Edição n.º 7 - Maio 2018 - Mensal
A BARROSÂNA Revista de informação TERRAS DE BARROSO
(Versão digital)
UMA IDEIA DA NATUREZA…
RALYCROSS E BRUXAS FORAM
O TURISMO NA REGIÃO…
“REI E SENHORAS”
O TURISMO EM MONTALEGRE NA REGIÃO…
…“não há democracia sem imprensa livre”!...
A BARROSÂNA
Ano I Mensal Contacto: dvazchaves@hotmail.com
Revista de informação
Fundador: Domingos Chaves
(Versão digital) EDIÇÃO 7 – MAIO 2018
Montalegre
OS DESTAQUES Páginas: 2 –Sexta Mitica 4-Sociedade 12–Pelo Municipio 18–A Entrevista 21–Comunidades
26–Economia 27-Politica Nacional 33–Fátima | Altar do Mundo
MUNDIAL DE RALLYCROSS 2018 | FENOMENAL O Circuito Internacional de Montalegre viveu mais um notável fim de semana de provas a contar para o Campeonato do Mundo de Rallycross. Casa cheia, tempo agradável com alguns “farrapos de neve à mistura”, corridas fora de série e organização elogiada, foram os condimentos reunidos nesta segunda etapa, que se seguiu ao inicio do campeonato em Barcelona. Até 2022 o espectáculo está garantido no palco de todas as emoções!... O acordo foi firmado há um ano entre o Município de Montalegre e a IMG-International Management Group, conferindo à autarquia luz verde para a organização deste evento para os próximos quatro anos que se seguem., No último fim de semana de Abril, a segunda etapa desta competição serviu de mote para a recolha de imagens de rara beleza, presenciadas por muitos milhares de pessoas de várias nacionalidades, embora com predominância dos vizinhos galegos. Saliente-se, que Montalegre faz parte do Mundial de Ralycross desde a primeira edição oficial do campeonato, realizado em 2014, tendo antes integrado o calendário do histórico Campeonato da Europa da modalidade. Ano após ano, a autarquia local tem feito um sério investimento neste evento, melhorando as infraestruturas do circuito e apresentando novidades organizativas a cada edição. Se a isto juntarmos as presenças de nomes consagrados dos Supercars, como Sébastien Loeb, Petter Solberg, Mattias Ekström ou o campeão em título Johan Kristoffersson, o envolvimento oficial de construtores como a Peugeot, Volkswagen ou Audi, e o espectáculo dentro e fora da pista de uma modalidade única, está encontrada a fórmula que atrai dezenas de milhares de pessoas a Montalegre todos os anos.
A OPINIÃO DO PRESIDENTE DO MUNICIPIO
O Presidente da Câmara Municipal de Montalegre é claro: “todos têm feito esforços grandes para dotar o país de uma infra-estructura como esta. É considerada a melhor pista do périplo mundial do rallycross e isso dá-nos muito orgulho e conforto. Obviamente que depois de todo este grande investimento realizado, não projectamos a nossa relação com a FIA para os próximos cinco anos, que são os que estão protocolados. Queremos ir além disso e já não tenho dúvidas ao sermos considerados pela organização, pelos pilotos, pelas marcas e por quem nos visita como a melhor pista E para além disso somos a única pista no Mundo que se localiza em altitude. Estamos convencidos de que esta relação com a FIA é para manter. Só assim as coisas farão sentido e se justificará o conjunto de investimentos que temos vindo a fazer. Orlando Alves lembrou ainda que os investimentos que estão a ser realizados devem estar finalizados dentro de três anos e, daí para a frente, tudo o que acontecer na pista será basicamente lucro. É um investimento que temos feito direccionado para a terra, para o desenvolvimento do território e para a visibilidade da região. Orlando Alves lembrou ainda, que o povo de Montalegre, do Barroso, quando é chamado a marcar presença não foge às suas responsabilidades. E é sempre com orgulho e vaidade que os barrosões aderem a estas iniciativas e vêem a sua terra ser falada em todo o Mundo.
A RAINHA DE TODAS AS FESTAS
Montalegre
DIA DE AZAR!... SÓ O FOI… PARA QUEM NÃO PÔDE OU NÃO QUIS ESTAR PRESENTE…
Montalegre
A sabedoria popular dita que o 13 é o número do azar e que quando combinado com uma sexta-feira, resulta num dia que traz pouca fortuna às pessoas. Porém, Montalegre é diferente e nesta vila, as sextas-feiras 13 são sempre recebidas com grande expectativa. Este ano, a “sorte”, que é como quem diz, o alinhamento do calendário, ditou que houvesse dois dias deste género na capital do Barroso. O primeiro já lá vai com o 13 de Abril. Mais um dia em que a vila foi invadida por bruxas, feiticeiros, monstros, morcegos e… muitos foliões, como vem acontecendo todas as sextas-feiras 13. Para além das “arruadas” durante o dia, tudo começa verdadeiramente à hora de jantar, com os restaurantes da vila transmontana engalanados a preceito, como se tivessem sido decorados pela varinha de uma bruxa. Para os habitantes de Montalegre, vila já apelidada de “capital do misticismo”, este é o dia em que o azar vira sorte. É assim pelo menos para os comerciantes locais, que a cada evento vêm crescer o número de visitantes. Desengane-se contudo, quem pensa que esta é uma celebração aborrecida e obscura. Não - antes pelo contrário. Nesta festa há tanto de macabro como de divertido, e a “Noite das Bruxas”, não é por acaso que já se tornou num evento de dimensão nacional, com música, fogo de artifício, espectáculos e animação de rua que chegue. Porém, não seria possível falar da “Noite das Bruxas”, sem falar do padre Fontes. Um padre dinâmico e empreendedor que colocou Montalegre no mapa das maiores festas de rua do país. Este pároco, é por isso a alma da festa e a principal “marca” da região, sendo responsável pelo ponto alto da noite e a preparação da queimada num caldeirão sobre uma fogueira, sem esquecer a entrada em grande e com a dose de drama que se espera, descendo das alturas numa grua, qual salvador de todos os males. Antes de servir a “mistela abençoada” que limpa todos os males, o padre faz o esconjuro da bebida, recitando uma ladainha que a livrará “todo o mundo” presente de maus-olhados, feitiços e bruxedos. Depois de tudo isto a festa continua noite dentro, pelas ruas, bares e discotecas, repletos de “bruxas”, “demónios” e outras “figuras do além”. Mas como nada se faz sem investimento, pergunta-se: será que vale a pena?!... Orlando Alves, Presidente da Câmara de Montalegre não hesita em dizer que sim, “O retorno é
Como já se disse, o “dia das bruxas” traduz-se num cartaz turístico bastante elucidativo daquilo que são todos os “rituais” e “cerimónias” em torno de um evento como este, em que todos os principais sectores da região aderem ao mundo “mágico”, através, no caso da restauração – e a título de exemplo, com ementas sugestivas; no caso da hotelaria, com enfeites criativos, e no caso do comércio, com toda uma gama de produtos relativos à “bruxaria”. Na noite da “sexta 13”, os montalegrenses e os demais que ali se deslocam, todos vestidos e pintados a rigor, juntam-se próximo das muralhas do Castelo de Montalegre e assistem a espectáculos previamente preparados e definidos em função de um determinado mote e às tradicionais “queimadas” e “rezas” que fazem parte do imaginário popular. O evento tem início com a tradicional ceia, para posteriormente prosseguir com a “grande queimada das bruxas”, em que sob um efeito de epifania se declama, enquanto a poção mágica aquece, um esconjuro “tenebroso” contra a “pecadora língua”, a “inveja” e o “mau olhado”. Dito isto, resta dizer que quem tenha vontade de conhecer este festival do oculto e não o tenha podido fazer, talvez tenha sido mesmo o seu dia de azar. Mas não desesperem!...Depois de Abril, Julho está logo aí…
incomensuravelmente maior. Quem vem à sexta-feira 13 não fica só uma noite, fica todo o fim de semana, o que faz com que durma, coma e consuma em Montalegre, impulsionando a economia local “
MONTALEGRE - UM LOCAL MITICO Aliadas à história, aos costumes e às tradições do concelho de Montalegre, “as bruxas” fazem também, da terra barrosã, um local mítico, fantástico e mágico. A cada "sexta 13", Montalegre é imbuída num ambiente “macabro” e “tenebroso”, onde os poderes da feitiçaria e dos maus olhados através de rituais e de superstições, invadem toda a vila. “O dia das bruxas” ou “sexta 13” tornou-se com o passar dos anos, um dos maiores eventos de rua de todo o país, reunindo milhares de “crentes”, não apenas da região, mas também do Minho ao Algarve e da vizinha Galiza, em actos ritualísticos que acabam por dar continuidade às antigas práticas medievais de feitiçaria e de encantamentos que persistiram mesmo depois de São Martinho converter os poucos pagãos que subsistiam, após a queda do Império Romano. Pensa-se que o misticismo em torno da “sexta 13” provenha da morte de centenas de templários pelas chamas da fogueira, numa sexta-feira a 13 de outubro de 1307.
NOITE DAS BRUXAS NA CAPITAL DO BARROSO | PÚBLICO MARCA A Montalegre DIFERENÇA E PADRE FONTES CONTINUA A SER O “REI” DA FESTA A vila de Montalegre ficou no passado dia 13 – durante o já muito conhecido dia das “bruxas”, bem mais pequena para acomodar as muitas dezenas de milhar de pessoas, muitas das quais vindas do outro lado da "Raia“, que aqui se deslocaram para desfrutar de uma noite do “outro mundo” – a Sexta-Feira 13. As pensões e casas de turismo rural esfregaram as mãos de contentes, roulottes à beira rio eram ás dezenas e gente houve a aproveitar o fim de semana que se lhe seguiu, para melhor conhecer a região. Pena foi a chuva que teimava em não querer dar tréguas, ainda assim, a noite foi de gala. A maioria dos restaurantes aderentes a esta festa hoje conhecida em todo o país, já havia afixado o pôster com o programa do evento hà uma semana e os resultados não se fizeram esperar. Tudo lotado para uma festa que recria toda a mística e crenças tradicionais das terras do Barroso e constitui-se igualmente como fonte de receita para arranjar formas de sobrevivência num ambiente de crescente isolamento. A festa de sexta-feira 13 em Montalegre, pega em todas estas tradições e raízes, demonstrando a coragem do povo em enfrentar o azar. Para os barrosões, pode ser o seu dia de sorte. A dita festa é organizada pela Câmara Municipal e seu momento principal surge com a famosa queimada protagonizada pelo padre António Fontes, a qual tem como objectivo o encantamento tradicional para afastar os maus espíritos e trazer sorte . Durante o festival pode ver-se todos os tipos de disfarces relativos a bruxas e feiticeiros, zumbis ou assassinos. As empresas de hotelaria mudam a sua decoração para atender a festa, que tem sempre início por volta do meio-dia com animação nas ruas. Depois do jantar, várias músicas em palcos diferênciados e fogo de artifício em torno das mostras do castelo medieval dão então lugar à dita queimada, que é distribuída gratuitamente a todos os participantes. A celebração continua até ao amanhecer.
A “queimada do esconjuro” é o ponto mais alto do evento. O padre Fontes conta que o evento tem como objectivo provocar a boa disposição entre as pessoas. Personagem marcante das "sextas 13“, refere ainda que “com isto pretende-se acabar com os medos, com as pressões, com a bruxas, maus olhados e invejas, coisa que ainda está patente em muita gente, e o que se deseja é a “cura”. E de facto consegue-se, porque a mente é que dá ordens ao físico para ficarmos bem-dispostos”, explicou. Esta iniciativa faz com que milhares de visitantes se desloquem a Montalegre para conviverem com “bruxas” e actos de magia. O padre diz que “as pessoas vêm ao encontro da cura, e é curável, porque as pessoas desistem de acreditar em bruxas, em pragas, em mausolhados e feitiçarias, e fazem disto um teatro”, acrescentou. Acredita que “o segredo para a felicidade é as pessoas não terem ambições e não terem vazios mentais. Aqui temos música de passarinhos, não há provocações ao consumismo. A felicidade está em nós”, concluiu.
O ESCONJURO Mochos, corujas, sapos e bruxas. Demónios, trasgos e diabos, espíritos das enevoadas veigas. Corvos, píntigas e meigas: feitiços das mezinheiras. Podres canhotas furadas, lar dos vermes e alimárias. Fogo das Santas Companhas, mau-olhado, negros feitiços, cheiro dos mortos, trovões e raios. Uivar do cão, pregão da morte; focinho do sátiro e pé do coelho. Pecadora língua da má mulher casada com um homem velho. Averno de Satã e Belzebu, fogo dos cadáveres ardentes, corpos mutilados dos indecentes, peidos dos infernais cus, mugido do mar embravecido. Barriga inútil da mulher solteira, falar dos gatos que andam à janeira, guedelha porca da cabra mal parida.
Com este fole levantarei as chamas deste fogo que assemelha o do Inferno, e fugirão as bruxas a cavalo das suas vassoiras, indo se banhar na praia das areias gordas. Ouvi, ouvi! os rugidos que dão as que não podem deixar de se queimar na aguardente ficando assim purificadas. E quando esta beberagem baixe pelas nossas goelas, ficaremos livres dos males da nossa alma e de feitiço todo. Forças do ar, terra, mar e fogo, a vós faço esta chamada: se é verdade que tendes mais poder que as humanas pessoas, aqui e agora, fazei que os espíritos dos amigos que estão fora, participem connosco desta Queimada.
EDITORIAL POR: Domingos Chaves
O “HOMEM DOS FRETES E A BANCA”
Uns nunca ouviram falar, outros terão porventura já esquecido, certo é que Luis Marques Mendes, foi um dos tais que fez o seu “tirocínio” como advogado na capital do Barroso. Hoje, é o homem “mais bem informado” de norte a sul de Portugal e arredores!... Informação que serve para “dar e vender” e a que até o Ministério Público não deixa de prestar a devida atenção, sempre na tentativa de desbroncar alguns “malandros” que teimam em “remar contra a maré”. Uma das suas últimas “demandas” tem a ver com o complô em torno dos bancos falidos. Coitado do Luis!... Tirando uma ou outra investida, poder-se-à dizer que o “pobre coitado” hibernou desde a falência do BPN e apenas surgiu agora, para trazer à tona o que nunca deveria ter esquecido desde os tempos em que se passeava pelos corredores do Parlamento, mas enfim... É que desse tempo o homem não sabe nada, nem viu nenhum complô quando os seus camaradas de partido e dos governos de Cavaco Silva fizeram negócios ruinosos e rebentaram com o BPN e o BPP. Também não viu nenhum complô quando o seu agora patrão na SIC, usou a revista do Expresso para apresentar o mesmo BPN como um caso de sucesso na banca. E quando se soube que no meio da desgraça Cavaco Silva ganhou muitos milhares de euros no negócio das acções – negócios mais do que manhosos, também não reparou em nenhum complô. Depois, quando Passos Coelho foi fotografado de havaianas na mão, ao mesmo tempo que o BES era enterrado, tudo isso depois de o Governo de então ter assinado um diploma sem se reunir, situação bem explicada por Assunção Cristas a quem a Maria Albuquerque telefonou para abrir o e-mail e assinar de cruz, Marques Mendes não deu por qualquer complô. E também não viu qualquer complô quando Passos e a Maria Luís asseguraram que a resolução do BES não traria custos para os contribuintes. E muito menos quando Sérgio Monteiro foi contratado pelo Banco de Portugal para ser o caixeiro-viajante encarregado de vender o Novo Banco a troco de centenas de milhares de euros. O “Luisito” até poderia ter visto o complô na guerra de Ricciardi apoiado por Passos Coelho contra Ricardo Salgado, e ter desconfiado de um segundo complô para mudar a liderança do banco, eventualmente a troco da sua lavação, mas não viu. Da mesma forma que não viu nem ouviu o que se falou entre o governo de Passos e a Tróika a propósito do BES. Provavelmente não acreditou em complôs, porque estará convencido que isso nem foi falado, aconteceu depois e muito de repente. Agora e como não pode ilibar o seu PSD da situação, tenta embrulhar todos num único complô, e pela forma manhosa como mete tudo e todos no mesmo cesto, até podemos imaginar o Jerónimo de Sousa a ir clandestinamente à Manta Rota, à tal vivenda alugada por Passos de quem ninguém ainda viu a factura, para arranjar o complô com o finado dirigente do PSD. O PSD já massacrou o PS tentando esconder as responsabilidades dos seus no caso do BPN, agora que não pode assacar as responsabilidades a Vítor Constâncio, também não as quer atribuir a Carlos Costa, porque sabe que o Governador actuou como se fosse um pau mandado de Passos Coelho e da Troika. Por isso o conhecido empresário e advogado armase em espertalhão e inventa um complô. Deveria saber o senhor Marques Mendes, que os complôs da banca são a vergonha nacional de sempre, e que desde 2007 até ao final de 2017 as operações de capitalização dos bancos já pesaram 23,7 mil milhões na dívida em 10 anos, o que é o mesmo que dizer, que a banca é cada vez menos confiável e é cada vez mais angustiante para os contribuintes, que são quem paga a factura. Mas quanto a isso o “Luisito fecha-se em copas”. Fecha-se o Luisito, fecha-se o Sexta à 9 e o Ministério Público é “navegação à vista”. Ao menos podiam dizer-nos, quem é que nos está a ir ao bolso…
CONTRASTES ALÉM-FRONTEIRAS
Lá por fora, enquanto Lula da Silva viu abrirem-se-lhe as portas da prisão para entrar, o catalão Carlos Puidgemont viu-as abrirem-se-lhe para sair. No primeiro caso, as “serpentes”, mesmo as maiores “jibóias” do Brasil, matam-se pela cabeça, até pelo facto de constar que não têm coração. Pior que tudo é que Lula não matou a serpente, a gigante serpente brasileira, e deixou-se embrulhar nela traindo todo um Brasil. Mas não foi esse, não foi o Brasil traído que o acusou, julgou e condenou. Foi o outro!... Já quanto ao catalão Puidgmont, a absurda acusação de rebelião que o Estado espanhol utilizou foi considerada “inadmissível” pelo Tribunal alemão, por, como era evidente, se não cumprir o requisito de violência. Acabou, mesmo assim, por aceitar a acusação de desvio de fundos, fixando-lhe por isso a fiança de 75 mil euros para o deixar sair em liberdade. Talvez para minimizar os danos no Governo de Madrid... Citando um ilustre amigo e conterrâneo “(…) a História ensina-nos que a Espanha é uma quimera, um mito, como já o foram a Escandinávia, a Checoslováquia e a Jugoslávia". "Espanhóis são todos os povos da Hispânia, mas Castela-a-Velha quis acorrentar sob esse nome, Portugal, Galiza, Leão, Castela-a-Nova, Aragão, Andaluzia, Navarra e Catalunha. Portugal foi o único que fugiu à hegemonia castelhana”!... Agora, Puidgmont viu também chegada a vez do povo catalão seguir idêntico caminho….
NOTAS SOLTAS HAJA BOM SENSO E MANEIRAS QUE CHEGUEM! Muito recentemente, um estudo da Universidade de Kent no Reino Unido, concluíu que a adolescência vai até aos 24 anos, tendo em conta aspectos ao nível da maturidade emocional, desenvolvimento hormonal e actividade cerebral. Muito bem!... Mas dando até isto de “barato”, certo é, que “entre portas” aos 16 anos NINGUÉM PODE – dizem - por uma questão de personalidade, de formação, de responsabilidade e de consciência, votar; casar; fumar; beber bebidas alcoólica; conduzir; e tendo em conta que a escolaridade obrigatória passou para o 12.º ano, a idade aconselhada para o vinculo laboral - por lei a partir dos 16 anos, passa a ser os 118 anos. Ou seja: uma jovem ou um jovem com 16 anos não pode fazer nada!... A não ser “obviamente”... MUDAR DE SEXO.E assim vai a nossa sociedade.
QUEM NÃO SE LEMBRA DESTA MANIGÂNCIA!...
Não há dinheiro para a Cultura mas sobra para os contratos de associação entre o Estado e o ensino privado. Quem não se lembra da orquestração e da pouca vergonha das manifs pelo direito de esco -lha organizadas por colégios ditos privados, subvencionados com os nossos impostos?!... Então é assim!... Cinco administradores do grupo GPS que incluem esses colégios, estão agora acusados de desviar 35 milhões de euros, usando-os para proveito próprio em automóveis de luxo, seguros pessoais, viagens, jantares gourmet e tantas outras mordomias, tudo à conta do Zé Povinho.Juntamente com o Bando dos Cinco, o Ministério Público acusou ainda José Manuel Canavarro, ex-secretário de Estado Adjunto e da Administração Educativa, e José Maria de Almeida, exDirector Regional de Educação, ambos do PSD, dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança, corrupção, peculato e falsificação de documentos. Posto isto pergunta-se: Quando é que um Governo terá a coragem de acabar com os contratos de associação com estes colégios?!... No ensino, cada um opta pelo que quer, mas atenção!... Quem quer colégios privados que os pague. Foi sempre assim e já desde o tempo da “outra senhora”. Porque razão de há uns tempos para cá passou a ser diferente?!...
HISTÓRIAS DE EMBALAR!...
Ratzinger já tinha abolido esse injusto “decreto” que afectava seres humanos, cujos pais não “tiveram tempo” para os baptizar, ou já adultos nunca se preocuparam com aquilo que é normalidade na tradição católica. Bergoglio, simpático como é, resolveu agora ir ainda mais longe e em conversa com um amigo jornalista ateu, parece ter-lhe dito que quem não se arrepende dos seus pecados pura e simplesmente “não existe”. Ainda bem!... É que garantidamente e na parte que me toca, não me estava a ver a “conviver” onde quer que seja, com banqueiros ladrões, membros da máfia e outros malfeitores que tanto me irritam em vida. Mas pelos vistos, lá terei que os “gramar”!...Que sorte a desta gente ter visto “abolido o decreto do inferno”. Não é aliás por acaso, que este Senhor é o Papa preferido dos que não acreditam em fantasias. Ainda assim, lá que mereciam o “inferno” mereciam. Lá e cá!... Talvez assim não andassem tantos a pavonear-se por aí, como se nada se passasse…
SOCIEDADE
NOTAS SOLTAS
“MULHERES AO ALTO”
GRANDES DISCURSOS DE ELZA PAIS E MARGARIDA BALSEIRO LOPES As conquistas das mulheres são também reflexo da revolução de há 44 anos. Foi este o tema central da intervenção da deputada socialista Elza Pais na sessão solene do 25 de Abril, no Parlamento. “Celebrar Abril é celebrar a igualdade, esse nobre princípio constitucional para que ninguém fique para trás e acabar com sofrimento humano causado por discriminações intoleráveis”, começou por afirmar, relembrando que “as oportunidades no feminino são bem mais escassas que no masculino”. “A política não serve para justificar inevitabilidades, serve para abrir caminhos”, advertiu, congratulando-se pela lei da paridade aprovada na generalidade recentemente na Assembleia da República. “Foi agora que aprovámos nesta casa leis que vão permitir às mulheres chegar aos lugares de poder onde se decide”, referiu Elza Pais, para depois esclarecer: “As mulheres não precisam de favores, precisam sim que os seus direitos sejam cumpridos”. A deputada socialista disse ainda acreditar que agora, “portugueses e portuguesas encontram no seu país vontade de eliminar desigualdades”. A socialista não esqueceu porém, as mulheres que se ergueram quando não lhes era permitido. “Celebrar Abril é recordar as mulheres que viveram pela liberdade, tantas vezes esquecidas pela História, mas que estiverem sempre lá em momentos únicos e decisivos” revelou. “Discursaram, aderiram a causas, correram riscos, foram condenadas, sofreram incompreensões, injurias e agressões, mas lutaram sempre, sempre, pela emancipação, pela educação e pela liberdade”, prosseguiu, lembrando os legados de Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher portuguesa, pioneira na Europa, a conquistar o direito ao voto e Maria Barroso, que através da poesia dita, exercia a “denuncia e a participação”. “Os sacríficos destas mulheres não foram em vão”, garantiu. Enquanto isso, a deputada e Presidente da JSD, Margarida Balseiro Lopes elegeu, o combate à corrupção e a transparência no sistema político como prioridades, num discurso em que sublinhou que a liberdade "é de todos", cumprimentando os dirigentes dos cinco principais Partidos. Na sua intervenção,,a recém-eleita líder da JSD, de 28 anos, lamentou que a política portuguesa esteja cada vez mais fragmentada e com divisões entre "o povo e, eles, os políticos"."A atividade parlamentar não é um campeonato, onde os nossos ganham ou perdem, e as vitórias de uns são as Derrotas de outros. A atividade parlamentar tem de exigir que as pessoas ganhem, que o país ganhe: porque demasiadas vezes, para que os partidos ganhem, são as pessoas que perdem", afirmou. Considerando que há assuntos em que os políticos não ouvem suficientemente o que o povo reclama, Balseiro Lopes apontou como mais central "o combate à corrupção e a defesa do Estado e do erário público da captura por interesses particulares“, salientando que "o exemplo vem de cima“. A deputada defendeu que "a opacidade só serve os prevaricadores, os menos sérios, os corruptos" e promove a generalização de que os políticos "são todos iguais". A terminar, a líder da JSD realçou que o atual regime democrático é fundado "nas revoluções de Abril de 74 e de Novembro de 75" e fez questão de cumprimentar no seu discurso "todos aqueles que lutaram e resistiram a um regime ditatorial".
GERARD FOUREL EXPÕE COLECÇÃO DE FOTOS NO ECOMUSEU DE BARROSO
Gérard Fourel nasceu na região francesa da Bretanha em 1946. Começou a fotografar por volta dos 35 anos. No seu trabalho abordou as gentes do Barroso e norte de Portugal, o mundo laboral na Fougères - Ille et Villaine, a campanha de Castille y Léon e a Bretanha. Publicou, entre outras obras, Negrões — La mémoire blanche e Gens du Barroso. Participou em diversas exposições desde 1982 e alguns dos seus temas foram transpostos para o cinema. Gerard Fourel vive actualmente em Liffré. Vencedor do Illford "Black and White", em 1999, publicou vários livros como "a Ferns trabalhando", que conta a "história fabulosa do movimento operário Fougerais, a de chaussonniers, vidreiros, laticínios." Viajante frequente, tem uma fraqueza por Portugal., e por isso, em Maio vai “regressar a Barroso”, presenteando-nos com uma exposição de fotografia das gentes da terra, a qual terá lugar no Ecomuseu de Barroso, no período compreendido entre 28 de Maio e 19 ee Agosto.
PAÍSES MAIS SEGUROS DO MUNDO PORTUGAL NO TOP 3 | BRASIL EM QUEDA Portugal - representado na foto pela Praça do Municipio, em Montalegre - subiu dois lugares e fecha agora o top 3 da tabela dos países mais seguros do mundo, no relatório anual do Índice Global da Paz de 2017.
OS “HOMENS ASSUMEM-SE E OS POLITICOS TAMBÉM”…
Qualquer critica por muito “pobrezinha” que seja, ou mesmo assente em pressupostos duvidosos, não deixa nunca por nunca, de ter o condão de nos ensinar!... Mas fazendo-o sob anonimato ou vestindo a “fateota de sofista”, para além de repugnante, é uma das maiores manifestações de cobardia do ser humano. Mais: acusar alguém do que quer que seja, ou usar a justiça para acusar alguém de ter cometido uma qualquer infracção, sob as “ditas capas” é de uma baixeza inqualificável. Mas como os Homens, tal qual os de antigamente, vão escasseando cada vez mais, essa prática vem-se generalizando e transformou-se até numa “epidemia” reinante na nossa restrita sociedade. E pior que tudo, quer o Ministério Público, quer determinados sectores políticos, não só se deixam ir atrás de correntes sem rosto, como quando convém à sua estratégia, as amplificam na comunicação social, confirmando ter aberto investigações, ou das mesmas dar conhecimento a quem de direito, para apuramento que seja de um vazio de responsabilidades. É claro que após as manigâncias cobardes, alguém se encarrega de lhe “dar gás” especulando sobre desenvolvimentos e possíveis consequências para as vítimas, Uma triste sina e forma de fazer politica, mas reveladora do carácter dos “homenzinhos” que nela se embrenham. E assim se torna possível, que dentro da redação de um jornal, se planeie uma denuncia anónima ou encapotada, a que a publicação dará o pretendido destaque. Depois, para branquear a coisa, há até quem lhes chame pseudónimos. Só que normalmente, os pseudônimos são nomes inventados por escritores, poetas, jornalistas, artistas e outras pessoas famosas, que não querem ou não podem assinar as suas próprias obras. Diferente é utilizá-los correntemente para “xingar“ terceiros. Métodos tenebrosos, mas que não são ficção científica, antes sim, obra do “diabo”, que teima em continuar a vestir duas capas. Até um dia…
A Islândia mantém-se como líder dos mais pacíficos e a Nova Zelândia, tal como Portugal, também melhorou duas posições e é agora a segunda no estudo promovido pelo Instituto para a Economia e Paz, sediado na Austrália. No top 5, destaque para a queda da Dinamarca do segundo lugar de 2016 para o actual quinto lugar. Nos restantes países de língua oficial portuguesa, destaque também para Timor-Leste!.... Mais de um quarto de século após o massacre de Díli e em desenvolvimento gradual há quinze anos, Timor-Leste subiu dois lugares este ano no índice da paz e ocupa a 53.a posição entre os 163 países avaliados. Guiné Equatorial e Angola mantêm as posições de 2016. O mais recente membro da CPLP é 61.°, enquanto Angola continua no 100.° lugar. Moçambique registou a maior queda lusófona na tabela — 10 lugares — e ocupa agora o 78.° lugar. O Brasil, a sofrer de instabilidade política e social há anos, com escândalos a afetar os últimos presidentes, caiu três posições e ocupa agora o 108.°. O último dos países lusófonos na tabela é a Guiné-Bissau, no 122.° lugar.
SOCIEDADE HÁBITO DE FAZER PASTAR O GADO À VEZ, FOI RECUPERADO PELA ASSOCIAÇÃO VEZEIRA DE FAFIÃO
LIMPEZA DOS TERRENOS SUSPENSÃO DOS AUTOS E COIMAS A partir de 2 de abril, a GNR passou a exercer uma forte acção de fiscalização sobre os terrenos identificados em incumprimento, procedendo, quando necessário, ao levantamento do competente auto de contra-ordenação", informou a GNR, acrescentando qu, "conforme previsto no Decreto-Lei n.º 19-A/2018 de 15 de Março, estes autos ficam sem efeito, se até ao dia 31 de Maio, o responsável proceder à gestão de combustível a que está legalmente obrigado". De acordo com Bruno Marques, responsável pela GNR, "ainda há trabalho para fazer, mas comparando com outros anos, existe uma muito maior consciencialização desta importante fase de prevenção". "Muito importante para não acontecerem fogos florestais ou para reduzir as consequências dos eventuais fogos florestais ou as várias ignições que existem é a prevenção", reforçou o dito responsável. Inserido no Orçamento do Estado para 2018, o Regime Excepcional das Redes Secundárias de Faixas de Gestão de Combustível, que introduz alterações à lei de 2006 do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios, indica que "os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a qualquer título, detenham terrenos confinantes a edifícios inseridos em espaços rurais, são obrigados a proceder à gestão de combustível".
Prática comunitária atravessou séculos e continua viva graças a Associação criada pelos mais novos. A pastorícia, tem sido desde tempos imemoriais, uma das actividades mais relevantes do Baixo Barroso. O gado da raça autóctone é uma das imagens de marca de um território singular, pleno de atractivos. Por ali há cascatas deslumbrantes como a de Pincães, com a água a precipitar-se de alturas consideráveis e a desfazer-se em borbotões de espuma dezenas de metros mais abaixo, esgueirando-se ao longo do rio por entre fraguedos. Há cumes alcantilados que desafiam os mais afoitos, lagoas onde sabe bem dar um mergulho quando o calor aperta; levadas por onde corre a água que irriga os lameiros e os campos de milho e boa gastronomia. Há muito para descobrir e apreciar no vasto concelho de Montalegre!...
Num dos extremos, a 55 km daquela vila e a 500 metros de altitude, Fafião, aldeia localizada no Parque Nacional da Peneda-Gerês, é conhecida pela vivência comunitária. Uma prática que atravessou séculos e continua viva graças ao empenho de gente jovem. Para manter as tradições, os mais novos fundaram uma associação a que deram o nome de uma das práticas comunitárias da aldeia: A Vezeira. Mas em que consiste então a vezeira?!... A vezeira, com regras e procedimentos muito próprios, começa por alturas de Maio quando o tempo fica mais ameno. Limpam-se os abrigos de tecto em colmo ou feito com “terrões” e toscas paredes graníticas, abandonados durante o inverno e reconstroem-se as cónicas “mariolas” - colunas de pedras e pedrinhas que sinalizam os percursos do gado nos montes. Por cada duas cabeças de gado, um vizinho passa uma noite no monte; caso tenha quatro, a pernoita é a dobrar. Em caso de acidente ou doença de uma rês, o prejuízo é dividido por todos que integrem a sociedade ou seja, pela Vezeira, cuja prática termina em Setembro. A prática comunitária conhecia ainda outros cenários, entretanto recuperados. Todavia, um dos equipamentos acabou por não ter índice de utilização muito elevado. Hoje, recuperar usos e costumes de outrora é uma dor de cabeça, imagine-se, noutros tempos, o pânico causado pelos lobos. Mas para grandes males, lá diz o povo, grandes remédios: para apanhar os dizimadores dos rebanhos foi construída uma engenhosa armadilha, hoje ainda em bom estado de conservação. O fojo dos lobos era o nome dado a essa ratoeira, uma espécie de triângulo delimitado por muros de pedra com um fosso num dos vértices. Nesse buraco, dissimulado por vegetação, caíam os lobos. Um dia, já lá vão muitos anos, houve mesmo festa rija na aldeia. Só “numa caçada em 1947, foram 4 lobos" apanhados nesta armadilha.
Em caso de incumprimento, os proprietários ficam sujeitos a processos de contra-ordenação, com coimas, que podem variar entre 280 euros e 10.000 euros, no caso de pessoa singular, e de 3.000 euros a 120.000 euros, no caso de pessoas colectivas. Fruto de um conjunto de circunstâncias, o executivo decidiu adaptar o regime contraordenacional aplicável a esta matéria através da publicação do Decreto-Lei n.º 19-A/2018, de 15 de março, onde se determina que no ano de 2018, os autos de contraordenação levantados nos termos conjugados do artigo 15.º e da alínea a) do n.º 2 do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, na sua redação atual, ficam sem efeito se, até 31 de maio, o responsável proceder à gestão de combustível a que está legalmente obrigado. Desta redação resulta que ao constatarem uma infração as entidades competentes podem levantar os respectivos autos de contraordenação, só que estes ficam suspensos até final de maio de 2018. Se a gestão de combustível for efetuada dentro do lapso temporal legalmente definido o auto fica sem efeito, caso contrário o auto segue a tramitação normal podendo desembocar na aplicação de uma coima. Não poderia terminar sem dar nota que finalmente se regista uma mobilização quase geral das populações para a necessidade e importância de que se reveste a limpeza dos terrenos no contexto da prevenção dos incêndios rurais.
CONVOCATÓRIA PARA O DIA DA DEFESA NACIONAL Todos os jovens nascidos no concelho durante o ano de 1999, estão convocados para o Dia da Defesa Nacional, o qual irá decorrer nos próximos dias 27 e 28 de Setembro, no concelho vizinho de Chaves. O transporte está assegurado entre Montalegre e o Municipio flaviense, com partidas frente ao edifício da Câmara, às 07H30 dos dias acima referidos.
A consulta dos Editais por Freguesia, poderá ser efectuada aqui: http://ddn.dgprm.pt./ddn_editaisfreg.aspx
É PRECISO DENUNCIAR OS INIMIGOS DA FLORESTA
SOCIEDADE FINANÇAS VÃO DAR INFORMAÇÕES ÀS CÂMARAS E GNR SOBRE QUEM NÃO LIMPA OS TERRENOS Um acordo assinado com a Autoridade Tributária vai permitir à GNR e às autarquias saber quem são os donos de terrenos que não foram limpos nos prazos legais. Uma estratégia contra os fogos, alegam. O fisco vai dar informações à Guarda Nacional Republicana (GNR) e às câmaras municipais sobre os donos de terrenos que não foram limpos nos prazos legais, declara um comunicado de imprensa enviado pelo Ministério das Finanças. A medida, que permitirá a essas entidades terem acesso a dados fiscais, vai ser celebrada esta sexta-feira de manhã em Coimbra num protocolo assinado entre a Autoridade Tributária e Aduaneira, a GNR e a Associação Nacional de Municípios.
Esta é uma estratégia do Governo inserida no Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios e no programa de Reforma da Floresta. O objetivo é que os proprietários cumpram as indicações legais para “proceder à gestão de combustível”: caso não o façam, cabe à Câmara Municipal a função de o limpar, mas reservando-se ao direito de cobrar ao dono o valor gasto da limpeza. É a GNR que deve fiscalizar esse procedimento. A assinatura do protocolo será feita na presença do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes na sede da Associação Nacional de Municípios às 10h30. Entretanto, o Governo e a Associação Nacional de Municípios também vão assinar uma declaração conjunta que fará parte do programa de defesa de floresta e de prevenção dos incêndios “num contexto alargado de ambiente, ordenamento do território, desenvolvimento rural e proteção civil e numa perspetiva de defesa das pessoas, dos bens e dos recursos florestais”.
NOVOS CANAIS DA TDT ATÉ AO FINAL DO ANO
Se tudo correr como o previsto, é já em Maio que o Governo entrega à Entidade Reguladora para a Comunicação Social o regulamento para a atribuição de duas novas licenças para a Televisão Digital Terrestre. Uma das licenças deverá ser para um canal infantil. O Executivo transformará depois o regulamento em portaria e caberá ao regulador lançar os concursos para atribuição das licenças. O processo deverá ficar concluído até ao fim do ano. De acordo com o ministro da Cultura, ouvido ontem no Parlamento, estas duas novas licenças irão contribuir "decisivamente" para a sustentabilidade dos operadores de televisão, já que o aumento do número de canais em sinal aberto "reduzirá os custos da TDT".
Parece que o Cartel da Comunicação levantou um alegado segredo sobre os incendiários. Entre outros, foi o caso da TVI e do Expresso, os quais deram à estampa a noticia que 309 incendiários foram detidos pelas forças de segurança, o que representa um acréscimo de 165% relativamente ano anterior, no qual foram constituídos arguidos 1099 cidadãos e aplicadas 7.766 contra-ordenações, também aqui, mais 162% que no ano anterior. Ao todo, esta gente esteve na origem dos 11.221 incêndios durante o último ano, segundo dados da investigação dos referidos meios de comunicação. Porém para os bombeiros, os números vão ainda mais além: 9.174 cidadãos provocaram 16.450 incêndios – números de facto impressionantes. Uma coisa é porém certa: perante os factos relatados, será fácil saber quem foram os grandes empresários madeireiros que pagaram e mandaram incendiar o Pinhal de Leiria e um total de 500 mil hectres de floresta que representa mais de 5% do nosso território. Nenhum país do Mundo pode apagar mais de 500 incêndios por dia num total entre 11.000 e 16.450 causados por 9.174 bandidos. A condenação dos detidos e arguidos por TERRORISMO INCENDIÁRIO, deve ser por isso um imperativo nacional. Espera-se que a senhora Joana Marques Vidal sinta o rabo preso pelas reportagens feitas e procure saber quem andou a fazer reuniões nas caves das habitações, a fim de delinear estratégias que servissem os seus interesses á custa da desgraça alheia. E é preciso também saber, quem andou a ameaçar jornalistas, por divulgarem o terrorismo incendiário. Não agir perante estes factos, quando se sabe que “dois simples bilhetes para a bola” deram o alarido que deram, é “crime lesa pátria”. Todos sabemos, que uma condenação não serve apenas para castigar!... Serve também para dissuadir outras pessoas a cometerem os crimes em causa, e o próprio condenado não sair para voltar a fazer o mesmo. Porém ainda ninguém sabe quem foram os 110 reincidentes pelas práticas incendiárias. Mantiveram tudo no segredo dos deuses, apesar de terem sido de milhares, os crimes que causaram prejuízos de milhões de euros aos contribuintes. È preciso seriedade para com o país, e a dona Joana, deve compenetrar-se que o papel dela é a defesa dos interesses desse mesmo país, ao invés de andar a investigar as dádivas dos bilhetes para a bola, que não aquecem nem arrefecem. Na Justiça, não pode haver dois pesos e duas medidas.
AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS | SONDAGEM AXIMAGE ESCOLAS PÚBLICAS AO NÍVEL DAS MELHORES!... TRIBUNAIS COM NOTA NEGATIVA
Como vêem os portugueses os serviços públicos?!... Quando desafiados a dar uma nota de avaliação aos serviços prestados pelo Estado, as escolas destacamse como as mais bem classificadas, ex-aequo com os registos e notariado: 12 valores, em 20. Não é uma grande nota, mas é a melhor. Segundo os números da Aximage, um em cada três portugueses considera que as escolas prestarn um serviço "bom" ou "muito bom". Quatro em cada 10 dizem que é "suficiente", e apenas 14% consideram "mau" o trabalho das escolas No extremo oposto estão os tribunais, que merecem uma avaliação negativa dos portugueses, com apenas oito valores. Quatro em dez inquiridos classifica como "mau" ou "muito mau" o trabalho dos tribunais e só um em dez faz uma avaliação positiva, Pouco melhor estão os centros da Segurança Social, com uma classificação de nove em vinte. Aquele que é o serviço do Estado que mais trabalhadores concentra e um dos mais transversais na sociedade é considerado "muito mau" por 10% dos inquiridos da Aximage. Dois em cada dez dizem que é "mau" e apenas 16% classificam o serviço prestado como "bom". Pelo meio encontra-se o Serviço Nacional de Saúde, um dos que tem estado no centro do debate político e que mais é escrutinado pela comu nicação social: os hospitais com 10 valores e os centros de saúde com 11. A percentagem de pessoas que considera que os centros de saúde desempenham um "bom" ou "muito bom" serviço - 39% - é significativamente maior do que aqueles que dão semelhante avaliação aos hospitais - 22%. Os centros de emprego conseguem aprovação positiva à tangente, com 10 valores. Os serviços de Finanças e as Esquadras da Polícia saem-se ligeiramente melhor, com 11 valores. A dita sondagem teve lugar em 24 de Abril passado
Serviços públicos têm vindo a melhorar Independentemente das dificuldades orçamentais sentidas por muitos serviços, quando a avaliação é feita em perspectiva, a tendência é clara: quase metade (47%) considera quea qualidade dos serviços públkos está agora "melhor do que há 10 anos". Pelo contrário, há 20% que entendem que estão "pior do que há 10 anos"e quwe 30%defendemqueestão na mesma. A ideia de que os serviços estão melhores agora, é transversal a todos os Partidos, excepto os eleitores do Bloco de Esquerda, em que a percentagem dos que acham que não houve progressos é ligeiramente superior (48% contra 43%). É entre os votantes no PS que a avaliação dos progressos dos serviços pú- blicos é mais vincada: 63% dizem que os serviços públicos estão melhor agora do que há 10 anos. m
SOCIEDADE
DIA DA LIBERDADE COMEMORADO EM MONTALEGRE
PORTUGAL ANTES DO 25 DE ABRIL PORTUGAL EM 24 ABRIL DE 1974 - O governo de Marcelo Caetano não autorizava a existência de partidos políticos nem de opiniões discordantes da ditadura em que Portugal vivia e que Salazar baptizou de Estado Novo. A CENSURA - Os jornais, os livros, o cinema e o teatro eram visados por censores que proibiam as palavras que não agradavam ao regime. Muitos escritores, jornalistas, cantores e músicos eram proibidos de divulgar as suas obras. 1
A PIDE - A Polícia Internacional de Defesa do Estado existia para perseguir, vigiar, prender e torturar todas as pessoas que tinham opiniões diferentes das do governo. Muitos antifascistas foram assassinados pela PIDE. AS PRISÕES DA DITADURA - Os opositores ao Estado Novo eram presos em prisões com as de Peniche e Caxias, onde permaneciam em péssimas condições e eram torturados, só pelo facto de não concordarem com o regime. O EXILIO - Muitos portugueses foram obrigados a emigrar para não serem presos ou por recusarem ir combater na injusta guerra colonial. Nos países de exílio, continuaram a sua luta contra a ditadura.
O 25 de Abril que os poetas cantaram e que o povo aclamou nas ruas, foi mais uma vez comemorado em Montalegre. Passados que foram 44 anos desse inesquecível dia, a que Sofia de Melo Breyner chamou o “dia inicial inteiro e limpo”, lembrou-se o derrube de um regime político que oprimia o povo e reprimia os seus adversários, que persistia numa guerra injusta e prolongada, que estava isolado internacionalmente, que se conformava com o subdesenvolvimento económico e social e que apostava no obscurantismo cultural. Os 44 anos que decorreram desde 1974 traduziram-se num enorme progresso económico e social da sociedade portuguesa, num espectacular avanço nos campos da educação, da saúde e das infraestruturas, na melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento cultural da nação portuguesa, para além da sua integração na Europa e da recuperação do seu lugar no plano internacional. Os objectivos do movimento de militares que planeou e realizou o 25 de Abril foram por isso inteiramente alcançados. Concretizou-se a Democratização, realizou-se a Descolonização e promoveu-se o Desenvolvimento. A geração do 25 de Abril pode orgulhar-se do serviço que prestou ao país, pois soube interpretar os anseios do povo e foi capaz de abrir as portas para que o nosso país fosse melhor e mais próspero. Alguns perguntam se tudo correu bem, defendendo mesmo que há ainda uma parte do 25 de Abril por cumprir. De facto, o peso da herança recebida, o excesso de entusiasmo, as rivalidades políticas, a submissão aos mercados financeiros, os contextos internacionais e muitos erros próprios, não permitiram que fossem completamente alcançados os níveis de desenvolvimento desejados. Encontramos faixas da sociedade, ou sectores económicos, ou regiões periféricas, onde ainda prevalecem índices de desenvolvimento insatisfatórios e onde se verificam situações inaceitáveis de pobreza, de desigualdade ou de desemprego, bem como algumas condenáveis práticas de corrupção e de autoritarismo, ainda assim há que dizer que valeu a pena. É preciso contudo, que o ideal libertador e de progresso do 25 de Abril chegue a toda a gente, a todos os sectores e a todas as regiões. Vamos por isso continuar Abril!...
A MOCIDADE PORTUGUESA - Os jovens, a partir dos sete anos, eram obrigados a pertencer a esta organização militarista de juventude, que exigia que andassem fardados, marchassem como soldados e fizessem uma saudação muito parecida com a nazi.
A RESISTÊNCIA - Como estavam proibidos os partidos políticos, lutava-se na clandestinidade pela liberdade. A Oposição Democrática participou em eleições, mas os resultados eram falseados e os candidatos presos. A GUERRA COLONIAL - Os territórios de Angola, Guiné e Moçambique, para alcançarem a sua liberdade, foram obrigados a fazer guerra a Portugal. Em consequência, morreram milhares de africanos e portugueses em África. O PODER AUTORITÁRIO - Quem nomeava os presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia eram os governantes, que não ouviam a opinião das populações nem tinham que cumprir um programa de acção. PORTUGAL ISOLADO DO MUNDO - O nosso País era condenado por organizações internacionais como a ONU, que não aceitava que continuássemos a colonizar os territórios que exigiam a sua independência.
PORTUGAL DEPOIS DO 25 DE ABRIL O 25 ABRIL DE 1974 - Os capitães rejeitaram a guerra colonial e resolveram organizar-se no Movimento das Forças Armadas (MFA) para acabar com a guerra e restabelecer a democracia. LIBERDADE DE EXPRESSÃO E MANIFESTAÇÃO - O 25 de Abril trouxe a extinção da censura prévia. No 1º de Maio de 1974 milhões de portugueses saíram à rua em manifestações livres por todo o país, comemorando a conquista da liberdade. LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO - Foram legalizados os sindicatos, as associações de estudantes e os partidos políticos, aceitando-se a livre associação para a difusão de ideias e propostas. A LIBERTAÇÃO DOS PRESOS POLITICOS - Os presos políticos foram libertados, pondo-se fim à prática de se prender as pessoas que não concordassem com o governo ou que pertencessem a partidos da oposição. O REGRESSO DOS EXILADOS - Após o 25 de Abril, os exilados regressaram a Portugal, podendo integrar-se na sociedade democrática e contribuindo para a construção de um país novo. ESCOLA PARA TODOS - A escolaridade obrigatória até ao 9º ano (se bem que inicialmente foi até ao 6º ano) e a proibição do trabalho infantil permitem a todos os jovens darem o devido valor à escola e aos estudos, preparando-se melhor para a vida activa. A DEMOCRACIA - As eleições passaram a ser livres e os partidos políticos passaram a poder divulgar os seus programas eleitorais para a eleição dos nossos representantes O PODERLOCAL - As Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia passaram a ser eleitas pelas populações locais, que podem fiscalizar o cumprimento das propostas eleitorais dos respectivos autarcas. PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA - A democratização de Portugal e a independência das ex-colónias foram bem recebidas pelas organizações internacionais e abriram-se as portas para a integração europeia.
AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO|O TURISMO TERRAS DE BARROSO-UMA IDEIA DA NATUREZA Com o Larouco a espreitar em permanência Parque Nacional da Peneda-Gerês, esta região oferece deslumbrantes paisagens, em que a Natureza ainda conserva todo o seu encanto. A vila de Montalegre é dominada pelo castelo construído no século XIII sobre restos de uma fortificação mais antiga, o que demonstra a importância deste local como ponto estratégico de defesa do território. Nas redondezas, junto à típica aldeia comunitária de Pitões das Júnias, o pequeno e curioso Mosteiro de Santa Maria hoje em ruínas, propriedade que foi da Ordem de Cister (séculos XIII-XIV), é aida assim digno de uma visita. Sob o ponto de vista gastronómico, Montalegre é famosa pela produção de enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro que se realiza anualmente em Janeiro, a oportunidade ideal para adquirir estas iguarias. A sede do concelh, localiza-se na Região Norte, bem lá no alto de Trás-os-Montes, no vale do Cávado, entre as serras do Gerês, Barroso e Larouco e a cerca de 100 km a nordeste da cidade do Porto. É limitado a sul pelo concelho de Cabeceiras de Basto (distrito de Braga), a sudoeste pelo de Vieira do Minho (distrito de Braga), a oeste pelo concelho de Terras de Bouro (distrito de Braga), a nascente pelos concelhos de Chaves e Boticas, e a norte pela província da Galiza (Espanha). O concelho de Montalegre ocupa uma área de 805,8 km 2 , na qual se distribuem 25 freguesias: Cabril, Cambezes, Cervos, Chã, Contim, Covelães, Covelo do Gerês, Donões, Ferral, Fervidelas, Fiães do Rio, Gralhas, Meixedo, Meixide, Montalegre, Morgade, Mourilhe, Negrões, Outeiro, Padornelos, Padroso, Paradela, Pitões das Júnias, Pondras, Reigoso, Salto, Santo André, Serraquinhos, Sendim, Sezelhe, Solveira, Tourém, Venda Nova, Viade, Vila de Ponte e Vilar de Perdizes serão porventura as vilas e aldeias mais conhecidas..Trata-se de uma região muito pluviosa, com muitas nascentes, e as suas águas dividem-se no planalto dando origem aos rios Cávado, Tâmega, Rabagão e a um grande número de ribeiros que atravessam esta região montanhosa e dão vigor aos prados naturais.
Tradições, Lendas e Curiosidades
CONHECER BARROSO…
PITÕES DAS JUNIAS
Pitões das Junias é uma aldeia de montanha (+ 1.200 m.). Está localizada nas montanhas do P.N. de Peneda-Gerês PN no norte de Portugal, na fronteira com a Espanha. Toda a região é ideal para caminhadas e excursões de montanha, trilhas, ciclismo, etc. Nos passeios pelos arredores da aldeia, além de desfrutar de excelentes vistas panorâmicas sobre as montanhas em qualquer época do ano, encontramos vestígios significativos da vida urbana típica (casas, fornos, pontes, fontes, etc), e também de valor histórico e arqueológico ao cruzar a fronteira com a Espanha, perto do reservatório de Maos de Salas (Casola do Foxo). Também avistamos vários rebanhos de cavalos selvagens, vacas, cabras nativas e ovelhas pastando nos prados e montanhas de Pitões e das aldeias vizinhas, protegidas de ataques de lobos por cães de raça mastim de Castro Laboreiro, à vista das águias empoleiradas nos postes.. muito agradável de ver essa paisagem natural!. A área foi declarada Reserva da Biosfera da UNESCO.
História e Monumentos Do seu importante património arquitetónico destaca-se o Castelo de Montalegre, uma das principais referências arquitetónicas do concelho, fundado no século XIII e reedificado em 1331; o Mosteiro de Pitões; a Ponte da Misarela; a Igreja Românica de S. Vicente; a Casa do Cerrado em Montalegre; o Paço de Vilar de Perdizes; a Torre do Boi de Travassos; a Igreja de Paredes; o Castro de Pedrário; a Casa do Navegador Cabrilho e os Monumentos CASTELO DE MONTALEGRE Funerários Cista-Vila da Ponte. ambém sugerimos a visita ao Ecomuseu do Barroso, onde pode ficar a conhecer um pouco mais os costumes e tradições desta vila transmontana.
Realizam-se algumas festas como o Senhor da Piedade (primeiro fim de semana de agosto), em Montalegre; Senhora do Pranto (15 de agosto), em Salto e a Senhora da Saúde (segundo domingo de junho), em Vilar de Perdizes. Também se realizam algumas feiras como a Feira do Fumeiro de Barroso (segundo fim de semana de janeiro), Feira do Prémio do Gado(segunda quinta-feira de agosto) e a Feira dos Santos (em outubro), em Montalegre. O feriado municipal é a 9 de junho. Outros eventos a considerar são o congresso de medicina popular (em setembro), em Vilar de Perdizes; os jogos populares (em maio), no Barracão; a matança do porco (dezembro e janeiro) a serrada da velha em Tourém e Vilar de Perdizes e as mediáticas Sexta-feira 13(Noite das Bruxas), um dos maiores espetáculos culturais, que seduzem cada vez mais visitantes. O artesanato está muito ligado à região de Barroso, vivendo ainda no concelho alguns artesãos. Destacamse as típicas capuchas, as típicas croças (capas de junco) e as capas de burel. Situado na Freguesia, Vila e Concelho de Montalegre, no distrito de Vila Economia Real, em Portugal, no topo de um monte granítico, encontra-se o Castelo de Montalegre que, junto com o Castelo de Portelo e o Castelo A agricultura é uma atividade importante neste da Piconha, integrava o conjunto defensivo das Terras do Barroso, bem concelho, que gradualmente vai deixando de ser de próximo da fronteira com Espanha. Neste local existiu um castro présubsistência, modernizando as suas explorações ao histórico que, conforme pode ser comprovado pelas diversas lápides e mesmo tempo que se investe na promoção e moedas encontradas no local, foi sucessivamente ocupado pelos valorização de produtos tradicionais regionais. A romanos, passando depois a ser ocupado pelos suevos e mais tarde existência de águas abundantes favorece as pelos visigodos. Durante o século VIII, durante o período da Reconquista pastagens, que muitas vezes ocupam socalcos, onde Cristã da Península Ibérica, estas terras foram constantemente se cria uma raça bovina particular (barrosã). A atacadas pelos muçulmanos. Depois, e até à independência do Condado pecuária e a criação de porcos são também Portucalense, que deu origem ao Reino de Portugal, as terras de atividades importantes. A criação de parques Montalegre integraram os domínios da Gallaeciense Regnum. Desde a industriais foi outro aspeto relevante na economia do independência de Portugal e até aos nossos dias, estas terras nunca concelho. O Parque Industrial da Vila de Montalegre e o Parque Industrial de Salto são duas importantes referências. No mais deixariam de pertencer ao domínio de Portugal. D. Dinis mandou entanto, o turismo é considerada a atividade económica com maior possibilidade de desenvolvimento neste concelho, reconstruí-lo e depois, com D. Afonso IV, foi erigida a torre de devido aos recursos naturais existentes, assim como ao seu património cultural. Existem outros domínios onde o menagem, que mantém-se até hoje. Tem cerca de 21 metros de altura e desenvolvimento é possível com inerentes vantagens para as populações: as rochas, as energias renováveis e as possui uma cisterna revestida a cantaria. produções agroflorestais.
AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO|O TURISMO TERRAS DE BARROSO-UMA IDEIA DA NATUREZA A sustentabilidade do concelho também passa pela dinamização do Mundo Rural e Montalegre vai-se afirmando aos poucos como destino turistico
CONHECER BARROSO…
7 LAGOAS DO CABRIL
PRODUTOS REGIONAIS E GASTRONOMIA Há mais de dois mil anos que no nosso território os enchidos são reis. Ao fim de tanto tempo, nos locais onde a tradição foi mantida, a sua fabricação é hoje arte.Os fumados estão profundamente ligados à agricultura e à pecuária do nosso país. São ainda hoje feitos artesanalmente, com carnes de excelente qualidade, temperos criteriosos e através de um lento processo de maturação, o que enriquece os aromas finais. Matéria-prima seleccionada com um processo lento de maturação, com temperos naturais - sem aditivos - e fazendo a fumagem com lenha dos carvalhos seculares do Barroso; confere aos produtos o cheiro e o paladar que os caracteriza e os torna simplesmente diferentes. De igual fama e qualidade é o Presunto de Barroso, produzido da mesma matéria prima de excelência e sublimemente temperado pelo clima único das nossas terras. Considerada a "Meca" dos apreciadores destas iguarias, a Feira do Fumeiro e Presunto do Perto de Cabril, no Parque Nacional da Peneda – Gêres encontra uma das Barroso atrai anualmente, no final de Janeiro, milhares de visitantes que adquirem, neste certame, toneladas de produto mais fantásticas cascatas que origina uma cadeia de lagoas, a Cascata das 7 Lagoas. Estão situadas ao longo do rio que nasce na serra e diretamente às dezenas de produtores artesanais aí presentes. atravessa Cabril. São dotadas de uma incrível paisagem envolvente que contrasta com a água pura, límpida e cristalina. É um local de perfeita comunhão com a natureza e existindo ainda uma diversidade de lagoas para todos os gostos.Para os amantes de adrenalina existe a possibilidade de saltar a 10 metros de altitude. Para os mais aventureiros existe uma com um pequeno escorrega natural que lhe permite ter momentos de pura diversão. Conta com umas mais compridas e outras mais fundas o que lhe permite nadar. Ao percorrer todas as lagoas pode ver como todas elas encaixam num vale criado pela natureza que torna todo o cenário A carne do Cabrito do Barroso é bastante famosa na região, sendo tradicionalmente assada em forno de lenha e tomando digno de ser aproveitado.Todo o percurso até lá é de difícil acesso. Se optar por o fazer a caminhar tem de enfrentar um caminhada de 12 papel principal nas várias festas religiosas da região. Tradicional é também o hábito de utilizar o cabrito como prato quilómetros (ida e volta) sem sombras ao longo de todo o percurso e principal, sempre que há convidados especiais, sobretudo na altura da Páscoa. Estes cabritos eram utilizados como ainda algumas subidas e descidas. Se optar por ir de carro opte por todo presente de honra para obsequiar as entidades importantes como o médico, o padre ou as autoridades civis e militares. o terreno pois o caminho tem imensas pedras, buracos e tenha em O Mel de Barroso é produzido pela abelha Apis mellifera mellifera (sp. Ibérica), nas regiões de cota mais elevada do atenção que não passam dois carros simultaneamente. Barroso. As suas características particulares resultam de um extraordinário manto vegetal, composto maioritariamente de urzes (Erica sp.), que além de proporcionarem um bom desenvolvimento das colónias das abelhas, originam o fabrico de um CASCATA DE PINCÃES mel escuro muito apreciado. A procura deste tipo de Mel é bastante elevada, pois tem inúmeras utilizações, nomeadamente na culinária regional e na acção terapêutica, já que contém uma infinidade de substâncias benéficas para o organismo humano (vitaminas, aminoácidos, proteínas, etc), revelando-se uma óptima fonte natural de saúde Com o cunho dos prados verdes do Barroso, dos lameiros e pastos naturais, marcada pelo milho e pelo azevém semeados pelos produtores, esta raça nobre produz uma carne de excelência. Por este motivo, no sêc. XIX, muitas embarcações exportavam milhares de animais directamente para a Corte Inglesa. Ainda hoje é vulgar encontrar-se a designação de "portuguese beef" em restaurantes londrinos, tendo na Carne Barrosã a sua origem.
Fica a cerca de 1200 metros de Pincães (próximo de Fafião). Caminho aberto, sem problemas, fácil de fazer.Passa-se pelos caneiros de rega com origem no lago que a cascata forma. A cascata é imponente e o local é ideal para tomar banho. É aconselhável levar alguma coragem para aguentar aquela água fria.
IGREJA ROMÂNICA DE S. VICENTE A "Carne Barrosã" tem uma cor rosada a vermelha escura, com gordura branca a branca suja, conforme se trate de vitela ou animal adulto. A carne é deveras tenra, extremamente suculenta e muito saborosa. O sabor, sensação complexa que se obtém pela combinação das características olfactivas e gustativas perceptíveis durante a mastigação, mantém-se com excelente nota e muito semelhante em todos os pesos de abate. Esta característica, tal como a suculência deve-se em grande medida ao "marmoreado da carne" estando por isso correlacionada com a repartição da gordura e a sua composição lipídica. Na realidade, estas valências, textura, cor, suculência e flavor, dão à "Carne Barrosã" uma qualidade ímpar. Produto de uma riqueza ancestral, a Castanha sobrevive à crise apesar da comercialização pedir outro arrojo. De elevadíssmo valor gastronómico, as castanhas podem ser usadas em inúmeras receitas, ou apreciadas simplesmentes assadas ou cozidas. Pelo outono, os castanheiros despertam e regalam os apreciadores com «o fruto dos frutos », palavras de Miguel Torga, escritor transmontano, tendo no São Martinho o pico do seu consumo, com os tradionais magustos. A Batata é, ainda assim, o produto mais famoso de Montalegre A Igreja de São Vicente da Chã fica localizada na aldeia de São Vicente.É porque é a melhor batata que há para consumo. Produziu-se batata de semente que era depois reproduzida com sucesso nas uma aldeia pequena e é muito fácil encontrar a igreja, que fica misturada zonas mais quentes do país. Foram anos que quebraram décadas de pobreza extrema e até de criação de riqueza em Montalegre. com a casario antigo da aldeia. Esta é uma Igreja de estilo Românico, com 2 A par desta produção fazia-se batata para consumo próprio. Realmente esta batata tem um aspecto e um paladar únicos. É tudo naves, uma característica pouco usual nas Igrejas Românicas portuguesas. Pode-se entrar na igreja ao domingo de manhã durante a missa. natural. É mesmo biológico, ainda que não certificada.
AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO|O TURISMO TERRAS DE BARROSO-UMA IDEIA DA NATUREZA MOSTEIRO DE SANTA MARIA DAS JÚNIAS
Um monumento nacional a visitar!.. Localiza-se em Pitões das Júnias no concelho de Montalegre. Onde no século IX já havia um eremitério, construiu-se o Mosteiro no século XIII. O isolamento e contato com a natureza faziam parte da vida dos eremitas e monges. Ao longo dos séculos, o Mosteiro foi ganhando novas construções - como o claustro e decoração da igreja - e sendo reformado. Actualmente só o que resiste é a igreja, tendo todo o resto sido reduzido a ruínas. Podese chegar de carro até um certo ponto a partir do centro da freguesia, e depois o caminho tem que ser feito a pé. A caminhada é bonita , passando por um belo cenário, mas envolve subidas e descidas por pedras. Aconselha-se que se faça no outono e na primavera, pois no verão é muito quente e no inverno as pedras podem estar cobertas por gelo ou neve. No dia 15 de Novembro acontece uma romaria anual à Igreja do Mosteiro.
A SEGUNDA MAIOR BARRAGEM DE PORTUGAL
A Barragem dos Pisões, ou do Alto Rabagão como também é conhecida, é um lugar muito visitado por quem viaja por esta região do Norte de Portugal. É uma barragem grande, a segunda maior do país, só superada pela do Alqueva, no Alentejo e muito procurada pelos pescadores de truta e escalo, os peixes que vivem nestas águas. É alimentada pelo Rio Rabagão - afluente do Cávado que nasce entre as Serras do Larouco e do Barroso. Muito bonita em qualquer altura do ano, é mais procurada no Verão por quem gosta de fugir ao calor. No Inverno é um lugar muito frio. Para além de pescar, pode visitar a aldeia de Pisões, Vilarinho de Negrões e fazer uma caminhadas pelos trilhos de montanha.
CONHECER BARROSO… MONTALEGRE
No circuito do roteiro do Lobo ibérico Galaico-Português, visitar a histórica e bonita vila de Montalegre é obrigatório. As suas origens são de quando foi construído o seu castelo nos séculos XIII e XIV. Uma grande parte do concelho é de alta montanha e fáz parte do Parque Nacional Da Peneda Gerês. Distingue-se por ter grandes prados e montes baixos. Um bonito lugar para passar uns dias de férias.
IGREJA DA MISERICÓRDIA
IGREJA DO CASTELO
ECOMUSEU DE BARROSO
A Igreja do Castelo de Montalegre é uma Igreja antiga de características medievais. Está localizada junto ao Castelo de Montalegre e ao cemitério, na zona mais alta da vila. Já foi Igreja Matriz, antes da construção da nova Igreja,, esta localizada um pouco mais abaixo.É muito bonita, rodeada por uma zona verde muito bem cuidada. É de destacar a torre sineira, separada do corpo principal de Igreja. Esta é uma Um Museu no coração de Montalegre característica comum nas Igrejas desta região. A vista O Ecomuseu de Barroso fica localizado em panorâmica também fazem valer a pena a visita.
Montalegre, junto ao Castelo. É uma infraestrutura recente, instalada em casas antigas da vila. Local de visita obrigatória para quem pretende conhecer esta região de Portugal. Aqui pode encontrar várias dicas de passeios a fazer e locais a visitar. Quem trabalha no local é muito simpático e sempre pronto a ajudar. Tem também vários mapas interactivos onde pode, sozinho, descobrir tesouros que não vêm nos roteiros turísticos. No local existe também uma loja de artesanato e produtos da região que pode comprar e algumas exposições de artesanato, fotos, trajes típicos e outras, A entrada é gratuita.
A Igreja da Misericórdia de Montalegre está localizada no centro da vila, a caminho do Castelo e um pouquinho antes do Ecomuseu de Barroso. Está inserida no meio do casario e não tem quase nenhum espaço exterior. É preciso ter algum cuidado ao sair, porque estamos logo em cima da rua, muito embora o trânsito automóvel seja diminuto no local. É uma Igreja pequena e simples, de estilo arquitetónico Maneirista e Revivalista, do século XVII. No interior o destaque vai para o coro-alto.
O PELOURINHO
O FOJO DOS LOBOS-FAFIÃO
O Fojo dos Lobos é sem dúvida um marco histórico de elevada importância existente na aldeia de Fafião. É considerado um dos mais preservados da Península Ibérica e retrata muito bem a luta intensa existente à décadas / séculos atrás mantida entre o homem e lobo.
Os Pelourinhos são elementos arquitectónicos que normalmente têm a forma de uma coluna, construídos em granito e colocados em lugares públicos. Eram símbolo do poder religioso e do poder feudal e remontam à Idade Média. Eram uma espécie de tribunal. À volta do Pelourinho colocavam os criminosos, eram decididas leis e era também onde se reuniam as pessoas para tomar decisões importantes.É um elemento arquitectónico muito comum no norte de Portugal. Este, em Montalegre, está localizado no centro da vila,
PELO MUNICIPIO NOVA GERAÇÃO GARANTE FUTURO AO GADO BARROSÃO Nova geração de criadores parece apostada em garantir a permanência do gado barrosão no concelho de Montalegre. No solar desta raça autóctone há quem comece desde muito cedo a cuidar das barrosas nos lameiros e nos montes. Pedro Martins quando for grande quer ser veterinário. Para já, com apenas 13 anos, é estudante e pastor. Fora do tempo de aulas ajuda o pai no pastoreio de 32 vacas barrosãs na freguesia de Salto, concelho de Montalegre. Pedro vive e guarda a manada na terra que é justamente apontada como o solar da raça barrosã, ou barrosa, como gostam de dizer os locais. Encontramos Pedro e o pai, José Martins, um domingo de manhã, nos pastos do Lugar de Paredes. Acabam de deixar a manada. Voltarão no final do dia para recolher os animais ao estábulo. Gosto de ser pastor. Acho que é uma coisa natural. Ando aí bem, diz-nos Pedro, confiante que é esta a vida que quer. Será veterinário certamente, mas não deixará de tratar das barrosas que conhece pelo nome. Aos fins de semana e nas férias escolares, Pedro levanta-se todos os dias pelas oito horas. Trata do gado até às seis ou sete da tarde. Começa a jornada com a distribuição de feno, milho ou centeio aos animais que depois seguem para o pasto. À noite venho metê-las na corte, explica. O rapaz que quer um dia ser veterinário assume que esta é a sua vida desde pequenino. Começou a guardar o gado para aí há cinco, seis anos. Perguntamo-lhe se não preferia estar a brincar. Não, não!, responde com convicção. Os meus amigos é só telemóvel e isso, assume com orgulho o pequeno vaqueiro. Pedro também o usa, mas poucas vezes, as suficientes para colocar as suas vacas no facebook. Orgulhoso, garante que a barrosã é a melhor raça que há. O pai de Pedro diz com orgulho que o filho é que é o dono do gado. Trinta e duas vacas e uma meia centena de vítelos é quanto vale a manada deste produtor de Montalegre. Se houver mais jovens pastores como o Pedro, a raça barrosã e a pecuária em geral têm o futuro assegurado, garantida que fica a substituição de criadores mais idosos como Ana Rosa Costa, 61 anos feitos, que encontrámos mais a norte, na aldeia de Fafião. Já teve um rebanho de cabras, mas hoje cuida apenas de cinco vacas, uma barrosã, as outras quatro galegas. Ana Rosa cuidou de cabras até há cerca de dois anos. Nessa altura vendeu o rebanho, porque o marido teve de procurar rendimento mais certo como sapador florestal. Tive pena de as ter deixado, mas o meu marido agora não pode. Não havia quem fosse com elas para o monte, confessa-nos a pastora de Fafião, com as cinco vacas que vai dando alguma coisita. No concelho de Montalegre estão registadas 1764 vacas barrosãs reprodutoras.
FERNANDO TORDO DEU ESPECTÁCULO EM MONTALEGRE O artista que inaugurou o auditório Municipal de Montalegre em 6 de Janeiro 2008, “regressou às origens” e voltou a pisar solo Barrosão em 6 de Abril passado, ao apresentar na casa da cultura dos barrosões, um excelente espectáculo musical, na passagem dos seus 70 anos de vida e 50 de carreira. Aos presentes no auditório, Fernando Tordo proporcionou um serão de excelente qualidade, que o povo montalegrense certamente não esquecerá. Durante o espectáculo, o artista revisitou algumas das canções que criou juntamente com José Carlos Ary dos Santos e que construíram em torno de algumas das histórias que resultaram das vivências entre o cantor e o poeta de Abril, Este espectáculo, sugeriu um mergulho naqueles anos ímpares da cultura portuguesa.
No final, Orlando Alves, Presidente da edilidade, referiu ser “um fã de Fernando Tordo, sobretudo pela associação que faço, através dele, ao grande poeta, o maior a seguir a Camões, Ary dos Santos. Um homem que deixou um vazio e uma saudade enorme no panorama cultural português. O Fernando Tordo é da minha geração e no tempo da ditadura ele dava brilho à noite escura. Foi um espetáculo memorável, com muito encantou“. Enquanto isso, Fernando Tordo, disse sentir-se lisonjeado, não apenas pelo espectáculo em si, como também pelo facto de não poder “esquecer que me foi concedida a honra de ser o primeiro a actuar neste auditório. Regressar 10 anos depois e reencontrar amigos queridos com a casa já batida e vivida, é maravilhoso. Foi um prazer muito grande. Foi fantástico. Adorei. O meu obrigado a Montalegre”- rematou.
ECOMUSEU DE BARROSO CONVIDA À DESCOBERTA DE MONTALEGRE Paisagens fabulosas, gastronomia excelente e pessoas hospitaleiras, com histórias e tradições para dar a conhecer, são alguns dos encantos da vila de Montalegre e das aldeias que fazem parte do respectivo concelho. Com uma extensão de 800 km2, o Municipio tem uma grande riqueza paisagística, cultural e gastronómica para mostrar aos visitantes. Foi a pensar na preservação e divulgação desses “elementos únicos e distintivos”, que foi criado o Ecomuseu do Barroso. E foi a este propósito que a Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Montalegre referiu que este é um “museu diferente dos outros”. “Este não é um museu em que as pessoas entram, veem e vão embora para casa. Este é um museu vivo. É uma maneira de aguçar a curiosidade, o apetite para as pessoas partirem para o território e experienciarem o que ele tem para oferecer” afirmou Fátima Fernandes, convidando todos a atreverem-se à descoberta de Montalegre e a tudo que envolve esta vila Barrosã. Fonte:Dário do Minho Em todo o país elas serão 7 286, de acordo com dados da Associação Nacional de Criadores de Gado da Raça Barrosã. Só em Salto, onde a associação está sedeada, há 1 457 reprodutoras, o que explica a nomeação de solar da raça barrosã a esta localidade. Nuno Sousa, presidente da associação, destaca também que Salto tem 113 explorações activas, a que se somam mais 44 no restante território do concelho de Montalegre. Em todo o país são 1 400 as explorações de barrosãs, se bem que as das terras do Planalto Barrosão, como as suas vizinhas do Minho, beneficiem de um ecossistema e de uma tradição de maneio próprios que lhes conferem qualidade superior a uma carne que foi reconhecida fora de portas, já no século XVIII, altura em que
PELO MUNICIPIO
UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS FINALMENTE INAUGURADO
BARROSO É PATRIMÓNIO AGRÍCOLA MUNDIAL PRESIDENTE DA CÂMARA RECEBE GALARDÃO EM ROMA Foi no passado dia 20 de Abril, na capital italiana sediada em Roma, que o Presidente da Câmara de Montalegre Orlando Alves, recebeu, na sede da FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, o certificado de reconhecimento público do Sistema agro-silvo-pastoril do Barroso, como Sistema Importante do Património Agrícola Mundial. Sistema agro-silvo-pastoril do Barroso, que abrange os concelhos de Boticas e Montalegre, o primeiro a ser aprovado em Portugal e um dos primeiros a ser aprovado na Europa.
Com a presença da Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, e antecedido de uma sessão protocolar nos Paços do Concelho, onde foi assinado um acordo de cooperação entre a Misericórdia de Montalegre, a Administração Regional de Saúde do Norte e a Segurança Social, foi finalmente inaugurada no passado dia 27 de Abril, a nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, com 40 camas, que proporcionará ainda a criação de 40 postos de trabalho. A Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos, inaugura esta sexta-feira, pelas 12 horas, a nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, nas tipologias de Médica Duração e Reabilitação (10 camas) e Longa Duração e Manutenção (30 camas). Antes, há uma sessão protocolar nos Paços do Concelho (11h00) onde será assinado um acordo de cooperação entre Misericórdia de Montalegre, ARS Norte e Segurança Social. Este novo equipamento - que irá dar emprego a 40 pessoas - estará aberto à comunidade já em maio.
O GIAHS, é um processo de certificação promovido pela FAO que visa identificar e certificar, em todo o mundo, os sistemas de agricultura tradicional que, pelas suas características notáveis do ponto de vista da diversidade, saber tradicional, biodiversidade, paisagem, modelo socioeconómico e resiliência face às alterações humanas, climáticas e ambientais, possam contribuir para melhorar a gestão dos agro-sistemas modernos. Para além de Portugal, esta manhã foram distinguidos em Roma sistemas agrícolas da China, Egito, Japão, Coreia, México, Espanha e Sri Lanka.
BASE DE SUSTENTAÇÃO ECONÓMICA No caso do Barroso, a pequena agricultura ainda é a base de sustentação sócio-económica de uma grande parte das populações. O Barroso é uma região agrícola onde predomina a produção pecuária e outras culturas típicas das regiões montanhosas. Do ponto de vista cultural, os habitantes do Barroso “desenvolveram e mantiveram formas de organização social, práticas e rituais que os diferenciam da maioria das populações do país em termos de hábitos, linguagem e valores. Isso resulta das condições endógenas e do isolamento geográfico, bem como dos limitados recursos naturais que os levaram a desenvolver métodos de exploração e uso consistentes com sua sustentabilidade”, explica a câmara de Boticas, num comunicado agora divulgado. No mesmo documento pode ainda ler-se que “o comunitarismo é um dos valores e costumes mais característico de Barroso, intimamente associado às práticas rurais de vida coletiva e à necessidade de adaptação ao meio ambiente”. Atualmente, tudo isso representa um recurso fundamental promover o turismo rural e de natureza, que desempenham um papel cada vez mais importante nas atividades da região. UM 'MOSAICO' DE PASTAGENS TRADICIONAIS Trata-se de uma paisagem montanhosa historicamente relacionada com os sistemas agrícolas tradicionais, em grande parte baseados na criação de gado e na produção de cereais. Daqui acabou por resultar um mosaico de paisagem em que as pastagens antigas, as áreas de cultivo - campos de centeio e hortas -, os bosques e as florestas estão interdependentes, e onde os animais constituem um elemento chave no fluxo de materiais entre os componentes do sistema. O processo de candidatura que agora se traduziu no reconhecimento mundial, teve o patrocínio do Ministério da Agricultura. Foi entregue à FAO em agosto de 2017 e desenvolvido por uma parceria que inclui a Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega - ADRAT, as Câmaras Municipais de Boticas e Montalegre, as Universidades do Minho e de Trás-os-Montes, organizações e associações de produtores agrícolas, profissionais do sector e cidadãos da região.
Esta nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre promete ser referência na região a avaliar pela beleza da obra e pela modernidade dos equipamentos que oferece. Refira-se que estamos perante um investimento adjudicado por 2.850 mil euros e financiado pelo programa MODELAR da ARS 750 mil euros. A restante verba é assumida pela Câmara de Montalegre, isto é, transferiu recentemente 120 mil euros e paga 18 mil/mês ao longo dos próximos 15 anos. Com isto, suporta o empréstimo contraído pela Misericórdia - 1.700 mil euros. Teve protocolo com a Câmara de Montalegre em 2011 ao qual foi aprovado pelo executivo e assembleia municipal por unanimidade. Fonte:GI da CMM
PELO MUNICIPIO
UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS DE MONTALEGRE CUSTOU 2,8 MILHÕES E VAI CRIAR 40 EMPREGOS
CERTIFICAÇÃO DOS RESTAURANTES DO CONCELHO O Município de Montalegre acaba de lançar o processo de certificação dos restaurantes do concelho. Valorizar e promover produtos locais como o fumeiro, a batata e as carnes na gastronomia, é o objectivo deste processo. As unidades hoteleiras que obtenham esta certificação têm a possibilidade de apresentar, perante os clientes e o mercado turístico, um "selo de qualidade" e certificação controlada por uma entidade auditora externa e imparcial. O referencial de certificação dos restaurantes do concelho de Montalegre pretende definir as regras para a certificação dos estabelecimentos da restauração - doravante designados por operadores, do concelho de Montalegre, tendo como objetivo principal a valorização e promoção dos produtos Montalegre - fumeiro, batata, couve e carnes - na gastronomia local. Para se tornarem certificados, pelo Município de Montalegre, devem seguir um conjunto de normas estruturais, gastronómicas, legais e diferenciadoras. Para que nenhum estabelecimento seja excluído, todos partem de um patamar comum, cuja classificação pode aumentar de acordo com aquilo que o restaurante tem para oferecer, de acordo com o que se pretende ser um "manual de boas práticas" do bem servir em Montalegre. Os restaurantes que obtenham esta certificação têm a possibilidade de apresentar, perante os clientes e o mercado turístico, um "selo de qualidade" e certificação controlada por uma entidade auditora externa e imparcial. Esta condição confere-lhe maior credibilidade e notoriedade.
A Santa Casa da Misericórdia de Montalegre inaugurou no passado dia 27 de Abril uma unidade de cuidados continuados integrados com 40 camas - um investimento de cerca de 2,8 milhões de euros que vai criar 40 postos de trabalho. De acordo com um comunicado da Câmara de Montalegre, o novo equipamento, que estará aberto à comunidade em Maio, dá resposta a uma carência sentida neste concelho. Trata-se de um investimento adjudicado por 2,8 milhões euros e financiado pelo programa MODELAR da Administração Regional de Saúde do Norte em 750 mil euros. A restante verba é assumida pela Câmara de Montalegre.
Aprovado financiamento anual pela ARS do Norte Depois de avanços e recuos, entre eles o abandono da obra por parte do empreiteiro ao longo de três anos, o equipamento foi concluído e vai criar 40 postos de trabalho directos. Ainda segundo a ARS Norte, já foi aprovado o financiamento anual da ordem de 977 mil euros para a unidade de Montalegre, tendo sido assinado para o efeito, um acordo de cooperação entre a Misericórdia, a ARS Norte e a Segurança Social. A unidade de Montalegrense está inserida na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e a ARS Norte/Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, disponibiliza às populações camas e lugares, integrados na Rede Nacional de Cuidados Continuados, o que representa um encargo financeiro anual de cerca de 54 milhões de euros.
ESTÁGIO DE VERÃO – FESTIVAL DE MÚSICA JUNIOR 2018 O Festival Mùsica Júnior realiza em
OPINIÕES
Orlando Alves | Presidente da Câmara de Montalegre «Queremos sensibilizar os empresários da restauração e hotelaria para a necessidade de valorizarmos a fileira dos produtos locais. Uma aposta para inscrever nas ementas para que possamos garantir ao cliente o consumo de produtos locais. Também é desta forma que trabalhamos a cadeia de sustentabilidade do território ajudando a que os que estão no inicio dessa fileira, no setor primário, que produzam os alimentos de que todos precisamos. Estamos a ajudar a desenvolver a atividade agrícola, com mais proventos e mais conforto».
David Teixeira | Vice-Presidente da Câmara de Montalegre «Este projeto é mais um passo na estratégia de valorização do património local que começou com a criação do Ecomuseu. Valorizamos a cultura, o território e agora estamos a fazer este esforço de valorização dos agentes locais. Chegou a vez da gastronomia e os restaurantes são os nossos parceiros essenciais. Não há eventos ou turismo sem gastronomia. É, também, pela boca que se cria um destino turístico. Num território que é reserva da biosfera e que acaba de receber um galardão da FAO, é essencial que a gastronomia acompanhe este crescimento para que todos os agentes sejam os melhores divulgadores da nossa identidade».
Otelo Rodrigues | Ecomuseu de Barroso «O Ecomuseu vai gerir este projeto de categorização dos restaurantes no sentido de servirmos melhor quem nos visita e podermos perceber a utilização e o nível de consumo dos produtos locais. Tem que haver um ciclo e uma cadeia de lucro para todos e que deve começar no produtor, potencializando os nossos produtos de excelente qualidade. Este processo faz todo o sentido e mais vale tarde do que nunca». Texto e imagem: G. Imprensa CMM
2018 a sua 7.ª Edição, sendo actualmente a iniciativa artísticopedagógica mais referenciada no meio musical português e assumindo um papel incontornável na formação de jovens estudantes de música fora do contexto escolar. Vocacionado para uma faixa etária entre os 8 e os 24 anos de idade, o Estágio de Verão do Festival Música Júnior irá uma vez mais acolher mais de 250 estudantes oriundos maioritariamente de Portugal e Espanha, que ao longo de 9 dias estarão em intensa actividade musical, acompanhados por um colecti vo de 34 professores e 3 maestros. A Genialidade Russa erá o tema proposto para este ano e os convidados principais serão como uma vez mais personalidades de grande relevo no meio musical. Tendo Montalegre como epicentro, a iniciativa irá novamente estender as actividades aos Municípios de BOTICAS, Chaves, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real, localidades que irão acolher concertos de música de câmara em que os professores e os alunos do FMJ também serão os protagonistas. Para descontrair após os ensaios, supervisionados por professores e sempre em segurança, haverá inúmeras actividades ao ar livre, jogos tradicionais, campeonatos de futebol, kayak, BTT, rappel, escalada, a piscina e banhos em cascatas naturais, entre tantas outras. O convite estende-se igualmente a toda a família para passar férias no decorrer do Festival, usufruindo dos alojamentos e do potencial turístico da região do Alto-Tâmega. Inscrições disponíveis em www.fmj.pt .
PELO MUNICIPIO
UM MILHÃO DE EUROS PARA COMBATER O ABANDONO E O INSUCESSO ESCOLAR A Câmara de Montalegre vai aplicar cerca de um milhão de euros na implementação de
CHEGAS DE BOIS 2018|SORTEIO COM ESTREIA MARCADA PARA 25 ABRIL três projetos que visam combater o abandono e o insucesso escolares no concelho,
Decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal, o já tradicional sorteio, para o Torneio de Chegas de Bois da raça barrosã, o qual irá decorrer no período compreendido entre os dias 25 de Abril, que marcará o respectivo inicio e 9 de Agosto, quando do decurso da Feira do Prémio. Para o efeito estavam inicialmente inscritos 26 animais, tendo no entanto a organização do evento selecionado apenas 16. Evento que é da responsabilidade da Associação Etnográfica "O Boi do Povo“, e tem o patrocinio do Municipio. Para Nuno Duarte, Presidente da Associação Etnográfica "O Boi do Povo“, este evento “tem vindo a aumentar o número de animais inscritos”, o que para a Associação, “é uma satisfação, mas também uma dor de cabeça. Excluir 10 animais é complicado porque os donos, lá no fundo, não ficam satisfeitos. Temos que decidir em conformidade com o sucesso do torneio. Havia 26 animais de raça barrosã inscritos e 12 para o torneio de outras raças. São bons animais, corpulentos e com capacidade para proporcionarem um bom torneio”- salientou. Enquanto isso, para o Presidente do Municipio, Orlando Alves, “a participação está em crescendo e há um concentrar à volta desta raça identitária da nossa região. É o gado da nossa terra e é emblemático que esteja a crescer. Isso reflecte-se no aumento de animais que estão a concurso e que alguns tiveram que ficar de fora. Antes de se entrar para o campeonato há uma espécie de aprendizagem durante um ano para que os animais se tornem adultos e se iniciem na arte da competição. Tenho que agradecer a presença de todos os produtores e a forma empenhada como se têm entregue a esta atividade”. Já para António Morais, Presidente da Junta da União de Freguesias de Montalegre e Padroso “26 bois inscritos é sinal de que os produtores estão empenhados. É bom perceber que há interesse na produção da raça barrosã. Conheço quase todos os animais, muito equilibrados e por isso acho que vai ser um bom campeonato”.
anunciou o Município. As medidas serão aplicadas até 2021 e têm financiamento comunitário, cabendo à autarquia a comparticipação nacional de 150 mil euros. "É um projeto que só vigora no período de vigência do programa Norte 2020, para três anos, e não há garantias de continuidade, infelizmente. Se é uma medida para combater o abandono e o insucesso escolar, deveria ter continuidade anual. No meu entender, esta forma tira-lhe profundidade", afirmou em comunicado o Presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves. São três projetos a concretizar, entre eles o "Crescer juntos - equipa multidisciplinar", que terá um financiamento de 340 mil euros. Serão ainda aplicados 462 mil euros no programa de "Enriquecimento curricular" e 99 mil euros são destinados à iniciativa "Montalegre, uma ideia de Natureza - Ambiente e Património". No âmbito do primeiro projeto vai ser criada uma equipa multidisciplinar composta por três técnicos nas áreas de serviço social, psicologia e terapia da fala, para acompanhamento permanente aos alunos, nomeadamente aqueles que revelem maiores dificuldades de aprendizagem, risco de abandono escolar e comportamentos de risco. O "Enriquecimento curricular" pretende contribuir para a inclusão educativa e social das crianças e jovens, promovendo a igualdade de oportunidades e a redução das assimetrias sociais e potenciar o sucesso escolar com base na interação de serviços e recursos a nível local. Para o efeito será promovido um conjunto de atividades artísticas (música, teatro, expressão plástica) e tecnológicas com vista a fomentar o desenvolvimento integral das crianças do pré-escolar. Paralelamente, para os alunos mais velhos, serão criados e desenvolvidos clubes e oficinas direcionadas para o desporto, ciências, letras, artes, música e multimédia que integram também uma dimensão de desenvolvimento das competências pessoais e sociais. O terceiro projeto quer levar as crianças e jovens à descoberta do património cultural e natural do concelho, que abrange a área do Parque Nacional da Peneda Gerês.
CAMPEONATO DAS CHEGAS DE BOIS | INICIOU-SE A PRIMEIRA VOLTA Como o previsto, iniciou-se no feriado de 25 de Abril, mais um campeonato de chegas de bois de raça barrosã promovido pela Associação Etnográfica "O Boi do Povo" e patrocinado pelo Município de Montalegre.. Neste inicio da primeira volta, defrontaram-se os bois de José da Silva, de Montalegre, contra o de Pedro Teixeira, de Bagulhão-Salto, e num segundo combate estiveram frente a frente um boi do mesmo José da Silva, contra o de Abel Fernandes, também de Salto. Dia 29 de Abril ocorreram mais duas chegas: a primeira com um boi de António Teixeir de Bagulhão, que defrontou o de Jorge Fernandes, do Amial, no segundo confronto, o boi de José Alves, de Borda D`Água, teve pela frente o de António Teixeira de bagulhão. O torneio prossegue em 6 e 13 de Maio, com mais duas chegas em cada um dos dias..
Foram já sassinados os protocolos entre as entidades envolvidas no projeto: o Município, o Agrupamento de Escolas doutor Bento da Cruz, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Montalegre e o Ecomuseu - Associação de Barroso. Orlando Alves explicou que estes protocolos foram elaborados no âmbito do pacto de desenvolvimento do Alto Tâmega, desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal, e referiu que se quer desenvolver um programa "consolidado para a promoção do sucesso educativo". Agencia Lusa
VIAGEM PELAS ALDEIAS A FREGUESIA DE CABRIL A Freguesia de Cabril é actualmente constituída por 15 aldeias, de povoamento concentrado onde habitam aproximadamente 900 habitantes. É uma das mais belas inserida no parque nacional do Gerês. Fica situada nas margens do cávado, albufeira de verde azul de Salamonde e no sopé das fragosas penedias da serra do Gerês. Freguesia antiga, mediaval, com pequenas aldeias de uma vida pastoril sossegada, tem também uma riqueza multifacetada. A paisagem oferece aos olhos os mais belos quadros... Aqui também se verificou, inevitavelmente, o êxodo rural, umbilicalmente ligado à procura de melhores condições de vida. No início desta freguesia, permanece o rasto histórico da existência de povoamentos pré-romanos como os Turodos, Esquesos e Nemetanos, povos que se dedicavam quase exclusivamente à pastorícia com a criação de cabras, o que daria o nome a Cabril.
HISTÓRIAS DE ANTANHO e descobrindo então a costa da Califórnia. Presentemente a vida rural ainda permanece bem enraizada, as vezeiras e as manadas de vacas, a vegetação sempre verde dos medronhos, azevinhos e teixos, fetos, lírios do Gerês, as suas fragas enormes de figuras ciclópicas, desafiando aventuras de águias, os corços, javalis e os garranos, saltando e correndo, disputam o território sagrado de uma serra que jura perpétuar a sua pureza ecológica… Cabril oferece-nos tudo isto, horas de regalar e comer com os olhos este misto de humano, animal e divinal da mãe natureza.
Histórias do povo de Cabril | Suas crenças e religiosidade | 3 de Maio, dia de Santa Cruz - o dia dedicado aos pobres
Cabril, assim como grande parte das aldeias do Barroso, foram durante séculos locais isolados, construídas sobre ermos, praticamente inacessíveis durante o Verão e alguns deixavam mesmo de o ser durante os meses de Inverno. Estes pequenos povoados pouco ou nada alteraram ao longo de centenas de anos a sua forma de vida e o seu viver.Eram povos que viviam em locais inóspitos entre fragas e pedras, encravados nas montanhas entre cursos de água, junto à florestas em zonas de difícil acesso, talvez por esse motivo o comunitário forçado e a entreajuda foi uma forma de ultrapassar todas as dificuldades com que se iam deparando e foi desse modo que conseguiram chegar com alguma vitalidade aos dias de hoje. Eram povos muito ligados ao sobrenatural, á natureza, e viviam em constante promiscuidade com os seus animais, desenvolveram lendas e crenças, criaram mitos e benzeduras, fundiram o passado pagão com o catolicismo, aprenderam as propriedades medicinais das plantas, aprenderam a ver as horas pelo sol, a escutar os sinais da natureza, enfim aprenderam a viver onde era difícil sobreviver. Viviam na natureza e dela sabiam tirar o melhor proveito, e a respeita-la, mas sempre com a consciência que Deus tudo perdoava, mas que a natureza era implacável e nada perdoava.Eram povos muito religiosos, demasiado religiosos, respeitavam os dias Santos, as trindades, não tinham a quem recorrer senão a Deus. Na semana da Páscoa, na Quintafeira a partir do meio-dia em ponto, se estivessem a podar as tesouras deixavam de cantar, as enxadas deixavam de cortar terra, as gadanhas e foucinhas deixavam de Assim sendo, e segundo os historiadores, era o gado que abastecia toda esta região, continuando ainda tombar a erva, as vassouras deixavam de varrer, a roupa ficava por lavar, não se podia nos dias de hoje a existir. Com a derrota dos Lusitanos (povos que habitavam a Península Ibérica sob o fazer terra fresca, era assim até ao meio-dia da Sexta-feira santa. comando do pastor Viriato), Roma conseguiu o domínio total da Península Ibérica e de todos os povos e III povoados Os habitantes das "tribos" derrotadas, foram escravizados e integrados no Império Romano, DITOS DE ANTANHO O bom homem Barrosão, apesar de terem tentado resistir aos senhores do Universo. Cabril não foi excepção e podemos ainda Nunca fará contratos encontrar um dos vestígios mais visíveis dessa data, "a ponte velha" agora de difícil visibilidade visto Com os de Campos, Ruivães e Fafião, que se encontra a maior parte do tempo submersa pela barragem de Salamonde.A ponte foi construída IV E os que os fizerem, com o intuito de permitir a passagem entre as duas margens que se encontravam separadas por um Não sei que cidade é esta, I Fodidos estão!... riacho, mas que em dias de Inverno chegava a não permitir a passagem dado o caudal gerado. Importa onde vai tanta senhora, De Cabril são Carvoeiros, bem hajam as de Pincães, pois, realçar o facto de que foram os Romanos os primeiros a unir a Freguesia de Cabril, povo este que Pata mansa de Xertelo; Que trajam à lavradora. Pica-burros em Pardieiros, era exímio na construção de vias terrestres, ligando assim todo o seu império. E saca bolsas os de Sacoselo!... V Nossa Senhora das Neves, II Do lugar de São Lourenço, Em Fafião, Todo o caminho fui bem, Como tangerdes Só na barca tive medo. Assim vos bailarão.
A 8 Km de Cabril podemos encontrar um vestígio de grande importância, a "Ponte da Misarela", onde as tropas francesas de Napoleão em 1809, tiveram inúmeros problemas com os Barrosões. Encontra-se também neste local a estrada que ligava em tempos, Bracara Augusta a Áqua Flávia. Com o fim do Império em 476 D.C., Cabril continuou a ser ocupado, pois existem marcos dessa ocupação, a "cilha dos ursos". Construção circular em pedra que servia para pôr a salvo as colmeias de abelhas do ataque dos ursos. Esta construção tem muitos séculos, pois os ursos foram extinguidos do Gerês há quase 800 anos. Mais recentemente no século XVI, Cabril lançou para o mundo uma figura notável, João Rodrigues Cabrilho, natural do lugar de Lapela da casa do Americano que em 1542 ao serviço da armada Espanhola, comandou os navios "San Salvador" e "Victória", saindo do porto de Navidade em Espanha
Outro dia muito importante era o 3 de Maio, o dia da Santa Cruz, que no calendário católico celebra a data da descoberta da Cruz de Cristo em 326 por Santa Helena e ainda a recuperação da mesma Cruz por Heráclio que a reconquistou aos Persas e a levou ás costas para Jerusalém, tendo-a entregue ao patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. Em Cabril, a Santa Cruz era o dia dedicado aos pobres e aos cabaneiros, os cruzeiros e as fontes eram ornamentados de ramos verdes e flores silvestres e muito alecrim. Em casa nada se podia fazer, não se podia trabalhar com o gado, não se podia por o arado na terra, só se podia trabalhar para os pobres, se bem que não havia gente rica, mas havia sempre a mais remediada. Era o dia de ir tirar esterco, lavrar, fazer as bessadas das pessoas que não tinham animais e não tinham como trabalhar as terras, era estritamente proibido trabalhar em casa, tinha que se ir ajudar aqueles que não tinham como fazer o trabalho, e quando alguém não cumpria, havia sempre um fenómeno que acontecia, segundo a linguagem popular. Ou eram os arados que se partiam, ou os animais que se recusavam a trabalhar, ou então um boi que acabava sempre por se "escanhotar ". Era assim a sociedade de há 50 anos e da qual já pouco resta Quanto a mim não sei o que pensar, mas lá que gosto de recordar e trazer à lembrança esta vida em comunidade, lá isso gosto.
VIAGEM PELAS ALDEIAS
O QUE É QUE BARROSO TEM QUE FALTA NOUTROS LUGARES?!...
Agora classificada como Património Agrícola Mundial, a região atrai cada vez mais visitantes que a escolhem para viver. Paula Oliveira de 41 anos, licenciada em Estudos Portugueses e Lusófonos e mestre em Gestão de Projetos Culturais, deixou Lisboa para se instalar na região do Barroso, onde se dedica ao turismo de natureza. Em Cabril, uma das aldeias mais bonitas do concelho de Montalegre, criou a Cabril Eco Rural, uma empresa que surge da “vontade de partilhar com o mundo um património que é de todos e do qual somos todos responsáveis”, conta Paula. A coordenadora do projeto assume como desafio “promover, conservar e potenciar valores culturais, humanos e patrimoniais de uma região cada vez mais desertificada” e quer “proporcionar experiências únicas aos visitantes, promover o desenvolvimento sustentável da região, contribuir para a criação de emprego local e ser uma referência no turismo internacional”. E foi a partir da aldeia de Cabril que lançou o projeto “Do Linhar ao Tear”. Um projeto dentro da cultura tradicional do Barroso que visa “recuperar as práticas agrícolas ancestrais que fazem parte da cultura identitária das gentes de Barroso”. “O linho tem uma importância de dentro de casa para fora, para a comunidade, que é identitário do nosso território e a nossa função é trazê-lo de volta, criar dinâmicas, criar interesse nos mais novos, para que se possam entusiasmar e aproveitar como um recurso”, explica Paula Oliveira.
Em abril do ano passado, a coordenadora da empresa Cabril Eco Rural semeou a linhaça em Cabril, no lugar do Abrigo da Garrana, hoje Quinta da AlbaLeda, um espaço onde existem cavalos e o burro Chiquinho. A sementeira do linho foi feita nos moldes tradicionais. Depois seguiu todo o ciclo do linho: colheu, ripou, molhou, espadelou, assedou, fiou, ensarilhou e dobou. Afinal, “Do Linhar ao Tear” tem esse objetivo - recuperar o ciclo do linho, reavivando a memória coletiva, dando a conhecer os processos tradicionais da cultura, desde a sua plantação até à tecelagem e “utilizar esta componente agrícola, estas tradições e este património para chamar turistas de qualidade, que valorizem, que queiram aprender”.
As “voltas que o linho dá” Na Corte do Boi, Ecomuseu de Barroso, Pólo de Pitões das Júnias, Paula Oliveira promoveu a iniciativa Conversas à Lareira com fiadeiras e tecedeiras e ali foi explicado todo o processo do linho. Cecília do Preto, de 72 anos - aqui as mulheres identificam-se e são conhecidas pelo nome dos maridos - de roca e fuso na mão convive e ensina aos turistas as “voltas que o linho dá”. Aprendeu a fazer todo o ciclo do linho em criança e fazia tudo muito bem, apenas “não o sabia plantar”. Hoje já não se dedica ao linho, mas continua a fiar a lã, a fazer as meias e os gorros e ainda tece. Sempre que é convidada para partilhar o muito que sabe, não deixa escapar a oportunidade. Sentada no escano, ao lado de Cecília, Teresa do Raposo, de 66 anos, conta que “fiar não é coisa fácil”. “Custa muito, os dedos ficam a doer e é preciso estar sempre a molhar o fio com a saliva e eu tenho pouca, porque bebo pouca água”, conta. No passado, Teresa fiou muito, à lareira e à luz da candeia, agora só o faz “nestas brincadeiras”. “Ai, eu, para estas brincadeiras sirvo e estou sempre pronta. E é bom que não se percam, porque convivemos uns com os outros e vem gente de fora”, diz a sorrir. Joaquim Guimarães, de 53 anos, veio de Amarante e dá por bem empregue a tarde em Pitões das Júnias. Diz que “é gratificante e é uma prova que há determinado tipo de tradições que não estão esquecidas” e acha “muito bem que as pessoas as possam reavivar”. “Não podemos deixar esquecer, de maneira nenhuma, o nosso passado, que acaba por ser o nosso presente e o nosso futuro”. Aurízia Dias, 67 anos, viveu longos anos em Lisboa, mas está de volta à terra, à Ponteira, porque “o coração assim o exigiu”. “O meu coração sempre me chamou para o Barroso e agora não quero outra coisa. O Barroso é especial, aqui é que é o puro, o genuíno, a tradição” - refere, recordando os tempos em que a sua família se dedicava à cultura do linho. “Antigamente não havia tecidos vindos de fora, tínhamos que nos vestir com aquilo que fabricávamos”, conta. E sobre a tarde passada à volta da lareira com as fiadeiras, Aurízia só tem pena que não aconteça mais vezes.
O Barroso está na moda e Pitões ainda mais… Lúcia Jorge, presidente da Junta de Freguesia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre, classifica a iniciativa de “fantástica, na medida em que veio ao encontro do que é genuíno, do que ainda é vivido e praticado”. E o objetivo da Junta é mesmo esse, “revitalizar tradições” e, com isso, atrair turistas. “Nós, com a tradição, com o património imaterial e com a atividade diária das pessoas queremos atrair o visitante, para que ele se sinta bem e esteja aqui connosco”, conta a autarca. Concluído o ciclo do linho que vai continuar a realizar, Paula Oliveira da Cabril Eco Rural vai iniciar, em maio, o ciclo da lã, porque o objetivo do seu projeto é “trazer de volta as dinâmicas que foram perdidas e que são um marco fundamental da cultura tradicional do Barroso”. A autarca reconhece que a aldeia está na moda e é uma das mais visitadas de toda a região, por turistas de todas as idades, e confessa que até brincam com isso e se interrogam sobre o motivo de tanta procura. Mas ali sabe-se bem o por quê. E tem a ver com a hospitalidade das gentes, a paisagem, a gastronomia, a cultura, a tradição e a tranquilidade. Ali o turista sente-se em casa, porque “quando chega à aldeia é bem acolhido e sente-se cá bem”. A população de Pitões das Júnias vive da agropecuária, dos produtos típicos, onde se destaca o presunto, o fumeiro, o mel e os chás, do alojamento local e do artesanato. Fonte- RR
ESPECIAL–ENTREVISTA COM ANA CATARINA MENDES
“Ninguém perdeu identidade, nem o PCP, garante a número dois do PS. Que promete “a mesma solução governativa”, mesmo que o PS tenha maioria em 2019. Mas Centeno é para segurar: “Nunca tivemos um ministro das Finanças tão bem aceite pelos portugueses”.
António Costa já tem temas para a próxima legislatura: clima, digitalização, demografia e desigualdades. Os problemas nos serviços públicos existem, “são graves”, mas são para resolver até à próxima legislatura, quem o diz é Ana Catarina Mendes. O congresso do PS está à porta, as legislativas já se aproximam. Já sabem quem vai coordenar o programa eleitoral? Antes, quem vai coordenar a moção de António Costa ao congresso será Mariana Vieira da Silva. Este tem que ser um congresso programático e a olhar para o futuro. O que significa hoje saber quais são os problemas essenciais com que a sociedade portuguesa, a Europa e o mundo se confrontam. Desde logo, depois dos incêndios deste Verão, ficámos mais sensibilizados ainda para o problema das alterações climáticas, não apenas porque dependemos muito da energia externa, mas também porque é preciso voltar a pensar na nossa organização em sociedade e de estar na vida. Temos, por outro lado, a sociedade digital: estamos confrontados com profissões que vão desaparecer a curto prazo e com profissões que ainda não conhecemos. … E mudanças substanciais na forma como trabalhamos… As relações laborais são ser alteradas, como é evidente. Hoje já não é possível olharmos para o mundo do trabalho da mesma forma como olhávamos, não digo há 20 anos, mas há cinco anos. E da forma como os seus parceiros de esquerda olham, não? Talvez, mas eu quero dar-lhe a visão do PS: a nossa organização em sociedade vai ter grandes mudanças. E essas grandes mudanças estão firmadas numa sociedade digital, nas alterações climáticas, também na questão demográfica. Nós não podemos continuar a falar dela só na perspetiva da natalidade, porque isso é demasiado redutor. Quando falamos no despovoamento, na desertificação, nas assimetrias, temos que perceber que a montante de tudo está um problema demográfico. Por último, está no património genético do PS o combate às desigualdades – e as esse será também um tema a abordar no congresso. O PS conta com Mário Centeno para voltar a fazer o quadro macro-económico que dará base ao novo programa eleitoral? Contamos com Mário Centeno para continuar a conduzir o país nos bons resultados financeiros e económicos que temos tido, na nossa credibilidade externa. Seguramente será um ativo muito importante no futuro do PS e nas próximas eleições. Como avalia o desempenho dele? De uma forma absolutamente positiva. Não é por acaso que temos hoje Mário Centeno como presidente do Eurogrupo. Há dois anos muitos não acreditaram que cumprir este défice seria também voltar a ter a economia a crescer. Hoje podemos dizer que é o maior crescimento desde que entrámos no euro. Nunca tivemos um ministro das Finanças tão bem aceite pelos portugueses. Gostaria de o ver num próximo Governo do PS? Gostaria de o ver num próximo Governo do PS. Mas isso depende da sua vontade – e do PS ganhar as próximas eleições.
ANA CATARINA MENDES.* "Gostaria de ver Centeno num próximo Governo do PS” O Governo conseguiu um défice de 0,9% (fora o efeito CGD). Este ano, o Governo deve ser mais exigente do que a meta de 1% fixada ou deve aproveitar alguma margem para acorrer aos problemas nos serviços públicos e investimento? Temos demonstrado que o caminho que estamos a seguir é um caminho para recuperar o que foi desmantelado nos serviços públicos, para recuperar as condições de vida das pessoas, para recuperar emprego. Acredito que o próximo Programa de Estabilidade vá ao encontro deste caminho. Que permite uma consolidação das contas públicas, mas em que essa consolidação possa ter um espelho na vida das pessoas. Não escondemos que há problemas graves nos serviços públicos. E que decorrem de uma austeridade a que fomos sujeitos e levaram a que hoje seja preciso mais dinheiro… Há notícias todas as semanas a falar da falta de médicos… É verdade, mas também é verdade que não temos nenhum médico desempregado em Portugal, que criámos um incentivo de 40% nos salários para que os médicos pudessem deslocar-se para zonas mais deprimidas – e a verdade que é esse concurso ficou com uma pessoa. É uma sensibilização que todos temos que fazer, a demografia é de facto um problema. O BE e o PCP olham para os resultados do ano passado e dizem ser a prova de que não era preciso apertar tanto o cinto. O PS acha que basta manter o objetivo de 2018 (e ganhar margem para investir) ou que se deve aproveitar este tempo para manter o ritmo da consolidação? Acho que temos que ter a perceção de que não é possível fazer tudo ao mesmo tempo. E não é possível tentar uma consolidação de contas públicas que possa ser artificial e revelar-se num descalabro a seguir. É preciso fazer poupanças e, ao mesmo tempo, dar resposta às nossas necessidades. Nós temos investido mais na Cultura, na Educação, na Proteção Social… Não ficamos com a sensação de que é sempre mais um bocadinho? . Ouça, na minha casa eu também gostaria de ter um bocadinho mais. Mas tenho que conseguir que o equilíbrio e a educação dos meus filhos seja garantida com uma sustentabilidade das minhas contas públicas. Se continuarmos este caminho, a pouco e pouco, teremos resultados ainda melhores. Não nos devemos desviar daquilo que estamos a fazer. O investimento público aumentou em 2017 25%. Isto diz bem do esforço… dir-me-á: “Mas é pouco”. Eu digo que estamos a fazer um esforço. Se perguntar: “Não acha que há uma folga?” Mas sempre que há uma folga é preciso canalizá-la para o que é essencial. Estava a citar o BE, o PCP e também o porta-voz do PS, João Galamba, que numa entrevista dizia que, face a estes resultados, em 2018 e 2019 “já não precisamos de fazer um brilharete” nas contas. Mesmo no PS sente-se uma tensão sobre continuidade ou alívio. O que lhe posso dizer é que espero que, nas próximas legislativas, com o caminho que estamos a seguir, o PS tenha uma grande vitória. Para permitir que os alívios que não se possam fazer agora possam vir a fazer-se na próxima legislatura. Não é possível olhar para estes quatro anos esquecendo o que foram os últimos quatro anos da direita. Sendo que situações como as da banca e do sistema financeiro foram bombas-relógio para este governo. Nós não estamos a fazer brilharetes com as contas públicas, estamos a ser rigorosos. Quando olhamos para Rui Rio, apesar das vozes críticas dentro do PSD, dizer que este caminho de consolidação é positivo, eu creio que nós podemos dizer que não estamos em festa, nem em brilharetes, mas que estamos a fazer um trabalho de rigor.
Quando pede um grande resultado para o PS, está a pedir uma maioria absoluta? Não. Estou a pedir que o PS seja merecedor da confiança dos portugueses. (Continua na página seguinte)
ESPECIAL–ENTREVISTA (Continuação…)
E se não tiver essa maioria, o PS admite governar em minoria? Acha que há condições para repetir esta solução? Os resultados são de tal forma positivos e reconhecidos, que há todas as condições, com maioria absoluta, sem maioria absoluta, para repetir esta solução governativa. Porque a democracia ficou a ganhar muito. Porque se quebrou a ideia de que só a direita é que se aliava; e porque a direita se aliou para empobrecer, a esquerda conseguiu unir-se para ter o melhor défice da democracia, para ter o melhor crescimento das últimas décadas, para criarmos empregos… Em minoria, o PS não governará? Se estiver em minoria, o PS tentará encontrar a solução. Desejavelmente a que encontrámos em 2015. Olhando para os temas da moção de António Costa, como as relações laborais, acredita que há margem para um novo programa comum com o PCP? Em cada momento terão que estar as cartas em cima da mesa – e saber quais são os pontos de convergência. Há uma coisa que esta solução demonstrou: ninguém perdeu a sua identidade. Acha que o PCP não perdeu? Acho que o PCP não perdeu identidade. Nas questões laborais não me parece ir tão bem encaminhado. Algumas das questões que estão a ser colocadas em cima da mesa não constam dos acordos celebrados. A questão é se estamos ou não todos convocados para o combate à precariedade. É inadmissível que 25% dos contratos sejam precários. E que atinja os jovens até aos 35 anos. O PCP está connosco neste combate. Não concorda com a taxa, por exemplo. Está no seu direito, de não concordar. Mas sejamos claros: a democracia enriquece com a divergência de opinião. por isso o PS não se consome pelo BE ou pelo PCP, nem o PCP, BE se vão consumir pelo PS. O PS é um partido europeísta, os nossos parceiros não concordam com a Europa. Não vem nenhum mal ao mundo, sabe porquê? Porque também provámos que esta solução de governo não nos inibiu se cumprimos os nossos compromissos. Na questão laboral, sem acordo à esquerda, como é que o Governo tenciona fazer? Falando com o PSD? O BE e PCP estão muito mais próximos do PS em matéria laboral do que alguma vez o PS estará do PSD.
A núnero dois do PS é contra a proposta do BE de criar um organismo para vigiar rendimentoA número s dos políticos: “Auto-flagelos só diminuem a força dos partidos”- avisa. É preciso resistir ao populismo e fortalecer os partidos, diz Ana Catarina Mendes em entrevista à Renascença e ao Público, garantindo que há um problema por resolver no financiamento dos partidos. No Parlamento está em cima da mesa um pacote sobre transparência dos políticos. Já disse numa reunião do grupo parlamentar do PS que é preciso ter alguns cuidados nesta matéria, para não fragilizar os partidos. No que respeita a este pacote legislativo, no que é que concorda e no que é que tem dúvidas? Há hoje na Europa, e felizmente Portugal tem resistido a isso, uma tendência para os partidos populistas e os mais radicais ganharem espaço. O Parlamento Europeu é hoje um dos
ANA CATARINA MENDES *|“Estou a pedir que o PS seja merecedor da confiança dos portugueses ...” exemplos onde o radicalismo e o fundamentalismo está a ganhar espaço. Eu sou formalmente contra estes fenómenos e acho que eles só se combatem se os partidos forem fortes. Ora, só são partidos fortes os que são transparentes, os que têm uma gestão democrática e que são escrutináveis com facilidade por todos os cidadãos. Por isso, toda a transparência que possa existir na vida política, sou favorável. O pacote de transparência foi o PS que lançou – e lançou bem. Está em discussão, estamos a aguardar as propostas que outros partidos (designadamente o PSD) farão, até lá não falarei. Concorda com o diploma do BE que cria um organismo que será “polícia” para as remunerações dos políticos? Não. Acho que vamos pelo mau caminho. A função de político é uma função de que me orgulho muito. Porque entendo a política como a possibilidade de tomar decisões que todos os dias melhoram a vida das pessoas. E ser político não é uma coisa menor na sociedade portuguesa. É aliás uma coisa de enorme responsabilidade, que nos convoca todos os dias a dúvidas, que nos coloca todos os dias perante dificuldades. Eu, se olhar ainda hoje para os números da pobreza tenho que dizer “sim, vale a pena ser política, para todos os dias combater essa pobreza”. [Impôr] Polícias aos políticos é um mau princípio. Porque parte do princípio da suspeita sobre cada um dos políticos. E eu considero que as pessoas me devem escrutinar, mas não me considero sob suspeita. Essa é uma posição da Ana Catarina Mendes ou a do PS? É a minha posição. O PS já tem posição oficial sobre essa proposta do BE? O PS lançou a discussão, fez umas jornadas sobre o tema, vamos agora ver como decorre a discussão no Parlamento. Só posso dizer o seguinte: auto-flagelos só diminuem a força dos partidos. Como estão as contas do PS? As contas do PS são um problema há muito tempo. Desde que iniciamos funções conseguimos baixar a dívida aos fornecedores em 78% e a dívida aos bancos em 25%. Houve perdão de dívida dos bancos? Não. Houve renegociação dos empréstimos, dos prazos. Mas 25% em dois anos é obra, para a dívida que herdámos no PS. Disse já que o PS devia encontrar outro método de financiamento, para além das quotas dos militantes. Já encontrou? (Risos) Quando apresentámos uma proposta de alteração à lei do financiamento dos partidos, para retirar alguns dos obstáculos que a Autoridade Tributária (AT) coloca nas contas dos partidos, já tinha essa intenção. É óbvio que os partidos não conseguem viver apenas das quotas dos militantes, é impossível. Temos a subvenção – e por vezes temos donativos.
O PCP acabou de colocar um processo em tribunal ao ministro das Finanças, por causa das divergências com a AT sobre a questão do IVA. Foi aliás uma das questões levantadas na alteração à lei de financiamento dos partidos. O PS fará o mesmo? Primeiro, esta questão do financiamento dos partidos foi envolta num discurso que considero demasiado populista e pouco sério. Em segundo lugar há um problema com a norma atual – e que acabou por ficar na lei, porque há partidos que deram o dito por não dito, o que correu mal… … o Bloco? Por exemplo. O PSD mudou de liderança, o BE mudou de posição. Mas hoje temos um problema de interpretação da norma do IVA. O PS entende que devem ficar excluídas da devolução do IVA as despesas das campanhas eleitorais. A verdade é que essa norma já existe há 18 anos: não temos isenção do IVA, temos à devolução do IVA. Mas da forma como está escrita gera discricionariedade. E permite que a AT, ao PS diga que tem direito à devolução do IVA do tonner e ao PCP que não. É isto que é um absurdo. Por isso é que era preciso clarificar a norma. Não foi por aí que os partidos quiseram. Enquanto não conseguirmos falar seriamente do financiamento dos partidos… O sr. Presidente da República acha que o financiamento devia ser totalmente publico, o PS defende que seja misto. (Continua na página seguinte)
ESPECIAL–ENTREVISTA (Continuação…)
PRESIDENTE SEMPRE PRESENTE MARCELO VISITOU JOVEM EMIGRANTE BALEADO EM FRANÇA Durante a sua visita a França, onde participou nas comemorações dos 100 anos da Batalha de La Lys,
ANA CATARINA MENDES *|“Sou secretária-geral adjunta do PS. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal, não deixou de visitar o jovem Estou absolutamente focada em ganhar as europeias e legislativas”.
emigrante português, Renato Silva no Centro Hospitalar de Perpignan, no sul daquele país. O Presidente da República foi recebido pelos pais e pela direcção clínica do dito Centro Hospitalar, tendo-se ali inteirado do estado de saúde do jovem compatriota, a quem desejou as melhoras Recorde-se entretanto, que o jovem que foi alvejado a tiro quando do atentado terrorista em Trèbes, no passado dia 23 de Março, já teve alta hospitalar e está em vias de regressar á sua actividade normal .
O PS contestará em tribunal? O PS tem algumas ações em tribunal, como sabe, por causa da devolução do IVA. Recentemente perdemos uma, de uma devolução de alguns milhões que fariam falta. Ana Catarina Mendes. “Rui Rio está entre a espada e a parede” O novo líder do PSD está “mais disponível” para o diálogo, reconhece Ana Catarina Mendes. “Mas não nos enganemos”, alerta a número dois de António Costa . Como é que olha para a nova liderança do PSD? Sente que é diferente? Sinto que é o PSD, que nunca deixará de ter o seu cunho ideológico. Há é uma diferença na atitude: Rui Rio mostra-se muito mais disponível para o diálogo. Mas não nos enganemos muito. Qual é o diálogo que o PSD está neste momento disposto a ter com o PS? A descentralização, que é fundamental; e o Portugal 2030. Se há coisa que o Portugal 2020 nos mostrou é que foi um mauquadro comunitário, negociado para Portugal. Olhar para o Portugal 2030 significa olhar para uma geração que vai beneficiar dessa capacidade que o Governo e as várias forças políticas tiverem de negociar em Bruxelas um novo quadro comunitário. Acha que Rui Rio só está, portanto, a ser pragmático? Acho que Rui Rio está, neste momento, entre a espada e a parede, com uma oposição interna que não o deixa ser líder da oposição. Mas a vida é o que é – e eu espero que Rui Rio pelo menos nestes dois dossiês cumpra os sinais que já deu – e que são sinais muito positivos. E que também engrandecem a democracia: nós não temos que estar de costas uns para os outros. Já falou aqui das divergências à esquerda sobre a UE. A proximidade das eleições europeias não pode ser um momento de dar uma rampa ideológica para mostrar mais a separação entre os três parceiros? Acho que tem sido dada e sabemos bem as divergências. Aquilo em que estou focada é que o PS aumente a sua representação no Parlamento Europeu e ganhe as europeias. O seu nome já foi falado: admite ser cabeça-de-lista nessas eleições? Não. Sou secretária-geral adjunta do PS. Estou absolutamente focada em ganhar as europeias e legislativas. Já agora, admite que se juntem as europeias e legislativas? É uma questão que se coloca e que era preciso termos uma revisão constitucional para que acontecesse. Do ponto de vista até das pessoas – e do cansaço das pessoas com eleições -, europeias com legislativas não me chocava. Sem uma revisão constitucional, faria sentido se o Presidente colocasse o cenário de acontecer ainda nestas europeias? Acho difícil neste momento. Vamos ter eleições europeias em maio e legislativas em setembro ou outubro. Já é um dado adquirido que Francisco Assis deixará de ser o cabeça-de-lista às europeias? Falta um ano e pouco. O PS vai ter um congresso, havemos de ter a nossa convenção sobre Europa no início do próximo ano… Vai deixar essa decisão para 2019? Até lá há eurodeputados que estão a fazer o seu trabalho, um bom trabalho, no PE. Até lá não está em cima da mesa a lista às europeias In:PS
A NÃO ESQUECER!...
Cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. (Martin Luther King)
Arnaud Beltrame (1973-2018) foi o oficial da polícia francesa que se ofereceu para trocar de lugar com uma refém, ajudando dessa forma a pôr fim ao acto terrorista num supermercado francês, mas que não resistiu aos ferimentos. O terrorista usara essa mulher, mãe duma criança de dois anos, como escudo humano que o protegesse da intervenção das forças de segurança. O tenente-coronel, de 45 anos, tinha deixado o seu telemóvel numa mesa com uma chamada em linha, para que os companheiros no exterior pudessem acompanharo que se passava no supermercado. O terrorista foi morto na intervenção policial que se seguiu e Beltrame foi transportado para o hospital, gravemente ferido. Redouane Lakdim era um marginal, acusado de posse de arma proibida e condenado por consumo de estupefacientes, estando referenciado pelas autoridades francesas pela sua radicalização, com ligações ao extremismo isllâmico. Este episódio provocou alguma comoção popular, muito em particular na sociedade francesa, mais ainda porque sucedeu no período pascal. Beltrame, que segundo parece era cristão, acabou por se oferecer como cordeiro para o sacrifício, com o intuito de salvar uma jovem mãe que tinha uma criança pequena para criar, esquecendo-se de si mesmo, mas também com a clara intenção de neutralizar o terrorista, colocando-se assim em risco, com a nobre intenção de promover a segurança pública. E a atitude causou estranheza. Dias depois um político francês foi detido por manifesta satisfação pública com a morte de Beltrame, só porque era um agente da autoridade. Com efeito, alguns dos nossos políticos, banqueiros e empresários não merecem o povo a que pertencem. Pensam apenas em si próprios, não se importam de sobrecarregar os socialmente mais vulneráveis e desprotegidos e de destruir a vida de muitos cidadãos da classe média com as suas trafulhices.Não se importam de mandar às malvas o interesse público, praticam orgulhosamente a corrupção, mas esperam - e exigem, que os agentes da polícia os defendam de todos os perigos internos, que os soldados os defendam de perigos externos, que médicos e enfermeiros se esforcem por os curar das maleitas físicas, que os bombeiros actuem sempre em casos de emergência, que todos estejam ao seu serviço, vinte e quatro horas por dia. A atitude de Beltrame só causa admiração nas pessoas porque vivemos em tempos de egoísmo atroz, de individualismo levado ao extremo, de falta de solidariedade, para não dizer de amor ao próximo. As limitações pessoais não justificam tudo. Por exemplo, sabemos que os mais pobres são quem mais prontamente responde às
COMUNIDADES Por: Jorge Martins|Lausanne
PORTUGUESES VÃO PEDALAR DE PARIS ATÉ LISBOA EM HOMENAGEM AOS EMIGRANTES
Um grupo de ciclistas, na sua maioria portugueses, vai pedalar de Paris até Lisboa, de 19 a 29 de julho em homenagem aos emigrantes, disse à Lusa o promotor do projeto apaixonado pelo ciclismo, Artur de Faria. Os cerca de 2.000 quilómetros vão ser percorridos em 11 etapas que vão ligar Villejust (91), nos arredores de Paris, a Lisboa, por estradas secundárias e sem dia de descanso, contando com 9 ciclistas que pretendem cumprir todas as etapas e mais dois que vão realizar apenas a parte francesa. «Vamos tentar fazer esta viagem em tão pouco tempo em bicicleta, mas não sofreremos tanto como sofreram certos Portugueses que vieram aqui a França no sentido inverso. E tentaremos lembrar-nos os que passaram mal por estes caminhos fora», disse à Lusa Artur de Faria, de 58 anos, que tem 19 títulos de Campeão de França nas provas da «Fédération Sportive et Gymnique du Travail» (FSGT) em estrada, cyclo-cross e VTT. O Português começou a pensar neste desafio «há muitos anos» para «reunir a paixão pelo ciclismo ao reconhecimento pelos esforços» dos pais e avós, nomeadamente do avô que emigrou antes da segunda guerra mundial e que chegou a fugir «aos Alemães no princípio da guerra e passou uma noite, em Bordeaux, debaixo de uma ponte com os Alemães em cima e ele com medo e a tentar voltar para Portugal». «Esses caminhos difíceis que me contou o meu avô é que me deram também a ideia de nós fazermos um esforço a pensarmos neles que sofreram para que nós pudéssemos gozar. Os meus colegas, principalmente um que é o Francisco Timoteo que é de ao pé de Penamacor – perto da fronteira espanhola, onde passavam as pessoas a salto – ele é que me deu ainda mais coragem para nós fazermos isso em homenagem aos nossos pais e avós», continuou. Artur de Faria, que chegou a França com sete anos e que desde os 13 anos anda em provas de ciclismo, acrescentou que o objetivo é fazer «6 a 7 horas por dia numa média de 30 quilómetros por hora» ao longo das estradas secundárias por onde passavam de carro «quando eram garotos» nas férias de regresso a casa.O grupo vai ser acompanhado por três veículos de assistência que deverão, também, tirar fotografias e filmar para «alimentar» uma página Facebook do evento e a página internet do clube de ciclismo de Villejust. Ao longo das onze etapas, os ciclistas vão passar por Villejust, Montoire-sur-le-Loir, Vivonne, Carbon-Blanc, Saubusse, Tolosa, Briviesca, Valladolid, Sancti-Spíritus, Castelo Branco, Leiria, Fátima e Lisboa, sendo as etapas mais curtas de 144 quilómetros e a mais longa de 201 quilómetros. Uma das etapas mais simbólicas vai ser a passagem por Fátima, no último dia, para lembrar a viagem «quase obrigatória» ao Santuário que Artur de Faria realizava com os pais, nas férias, quando era criança. «Não tenho receio», concluiu Artur de Faria, sublinhando que, até julho, estão previstos «treinos com etapas de 200 quilómetros», várias provas e «15 dias antes do arranque» vão fazer a primeira etapa «todos juntos».Artur de Faria sublinhou, ainda, que «este projeto pode realizar-se graças a empresários portugueses que passaram pelas mesmas dificuldades e que vão ajudar financeiramente». Fonte: Agência Lusa
ABRIU O MAIOR CENTRO COMERCIAL PORTUGUÊS NOS ARREDORES DE PARIS
COMISSÃO NACIONAL DE EEIÇÕES CONTRA RECENSEAMENTO AUTOMÁTICO DOS EMIGRANTES
CNE enviou parecer ao Parlamento defendendo que os portugueses que peçam cartão do cidadão no estrangeiro devem poder optar sobre se querem ou não recensearse no estrangeiro
O denominado “maior centro comercial português em França”, já abriu na cidade de SaintMaximin, nos arredores de Paris. O objectivo é dar destaque a produtos e marcas portuguesas, criando novos postos de trabalho em França e consequentemente, em Portugal. Intitulado “Prim’land Saint-Maximin”, o espaço abriu com 65 empregados – ainda que o objectivo seja atingir os cem funcionários. É o maior centro comercial de França de produtos alimentares portugueses. O projecto surge da associação do fundador da marca Prim’land, José Gaspar, ao empresário Carlos de Matos, o qual contou à Lusa que o negócio é “um desafio simbólico” porque nasce de “uma teimosia” de querer ver mais produtos portugueses nos centros comerciais e mostrar que “Portugal também sabe fazer produtos bons como os franceses”. Para o português, que reside em França desde 1969, e que lidera há mais de 20 anos o grupo imobiliário Saint Germain, “Portugal nunca foi combativo que chegue para impor os produtos portugueses fora de Portugal” e “falta apoio dos governantes” para que os portugueses se possam “impor lá fora”. “É um sonh, a abertura do centro, mas a gente não se contenta com os nossos supermercados em Bruxelas e Paris, só com produtos portugueses. Fazemos o peixe e carne tradicional e o nosso forte são os frutos e legumes frescos, seja de Portugal ou da União Europeia. Temos fruta da época”, contou à Lusa o empresário de 60 anos. A cidade de Saint-Maximin fica situada a cerca de 60 quilómetros a norte de Paris, no distrito de Oise,
A Comissão Nacional de Eleições, através de um Parecer enviado à Assembleia da República, fez saber inconstitucionalidade de uma qualquer Lei que preveja alargar o sistema de recenseamento automático aos portugueses que vivem fora de Portugal, bastando para isso que a morada inscrita no cartão do cidadão seja no estrangeiro. O Parecer enviado à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, refere que a generalização ao estrangeiro do sistema que é usado para os eleitores em Portugal faz com que a cidadania seja apenas um "pré-requisito" para votar e não tem em conta a existência de laços "de efectiva ligação à comunidade nacional". A Comissão Nacional de Eleições considera por isso, que a efectiva ligação à comunidade nacional só será assegurada pelo recenseamento voluntário como o que actualmente vigora, pelo que sugere aos deputados que os portugueses no estrangeiro sejam questionados especificamente, quando pedem o cartão do cidadão e se inscrevem nos consulados, se querem ficar recenseados. Questionado sobre o assunto, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas frisa que o parecer da CNE não foi unânime e defende que o recenseamento automático é um ponto fundamental para acabar com desigualdades entre os portugueses dentro e fora de Portugal. Já em relação aos laços à comunidade, José Luís Carneiro diz que basta ter nacionalidade portuguesa para ter uma ligação a Portugal.Alguns membros da CNE, admitem ainda que o recenseamento automático aumente a abstenção no estrangeiro, mas o Secretário de Estado das Comunidades diz apenas que será necessária uma campanha para sensibilizar os novos eleitores a votar. Actualmente, estão recenseados 300 mil portugueses no estrangeiro, mas apenas 12% votam nas legislativas e 5% nas presidenciais. A controvérsia está por isso instalada e chegou-se a um ponto em que ninguém se entende. Certo é, que não poderá haver “dois pesos e duas medidas”!... Se os portugueses residentes no estrangeiro têm direito a votar em eleições legislativas e presidenciais, o mesmo direito não lhes poderá ser sonegado em eleições autárquicas, sob pena de inconstitucionalidade.
COMUNIDADES Por: Marie Oliveira|Paris
LES PORTUGAIS DANS LA GRANDE GUERRE CÉLÉBRATIONS DU CENTENAIRE DE LA BATAILLE DE LA LYS|Du 7 avril au 6 mai 2018 PRÉSIDENT ET 1er MINISTRE DU PORTUGAL PRÉSENTE DISCURSO DO PRIMEIRO-MINISTRO DE PORTUGAL NO CENTENÁRIO DA BATALHA DE LA LYS
Commémorer le centenaire de la Bataille de la Lys Les forces portugaises furent engagées contre les forces militaires allemandes dès 1914, dans les anciennes colonies portugaises en Afrique, au Sud de l’Angola et au Nord du Mozambique. C’est seulement en 1916 qu’une déclaration formelle de guerre est faite entre les deux pays. C’est alors que le Portugal participe directement à l’effort de guerre européen en déployant des troupes sur le front au Nord de la France et dans les Flandres. Le sort du Corps Expéditionnaire Portugais se joue le 9 avril 1918 lors de la Bataille de la Lys. A 8h45, les troupes allemandes surprennent les Portugais, alors en pleine relève, et lancent l’offensive sur les territoires de Neuve-Chapelle, Richebourg et Laventie. Malgré le courage des soldats qui se battent aux côtés des Britanniques, les Allemands atteignent la Lys et 7000 Portugais sont tués, blessés, disparus ou prisonniers. Afin de commémorer cette bataille et de rendre hommage aux soldats portugais, les villes de NeuveChapelle, La Couture, Richebourg, Saint-Venant et Vieille-Chapelle, en partenariat avec l’office de tourisme de Béthune-Bruay, vous proposent durant un mois une programmation culturelle riche et variée. Expositions, conférences, visites guidées, animations à thème, ateliers en famille vous permettront de comprendre l’engagement et la vie des soldats portugais, et d’apprécier la culture portugaise telle qu’elle se vit et se partage aujourd’hui. LES EXPOSITIONS-PARCOURS:Les communes de Neuve-Chapelle, La Couture, Richebourg, Saint-Venant et Vieille-Chapelle ainsi que l’office de tourisme de Béthune-Bruay, ont souhaité marquer le paysage d’un fil d’Ariane composé de deux expositions de plein-air, afin de montrer que chacune des communes a été touchée par cette bataille commémorée en 2018. Les visages du combat: Dans chacune des communes, découvrez les visages d’hommes ou de femmes qui ont participé à la Bataille de la Lys. Ces totems sont installés telle une exposition-parcours de plein air. Ils permettent de prendre conscience de l’importance de l’humain au cœur du conflit. La guerre en transparence:Plusieurs panneaux d’interprétation vous permettent de prendre conscience de l’importance des dommages de guerre subis par les communes situées sur la ligne de front. Placés in situ, des plexiglas vous permettent de prendre la place des photographes de l’époque, témoins des nombreuses destructions. Vous obtenez alors un point de vue intéressant pour comprendre comment fut organisée la Reconstruction des villages dans les années 1920. Racines.Au terme de la Grande Guerre, des soldats du Corps Expéditionnaire Portugais ont choisi d’épouser des Françaises et de s’installer en France. Une nouvelle communauté s’est alors formée avec ses codes et traditions. Aujourd’hui, un siècle après la Bataille de la Lys, cette exposition basée sur les témoignages des descendants a pour but de valoriser des histoires familiales qui n’auraient pu exister sans ces évènements tragiques de notre Histoire. Au-delà de l’hommage rendu aux soldats portugais, il s’agit d’assurer le passage de la mémoire aux générations futures. L’exposition ambitionne d’être l’embryon d’un fond d’archives vivantes et accessibles à tous.
Hoje é dia de honrar os antigos combatentes, celebrando a paz. Há precisamente cem anos, no dia 9 de abril de 1918, no vale do rio Lys, no Norte de França, as Forças Armadas portuguesas estavam em combate. Eram homens da segunda divisão do CEP - Corpo Expedicionário Português, organizado na sequência da declaração de guerra da Alemanha a Portugal, em março de 1916. Recordemos todos e cada um deles individualmente. Nome a nome, soldado a soldado - tantos quantos pereceram. Homenageando-os. Bem como tantos outros que, portugueses ou estrangeiros, entregaram a sua vida nessa guerra horrenda que, há um século, determinou a história do mundo e a de todos, países e pessoas, que por ela foram afetados. Uma guerra que ficou a marcar o início do século XX e da nossa contemporaneidade. Uma guerra global, uma guerra brutal.
A Europa estava em guerra e Portugal combatia. Um massivo bombardeamento varreu as linhas de abastecimento, cortou as comunicações e destruiu completamente as fortificações de defesa. As posições nas trincheiras foram defendidas à baioneta, sucumbindo perante a avassaladora superioridade numérica contrária. Neste dia, há precisamente cem anos, Portugal sofreu uma pesada derrota . Centenas de militares perderam a vida, milhares foram feitos prisioneiros, dos quais muitos viriam a falecer, vítimas dos ferimentos ou de doença. La Lys ficou a constituir o momento mais dramático da participação de Portugal na Grande Guerra. Gravado na história e na nossa memória individual e coletiva; justamente consignando o dia 9 de abril como Dia do Combatente, dedicado a todos quantos pereceram no cumprimento do dever de servir Portugal. Um século depois, quero prestar-lhes homenagem, renovadamente, reiteradamente: aos que morreram, sofreram, foram presos, e aos seus familiares e descendentes. Certos de que nesta homenagem aos combatentes de La Lys homenageamos as nossas Forças Armadas e todos quantos, antes e depois, foram chamados a combater ao serviço de Portugal. La Lys foi de alguma forma o epílogo da participação de Portugal na Grande Guerra, que, por junto, envolveu mais de cem mil soldados portugueses, repartidos entre África, na defesa nas colónias portuguesas de Angola e Moçambique, e a frente europeia. Entre estes, cerca de oito mil perderam a vida nas trincheiras da Flandres ou nos campos de batalha de África. Como em todas as guerras, não há vencedores. Não há vitória possível quando recordamos que, em quatro anos de carnificina, foram mobilizados cerca de 65 milhões de combatentes, dos quais dez milhões morreram e 29 milhões (Continua na página seguinte)
COMUNIDADES Por: Marie Oliveira|Paris
Amours suspendues - Exposition inédite La collection d’Alfonso Silva Maia a révélé une série de plus de cent-cinquante lettres et cartes postales échangées entre des couples portugais et des parents vers leurs enfants au front. Il y est question de vie quotidienne, d’espoir et de peur. Dans un moment si particulier de l’histoire, l’amour et la vie restent en suspens... Ces missives, comme des papillons parcourent les kilomètres et le temps, comme les témoins légers d’un moment dramatique. Coup de projecteur sur le cimetière militaire portugais 1831 soldats reposent dans l’unique lieu de mémoire rappelant l’intervention de la nation portugaise durant la Première Guerre mondiale. Venez découvrir l’histoire de ce site chargé de symboles et vivant chaque année au rythme des commémorations. Les troupes portugaises dans le nord de la France, 1917-1919 Pourquoi des soldats portugais sont-ils venus combattre en Flandre aux côtés des Britanniques ? Comment y ont-ils vécu la guerre des tranchées ? Quelles furent leurs relations avec les civils et les soldats alliés ? Pour répondre à ces questions, Bertrand Lecomte utilisera les sources disponibles en France et décryptera de nombreuses photographies d’époque. Autour de l’exposition Racines L’exposition « Racines » transmet l’histoire de destins changés par la guerre et racontés par les descendants de ceux qui l’ont vécue. En une heure, Aurore Rouffelaers, commissaire de l’exposition, évoquera la genèse, le principe de la collecte de témoignages puis présentera certains destins parmi lesquels des portraits inédits de l’exposition. Le cimetière militaire portugais 1831 soldats reposent dans l’unique lieu de mémoire rappelant l’intervention de la nation portugaise durant la Première Guerre mondiale. Ce cimetière recueille l’ensemble des corps provenant de divers cimetières de France, de Belgique et d’Allemagne. M. Lantoine, consul du Portugal à Arras, prend l’initiative de l’aménager en 1935 car on y trouvait alors 1480 tombes seules au milieu des champs. Il y fait construire un discret mur de brique et élève une porte monumentale. Dans le fond du cimetière se trouve un autel pour célébrer les messes lors des commémorations en l’honneur des soldats disparus. On y trouve les armoiries du Portugal ainsi que le nom des régions qui forment la nation portugaise. En face du cimetière, vous pouvez visiter la chapelle dédiée à Notre-Dame de Fatima. Le monument commémoratif portugais Le 10 novembre 1928, les gouvernements français et portugais inaugurent ce monument sculpté par Antonio Lopes Teixeira. Sur les décombres d’une église détruite par les bombardements, l’allégorie de la Patrie portugaise vient au secours d’un soldat qui lutte pour échapper à la Mort. Le personnage féminin brandit dans sa main droite le glaive de Nuno Alvares, indépendantiste portugais qui remporta la victoire contre l’invasion des Castillans en 1385. Le soldat portugais est plongé au cœur de la scène et est représenté en héros pour son pays. A l’arrière du monument, c’est une scène de désolation qui est sculptée, évoquant ainsi les destructions laissées par la guerre.
LES PORTUGAIS DANS LA GRANDE GUERRE CENTENAIRE DE LA BATAILLE DE LA LYS|Du 7 avril au 6 mai 2018 (Continuação) foram contabilizados entre feridos, desaparecidos e prisioneiros. A Europa era um campo de batalha. Aquele angustiante 9 de abril de 1918 não deve ser apagado da memória. Como não pode ser apagado da memória nenhum dia de guerra. O futuro não pode construir-se sobre ressentimentos. Mas a história, avivada e respeitada, serve para compreendermos o passado e melhor prepararmos o futuro. A Europa de 1919, enfraquecida pelo conflito, politicamente mais fragmentada, economicamente mais dividida, viveria o triunfo dos nacionalismos, a criação de novos Estados, a multiplicação de fronteiras e, em breve o impacto de uma crise de proporções mundiais, em breve acompanhada pela emergência dos autoritarismos/fascismos e por um novo conflito mundial, igualmente brutal e avassalador.
A Europa reergueu-se sobre feridas duríssimas provocadas por duas guerras mundiais. Dedicou-se a construir uma união de nações empenhadas em promover a paz, reforçar a solidariedade entre os povos, no respeito pela identidade de cada um, e assegurar a todos, homens e mulheres, independentemente da sua raça e do seu credo, a liberdade e a justiça. É nessa Europa que nos revemos e é essa Europa que queremos continuar a construir. A paz na Europa é a maior vitória da União Europeia. Por isso, honrar os antigos combatentes é celebrar a Europa. Portugal é europeu. Não passou a ser europeu em 1986, quando aderiu à então Comunidade Económica Europeia. Portugal também já era europeu em 1918. Hoje, como há cem anos, Portugal está na linha da frente dos grandes combates em defesa da Europa. Hoje, como há cem anos, fiel à sua histórica matriz universalista e humanista, Portugal tem sabido estar à altura dos mais estimulantes desafios da União Europeia em busca de maior e melhor crescimento, de melhor emprego, de maior coesão e justiça social, de cidadania europeia plena e equilibrada entre direitos e deveres. Hoje, como há cem anos, Portugal pode contar com as suas Forças Armadas, no desempenho de todas as missões que lhe são confiadas. Hoje, como há cem anos, os portugueses continuam a honrar o seu país e a Europa na luta incessante pela paz, pela liberdade, pela democracia, pela justiça, pela dignidade das pessoas, pela luta frontal contra as desigualdades e pelos direitos humanos.
Portugal estará sempre na linha da frente destas batalhas.
ECOS DA HISTÓRIA|LA LYS FOI HÁ 100 ANOS COM A PRESENÇA DE MARCELO E ANTÓNIO COSTA, FRANÇA HOMENAGEIA PORTUGUESES A Batalha de La Lys deu-se a 9 de Abril de 1918, no vale da ribeira de La Lys, sector de Ypres, na região da Flandres, na Belgica. Nesta batalha, que marcou negativamente a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães infligiram uma pesada derrota às tropaa portuguesas, constituindo o maior desastre militar português depois da Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. A frente de combate distribuía-se numa extensa linha de 55 quilómetros, entre as localidades de Gravelle e de Armentiéres, guarnecida pelo 11.º Corpo Britânica, com cerca de 84.000 homens, entre os quais se compreendia a 2.ª Divisão do Corpo Expedicionário Português, constituída por cerca de 20.000 homens, dos quais somente pouco mais de 15.000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa. Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divisões do 6.º Exército Alemão, com cerca de 55.000 homens comandados pelo General Ferdinand Quast. Essa ofensiva alemã, montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva "Georgette" e visava à tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer. As tropas portuguesas, em apenas quatro horas de batalha na madrugada e manhã de 9 de Abril, teriam registado milhares de baixas, entre mortos -1341, feridos -4626, desaparecidos -1932 e prisioneiros -7440. De acordo com estudos recentes, porém, esses números estariam muito inflacionados. Segundo estudos mais recentes, em La Lys ter-se-ão registado 423 mortos portugueses de um total de 2086 mortos do Corpo Expedicionário Português em 1917-1918, e cerca de 6000 prisioneiros. Outro estudo ainda, refere 300 mortos e 6000 prisioneiros portugueses em La Lys. Entre as diversas razões para esta derrota tão evidente têm sido citadas, por diversos historiadores, as seguintes: 1-A revolução de Dezembro de 1917 em Lisboa, que colocou na Presidência da República Sidónio Pais, o qual alterou profundamente a política de beligerância prosseguida antes pelo Partido Democrático; 2-A chamada a Lisboa, por ordem de Sidónio Pais de muitos oficiais com experiência de guerra ou por razões de perseguição política ou de favor político; 3-Devido à falta de barcos, as tropas portuguesas não foram rendidas pelas britânicas, o que provocou um grande desânimo nos soldados; 4-O facto de alguns oficiais, com maior poder económico e influência, terem regressado Portugal; 5. A moral do exército que chegou a provocar insubordinações, deserções e suicídios; 6-A grande diferença numérica entre as forças portuguesas e as alemãs; 7-O armamento alemão era muito melhor em qualidade e quantidade do que o usado pelas tropas portuguesas o qual, no entanto, era igual ao das tropas britânicas. 8-O ataque alemão deu-se no dia em que as tropas lusas tinham recebido ordens para finalmente serem deslocadas para posições mais à retaguarda. 9-E pelo facto das tropas britânicas terem recuado nas suas posições, deixando expostos os flancos do CEP, facilitando o seu envolvimento e aniquilação.
MILITARES DO CONCELHO DE MONTALEGRE PRESENTES NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA CABRIL-António José Martins Pereira – Cabril, Bernardo António Gonçalves – Cabril, Cândido José Martins Pereira – Cabril, Domingos José Pereira – Cabril, Domingos Manoel – Cabril, Domingos José da Costa – Fafião, e Francisco Luiz Lopes – Fontaínho. CERVOS-António Gonçalves Branco d'Araujo – Cervos, António Manoel Dias Veiga – Cervos, Camilo Afonso – Cervos, Domingos Dos Santos Moura – Cervos, Francisco Gonçalves Nogueira – Cervos, José Dias Veiga – Cervos, José Joaquim Gonçalves – Cervos, Atanásio Atilho – Cortiço, E Francisco Gonçalves Nogueira – Cortiço. CHÃ-Abel Dias dos Santos – Chã, Abílio Gonçalves – Chã, António da Silva – Chã, António Joaquim Gonçalves – Chã, António Vieira – Chã, Francisco Esteves Dias – Chã, Raul Dias Barroso – Chã, Gonçalo Rodrigues – Medeiros e João Garcia - Travassos da Chã. COVELO DO GERÊS- Augusto Fernandes - Covelo do Gerês, Delfim Dias - Covelo do Gerês, Domingos Lopes Pereira - Covelo do Gerês e Manoel Lopes Pereira - Covelo do Gerês. FERRAL-Adelino da Fonseca Magalhães – Ferral, Constantino Ferreira – Ferral, João Batista Alves de Souza – Ferral, Pedro José Antunes – Ferral e Sebastião Pires – Sidrós. GRALHAS-Catita Lopes Moraes – Gralhas, Domingos Moura – Gralhas, Emílio Gomes Barroso – Gralhas, João Alves de Moura – Gralhas, Joaquim Fernandes de Mateus – Gralhas, Joaquim Gonçalves de Barros – Gralhas, José Gonçalves Calado – Gralhas, José Joaquim Alves Penedones – Gralhas, José Joaquim Gonçalves Salgado – Gralhas, José Joaquim Martins Moura – Gralhas e Marcos Esteves – Gralhas.
MORGADE-Abel Gonçalves – Morgade, Agostinho Gonçalves – Morgade, António Fernandes – Morgade e Agostinho Gonçalves – Carvalhais. NEGRÕES-Domingos De Sousa – Negrões, Porfírio Pereira – Negrões, José Joaquim Afonso - Vilarinho de Negrões e Manoel Dias - Vilarinho de Negrões OUTEIRO-Albino da Silva – Outeiro, Albino Dias Penedo – Outeiro, Domingos Dias dos Santos – Outeiro, Francisco Luís dos Santos – Outeiro e António Castro Dias – Parada. PITÕES DAS JÚNIAS-Belarmino Vaz Pereira - Pitões das Júnias, Guilherme Afonso - Pitões das Júnias, Joaquim Alves dos Reis - Pitões das Júnias e José Augusto dos Santos - Pitões das Júnias. REIGOSO-Domingos Gonçalves da Costa – Reigoso, João Batista André – Reigoso, José Dias da Silva – Reigoso, Manuel Gonçalves Carneiro – Reigoso, Alberto da Costa – Currais e Manoel da Silva – Currais. SALTO-António Fernandes – Salto, António Joaquim Lopes Baia – Salto, António Pereira – Salto, António Pereira – Salto, Casimiro de Magalhães – Salto João Fernandes – Salto, Júlio Fortuoso – Salto, Manoel José Pereira – Salto, Manoel Tomaz Dias Pereira – Salto, Manuel Gonçalves – Salto, Roberto Fernandes – Salto e Porfírio Rodrigues – Tabuadela.
O resultado da batalha já era esperado por oficiais responsáveis dentro do CEP, Gomes da Costa e Sinel de Cordes, que por diversas vezes tinham comunicado ao Governo português o estado calamitoso das tropas. No entanto, é de realçar o facto de a “ofensiva Georgette”, se tratar de uma operação já próxima do desespero, planeada pelo Alto Comando da Alemanha Imperial para causar a desorganização em profundidade da frente aliada antes da chegada das tropas norteamericanas, que nessa altura se encontravam prestes a embarcar ou já em trânsito para a Europa. As cerimónias da comemoração do aniversário da Batalha de La Lys, têm lugar habitualmente e todos os anos no Mosteiro da Batalha num dos primeiros fins de semana de Abril, com a presença dos vários ramos das forças armadas portuguesas, entre outras entidades. Pela passagem dos 100 anos, vai ser igualmente comemorada a data em França, durante um mês de conferências e seminários, até 6 de Maio.
SANTO ANDRÉ-António Fernandes Coelho - Santo André e Eduardo Augusto Carvalho - Santo André. SARRAQUINHOS-António Joaquim Moreno Gomes – Sarraquinhos, António José Gonçalves Coelho – Sarraquinhos, Joaquim Branco – Sarraquinhos, Joaquim Gomez – Sarraquinhos e Manoel de Moura Sarraquinhos SOLVEIRA-Albano Fernandes Machado – Solveira, Albino Alves da Silva – Solveira, Albino Afonso Ferreira – Solveira, Francisco Alves da Silva – Solveira, João Afonso Ferreira – Solveira, João Afonso Lage – Solveira e Manuel Alves Calvão – Solveira. TOURÉM-António Fernandes de Carvalho – Tourém, Cândido Branco – Tourém. Domingos Gomes – Tourém, Domingos Rodrigues Forno – Tourém, João Rebelo Ferreira Lopes – Tourém, José Bento Barroso – Tourém, José Daniel Alves Fernandes Carvalho – Tourém e José Fernandes Pataca – Tourém (Continua na página seguinte)
ECOS DA HISTÓRIA|LA LYS FOI HÁ 100 ANOS CONSEQUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A Primeira Guerra Mundial deixou milhares de mortos, modificou o mapa europeu e modo de fazer a diplomacia. Perdas Humanas e Materiais A guerra provocou a morte de quase 13 milhões de mortos e deixou vinte milhões de feridos e mutilados. Nesse conflito foram empregadas armas poderosas: gases asfixiantes, canhões de longo alcance, metralhadoras, lança chamas, tanques, aviões e submarinos. Muitos foram usados pela primeira vez numa guerra. Mesmo os países vitoriosos haviam perdido grande parte de sua população masculina jovem e quem voltou da guerra estava mutilado ou com sérios problemas mentais. As perdas materiais também eram enormes e havia que reconstruir estradas, pontes, cidades inteiras. Começou um período de declínio da Europa, com os problemas sociais de desemprego, fome e miséria. A instabilidade política e social favoreceu o surgimento de regimes totalitários. Diante deste quadro, as sociedades viviam apreensivas com a possibilidade de um novo conflito mundial de maiores proporções e consequências do que o primeiro, o que de fato aconteceu com a Segunda Guerra Mundial.
Novos Países Quatro impérios que eram considerados sólidos antes de 1914 simplesmente desmoronaram: Alemão, Austro-Húngaro, Russo e Otomano. Com o Tratado de Versalhes, dos escombros desses impérios surgiram novos países como Polônia, Checoslováquia, Iugoslávia, Áustria, Hungria, Estônia, Lituânia e Letônia. Já o Império Otomano viu suas fronteiras diminuírem. Surgiu o moderno estado da Turquia, que teve que reconhecer a independência da Armênia. Coube à França e à Inglaterra administrarem sob mandato os territórios da Síria, Líbano e Iraque.
MILITARES DO CONCELHO DE MONTALEGRE PRESENTES NA PRIMEIRA GRANDE GUERRA (Continuação)
VILA DA PONTE-Celestino Afonso - Vila da Ponte, João Luís Pires - Vila da Ponte, Júlio César Branco - Vila da Ponte e Manuel Afonso Pereira - Vila da Ponte. UNIÃO DAS FREGUESIAS DE CAMBESES DO RIO, DONÕES e MOURILHE- João Machado - Cambezes do Rio, João Batista Gonçalves Fontes - Cambezes do Rio, Joaquim Branco - Cambezes do Rio, José Barroso Cambezes do Rio,António da Costa Carreira – Donões, António da Cruz – Donões, António Gonçalves do Rego – Donões, Domingos Miranda – Donões, António Alves Branco - Frades do Rio, João Fernandes - Frades do Rio, António de Almeida – Mourilhe, Domingos José Alves – Mourilhe, Domingos Pires – Mourilhe, Francisco Fernandes da Braga – Mourilhe eManuel Antunes – Mourilhe, UNIÃO DAS FREGUESIAS DE MEIXEDO e PADORNELOS-Domingos Alves – Meixedo, Germano Afonso Amador – Padornelos, Joaquim Lopes – Padornelos, Marcelino Gonçalves André – Padornelos e Domingos Gonçalves André – Padornelos. UNIÃO DAS FREGUESIAS DE MONTALEGRE e PADROSO-Alberto Gonçalves Dias – Montalegre, Aníbal do Nascimento Flambó – Montalegre, António Afonso Botelho – Montalegre, António Lopes – Montalegre, Bento Alves Dias – Montalegre, Domingos José Afonso – Montalegre, Jaime Francisco da Costa – Montalegre, João Augusto Lobo – Montalegre, João Augusto Gorro – Montalegre, João Ferreira Caldas Junior – Montalegre, João Lopes – Montalegre, João Rodrigues da Cruz Junior – Montalegre, Joaquim Alves – Montalegre, José António Dias Teixeira – Montalegre, Paulino Fernandes – Montalegre, Porfírio da Silva – Montalegre, Serafim Gonçalves Lopes – Montalegre, António Martins – Padroso, João Ribas – Padroso e José Alves – Padroso. UNIÃO DAS FREGUESIAS DE PARADELA, CONTIM e FIÃES DO RIO-Avelino dos Santos – Paradela, Delfim Afonso – Paradela, José Gonçalves – Paradela, Domingos Pires – Contim, Manuel Afonso – Contim, Manuel Francisco – Contim, Sebastião Rodrigues – Contim, Silvino da Costa – Contim, António José Roxo - Fiães do Rio, José Joaquim Miranda - Fiães do Rio, Constantino Afonso – Ponteira, Manoel Fidalgo – Ponteira, Maximino Afonso – Ponteira, José Maria Rodrigues - São Pedro e Manoel Gonçalves Branco - São Pedro UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SESELHE e COVELÃES-José Alves – Seselhe, José Bento Pires – Seselhe, José Bento Alves da Poça – Seselhe, Manuel António Alves Ramos – Seselhe, António João dos Santos – Covelães, Alberto Alves – Travassos, Alberto Gonçalves Rocha – Travassos, Albino Macedo – Travassos e Gervásio Gonçalves Rocha – Travassos. UNIÃO DAS FREGUESIAS DE VENDA NOVA e PONDRAS-António da Piedade - Venda Nova, António Gonçalves - Venda Nova, Domingos Fernandes - Venda Nova, Ventura Carvalho - Venda Nova, António Batista Barroso – Pondras, António Joaquim Teixeira – Pondras, Pedro Fraguina – Codeçoso,José Joaquim Gonçalves Pereira - São Fins. UNIÃO DAS FREGUESIAS DE VIADE DE BAIXO e FERVIDELAS-Aníbal Alves - Viade de Baixo, Custódio Barroso - Viade de Baixo, João Albino Barroso - Viade de Baixo, João Simões Ferreira - Viade de Baixo, Sebastião Cesar de Moura - Viade de Baixo, Sebastião de Miranda - Viade de Baixo Vítor Gonçalves - Viade de Baixo, António José Barroso - Viade de Cima, Domingos Pires Querido - Viade de Cima, José Joaquim Gonçalves - Viade de Cima, José Maria Gonçalves Carneiro - Viade de Cima, Manuel Afonso – Fervidelas, José Joaquim Gonçalves Outão – Lamas e Joaquim Rodrigues de Carvalho – Parafita
Sociedade das Nações A criação da Sociedade das Nações, em janeiro de 1919, com sede em Genebra - Suíça, foi inspirada nas propostas de paz do presidente americano Woodrow Wilsoon. O objetivo era fazer com que as nações discutissem diplomaticamente seus problemas antes de entrar em guerra.
Estados Unidos Os Estados Unidos foram os grandes vencedores do conflito. Comercializaram por mais de três anos com os Aliados, não viram seu território ser invadido pelos inimigos e ainda se tornavam credores das nações europeias. Suas indústrias não sofreriam a concorrência da Europa e suas perdas foram poucas se comparadas às dos sócios europeus. Por isso tudo, o país seguiria sua ascensão como potência mundial.
UNIÃO DAS FREGUESIAS DE VILAR DE PERDIZES e MEIXIDE-António da Fonseca - Vilar de Perdizes, António Fernandes - Vilar de Perdizes, António Gonçalves Cruzeiro - Vilar de Perdizes, Domingos Teixeira - Vilar de Perdizes, João Padrão - Vilar de Perdizes, José de Magalhães - Vilar de Perdizes, José Rodrigues - Vilar de Perdizes, Manoel Martins - Vilar de Perdizes, Sebastião Rebelo - Vilar de Perdizes, António Rodrigues dos Santos - São Miguel, Domingos Alves Gomes Meixide
ECONOMIA
ELECTRICIDADE: PORTUGAL EXCEDE 100% DE ENERGIA RENOVÁVEL
Por: Marie Oliveira|Paris A notícia foi oficialmente dada a conhecer no passado mês de Abril, publicada que foi pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis . Segundo os números apresentados, a produção de electricidade a partir de fontes renováveis atingiu os 103,6% das necessidades reais elétricas de todo o território português, o que quer dizer, que o renovável forneceu ainda mais electricidade do que o necessário. Para a concretização deste feito, contribuíram as barragens hidrelétricas, que cobrem 55% das necessidades de electricidade e as turbinas eólicas para os restantes 42%. Como resultado dessas boas actuações, a revista Challenges anunciou que o governo português suspendeu já os subsídios pagos às empresas de energia para a operação das termelétricas, os quais orçavam em 20 milhões de euros por ano. Outro motivo para comemorar, é que as energias renováveis já reduziram as emissões de dióxido de carbono em 1,8 milhão de toneladas. Em países como Portugal, o desenvolvimento de energias renováveis está acelerando dramaticamente. Como exemplo, em Março de 2017, há apenas um ano, as renováveis cobriam apenas 6% do consumo de electricidade de Portugal! Um salto fantástico que, mecanicamente, reduz o preço da electricidade de € 43,94 em Março de 2017 para € 39,75 este ano. (Fonte: Euractiv .)
AS 7 MARAVILHAS À MESA BARROSO É PRÉ-FINALISTA Das 182 candidaturas à melhor mesa de Portugal, foram seleccionados 49 pré-finalistas. Juntos reúnem um total de 343 patrimónios, entre gastronomia, vinhos, azeite e roteiros turísticos, de cada região do País. Luís Segadães, Presidente da iniciativa 7 Maravilhas à Mesa, afirma que o facto de esta edição obrigar à fusão de várias áreas dificultou a tarefa de eleger os pré-finalistas. Contudo, “a verdade é que se conseguiram reunir propostas muito inovadoras e que projectam o interesse pela descoberta do País”. Em comunicado, o responsável acrescentou que o objectivo principal da competição é promover os grandes valores da identidade nacional.
Há um ano, o país tinha apenas 6% de renováveis.
IEFP-INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL LANÇA PORTAL DIGITAL PARA O EMPREGO O Instituto do Emprego e Formação Profissional acabou de lançar um novo portal digital para o emprego e formação, “mais cómodo, mais seguro e mais acessível” dos que os disponibilizados anteriormente. O dito portal poderá ser acedido aqui e vai ter as funcionalidades actualmente disponíveis no site NetEmprego, mas com uma imagem mais moderna e apelativa, disponibilizando ainda outras funções adicionais com o objectivo de facilitar a comunicação com o Serviço de Emprego evitando deslocações desnecessárias. Para maior segurança informática, o acesso ao iefponline vai fazer-se com a chave móvel digital ou com o número da Segurança Social. No período de transição até Outubro, os membros poderão utilizar a sua informação do site NetEmprego para iniciar sessão..Entre as novas funcionalidades, este portal vai permitir consultar as ofertas disponíveis de estágio profissional ou de cursos de formação profissional para fazer candidaturas ou inscrições, fazer perdidos de contacto ao Serviço de Emprego para evitar a deslocação, e também adesão ao serviço de notificações electrónicas. No futuro, também será possível fazer uma marcação do atendimento por agendamento prévio, submeter documentos e até fazer a requisição do subsídio de desemprego através do iefponline” lê-se num comunicado enviado aos inscritos no NetEmprego.
SERÁ DESTA QUE A EXPLORAÇÃO DO LITIO EM CEPEDA AVANÇA?!... LUSO RECURSOS PEDE LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO A empresa portuguesa Luso Recursos pediu uma licença para ficar com a concessão de exploração de lítio em Cepeda-Montalegre. O requerimento foi tornado público em 17 de Abril, através da publicação em Diário da República e é mais um passo no desenvolvimento da indústria deste A próxima fase das 7 Maravilhas à Mesa envolve o público!... A partir mineral em território português. O pedido para de 22 de Julho, os portugueses são convidados a votar nas suas concessão de exploração segue-se à prospeção e mesas preferidas, tendo por base as galas semanais que serão pesquisa de lítio, volfrâmio e estanho. transmitidas pela RTP. “Acreditamos que a diversidade de “Faz -se público, nos termos e para efeitos do n.º 3
patrimónios vai potenciar ainda mais a participação popular, já que é nestes temas que o cidadão se revê e onde manifesta o seu orgulho pela sua região e por ser português. O resultado final será, com certeza, um roteiro eno-gastronómico único do nosso País”- referiu Luís Segadães. A grande final das 7 Maravilhas à Mesa está marcada para 16 de Setembro. Fonte:Marketeer
do artigo 16.º do Decreto -Lei n.º 88/90, de 16 de março, que LUSORECURSOS, L.da requereu a atribuição de concessão de exploração, na sequência de prospeção e pesquisa, de depósitos minerais de volfrâmio, estanho e lítio, numa área denominada “Sepeda”, localizada nas freguesias de Morgade e Sarraquinhos, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, ficando a corresponder -lhe uma área de 825,4 hectares”, refere o aviso da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) publicado na II Série do Diário da República.
POLITICA NACIONAL
RUI RIO COM VIDA MUITO DIFÍCIL NO PSD O CERCO APERTA E DEPUTADOS HOUVE QUE ATÉ FALTARAM ÁS COMEMORAÇÕES DO 25 ABRIL
CONGRESSO DA JSD-JUVENTUDE SOCIAL DEMOCRATA MARGARIDA BALSEIRO LOPES PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR A LIDERANÇA A deputada social-democrata, próxima da ala passista do Partido, sucede assim a Cristóvão Simão Ribeiro e torna-se a primeira mulher a liderar a JSD. "Este é o maior desafio da minha vida“ afirmou. A consultora fiscal sucede assim a Cristóvão Simão Ribeiro e torna-se a primeira mulher a liderar aquela estrutura partidária. A eleição decorreu no final do 25º Congresso da JSD, na cidade da Póvoa de Varzim. Numa primeira reacção, a nova líder da JSD revelou não estar ainda “em si” pela vitória alcançada. No discurso de encerramento do Congresso, Margarida Balseiro Lopes assumiu a importância do cargo, como sendo “o maior desafio da sua vida.” Visivelmente emocionada, Balseiro Lopes garantiu que não deixará nunca de lutar por fazer ouvir a voz dos mais jovens. “Vezes demais as gerações mais novas são ignoradas. Não podemos permitir que sejamos sucessivamente esquecidos. Eu não vou permitir”, afirmou a nova líder da JSD. Num discurso muito centrado na reforma da educação e nos apoios ao emprego jovem, Balseiro Lopes não deixou de se dirigir a Rui Rio, jurando “lealdade”, mas também - e sublinhou-o bem — “autonomia”. Conte com uma JSD leal, exigente e irreverente. Mas conte também com uma JSD livre e autónoma”, avisou Margarida Balseiro Lopes.
Depois de um processo eleitoral muito tenso, com acusações de golpe político à mistura, a nova líder dos jotas pediu agora “unidade”. “Os jovens portugueses merecem que trabalhemos juntos. Esse deve ser o maior cimento da JSD, que deverá sair unida deste Congresso”, afirmou Margarida Balseiro Lopes. “Queremos uma JSD que incomode e não se esconda em silêncios inconvenientes. Queremos uma JSD de acção e não de reacção. Queremos devolver a política aos jovens”, rematou a nova líder da juventude social-democrata.
Já se sabia que ía ser assim!... Foi o Congresso que o disse e que o desenrolar dos acontecimentos vem confirmando. Rui Rio, o homem que quer fazer regressar o PSD à sua verdadeira matriz ideológica, está perante obstáculos internos, que sendo previsíveis, ninguém supunha atingirem as proporções que estão a tomar. A luta de Rui Rio vai ser titânica para se ver livre da “tralha” passista, que continua a minar o seu terreno. Primeiro foi o aviso de Luis Montenegro em pleno Congresso e que agora abandonou o seu lugar de deputado para “voltar em força” e agora seguem-no Paula Teixeira da Cruz e toda a tralha passista. O último exemplo surgiu nas comemorações do 25 de Abril!... Um quarto da bancada do PSD não esteve presente no Parlamento e muitas fora as clareiras nas últimas filas dos social-democratas. Foi a primeira vez que tal aconteceu numa cerimónia do Dia da Liberdade, pelo menos com tal dimensão e com a presença das mais altas autoridades do Estado e representantes diplomáticos. Uma das ausências mais notadas foi a do ex-líder parlamentar Hugo Soares e o ex-Ministro da Defesa Pedro Aguiar Branco chegou quando já tinham discursado PAN, PEV, PCP, CDS e a representante do BE, Isabel Pires, terminava a sua intervenção. Só na última fila, onde estão sentados deputados como Paula Teixeira da Cruz, Teresa Leal Coelho, Duarte Marques ou Paulo Rios de Oliveira, a proporção de ausentes foi quase quatro vezes mais do que os presentes.
Mas os problemas para Rio não se ficam por aqui!... Há dias, surgiu também a antiga Ministra da Justiça do Governo de Passos, Paula Teixeira da Cruz, a “atirar-se” a Rio. E aqui o problema tem duas vertentes: a primeira, é quea senhora que andou a fechar os Tribunais do interior é uma “passista” confessa, e a segunda, é que Paula Teixeira da Cruz, nunca perdoou a Rui Rio, a nomeação de Elina Fraga – exactamente aquela que contra si apresentou queixa nos Tribunais – para uma das Vice-Presidências. Não é por acaso, que Paula Teixeira da Cruz, clama aos quatro ventos, que Passos Coelho também dará um bom candidato a Presidente da República que Luis Montenegro é um “homem com muita coragem e muita lealdade – porque é legítimo divergir, e só nos Partidos não democráticos é que não se pode divergir – que expôs os seus pontos de vista, que se revê no discurso do doutor Montenegro, e que dará um bom líder do Partido. Os dados estão por isso lançados!... O PSD, é hoje, para mal da nossa democracia, uma “casa de gatos”, com Passos Coelho na “sombra” e toda a “tralha neo-liberal” a fazer pela vida. Rui Rio, vai or isso ter uma missão do “outro mundo” para levar o seu barco a bom porto
POLITICA NACIONAL
DESCENTRALIZAÇÃO: ACORDO ENTRE PSD E GOVERNO ABRE A PORTA À REGIONALIZAÇÃO
Governo vai pedir estudos ás universidades para uma ENTRETANTO, RUI RIO “QUER PODE E MANDA DENTRO DE PORTAS” Organização Subnacional do Estado, dando mais poderes de decisão às CCDR
O executivo vai pedir às universidades “estudos aprofundados” que avaliem as funções e a organização do Estado, tendo em vista uma nova realidade no país: a chamada Organização Subnacional. Ou seja, a pedido do Governo, as universidades vão analisar quais as competências, os recursos e os meios que serão transferidos para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR, de forma a que sejam reforçadas as suas funções e o seu poder de decisão. A ideia, é que as autarquias e as CCDR não sejam meras entidades administrativas que apenas executam as decisões do Governo e que processam salários. É a chamada regionalização que vai implicar uma nova realidade para o país, aos níveis regionais, metropolitanos e intermunicipais. Apesar de não estar de forma assumida no documento, a regionalização é uma das antigas bandeiras do PS e um dos cavalos de batalha de Rui Rio. Foi em 1998 que o então Governo PS, liderado por António Guterres, avançou com um referendo à regionalização, com um cenário que dividia o país em oito regiões. Na altura a reforma de Guterres acabou por ser chumbada, mas hoje há cada vez mais vozes entre os socialistas que têm vindo a defender a regionalização. É o caso do deputado Ascenso Simões, que em entrevista recente ao Jornal Económico disse que a regionalização seria uma solução para “transportar novas realidades para o interior deprimido e despovoado”. Um discurso, que tem sido acompanhado com agrado pelo Presidente do PSD, Rui Rio. “Uma regionalização bem feita diminui a despesa pública”, disse Rio quando defendeu “um debate sério e sensato sobre o tema em Portugal”, durante um encontro com autarcas do PSD, em Pombal.
Proposta de lei em Julho de 2019 Em paralelo aos estudos sobre a regionalização que o Governo vai pedir às universidades vão decorrer “debates públicos com entidades regionais” como as áreas metropolitanas, as comunidades intermunicipais e as CCDR. No fim de um “programa de auscultação” e depois de entregues os estudos, serão desenhados “anteprojectos de diplomas que serão referencial para iniciativas legislativas”, lê-se no documento do acordo assinado recentemente entre o Governo e o PSD para a descentralização. Em paralelo a todo este processo, vai arrancar a transferência de responsabilidades para as autarquias em 21 áreas. A descentralização de competências vai ser feita de forma gradual até 2021. Ou seja: cada município vai ter a liberdade para decidir o ritmo em que quer assumir as responsabilidades que até agora eram do Governo, em sectores como a Educação, Saúde, Proteção Civil, Habitação, Cultura ou Policiamento de Proximidade, por exemplo. No entanto, a partir das próximas eleições autárquicas em 2022, os 308 novos Presidentes de Câmara vão ter no terreno e a todo o vapor as responsabilidades que foram transferidas pelo Governo. Na reunião em São Bento onde foram assinados os acordos, estiveram presentes, além de António Costa, Pedro Marques, Eduardo Cabrita e Pedro Nuno Santos. Do lado do PSD, além de Rio, marcaram presença Castro Almeida e Álvaro Amaro. As assinaturas decorreram à porta fechada, mas no final em conferência de imprensa pública, Costa e Rio deram um aperto de mão, fazendo questão de salientar, que este acordo “vale mais do que mil assinaturas”. Marcelo juntou-se entretanto à festa, congratulando-se com o acordo assinado entre Governo e o PSD e fez votos para que o consenso se estenda aos outros Partidos.
Paulo Rangel e Luís Montenegro não se inibiram de criticar publicamente os acordos fechados por Rui Rio com António Costa. Só o Comissário Carlos Moedas deu os parabéns ao líder do PSD e também ao Primeiro-Ministro. Dois meses de liderança e, dois acordos com o Governo – Descentralização e Fundos Comunitários. O que é do interesse de Portugal é do interesse do PSD, defende Rui Rio. No entanto, o Conselho Nacional, que é o maior órgão regular do PSD, possuindo inclusive poderes de aprovação de listas eleitorais e destituição de lideranças, não teve desta vez direito a exposição prévia ou póstuma acerca dos consensos entre Rui Rio e António Costa. Uma posição desvalorizada por um dos “passistas” que foi dado como candidato à liderança contra Rio e que não vê razão para os acordos com o Governo serem ratificados em Conselho Nacional: “são documentos inócuos!... Não há nada para discordar nem nada para concordar. Não acho que isso deva ser votado da mesma maneira que não achei que deveria ter sido tão fotografado”, ironizou. Certo é que estatutariamente, os deveres são ambíguos – fala-se em definição de “estratégia” – mas não há ambiguidade na quebra de tradição que vem de Marques Mendes e Rio acabou por ignorar. Luís Montenegro – o já “candidato passista pós-Rio”, advertiu para os riscos de o PSD cair na aparência de “muleta do PS” – um risco para o qual já havia alertado no passado Congresso, e o Comissário europeu Carlos Moedas aproveitou o seu Twitter para congratular Rui Rio e António Costa “por alcançarem um consenso” sobre os Fundos Europeus. Enquanto isso, o eurodeputado Paulo Rangel, mostra-se contrário a entendimentos entre PS e PSD: “ eu sempre achei que é mau para o país e é mau para o sistema político esta aliança” - rematou. Certo, certo, é que Rui Rio vai resistindo…
EUROPEIAS – ELEIÇÕES VÃO SER A 26 DE MAIO 2019
Os eurodeputados acordaram, num projecto de decisão do Conselho da UE, a data das próximas eleições para o Parlamento Europeu. As eleições deverão realizar-se de 23 a 26 de Maio de 2019, devendo ter lugar em Portugal no domingo, dia 26. A decisão foi aprovada com 492 votos a favor, 14 contra e 4 abstenções. Internamente, colocada de parte está a possibilidade das mesmas se realizarem em simultâneo com as Legislativas,
POLITICA LOCAL
(ÚLTIMAS DELIBERAÇÕES DO EXECUTIVO MUNICIPAL) MUNICÍPIO DE MONTALEGRE CÂMARA MUNICIPAL N.I.P.C 506 149 811
EDITAL N°26/2018/DA Manuel Orlando Fernandes Alves, na qualidade Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, em cumprimento do disposto no n.° 2 do artigo 56.°, do anexo I, da Lei n.° 75/2013, de 12 de setembro, torna público que, na reunião ordinária do executivo municipal, realizada no dia dezanove de abril 2018, foram tomadas as seguintes deliberações: 3.1. Ação Social Escolar / Proposta de isenção do pagamento do almoço aos alunos Lucas Silva Sousa, Vitória Silva Sousa e Alexandre Gonçalves Fidalgo. Deliberação: Aprovado por unanimidade 3.2. Ação Social Escolar / Proposta de isenção do pagamento do almoço e anulação das guias de receita, referentes aos anos de 2017 e 2018, relativas aos alunos Diego Pereira Barroso e Margarida Pereira Barroso. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.3. Proposta de Concessão de Apoio Financeiro à Família — 3° e 4° filho. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.4. Tarifa Social de Água. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.5. Apoio a Associações — Regulamento de Apoio a Iniciativas Sociais, Culturais, Recreativas, Educativas, Humanitárias, Desportivas, Cooperativas e outras. Deliberação: Aprovado por maioria. 3.6. Regularização extraordinária RERAE (DL.165/14, de 5 de novembro) -Declarações de Interesse Público Municipal. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.7. Empreitada de "Revitalização do Castelo de Montalegre" (Processo 2017/001) — Suspensão do prazo de apresentação das propostas, por decisão sobre lista de erros e omissões — ratificação de despacho. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.8. Empreitada de Revitalização do Castelo de Montalegre " (Processo 2017/001) — Prorrogação do Prazo de Apresentação das propostas — Decisão sobre erros e omissões — ratificação de despacho. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.9. Empreitada de "Revitalização do Castelo de Montalegre" (Processo 2017/001) — Relatório Final de Análise das Propostas — Adjudicação de Empreitada — ratificação de despacho. Deliberação: Aprovado por unanimidade.
3.10. Proposta de designação de júri de recrutamento de cargos de direção intermédia de 2° grau. Divisão de Finanças (DF). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.11. Proposta de designação de júri de recrutamento de cargos de direção intermédia de 2° grau, Divisão de Ordenamento do Território, Urbanismo e Obras Municipais (DOTUOM). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.12. Proposta de designação de júri de recrutamento de cargos de direção intermédia de 3° grau, Unidade de Serviços Operativos (USO). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.13 Proposta de designação de júri de recrutamento de cargos de direção intermédia de 1° grau, Departamento de Planeamento e Gestão do Território. (DPGT). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.14. Designação de júri de recrutamento de cargos de direção intermédia de 2° grau, Divisão Administrativa (DA). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.15. Designação de júri de recrutamento de cargos de direção intermédia de 2° grau, Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos (DASU). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.16. Apreciação e votação dos documentos de prestação de contas do exercício económico de 2017 — Mapas de Prestação de Contas e Relatório de Gestão. Deliberação: Aprovado por maioria. 3.17. 1° Revisão aos Documentos Previsionais do ano financeiro 2018 (Revisão ao Orçamento da Despesa, Revisão do Orçamento da Receita, Plano de Atividades Municipais e Plano Plurianual de Investimento). Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.18. Alteração aos documentos previsionais — segunda alteração ao orçamento da despesa, segunda alteração ao plano de atividades municipais e segunda alteração ao plano plurianual de investimentos. Deliberação: Aprovado por unanimidade. 3.19. Autos de entrega de ativos fixos tangíveis, executados no âmbito do contrato programa celebrado com a EHTB para o ano de 2017. Deliberação: Aprovado por maioria. 3.20. Proposta de alienação dos prédios urbanos, nos quais funcionaram as escolas primárias de Parafita, Sendim, Antigo de Viade e Telhado / definição das condições gerais de realização da respetiva hasta pública. Deliberação: Aprovado por maioria. Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados no átrio do município e demais lugares de estilo, bem como no sítio da internet:- http:/www.cm-montalegre. E eu, Maria Fernanda Dinis Moreira, Chefe de Divisão Administrativa, da Câmara Municipal de Montalegre o subscrevi. Montalegre e Paços do Município, 26 de abril de 2018. O Presidente da Câmara_Municipal Manuel/Orlando Fernandes Alves
POLITICAMENTE FALANDO OPINIÃO
Por: Domingos Chaves
MÁRIO CENTENO E O DÉFICE…
deste Programa de Estabilidade e com a polémica relativa ao valor do défice, constata-se pelas palavras do Ministro das Finanças, que o foco futuro da política do Governo, será sobretudo assegurar o acerto das contas públicas, deixando para segundo lugar a política de devolução de INSISTE EM “METER-SE NOSSA CAMA” rendimentos. Esta éIGREJA a leitura que parece aferir-se das palavras do NA Ministro. Será preciso no entanto ter em conta, que até 2015, a quebra de rendimento das famílias portugueses somou 18.000 milhões de euros relativamente aos rendimentos que auferiam em 2011 e que em 2016, 2017 e 2018 foram conquistados nestes três anos valores que ainda próximos não chegam aos 4.000 milhões. Não sei se na verdade os “portugueses viviam ou não acima das suas possibilidades”, e se é possível retornar aos rendimentos de 2011, contudo, estamos ainda muito longe dos rendimentos dos tempos anteriores à crise financeira internacional. E sendo assim pergunta-se: será que uma nova política de contenção nos levará a alcançar melhores rendimentos, mais receita fiscal, mais emprego, mais verbas para a sustentabilidade da Segurança Social, de que António Costa tanto fala?!... Só os tempos futuros poderão confirmar ou não esta nova postura do Governo, o seu alcance e os seus limites. Aguardemos para ver…
CONTRA A MISÉRIA ESCONDIDA CHAMEMOS OS “BOIS PELOS NOMES”… Uma das heranças do salazarismo, é a falsa imagem de um ditador honesto e austero, uma imagem, que ainda hoje alguns procuram passar de forma subliminar, ao tentarem criar a ideia de que a politica nos nossos dias, assenta num mundo da corrupção generalizada, e que desde governantes a deputados, passando pelos autarcas, todos se andam a lambuzar em ajudas e habilidades manhosas. Esses, são os tais salazaristas, que raramente deram a cara pelo ditador e que em 1974 eram todos democratas, tendo tido até o cuidado de evitar o PDC ou o CDS, e optaram por um partido ligeiramente mais à esquerda - o então PPD, mas que hoje se escondem das comemorações do dia da Liberdade. Quando o Presidente da CIP, António Saraiva, elogia o Governo pela adopção que tomou relativa Nada de novo!... Há quarenta anos que a democracia vai sendo confrontada com a suposta ao valor do défice para 2018, dizendo que “o Governo está no bom caminho”, torna claro o superioridade do salazarismo nos domínios da ética, da competência e do nacionalismo, sentido político da decisão de Centeno. Porém, tal não invalida, que as palavras do Ministro sugerindo-se até, que o país e o seu interior têm vindo a ser destruídos pelos democratas e durante a apresentação do Programa de Estabilidade, como justificação da opção tomada de pela democracia. Dantes, esta mensagem era defendida pelos mais encarquilhados do reduzir o défice de 2018 para 0,7%, não devam no mínimo, ser consideradas de grande salazarismo e do colonialismo, hoje é passada de forma igualmente subliminar pelos seus infelicidade. É que ao afirmar, que esta decisão é indispensável à sustentabilidade das “contas herdeiros. É bom recordar-lhes porém, que o 25 de Abril aconteceu num momento em que o públicas”, porque não quer “regressar a um passado recente”, está a interpretar a vinda da regime enfrentava uma grave crise económica, em que muitos produtos alimentares de Troika e as dificuldades porque o país e os portugueses passaram, como resultado das “más primeira necessidade eram racionados, e no momento em que o regime estava isolado políticas” do Governo de Sócrates, utilizando exactamente o mesmo discurso que ouvimos a internacionalmente e à beira de uma derrota militar na Guiné. É bom recordar-lhes, que muitas direita utilizar e repetir até à exaustão, durante os anos da governação Coelho/Portas. Ora isso das grandes fortunas hoje elogiadas como sinal de um empreendedorismo que nunca terá é grave!... E é tão grave assim, porque tal interpretação que a direita fez e que agora Centeno ocorrido em democracia, foram construídas à custa e à sombra da pior das corrupções, com repete sobre a origem e intensidade da crise porque passámos, é rotundamente falsa e não os trabalhadores a terem de suportar um regime de salários de miséria, a total ausência de corresponde à realidade. direitos e com os patrões a usarem a polícia do Estado para poderem beneficiar dessas É verdade que foram cometidos erros durante a governação do anterior Governo do PS e foram condições sem revoltas de qualquer espécie. muitos, mas a causa primeira das dificuldades sentidas pelo país, tiveram origem na crise E já agora é bom recordar-lhes também, que desde o financeira internacional iniciada em 2008. Crise, que atingiu todos os países, e nos diz, que não mais pequeno balcão do Estado até ao Ministro, a foram seguramente as “más políticas” do Governo Sócrates, que provocaram o resgate da regra era a da corrupção1… Nada no Estado Irlanda, da Grécia ou as dificuldades sentidas pela Espanha, Itália, Bélgica, Chipre e muitos funcionava sem se pagar por fora. Desde as outros países europeus – só para falar destes. Retomar por isso o falso discurso da direita e da Alfândegas à Inspeção Económica, era tudo planeado “santa ignorância” que esquece ou não sabe o que foi a “crise financeira internacional” com o e oleado com dinheiro. Era o tal Estado bondoso em claro intuito de colocar Sócrates no lodo, para justificar uma decisão política, é no mínimo, de que eramos consumidos por uma guerra injusta, uma tremenda infelicidade. Como já foi referido, não é por acaso, que uma tal inversão da perseguidos pela famigerada PIDE/DGS, pela interpretação histórica da realidade feita por Centeno, está já a merecer elogios do “patrão dos ausência de cuidados de saúde, pela mortalidade patrões”, António José Saraiva, Presidente da CIP. Terá sido porventura um pequeno descuido, infantil, pela ausência das mais elementares regras um desvio do modelo social alternativo anti-austeridade encetado pelo Governo Costa com o de salubridade, por esgotos a céu aberto apoio parlamentar do BE e PCP desde o seu início, ou um regresso às políticas neoliberais da em tudo que eram aldeias e até algumas “austeridade para sair da austeridade”?!... Certo é, que antes de ser anunciado o Programa de vilas, pela ausência de iluminação pública Estabilidade, exigia-se que António Costa tivesse dialogado com seus parceiros – BE e PCP, cujos e nas habitações, por estradas que mal votos serviram para aprovar o Orçamento para 2018 com a previsão de um défice de 1,1% e não davam para passarem dois carros em de 0,7%, e com eles ter negociado a possibilidade de um valor alternativo, que poderia ser os simultâneo, pelo analfabetismo, pela ditos 0,7% que agora unilateralmente Centeno quer impôr, ou outro qualquer valor . Estou ignorância, e acima de tudo por um mesmo em crer, que facilmente se chegaria a um valor na ordem dos 0,9% que acredito seria “mundo das trevas” que teve como aceitável pelo BE e PCP, evitaria a infeliz argumentação de Centeno, a desconfiança agora consequência o devastar de um país, na instalada nos seus parceiros e os óbvios custos políticos. É verdade, que um valor menor de procura de melhores condições de vida e défice público é do agrado dos mercados e favorece a redução dos juros da dívida pública. Mas de trabalho. Os exemplos poderiam multi todos nós sabemos, que os mercados financeiros são profundamente instáveis e pouco plicar-se, pondo fim a uma falta de memória que permitisse até que Passos Coelho nas suas confiáveis. Agradar aos mercados financeiros e à Comissão Europeia indo “para além do défice” viagens, se sentasse em cima das memórias de Salazar, como se a inspiração deste passasse inicialmente previsto, não parece muito desejável. E não parece desejável, porque a menor por osmose, mas não vale a pena. Basta para essa gente, compararmos os quarenta e oito anos devolução de rendimentos e a menor melhoria dos benefícios sociais concedidos pelo Estado que de ditadura com os quarenta e quatro de democracia, Por muita “raiva” que os possa tolher, resulta de uma tal conduta política, não parece conforme à estratégia de desenvolvimento não encontraremos no presente nada que se compare com a pouca vergonha que foi o económico e social até aqui empreendida pelo Governo de António Costa. Com a apresentação salazarismo. Temos pena, mas é a vida…
AS “MALHAS DA JUSTIÇA” OPINIÃO
PROCESSO MARQUÊS JUSTIÇAINSISTE INVADIDAEM PELA “PORNOGRAFIA” INFORMATIVA IGREJA “METER-SE NA NOSSA CAMA”
Só os “fundamentalistas” apoiantes de José Sócrates ainda não perceberam, que o homem andou a fazer um tipo de vida que em nada se coadunava com Por: Domingos Chaves os seus ganhos. José Sócrates que ao intitular-se até como um Uma situação democraticamente perigosa!... A inversão dos “pobretanas”, nos permite concluir, que talvez tenha sido um dos tais que CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA fundamentais consagrados na Constituição não pode neste país viveram acima das suas possibilidades. Dinheiro pelos vistos, era VIOLAÇÃO DO SEGREDO DE JUSTIÇA valores trazer nada de bom. Portugal é um Estado de Direito!... coisa que não lhe faltava e os empréstimos que diz terem sido por si Há por aí muita gente a defender a renovação do mandato Compete a esse mesmo Estado aplicar a Justiça, e esta jamais contraídos, não representavam mais, senão uma “gota de água no oceano”. da Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal!... poderá funcionar ao nível do “Pelourinho”. Quem disser o Assim, e partindo do pressuposto que “quem cabras não guarda e cabritos Para o efeito, argumentam de que nunca antes dela a contrário, poderá ser defensor de “tudo”, menos daquilo a que justiça teve coragem para acusar os poderosos. E na linha se chama “Justiça” na verdadeira acepção do termo. não tem, de algum lado lhe vem”, Sócrates, deve por isso muitas explicações ao país e aos portugueses, Dito isto e indo então directamente ao assunto da frente desses poderosos, vêm obviamente Sócrates e Sentenças decretadas pela opinião pública, não obrigado... desta crónica, o que se sabe, é que o antigo Primeiro-Ministro é um dos Ricardo Salgado. Porém, não sei se é impressão minha, mas principais arguidos - num total de dezanove, no já mediático Processo vejo demasiado optimismo, e quiçá até, algum voluntarismo Marquês, que tanta tinta tem feito correr nos últimos dias. Antes porém de nesta argumentação. Ou dito de outra forma: tenho mesmo abordar o essencial desta questão, avanço desde já, para que não restem dúvidas quanto à sua veracidade. Vamos por isso ser claros!... A única diferença que descortino no mandato da dúvidas, com uma declaração de intenções: ao longo dos dois Governos que actual Procuradora em relação ao de outros Procuradores tutelou, sempre fui um critico das suas politicas. Está tudo escrutinadinho, e que tutelaram o Ministério Público, é a detenção de poderá ser consultado no arquivo das minhas crónicas desde Setembro de pessoas, e a constituição de arguidos mediáticos e com 2007 em “Politicamente Falando”, disponível no Google Portugal. Porém, e por estatuto em diversas áreas, designadamente no futebol e muita aversão que alguém possa ter à figura de José Sócrates – louvado que na política, para que a comunicação social lhe dê é por uns e diabolizado por outros, e pretenda fazer uma análise séria ao publicidade e incrimine os acusados na praça pública, que se está a passar na esfera pública no que diz respeito a este Processo, Conheço a estratégia de outras paragens mas não a terá obviamente de ser capáz de “separar as águas”: uma coisa é o Sócrates aprovo. E não a aprovo, porque não só é pouco politico com todos os seus defeitos, virtudes ou vicios, outra bem diferente é recomendável, como a considero até reprovável. É o Sócrates cidadão, com direitos absolutamente iguais aos dos restantes 10 inconcebível o que se passa na constante violação do milhões de portugueses. É isso que procurarei fazer. Citando então segredo de justiça. E é inconcebível pelo seguinte: 1.º - O segredo de justiça à guarda que deveria estar do Salvador Allende, “não basta que todos sejam iguais perante a Lei. É Ministério Público, é frequentemente violado em todos os preciso também, que a Lei seja igual perante todos”. Ora o que de facto processos com interesse mediático, sendo essa violação acontece, é que qualquer destas premissas, está longe de ser respeitada. tanto mais extensa quanto maior é o impacto mediático do Quem mata, quem rouba, quem burla, quem se corrompe ou se deixa . corromper, deve obviamente responder pelos seus actos, mas, mediante processo. 2.º – Quando a violação prejudica os interesses da um julgamento justo, que cabe ao Estado aferir. Uma coisa é investigação – o que raramente acontece – a quebra do inquestionável: por mais hediondo que possa ser o crime imputado a segredo é rapidamente descoberta, sendo os seus autores qualquer arguido, este, tem sempre direito à sua defesa, ao invés de ser vilipendiado no “pelourinho” público. Ora aquilo a que se assiste, é isso imediatamente processados. 3.º – Sempre que a violação favorece os interesses da mesmo – Sócrates está a ser vitima da Justiça de Pelourinho, pela luta investigação – e acontece em mais de 90% dos casos – ela titânica entre canais de televisão e grupos de interesses, para averiguar não somente fica impune, como a sua reiteração se o grau de “pornografia” de cada um deles, ao exibirem sem o mínimo pudor interrogatórios protegidos por Lei, e a que o Ministério Público só mantém muito activa. depois de muito instado e com o mal já feito resolveu responder, informando o país da abertura de um inquérito, face à divulgação de 4.º – E por último, demonstra-nos igualmente a experiência, que quanto mais atrasada está a acusação, quanto mais imagens e som de interrogatórios relativos a um processo que ainda nem sequer se encontra na fase instrutória. Imagens e som, que só frágeis ou inexistentes são os meios de prova, mais intensa alguém de dentro do dito Ministério Público, ou via “assistentes no processo”, poderão ter disponibilizado às televisões e jornais, o que e documentada é a violação do segredo de justiça. Ora isto configura um comportamento gravíssimo num Estado de Direito Democrático. Dito isto, obviamente que já todos sabemos qual vai ser o resultado do inquérito e possivelmente os prevaricadores irão ficar mais uma vez impunes. Mas atenção: a divulgação dos registos ultrapassa todos os limites de um Estado de Direito. Colocados que estamos então perante estes factos, processuais, ainda que o processo já não se encontre em segredo de justiça, está proibida nos termos do art.º 88º n.º 2 do Código de analisado este reiterado comportamento em diversos Processo Penal, incorrendo, quem não respeite as respectivas normas, num crime de desobediência - artigo 348.º do Código Penal. E processos, as várias matizes do seu desenvolvimento bem chegados aí, sabe-se muito bem quem procedeu à sua divulgação via televisão, procurando colocar o “carro à frente dos bois”. Restará saber como as suas consequências, qualquer cidadão de bem e neste caso, qual vai ser o comportamento do Ministério Público, agora confrontado também, com Sócrates como “assistente”. Dito isto e após defensor da Justiça, tem logicamente de concluir que essa o “julgamento público” feito pelo país, sem direito a contraditório nem a defesa, arrisco-me registar o seguinte: esta “táctica” vai redundar repetida violação do segredo de justiça, amplificada por um num verdadeiro “fracasso” e só vem demonstrar que tudo assenta num manto de “nuvens negras”. Depois de ler parte das mais de 3700 estrito número – sempre o mesmo – de órgãos de páginas da Acusação, e de ver e ouvir os relatos nos jornais e televisões, nada me custa concluir que o antigo Primeiro-Ministro bem pode dormir descansado, porque aquilo não tem pés nem cabeça. É certo que Sócrates recebeu muito dinheiro, fosse ele emprestado, doado, comunicação social, tem consequências: – Fragiliza o arguido, desmoralizando-o, mediante a proveniente de comissões – vulgo corrupção, ou através de manigâncias, mas o que ninguém ainda conseguiu descortinar foi da sua inversão social do ónus da prova, o que quer dizer, que em proveniência e Hugo Chavez e Kadaffi já cá não estão. Santos Silva é por isso a “chave” do processo, que está muito longe de estar vez de ser a autoridade que tem de provar a culpa do esclarecido e que se calhar nunca o vai ser. Nas transmissões, televisivas, chegou aliás a ser penoso ouvir a argumentação do Procurador investigado, passa a ser este que tem de provar a sua Rosário Teixeira, perante as réplicas - por vezes até desrespeitosas - de José Sócrates. Resumindo e concluindo: este comportamento do Ministério Público de que Joana Marques Vidal é a principal responsável, é profundamente farisaico. Primeiro, porque se revelou incapaz de inocência; – Promove o julgamento e subsequente condenação do proceder criminalmente contra os responsáveis pelos mesmos comportamentos em anteriores casos, e segundo, porque em todo este e outros processos, sempre conviveu, inerte e cúmplice, com o sistemático desrespeito pelo segredo de justiça, que volto a repetir, tem investigado na praça pública; – E condiciona objectivamente a magistratura judicial que PROTECÇÃO CONSTITUCIONAL. Por maioria de razão, não tendo o Ministério Público funções jurisdicionais, que cabem exclusivamente aos colocada perante a unanimidade de um sector da sociedade Tribunais e sendo o braço do Estado para a investigação e a acusação penal, está na hora de “prestar contas públicas”, uma característica – a que tem voz por estar em sintonia com a estratégia da aliás, inerente ao desempenho de cargos públicos num Estado Constitucional. Resta saber, quando é que a Assembleia da República tem a investigação – tem cada vez mais dificuldade em proferir coragem de chamar a PGR, como tem chamado outras autoridades independentes, a prestar contas ao País sobre tudo isto. O que fica, é que uma decisão objectiva, fundada numa rigorosa avaliação as transmissões televisivas vão dar um grande “jeitão” a Sócrates, que sabe muito mais de televisão, de entrevistas, de teatralização e de confrontação, que todos os Inspectores e Procuradores juntos como se viu. Nunca em quase 40 anos de carreira profissional, tinha assistido dos factos. a tanto desmando, muito menos cheguei sequer a equacionar, que as televisões pudessem servir para isto. Era só o que faltava.
AS “MALHAS DA JUSTIÇA” Por: Domingos Chaves
ORDEM DOS ADVOGADOS REPUDIA REPORTAGENS SOBRE O PROCESSO MARQUÊS
CARTÃO DE CIDADÃO VAI PODER SER RENOVADO ATRAVÉS DA INTERNET… IGREJA INSISTE EM “METER-SE NA NOSSA CAMA” Já não vai ser preciso esperar tantas horas na fila com as novas alterações ao processo de emissão do Cartão de Cidadão. Este vai passar a poder ser renovado através do Portal das Finanças, pela Internet.
Em comunicado, a Ordem refere que quer se concorde ou não com a lei vigente, esta tem de ser cumprida e repudia a transmissão das reportagens da “SIC” que reproduziam excertos dos interrogatórios de José Sócrates e de outros arguidos da Operação Marquês e dos inquéritos ao Universo GES. É ainda criticado o facto de esta transmissão ter levado a que fossem conhecidas apenas partes das diligências, “não permitindo aos ‘julgadores populares’ o acesso à integralidade das provas”. Como consequência, avança a Ordem, pode assistir-se a uma crispação da sociedade contra os arguidos, “violando um princípio base de paridade de armas” e contribuindo para “um tumultuar de sentimentos, com a possível potenciação de comportamentos de conflitualidade social”. A Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, também manifestou ontem o seu desagrado com a publicação das imagens, lembrando que está em causa o crime de desobediência. Isto porque apesar de o processo Marquês já não estar em segredo de justiça, a divulgação das imagens dos interrogatórios é proibida.
"São reaproveitados os dados fornecidos anteriormente, simplificando o procedimento e eliminando novas deslocações", refere o Ministério da Justiça. Além disso, vai ter ainda uma outra funcionalidade: o código PUK. Este permite recuperar o código pessoal de desbloqueio do PIN, que seja referente à morada, certificado de autentiação e certificado de assinatura, no caso de perda. Ainda no caso de perder o código PIN, o cidadão poderá PARLAMENTO APROVA LEI QUE REFORÇA A PARIDADE pedir o código PUK, tal como acontece com os telemóveis, e definir novos O Parlamento aprovou na generalidade, as propostas de lei que códigos PIN. No entanto, estas alterações têm um custo de cinco euros e, visam reforçar a paridade entre homens e mulheres nos órgãos para obter a opção do PUK, terá de validar a impressão digital de poder político e da administração pública. A proposta de lei presencialmente. para reforçar a presença de mulheres nos órgãos diretivos da GOVERNO LANÇA APP E DICIONÁRIO administração pública foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PS, BE, PAN e da deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto. PARA ENTENDER O DIÁRIO DA REPÚBLICA Na bancada do PSD, a deputada Paula Teixeira da Cruz quebrou . a disciplina de voto e votou contra, tal como o PCP e 13 deputados do CDS-PP. O PEV e dois deputados do CDS-PP, Nuno Magalhães e Patrícia Fonseca, abstiveram-se. A proposta que altera a lei da paridade, aumentando de 33,3% para 40% o limiar mínimo de representação de cada sexo nas listas eleitorais foi aprovada com os votos a favor do PS, BE, PSD, do PAN e da deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto. O PEV e o deputado do PSD Miguel Morgado abstiveram-se. O PCP votou contra, tal como a deputada do PSD Paula Teixeira da Cruz e de 13 deputados da bancada do CDS-PP: Cecília Meireles, Lara Amaral, Vânia Dias da Silva, Álvaro Castelo Branco, Ana Rita Bessa, Telmo Correia, Ilda Araújo Novo, Pedro Mota Soares, João Almeida, João Rebelo, João Gonçalves Pereira, Filipe Anacoreta Correia e António Carlos Monteiro. Na bancada do CDS-PP, o líder parlamentar, Nuno Magalhães, e a deputada Patrícia Fonseca abstiveram-se. A proposta que altera a lei da paridade, além de aumentar de 33,3% para 40% a percentagem mínima de cada um dos sexos nas listas eleitorais, altera o critério de ordenação, de substituição de mandatos e o mecanismo sancionatório em caso de incumprimento. A versão electrónica do Diário da República ganha novas ferramentas de acesso no âmbito do programa Simplex+. Os diplomas passam também a CUSTAS JUDICIAIS poder ser lidos em áudio, braille e em letras maiores e com maior contraste. A "app", que já pode ser descarregada na Google Play Store ou FISCO VAI COBRAR DIVIDAS na App Store, é apenas uma das três novas funcionalidades divulgadas Para libertar os oficiais de justiça para outras funções e pelo Ministério da Reforma Administrativa. Também no âmbito do reduzir as pendências, o Governo quer por a Autoridade programa Simplex+ e para "facilitar a compreensão dos actos Tributária a cobrar os valores em dívida nos tribunais. Esta legislativos" por parte dos portugueses, foi criado um dicionário jurídico providência faz parte do pacote de reforma da jurisdição que dá "uma explicação clara e sucinta dos conceitos jurídicos mais administrativa e fiscal que o Governo tem em preparação e recorrentes e importantes". que entrará brevemente em consulta pública por um período
de 30 dias, para recolha de contributos. Entre as alterações que o Executivo quer levar a cabo está a criação de juízos especializados para os conflitos relacionados com o emprego público ou com a contratação pública, bem como simplificações processuais como a obrigatoriedade na forma eletrónica do processo. O conceito de custas judiciais abrange não só as custas judiciais propriamente ditas, mas também as multas, coimas ou outras quantias referentes a sanções pecuniárias fixadas pelos tribunais em decisões, sentenças ou acórdãos relativos a a contra-ordenações. E, ainda, os juros de mora a que haja lugar pelos atrasos no pagamento.A passagem para o Fisco da responsabilidade pela cobrança destes valores é uma forma de aproveitar a eficiente máquina tributária, que, além das dividas fiscais, já se ocupa da execução de várias outras dívidas, nomeadamente as das portagens das auto-estradas. As custas judiciais que não são pagas dentro do prazo são cobradas nos tribunais comuns, através dos juízos de execução e em processos tramitados por oficiais de justiça. O objetivo agora, explicou a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, é que seja aproveitado “o mecanismo bastante traquejado e oleado” utilizado pela máquina fiscal “no tratamento destas execuções”.Dessa forma, as cobranças decorrerão “de forma muito mais rápida e sem custos acrescidos para o erário público”, antecipa.
NOVA LEI DA CAÇA – 2018/2021
Define as espécies cinegéticas às quais é permitido o exercício da caça nas épocas venatórias 2018-2021 e fixa os períodos, os processos e outros condicionalismos para essas mesmas épocas. Ver aqui http://data.dre.pt/eli/port/105/2018/04/18/p/dre/pt/html
13 MAIO | FÁTIMA - ALTAR DO MUNDO... HISTORIADORES SAIEM EM DEFESA DA VERACIDADE DAS APARIÇÕES “Fátima está longe de ser uma simples fraude”!... Quem o afirma são os historiadores, José Eduardo Franco e Bruno Cardoso Reis, na sua obra “Fátima-Lugar Sagrado Mundial”. Se de fraude se tratasse “, já há muito teria sido provada”, e consideram que é antes, “uma complexa questão de fé que merece ser estudada sob vários ângulos”. Por outro lado, os dois historiadores rejeitam o “preconceito de que as religiões são uma superstição irrelevante na época contemporânea”!... “Quem ainda mantém essa crença na irrelevância das fés religiosas não tem prestado atenção ao que se tem passado no mundo nas últimas décadas” - sentenciam os autores, segundo os quais “subestimar o poder das ideias e das convicções e olhar apenas para o poder na sua dimensão puramente militar, é algo que cada vez tem menos defensores, até no campo da estratégia política e militar”. E o que pensa cada um de nós?!... Para uma melhor interpretação factual, deixo as DATASCHAVE NA HISTÓRIA DE FÁTIMA, DE PORTUGAL E DO MUNDO. - 5 de outubro 1910 – É implantada a República em Portugal. Segue-se o exílio da família real.Teófilo Braga preside ao Governo Provisório.São expulsos os jesuítas e são extintos os títulos nobiliárquicos. - 20 de abril de 1911 – O governo aprova uma série de leis anticlericais, entre elas a da separação das Igrejas e do Estado, que está na origem do corte de relações entre Portugal e o Vaticano. - 28 de julho de 1914– Inicia-se a I Guerra Mundial. Em agosto, são organizadas as primeiras expedições militares para Angola e Moçambique. Inglaterra pede a intervenção de Portugal na guerra. - 9 de março de 1916– Portugal entra na I Guerra Mundial, declarando guerra à Alemanha. Primeiras tropas portuguesas embarcam para a França em janeiro de 1917. - 2 de fevereiro de 1917 Primeiras tropas portuguesas chegam a França. De maio a outubro, registam-se as chamadas “aparições” de Fátima, em que três crianças – Francisco e Jacinta Marto e Lúcia – da aldeia de Aljustrel, em Fátima, afirmam ter visto “Nossa Senhora” num local conhecido como Cova da Iria - 25 de maio de 1917– O padre de Fátima, Manuel Marques Ferreira, faz o primeiro interrogatório às três crianças, que passam a ser conhecidas como videntes de Fátima. - 13 de julho de 1917 – Jornais da época relatam que 800 a 2.000 pessoas se juntaram para a “terceira aparição”. O número sobe para 25 mil a 30 mil em setembro e para 70 mil a 100 mil em outubro, segundo ‘O Século’. - 7 de novembro de 1917 – Triunfa a revolução bolchevique na Rússia. - 8 de dezembro de 1917 – Golpe de estado militar em Portugal. Sidónio Pais é presidente. Começam a sentir-se os primeiros efeitos da guerra e da fome e surgem críticas à intervenção portuguesa na I Guerra. - 11 de novembro de 1918 – Termina a I Guerra Mundial, com a assinatura do armistício. - 4 de abril de 1919– Morre Francisco Marto, em Aljustrel, vítima de gripe espanhola. Portugal é assolado por um surto de gripe pneumónica em 1918 e 1919, que faz mais de 100 mil mortos. - 28 de abril de 1919 – Começa a ser construída a Capelinha das Aparições, na Cova da Iria. - 20 de fevereiro de 1920– Morre Jacinta Marto, em Lisboa, também de gripe espanhola. - 13 de outubro de 1921– É permitida a celebração da missa junto à capelinha. - 21 de novembro de 1921 – O papa Bento XV declara que, após a implantação da República em Portugal, a Santa Sé considera caducas as convenções negociadas anteriormente entre os dois Estados. - 6 de março de 1922– A capela é destruída, por um atentado à bomba, atribuído a radicais anticlericais. É reconstruída e restaurada no prazo de um ano. - 3 de maio de 1922– Bispo de Leiria manda instaurar um processo sobre os acontecimentos de Fátima. - 20 de dezembro de 1922 – É formada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) por 14 repúblicas da Rússia. - 1923 - O Vaticano reconhece a República Portuguesa como católica. - 24 de outubro de 1925– Lúcia, única sobrevivente dos videntes de Fátima, ingressa nas Doroteias, em Tui, na Galiza, em Espanha. - 28 de maio de 1926 – Golpe de estado põe fim à I República. É instaurada uma ditadura, que durou 48 anos e teve em António de Oliveira Salazar figura central, de 1933 a 1970. - 26 de junho de 1927- Bispo de Leiria preside, pela primeira vez, a uma cerimónia oficial na Cova da Iria. - 13 de maio de 1928– Lançamento da primeira pedra da Basílica de Fátima. - 1929 - Permissão de regresso a Portugal das Ordens Religiosas, expulsas depois do 5 de Outubro de 1910. - 16 de novembro de 1929 – Manuel Cerejeira é nomeado cardeal. - 13 de outubro de 1930 – Bispo de Leiria declara “dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria” e autoriza oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima. - 13 de maio de 1931– Peregrinação nacional e consagração de Portugal ao “Coração Imaculado de Maria”, pelo episcopado português.
- 12 de outubro de 1935– Trasladação dos restos mortais de Jacinta Marto, do cemitério de Vila Nova de Ourém para Fátima. - 1 de setembro de 1939– Início da II Guerra Mundial, após a invasão da Polónia pelas tropas da Alemanha. - 13 de maio de 1942 – Pio XII consagra o Mundo ao Imaculado Coração de Maria. Peregrinação assinala 25 anos dos acontecimentos de Fátima. - 13 de outubro de 1942 – Grupo de centenas de mulheres oferecem ouro de que é feita a coroa da imagem. É feita de ouro, brilhantes, diamantes, pérolas, esmeraldas, safiras, rubis e uma turquesa. É um gesto de agradecimento por Portugal não ter entrado na II Guerra Mundial. - 8 de maio de 1945 - A Alemanha rende-se aos Aliados e termina a guerra na Europa. - 2 setembro de 1945– O Japão rende-se e termina a II Guerra Mundial. - 13 de maio de 1946 – Coroação da imagem de Nossa Senhora de Fátima da capelinha por um cardeal. - 17 de maio de 1946 – Lúcia deixa a Galiza para regressar a Portugal. É internada no Colégio do Sardão, também das Doroteias, em Oliveira do Douro (Porto). - 25 de março de 1948– Lúcia ingressa no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra. - 1950 - Tony Bennet, cantor norte-americano, grava canção sobre Fátima, “Our Lady of Fatima” (“Nossa Senhora de Fátima”). - 1 de maio de 1951– Restos mortais de Jacinta são transferidos para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima. - 13 de março de 1952– Trasladação dos restos de Francisco Marto do cemitério de Fátima para a Basílica do Santuário. - 7 de julho de 1952 – Consagração dos Povos da Rússia ao Imaculado coração de Maria, pelo papa Pio XXII. - 13 de maio de 1956 – Cardeal Roncalli, patriarca de Veneza e futuro papa João XXIII, preside às cerimónias da peregrinação internacional. - 21 de novembro de 1964– Papa Paulo VI, no final da 3.ª sessão do Concílio Ecuménico, proclama Nossa Senhora Mãe da Igreja e anuncia a concessão da Rosa de Ouro ao santuário de Fátima. - 13 de maio de 1965 – Entrega da Rosa de Ouro ao santuário. - 13 de maio de 1967– Peregrinação do papa Paulo VI a Fátima para assinalar os 50 anos das aparições. - 25 de abril de 1974– Golpe de estado derruba governo de Marcelo Caetano, que põe fim a 48 anos de ditadura. Mantém-se inalteradas as relações entre Portugal e o Vaticano. - 10 de julho 1977– O Patriarca de Veneza, Albino Luciani, visita Fátima. No ano seguinte, é eleito papa, adotando o nome de João Paulo I. - 19 de setembro de 1977– Elevação de Fátima a vila. - 13 de maio de 1981– Papa João Paulo II é alvo de um atentado na Praça de São Pedro, em Roma, e consegue sobreviver. O atacante, o turco Ali Agca, é preso. - 13 de maio 1982– Peregrinação do papa João Paulo II a Fátima para agradecer a Nossa Senhora de Fátima “a mão maternal que desviou a bala” no atentado do ano anterior. Na noite de 12 de maio, o papa sobrevive a uma tentativa de agressão pelo padre ultraconservador Juan Krohn. - 26 de março de 1984 – Papa João Paulo II oferece a bala que o atingiu no atentado de 1981 ao Santuário de Fátima e que é colocada na coroa da imagem de Nossa Senhora de Fátima. -13 de maio de 1989– Publicação, em Roma, dos decretos de heroicidade de virtudes de Francisco e Jacinta Marto. - 10 a 13 de maio de 1991 - João Paulo II regressa a Fátima e visita também Lisboa, Açores e Madeira. - 12 e 13 de maio de 1996– Cardeal Ratzinger, que se tornará papa em 2005, visita Fátima para presidir às cerimónias do 79.º aniversário das aparições de 1917. - 13 de maio de 2000– João Paulo II faz a terceira e última visita a Fátima para a beatificação de Francisco e Jacinta. - 13 de fevereiro de 2005– Morre Lúcia, aos 97 anos. em 2016, os seus restos mortais são trasladados para o Santuário de Fátima, onde ficam depositados junto aos de Jacinta e Francisco. - 12 de outubro de 2007 – Inauguração da Basílica da Santíssima Trindade, com capacidade para mais de 8.500 pessoas. - 14 de fevereiro de 2008 – É autorizado, pelo papa Bento XVI, o início do processo de beatificação de Lúcia. - 13 de maio de 2010 - Primeira e única peregrinação, enquanto papa, de Bento XVI a Fátima, que também visitou Lisboa e Porto. - 13 de outubro de 2013– Imagem de Nossa Senhora de Fátima está presente, em Roma, a pedido do papa Francisco, na cerimónia de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. - 2 de fevereiro de 2016– Reaberta Basílica do Rosário, após obras de restauro. 15 de dezembro – Governo português confirma visita do Papa Francisco a Fátima, a 12 e 13 de maio. - 23 de março de 2017 - O papa Francisco aprovou o milagre que permite a canonização dos beatos Francisco e Jacinta Marto. - 12 e 13 de Maio de 2017 – O papa Francisco visita Fátima
MAIO É O MÊS QUE CELEBRA O DOM DO TRABALHO
SIGNIFICADO E HISTÓRIA DO 1.º DE MAIO - DIA DO TRABALHADOR... No 1º de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, manifestando-se pacíficamente, exigindo a redução do horário de trabalho para as oito horas diárias. A polícia reprimiu a manifestação, dispersou a concentração, e dezenas de manifestantes saíram maltratados. Os trabalhadores não se deixaram porém abater, pois todos achavam que eram demais as horas diárias de trabalho. Por isso, no dia 5 de Maio de 1886, quatro dias depois da reivindicação de Chicago, os operários voltaram às ruas e foram novamente reprimidos. Resultado: 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados e 3 condenados a prisão perpétua. Porém, a luta não parou e em 1888 a solidariedade internacional pressionou o governo americano a anular o falso julgamento e a elaborar novo júri. Os membros que constituíram esse novo júri, reconheceram a inocência dos trabalhadores, culparam o Estado americano e ordenaram que soltassem os 3 presos que haviam sido condenados a prisão perpétua. Passado um ano, em 1889 o Congresso Operário Internacional reunido em Paris, decretou o 1º de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de luta, e em 1890, os trabalhadores americanos conquistaram o direito às oito horas de trabalho diário. Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o seu 1.º de Maio logo em 1890, o primeiro ano da sua realização internacional. Mas as acções do Dia do Trabalhador limitavam-se inicialmente a alguns piqueniques de confraternização com discursos pelo meio, e a algumas romagens aos cemitérios em homenagem aos operários e activistas caídos na luta pelos seus direitos laborais. Com as alterações qualitativas assumidas pelo sindicalismo português no fim da Monarquia e ao longo da I República o sindicalismo reivindicativo ganhou novas formas, consolidou-se e ampliou-se. O 1.º de Maio adquiriu também características de acção de massas, até que em 1919, após algumas das mais gloriosas lutas do sindicalismo e dos trabalhadores portugueses, foi conquistada e consagrada na lei, a jornada de oito horas para os trabalhadores do comércio e da indústria. Mesmo no Estado Novo, os portugueses souberam tornear os obstáculos do regime à expressão das liberdades. As greves e as manifestações realizadas em 1962, um ano após o início da guerra colonial em Angola, são provavelmente as mais relevantes e carregadas de simbolismo. Nesse período, apesar das proibições e da repressão, houve manifestações dos pescadores, dos corticeiros, dos telefonistas, dos bancários, dos trabalhadores da Carris e da CUF. No dia 1 de Maio desse ano, em Lisboa manifestaram-se 100 000 pessoas, no Porto 20 000 e em Setúbal, 5000. Ficarão como marco indelével na história do operariado português, as revoltas dos assalariados agrícolas dos campos do Alentejo, que tiveram o seu grande impulso no 1.º de Maio de 62. Mais de 200 mil operários agrícolas que até então trabalhavam de sol a sol, participaram nas greves realizadas e impuseram aos agrários e ao governo de Salazar a jornada de oito horas de trabalho diário. Porém, o 1.º de Maio mais extraordinário realizado até hoje em Portugal, com direito a destaque certo na história, foi o que se realizou oito dias depois do 25 de Abril de 1974.
MAIO É O MÊS QUE CELEBRA O DOM DO TRABALHO Hoje, celebramos o dom "trabalho" no contexto em que vivemos!... No contexto, onde ter trabalho se tornou quase uma dádiva, uma sorte, coisa que não deveria ser assim, mas antes um direito, um valor do qual ninguém deveria ser privado. Apesar disso, o Dia Mundial dos Trabalhadores foi comemorado em todo o país em total liberdade, com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo promovidas pelas centrais sindicais, tendo uma acentuada adesão da população trabalhadora. No entanto, para além dos seus aspectos reivindicativos, a que se colam muitas vezes e de forma abusiva os interesses partidários, o 1º de Maio também é uma festa popular que contribui para a dignificação do trabalho e para afirmar a sua importância para o progresso económico do país e para a estabilidade social. Numa época em que o capital financeiro e as doutrinas neoliberais por essa Europa fora tendem a ser dominantes, as comemorações do 1.º de Maio servem também para mostrar o valor do trabalho e para evidenciar que o progresso económico e social só é possível através da articulação entre os factores de produção Capital e Trabalho. O trabalho é por isso a melhor mediação para a realização humana!... Uma pessoa sem trabalho é uma pessoa triste e sem sentido para a vida. Vida dramática para tanta gente que se vê nas malhas do desemprego e uma fatalidade horrenda, que arrasta consigo outras consequências não menos graves. As principais prendem-se com a fome e a pobreza de tantas famílias. Diante do trabalho, o ser humano abre espaço à sua inteligência e à sua criatividade. Mas nos dias que correm, centenas de milhar de cidadãos, debatem-se ainda com a falta dessa mediação, e a tristeza, a depressão e o desespero vão ganhando espaço no seu coração e na sua alma. É preciso pois olhar em frente, é preciso "forçar" as politicas de emprego e continuar a dizer aos actuais governantes, que pessoas não são números. O trabalho não faz mal a ninguém, antes pelo contrário!... Fáz bem a governantes e governados. Quer uns quer outros, sem trabalho não geram riqueza e o país não sobrevive... VIVA O 1.º DE MAIO...
BENTO GONÇALVES DA CRUZ BARROSÕES ILUSTRES BARROSÕES ILUSTRES (1925 - 2015) Bento da Cruz, de seu nome completo, Bento Gonçalves não ter vivido essa extraordinária experiência de vida na aldeia da Cruz, era filho de Manuel Gonçalves da Cruz e Maria Alves, pequenos proprietários rurais - chamados de «Os Marinheiros». Nasceu em Peirezes, uma aldeia pertencente à freguesia de S. Vicente da Chã, do concelho de Montalegre, a 22 de Fevereiro de 1925. Desde cedo foi iniciado no trabalho do campo e na pastorícia, único sustento da família. A miséria e as dificuldades que então viu no povo do seu tempo irão marcar profundamente toda a sua obra. Segundo os seus contemporâneos, era desejo de seus pais ter um filho presbítero, de tal modo que quase todos os filhos varões frequentaram o Seminário. O povo recorda ainda hoje o sacrifício que os progenitores empreenderam para que eles pudessem estudar.
entre os 15 e os 21 anos. Senti toda a vida a falta desse percurso de juventude." A sua primeira Obra « Hemoptise» dá-nos a
conhecer esta etapa da sua caminhada. Dois anos depois matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Concluída a formatura, abriu consultório de clínica geral em Souselas, no concelho de Coimbra, em 1955. Pouco depois, em 1956, estabeleceu-se no Barroso, praticando clínica geral e estomatologia. Teve consultório na aldeia de Pisões, onde então se empreendia a construção de uma das maiores albufeiras do País – aBarragem do Alto Rabagão, que viria a ser concluída no ano de 1964 e se constitui hoje como o «Empreendimento Hidroélectrico do Alto Rabagão», onde prestou serviço aos muitos trabalhadores que a construíram. Como Médico percorreu toda a região de Barroso e ficou conhecido pelo serviço prestado aos pobres a quem não cobrava dinheiro e até oferecia os medicamentos. De tal facto existe um vasto leque de testemunhos de como, naquela terra isolada, curou e salvou inúmeras vidas. Em 1971 fixa-se no Porto, onde se manteve até ao final da vida, e onde exerceu medicina até se reformar. Depois do 25 de Abril de 1974, fundou o jornal «Correio do Planalto». Bento da Cruz nunca se desligou da aldeia e do mundo rural em que nasceu. Visitava-a regularmente e nela gozou sempre as suas férias e os seus tempos de descanso. E nela se inspirou também sobre o que escrevia, designadamente os vastos e famosos «Prolegómenos», crónicas que manteve no seu Jornal, das quais resultaram três obras com esse título) abordando na sua maioria temáticas rurais e histórias de antanho. Era frequente encontrá-lo nos seus muitos passeios pelos campos e velhos caminhos da terra. Reconstruiu a casa de seu avó de forma rústica evocando o Barroso de antigamente.
OPINIÕES
Assim, depois de concluir os primeiros estudos, ingressou a 16 de Outubro de 1940, na Escola Claustral de Singeverga, dirigida por monges Beneditinos, disposto a seguir a vida religiosa. Aí concluiu com distinção o antigo Curso dos Seminários e foi director literário das revistas estudantis «O Colégio» e «Claustrália». Leu os Grandes Clássicos da Antiguidade. Entrou no noviciado em 1945. Porém, terminado este, decidiu abandonar a ordem em 1946, curiosamente também no dia 16 de Outubro, pese embora sempre tenha mantido cordiais relações com os Monges de Singeverga, onde participava regularmente em encontros de antigos alunos. Contava sobre esse período o seguinte: "fui cumpridor da regra e apontado
como exemplo. A minha saída do seminário pode ter afectado alguns condiscípulos que me tomaram como referência. A maior pena que me ficou desse tempo, foi
António Baptista Lopes, editor e amigo, aquando da comemoração dos 50 anos de vida literária do escritor, em 2009, diz-nos que «[…] Bento da Cruz faz parte, por direito próprio, da galeria dos melhores autores portugueses contemporâneos, assumindo a sua obra uma riqueza linguística e estilística dificilmente igualável. Os seus livros são um legado aos seus leitores actuais e futuros de uma obra que não reflecte apenas o ambiente barrosão, que é agora e sempre o seu “terreno favorito”, mas projectando-se num quadro e num registo de sentimentos, perfis com uma densidade humana e psicológica que só os autores de eleição logram alcançar. […]» Também nas palavras de António Chaves «Bento da Cruz criou uma marca própria, uma forma de comunicar inimitável, enfim digamos, um estilo, que é, ao fim e ao cabo, aquilo que distingue os artistas de eleição. Como referiu João de Deus, a “palavra falada é encanto de mães e filhos; a verdadeira palavra do homem é a escrita, porque só ela é imortal”. Esta foi a fórmula encontrada pelo escritor para imortalizar e dar voz à gente de Barroso, cheia de saberes antigos mas condenada à solidão e ao esquecimento. Com Bento da Cruz, a geração que nos deu vida vai continuar a existir para além do seu ciclo biológico, na voz, nas imagens e na pena deste escritor de eleição.».
A SUA VASTA OBRA Romances e Contos • Hemoptise, 1959 (sob o pseudónimo de Sabiel Truta) • Planalto em Chamas, 1963 • Ao Longo da Fronteira, 1964 • Filhas de Loth, 1967 • Contos de Gostofrio, 1973 • O Lobo Guerrilheiro, 1980 • Planalto do Gostofrio, 1982 • Histórias da Vermelhinha, 1991 • Planalto de Gostofrio, 1992 • Histórias de Lana-Caprina, 1994 • O Retábulo das Virgens Loucas, 1996 • A Loba, 1999 • A Lenda de Hiran e Belkiss, de 2005 • A Fárria, 2010 (Comemoração dos 50 anos de vida Literária)
Prémios Literários • Prémio “Fialho de Almeida” da Sociedade Portuguesa de Escritores Médicos • Prémio Literário “Diário de Notícias” 1991 • Prémio de Ficção da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos • Prémio Literário de Investigação da Câmara Municipal de Montalegre • Prémio Literário (Ficção) da Câmara Municipal de Montalegre • Prémio Eixo Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa 1999
ESTÓRIAS DO “ARCO DA VELHA” As “carvoadas” ocorriam na Serra da Cepeda ou da Lagoa como também é conhecida pelos habitantes da aldeia, num tempo em que havia limites e em que as pessoas viviam debilitadas, homens e mulheres, rapazes e raparigas da aldeia de Gralhas faziam carvoadas às escondidas. Nesse tempo, trabalhava-se para o caldo ou para a merenda. A produção de carvão, mais frequente nos meses frios de inverno, permitia compor o débil orçamento das casas: “a vida era assim, a gente não tinha de onde lhe viesse nada E tinha que comer. Valíamo-nos disso, da floresta, e depois a gente semeava a batatita, como agora, as couvinhas, cenoura E cebola. A gente aqui não passa fome, mas dantes passouse muita, era uma sardinha para três e a terra dá tudo” - refere Fátima, uma habitante da aldeia. A memória coletiva referente às últimas carvoadas de Gralhas remonta à década de 1960, embora nos anos de 1970, já depois da Revolução de Abril, ainda se tenha produzido, ainda que esporadicamente, o carvão. Havia quem fizesse carvão porque não tinha outra forma de se sustentar. Eram os cabaneiros sem terras próprias que no verão, se ocupavam dos trabalhos agrícolas nos terrenos dos outros e no inverno a par das carvoadas, guardavam o gado dos proprietários.
AS CARVOADAS DE GRALHAS
E eu digo-lhe assim: e tu sabes fazer carvão? Tu sabes arrancar tórgos? E ela disse: mas tu ensinas-me! Fiz carvão até aos 19 anos, refere hoje a “tia Adília”. A grande dificuldade na produção do carvão residia na interdição da sua prática. De facto, a ilegalidade das carvoadas - até para cortar o mato era necessário uma licença - obrigava a que parte das operações técnicas tivessem de ser realizadas durante a noite: Quem não tinha de comer tinha que andar sempre assim ao sobressalto, diz-nos a “tia Celeste”. Temiam-se, para além dos guardas florestais, os rondistas, os homens do terreno que a guarda enviava para a serra com o objetivo de impedir o corte dos arbustos e a queima das urzes. Havia guardas florestais e rondistas mais rigorosos e com pouca empatia para com os infratores: Ainda fui responder à “mor do carvão”, mas não deu em nada. Tinha 17 anos. Porque eu namorava com um rapaz e tínhamo-nos zangado e vínhamos embora de queimar o carvão e diz ele assim: não o haveis de trazer, cangalho! E eu respondi-lhe assim: não, mas trago, c...! Depois foi-nos acusar à guarda! E depois no tribunal perguntaram-me porque é que fui fazer o carvão, e então eu disse: fui porque precisava. Se queria vestir blusa tinha de o ganhar que a minha mãe não tinha para mo dar. E depois deram-me pena suspensa, não sei se foi três ou quatro anos, mas pagar não paguei nadinha. Nadinha deste mundo. E foi assim a vida do carvão, conta a Adília,
Mas havia, também, quem fizesse carvoadas apenas para ter dinheiro para comprar um pano para fazer uma blusa ou uma saia. Estas carvoadas esporádicas, que não se enquadravam numa prática de sobrevivência financeira da família, eram sobretudo realizadas pelos mais jovens. Sozinhos ou em grupo, com um conhecimento mais ou menos sólido sobre todas as etapas do processo, usavam o dinheiro resultante da venda do carvão para aquisição de roupas ou para poderem ir a alguma festa da aldeia ou de aldeias vizinhas. Comecei a fazer carvoadas com 13, 14 anos Numa ocasião, que eu queria vestir uma roupinha à minha irmã, tinha de ganhar dinheiro que a minha mãe, coitada, não tinha para mo dar. E, então, fiz muito carvão e a minha irmã foi comigo vender. E depois ela já era uma mulherzinha e eu disse-lhe: já tens que andar vestidinha como ando eu, e quanto custará? Outra ocasião, uma amiga minha disse assim para mim: ó Adília vem aí a senhora da Saúde e eu queria um vestido e a Embora as “Carvoadas” consubstanciassem um tempo de carência materiais, a memória dos habitantes mais velhos, ainda está ancorada a minha mãe não mo compra, tu podias ir à carvoada comigo. esta prática.
O ESPAÇO PÚBLICO EM BREVE ANÁLISE… A “GUERRA CIVIL” NO PSD CONTINUA
PARA QUE NÃO RESTEM DÚVIDAS SOBRE QUEM MANDA
O escritor romano Pompeo Trogo analisou os Na imagem, cada país surge com a bandeira povos ibéricos há cerca de 2.000 anos e disso do seu principal parceiro comercial. A extraiu uma verdade que, às vezes, é difícil de Alemanha domina a Europa, a Federação contestar: "Preferem a guerra ao descanso e se Russa o seu quintal e a China os dois não têm inimigo externo buscam-no em casa. O anteriores, mais uns subúrbios PSD, neste momento, parece uma tribo em pé de guerra. mediterrâneos. Da grande América de Trump apenas uma bandeira no seu enclave Os tambores já nem pedem chuva: desejam sangue. O que não deixa de ser uma característica que no Médio Oriente. Para que não restem nem Freud, na sua divina bondade, conseguiria explicar. dúvidas sobre quem realmente manda.
ABALOS E CONSEQUÊNCIAS
OPERAÇÃO MARQUÊS SEGUNDO A SIC…
Nos últimos dias a SIC emitiu uma série de reportagens sobre a Operação Marquês. Ficam aqui, para vossa conveniência, essas reportagens: Ver aqui: Arguidos da Operação Marquês têm até 3 de setembro para pedir abertura da instrução
O problema não é nós podermos fazer de juízes para nossa própria diversão, e percebermos que os arguidos que detestamos ficam ali expostos à nossa vontade de julgar. O problema é a chamada Justiça ficar sem mecanismos que a justifiquem como tal. Que o jornalismo da SIC não é sério, já sabíamos. Lá na casa chama-se a isto interesse público. Está certo. A curiosidade pública agradece. Comentadores encartados ficam com emprego para meses ou anos. Mas são violações consentidas por alguém que tem acesso à intimidade do processo. Será assim tão difícil perceber quem? A chamada Justiça não tenta perceber o que se passa? Existe um nome para isto? Ah, já sei: choldra.
OS REPRESENTANTES DO MEDIEVALISMO É assim uma espécie de praxe no namoro. "Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti". Há práticas que vêm lá de trás. Do fundo dos tempos, dos “armários”. É tudo tão naturalmente apresentado como normal que mais parece que não saímos da idade média.
FOLHETIM - CATALUNHA… Considerando que o referendo e a declaração unilateral de independência da Catalunha não envolveram violência, o Tribunal Superior Regional de Schleswig-Holstein entendeu que o crime de rebelião não deve ser considerado na extradição de Puigdemont. Desse modo, após pagar uma fiança de 75 mil euros, o catalão aguardará em liberdade a tramitação do processo de extradição pelo crime de desvio de fundos públicos (está acusado de desviar 1,6 milhões de euros). Aguardar os próximos capítulos do folhetim.
6-5 É MUITO CURTO Por 6 votos contra 5, o Supremo Tribunal Federal recusou habeas corpus preventivo a Lula da Silva. Após a votação, a defesa de Lula fez uma última tentativa para impedir a prisão até estarem transitados os recursos, mas o Tribunal rejeitou o pedido e o antigo Presidente foimesmo para o “xadrez”. O que fez o homem? Em 2010, Lula e a segunda mulher, Marisa Letícia (1950-2017), falecida o ano passado, compraram um triplex em Guarujá, cidade do litoral do Estado de São Paulo. O juiz da Operação Lava Jato alega que a compra é fictícia. Quem de facto pagou os 550 mil euros terá sido a construtora OAS, a troco de contratos com a Petrobras. No primeiro julgamento, Lula foi condenado a 9 anos de prisão efectiva. Após recurso, a pena subiu para 12 anos e 1 mês. Agora, tudo depende do juiz da Lava Jato.
QUALIDADE DA DEMOCRACIA No prestigiado índice democrático do “The Economist”, cujo ranking é encabeçado pelos países escandinavos, Portugal ocupa um modesto 28º lugar da geral, abaixo mesmo de países como Cabo Verde e da Costa Rica, por causa da baixa classificação em três dos cinco indicadores utilizados na classificação funcionamento do Estado, participação política e cultura política. Quanto ao primeiro já todos sabemos como é!... Nas restantes vertentes, a “falta de escola” deixa qualquer um sem palavras.
Vale tudo, menos a razoabilidade e o progresso das ideias. O futuro é dos idiotas. Eles até já chegam ao poder democraticamente…
O BISPO “ESPANTA DEMÓNIOS” " Este Governo recebeu um País desventrado, aniquilado. Provou-se que havia alternativa e saiu tudo ao contrário das profecias. Se não fossem António Costa e Mário Centeno, Portugal estava destruído. Chamem-me ignorante, clubista, populista, o que quiserem, mas acreditei e acredito na chamada "geringonça". Enão me venham dizer que o êxito foi de todos. Vão aos jornais da época e leiam as previsões dos Velhos do Restelo sobre o que ia acontecer a esta solução governativa e parlamentar.Eu sei bem os nomes que chamaram ao ministro Mário Centeno“. In D. Januário Torgal Ferreira, Bispo Emérito das Forças Armadas.
RIO APRESENTA GOVERNO SOMBRA Mesmo antes de se ter reunido com os deputados, Rui Rio não foi de modas e disse que apesar de poder haver umas "convulsõezitas", estão reunidas as condições para fazer Oposição, anunciando um “Governo sombra”, para fazer frente ao “sol”. Uma forma diferente de dizer que os “seus deputados” são muito fraquinhos…
O DESPORTO EM BARROSO CDC MONTALEGRE GARANTIU MANUTENÇÃO
ALGUMAS NOTAS SOBRE OS DOIS PRINCIPAIS CAMPEONATOS O Campeonato de Portugal terminou e a equipa de Montalegre pese embora a derrota ante o seu público frente ao Mondinense, acabou por garantir a sua permanência nos nacionais de futebol, terminando a competição exactamente a meio da tabela – oitavo lugar entre dezasseis concorrentes. Quanto à Divisão de Honra, o Vilar de Perdizes tem sido e vai continuar a ser a grande sensação da prova, encontrando-se à 26:ª jornada no 6.º lugar da classificação geral. Um feito que não é para todos Enquanto isso, a equipa de Salto tem já o seu destino traçado!... Doze pontos em 25 jogos é muito pouco e remetem a equipa para o escalão inferior na próxima época.
CAMPEONATO DE PORTUGAL CLASSIFICAÇÃO GERAL FINAL
O Montalegre perdeu na última jornada do Campeonato de Portugal perante o Mondinense por duas bolas a uma, mas ainda assim não mancha a temporada positiva!... Os barrosões, pese embora o resultado negativo, acabaram por celebrar a manutenção nos nacionais do futebol português pelo terceiro ano consecutivo. O técnico do Montalegre, José Manuel Viage, assumiu a responsabilidade pelo desaire: ”Mais importante é a manutenção, em relação ao jogo – assumo na íntegra este resultado, fiz muitas alterações na equipa, dei oportunidade a jogadores que têm qualidade mas não vinham a jogar, não têm ritmo competitivo. Voltaria a fazer tudo na mesma…!”
“EXEMPLOS” QUE DISPENSAMOS… O meu futebol, aquele futebol de que realmente gosto e aprecio, está perdido. Chegamos a uma altura, em que já se justifica a entoação de um requiem em relação à forma como se encara o futebol. A obsessão transcende as quatro linhas, e assume novas dimensões, passando para as oito e as conspirações acumulam-se, tal como na discussão política e tecnológica. A finta de pés, de braços e de espaços foi trocada pela finta à discussão desportiva, em que se enche de louvores aquele que se dá de corpo e alma ao jogo, aquele que se funde com a superfície do seu trabalho, que assume a condição orgulhosa de paixão. Tudo isso se esboroa perante o zumbido ruidoso de uma campanha de campanhas, que afugenta o apreciador do desporto para as taxativas e taxadas sondagens da verdade desportiva. Um conceito que poderia ser desmistificado com a serenidade que se lhe merece, mas que não o é pela constante deturpação, em que as fundamentações só geram mais polemização. A pobreza do desporto está à vista de todos, em especial a do futebol. É nesta espiral de mediatismo que se centra a depreciação daquilo que é o perfume futebolístico, em que tudo se torna possível são os euros a mandar na cabeça e na alma dos falsos profetas. O meu futebol empobreceu!... Já o acompanho há quase 50 anos, e é por justa causa que argumento o que argumento. Acompanho-o pela paixão que me foi incutida, como a muitos e tenros jovens que sonham com as cores dos seus clubes. O futebol nesta perspetiva, é arte, mexe com as emoções e associa-os numa dinâmica de pertença imensa, mas que quando transpõe as delimitações morais e éticas, coloca em risco a integridade física e emocional da alteridade. Mas o meu futebol ainda se arruinou mais por se justificar com a pobreza mais fácil, ao invés da riqueza da essência do desporto, razão pela qual tanto gerou paixão. Traço, desta forma, o meu lamento em relação ao que se perdeu da minha ligação para com o (meu) aquele charme de outrora, que regressa em fogachos, e que me desvenda o insólito, o inacreditável, o belo, o ardente. Perdeuse o rumo constitutivo de uma discussão assídua e saudável, com um gosto a competição, mas com o sentir da bola a rolar, do apito a soar, das malhas a abanarem, dos ferros a tremerem. É isso que mexia no meu tempo com o fervor. Os auxiliares responsáveis pela gestão do tempo e das incidências futebol. Perdeu-se faltosas da partida não podem, nem devem ser exclusivos detentores de uma mágoa gerada pela falha e pela falta ao compromisso. Não há moluscos que o possam justificar, senão olhar para dentro, e examinar aquilo que falha, tal e qual como em nós, quando erramos, e que, tendencialmente, procuramos apontar para fora aquilo que não queremos perspectivar dentro das nossas lacunas. Também é assim o futebol à imagem da arte, à imagem da sociedade, à imagem da ciência, à imagem da vida. Os padrões repetem-se, e não é por acaso. Os algoritmos da emoção e da razão humanas equivalem-se em muito daquilo que são as suas expressões. O futebol, tal e qual como o resto, também descaiu. No fundo, é a proporção da realização que tarda em ser a de outrora, em que o sonho comandava a vida, e não mais os erros de uma conspiração que descaía aos valores da idealização do futebol. Fizemos dele aquilo que fizemos com muito da nossa conduta, do nosso ser e da nossa estima. Hoje, empobreceu e para além de pobre não se deixa “honrar”…
DIVISÃO DE HONRA DA A.F. VILA REAL CLASSIFICAÇÃO GERAL Á 26.ª JORNADA
A BARROSÂNA ESTATUTO EDITORIAL A revista A BARROSANA, tem como objectivo principal, promover e divulgar o concelho de Montalegre, o seu património, a sua língua, as características e valores da sua cultura, bem como valorizar as obras, os homens e mulheres da região e toda a área geográfica onde se insere.
a) São ainda seus objectivos: 1- INFORMAR, garantindo a todos os cidadãos o direito à informação através da independência e pluralismo, de modo a defender os valores, as causas e os interesses do concelho onde se insere; 2 – FORMAR, no sentido de contribuir para a elevação do nível cultural dos seus leitores, tendo em conta a história da região, as as suas riquezas naturais, a tradição e todo um património cultural de séculos; 3 – DISTRAIR, sendo ao mesmo tempo lúdica e de recriação, tendo em conta a diversidade do público, idades, interesses, ocupações e espaços.
b) São seus princípios: 1 – Assegurar a independência, o rigor e a objectividade da informação face aos poderes públicos; 2 – A revista define-se como autónoma e independente, sem finalidades lucrativas e acima dos interesses económicos; 3 – A Barrosâna compromete-se assim, a assegurar o respeito pelo rigor e pluralismo informativo, pelos princípios da ética, deontologia e boa fé;
c) São seus fins: 1 – Alargar a sua implantação à divulgação de questões de natureza politica e modos de expressão de índole local e nacional; 2 – Preservar e divulgar os valores característicos das culturas da região barrosã; 3 – Difundir informações com particular interesse para o âmbito geográfico da sua incidência; 4 – E incentivar as relações de solidariedade, convívio e boa vizinhança entre os destinatários localizados na sua área de implantação e das comunidades barrosãs espalhadas pelo mundo. O Fundador
Dizem os escritores e os poetas transmontanos, que Barroso é uma dádiva especial da Natureza e a grande obra de pedra e água feita em Portugal. Pois é!... É neste Norte que arduamente se riscam e planeiam caminhos, se cruzam vontades e se resiste, com granítica força e persistência dos rios e serras à invasiva e danosa cultura que desvirtua e engana a História. Da mesma pedra e da mesma água, são feitas as gentes destes lugares.
REGRESSO Regresso às fragas de onde me roubaram Ah!... Minha serra, minha dura infância!... Como os rijos carvalhos me acenaram, Mal eu surgi, casado, na distância!... Cantava cada fonte à sua porta: O poeta voltou!... Atrás ia ficando a Terra morta Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso E eu deitei-me no colo dos penedos A contar aventuras e segredos Aos deuses do meu velho paraíso.. Miguel Torga