoso, Peirezes, S. Vicente da Chã, Travassos da Chã, Penedones, Pisões, Currais, Codeçoso do Arco, Ruivães e Braga.

Páginas:


COMO SURGIU A SEXTA-FEIRA 13 Há uma tradição, principalmente na cultura ocidental, que associa o número 13 e também a sexta-feira ao azar. Por isso, o dia 13, quando cai na sexta-feira, é considerado um dia de infortúnio, e os mais supersticiosos evitam alguns hábitos. No entanto, a origem do medo que algumas pessoas têm da Sextafeira 13 é desconhecida. Existem algumas versões que justificam a má fama da data, uma delas ligada ao cristianismo. Na sua última ceia, que aconteceu . numa quinta-feira, Jesus ter-se-à reunido com os seus 12 discípulos, totalizando 13 pessoas na refeição. Entre eles, estava Judas, o traidor. Jesus morreu no dia seguinte, uma sexta-feira. A tradição cristã ainda une o facto de seu História líder ter morrido numa sexta-feira ao facto A origem da sexta-feira 13 também tem do livro do Apocalipse apontar o número 13 explicações na História, mais especificamente na como a marca da besta, do anticristo. A monarquia francesa. De acordo com a História, o imperfeição do número 13 também está rei Felipe IV sentiu o seu poder ameaçado pela ligada às inúmeras referências ao número 12 influência exercida pela Igreja dentro de seu país. na Bíblia - 12 tribos de Israel e 12 discípulos, Na tentativa de contornar a situação, tentou sendo assim, o número 13 destoaria do filiar-se à prestigiada ordem religiosa dos projecto de Deus. Não saindo do Cavaleiros Templários, mas foi recusado. Com pensamento cristão, há uma linha teórica raiva, o rei teria ordenado a perseguição dos que afirma que Adão e Eva comeram o fruto templários numa sexta-feira, 13 de outubro de proibido igualmente numa sexta-feira e que 1307. Caim teria matado Abel nesse mesmo dia da Diante dessas lendas e teorias, quando ocorre semana. uma sexta-feira 13, os supersticiosos evitam Mitologia cruzar com gato preto, passar debaixo de Outra possibilidade de explicação para o escadas, quebrar espelhos e outras crendices “terror” que envolve a sexta-feira 13, está que podem trazer mau agouro. relacionada com a mitologia. Segundo uma Em Portugal a festa maior relacionada com o história de origem nórdica, o Deus Odin teria “bruxedo” ocorre em Montalegre, capital da realizado um banquete e convidou outras doze região de Barroso. A Noite das Bruxas é ali divindades. Loki, Deus da discórdia e do fogo, comemorada durante todo o ano às sextas-feira que não teria sido convidado para a reunião, ao 13, tem como personagem principal o padre ficar a saber do banquete, armou uma Lourenço Fontes e é dedicada às bruxas e ao confusão que terminou na morte de um dos profano que reúne milhares de pessoas, sendo convidados. Diz a superstição que um encontro cada vez mais aqueles que acorrem a Montalegre com 13 pessoas sempre termina em tragédia. para assistir ou participar nos festejos deste evento que começa logo pela manhã. Pelas ruas ouve-se que chegam a ser mais de 80 mil pessoas que se deslocam a Montalegre, mesmo em tempo de frio e algumas vezes de neve. Este ano serão duas e nas noites da festa, o padre Fontes chega transportado numa grua, como se descesse dos céus, para dar início à reza do esconjuro destinada a afastar o povo de bruxedos e maus olhados. "Sapos e bruxas, mouchos e crujas, demonhos, trasgos e dianhos, espíritos das eneboadas beigas... Vade retro Satanás prás pedras cagadeiras!". O esconjuro do padre Fontes é o momento alto da Noite das Bruxas, festa que recria toda a mística e crenças tradicionais das terras do Barroso e constitui-se igualmente como fonte de receita para arranjar formas de sobrevivência A Deusa da fertilidade Frigga, esposa de num ambiente de crescente isolamento. A festa Odin, também teria relação com a sexta-feira de sexta-feira 13 em Montalegre, pega em todas 13, segundo outra hipótese. Para forçar a estas tradições e raízes, demonstrando a conversão dos bárbaros, a Igreja Católica coragem do povo em enfrentar o azar. Para os teria “demonizado” Frigga. Segundo a lenda, barrosões, pode ser o seu dia de sorte. Desde ela, o demônio e outras onze bruxas saíam 2002 que a Câmara de Montalegre organiza a todas as sextas-feiras para rogar pragas "Noites das Bruxas", as quais já fazem parte integrante do calendário cultural da região. contra a humanidade.

BREVES SEXTA-FEIRA 13 DE ABRIL “BRUXARIA” INVADE MONTALEGRE AINDA HÁ “BRUXAS EM BARROSO?!... ALGUMAS VÃO A CAMINHO... As “bruxas” ainda perduram em Barroso e os “bruxos” também. Outra(o)s vão a caminho para o “dia de gala” da capital barrosã, que se celebra a 13 deste mês de Abril, primeira sexta-feira 13 do ano. Montalegre vai voltar a vestir-se a preceito para acolher milhares de pessoas em volta de um evento que tem ganho, ano após ano, cada vez maior número de curiosos. Programado como sempre, está um novo cartaz repleto de cor e magia, a realizar na zona envolvente ao castelo desta vila barrosã. "Sapos e bruxas, mouchos e crujas, demonhos, trasgos e dianhos, spíritos das eneboadas beigas... Vade retro Satanás prás pedras cagadeiras". Quem “perder o comboio”, só em Julho próximo o poderá apanhar, mas… com atraso.


EDITORIAL

UMA VIDA PELA LIBERDADE

POR: Domingos Chaves

BREVES

CULTURA TRADICIONAL DE BARROSO

ABRIL - ”MÊS DA LIBERDADE”

AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU… Há quem sendo quem é, esqueça a quem o deve. Há pessoas que Abril fez gente, mas que se pudessem, retiravam o dia 25 ao mês, ou suprimiam-no até do calendário nacional. São os tais que “matam porcos” neste dia, procurando exonerá-lo da memória a Revolução!... São os tais parasitas de alheia coragem, a “comer” os frutos da árvore que não plantaram e a repoltrearem-se à farta na mesa que não puseram. São os tais “asquerosos” que cavalgam a onda da democracia com ar de enfado, “sonham com uma manhã de nevoeiro” e sentem azia com as madrugadas. Sim!... São eles mesmo, os chulos da democracia e os proxenetas da liberdade. A acompanhá-los, há ainda quem esqueça que há 44 anos, alguém perdeu a vida para nos devolver a honra, alguém que pegou em armas para nos dar a paz, derrubar uma ditadura devolver-nos a democracia. Não sei se a Pátria recordará como merecem os que deram a vida e fizeram Abril, mas certamente, há-de esquecer todos os parasitas que medram à sua custa – à custa da liberdade, e olham apenas o umbigo do seu narcisismo de costas para quem há 44 anos plantou cravos vermelhos nos canos das espingardas. Nada, absolutamente nada, podia ser pior do que o Portugal beato e analfabeto que o salazarismo manteve graças à repressão policial. Acabaram a PIDE, as prisões políticas, a censura, o degredo, o exílio, a tortura, a discriminação da mulher, a violação do domicílio e da correspondência. Restauraram-se os direitos cívicos e implantou-se a democracia. É pouco?!... Nunca tão poucos fizeram tanto por Portugal, num país que não era a casa comum dos Portugueses. Era isso sim, a cela colectiva dos que não fugiam. O 25 de Abril transformou Portugal. Tanto tempo nas nossas vidas, tão pouco na história de um povo. Viva a LIBERDADE

Comemora-se em 25 de Abril, o 44.º aniversário da Revolução que lhe deu o nome e que encheu de esperança os portugueses e portuguesas, instaurando a democracia e pondo fim a uma longa noite de 48 anos de ditadura. 44 anos depois, o 25 de Abril mantém-se ainda como um dia diferente, um dia especial, que se junta à liberdade dos demais dias, mesmo para aqueles que não sabem o que foi o 25 de Abril, ou para os que sem o pôr frontalmente em causa, tudo fazem para que pouco a pouco seja esquecido, minimizado ou deturpado. A PIDE, as prisões políticas, a censura, o degredo, o exílio, a tortura, a discriminação da mulher, a violação do domicílio, da correspondência e até a morte, representam hoje, apenas dolorosas recordações. Independentemente de tudo isso, comemorar Abril, é ser fiel ao seu ideário, é honrar os seus heróis e é também uma forma de dizer basta, a qualquer ofensiva venha ela de onde vier, contra os seus valores dos quais usufruímos nos últimos 44 anos. Nada, absolutamente nada, pode ser pior do que o Portugal beato, rural e analfabeto, que o salazarismo manteve graças à repressão exercida durante o periodo chamado de "Estado Novo". Mas há também e como referi, quem procure minimizar e deturpar o seu significado!... É o reverso da medalha de alguns - felizmente poucos - que sendo quem são, se esqueceram a quem o devem e não hesitam em “vomitar raiva” sobre a liberdade e a democracia. Para esses, é preciso dizer-lhes para que saibam, ainda que a contragosto, que nunca uma revolução fez tanto em tantos séculos de país, para de um só golpe, abrir prisões, derrubar a censura e abrir as portas da democracia. O 25 de Abril não é um dia, é o dia da História e das nossas vidas, o dia inapagável que traçou a baliza e a marca, o antes e o depois do cárcere à liberdade, da ditadura à democracia e da guerra à paz. Este foi o dia em que os capitães que fizeram a guerra impuseram a paz, numa epopeia em que a coragem de um dia resgatou um povo amordaçado da desonra, da infâmia, da injúria, e da afronta. Ao comemorar os 44 anos da data que os democratas trazem dentro de si, recordo o meu camarada e barrosão FERNANDO DE CARVALHO GESTEIRA, abatido ali mesmo a meu lado pelas balas da PIDE no dia da libertação, e toda a gesta heróica dos que arriscaram a vida para nos devolverem o direito de decidir o nosso próprio destino de uma guerra sem fim, da discriminação da mulher, da censura, dos cárceres e dos bufos e rebufos. Hoje estamos cá para celebrar o 25 de Abril!... Mas nos restantes dias do ano por cá nos manteremos, conscientes de que muitas e muitos portugueses continuarão a ver em cada um de nós uma voz activa na defesa dos seus direitos e liberdades. Abril foi por assim dizer, o grito de um povo amordaçado, a esperança renascida na paz e na democracia e um perpétuo jardim de cravos a florir, contra a raiva o ressentimento e a vergonha. Ao contrário de outros tempos em que o País era a cela colectiva dos que não fugiam, hoje é a casa comum de todos os portugueses. 25 de Abril Sempre...

Do linhar ao tear, conversas à lareira, a influência do linho no quotidiano das pessoas, fiadeiras, tecedeiras e as voltas que o linho dá, foi tema de conversa na sede do Ecomuseu de Barroso, numa iniciativa promovida por Cabril Eco Rural. O projeto dá continuidade a edições anteriores com o prolongar do ciclo do linho através da recolha e partilha de um «valor imensurável», esclareceu a organização.

MARÇO FOI PRÓDIGO EM NEVADAS

Há anos que não se via um mês de Março com tanta neve. O concelho de Montalegre acordou várias vezes com um manto branco que fez as delicias da pequenada e de todos quantos invadiram o Larouco e a capital do Barroso para apreciarem, o que de melhor tem para oferecer, juntando o útil ao agradável. E quem o fez não se arrependeu, como referiu a comunicação social que através dos diversos jornais e canais de TV, fizeram a cobertura do acontecimento. Dizem os antigos que a neve de Fevereiro se “derrete com um peido” e que “entre a de Março e Abril o Cuco há-de vir!... Cá esperamos uma e outro…

BTL 2018 | MUNICIPIO APOIA TERMATÁLIA

Dadas as excelentes relações institucionais entre o Município de Montalegre e a Fundação Expourense o Vice-Presidente da autarquia, David Teixeira, aproveitou a presença na BTL para comparecer na sessão de apresentação pública do evento "Termatalia" 2018, que este ano acontece no Brasil de 12 a 14 de setembro próximo.


SOCIEDADE

PRAZOS PARA ENTREGA|ISENÇÕES ENTREGA DO IRS|1 de Abril a 31 de Maio

APRESENTAÇÃO DE LIVRO 40 Poetas Transmontanos Numa iniciativa da Academia de Letras de Trás-os-Montes, teve lugar no passado dia 15 do pretérito mês, no auditório da Biblioteca Municipal de Montalegre, a apresentação da obra "40 Poetas Transmontanos de Hoje - Volume 1". Tratase de uma colectânea de poesia, que potencia e valoriza um recurso imaterial colectivo, gerido e partilhado pelos próprios elementos de uma comunidade auto-organizada, com base nas raízes da cultura tradicional da região.

BREVES

EXPOSIÇÃO PATENTE ATÉ 18 DE MAIO

Pelo segundo ano consecutivo, os contribuintes têm um prazo único para entregar a declaração de IRS: vai de 1 de Abril a 31 de Maio. Este ano porém com duas novas nuances: São 30 fotografias de rostos de pessoas do concelho por um lado deixa de existir a possibilidade de entregar os de Montalegre, que mostram a agrura da história e a dados em papel, e pelo outro são mais os contribuintes com felicidade da vida. Pedro Canedo é o fotógrafo, declarações pré-preenchidas e prontas a validar. também ele um barrosão dos "sete costados". É no - Até 31 de Julho Terreiro do Açougue, nome do lugar, situado a meio Quem entregou a declaração do IRS dentro do prazo, deve da encosta do Castelo de Montalegre, que se abrem as receber a nota de liquidação até final de Julho. No ano portas do espaço Padre Fontes, parte integrante do passado e de acordo com informação do Ministério das Finanças, o prazo médio de reembolso caiu de 36 para 23 Ecomuseu do Barroso. É lá que está a sala, que foi dias, sendo que no caso do IRS Automático atingiu 12 dias. pequena para receber a multidão que quis assistir e - Até 31 de Agosto ver os rostos com história que Pedro Canedo captou Os contribuintes com imposto a pagar têm de o fazer até Do livro fazem parte cinco autores ao longo de mais de 40 anos. A grande parte das final de Agosto, caso tenham entregado o IRS dentro do barrosões a saber: Barroso da Fonte, pessoas fotografadas já faleceu. A cara dos panfletos prazo. Já quando a liquidação é efetuada com base nos Custódio Montes, Henrique Barroso, Irene que publicitam a exposição é o rosto da mãe de elementos de que a AT dispõe, porque o contribuinte não Silva e José Dias Baptista. Ricardo Moura. Maria dos Anjos tem 96 anos e o filho, apresentou a declaração, o pagamento deve ocorrer até ao EMPRESA CONCELHIA POTÊNCIA O GERÊS babado, nota-lhe na foto a preto e branco a final do ano. sinceridade e a alegria, características da gente do - DISPENSA DE APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO Barroso, diz. "Ainda há cerca de meia hora a deixei no Ficam dispensados de entregar a declaração de rendimentos escano, ao pé da lareira. Vejo nesta foto uma mulher de IRS, os contribuintes que no ano a que respeita o imposto, bonita e feliz. A exposição mostra muito das memórias apenas tenham auferido, isolada ou cumulativamente: das gentes do Barroso". Foi inaugurada um dia depois • Rendimentos tributados por taxas liberatórias e não optem da Unesco ter consagrado o Barroso, Montalegre e pelo seu englobamento; Boticas, como terras de sistemas e paisagens agrícolas • Rendimentos de trabalho dependente ou pensões de valor específicos que foram criados, moldados e mantidos igual ou inferior a 8.500€, que não tenham sido sujeitos a retenção na fonte e não incluam rendimentos de pensões de ao longo de várias gerações de agricultores e pastores alimentos de valor superior a 4.104 €. com base nos diversos recursos naturais e utilizando - Ficam também dispensados de entregar a declaração. os Quatro empresas que integram o Parque práticas locais. Ora estes rostos ali expostos e tudo o contribuintes que aufiram subsídios ou subvenções no Nacional da Peneda-Gerês, uma delas do que eles representam são exactamente as imagens do âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) de montante anual concelho de Montalegre – NaturBarroso -, reconhecimento da Unesco, diz Orlando Alves, o inferior 1.685,28€, ainda que simultaneamente, tenham estão a potenciar a marca "Gerês", Presidente da autarquia de Montalegre. "São rostos obtido rendimentos tributados por taxas liberatórias e bem considerada pela UNESCO reserva da de gente de trabalho na terra. Gente que toda a vida assim, rendimentos do trabalho dependente ou pensões cujo biosfera. Várias ofertas diferenciadoras aqui viveu dos trabalhos agrícolas. São barrosões, uma montante não exceda, isolada ou cumulativamente, 4.104€; prometem revolucionar a forma como designação que fica acima da pátria transmontana e • Tenham realizado atos isolados de valor anual inferior a € vemos este pulmão do território português. 1.685,28, desde que não aufiram outros rendimentos ou As explicações, foram feitas na BTL 2018pelo que, à semelhança do que dizia Torga, são como os apenas aufiram rendimentos tributados por taxas Vice-Presidente do Município, David ouriços que ficam no cimo dos castanheiros, que dão sombra e alimento". E o alimento para Pedro Canedo, liberatórias. As taxas liberatórias acima referidas são as que Teixeira. fotógrafo por paixão, foi ao longo de quatro décadas, constam do artigo 71.º do Código do IRS. A dispensa de II "WOLFRAM TRAIL BORRALHA" o clicar analógico de momentos verdadeiros e naturais entrega da declaração não abrange os contribuintes que: a) que testemunham a história e que agora se mostram, Optem pela tributação conjunta; b) Aufiram rendas temporárias e vitalícias que não se destinam ao pagamento salienta o autor da exposição. "Ao longo de mais de 40 de pensões enquadráveis nas alíneas a), b) ou c) do n.º 1 do anos fotografei pessoas de várias aldeias do concelho. art.º 11.º do Código do IRS; c) Aufiram rendimentos em Chegou a altura certa para mostrar estes rostos que espécie; d) Aufiram rendimentos de pensões de alimentos de dizem muito do que é a nossa história. As fotos foram valor superior a 4.104€. feitas sem poses e sempre no ambiente natural. Os contribuintes dispensados de entrega da declaração de Espero que a exposição seja como um livro onde, rendimentos, e que não a tenham apresentado, podem nestas caras, se possa ler um pouco do que foi a vida solicitar, após o termo do prazo de entrega - 31 de Maio, A segunda edição do "Wolfram Trail Borralha" dos nossos antepassados". "Rostos com História" é ocorre no dia 1 de julho. O evento, organizado através do Portal das Finanças a emissão de certidão gratuita, onde consta a natureza e o montante dos rendimentos bem pelo Centro Interpretativo das Minas da uma exposição de Pedro Canedo para ver na sede do como o imposto suportado no ano, comunicados à AT. Se Borralha, polo do Ecomuseu de Barroso, Ecomuseu do Barroso em Montalegre até ao próximo Fonte: TSF Noticias posteriormente, necessitarem de mais certidões da mesma promete voltar a proporcionar excelentes dia 18 de Maio. momentos de adrenalina e prazer competitivo. natureza podem obtê-las no Portal das Finanças.

Rostos com História


SOCIEDADE

LIMPEZA DOS TERRENOS MULTAS SUSPENSAS ATÉ 31 DE MAIO|O QUE ACONTECE DEPOIS…

1. Quais são as áreas prioritárias? O Governo definiu, em despacho publicado, duas prioridades para a limpeza de terrenos. De acordo com o mapa publicado em Diário da República, das 1.049 freguesias, há 710 que têm de ser limpas com maior celeridade e as restantes 339 numa fase posterior. Mas todas têm o mesmo prazo (dia 31 de maio) para que fiquem limpas, cabendo às autarquias fazer a gestão do calendário de limpeza dos terrenos que terão de assumir, cumprindo esta ordem. O despacho do Governo estabelece que entre 16 de março e 30 de abril é prioritária a limpeza dos terrenos junto a linhas de transporte e de distribuição de energia elétrica em muito alta tensão e em alta tensão e da rede de gás natural. São ainda prioridade os terrenos que fiquem junto a parques de campismo e a parques industriais. Entre 1 e 31 de maio passa a vigorar a segunda fase, onde estão os terrenos que representem perigo de incêndio rural à escala municipal, cuja faixa de segurança deve ser superior a 100 metros. 2. As árvores de fruto estão incluídas nas regras? As novas regras, além de definirem prioridades de limpeza, deixam ainda claro que nem todas as árvores devem ser cortadas. É o caso das árvores de fruto, que não têm de ser cortadas se estiverem inseridas numa área agrícola ou num jardim. Isto porque a limpeza dos terrenos não significa o corte de toda a vegetação. Uma árvore, desde que podada e localizada a uma distância – entre copas – de quatro metros de outras árvores e a mais de cinco metros das habitações, também pode ser mantida. É desnecessária a limpeza e podem ser mantidos pinhais que estejam cuidados, cuja copa das árvores tenham uma distância de dois metros. No entanto, devem ser evitadas, mesmo que nestas condições, espécies de elevada inflamabilidade na área envolvente de habitações. 3. O que acontece depois de 15 de março? Terminado o prazo para que os proprietários, arrendatários e usufrutários limpem os terrenos, até 15 de Março, a GNR vai fazer um levantamento dos terrenos por limpar até dia 31 do mesmo mês. Os responsáveis pelos terrenos sinalizados com falta de limpeza serão identificados pela GNR e sensibilizados a proceder à sua limpeza no limite até 31 de Maio. Se o não fizerem, ficam sujeitos às respectivas coimas. Também a partir desta data e de acordo com a lei, a responsabilidade pela limpeza dos terrenos passa a ser das 308 autarquias. Caso os municípios não terminem a limpeza no prazo previsto arriscam perder, logo a partir de junho, 25% da tranche transferida mensalmente. Para limpar os terrenos, cada autarquia pode recorrer aos bombeiros sapadores (municipais) ou contratar empresas. 4. Qual o valor das multas? Para levar os proprietários a limpar os terrenos, o Governo subiu o valor das multas para o dobro, de acordo com o artigo 153.º da Lei do Orçamento do Estado para 2018. «Durante o ano de 2018, as coimas a que se refere o artigo 38.º do Decreto-

Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, na sua redação atual, são aumentadas para o dobro», lê-se do artigo 153.º do OE. Desta forma, as coimas vão oscilar entre os 280 euros e os dez mil euros no caso de um proprietário singular e para os três mil a 120 mil euros para as pessoas coletivas. Até ao ano passado, as coimas em vigor eram de 140 euros a cinco mil euros para as pessoas singulares e de 800 a 60 mil euros para as empresas. De acordo com a lei, 60% da receita das coimas vai para o Estado, 20% para a autarquia (entidade autuante) e outros 20% para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. As câmaras podem ter acesso aos terrenos? Sim. As câmaras vão substituir-se aos proprietários e produtores florestais em incumprimento com a limpeza, tendo obrigatoriamente acesso aos terrenos. Antes de assumir essa responsabilidade os proprietários são notificados da infração tendo cinco dias para regularizar a situação. Havendo falta de resposta as autarquias têm livre acesso. 6. Quem paga a limpeza realizada pelas autarquias? Cabe aos proprietários em incumprimento o pagamento da limpeza realizada pelas autarquias. No caso de não terem posses para pagar, as câmaras podem vender o combustível que foi limpo dos terrenos e ficar com essa receita. Caso o valor que resulte da venda da lenha seja inferior ao custo da limpeza, podem ainda ficar com 20% do valor cobrado na coima. 7. As autarquias têm verbas para a limpeza? Para avançar com os custos da limpeza o Governo criou uma linha de crédito com um valor total de 50 milhões de euros disponível para os 308 municípios, sobre os quais serão cobrados aos municípios juros de mora. Também para agilizar o processo as câmaras podem contratar empresas de limpeza através de ajustes diretos.

SUSPENSÃO DOS AUTOS E COIMAS A gestão de combustível consiste na criação e manutenção da descontinuidade horizontal e vertical da carga combustível nos espaços rurais, através da modificação ou da remoção parcial ou total da biomassa vegetal, nomeadamente por corte e ou remoção, empregando as técnicas mais recomendadas com a intensidade e frequência adequadas à satisfação dos objetivos dos espaços intervencionados. No que concerne às faixas secundárias de gestão de combustível, esta matéria é regulada pelas disposições conjugadas do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, na sua redação atual, conjugado com o artigo 153.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro. Do seu incumprimento resulta o levantamento de autos de contraordenação e a possibilidade de aplicação de coimas aos proprietários ou outros responsáveis se essa gestão não fosse efetuada até ao dia 15 de março, prevendo-se, ainda, que a partir dessa data até 31 de maio os municípios garantem a realização desses trabalhos. Fruto de um conjunto de circunstâncias, o executivo decidiu adaptar o regime contraordenacional aplicável a esta matéria através da publicação do Decreto-Lei n.º 19-A/2018, de 15 de março, onde se determina que no ano de 2018, os autos de contraordenação levantados nos termos conjugados do artigo 15.º e da alínea a) do n.º 2 do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, na sua redação atual, ficam sem efeito se, até 31 de maio, o responsável proceder à gestão de combustível a que está legalmente obrigado. Desta redação resulta que ao constatarem uma infração as entidades competentes podem levantar os respectivos autos de contraordenação, só que estes ficam suspensos até final de maio de 2018. Se a gestão de combustível for efetuada dentro do lapso temporal legalmente definido o auto fica sem efeito, caso contrário o auto segue a tramitação normal podendo desembocar na aplicação de uma coima. Não poderia terminar sem dar nota que finalmente se regista uma mobilização quase geral das populações para a necessidade e importância de que se reveste a limpeza dos terrenos no contexto da prevenção dos incêndios rurais.


SOCIEDADE FOGOS FLORESTAIS SAPADORES EM FORMAÇÃO

MOVIMENTO PELO INTERIOR JÁ TEM PROPOSTAS FINALIDADE: CORRIGIR OS DESEQUILIBRIOS NO PAÍS O Transmontano Rui Santos, Presidente da Câmara de Vila Real e da Associação de Autarcas Socialistas, é um dos promotores da iniciativa cívica Movimento Pelo Interior, que pretende corrigir o desiquilíbrio no país e que faz pender população e riqueza para o litoral, deixando o interior pobre e despovoado entregue à sua sorte. Este movimento tem trabalhadas uma série de medidas que já foram apresentadas a Marcelo Rebelo de Sousa e a António Costa. Rui Santos é um dos promotores deste movimento que integra também entre outros o antigo ministro do Trabalho e exPresidente do Conselho Económico e Social, José Silva Peneda, bem como Rui Nabeiro, o homem dos cafés Delta, o Presidente do Conselho de Reitores, António Fontaínhas Fernandes, o antigo Ministro das Finanças Miguel Cadilhe, o ex-Ministro Jorge Coelho, o ex-Secretário de Estado da Educação Pedro Lourtie, o Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Nuno Mangas e o Presidente do Grupo Visabeira, Fernando Nunes.

Teve já inicio no concelho de Montalegre, o primeiro de um conjunto de cinco módulos de formação dirigido aos sapadores florestais. Ao todo são mais de 30 elementos espalhados por seis equipas: Salto, Fafião, Cabril, Outeiro, Covelães e Pitões das Júnias. A abertura dos trabalhos contou com a presença de várias entidades, entre elas o Município de Montalegre, representado pelo Vice-Presidente, David Teixeira. A sede do Centro Social de Covelães, uma aldeia do concelho, acolheu a sessão de boas vindas do curso de formação “Segurança e saúde no trabalho florestal” (50 horas), dirigido a seis equipas de sapadores florestais. São 30 elementos espalhados pelas brigadas de Salto, Fafião, Cabril, Outeiro, Covelães e Pitões das Júnias. Esta iniciativa contou, pela primeira vez, com a dirigente máxima do Instituto de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega (IEFP), Gisela Espírito Santo, acompanhada, entre outros, por Eduardo Carvalho, em nome do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e pelo representante da autarquia, o vice-presidente David Teixeira. Um contingente de relevo forte que mostra o Segundo Silva Peneda, o movimento aposta na política fiscal para aumentar o quão o Município, através das directrizes governamentais, investimento empresarial e o emprego no interior do país, no sistema educativo para aumentar o número de estudantes do ensino superior nas regiões despovoadas e na está empenhado no combate à praga dos incêndios. descentralização dos poderes do Estado, de forma a capacitar o mesmo interior e relocalizar aí muitos serviços da administração pública, objectivos que são previstos AS OPINIÕES para o espaço de 3 legislaturas, dentro do quadro financeiro 2020/2030 e David Teixeira|Vice-presidente da Câmara de Montalegre "desejavelmente" para que tenham impacto no Orçamento do Estado para 2019. Os «Quisemos fazer esta formação em Covelães para se perceber promotores prevêm apresentar as medidas e o impacto financeiro que estas terão a centralidade do Parque Nacional que durante anos a fio numa conferência no início do próximo verão. nunca a teve. Para mim, faz todo o sentido que esta formação seja feita em contexto de trabalho. É importante que os sapadores tenham conhecimento das mudanças que têm sido operadas na legislação. É importante que a saibam de modo a poderem transmitir a mensagem à população. O planalto da Mourela é um bom exemplo do excelente trabalho que tem sido feito. O número de ignições reduziu e a qualidade das pastagens aumentou. É esta a nossa missão. Os sapadores têm a responsabilidade de sensibilizar e de saber o que se passa. Para nós município, mais importante que o combate é a prevenção e saber fazer este trabalho de limpeza nos sítios mais prioritários. Gisela Espírito Santo|Diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega «Em Montalegre sinto-me em casa. É um concelho que trago no coração porque é gente solidária. A escolha de Montalegre para iniciarmos este roteiro não foi por acaso. Vamos fazer formação direcionada para as equipas de sapadores florestais em toda a área de influência do Centro de Emprego e Formação Profissional do Alto Tâmega.

Isto deve-se ao excelente trabalho que o próprio município de Montalegre tem feito nesta área da prevenção e do combate a este flagelo dos incêndios. Estamos disponíveis para o que Montalegre entender. Para responder, tal como o Governo, à descentralização. Parabéns ao trabalho de excelência que Montalegre tem feito».


SOCIEDADE

DIA DA MULHER: BARROSÃS DISSERAM PRESENTE

E… UM POUCO POR TODO LADO.

Foi assim no Municipio… Em Gralhas…

No Lar S. José …

Na “Vóz do Barroso”…

No Lar de Salto…

Em Tourém…

“Mulheres felizes… brilham mais”!... In Maria José Afonso

Em Paris…

Perto de Viade…

No Lar dos Pisões…

MULHER

…PORÉM, “HOJE” TAMBÉM É O DIA DA MULHER!…

“A todas as mulheres que lutaram e lutam pela igualdade e a todas as vítimas do sistema que as oprime, A Barrosana manifesta a solidariedade numa luta que deve ser diária e global”.

I A mulher não é só casa mulher-loiça, mulher-cama ela é também mulher-asa, mulher-força, mulher-chama II E é preciso dizer dessa antiga condição a mulher soube trazer a cabeça e o coração III Trouxe a fábrica ao seu lar e ordenado à cozinha e impôs a trabalhar a razão que sempre tinha

IV Trabalho não só de parto mas também de construção para um filho crescer farto para um filho crescer são V A posse vai-se acabar no tempo da liberdade o que importa é saber estar juntos em pé de igualdade VI Desde que as coisas se tornem naquilo que a gente quer é igual dizer meu homem ou dizer minha mulher Ary dos Santos


SOCIEDADE Opinião: António Guterres *

Estamos num momento crucial para os direitos das mulheres. As desigualdades históricas e estruturais, que permitiram que a opressão e a discriminação florescessem, estão a ser denunciadas como nunca. Da América Latina à Europa ou à Ásia, nas redes sociais, em estúdios de filmagens, em fábricas e nas ruas, as mulheres estão a pedir uma mudança duradoura e tolerância zero para ataques sexuais, assédio e discriminações de todos os tipos. Alcançar a igualdade de género e o empoderamento das mulheres e das raparigas é um trabalho que temos de terminar e que constitui o maior desafio em matéria de direitos humanos do mundo atual. O ativismo e a defesa de gerações de mulheres estão a dar frutos. Há mais raparigas matriculadas nas escolas do que no passado, mais mulheres têm trabalhos remunerados e exercem cargos superiores no setor privado, na academia, na política e em organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas. A igualdade de género está consagrada em inúmeras leis, e práticas nocivas como a mutilação genital feminina e o casamento infantil passaram a ser proibidas em muitos países. No entanto, existem ainda sérios obstáculos para resolver desequilíbrios históricos de poder que servem de base para a discriminação e a exploração. Com efeito, mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm proteção legal contra a violência sexual doméstica. A diferença salarial global (entre mulheres e homens) é de 23%, chegando a 40% nas áreas rurais, o trabalho não remunerado feito por muitas mulheres não é reconhecido. A representação das mulheres nos parlamentos nacionais é, em média, menos de 25%, e nos conselhos de administração de empresas este número é ainda mais baixo. Sem uma ação concertada, milhões de raparigas serão submetidas à mutilação genital na próxima década. As leis existem mas são frequentemente ignoradas, e as mulheres que recorrem à justiça são postas em causa, denegridas ou demitidas. Hoje, sabemos que o assédio e o abuso sexuais têm prosperado nos locais de trabalho, nos espaços públicos, nos lares e em países que se orgulham de seu desempenho em matéria de igualdade de género. As Nações Unidas devem dar o exemplo ao mundo. Reconheço que este nem

MENSAGEM DO SECRETÁRIO GERAL DA ONU POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER sempre tem sido o caso. Desde o início do meu mandato, no ano passado, comecei a fazer algumas mudanças na sede da ONU, nas missões de manutenção da paz e nos nossos escritórios em todo o mundo. Acabámos de alcançar a paridade de género, pela primeira vez, na minha equipa sénior de gestão, e estou determinado a levar esta paridade a toda a organização. Estou completamente comprometido com a tolerância zero para assédio sexual e já iniciei planos para melhorar as notificações e a responsabilização. Estamos a cooperar de forma estreita com os países para prevenir e responder a casos de abuso e exploração sexuais cometidos por funcionários de missões de manutenção da paz, bem como para apoiar as vítimas. Nós, nas Nações Unidas, apoiamos mulheres de todo o mundo que estão a lutar para vencer as injustiças que enfrentam, sejam camponesas que sofrem com discriminação salarial, mulheres na cidade que se mobilizam para a mudança, refugiadas sob risco de exploração e abuso ou mulheres que vivem várias formas de discriminação como viúvas, mulheres indígenas, mulheres com deficiência e aquelas que não se conformam com as normas de género.

Quero ser claro: isto não é um favor às mulheres. A igualdade de género é uma questão de direitos humanos, mas também de todos nós: homens e rapazes, mulheres e raparigas. A desigualdade de género e a discriminação contra as mulheres afetam-nos a todos. Existem provas suficientes de que investir nas mulheres é o caminho mais eficaz de fazer avançar comunidades, empresas e até mesmo países. A participação das mulheres torna os acordos de paz mais fortes, as sociedades mais resilientes e as economias mais vigorosas. Onde as mulheres sofrem discriminação, encontramos, frequentemente, práticas e crenças que são prejudiciais a todos. A licença de paternidade, leis contra a violência doméstica e salários iguais são benéficos para todos.

Quero ser claro: isto não é um favor às mulheres. A igualdade de género é uma questão de direitos humanos

Alcançar a igualdade de género e o empoderamento das mulheres e raparigas constitui o maior desafio em matéria de direitos humanos do mundo atual O empoderamento das mulheres está no coração da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável significa o progresso de todas as mulheres, em todo o mundo. A iniciativa Spotlight, lançada conjuntamente com a União Europeia, vai direcionar recursos para a eliminação da violência contra mulheres e raparigas, um pré-requisito para a igualdade e o empoderamento.

Neste momento crucial para os direitos das mulheres, é hora de os homens fi carem ao lado das mulheres, ouvirem o que têm a dizer e aprenderem com elas. A transparência e a responsabilização são essenciais para que as mulheres alcancem o seu máximo potencial nas nossas comunidades, sociedades e economias. Tenho orgulho de fazer parte deste movimento que, desejavelmente, continuará a ser amplifi cado dentro das Nações Unidas e em todo do mundo. *Secretário-Geral das Nações Unidas


AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO|A BATATA DE SEMENTE A TRADIÇÃO E O FUTURO A batata é um dos alimentos mais apreciados e consumidos pela generalidade da população mundial, sendo actualmente produzida em cerca de 140 países. A história leva-nos até aos distantes anos do século XVI em que os conquistadores espanhóis trouxeram para Espanha este precioso tubérculo que os povos indígenas dos planaltos andinos já cultivavam desde tempos imemoriais, e assim surgiu a introdução da cultura da batata em diversos países da Europa, incluindo Portugal. Aqui, houve necessidade de encontrar localizações adequadas à sua produção, e a região de Montalegre revelou possuir excelentes características para o efeito, situando-se mesmo entre as melhores localizações no que se refere à obtenção de batata para semente com baixos índices de contaminação virótica. Neste contexto, os recursos naturais das montanhas de Barroso, que se tinham revelado restritivos ao alargamento do conjunto de culturas que poderiam estar à disposição dos agricultores na procura do autoabastecimento alimentar do período agro-pastoril, revelaram-se por isso uma mais-valia. Na comparação com outros espaços de montanha de Trás-os-Montes, a região de Montalegre tem a vantagem de possuir uma menor secura estival, factor importante se atendermos a que a cultura de batata é na sua grande maioria de sequeiro. Desde os meados da década de trinta até meados da década de oitenta, do século passado, a batata protagonizou um papel fulcral no processo de integração mercantil da agricultura no concelho de Montalegre que desencadeou um surto de desenvolvimento económico e social sem precedentes na região. Produziu-se batata de semente que era depois reproduzida com sucesso nas zonas mais quentes do país. Foram anos que quebraram décadas de pobreza extrema e até criação de riqueza. Gradualmente verificaram-se melhorias e modificações profundas nas condições de vida da população barrosã, nas habitações, nos regimes alimentares, no vestuário, no acesso à educação dos jovens, nas relações sociais e nos contactos com o exterior. A partir daí a produção estagnou e sofreu um sério revés, para o qual contribuíu de sobremaneira os poderes instituídos na região, que não foram capazes de inverter a situação, acomodando-se perante os surtos de emigração que à falta de expectativas se revelaram galopantes. Hoje, a aposta na produção da batata da semente no concelho de Montalegre voltou a ser uma prioridade, e sendo assim, há quatro anos, através de uma iniciativa que a Câmara Municipal implementou junto dos agricultores, iniciou-se o processo de revitalização desta actividade e os resultados têm sido extremamente positivos. Na última campanha, as condições climatéricas permitiram uma época de sementeira dentro do período normal para esta região e condições de cultivo favoráveis, tendo como resultado, a produção de mais de 300 toneladas, que como afirmou em tempos o Presidente do Municipio, foram menos 300 toneladas que o pais teve que ir buscar ao estrangeiro, dado que o escoamento esteve previamente garantido para toda a produção.

Nos dias que correm, a produção por toda a região é diminuta. Porém, face à notoriedade conseguida através dos tempos e até à vasta procura na região, o actual Presidente da Câmara não desiste e quer fazer jus ao seu projecto de retoma da produção de batata de semente. Para o efeito tem vindo a apelar a que todos os interessados se inscrevam no Gabinete de Apoio ao Investidor e de Dinamização da Economia Local, por forma a constituir-se tão cedo quanto possível, a base de aderentes e a desenharem-se os apoios necessários à implementação desta medida. A ideia é recuperar «o estandarte de Montalegre e da região de Barroso". Para tanto, a autarquia fornece gratuitamente a semente aos produtores, financia a análise dos terrenos que é obrigatório fazer-se, financia as inspeções sanitárias e fitossanitária, e suporta os custos com um técnico que acompanha todo o ciclo de produção até ao seu armazenamento. No último ano, todos os campos inspecionados foram aprovados pela DRATM - Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes - e durante o período de cultivo foram instaladas armadilhas para controlo e monitorização de pragas significativas para a cultura, numa experiência que se pretende manter no futuro. Gozando este projecto de ”boa saúde”, a Câmara de Montalegre irá “continuar a apoiar os agricultores, com a certeza de que no início da produção têm desde logo garantida a venda da batata a preços previamente estipulados.

DESCRIÇÃO HISTÓRICA Trazida para a Europa por volta de 1588, só cerca de um século depois, em 1758 é que a batata foi conhecida no nosso país, sendo na altura chamada de "castanha da terra", uma vez que desempenhou um papel importante na substituição desta nos nossos hábitos alimentares Nos finais do século XVIII as zonas mais significativas de produção de batata, eram a Veiga de Chaves e a região Barrosã. Nessa época ocupava os terrenos quentes e húmidos, os mesmos utilizados nas culturas do milho, feijão e legumes, sendo o seu cultivo feito intensivamente. O nome batata, só aparece no entanto e pela primeira vez, em 1647, pelo lexicógrafo Bento Pereira, na sua obra Thesouro da língua portuguesa.

Sobre a introdução e o cultivo da batata na região barrosã, há quem defenda por um lado, que tal apenas ocorreu nos finais do século XVIII, enquanto outros afirmam , que a data da sua introdução no país e na região, se deu apenas nos finais do século XIX. Certo é que a notoriedade, consequência das características únicas e muito apreciadas da Batata de Barroso, fez com que este produto atingisse a reputação de que goza hoje em dia. Esta reputação está bem patente no sucesso que é a procura da batata na região. Estudos recentes demonstram que a reputação desta batata leva a que a designação “Batata de Montalegre”, seja suficiente para que um consumidor se disponha a pagar mais por um produto que é, aos seus olhos, indestrinçável de produtos semelhantes existentes no mercado e vendidos a preços mais baixos. Esta reputação leva também a que hoje em dia, apareçam no mercado batatas das mais diversas regiões que usam abusivamente "batata de montalegre” que induzem a proveniência da região. Utilizações que são suficientes para destruir a reputação, conquistada ao longo de muitos anos, criando receio no consumidor que não acredita, quando a vê à venda, que a batata seja da região.


AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO|A OPINIÃO DO PRESIDENTE* MONTALEGRE:A sustentabilidade do concelho também passa pela dinamização do Mundo Rural Após a quarta campanha de produção da batata da semente de Montalegre, tem sido um projeto que tem correspondido às expectativas? O projeto da retoma da batata de semente é um projeto que está a nascer do nada e representa o agarrar de um desígnio e a retoma de uma identidade. Montalegre é a “Capital da Batata da Semente”, pois somos o único concelho de Portugal com condições para a sua produção. Para este projeto embrionário, foi criada a Coop Barroso que assessoria a produção, com todo o rigor exigível, dando o apoio técnico de forma graciosa aos produtores, com quem contratualiza o preço de venda antes da época se iniciar. Estamos, pois, numa cruzada em busca de uma identidade perdida, e que esperamos que dê os seus frutos. Com uma produção, na campanha de 2017, a rondar as 300 toneladas da batata de semente, como está a decorrer a sua comercialização? A Cooperativa, atempadamente, estabeleceu os meios necessários com diversas lojas para a comercialização da Batata de Semente, garantindo assim a sua escoação. Neste momento a batata está devidamente armazenada num espaço no Barracão, onde pode ser adquirida. Já tentámos criar um espaço mais acessível, aqui em Montalegre, para armazenamento e comercialização, mas ainda não foi possível. Estamos perante um projeto economicamente sustentável? O desiderato é tornar esta atividade lucrativa e rentável, que é o principal objetivo da Cooperativa, da autarquia e de quem acredita na região. É um processo lento, mas desde já nos conforta saber que a produção da batata de semente representa uma diminuição das importações, contribuindo assim para o aumento do PIB nacional, da riqueza do país e da sustentabilidade do território. Pensamos, pois, que o Mundo Rural, a propriedade rústica, a atividade agrícola, pecuária e florestal são pressupostos em que teremos de estruturar o nosso crescimento económico. Falando na floresta e o meio ambiente, como se poderá, a partir deste património natural, procurar alguma sustentabilidade do território? Passa pela promoção de eventos ligados à natureza? Certamente. Os eventos que fazemos contribuem para a visibilidade do espaço e a dinamização da atividade económica. Congratulamo-nos em ter em quase todos os fins de semana eventos, onde a relação do homem com a natureza prevalece em todos eles. Os trailers que se fazem durante o ano, as Carrilheiras do Barroso, os desportos da natureza, o Parapente, que este ano vamos ter o campeonato da Europa, são alguns exemplos. Isto leva-nos a uma consciencialização pelo respeito pela natureza. Poderemos, assim, alavancar o turismo e a visibilidade na região, alicerçando-os no património paisagístico, ambiental e gastronómico. Somos reconhecidos como um concelho dinâmico que se preocupa em mexer com a estrutura aqui radicada, envolvendo todos os agentes económicos em prol da visibilidade e desenvolvimento do concelho. Referiu a necessidade de uma consciencialização pelo respeito pela natureza. Como se leva a cabo essa consciencialização? A floresta, e o meio ambiente, sempre foi uma preocupação nossa. As ações de consciencialização da preservação da natureza passam pela educação, no âmbito dos programas curriculares nas escolas, da sensibilização dos pais e nos sinais que a autarquia vai dando, preocupação acrescida com as alterações climáticas. Que sinais a autarquia está a dar? São vários. Salientamos a adesão do Município às Águas do Norte, para não termos no futuro, eventuais problemas no fornecimento de água às populações. Estamos a estender ao concelho uma rede de distribuição de gás natural, menos poluente e mais em conta para as famílias. Vamos adquirir mais três viaturas elétricas, e desta forma dar o nosso contributo para a descarbonização da economia. Estamos com um processo de distribuição de recipientes para recolha de óleos usados, tanto para empresas, como para particulares. Seremos o primeiro concelho do país a substituir por completo as luminárias em mercúrio por lâmpadas com a tecnologia Led. São estes alguns sinais da preocupação da autarquia e dos autarcas de Montalegre pela preservação da natureza.

Além do património paisagístico, gastronómico, também a cultura poderá ser um fator de dinamização do território, como o evento da “Sexta-13”, cujo próximo evento é já em abril? Cultura é tudo aquilo que nos identifica como um povo, as nossas tradições, os pormenores do quotidiano da vida barrosã, o misticismo, as nossas crenças. Tudo isso é cultura e tudo isso pode ser exponenciado economicamente. Além da “Sexta-Feira 13”, é o caso do Congresso da Medicina Popular, a “Queima do Judas”. Construir eventos, violentando esta memória coletiva, não é a melhor forma de prespetivar o futuro. Também em abril, Montalegre recebe o Mundial de RallyCross. Um evento importante para o concelho? É um evento que nos distingue e nos categoriza. Um terra pequena ter uma prova do circuito mundial, cada vez tem mais projeção e mais adesão, é algo que nos enriquece e nos deixa muito honrados. Também neste sentido estamos a alargar o espaço para o público, que, cada vez mais, adere a esta modalidade, nomeadamente, os nossos vizinhos da Galiza, pois é desta forma que vamos rentabilizando o evento. Na avaliação da FIA, das 12 provas que constituem o campeonato, no ano transato, a prova de Montalegre obteve o 6º lugar… Esta classificação não tem a ver com a pista em si. A pista de Montalegre, senão a melhor, está entre as melhores. Esta mediana pontuação tem a ver com alguns pequeníssimos pormenores à volta da prova, tais como os serviços de apoio prestados no período em que as provas decorrem, as casas de banho, a sua funcionalidade, o controlo das entradas e saídas. Não sendo de muita importância, não podem ser desprezados. Vamos melhorando aos poucos. A FIA esteve, recentemente, em Montalegre e a pista foi homologada por mais cinco anos. E tudo faremos para garantir, a partir dessa data, a continuidade desta prova. A capacidade hoteleira de Montalegre não consegue dar resposta às necessidades resultantes deste tipo de eventos. Tem sido um aspeto menos positivo, neste processo?

Há dois aspetos a que a FIA aponta o dedo. A estrada para Chaves e a incapacidade hoteleira do concelho para responder às necessidades deste evento. A requalificação da estrada para Chaves é um processo que está em curso. Lamentamos que, tendo Montalegre um conjunto de eventos dos quais os concelhos vizinhos tiram partido, não se tenha requalificado esta estrada no que respeita ao concelho de Chaves. Quanto à capacidade hoteleira, o Município tem feito tudo para suprir esta carência. Já tentámos várias diligências junto dos gerentes do Hotel em Montalegre para a abertura desta unidade hoteleira, com 40 quartos, mas têm-se revelado infrutíferas. Esta unidade está encerrada, não por falta de rentabilidade económica, mas por outros motivos. De salientar que, a seguir a Chaves, Montalegre é o concelho do Alto Tâmega que tem mais dormidas. *Em entrevista ao diarioatual.com


PELO MUNICIPIO

AUTARQUIA MARCOU PRESENÇA

BOLSA DE TURISMO DE LISBOA Os mais de 1300 stands que este ano preencheram a Bolsa de Turismo de Lisboa reluziam como o sol de Agosto. E não foi por acaso: 2018 deverá ser o melhor ano de sempre para o sector em Portugal. A honra de cortar a fita do evento coube a António Costa. Foi com os bons números do ano passado ainda frescos na memória, que o Primeiro-Ministro percorreu os quatro pavilhões da FIL durante quase duas horas. O peso cada vez maior que o turismo tem na economia assim o exige. Acompanhado pelo Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pela Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, Costa teve tempo para tudo. Andou de bicicleta e de prancha de surf sem sair do lugar, provou daqui e dali os pratos tradicionais de cada região, e até saiu com um novo adereço no pulso, cortesia do Senhor do Bonfim da Bahia. A oferta de brindes, é de resto uma constante em cada stand da BTL. Das tradicionais canetas ou sacos de pano, ímanes para o frigorífico, pacotes de sal, bolas insufláveis, passando por bilhetes para concertos ou fins de semana em hotéis, ninguém sai da FIL mereceram entre outros especial destaque. Os seis Municípios, mostraram ainda o que de melhor possuem em matéria de de mãos a abanar. E também há petiscos, bebidas e até massagens.

gastronomia. Um cabaz de produtos muito procurado e deveras apreciado. Do concelho Montalegre viajou o presunto e o pão centeio. No fim da visita, o Primeiro-Ministro António Costa, deixou um apelo: “Que todos aproveitemos este ano para visitar e conhecer o país, que é um excelente destino de turismo e para ajudar a dar nova vida às regiões”. De referir que esta feira, constitui para o público a oportunidade de conhecer novos destinos e soluções, de comparar propostas e “comprar destinos” a preços altamente competitivos. Tudo isto num ambiente espetacular de festa, cor e alegria, onde a música e a gastronomia marcam presença assídua. A BTL oferece sempre um programa vasto de actividades desde música, provas e degustações até a conferências e workshops profissionais. De referir ainda que a Bolsa de Empregabilidade se realizou durante 2 dias e vai oferecer centenas de propostas de trabalho. Quem também esteve presente para a divulgação do turismo no concelho, foi o Município de Montalegre!... Fê-lo, enquadrado no âmbito da CIM do Alto Tâmega que envolve mais cinco Municípios a saber: Boticas, Chaves, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena. Eventos como a "Sexta 13" os quais ocorrerão já neste mês de Abril e em Julho próximo, bem como a prova do Campeonato do Mundo de Ralycross de 27 a 29 de Abril

30.ª EDIÇÃO DA BTL BOLSA DE TURISMO Portugal é por excelência um país de Turismo. A BTL é o salão de referência para a indústria do Turismo Nacional, ou seja o Ponto de Encontro e o Ponto de Partida. É um evento cheio de desafios e propostas. Para os profissionais ligados ao sector do turismo é uma oportunidade para encontrar compradores profissionais e para conhecer a concorrência.


MONTALEGRE ACOLHE SEGUNDA ETAPA DO PELO MUNICIPIO MUNDIAL DE RALICROSSE DE 27 A 29 DE ABRIL TRANSCÁVADO APRESENTADO NA BOLSA DE TURISMO LISBOA-2018 O Vice-Presidente do Município de Montalegre, David Teixeira, assistiu à apresentação do III "Transcávado BTT-GPS" (5 e 6 de outubro), oficialmente explicado no salão de referência para a indústria do Turismo Nacional e Internacional, a Bolsa de Turismo de Lisboa.

A terceira edição do Transcávado BTT-GPS volta a ter o ponto de partida na foz, em Esposende, percorrendo cerca de 150 km, até à serra do Larouco, em Montalegre, por terras de média e alta altitude. O percurso está associado à promoção dos territórios atravessados pela prova, na abrangência de dois distritos – Braga e Vila real – e em parceria com os municípios de Esposende, Barcelos, Braga, Vila Verde, Amares, Terras de Bouro e Montalegre, numa dimensão supramunicipal, sem esquecer a participação de atletas da vizinha Espanha e as potencialidades turísticas do projeto numa abrangência global. Os pontos de passagem da prova foram, também, evidenciados nesta apresentação pública, lembrando a conotação mística do slogan e que é também necessário criar uma aproximação dos participantes às histórias e estórias de um rio com alma, um "rio com vida", como é exemplo a lenda da ponte Misarela, erguida em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês. Foi igualmente referido o incremento no número de inscrições nesta terceira edição, perspetivando-se mais de 400 atletas e a promessa da superação, uma vez mais, da última edição, proporcionando aos betetistas um "abraço" da região hidrográfica do rio Cávado, numa simbiose de adrenalina e aventura.

O Circuito internacional de Montalegre vai receber de 27 a 29 deste mês de Abril, a segunda etapa do campeonato do mundo de ralicrosse de 2018, prova que fáz parte do calendário da FIA - Federação Internacional de Automobilismo.

No dito calendário, estão inscritas 12 provas, com Montalegre, que assegurou a etapa portuguesa até 2022 e em 2017 já recebeu o Mundial, a surgir depois da ronda inaugural, em Barcelona, a 14 e 15 também deste mês de Abril.

FESTIVAL GASTRONÓMICO EM BARROSO

Entre as estreias para 2018 nesta prova, estão dois circuitos históricos do automobilismo mundial, com Silverstone, em Inglaterra, a acolher a quarta corrida, de 26 a 27 de Maio, e o Circuito das Américas, em Austin, Estado Norte-Americano do Texas, de 29 a 30 de Setembro.

Decorreu no último fim de semana de Março englobado na promoção dos produtos locais e promoção do concelho e da sua gastronomia, mais um Festival Gastronómico das Carnes de Barroso. Quem visitou a região, teve assim oportunidade de provar a vitela, o cabrito e o leitão bísaro, produtos de excelência do nosso território. Muitos foram os que aceitaram o desafio e prometeram voltar. No âmbito do festival, decorreu ainda um programa de ani -

mação que incluíu uma visita aos diversos Museus da região com entradas gratuitas a saber: Ecomuseu de Barroso - Espaço Padre Fontes | Montalegre Ecomuseu de Barroso – Corte do Boi | Pitões das Júnias Ecomuseu de Barroso – Centro Interpretativo da Avifauna da Região | Tourém Ecomuseu de Barroso – Casa do Capitão | Salto Ecomuseu de Barroso - Vezeira e a Serra | Fafião Ecomuseu de Barroso – Centro Interpretativo das Minas da Borralha. Para o ano há mais, mas até lá ficam os “entretantos”…


VIAGEM PELAS ALDEIAS Por: Jorge Martins|Lausanne

É uma das aldeias mais próximas da vila de Montalegre, sede do concelho. Durante muitos anos Codeçoso pertenceu à freguesia de S. Vicente da Chã. É por isso que habitualmente aparece com esse designativo. Como a Chã, desde o tempo de Dinis, pertencia à Comenda do Convento de Santa Clara de Vila Conde, Codeçoso pagava os tributos religiosos a esse Convento, ao contrário da maior parte das restantes freguesias e aldeias de Barroso que pertenciam à Ordem Militar dos Templários. Estes elementos podem ler-se no livro «Montalegre e Terras de Barroso» do Padre João G. da Costa que esclarece muitas das afirmações que aqui tentamos resumir, a propósito de Codeçoso. Aí se diz que somente a freguesia da Chã (à qual Codeçoso pertencia), Morgade e Negrões dependiam do Convento de Santa Clara de Vila do Conde. E, segundo Duarte Nunes Lião, in «Portugal Económico, Monumental e Artístico» (1935), D. Dinis, em 1291, «por escambo, ou seja, por troca, doava ao Convento de Pombeiro, a freguesia de S. Vicente da Chã. Logo Codeçoso, já nessa recuada data, existia e contribuía, ora para o Convento de Vila do Conde ou para o de Pombeiro». Mais precisamente, seguindo Gonçalves Costa: «a freguesia de S. Vicente pertenceu à Ordem Militar dos Templários (fundada em 1118, em Jerusalém), entre 1291 e 1319. D. Dinis viu essa Ordem aprovada por Bula pontifícia de 14-3-1319, com o nome de «Ordem de Cristo». Lê-se no livro de Gonçalves Costa que «os Templários tiveram efectivamente, na Chã, um Convento, com a respectiva igreja, cuja parte inferior denuncia estilo românico do século X . Em conclusão podemos ter por certo que a Chã, com S. Vicente, Negrões e Morgade, foram pertença dos Templários nos princípios do século XIV». A Igreja paroquial ainda é hoje considerada monumento nacional. Se referimos aqui, com este relevo, a freguesia de S. Vicente é pelo facto de nessa altura Codeçoso lhe pertencer, religiosamente.Mas Codeçoso valeu e vale, sobretudo, pelos vestígios românicos. Erradamente os vários autores atribuem a Medeiros e a Meixedo castros, dólmenes e antas que lhe pertencem. O Castro que dista, para poente, cerca de 500 metros da E. N. Montalegre - Chaves, inscreve-se no termo de Codeçoso. Chama-se «o Cabeço dos Mouros» e está por escavar. É sempre citado como sendo de Medeiros o que constitui um erro grave. Aí apareceu uma «ara» na veiga de Carigo que actualmente se encontra no Museu Etnográfico com o nº 5.206, escreve João Gonçalves da Costa, páginas 30/31. Na mesma página se diz que existe um dólmen no Monte do Facho que há anos ainda tinha três esteios aos quais o povo chamava «O Casulo do Facho». Mas situa esse espólio no termo de Meixedo. Se for entendido como freguesia compreende-se. Se for entendido como lugar, então deve dizer-se, no termo de Codeçoso. Já atrás dissemos que houve dois antigos povoados no actual termo de Codeçoso: um nos «Pardieiros» e outro em «Portela da Urzeira». Por ambos passava a via romana. E foi pena que no fim do século XX, já nos nossos dias, com o intuito de arranjar os caminhos para os tractores, fosse entupido esse troço de via romana, por onde, o autor desta pequena nota e toda a sua geração, ainda transitaram, longos e penosos Invernos.

CODEÇOSO

Afinal, prova-se que o progresso nem sempre é aliado da arqueologia.Também no lugar das Motas, onde a estrada que serve Codeçoso se cruza com a nacional, ainda é visível uma anta, também conhecida por «cova da moura». Esse relevo orográfico foi vandalizado aquando do arranjo da estrada. Foi pena porque nunca fora estudado. Em Vale Ferreiro, já dentro do terreno que foi subtraído à aldeia para delimitar o «Posto experimental», existem uns penedos, rasteiros, quase invisíveis com a vegetação, que nos nossos tempos de pastor tinham várias letras e outros símbolos. Valia a pena estudá-los. São vestígios rupestres, possivelmente de grande importância histórica. E ali não é preciso neutralizar barragens para as localizar, como em Foz Côa. FORNO DO POVO - Codeçoso tem um forno comunitário que tão útil foi pelos tempos fora a quantos ali nasceram e cresceram ou que mendigavam, de terra em terra. Para estes sempre foi a hospedaria que nunca se fechou, fosse aos «da volta», fosse a quem fosse. Esse imóvel, a exemplo dos fornos de outras aldeias, deixou de funcionar, porque passaram a existir os fornos particulares e o pão se comercializa, hoje, já prontinho a comer-se. CAPELA DE S. NICOLAU - Embora não seja sede de Freguesia, Codeçoso tem uma das mais sugestivas capelas com Sacrário, onde com alguma frequência se celebram actos religiosos. É dedicada a S. Nicolau, padroeiro da aldeia. Quase todos os anos, quando a emigração não a tinha desertificado, se celebrava a festa anual. No começo deste século, a colónia de Codecenses radicados na cidade de Bridgeport, nos Estados Unidos da América, tem-se substituído aos resistentes que pela aldeia ficaram, promovendo a festa religiosa e profana, o que constitui um acontecimento comunitário que tem merecido nalguma imprensa luso-americana, justos aplausos. Não se conhece a data da sua construção. Mas sabe-se que já por alturas de 1700 foi alvo de beneficiações que foram retomadas nos nossos dias.

AQUI NASCE O RIO RABAGÃO - Mesmo que outras razões não houvesse para conferir a importância de Codeçoso bastava o facto indesmentível de ser aos pés da aldeia que nasce o famoso Rio Rabagão. Começa por gerar um fio de água na lama do boi. Banha todo o fecundo vale de cerca de dois quilómetros, lado nascente, regando hortas e lameiros, para além de, por muitos anos, ter dado razão de ser aos moinhos que se construíram no seu leito. Hoje esses moinhos não funcionam, a exemplo de outros que eram pertença da aldeia e que se situavam no leito do Rio Cávado.

O rio percorre um semi-círculo e após atravessar as freguesias de Chã, Vila da Ponte e Pondras e de receber alguns regatos e ribeiros que o avolumam, vai desaguar na margem esquerda do Rio Cávado, um pouco abaixo da lendária Ponte da Mizarela. Ponte que foi construída no séc. XIX, substituindo outra que se atribui aos romanos. Em 16-V-1809 o exército francês que retirava para Espanha foi atacado nesta ponte pelas ordenanças de Montalegre. Fonte: Monografia de Codeçoso de Barroso da Fonte


ESPECIAL–ENTREVISTA Passou pelo Governo, pela Assembleia da República, pelo Parlamento Europeu e pelas autarquias. Foi quase tudo o que havia para ser no PSD, de secretáriogeral a presidente da bancada. Só nunca foi líder, mas trabalhou com vários, desde Sá Carneiro. Há cinco anos, viu a sua militância no PSD suspensa por um acórdão que afastou outros 80 militantes de Sintra. Agora, quer regressar, mantendo a antiguidade e o cartão com o número 326. É só isso que quer cinco anos após a expulsão. Voltar à política activa com cargos executivos, está fora de questão. Acredita que Rui Rio vai mudar o partido e atira-se aos críticos da nova liderança. “Pode ser que tenham pouca sorte’.

Esteve cinco anos afastado do PSD. O que é que isso lhe ensinou? Pude apreciar a política de palanque, com maior independência, mas ao mesmo tempo mantive uma ligação à política local, em Cascais e em Sintra. Deu-me abertura de espírito e independência. O seu olhar em relação aos partidos mudou alguma coisa? Os partidos estão anquilosados e afastados das bases - não estou a referir-me aos partidos da esquerda radical, PCP e BE, porque esses têm uma tradição e maior necessidade de estarem junto das bases. As sedes estão desertas, já não são pontos de confluência, quando há reuniões é em hotéis e há muito poucas. As candidaturas independentes recuperaram um pouco essa ligação ao eleitorado? Embora grande parte delas resulte de dissidências internas inexplicáveis, no sentido em que os partidos cometeram erros crassos, não há dúvida de que as candidaturas independentes trouxeram maior participação, maior activismo e maior interesse por parte dos eleitores e já representam uma fatia interessante. O Governo de Passos Coelho costumava dizer que ia ficar na História. Concorda? Sim, nos dois sentidos. Ele tem o mérito de ter conseguido com muita dificuldade aguentar-se durante quatro anos, herdando uma situação calamitosa, enfrentando dificuldades internas assinaláveis, nomeadamente aquela birra de Paulo Portas, em que ele teve uma atitude corajosa, enfrentando-o. Mas depois, de facto, exagerou com a adopção de medidas excessivas. Foi mais troikista do que a troika. Chegou a falar-se no seu nome para presidente da Assembleia da República, em 2011, depois de ter saído da câmara. Alguma vez foi convidado para isso? Nunca. Isso são os meus adversários que dizem que fiz uma birra. Quando Passos indigitou Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República (PAR) eu disselhe: “Nesse caso, eu não sou candidato a deputado. Isso [indigitar o presidente da Assembleia] é uma competência do Parlamento, não é sua”. Como assim? Ele telefonou-me da Madeira a dizer: “António Capucho, você é cabeça de lista a Lisboa. Não se importa de ir para outro distrito, já que eu gostava que o Nobre fosse cabeça de lista a Lisboa?” Eu respondi que não me importava. Isto passou-se à hora do almoço. À tarde cheguei a casa, liguei a televisão e ouvi Passos dizer que Nobre foi convidado para deputado, cabeça de lista a Lisboa, e para candidato à presidência da Assembleia da República. Telefonei-lhe e disse: “Já não sou candidato a deputado, passe bem. Porque acho que isto está a começar mal.” Queria ser presidente? Não. Eu nem sabia se alguns ex-primeiros-ministros iriam ser candidatos a deputados e, se fossem, teriam precedência sobre mim. Por acaso, depois, até poderia ter hipótese de ser candidato, em termos de hierarquização dos deputados, mas eu não sabia, entre mim ou o Mota Amaral, por exemplo, qual dos dois teria o apoio do grupo parlamentar. Portanto, a minha candidatura era uma hipótese muito remota. Está num processo de regresso ao PSD. Teria regressado com Passos Coelho? Não. Eu disse que regressaria apenas se o partido desse sinais de se poder democratizar internamente e de se aproximar ou reaproximar da matriz socialdemocrata. Sobre a primeira, a experiência que Rui Rio já demonstrou penso

ANTÓNIO CAPUCHO.* “Estão a tentar fazer a cama ao Rui Rio” que será decisiva para acabar com certos métodos que existem nalguns partidos democráticos, incluindo no PSD, e que são de repudiar liminarmente. Mas também tem de fazer a aproximação às bases. Não estando no Parlamento, Rio vai ter de desenvolver esse trabalho muito importante durante um ano e meio. E depois há a aproximação à matriz social-democrata do PSD, que faz parte do seu ser. Conheci-o bem quando presidi ao grupo parlamentar. Foi muito crítico de Passos Coelho e vai regressar ao PSD com Rui Rio. Espera que o partido sofra uma mudança significativa com a nova liderança? É manifesto que a liderança de Rui Rio vai imprimir ao partido uma inflexão claríssima em duas vertentes fundamentais: a matriz social-democrata é recuperada, isso é evidente, como mostra a moção de estratégia que ele apresentou e depois a prática política vai confirmar; e, em segundo lugar, a democratização do partido. Rui Rio não pactua com situações menos claras e menos transparentes na vida interna do PSD. Nessas duas áreas as alterações vão ser significativas. Essas mudanças internas normalmente não são fáceis de fazer... Claro que não. A prova disso é que há uma oposição interna. São aqueles que ainda estão agarrados à imagem de Pedro Passos Coelho e alimentam naturais e legítimas ambições de regressar ao poder. É verdade que internamente há dificuldades, mas poderão ser superadas como foram superadas as divergências que poderiam ocorrer com o outro candidato, Pedro Santana Lopes. Essas foram, aparentemente, ultrapassadas. E depois existem as dificuldades próprias de o PS estar no poder muito favorecido por uma conjuntura económica vantajosa. Alguns deputados e militantes do PSD criticam o seu regresso e lembram que apoiou António Costa nas últimas eleições legislativas. Como é que responde a essas críticas? Não têm nada a criticar, porque, nessa altura, eu não era militante. Era independente. Se o partido aceita ex-militantes do PCP e votantes no PCP... Eu só posso ser sancionado por decisões que tomei quando fui militante do PSD. Foi o . caso. Apoiei uma candidatura adversária do PSD. Não têm nada que me sancionar por atitudes que eu possa ter tomado quando não estava ligado ao PSD. Atitudes que eu assumo inteiramente. O PSD tem vindo a perder intenções de voto. Para si, o que justifica isso? Os portugueses fartaram-se daquela conversa do PSD e de Passos a dizer “eu é que ganhei, eu é que devia estar ali”. A oposição que ele fez foi absolutamente fracassada, como a generalidade dos observadores políticos reconhece. A aproximação Rio-Costa é “preocupante para a 'geringonça'”, como diz Jerónimo? Claro que é. Está à vista. Não se arrepende de ter apoiado António Costa? Não. Tendo em conta a conjuntura própria. O partido não me quis e passei a independente. Como independente apoiei e votei em quem muito bem entendi. Dois anos depois como é que analisa a governação de António Costa? O saldo é positivo, já que os principais índices que interessam aos eleitores são animadores. As pessoas estão contentes. Mas como é óbvio o cimento que unia os partidos que apoiam o Partido Socialista parece começar a esboroar-se e, ao mesmo tempo, qualquer pequena degradação na situação económica internacional pode fazer baixar esse tipo de apoios que o Governo tem merecido. Julga que este Governo vai cumprir a legislatura? Não é provável que esta solução possa abortar antes das próximas eleições legislativas. Os partidos que apoiam o PS sabem que podem ser penalizados nas eleições se criarem dificuldades ao Governo. Eles não estão muito interessados em romper. A verdade é que, quer a nível sindical, quer noutros aspetos, está a verificarse que há cada vez maior dissonância. Mas o PSD quer ganhar as eleições? Claro que quer. Quem não quer é a oposição interna. Mas no quadro actual, só é possível ficar em primeiro em coligação com o CDS. A coligação com o CDS não prejudicaria eleitoralmente o PSD? Não. Mantenho a opinião desde 1979, embora o mundo e o país tenham mudado muito. Na altura tivemos de explicar aos militantes e aos eleitores que uma aliança com o CDS pode fazer perder alguns eleitores à esquerda do centro, mas faz ganhar um número mais significativo de eleitores vindos da abstenção e do centro do espectro político. O CDS tem uma direcção estável e é um parceiro fiável, não tenho nenhum problema numa coligação. Nas eleições europeias, até para aferirem a sua representatividade, não há drama nenhum que possam apresentar-se separadamente. Nesse caso Rio devia estar a dialogar com o PS ou com o CDS? Deve dialogar com os dois, mas a matéria do diálogo neste momento é com o Governo e indirectamente com o PS. É urgente. Podia primeiro ter tido uma conversa ou um almoço com Assunção Cristas, mas não acho isso relevante, não sei mesmo se não foi um sinal que ele quis dar: “Calma, primeiro estão os interesses do país, que passam pelo acordo que estamos a pretender celebrar em duas áreas fundamentais.” (Continua na Página Seguinte)


ESPECIAL–ENTREVISTA (Continuação…) Como é que viu a discussão em relação à possibilidade do regresso do Bloco Central? Isso é uma falsa questão. Foi uma questão que a oposição ao Rui Rio inventou. Isso nunca esteve na mente do Rui Rio, como ele claramente disse desde a primeira hora. Outra coisa completamente diferente é ter a consciência de que o país só avança se houver reformas estruturais em setores determinantes da nossa sociedade. Estou a falar da Segurança Social, Justiça, Administração Pública, Saúde, Educação... Essas reformas só são possíveis se PSD e PS se entenderem. Ele está claramente apostado nisso, porque coloca os interesses do país à frente dos interesses partidários. Fernando Negrão, que foi escolhido por Rui Rio para a liderança do grupo parlamentar, teve menos de 40% dos votos. Isto não mostra que o partido ainda está muito dividido? Não foi surpresa, porque o grupo parlamentar é maioritariamente composto por pessoas acérrimas defensoras da linha defendida por Passos Coelho e, portanto, adversárias da linha defendida por Rui Rio. Não gostaram desta solução. Só é pena que não tenham apresentado uma candidatura alternativa. Isso é que seria interessante de ver. Estou convencido de que as coisas se vão atenuar. Este tipo de situações não ajudam Rui Rio... Não ajuda nem desajuda. Não é nada de inesperado. Já sabíamos do que é que a casa gasta. Já sabíamos que aqueles deputados foram escolhidos em função da sua fidelidade ao dr. Pedro Passos Coelho. São pessoas que apoiaram Santana Lopes deixando de reserva aquele em quem eles apostam de facto, que não é o Santana Lopes. Será outro próximo de Passos Coelho. Ficaram aborrecidos e quiseram dar um sinal de que estão vivos. Como é que se resolvem estas divergências entre aqueles que defendem um partido mais próximo das ideias de Passos Coelho e os que apoiam Rui Rio? Vão conviver. Daqui até às eleições vão conviver e depois, evidentemente, o dr. Rui Rio será determinante na escolha e na seleção dos candidatos a deputados nas próximas eleições. Sempre foi assim. O que aconteceu era de esperar que acontecesse tendo em conta a situação e a natureza das pessoas que se abstiveram ou votaram nulo nestas eleições. A expectativa é que isso não vá impedir a afirmação política de Fernando Negrão e do PSD. Fernando Negrão fez bem em ficar, apesar de ter tido um resultado muito fraco? Ele já sabia isso. Não tinha, de certeza, dúvidas sobre isso. Conhece bem o grupo parlamentar e quando avançou muito provavelmente sabia que ia ter este resultado. Isso não assusta. Como é que viu as declarações de Miguel Relvas e de outras pessoas a dizer que o Rui Rio é um líder para dois anos se não ganhar as eleições legislativas? Eu não comento as declarações do Miguel Relvas. Acho que ele não tem estatuto dentro do partido para fazer comentários relevantes. Mas faz sentido dizer que Rui Rio deve dar o lugar a outro se perder as eleições? Se todos os líderes que perdessem eleições se demitissem isto era uma chatice. Não é uma regra. Estão a tentar fazer a cama ao dr. Rui Rio. Pode ser que tenham pouca sorte. Está satisfeito por voltar ao partido que ajudou a fundar a seguir ao 25 de Abril? Sim. Sou militante desde 1974 e é natural que esteja satisfeito. Não há ninguém no partido que tenha um currículo semelhante ao meu, tão diversificado, e que tenha percorrido todos os órgãos do partido em lugares cimeiros e todos os órgãos de Estado em lugares cimeiros, exceto a presidência da República e primeiroministro. Tenho, de facto, essa experiência que penso que pode ser útil ao partido e ao Rui Rio. Mas ainda não voltei ao partido. Quando é que isso vai acontecer? Eu e um conjunto significativo de militantes, cuja inscrição no partido cessou em 2013 por termos apoiado uma lista independente, apresentaremos muito brevemente um requerimento ao Conselho de Jurisdição Nacional no sentido do regresso. Ainda não o fizemos. E está disposto a colaborar com Rui Rio, se ele lhe pedir algum contributo? Esporadicamente e pontualmente, claro que sim. Não tenho nenhuma apetência nem estou disponível para qualquer cargo dentro do partido, seja a que nível for, no Estado ou no Governo, se ele vier a ser primeiro-ministro. Não estou disponível. Porquê? Porque não estou, por razões pessoais, porque tenho 73 anos, porque tenho netos, porque não me apetece ir a Lisboa. Já dei para aqueles peditórios todos e acho que estou numa fase diferente da minha vida. Não estou nada para aí virado. Nem sequer no Estado. E no partido? Não. Cargos no partido não aceito. Se vier a ser eleito daqui a dois anos para o conselho nacional, não me importo, mas isso não tem qualquer relevância. Cargos executivos no partido, no Estado, na Administração Pública, não.

ANTÓNIO CAPUCHO *. “Com Passos Coelho não regressaria...” “Não gosto de uma oposição trauliteira”… António Capucho faz um parênteses na entrevista (que é muito mais importante do que um parênteses) para considerar que a votação na bancada do PSD, nomeadamente a existência de votos nulos, foi “miserável”. “Não tem outro nome, porque voto certo era a abstenção”, assume. Regionais na Madeira, Europeias… É obrigatório ganhar? Não. Nem é obrigatório ganhar as próximas legislativas. É desejável, e é para isso que estamos a lutar. Nas eleições europeias, e nomeadamente se formos separados, não há drama nenhum. O que é preciso é ter um bom resultado, o que assentará muito na qualidade dos candidatos... que eu não serei, mas que o PSD tem. Santana Lopes seria um bom cabeça de lista? Em termos de imagem pública, sim. Em termos de dossiers europeus, ele está muito afastado dessa área. Mas não enjeito essa hipótese. Não seria inédito. O PSD deve apoiar Marcelo nas próximas presidenciais? É uma pergunta engraçada porque que alternativa tem? Não tem alternativa, obviamente. Ele vai continuar em alta e é alguém que é muito querido, não apenas nos militantes, mas também no resto do eleitorado. O português anónimo, em geral, adora o estilo de Marcelo. Neste momento, só se ele não quiser... Onde vê o PSD em 2020? No Governo? Desejavelmente, mas não é obrigatório. E se estiver na oposição, quem vê na liderança? Rui Rio, a não ser que ele tenha um resultado calamitoso, mas não há razão para isso. É completamente diferente o Benfica ir à Suíça perder com um clube secundário por 5-0 ou perder em casa, com o Manchester City, por 0-1 e fazer uma boa exibição. Da nova geração, que agora optou por fazer um compasso de espera de dois anos, quem acha que pode chegar à liderança do partido? Desta nova geração, da linha mais à direita dentro do partido, pela experiência e pela capacidade política revelada, evidentemente que o Luís Montenegro é uma peçachave. Na linha mais social-democrata, se assim se pode dizer sem menosprezo para os demais, veremos quem é que aparece. Não vê ninguém? Há vários, mas não quero... É a linha que lhe é mas cara... Se escrever que eu apoio alguém para a sucessão de Rui Rio, vão pressupor que eu quero que ele seja substituído e que estou a indigitar um delfim, que não quero.

Que conselho daria a Fernando Negrão para esta fase que se avizinha? Não vou dar conselhos, mas ele disse uma coisa que me agradou. Vai mudar o estilo, ou seja, vai ter um estilo muito mais urbano, fazendo uma oposição rigorosa, construtiva, sem ser trauliteiro, porque ele não é. Está a falar de Hugo Soares ou de Luís Montenegro? Não estou a falar de Luís Montenegro. Estou a dizer que não gosto de uma oposição trauliteira. Como a de Hugo Soares? Sim, é evidente. Hugo Soares exagerou, embora julgue que tem capacidade e que, se enterrar o machado de guerra, é um deputado com qualidade. À medida que nos vamos afastando do congresso e do momento em que alguns manifestaram o seu enfado através daquele voto miserável - não tem outro nome, porque voto certo era a abstenção ou então apresentavam um candidato, voto nulo é vergonhoso -, mas à medida que nos afastamos do congresso e nos aproximamos de eleições, passa a haver um maior cimento, uma maior tendência para a unidade. in:Semanário Sol e diário Público


FRANÇA|EMIGRANTE PORTUGUÊS VITIMA DO ATENTADO TERRORISTA EM CARCASSONNE

COMUNIDADES Por: Jorge Martins|Lausanne

REMESSAS DOS EMIGRANTES PELA PRIMEIRA VEZ PASSARAM OS 3,5 MIL MILHÕES

De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, as remessas dos portugueses a trabalhar no estrangeiro subiram para o valor mais alto de sempre, chegando a crescer quase 30% face a 2012, ano em que tinham ficado abaixo dos três mil milhões de euros. Já este ano, as remessas dos emigrantes subiram 3% em janeiro face ao primeiro mês do ano passado, atingindo os 272 milhões de euros. De acordo com os dados do Banco de Portugal disponibilizados no final do mês de Março, as verbas enviadas para Portugal pelos portugueses a trabalhar no estrangeiro passaram de 264 milhõe, em janeiro de 2017, para 271,9 milhões de euros no primeiro mês deste ano, o que representa uma subida de 3%. Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que como habitualmente, a França foi o maior mercado emissor de remessas para Portugal, com os portugueses emigrados a enviarem 81 milhões de euros, o que representa uma subida de 11,4% face aos 72,6 milhões enviados em janeiro de 2017.

O Secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, confirmou que também um português foi vitima do ataque terrorista do dia 23 de Março no sul de França, que causou ainda quatro vítimas mortais, entre as quais o atacante, o Tenente Coronel Arnaud Beltrame, da Gendarmerie Nationale e dezasseis feridos. “Infelizmente, foi-nos confirmado pela Prefeitura, que entre as vítimas com ferimentos graves há um cidadão de nacionalidade portuguesa, disse José Luís Carneiro. “Os nossos serviços consulares de Toulouse, em articulação com a Embaixada de Portugal em França, estão a desenvolver o diálogo com as autoridades francesas para apoiar e acompanhar todas as diligências de apoio necessárias”, referiu o Secretário de Estado. Sabe-se que o emigrante português tem 27 anos e é residente nos arredores da cidade de Carcassonne. Manuel Correia, amigo do jovem e da sua família, confirmou à agência Lusa, que um cidadão francês estava a conduzir o seu carro quando o atacante disparou, vitimando mortalmente o condutor e ferindo gravemente o passageiro português que seguia ao seu lado. A mesma fonte adiantou que o jovem, originário de Coimbra, está em França "há uns dois anos“, seguindo as pisadas dos pais que haviam também emigradp há mais tempo. Quanto ao Tenente Coronel Arnaud Beltrame, da Gendarmerie Nationale, era um amigo da Policia portuguesa, a quem esta já prestou uma sentida homenagem pela atitude altruísta de quem na hora de agir não pensou duas vezes em oferecer-se em troca dos reféns salvando-lhes a vida Cumpriu a sua missão da forma mais altiva como outros já a cumpriram com o seu juramento. Aos seus familiares e amigos, à Gendarmerie Nationale e a toda a família policial a Policia portuguesa enviou os seus pêsames. A França ganhou um Herói que certamente jamais será esquecido.

A POESIA VINDA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Por: Fernando Botelho Gomes *

RIMAS PARA MAIORES DE 50

BAÚ DAS MEMÓRIAS De um iletrado

Por: Fernando Botelho Gomes *

I Nasci em Vilar de Perdizes Numa humilde casinha Mais nove aqui nasceram Quatro deles pouco viveram Sou o mais novo de seis Duma familia modesta Trabalhadora e honesta Que de seu, mui pouco tinha.

III Eu fiz a quarta classe Mas outros só a terceira Mas muitos só a segunda E outros nem a primeira Foi mais que uma geração De ignorância profunda Sem qualquer educação

IV II Com a escola obrigatória Malvestido mal calçado Tudo então foi mudando Mal mantido mas contente Com quatro anos de escola Como podia andar eu triste Já nos iam educando Se era assim toda gente Mas sem se cantar vitória Minha mãe sempre dizia Foi-se reduzindo os danos O pior ainda nao viste Dos tempos de má memória!

I

A neve a brilhar nos montes A luz branca do luar Agua das bicas e fontes Andorinhas a voar Sem tino nem horizontes II AS mocas iam a fonte Colher agua pra cozinha? Encontrar o namorado A espera pela noitinha Logo a chegada do monte III E os bailaricos de rua Ao som de um realejo E os velhos que enfureciam Da inocencia dum beijo Se dado na filha sua! IV Co'a lareira sempre acesa E o fumeiro a secar Potes de ferro a volta E preciso cozinhar E por comida na mesa V O vento que entra gemendo Esfriando a casa inteira Nao chega o calor humano Nem tao pouco o da lareira Pra casa ir aquecendo!

VI A agua fria das fontes A frescura junto ao rio As cantigas populares Os cantares ao desafio E a beleza dos montes VII Gente passando a fronteira Cruzando rios sem pontes A busca doutro destino E mais vastos horizontes Pro resto da vida inteira!

Nota: * Fernando Botelho Gomes, é natural de Vilar de Perdizes, está radicado nos Estados Unidos da América há 44 anos e considera-se um “ser” dividido com “estômago do lado de lá e o coracão na terra dos penedos e das carquejas”. Bem vindo Fernando…


COMUNIDADES

L’IVG perd du terrain face aux ultraconservateurs Por: Marie Oliveira|Paris Des «restrictions rétrogrades» dans l’est de l’Europe aux médecins qui refusent de pratiquer l’avortement en Italie… un documentaire d’Arte diffusé en avant-première ce lundi sur «Libération.fr» décortique les diverses stratégies des anti-IVG en Europe.

Combien de temps encore faudra-t-il citer cette phrase de Simone de Beauvoir ? «N’oubliez jamais qu’il suffira d’une crise politique, économique ou religieuse pour que les droits des femmes soient remis en question. Ces droits ne sont jamais acquis. Vous devrez rester vigilantes votre vie durant.» Une nouvelle fois, cette mise en garde de l’écrivaine féministe trouve un écho dramatique dans le monde contemporain, tel que le dépeint le documentaire Avortement, les croisés contre-attaquent diffusé ce mardi sur Arte et dés ce lundi en exclusivité sur Libération fr. Cet écho, c`est l`histoira de Valentina, Sicilienne de 12 ans, morte faute d`avoir pu avorter . Son destin tragique illustre les difficultés rencontrées par les Italiennes pour accéder à l’avortement. Mais elles sont loin d’être les seules : un rapport rendu public par le Conseil de l’Europe en décembre pointait du doigt les «restrictions rétrogrades» mises en place dans de nombreux pays, comme l’Arménie, la Géorgie, la Macédoine, la Russie ou encore la Slovaquie, qui ont récemment adopté des mesures allongeant la liste des critères à remplir pour accéder à une interruption volontaire de grossesse.

La Pologne a elle aussi tenté de resserrer encore la vis, alors que sa loi figure parmi les plus restrictives d’Europe, avec celles de Malte et de l’Irlande. L’avortement n’y est autorisé qu’en cas de malformation grave du fœtus, de danger pour la femme ou en cas de viol. En 2016, le gouvernement ultraconservateur avait tenté d’interdire totalement l’avortement. Avant de reculer, face à la levée de boucliers… Mais sans renoncer pour autant : mijanvier, un projet de loi a refait surface pour bannir l’interruption de grossesse en cas de malformation du fœtus… cas qui concerne 90 % des avortements en Pologne. Cette croisade ultraconservatrice, menée dans l’immense majorité des cas au nom des valeurs chrétiennes, s’observe sous différentes formes et dans nombre de pays : au Portugal, où le gouvernement a récemment fait passer une loi mettant fin à la gratuité de cet acte médical …En Hongrie, où la sacralisation de la vie du fœtus dès sa conception a été inscrite dans la

Constitution en 2011. Le gouvernement du leader populiste conservateur Viktor Orbán y mène une guerre des idées dès l’école : y sont dispensés des cours d’éducation à la vie de famille - qu’est-ce que porter un enfant, l’élever, etc... Et l’impact sur les femmes est bien là, comme en témoigne le parcours de Kata, 29 ans. Il y a huit ans, la jeune femme a eu un rapport à risque. Faute de pouvoir se procurer la pilule du lendemain à temps (elle n’est délivrée que sur prescription médicale), elle a dû avorter. Et pour ce faire, résister aux pressions psychologiques exercées au cours des entretiens préalables obligatoires.

Cette croisade anti-avortement se mène aussi via des lobbys très présents au Parlement européen. La France serait-elle épargnée ? Pas du tout : les antichoix n’y sont pas en reste et privilégient Internet et les réseaux sociaux pour disséminer une dangereuse propagande sur les prétendus risques irréversibles liés à l’IVG et autres contre-vérités affolantes destinées à faire douter les femmes. A l’été 2016, le groupuscule les Survivants s’était illustré en multipliant les opérations d’agit-prop et les sites mensongers, jusqu’à alerter le gouvernement. La ministre des Droits des femmes de l’époque, Laurence Rossignol, avait alors fait savoir son souhait d’étendre le délit d’entrave prévu par la loi Neiertz de 1993. Le texte a finalement été adopté en février 2017, après plusieurs semaines de débats houleux. Un an après, aucun des sites incriminés ne fait l’objet d’une procédure judiciaire. Ils continuent même d’essaimer, jusqu’à oser détourner le combat de Simone Veil. Un mystérieux site «SimoneVeil.com» a ainsi été lancé quelques jours seulement après la mort de celle qui a porté la loi autorisant l’IVG en France. Un portrait graphique inspiré de celui de Barack Obama par l’artiste Obey, ses dates de naissance et de décès… Le site ressemble à un hommage. Il devient viral. C’est là que ses créateurs ont révélé leurs opinions : celles des Survivants, suscitant indignation et dégoût.


CONCELHO DE MONTALEGRE PRESENTE EM NANTERRE

COMUNIDADES

20, foram os Municipios portugueses presentes na Feira de Nanterre, ocorrida a norte de Paris. Entre eles, a participação montalegrense foi mais uma demonstração de força da marca Montalegre, igual a tantas outras que têm Por: Marie Oliveira|Paris decorrido em Portugal. Foram dois dias junto da comunidade emigrante, que contribuíram de sobremaneira para reforçar ainda mais os laços entre barrosões. A liderar a delegação barrosã, esteve o Presidente da Câmara Orlando Alves, acompanhado pelos restantes membros do Executivo e dos Presidentes das Juntas de Freguesia, o qual fez questão de não esconder a sua emoção pelas palavras de carinho e de incentivo que ouviu da comunidade emigrante. No seu discurso final, Orlando Alves não fez a coisa por menos e foi arrebatador! “Barroso e as suas gentes” estão sempre primeiro, conforme fez questão de salientar. Nanterre é também para nós emigrantes respirar saudade! Em cada canto há um pedaço de Barroso e olhos humedecidos sempre que o nome das nossas aldeias é lembrado. Ali se reproduz todo um carrocel de histórias partilhadas com abraços e sorrisos, por entre o sentimento generalizado do orgulho e até vaidade em sermos Barrosões e honrarmos a nossa terra e o nosso país.

«Estamos com o nosso espaço na Feira de Nanterre a promover a marca Montalegre, dando visibilidade à “Sexta 13” e ao Mundial de Rallycross que acontecem já em abril. Será também, uma oportunidade para se posicionarem empresas de Montalegre que queiram adquirir visibilidade. É também uma oportunidade de convívio com a comunidade emigrante que nunca esquecemos, embora esta circunstância possa incomodar alguns pioneiros nestas andanças. Vamos saudar e andar de “braço dado” com os nossos emigrantes, auscultálos e registar os seus pedidos. Não vamos fazer política. Será uma jornada cansativa que fazemos com todo o gosto. Porque os Presidentes das juntas de freguesia têm lá as suas comunidades e por todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano, merecem ter este contributo de a autarquia lhes facultar a viagem. Todos juntos somos Barroso. Todos juntos trabalhamos para a mesma causa no sentido de termos vida na nossa terra», afirmou o Presidente Orlando Alves no dia da abertura da feira. Recorde-se que a participação do Município de Montalegre na XV Feira de Nanterre se prolongou de sexta a domingo e a comitiva percorreu vários contactos junto da vasta comunidade emigrante residente em França. Um desses contactos ocorreu no sábado! A comitiva visitou uma empresa dirigida por um barrosão, Domingos Baía, natural de Vilarinho de Negrões. Chama-se "Tapisserie Pepito“, tendo sido fundada em 2012. É uma empresa que factura 650 mil euros/ano e tem serviços que podem envolver 40 pessoas, facto que constitui mais um exemplo de sucesso em terras gaulesas. Neste périplo, também o fumeiro não foi esquecido. A qualidade dos produtos do concelho de Montalegre funciona já como garantia de qualidade. O fumeiro sempre elogiado, foi pretexto para as compras dos muitos visitantes que já passaram pelo pavilhão que acolhe esta XV Feira..A liderar os contactos esteve sempre o Presidente da autarquia, o qual foi recebido com entusiasmo nas diversas paragens efectuadas.

Foi com um discurso empolgante do Presidente do Municipio, Orlando Alves, que fechou a XV Feira de Nanterre. Palavras que entusiasmaram os muitos emigrantes que compareceram no espaço. O autarca não deixou de apelar ao sentido de pátria e da região que a todos viu nascer, agradecendo o papel decisivo que os emigrantes tem feito ao longo dos anos em prol do desenvolvimento do concelho. O evento terminou assim em em grande e Montalegre foi sem sombra de dúvida a sua grande referência. Muita gente, boas vendas e um reforço da internacionalização da marca Montalegre.


POLITICA NACIONAL Por: Domingos Chaves

DOIS ANOS JÁ LÁ VÃO…

Não fui apoiante de Marcelo, nem votei nele como publicamente o assumi. O meu voto foi para Sampaio da Nóvoa. Dito isto, fique porém exarado, que me revejo na forma como Marcelo Rebelo de Sousa tem exercido o mandato de Presidente da República. Os detalhes coreográficos são secundários!... Importante mesmo, é a presença de um democrata em Belém. Não tenhamos dúvidas: com um nível de aceitação a roçar a unanimidade, outro no seu lugar não hesitaria em plebiscitar uma entorse constitucional. Ter isso bem presente. E como o “povo é quem mais ordena”, nada mais a acrescentar.

O DIA EM QUE ASSUNÇÃO CRISTAS COMETEU SUICIDIO Ao confundir os seus sonhos com a realidade, a líder do CDS acrescentou à venda que aparentemente já tinha nos olhos uma corda em redor do pescoço, tornando o CDS – e a sua liderança – refém de um resultado que obviamente não alcançará. Parece por isso ridículo, que Assunção Cristas tenha optado por transformar um Congresso que deveria ser de aclamação numa enorme e desnecessária interrogação: o que lhe passou pela cabeça para ter afirmado, sem se rir, que quer ficar à frente do PSD nas próximas legislativas?!... Vamos a números: O melhor resultado da história do CDS ocorreu nas eleições de 1976, em que obteve 16%, correspondentes a 876 mil votos. Em 2011, depois de muitos anos a arrastar-se nas catacumbas das cabines de voto, o Partido obteve sob a liderança de Paulo Portas, outro bom resultado: 11,7%, correspondentes a 654 mil votos.

Agora vamos ao PSD que Assunção quer liquidar: Em 2011, quando Portas obteve esse dito bom resultado, Passos Coelho obteve 38,6%, correspondentes a 2,1 milhões de votos, isto é, bem mais do que o dobro que os conseguidos pelo CDS. Em 2005, quando Santana Lopes concorreu contra José Sócrates e foi vergastado por uma copiosa derrota - uma das piores de sempre - conseguiu 1,6 milhões de votos. Ou seja: nem no pior resultado do PSD, o CDS conseguiu sequer aproximar-se, tendo em conta que o seu melhor resultado foi conseguido em circunstâncias políticas irrepetíveis e se cifrou mais coisa menos coisa em metade, de um dos piores actos eleitorais em termos de votos do PSD. Assim, ao confundir os seus sonhos com a realidade, a líder do CDS acrescentou à venda que aparentemente já tinha nos olhos, uma corda em redor do pescoço, porque tornou o CDS – e a sua liderança – refém de um resultado que obviamente não alcançará. É certo que num partido em que a maioria dos militantes está sobretudo confortável a olhar para trás não deixa de ser interessante observar uma líder a tentar fazer o exercício inverso, mas aqui chegados talvez não fosse má ideia que alguém informasse Assunção Cristas, de que nas circunstâncias actuais, olhar para além daquilo que os seus olhos conseguem alcançar não é apenas um erro – é um acto politicamente suicida, manifestamente capaz de lhe arruinar uma carreira que até nem lhe estava a correr mal.

OS “VELHOS/NOVOS DO RESTELO” E A NOVA CONJUNTURA POLITICA A expressão é conhecida e não podia deixar de ser nos dias de hoje, mais pertinente para o interior do PSD: PORQUE NÃO VOS CALAIS!... Não é novidade para ninguém, que há um pouco por todo o lado, algo de obsessão social de um saloiísmo reinante, no que diz respeito à questão dos currículos e às habilitações académicas que me custa a perceber e até a aceitar. Essa necessidade mítica de sobrelevar os títulos académicos, ao ponto de se inven tarem "canudos" ou contextos escolares superiores, é uma fórmula algo incompreensível, surreal e até descabida, lembrando os velhos vícios de uma aristocracia podre e desaparecida, que preencheu uma parte ida da nossa História colectiva. Tenho Muita pena, mas não é o "doutor" por extenso ou abreviado, que torna o seu "titular" mais ou menos "importante", ou até mais ou menos capaz. O saber, o ser capaz de fazer, o ser capaz de pensar, vai muito para além de um título ou de um canudo. Por isso, é tremendamente difícil compreender não só as razões deste comportamento do agora ex.SecretárioGeral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte, como também as de alguns membros do actual Governo a quem António Costa, logo que soube da tramoia, depressa lhes encomendou a respectiva “guia de marcha” fazendo-lhes cessar as suas funções, pouco tempo após terem sido nomeados.Um assunto, que para além de espatafurdio, não faz qualquer sentido, tendo em conta que não advém daí qualquer benefício ou vantagem para quem usa este estratagema. Já dizia Francisco Sá Carneiro, que “a política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”!... Isto para dizer, que a "carapuça" no caso do PSD – que é o que estamos a tratar - não serve apenas a Feliciano Barreiras Duarte. Serve a muitos que no interior do Partido ocupam o seu dia-a-dia e cada minuto, a conspirar e a procurar encontrar estratégias, estratagemas e “iscos” como Barreiras Duarte, deputado desde o inicio desta legislatura, ex. Chefe de Gabinete de Passos Coelho, ex. Secretário de Estado de Miguel Relvas e até aqui homem “imaculado” quer no que diz respeito às suas habilitações académicas, quer no que se refere à sua residência oficial, mas que deixou de o ser, só porque se declarou apoiante de Rui Rio. Não!... Não estou a tentar branquear o comportamento censurável de Barreiras Duarte, que já não é de agora. Estou isso sim, a trazer à tona, os "ninhos de víboras", o "covil de raposas“ e o "voo dos abutres" em permanente e constante actividade de "traição política", de "apunhalamento" das lideranças e estruturas, e de um mórbido desejo do fracasso alheio. As habilitações do “senhor” e as ajudas de custo recebidas, são as mesmas e regem-se pelas mesmas normas do Governo de Passos Coelho. Porquê só agora então a denúncia?!... Para derrubar Rui Rio?!... A democracia e um Partido político, crescem cada um na sua medida com o pluralismo de ideias, concepções e com os contributos mesmo que díspares, de cada um. Esta sim uma realidade inquestionável do ponto de vista ético e democrático. Porém, ao que se assiste hoje no PSD de norte a sul do país e com epicentro na Casa da Democracia, é o espelhar público do lado mais cinzento e sombrio da sua história partidária. Mais: e há um dado que é real neste momento!... Neste processo que envolveu o demissionário Secretário-Geral dos sociais-democratas, toda esta polémica, toda esta exposição e pressão, vem do interior do próprio PSD. E porquê?!... Exactamente porque há ainda quem não consiga digerir a derrota eleitoral das “tropas” de Passos Coelho – via Santana Lopes, e a eleição de Rui Rio. Há ainda, quem continue a manifestar uma clara "azia política" na felizmente e bem-vinda reposição programática e ideológica do PSD ao centro, de onde nunca deveria ter saído. E sendo assim, todo este clima e nevoeiro que assombra o Partido, apesar das bases militantes estarem confiantes e esperançadas num novo ciclo de sucesso político, faz recordar a emblemática expressão e história de Winston Churchill no Parlamento Inglês, perante a interrogação de um jovem deputado conservador: “Ali [referindo-se à bancada dos Trabalhistas] sentam-se os meus adversários. Aqui, neste lugares [bancada dos Conservadores], sentam-se os meus inimigos”. Nada podia ser mais assertivo e encaixar que nem uma luva para os actual momento político do PSD, minado que está em toda a sua estrutura nacional e regional.


POLITICA NACIONAL

DESCENTRALIZAÇÃO: PSD E GOVERNO NEGOCEIAM TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS

O “PROFESSOR” PASSOS No início de Janeiro, Passos Coelho informou o país que tencionava colocar a acção política em “banho-maria” e iria tratar da vida. Se exceptuarmos um expolítico que foi estudar para Paris após saída de cena, e considerando os usos e costumes do “reino”, também Passos Coelho, com base no seu “extenso e sólido currículo profissional” era suposto ir ocupar lugares de administração em alguma empresa onde desempenharia a emergente e relevantíssima função profissional de facilitador, tal como aconteceu com tantos outros. Mas não!... Estranhamente tal não se verificou. Supostamente por uma questão de tempo - talvez aquilo a que na gíria se chama de um pequeno período de nojo. Surpresa das surpresas porém, é que essa de desempenhar funções numa empresa está fora de causa, mas por outro lado – pudera - tem já lugar garantido em três universidades públicas e privadas como docente. É que como os amigos são para as ocasiões, não faltou sequer Manuel Meirinho – convidado de Passos e eleito como independente nas listas do PSD nas legislativas de 2011 que o levou ao Governo – a quem sabe, resolveu dar uma mãozinha. Meirinho que abandonou a AR em Maio de 2012, para assumir a presidência do ISCSP, onde aguardou Passos Coelho para o juntar ao catedrático Sousa Lara - o censor de Saramago - e ao também professor-auxiliar António José Seguro, formando na dita Universidade o defunto arco do poder, semi-círculo antidemocrático que o actual Governo converteu em círculo. Quer dizer: o Governo de Passos Coelho extinguiu as carreiras profissionais, mas pelos vistos não apagou completamente as “Novas Oportunidades”, e assim, em vez de iniciar um Mestrado decente que fizesse esquecer a vulgar licenciatura, começa por dar aulas em cursos de doutoramento, mesmo sem as necessárias qualificações. Mais: o Conselho Científico do ISCSP de que Meirinho fáz parte, não se ficou por aqui: reuniu e deu provimento, para Passos fazer parte da presidência da Universidade. Motivo invocado: O ISCSP valoriza a experiência de Passos como Primeiro-Ministro. Manuel Meirinho pagou assim e deste modo uma dívida, sem gastar um tostão. Mas a parte mais esquisita da coisa, nem sequer está na (falta de) competência académica!... Em última análise, quem serviu para governar o pais ainda que mal, também servirá para dar umas aulas ainda que sem cadeiras atribuídas e que alguém se encarregará de validar. A parte esquisita da coisa, está no “papismo mais papista que o papa” da qualificação que lhe foi entregue, isto é: professor catedrático, no escalão mais alto de vencimento, sem as exigências e as dificuldades que as Universidades colocam a quem nelas faz profissão e carreira. Um verdadeiro despudor e um insulto à generalidade dos docentes universitários. A polémica está por isso instalada!... Por um lado os professores universitários que acham que anda aqui proteccionismo a mais. Pelo outro, certos políticos que defendem esta “brilhante ideia” de exgovernantes irem para as universidades assim de repente. Antes isso do que irem para as grandes empresas para a prática do lobismo - dizem. Ou seja: a solução estará entre uma coisa e outra. Fazer pela vida é que está fora de questão. Conclusão: um cidadão sem grande qualificação académica, licenciado após arrastada frequência, pode, desde que passe por funções executivas, ingressar pela porta grande de uma universidade mesmo sem saber muito bem ler e escrever. Pergunta-se então: De que falamos quando tanto se propagandeia a qualificação do ensino no país Portugal?!... Alguém fica muito mal neste retrato e o “professor-auxiliar” Tozé Seguro, também não foge à regra. E assim se cumpre o Portugal dos Pequeninos.

Em termos de descentralização de competências, o Ministro da Administração Interna, propôs ao PSD que a passagem de poderes possa ser feita em quatro anos. PSD aceita o princípio e já só quer discutir o financiamento. Mas avisa: a descentralização regional fica para 2019 e quer negociar a descentralização regional até ao final da legislatura, explicou Álvaro Amaro, nomeado pelo Presidente do Partido, Rui Rio, como o negociador desta reforma administrativa com Eduardo Cabrita. A transferência de competências para os Municípios, primeira fase da descentralização lançada pelo Governo, tem o aval do PSD e estará concluída até Julho. O processo, contudo, não deverá ficar por este "primeiro pilar" de "municipalização", entende o PSD. Álvaro Amaro, Presidente da câmara da Guarda, diz que o seu partido quer "uma verdadeira reforma da organização e da gestão do Estado" e que colocou em cima da mesa um "segundo pilar" para ser negociado até ao fim desta legislatura. Álvaro Amaro diz que essa é que será "a verdadeira descentralização" e que passará pela "transferência de competências do Estado Central para espaços Sub-Regionais e Regionais", como sejam as áreas metropolitanas, com a rede social, transportes, cultura, habitação, protecção civil, segurança pública e as Comunidades Intermunicipais ou as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional. Essas transferências acontecerão de forma gradual e num horizonte até ao final da legislatura, um prazo que, diz Álvaro Amaro é razoável e que Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, viu com bons olhos. Enquanto isso, Eduardo Cabrita diz que “a descentralização será concretizada nesta legislatura, estamos firmemente empenhados nisso. As alterações institucionais terão de decorrer daí, faz sentido que o acompanhem, mas há alterações que são mais do que alterações legislativas, são de alteração daquilo que são modelos de cultura e de funcionamento, reforçando aquilo que é uma função deliberativa e fiscalização política", referiu Eduardo Cabrita. Segundo o Ministro da Administração Interna, num quadro de descentralização, as Assembleias Municipais "têm uma intervenção claramente reforçada" uma vez que "aumentando as competências que são decididas a nível local, aumenta também a transparência, o escrutínio político e a capacidade de fiscalização". "As assembleias terão de adaptar a sua cultura de funcionamento e os seus instrumentos operativos, àquilo que é um quadro de competências alargado", frisou. A proposta governamental de descentralização prevê a transferência de competências, entre outras, nas áreas da educação, saúde cuidados primários e continuados, acção social e nas áreas portuárias e marítimas e de gestão florestal.


POLITICA NACIONAL O QUE DIZ A DIREITA SOBRE O NOVO PRESIDENTE DO PSD Ipsis verbis:“Rui Rio, Homo Horribilis”… Se dúvidas houvesse sobre a direita retrógrada e saudosista que inundou o PSD nos anos de Passos Coelho, o texto que se segue acompanhado da foto que o ilustra em jeito de provocação da autora do mesmo, é a prova evidente de que o PSD está minado e de que o seu novo líder só com um trabalho hercúleo se verá livre do “exército” que tanto idolatrou o seu antecessor. Ei-lo: “Há por aí alguém que ainda esteja disposto a defender Rui Rio – uma só pessoa que seja? Não? Bem me parecia! De vez em quando surge na política portuguesa um emplastro. Desta feita, coube-nos em sorte Rui Fernando da Silva Rio, honesto vice-presidente da Assembleia-Geral da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Numa altura em que a Direita mais estava precisada de projecto, carente de força e união como de pão para a boca, será que merecíamos isto? Que mal fizemos nós para nos ter saído a fava? Há uma semana atrás, quase me senti culpada por ter de denunciar o vazio que é este homem. Numa altura em que a Direita mais estava precisada de projecto, carente de força e união como de pão para a boca, será que merecíamos isto? Que mal fizemos nós para nos ter saído a fava? Há uma semana atrás, quase me senti culpada por ter de denunciar o vazio que é este homem. Mas no decurso de sete dias ele cometeu tantos erros políticos, e tão primários, e tão graves, que não se encontra hoje quem queira esfolar o prestígio ou chamuscar o bom nome vindo a terreiro pôr-se do seu lado. Vamos por partes. Silva Rio nunca ultrapassou, verdadeiramente, a dimensão de um cromo de paróquia. Não por ser do Norte, mas por ser diminuto na dimensão política, teimoso nas coisas mesquinhas, desproporcionadamente arrogante, vaidoso sem razões para sê-lo, incapaz de uma visão panorâmica e desprovido de cultura histórico-política. Podia ser do Porto, do “eixo Lisboa-Cascais, de Faro ou Ponta Delgada, é igual ao litro. Ele é que gosta de se fazer passar por vítima do “elitismo” do Sul, mas a verdade é que, Sul ou Norte, Leste ou Oeste, só na rua dele é que tinha importância”. Tudo dito e dúvidas desfeitas!... O texto é escrito pela conhecida jornalista Maria D`Aljubarrota, “especialista em politica” num jornal assumidamente da Direita. Já nem Rui Rio lhes serve…

MORREU JOÃO CALVÃO DA SILVA, DE SOLVEIRA João Calvão da Silva morreu no passado dia 20 de Março, aos 66 anos de idade, vítima de doença prolongada. Calvão da Silva, como era conhecido, nasceu no dia 20 de Fevereiro de 1952, na aldeia de Solveira do concelho de Montalegre, foi professor universitário e desempenhou o cargo de Ministro da Administração Interna no curto segundo Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, que durou menos de um mês em 2015. Politicamente foi dirigente do PSD e deputado à Assembleia da República entre 1995 e 1999. De 1983 a 1985, foi Secretário de Estado Adjunto do Vice-PrimeiroMinistro, Carlos Mota Pinto, no Governo de Bloco Central (PS-PSD). Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1975, universidade pela qual se doutorou em 1990 e onde leccionou. Depois da experiência governativa, foi ainda Presidente da Comissão de Fiscalização da TAP Air Portugal entre 1985 e 1992. Entre 1992 e 1995 foi membro do Conselho Superior do Ministério Público, tendo também integrado o Conselho Superior da Magistratura até 2009.

COMISSÃO EUROPEIA RECONHECE “ESFORÇO IMPRESSIONANTE” DE PORTUGAL O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, saudou a “boa notícia para Portugal” que constitui o desagravamento do procedimento de desequilíbrios macroeconómicos, sublinhando o “progresso impressionante feito pelo país no passado recente”. “Hoje temos boas notícias para Portugal, já que a Comissão Europeia reconhece o progresso impressionante feito pelo país no passado recente. A recuperação económica de Portugal acelerou bastante no último ano, com um impacto muito positivo no desemprego, que está abaixo da média europeia”, começou por notar o Comissário, por ocasião da apresentação do “pacote de inverno” do semestre europeu de coordenação de políticas económicas e orçamentais da União Europeia.

Prosseguindo a sua análise à situação portuguesa, Moscovici apontou que “o défice está agora próximo do 1% do PIB, o país saiu do Procedimento por Défice Excessivo e os riscos relacionados com o sector financeiro diminuíram, mesmo que a redução do crédito malparado continue a ser uma prioridade”. “A dívida pública e privada continua elevada, mas estou encorajado por começar a diminuir”, disse, acrescentando que “devem ser prosseguidos os esforços nesta frente”. “Globalmente, os esforços de Portugal estão a dar resultados: a nossa mensagem hoje é no sentido de [o país] continuar nesta direcção”, completou. Por via de tal, a Comissão Europeia retirou Portugal da lista de Estados-Membros com “desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, considerando agora que o país apresenta apenas “desequilíbrios”. Depois de no final do ano passado, Bruxelas ter identificado 12 Estados-Membros que considerou merecerem uma “análise aprofundada”, no início de 2018, devido aos seus desequilíbrios macroeconómicos, agora decidiu retirar um desses países da lista (a Eslovénia) e desagravar o nível de desequilíbrios de outros três, Portugal, França e Bulgária, que passam a ser considerados países simplesmente com “desequilíbrios económicos”.

PORTUGUESES NÃO ESTAVAM TÃO SATISFEITOS COM A DEMOCRACIA DESDE 1991 É preciso recuar à segunda maioria absoluta de Cavaco Silva para se encontrar tanto contentamento com o funcionamento democrático, segundo indica o barómetro de Março. Desde 1991 que os portugueses não estavam tão satisfeitos com o funcionamento da democracia no país, com 72% a expressarem esse contentamento e a colocarem Portugal na oitava posição a nível europeu, bem acima da média comunitária (56%).Esta satisfação andará de mãos dadas com a avaliação da economi portuguesa, agora mais próxima da média europeia.


POLITICA LOCAL ASSEMBLEIA MUNICIPAL SANDRA GONÇALVES DEPUTADA DA “A FORÇA DA MUDANÇA” DEFENDE A CRIAÇÃO DE UMA CRECHE PARA O BAIXO BARROSO Abordando o facto das crianças do Baixo Barroso, não terem os devidos apoios pedagógicos e lúdicos, a deputada municipal Sandra Gonçalves, eleita pela extinta Coligação “A Força da Mudança”, apresentou na última Assembleia Municipal, uma proposta “para ser trabalhada em conjunto”, para levar avante o apoio que entende ser devido às nossas crianças da região pela qual foi eleita. Para a referida deputada, seria “sensato haver uma coordenação entre o agrupamento, a associação de pais do Baixo Barroso, Junta de Freguesia de Salto e Câmara Municipal, pensarem no futuro e comtemplarem neste projecto um espaço para criar uma creche municipal e um centro de actividades de tempos livres, para as crianças do Baixo Barroso, que não têm qualquer apoio nesta área. Para Sandra Gonçalves, “as creches Municipais, são uma resposta social, de partilha e responsabilidades que oferece bem-estar e propicia desenvolvimento físico, cognitivo e emocional”.Referiu ainda a deputada, que “os centros de actividades de tempos livres, desempenham uma importante função de apoio às famílias, dinamizando um conjunto de actividades de carácter lúdico-pedagógico que proporcionam às crianças experiências que contribuem para o seu crescimento, satisfazendo as suas necessidades de ordem cognitiva, afetiva e social”. Adiantando que “o Município tem que garantir o bem-estar a todos os níveis dos seus munícipes e as crianças também fazem parte desse leque”. “É um dever político e social, a Câmara de Montalegre e a Junta de Freguesia garantirem esse direito e trabalhar nesse sentido – rematou a concluir.

PRIMEIRO POSTO DE CARREGAMENTO ELÉCTRICO DE AUTOMÓVEIS JÁ FUNCIONA O concelho de Montalegre passou a ter desde o passado mês de Março, o primeiro posto de carregamento de carros elétricos. A vila de Salto e a freguesia de Cabril serão as apostas que se seguem. Apostas que se irão espalhar por todo o território montalegrense. A ideia, segundo o Presidente do Municipio, é colocar o concelho como uma referência na eficiência energética e qualidade ambiental. Instalado nas traseiras do edifício da autarquia, o posto está inserido na rede pública nacional e vem abrir janelas de oportunidade à implantação dos carros elétricos no mercado. Permite abastecer o carro num máximo de 30 minutos, podendo vir a ser especialmente adequado para situações imprevistas e para viagens de maior distância. Orlando Alves esclareceu que estes postos de carregamento, para já, “terão utilização gratuita”. Porém, no futuro “estamos a pensar na colocação de mais e teremos que avaliar a situação”. Numa fase inicial, sublinhou o autarca, “queremos despertar a população para este desafio”. É desta forma que o Município de Montalegre se posiciona, em pleno século XXI, “para o desafio feito à escala mundial de todos nos envolvermos em salvar o planeta”, reforçou Orlando Alves. Para isso “é necessário reduzir as emissões de carbono, sendo este o nosso contributo para a chamada descarbonização da economia”. A reboque desta aposta, está o processo já iniciado, de substituição de todas as luminárias de mercúrio existentes no concelho.

“DE MANHÃ É QUE SE COMEÇA O DIA” FEIRA DO FUMEIRO 2019 JÁ ESTÁ EM MARCHA

GISELA ESPIRITO SANTO REELEITA PRESIDENTE DAS MULHERES SOCIALISTAS DE VILA REAL NOTA DE AGRADECIMENTO PÚBLICO Agradeço de forma fraterna a todas as Mulheres militantes do Partido Socialista que reforçaram a confiança nesta candidatura e possibilitaram a minha reeleição como Presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Vila Real. A minha sentida gratidão também a todos os Camaradas e Amigos que de forma solidária têm acompanhado o meu percurso e apoiaram este projeto. Afirmar os valores da democracia, da solidariedade e da igualdade será sempre o nosso desígnio. Revitalizar o DFMS e combater as desigualdades, não apenas de género, mas também territoriais de convergência, constituem ainda desideratos fundamentais deste Departamento para lutar por uma efetiva equidade e igualdade de oportunidades para todos. É este o meu compromisso, o nosso compromisso em Alijó, Boticas, Chaves, Mesão Frio, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real. Continuaremos juntos, Mulheres e Homens do Distrito de Vila Real, a pugnar pela igualdade de oportunidades, pelo combate às diferentes formas de discriminação, pelo progresso do nosso território e pela qualidade de vida das pessoas.

Decorreu numa das salas do pavilhão multiusos de Montalegre mais uma reunião entre a organização e os produtores da Feira do Fumeiro. Um encontro que já é tradição e que serve para fazer o balanço da edição anterior e alinhar a próxima. A reunião mostrou uma ambição assumida de reforçar a produção e a qualidade. Uma sessão onde foram também delineados pormenores com vista ao próximo evento, numa altura em que os produtores devem começar a inscrever os animais para o certame. Orlando Alves, Presidente da Câmara de Montalegre, referiu que se tratou da “habitual reunião de balanço para ponderação daquilo que de bom e mau aconteceu”, mas também, “de preparação para a próxima edição que tem que ser sempre melhor do que a anterior”. Segundo o autarca, estamos perante um “esforço na forma de preparar as coisas que exige esta sintonia posições entre a Câmara, a Associação e os Produtores”.


POLITICA LOCAL DELIBERAÇÕES TOMADAS NAS ÚLTIMAS REUNIÕES DO EXECUTIVO MUNICIPAL

MUNICÍPIO DE MONTALEGRE Câmara Municipal

MUNICÍPIO DE MONTALEGRE Câmara Municipal EDITAL N.° 15/2018/DA Manuel Orlando Fernandes Alves, na qualidade Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, em cumprimento do disposto no n.° 2 do artigo 56.°, do anexo I, da Lei n.° 75/2013, de 12 de setembro, torna público que, na reunião ordinária do executivo municipal, realizada no dia quinze de março 2018, foram tomadas as seguintes deliberações: 3.1. Proposta de Concessão de Apoio Financeiro à família — Frequência de Creche Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.2. Atribuição de apoio a Estratos Sociais desfavorecidos a Carlos Alberto de Jesus Dias. / Reconstrução/beneficiação de habitações. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.3. Atribuição de apoio a Estratos Sociais desfavorecidos a Ana Maria de Freitas Vilabril /Reconstrução/Beneficiação de habitações. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.4. Minuta de Protocolo entre o Clube Automóvel de Vila Real e o Município de Montalegre. Deliberação: Aprovado por maioria. 3.5. Pedido de apoio financeiro, formulado pela Fábrica da Igreja de S. Pedro de Covêlo do Gerês, destinado aos trabalhos de restauro da igreja de Covêlo do Gerês. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.6. Constituição de Comissões de Vistoria — Republicação Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.7. Autorização para a assunção de compromissos plurianuais decorrentes da celebração de contrato de serviços de levantamento, estudo e recolha, dos conteúdos para as aplicações a colocar na Porta do PNPG / Ecomuseu de Barroso. DF N.° 15/2018. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.8. Aprovação das peças do procedimento, com vista à contratação de serviços de recolha, transporte e deposição de resíduos sólidos urbanos. DF N°13/2018. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.9. Proposta de revisão do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação do Município de Montalegre. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.10. Proposta de Plano Anual das feiras no concelho de Montalegre / ano 2018. Deliberação: Aprovado por unanimidade. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados no átrio do município e demais lugares de estilo, bem como no sítio da internet:

EDITAL 14/2018/DASU Manuel Orlando Fernandes Alves, Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, torna público que, por deliberação tomada pelo executivo municipal, na sua reunião ordinária realizada no pretérito dia 15 de março de 2018, e de acordo com o Regulamento do exercício de Atividade de Comércio a Retalho, não sedentária, exercida por feirantes e vendedores ambulantes, foi aprovada a proposta do Plano Anual de feiras no concelho de Montalegre. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados no átrio do município e demais lugares de estilo, bem como no sitio da intemet http://www.cmmontalegre.pt. E eu, E eu, Maria Fernanda Dinis Miranda, Chefe da Divisão Administrativa da Câmara Municipal de Montalegre o subscrevi. Montalegre e Paços do Município, 21 de março de 2018

O Presidente da Câmara Manuel Orlando Fernandes Alves

MUNICIPIO DESCENTRALIZA REUNIÕES

Tal como Portugal não é apenas Lisboa, também Barroso não é exclusividade de Montalegre. Nesse sentido, a todos os títulos louvável, o Executivo Municipal, resolveu por bem descentralizar as suas reuniões quinzenais. A última teve por isso lugar fora dos Paços do Concelho!...Realizou-se na sede da Junta de Freguesia de Venda Nova e Pondras e como é obvio foi aberta ao público em geral. O Presidente da Câmara, Orlando Alves, justificou esta aposta, como uma homenagem aos Barrosões esclarecendo que “estivemos perante a primeira experiência http://www.cm-montalegre.pt. deste mandato em que serão percorridas as 25 freguesias do concelho”. E eu Maria Fernanda Dinis Moreira, Chefe de Divisão Administrativa, “Uma forma de envolver os cidadãos, dando-lhes a conhecer como se faz a da Câmara Municipal de Montalegre o subscrevi. democracia interna, a disputa politica e mostrando como se processam as Montalegre e Paços do Município, 21 de março de 2018. reuniões camarárias”. O autarca referiu ainda que “independentemente do grau de discussão sobre determinado assunto, o que está em causa é O Presidente da Câmara Municipal sempre a estratégia de desenvolvimento do concelho”- disse. Manuel Orlando Fernandes Alves


IGREJA CATÓLICA|QUINTO ANIVERSÁRIO DO PONTIFICADO DO PAPA Cinco anos marcados pela denúncia de dramas sociais e oposição dentro da própria igreja… Cinco anos depois da eleição, Francisco, primeiro papa oriundo do hemisfério sul, fascina pela simplicidade e proximidade na abordagem dos dramas sociais, suscita entusiasmo, até junto dos não católicos, mas também cria oposições na Igreja. Porém, a verdadeira revolução de Francisco está na forma como se relaciona com o exterior!... Informal, frontal e até duro, quando acha necessário na denúncia de conflitos, terrorismo, refugiados e sobretudo da pobreza. Os múltiplos escândalos de pedofilia, assim como “a corrente de corrupção” que afirmou existir no seio da Cúria, não são uma tarefa fácil para o papa. Papa, que reconheceu isso mesmo meses depois de ser eleito durante um encontro com religiosos latino-americanos. Mario Bergoglio, hoje com 81 anos, tornou-se no primeiro pontífice oriundo da América Latina, numa escolha considerada surpreendente, já que estava entre os carde ais mais velhos do conclave. Sorridente, o Cardeal jesuíta surgiu, a 13 de Março de 2013, na varanda da basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, ao som dos gritos da multidão "Longa vida ao papa". Francisco, o primeiro papa jesuíta, pediu "irmandade" entre os 1,2 mil milhões de católicos, rezou juntamente com a multidão n No segundo aniversário do pontificado, Francisco, 265.º sucessor do apóstolo Pedro, declarou ter a sensação de que o pontificado podia ser breve, de quatro ou cinco anos, mas desmentiu sentir-se "só e sem apoio". "Tenho a sensação que o meu pontificado vai ser breve. Quatro ou cinco anos. Não sei. Ou dois ou três. Dois já passaram. É uma sensação um pouco vaga que tenho, a de que o Senhor me escolheu para uma missão breve. Sobre isso, mantenho a possibilidade em aberto", afirmou o Papa numa longa entrevista à cadeia de televisão mexicana Televisa. À pergunta "gosta de ser papa", Francisco respondeu sobriamente e sem entusiasmo excessivo: "Não me desagrada". Um ano antes tinha admitido perante milhares de jovens e professores de escolas jesuítas, que não queria tornar-se no líder da Igreja Católica. “Deus não teria abençoado alguém que quisesse, que tivesse vontade de ser Papa. Eu não queria ser Papa” - disse. Na mesma entrevista à cadeia de televisão mexicana sublinhou que sempre detestou viajar e que é uma pessoa caseira, contudo, em cinco anos já realizou mais de 30 deslocações internacionais, as mais recentes das quais ao continente sul americano. Portugal foi em 2017 o 28.º país a receber uma visita do Papa Francisco. Embora sem uma relação conhecida com o Santuário de Fátima, o Papa chegou como peregrino e canonizou os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto. No final da visita, disse que ia repetir a “mensagem de paz” de Fátima “com quem quer que fale”. Paralelamente, vincou o seu lado inter-religioso, tendo participado na celebração dos 500 anos da reforma de Lutero, e avistou-se com lideres ortodoxos, judeus e muçulmanos. Durante estes cinco anos de pontificado, Francisco procurou por em evidência variados temas sociais, defendendo a proteção dos idosos e das crianças, o direito a um trabalho digno, a defesa do ambiente e ainda a ajuda aos refugiados, tornando visível a mensagem social da Igreja. Poucos meses depois da sua eleição, quando uma parte do mundo começou a conhecê-lo, Francisco anunciou qual seria sua primeira viagem e não foi para nenhum centro do cristianismo, mas para Lampedusa, centro da tragédia de migrantes no Mediterrâneo.

A VISITA DO PRESIDENTE PORTUGUÊS

Convidado a recordar o encontro - que ocorreu durante aquela que foi a primeira deslocação oficial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere que se lembra do Papa Francisco como uma pessoa "muito especial", salientando ainda a proximidade que sentiu na meia hora passada junto do sumo pontífice. "No trato com um Chefe de Estado, ele é exactamente como se fosse o pároco de uma cidade grande e até porvrntura, de uma freguesia pobre da periferia dessa cidade, a falar terra-aterra dos problemas do mundo", contou Marcelo Rebelo de Sousa. Enquanto católico assumido, o Presidente da República não escondeu que na audiência esteve "o Presidente e a pessoa", defendendo que "não se pode separar a pessoa do Presidente"."Tinha sempre presente que estava em nome de todos os portugueses, os católicos e os não católicos, as pessoas de outras crenças e sem crenças, mas percebendo - e sendo percebido - por estar à vontade na compreensão daquilo que é uma componente fundamental do múnus, isto é, da missão do Papa Francisco", sublinhou Marcelo. Fonte: TSF Noticias

VIII EXPOSIÇÃO "CRUCIFIXOS SINAIS DE FÉ“ EM MONTALEGRE E SALTO De 26 de março a 6 de abril, decorre a oitava edição da exposição "Crucifixos Sinais de Fé". Está patente ao público, em horário normal de funcionamento, nos serviços da biblioteca municipal e nas instalações do Ecomuseu de Barroso - Casa do Capitão (Salto). Falamos de uma exposição que nasceu do trabalho em rede com os parceiros do projeto "Itinerâncias Socoais e Culturais com os Séniores

Barrosões" (Associações, IPSS, Juntas de Freguesia) e, também, com a gentil colaboração de muitos particulares. «O crucifixo é a cruz de Cristo, é a cruz da crucificação, símbolo de veneração do sacrifício de Jesus Cristo na tradição cristã. O crucifixo é também chamado de Cruz Episcopal. O crucifixo tem as formas de uma cruz latina, com a inscrição I.N.R.I (Ienus Nazarenus Rex Iudaeorum - Jesus de Nazaré Rei dos Judeus) na parte superior da cruz, acima da cabeça. Um dos mais importantes símbolos do cristianismo e do catolicismo, o crucifixo representa a cruz onde Jesus Cristo morreu. As representações do crucifixo também podem trazer ossos e uma caveira em sua base. No cristianismo e no catolicismo, o uso do crucifixo é muito frequente nos altares das igrejas como uma forma de manter viva a lembrança do sacrifício que Jesus fez por nós. Os crucifixos também fazem parte dos hábitos dos sacerdotes e freiras. O crucifixo simboliza também a resignação diante dos sofrimentos da vida e do caminho que Deus nos destinou. O crucifixo nem sempre foi um símbolo cristão. A crucificação era a maneira pela qual, ainda no século I d.C, os criminosos eram punidos e mortos. Somente depois da crucificação de Jesus Cristo é que o crucifixo se tornou um símbolo cristão».


POLITICAMENTE FALANDO OPINIÃO

Por: Domingos Chaves

OS RISCOS QUE ATACAM A NOSSA LIBERDADE Assunção Cristas, tal como muitos dos seus principais oficiais, não perde uma oportunidade para aludir ao radicalismo das esquerdas; para agitar as “hostes” com o papão comunista; para apelar aos instintos mais básicos do eleitorado, instigando a desconfiança e o medo na sua forma mais primária como um desígnio da ssua vida. Sempre achei este discurso de uma finíssima ironia!... Não porque não exista nos Partidos da esquerda o tal radicalismo que lhes é apontado e que poderá ser discutível, isso sim, porque mais radical que o seu CDS-PP não haverá. CDS-PP que foi e é, precisamente o Partido que deu e dá guarida a vários salazaristas que exerceram funções governativas durante o Estado Novo, e a outros que se acoitam debaixo da sua capa, o que prova que alguns que hoje “trajam a chamada democracia cristã”, são os mesmos que outrora aceitaram o convite para integrar um Governo – como foram os de Salazar e Caetano – não eleito e opressor validando as suas práticas e que hoje se apresentam como discípulos desses tempos de má memória..

como a Alemanha, a França e a Itália. Talvez fosse por isso prudente para o CDS-PP e para Assunção Cristas, olharem para dentro e reflectir, antes de apontar o dedo ao radicalismo dos INSISTE “METER-SE NOSSA CAMA” outros, IGREJA não vá por isso oEM Abel – assim se NA chama o figurão apanhá-la distraída e tomar o Partido de assalto. É verdade que da vida interna do CDS-PP sabem os seus militantes, e se cerca de 90 dos 1053 congressistas que no último Congresso elegeram o novo Conselho Nacional e decidiram entregar o seu voto ao projecto liderado por este Abel Matos Santos, é porque terão bons motivos para isso. Mas face a tudo isto, importa porém clarificar quem é, e o que defende este “senhor”, que desde o final do dito Congresso passa a ser um player relevante no xadrez centrista. A imagem ao lado fala por si, mas torna-se ainda mais interessante se analisada à luz daquilo que são as traves mestras do movimento liderado pelo “senhor” Abel”, o qual se propõe defender” os valores éticos, sociais e democráticos do humanismo personalista de inspiração cristã”, para depois praticar um discurso xenófobo, discriminatório e reacionário. Um fulano que se afirma defensor do “respeito pela dignidade da pessoa humana e a garantia dos seus direitos fundamentais, a liberdade e o pluralismo“, mas que se indigna com “bichas aos beijos” e que considera que comemorar o 25 de Abril, equivale a celebrar “a liberdade de abortar” e de “mudar de sexo de manhã e à tarde”. Só lhe faltou dizer mesmo, que o dia comemorativo da Revolução de Abril, é o dia de “matar os porcos” – como alguém que adora a “direita politica” já fez, recorrendo à metáfora. Para este “senhor,” respeitar a dignidade humana sim senhor, desde que não sejam homossexuais, que esses não são dignos de ser respeitados. Um “senhor” que alega defender os valores da democracia constitucional, apesar de considerar, que durante a ditadura de Salazar, “Portugal era um país a sério, governado por gente a sério“, que a “verdadeira santidade e grandiosidade de Salazar, foi não ter liquidado ninguém quando o podia ter feito”, ou referindose às touradas, que “o touro não sofre, que essa ideia de sofrimento é errada, e que o sangue que se vê equivale á borbulha de um ser humano”. Maquiavélico demais para um “democrata cristão” como diz ser, o que prova que “eles andam por aí encobertos”. Qualquer semelhança com o discurso do PNR não será mera coincidência. Como não será coincidência o facto deste senhor ser cronista no jornal on line Observador.

O QUE NOS DISSE O 27.º CONGRESSO DO CDS

E chegados aqui, é pois o momento e a hora de denunciar publicamente, os movimentos ou tendências politicas se assim o entenderem, que se acoitam no interior do CDS, sem que em nome da liberdade e da democracia, aquela que se propõe ser Primeira-Ministro de Portugal resolva pôr cobro aos ditos movimentos que gravitam no seio do seu Partido. O “mestre” de um desses movimentos, é o “figurão” retratado na imagem, e por acaso vice-presidente da concelhia de Lisboa do CDS. Significa isto, que a ascensão destes movimentos no seio do CDS-PP é reveladora do saudosismo que resiste no interior do Partido e exala um certo odor a fascismo!... Um odor a fascismo, que não pode nem deve ser menosprezado numa Europa a braços com novos tiranetes na Polónia e na Hungria e outros a fazerem contas à vida face à ascensão da extrema-direita em vários Estados-Membros

O Congresso do CDS, do CDS de Assunção Cristas – foi a própria a chamar-lhe "o meu CDS" - teve cobertura mediática de gente grande. Tratamento de primeira liga, a que, nas palavras da própria, aspira vir a pertencer com a divisão reinante do seu antigo parceiro. Se calhar é por isso, por todas as televisões e jornais, terem tratado os seus 5% de representatividade eleitoral como se fossem 30%, que todas elas e eles e já agora também todos os infindáveis comentadores de cada qual, terem achado normal e sério que Cristas se tenha assumido candidata a Primeira-Ministra nas próximas legislativas. Será que já ninguém se lembra que Assunção Cristas foi Ministra do Governo da direita que mais empobreceu os portugueses? Que convidou os jovens a emigrar? Que cortou salários e pensões? Que assinou o mais brutal aumento de impostos da História da Democracia em Portugal? Que destruiu postos de trabalho? Que cortou a eito e sem critério nos serviços públicos? Ouvila agora falar de ambição para o país, não pode deixar de arrepiar os que têm memória, porque enquanto governante, a marca que deixou foi a destruição do Estado Social e o empobrecimento das famílias e do país. Será que as televisões, jornais e comentadores, continuam a soprar no “rabinho” da rã só para não perderem o momento em que rebenta?!… Por aqui, nada mais há a dizer…


ABRIL – O MÊS DA LIBERDADE

Tudo começou a 25 de Abril de 1974!... Aparentemente iria ser um dia como tantos outros, mas não foi. Logo pela manhã, as notícias eram seguidas pela rádio e o então Rádio Clube Português, era estação que amiudadas vezes dava noticias sobre a revolução já entretanto na rua. Os comunicados transmitidos pelos militares revolucionários davam então conta da evolução dos acontecimentos e começavam sempre com a inesquecível frase “aqui, posto de Comando das Forças Armadas”. Percebia-se que o “mundo” ia finalmente mudar e que nada voltaria a ser como antes. Na madrugada de 25 Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou um posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa. Mas, o golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma ação concertada de norte a sul do país. A “senha de partida” foi a canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa. Este era um dos sinais previamente combinados pelos elementos que desencadearam a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado. O segundo sinal é dado pela canção “Grândola, Vila Morena” de José Afonso, transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirma o golpe e marca o início das operações. Ao contrário de “E Depois do Adeus», muito em voga na altura por ter vencido o Festival RTP da Canção desse ano, «Grândola, Vila Morena» era proibida no tempo do Estado Novo, pois, segundo o governo, fazia alusão ao comunismo. Da Escola Prática de Cavalaria de Santarém partiram então tropas comandadas pelo Capitão Salgueiro Maia a quem coube um papel crucial: a ocupação do Terreiro do Paço às primeiras horas da manhã e posteriormente o cerco do Largo do Carmo para abrir fogo sobre o quartel da GNR, com vista à rendição de Marcelo Caetano. No quartel, estavam além de Caetano, mais dois ministros do seu Governo.Durante o dia a população de Lisboa foi-se juntando aos militares e o que era um golpe de Estado transformou-se numa verdadeira revolução. A certa altura, uma senhora começou a distribuir cravos pela população, os soldados enfiavam o pé do seu cravo no cano das espingardas e os civis punham a flor ao peito. Por isso ficou conhecida como a «Revolução dos Cravos» e o cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Ao fim da tarde, A RTP interrompeu a emissão e foi anunciado que se preparava uma edição especial do Telejornal. Em seguida, é lida uma declaração do Movimento a fim de acalmar os ânimos. Entretanto, no Largo do Carmo cresce a agitação e a população concentrava-se junto ao portão principal. Francisco Sousa Tavares em cima de uma chaimite tentou convencer a população a desocupar a zona para permitir a retirada. Uma viatura blindada encostava-se à porta de armas para receber Marcelo Caetano e os seus ministros. Viveram-se então momentos de tensão no largo Carmo e as forças de Salgueiro Maia chegaram a disparar contra a fachada do quartel para forçar a rendição de Marcelo Caetano, mas não houve “derramamento de sangue”. Depois de expirar o prazo concedido para a rendição anunciado por megafone pelo capitão Salgueiro Maia, Marcelo Caetano finalmente entregou-se e pediu que um oficial do MFA de patente não inferior a coronel se apresentasse no quartel. O poder foi então entregue ao General António de Spínola. As forças de Maia levantaram o cerco e formaram uma coluna que os conduziu ao Regimento de Engenharia 1, na Pontinha em Lisboa. Logo atrás, seguia numa viatura civil António de Spínola, longamente ovacionado pela multidão. À Baixa da cidade começaram entretanto a afluir centenas de pessoas aplaudindo as Forças Armadas e gritando slogans como “o povo unido nunca mais será vencido” e no próprio dia da Revolução, foi ainda decretada a destituição do Presidente da República e do governo, bem como a dissolução da Assembleia Nacional e do Conselho de Estado. No dia seguinte, 26 de Abril, foi finalmente apresentada a Junta de Salvação Nacional, que incluiu o capitão-de-fragata Rosa Coutinho, coronel Galvão de Melo, general Costa Gomes, brigadeiro Silvério Marques, capitão-de-mar-e-guerra Pinheiro de Azevedo e o general Manuel Diogo Neto. Marcelo Caetano, o Presidente Américo Tomás bem como outros dois elementos do anterior Governo partiram da Portela com destino à ilha da Madeira e daí seguiram para o Brasil. Nesse dia verificou-se igualmente a rendição da PIDE/DGS, não sem antes alguns dos seus agentes terem disparado indiscriminadamente sobre a população que se concentrava em frente ao edifício-sede da policia politica. Fruto de tal conduta, foram abatidos vários cidadãos, entre os quais o Barrosão Fernando de Carvalho Gesteira, natural da freguesia de salto_montalegre. A partir daí, começou então a libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche e a 27 de Abril de 1974, a Junta de Salvação Nacional decreta e aprova um decreto-lei que instituía o 1.º de Maio como feriado Nacional, sendo considerado desde então, como o Dia do Trabalhador.Um ano depois, a 25 de Abril de 1975, realizaram-se as primeiras eleições livres e os portugueses votaram pela primeira vez em democracia, podendo fazer as suas opções em liberdade. O 25 de Abril de 1974 foi por isso uma das datas mais marcantes da História recente do nosso País. Para além de todas as movimentações militares que marcaram este dia e das modificações políticas, económicas e sociais que se seguiram, o 25 de Abril de 1974, teve também um grande impacto nas alterações culturais do nosso país nos últimos 44 anos, alterações essas, marcadas pelos movimentos sociais e manifestações culturais, cujas conquistas mais importantes foram: a liberdade de expressão e de pensamento sob qualquer forma; a liberdade de manifestação; a liberdade de reunião e de associação; a liberdade de organização politica; a liberdade sindical; o salário mínimo nacional; o fim da guerra colonial e o reconhecimento do direito à independência dos povos colonizados; igualdade de direitos; eleições livres e direito de voto aos maiores de 18 anos; direito à justiça; independência e dignificação do poder judicial; direito à educação; direito à cultura; direito à habitação; direito ao trabalho; direito à reforma; direito à saúde; direito à greve; poder local democrático; politica social essencialmente na defesa dos interesses da classe trabalhadora e aumento da qualidade da vida de todos os portugueses.


BARROSÕES ILUSTRES BARROSÕES ILUSTRES

O drama dos refugiados não é só de agora, ao longo da história, aconteceram, quase sempre pelas mesmas razões, grandes fluxos de refugiados. O Herói que aqui vamos falar, o Tenente Seixas, salvou centenas de refugiados espanhóis, que fugiam da guerra civil, o Tenente Seixas, desobedecendo às ordens do Estado Novo, ajudou a salvar centenas de vidas e, por isso mesmo, foi castigado. Aqui fica um pouco da sua história. António Augusto Seixas de Araújo, mais conhecido por TENENTE SEIXAS, nasceu em Montalegre, em 1891, e faleceu em Sines, em 1958. Cedo adere às ideias republicanas. Organiza a defesa e combate a incursão monárquica de Paiva Couceiro, às ordens do seu amigo general Ribeiro de Carvalho. É ferido no combate de S. Neutel, em Chaves. Tomou parte no círculo político de Nicolau Mesquita, chefe democrata de Trás-os-Montes.

Um democrata português que salvou centenas de vidas de refugiados espanhóis. O Tenente Seixas, comandante da Guarda fiscal na fronteira, em 1936, evitou o massacre de grupos de refugiados espanhóis e organizou, manteve e ocultou um campo de refugiados com centenas de pessoas num lugar do concelho de Barrancos, evitando também que vários elementos constantes de “listas negras”, políticos e intelectuais republicanos espanhóis, fossem encaminhados para Badajoz, onde seriam fuzilados. Fez carreira na Guarda Fiscal, em vários locais do País, do Minho ao Alentejo. Era perito em contencioso aduaneiro. Foi louvado diversas vezes: pela energia, zelo e dedicação na repressão do contrabando, acção material nos postos, impecáveis, com o mínimo de dispêndio para o Estado, e pela actuação moral que desenvolveu junto dos seus subordinados. Em 1935, torna-se Cavaleiro da Ordem de Avis. Nos anos conturbados de 1936 a 1939 da história de Espanha, quando o regime eleito democraticamente é derrubado por militares golpistas, com apoio dos partidos de direita, durante uma sangrenta guerra civil, e à medida que as tropas espanholas revoltosas da chamada Coluna da Morte de Yagüe progrediam de sul para norte ao longo da fronteira portuguesa, as populações das localidades ocupadas procuravam refúgio em Portugal, pondo-se a salvo de sevícias e execuções. Perseguições de toda a ordem desenrolavam-se na zona fronteiriça. Muitos eram mortos antes de passar a fronteira, outros eram detidos pelas autoridades portugueses e deportados para os seus adversários, devido à colaboração do governo de Salazar com os insurrectos fascistas. Neste contexto, a acção do Tenente Seixas foi ter evitado, em 1936, o massacre de grupos de refugiados espanhóis pelas mãos dos seus perseguidores, ou destes em conluio com alguns militares portugueses, e de ter organizado, mantido e ocultado um campo de refugiados com centenas de pessoas no lugar da Choça do Sardinheiro, concelho de Barrancos, evitando também que vários elementos constantes de “listas negras”, políticos e intelectuais republicanos espanhóis, fossem encaminhados para Badajoz, onde seriam fuzilados.

ANTÓNIO AUGUSTO SEIXAS (1891 - 1958) O Tenente Seixas, da Guarda Fiscal era Comandante daquela região de fronteira e as suas decisões de tolerância e humanidade para com os refugiados desagradavam aos comandos militares destacados para a zona e à polícia política PVDE/PIDE. Em Sines além de desempenhar a sua actividade profissional, foi nomeado Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sines em 1941, tendo tomado posse no Governo Civil de Setúbal no dia 29 de Maio de 1941. Em 31 de Maio o Presidente da Câmara informou o Governador Civil que delegara no Vice-Presidente as competências de autoridade policial do Concelho. Era também o Tenente Seixas o responsável pela Mocidade Portuguesa em Sines, que se sedeava no Castelo. Nessa qualidade, procurou recolher fundos para o fardamento das crianças cujos pais não dispusessem de meios para fazê-lo. Num ofício à Câmara Municipal em 1941, pedia apoio para a aquisição de dez fardas para dez meninos, que seriam escolhidos entre os mais pequeninos e os mais pobres. Foi também dinamizador da Legião Portuguesa em Sines e Santiago do Cacém, fotografando as suas actividades. Em 1938 recebeu um louvor por se ter prestado a dar instrução à Legião Portuguesa. Mas a situação de um campo de refugiados clandestino só viria a ser descoberta, por discrepância em números, quando das operações de transferência para Tarragona de cerca de 1500 refugiados embarcados no navio Nyassa. Então, o Tenente Seixas, foi preso e castigado. Mais tarde, tornou-se industrial em Sines.

CONTEXTO HISTÓRICO DA SUA ACÇÃO A presente mostra pretende dar a conhecer, resumidamente, a acção do Tenente Seixas (Guarda Fiscal), destacado, em Março de 1932, para comandar o território que, de Norte a Sul, ia de Moura a Vila Verde de Ficalho e tinha como centro a vila de Barrancos. Com a Guerra Civil Espanhola, centenas de pessoas afectas ao movimento republicano passaram a refugiar-se em Portugal, tendo o Tenente Seixas acolhido estes refugiados em 1936. Contrariando a Policia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), o Tenente Seixas desdobrou-se em diligências junto da hierarquia militar e conseguiu “legalizar” o campo de refugiados da Herdade da Coitadinha e criou um outro campo, clandestino, na Choça do Sardinheiro, junto ao Posto Fiscal das Russianas, onde acolheu perto de 300 pessoas. Fortemente criticado pelas forças no terreno, em especial pela PVDE, o Tenente Seixas foi alvo de uma investigação sobre a sua actuação e, no dia 4 de Novembro de 1936, foi acusado de ocultar a existência do campo de refugiados. Foi assim condenado a dois meses de prisão no Forte da Graça, em Elvas, passando de seguida à reforma antecipada. Contudo, passado algum tempo, conseguiu ser reintegrado na Guarda Fiscal e passou a comandar a secção de Sines, recebendo as devidas indemnizações. Em Oliva de la Frontera, Badajoz, eregiram um monumento em sua homenagem e os Correos de España lançaram um selo postal onde aparece o Tenente fardado de oficial da Guarda Fiscal com a seguinte legenda “Teniente Seixas – El Schindler de La Raia”.


ESTÓRIAS DO “ARCO DA VELHA” Longe estamos do século XI, tempo e lugar de origem da tão já portuguesa capucha. Introduzida pelos árabes - influência riquíssima muito pouco mencionada e explorada pelos portugueses -, a capucha para além de fazer parte da história barrosã, permanece em tempo real no dia a dia de muitos portugueses.

A passagem dos séculos têm ditado o valor da capucha, objecto simples, despojado mas completo e multifacetado que tanto pode ser usado como agasalho nos dias frios, como até servindo de manta de cama ou arma de protecção. Nos últimos anos, temos assistido a uma reinvenção e valorização de algumas peças tradicionais portuguesas entre as quais a capucha e o investigar das nossas raízes, tem por um lado, aberto as portas a novas oportunidades e modelos de negócio, como também permitido a sustentabilidade económica de alguns artesãos da região, perpetuando desse modo a riqueza da nossa história, ao trazerem “sangue novo” para ofícios quase perdidos ou esquecidos e hoje já em franca expansão. Como já foi referido, a sua origem remonta ao século XI, muito embora não seja fácil precisar como e donde surgiu, mas tudo leva a crer que viesse do Oriente, sendo trazida à nossa região pelos Árabes, se é que o modelo não foi extraído de alguma gravura, estampa ou desenho vindo dos lugares Santos - o que é muito natural. A capucha ainda hoje é o manto que desde os princípios do Cristianismo, aparece cobrindo a maior parte das imagens.

A CAPUCHA

Apenas foi modificado o modelo, adaptando-lhe no cimo, na parte que há-de assentar na cabeça, uma semi-rodela em forma de meialua. Como também já foi dito, é ordinariamente de burel e de fabrico caseiro, muito embora haja réplicas destinadas especialmente para os domingos e dias de festa, feitas de uma espécie de saragoça preta muito lustrosa, a que chamam briche. Usaram-se em toda região barrosã e em alguns outros pontos de Trás-os-Montes. A sua utilidade é incomparável!... Se é preciso conduzir um carrego, de uma das pontas faz-se a rodilha, para o levar à cabeça, dando assim melhor jeito para conduzir pesadas canastras ou enormes molhos de lenha, de erva, de milho, couves ou outros fardos. Se precisam de levar cereais, hortaliças ou quaisquer outros objectos, e não têm à mão com que melhor os possam conduzir, sem a tirar da cabeça fazem de uma das pontas uma espécie de saca, e com grande facilidade se leva uma grande pontada, como por ali vulgarmente se diz. Se precisam de agasalhar ou conduzir ao colo uma criança, deitando-a sobre uma das pontas, e passada a outra por baixo desta, levam as mães os filhinhos encostados ao coração. Serve também, enrolada ou torcida, ao comprido, para enfeixar coisas diversas, à maneira de corda ou atilho. Estendida no chão, sobre elas secam feijão, milho ou outros cereais. Se é preciso estender a toalha, para as frugais refeições em pleno campo, e não há perto lage ou relvado, a capucha estira-se no solo, à volta da mesa, evitando deste modo que a toalha vá sujar-se sobre a terra. Óptima capa para os rigores do tempo, aproveitam-na pelos dias de Estio para sobre ela se deitarem, e devidamente dobrada, pode servir de travesseira. Numa das pontas, leva por vezes a merenda, como no Outono a aproveitam para conduzir os ouriços dos castanheiros que encontram pelos montados. E até pastores dela se serviram para afugentar os lobos dos “gadinhos”, assegurando que não há lobo que vendo caminhar para ele, com o improvisado trapo, como no redondel para o toiro, não fuja desabridamente ou a sete pés, como por cá se diz. Tem ainda a vantagem de se ajustar bem ao corpo e escoar a água, como nenhum outro fato, e de especialmente os homens, poderem sobre ela assentarem o grosso e largo chapéu, para melhor livrarem a chuva da cara.

Fonte:Etnografia Portuguesa - José Leite de Vasconcelos.


ESPAÇO PÚBLICO EM BREVE ANÁLISE… A “GUERRA CIVIL” NO PSD

PORTUGAL TEM A QUINTA MENOR PERCENTAGEM DA UE DE MULHERES NO GOVERNO

O escritor romano Pompeo Trogo analisou os povos ibéricos há cerca de 2.000 anos e disso extraiu uma verdade que, às vezes, é difícil de contestar: "Preferem a guerra ao descanso e se não têm inimigo externo buscam-no em casa. O

O relatório de 2018 sobre a igualdade entre homens e mulheres, publicado pelo executivo comunitário que assinalou o Dia Internacional da

PSD, neste momento, parece uma tribo em pé de guerra.

Os tambores já nem pedem chuva: desejam sangue. O que não deixa de ser uma característica que Mulher, indica que, em novembro de 2017, o Governo português integrava apenas 16,7% de nem Freud, na sua divina bondade, conseguiria explicar. mulheres, uma percentagem que fica mais de dez pontos percentuais abaixo da média comunitária de 27,7%. ASSUNÇÃO “ESTÁ QUASE LÁ”… Neste ranking, Portugal é superado pela Hungria, cujo Governo não inclui nenhuma mulher, pelo Depois de vários meses a carpir, o CDS Chipre (onde as mulheres representam 8,3% do total), pela República Checa (11,8%) e por Malta decidiu “dizer baboseira” e procurou mudar (13,3%). O país em que a percentagem de representação feminina é mais elevada é a Suécia ligeiramente o discurso, aproveitando o (52,2%), seguindo-se a França (50%) e a Eslovénia (47,1%). grande vazio em que o PSD se transformou. Utópica, Assunção Cristas começou por se assumir como alternativa para liderar a NOVO ORÇAMENTO DA UE SIGNIFICA MAIS 600 direita. Apesar de não o poder fazer sem o MILHÕES PARA PORTUGAL PAGAR PSD, agora porém já não lhe chega isso. O Brexit já está a produzir efeitos!... A saída do Reino Quer mesmo ser é Primeira-Ministra. Foi em Lamego e a ser assim, a Senhora dos Unida da UE, significa um aumento das contribuições Remédios vai ter de se esforçar para competir com a banha da cobra em termos para os países Membros como inevitável.. Significa de milagres... Se houvesse um pouco mais de bom senso e menos arrogância, os isto, que Portugal terá que desembolsar para o novo congressistas do CDS deviam ponderar os resultados da última sondagem Orçamento Comunitário, cerca de 600 milhões de euros anuais para Portugal, face à publicada das intenções de voto colocando o Partido abaixo do Bloco de Esquerda e do PCP. Não estará na altura da senhora consultar um psiquiatra?!... necessidade de novas formas de taxação.

SEM NOVIDADE… Não é novidade para ninguém, que o Presidente nos surpreende todos os dias. Por altura do Dia da Mulher, acabamos por saber que uma das tarefas de Marcelo Rebelo de Sousa, é também passar a ferro. Pelo jeito apresentado numa fábrica têxtil, vê-se que o homem tem jeito.

Será que já está em campanha, ou o homem fáz deste trabalho um hábito?!...

OS CÉREBROS QUE NÃO EMIGRAM

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OS REPRESENTANTES DO MEDIEVALISMO É assim uma espécie de praxe no namoro. "Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti". Há práticas que vêm lá de trás. Do fundo dos tempos, dos “armários”. É tudo tão naturalmente apresentado como normal que mais parece que não saímos da idade média.

Vale tudo, menos a razoabilidade e o progresso das ideias. O futuro é dos idiotas. Eles até já chegam ao poder democraticamente…

O BISPO “ESPANTA DEMÓNIOS”

Professor catedrático é categoria mais " Este Governo recebeu um País desventrado, elevada da carreira docente aniquilado. Provou-se que havia alternativa e universitária. Tudo uma questão de saiu tudo ao contrário das profecias. Se não oportunidades!... E o Pedro depois de fossem António Costa e Mário Centeno, tanto ter criticado as Novas Oportunidades, lá agarrou a sua Portugal estava destruído. Chamem-me própria oportunidade com as cunhas ignorante, clubista, populista, o que quiserem, dos amigos do seu Banco de Favores mas acreditei e acredito na chamada pessoal que capitalizou durante as suas "geringonça". Enão me venham dizer que o funções de Ministro. E como quem tem amigos não morre na cadeia, nada êxito foi de todos. Vão aos jornais da época e leiam as previsões dos Velhos do Restelo sobre o a temer. Os professores convidados “são recrutados por convite” mesmo que ia acontecer a esta solução governativa e parlamentar.Eu sei bem os nomes que chamaram ao ministro Mário Centeno“. In D. Januário Torgal Ferreira, Bispo Emérito das Forças Armadas. que tenham concluído a quarta classe…

QUALIDADE DA DEMOCRACIA No prestigiado índice democrático do “The Economist”, cujo ranking é encabeçado pelos países escandinavos, Portugal ocupa um modesto 28º lugar da geral, abaixo mesmo de países como Cabo Verde e da Costa Rica, por causa da baixa classificação em três dos cinco indicadores utilizados na classificação funcionamento do Estado, participação política e cultura política. Quanto ao primeiro já todos sabemos como é!... Nas restantes vertentes, a “falta de escola” deixa qualquer um sem palavras.

RIO APRESENTA GOVERNO SOMBRA

Mesmo antes de se ter reunido com os deputados, Rui Rio não foi de modas e disse que apesar de poder haver umas "convulsõezitas", estão reunidas as condições para fazer Oposição, anunciando um “Governo sombra”, para fazer frente ao “sol” Uma forma diferente de dizer que os “seus deputados” são muito fraquinhos…


O DESPORTO EM BARROSO

ALGUMAS NOTAS SOBRE OS DOIS PRINCIPAIS CAMPEONATOS O DESPORTO EM BARROSO (Resultados de 25 Março)

FUTEBOL

Campeonato de Portugal Serie A Montalegre 2-1 São Martinho

Divisão de Honra A.F.Vila Real Salto 1-4 Cerva V. de Perdizes 3-1 Valpaços

FUTSAL SÈNIORES (FEMININO) Amigos de Cerva 1-2 V.Perdizes

FUTSAL SÉNIORES (PLAY-OFF) Benfica V. P. Aguiar 1-6 Salto Hóquei Flaviense 5-2 Montalegre

FUTSAL JUNIORES Aves 10-0 Salto C.Vila Castanheira5-5Montalegre

FUTSAL JUVENIS Valpaços 0-6 Montalegre FUTSAL INICIADOS Valpaços

1-10

Montalegre

FUTSAL INFANTIS Montalegre 2-5 Vilar de Perdizes

PLANTEL DO CDC MONTALEGRE – 2017/2018

CAMPEONATO DE PORTUGAL CLASSIFICAÇÃO GERAL À 26.ª JORNADA

No Campeonato de Portugal e a quatro jornadas do fim, a equipa de Montalegre com a sua vitória de hoje sobre o São Martinho, acaba por praticamente garantir a sua permanência. Com sete pontos acima da linha de água, só uma tempestade fará com que a equipa de José Manuel Viagem não consiga os seus objectivos. Quanto à Divisão de Honra, o Vilar de Perdizes tem sido e vai continuar a ser a grande sensação da prova, tendo sido apenas suplantado pelo Chaves B, Vila Real e Régua. Um feito que não é para todos. Parabéns à equipa de Toni.

“EXEMPLOS” QUE DISPENSAMOS… É complicado definir aquilo em que se tornou o nosso futebol nos últimos meses. É uma guerrilha constante, em que se fala mais em justiça e arbitragens e que cansa quem gosta verdadeiramente do jogo. Num dia são emails, noutro são posts do Facebook, no dia seguinte já há funcionários alegadamente corrompidos com bilhetes e camisolas para aceder a informações que estão em segredo de justiça. Tudo isto para ganhar um campeonato, para se ter um pouquinho mais de poder. Por esta altura, estando tudo por provar, só podemos falar de “alegadamentes”. Mas já são muitos “alegadamentes” para isto ser normal. Mas tudo isto é fruto de um país que não gosta de futebol, gosta de três clubes que secam tudo à sua volta - outros clubes e outras modalidades. É fruto de pessoas que chegam ao futebol para se servirem e de adeptos que deixaram de ter sentido crítico e capacidade de colocar a mão na consciência e recusar certos comportamentos dentro da instituição que apoiam. Ganhar é o primeiro objectivo!... Tudo seria natural, mas será que não interessa também a honra, a seriedade e acima de tudo a verdade desportiva?!... Sente-se que o futebol está no grau zero da decência e isso afasta as pessoas. Não se sabe muito bem qual vai ser o rescaldo de tudo isto, quem vai continuar a acreditar cegamente, quem terá sempre um pé atrás, quem nunca mais conseguirá ver um jogo do campeonato nacional da mesma maneira. E quem perde?!... Perdemos todos, porque deixamos de acreditar. Oxalá que a Justiça nos liberte de certa gente que apenas se serve do futebol para alimentar o seu umbigo e o dos seus capangas.

DIVISÃO DE HONRA DA A.F. VILA REAL CLASSIFICAÇÃO GERAL Á 23.ª JORNADA


A BARROSÂNA ESTATUTO EDITORIAL A revista A BARROSANA, tem como objectivo principal, promover e divulgar o concelho de Montalegre, o seu património, a sua língua, as características e valores da sua cultura, bem como valorizar as obras, os homens e mulheres da região e toda a área geográfica onde se insere.

a) São ainda seus objectivos: 1- INFORMAR, garantindo a todos os cidadãos o direito à informação através da independência e pluralismo, de modo a defender os valores, as causas e os interesses do concelho onde se insere; 2 – FORMAR, no sentido de contribuir para a elevação do nível cultural dos seus leitores, tendo em conta a história da região, as as suas riquezas naturais, a tradição e todo um património cultural de séculos; 3 – DISTRAIR, sendo ao mesmo tempo lúdica e de recriação, tendo em conta a diversidade do público, idades, interesses, ocupações e espaços.

b) São seus princípios: 1 – Assegurar a independência, o rigor e a objectividade da informação face aos poderes públicos; 2 – A revista define-se como autónoma e independente, sem finalidades lucrativas e acima dos interesses económicos; 3 – A Barrosâna compromete-se assim, a assegurar o respeito pelo rigor e pluralismo informativo, pelos princípios da ética, deontologia e boa fé;

c) São seus fins: 1 – Alargar a sua implantação à divulgação de questões de natureza politica e modos de expressão de índole local e nacional; 2 – Preservar e divulgar os valores característicos das culturas da região barrosã; 3 – Difundir informações com particular interesse para o âmbito geográfico da sua incidência; 4 – E incentivar as relações de solidariedade, convívio e boa vizinhança entre os destinatários localizados na sua área de implantação e das comunidades barrosãs espalhadas pelo mundo. O Fundador


Dizem os escritores e os poetas transmontanos, que Barroso é uma dádiva especial da Natureza e a grande obra de pedra e água feita em Portugal. Pois é!... É neste Norte que arduamente se riscam e planeiam caminhos, se cruzam vontades e se resiste, com granítica força e persistência dos rios e serras à invasiva e danosa cultura que desvirtua e engana a História. Da mesma pedra e da mesma água, são feitas as gentes destes lugares.

REGRESSO Regresso às fragas de onde me roubaram Ah!... Minha serra, minha dura infância!... Como os rijos carvalhos me acenaram, Mal eu surgi, casado, na distância!... Cantava cada fonte à sua porta: O poeta voltou!... Atrás ia ficando a Terra morta Dos versos que o desterro esfarelou.

Depois o céu abriu-se num sorriso E eu deitei-me no colo dos penedos A contar aventuras e segredos Aos deuses do meu velho paraíso.. Miguel Torga




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