A BARROSANA -JANEIRO 2018

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BARROSÂNIA Revista de informação on line

ANTÓNIO FONTES O padre que transformou o misticismo numa atracção turística…

OS IMPACTOS DO FSE EM PORTUGAL Seminário realizado em Lisboa, contou com a presença da Oficina do Burel –By Único no Momento de Montalegre.


… “não há democracia sem imprensa livre”!...

Ano I Mensal Contacto: dvazchaves@hotmail.com

BARROSÂNIA

Fundador: Domingos Chaves

Revista de informação on line

EDIÇÃO 3 –JANEIRO2018

OS DESTAQUES :

A MENTIRA E A MANIPULAÇÃO É A ARMA DOS FRACOS!...

Uma democracia bem entendida e inteira, tal qual um sol que por igual a todos ilumine, deveria em nome da pura lógica começar por aquilo que temos mais à mão: o respeito pela terra onde nascemos, o respeito pelas gentes com quem convivemos, e até o respeito pelos vizinhos da rua onde moramos. Se estas . Editorial 2 primárias condições não forem observadas – como de facto não o têm sido em inúmeros ocasiões do quotidiano barrosão, toda a fundamentação ainda que teórica estará à partida intelectualmente viciada e . Breves 2 corrompida. Dito isto e por muito que algo possa desagradar a quem quer que seja, é isso que efectivamente dá para observar na nossa terra - designadamente no período pós-autárquicas - através de . FSE | Impactos 3 uma “guerra surda” e perversa, levada a cabo por determinados sectores de uma Oposição sem freio, que não conhece, ou faz por desconhecer, as regras mais elementares daquilo que é a democracia . Sociedade 4-5 representativa e o conceito de liberdade com responsabilidade, que tantas vezes reclama, mas que raramente pratica. Uma postura que qualquer barrosão com “dois dedos de testa”, não deixará de ter na . Pelo Municipio 6-7 devida conta. Desenganem-se por isso, aqueles que usam e abusam de todos os meios ao seu alcance para “investirem” na manipulação, na mentira a qualquer preço, e na instrumentalização dos menos atentos!... . Pelas Freguesias 8 Como vulgarmente se costuma dizer, “não passarão”. A importância que hoje assume o Poder Local – diga ela respeito à comunidade emigrante que abusivamente continua a ser tão mal tratada e em determinados . Comunidades 10 casos até vilipendiada, à diáspora, ou a todos quantos resistem intramuros, está suficientemente enraizada e constitui para toda esta gente - que com toda a legitimidade e legalidade decide defender os seus direitos . Politica nacional 11 e os interesses das suas aldeias - um espaço de participação democrática e cívica de que não abdicam. E não abdicam, não só porque têm direito a ele, porque a lei lho permite, e porque só assim se podem constituir - Estórias da História 12 como um importante elo de ligação do Poder Executivo às populações, e de intervenção destas, na construção de melhores estruturas para as aldeias onde nasceram, querem viver e um dia morrer. As coisas são como são e não como alguém em particular quer que sejam, e as estatísticas e os números, têm até o condão de “vestir à medida”, todas as verborreias desencadeadas em tudo que é redes sociais, e todas as análises e leituras em função de aspirações individualizadas e interesses partidários que por cá gravitam. Não há por isso que esconder ou procurar deturpar uma realidade que é objectiva, factual, clara e transparente. Digam o que disserem, o que se passou nas últimas autárquicas, só pode ter uma leitura: os eleitores foram claros, objectivos, precisos, concisos e realistas. Que ninguém procure por isso fazer deles mentecaptos!... Expressaram a sua vontade convincentemente através do seu voto e de forma inequívoca. Não vale a pena por isso continuar a invocar desculpas e bodes expiatórios, através de condutas que em alguns casos chegam a roçar o fundamentalismo. Em democracia ganha-se e perde-se, e o que cada um tem a fazer, é assumir democraticamente, as responsabilidadesque lhe foram conferidas pelo voto do povo – que é quem mais ordena. Não há por isso volta a dar!... A soberania reside em quem decide, e foi exactamente por isso, que através do dito voto, os eleitores entenderam confiar a maioria à candidatura vencedora, como garante da continuidade do trabalho realizado, e com o objectivo de assim contribuírem para um projecto de futuro, com mais desenvolvimento e melhor qualidade de vida no concelho. Uma soberania que resolveram igualmente estender à Assembleia Municipal, pelo papel relevante que este Órgão deliberativo desempenha, e como garante da estabilidade democrática e da promoção do debate político entre pares, peça fundamental na construção de um Município que se quer ainda mais consistente e cada vez mais ao serviço das pessoas. Isto sim, é que é a democracia a funcionar!... Em liberdade não há vitórias na secretaria, e o combate politico deve ser feito sim, mas com elevação e nos locais próprios – que são muitos, ao invés de se recorrer à praça pública e à “justiça de pelourinho” – só porque sim. Diz e muito bem um conceituado historiador e jornalista barrosão, que em “politica não vale tudo”. Pois claro que não!... Aliás: não deveria valer. Pessoalmente diria até mais: não vale tudo, nem os fins poderão justificar os meios. Mas sendo esse um pressuposto digno, tal só será realizável quando estivermos perante gente que respeite as regras da democracia, quando o dever deontológico e social de informar com verdade e objectividade prevalecer sobre os interesses individuais; e acima de tudo, quando tivermos uma informação isenta, em vez do esforço continuado e muitas vezes requentado na procura de polémicas, manipulando factos e acontecimentos desgarrados que selecciona a seu jeito. Enquanto tal não ocorrer, tudo como dantes “quartel-general em Abrantes”. Domingos Chaves

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LAROUCO-UM TESOURO ESCONDIDO

FUNDOS SOCIAIS EUROPEUS

PELO MUNICIPIO

Artigo de Opinião de Mauro Fernandes, através do qual nos transmite os encantos O que é o Fundo Social Europeu e para que da maior elevação da região transmontana serve. Os impactos em Portugal

Executivo Municipal e Oposição em rota de colisão. Plano de Actividade e Orçamento para 2018 aprovados.

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EDITORIAL PRESIDENTE DO EUROGRUPO

BREVES XXVII FEIRA DO FUMEIRO|DE 25 A 28 JANEIRO

CENTENO TOMA POSSE EM 13 JANEIRO Mais do que estranho, é isso sim extraordinário como em apenas dois anos, o Ministro das Finanças de Portugal Mário Centeno, tenha passado de alvo do fanatismo do Eurogrupo, do Ministro hostilizado pelo Senhor Scauble que gostava de exibir a subserviência da sua antecessora, a figura de prôa da Europa. Mas mais extraordinário ainda, é só a forma como a direita em Portugal foi evoluindo durante este processo. Começou na rejeição absoluta da hipótese colocando-a no domínio do absurdo, passou mais tarde para o do fait-divers, depois ainda para a fase remota da hipótese, e por último quando já via entrar-lhe pelos olhos dentro uma realidade, logo se apressou a desvalorizá-la. Nada a que não estejamos já habituados. Certo é, que com "dor de corno ou sem ela", desta direita onde cabem todos, o Ministro Centeno foi ontem eleito para presidir aos destinos do Eurogrupo, um grupo informal dos Ministros das Finanças dos Estados-Membros da União Europeia cuja moeda oficial é o euro, e se reúne mensalmente para ajustarem a coordenação das suas políticas económicas e orçamentais. Assim, a partir de 13 de Janeiro do próximo ano, lá teremos Mário Centeno a substituir o holandês Jeroen Dijsselbloem, para desempenhar a função de Presidente nos próximos dois anos e meio.E este é obviamente – ou deveria ser - um motivo de satisfação para todos os portugueses!... Mário Centeno não é um qualquer “doutor”, porventura semelhante àqueles que por aí proliferam, alguns dos quais “feitos em aviário”.Mário Centeno, é um dos raros doutorados feitos em Harvard, por acaso e segundo dizem, a primeira ou segunda melhor universidade do mundo na área económica, facto que lhe confere uma qualidade académica bem diferente da ignorância exibida por outros economistas bem nossos conhecidos da nossa praça e se deram a conhecer no passado recente de triste memória. A sua eleição, é por isso fruto do reconhecimento da credibilidade do Governo portugués, da forma como foi preparada a sua candidatura, da qualidade académica do candidato, mas também de um principio que ainda não vi ser salientado, e que tem a ver não só com a tentativa de o colarem às politicas europeias, mas também com o objectivo de servir de estanque ao expansionismo das “geringonças” por essa Europa fora. Como se costuma dizer cá pela Lusitânia, não há “almoços grátis” e particularmente o apoio alemão e francês, assim o dizem.Ainda assim, a sua eleição trará obviamente mais benefícios que prejuízos para Portugal, e muitos políticos e comentadores, provavelmente por estarem de “mal com a vida” ou mesmo “dominados” pela tradicional inveja lusitana, têm posto em causa esta escolha, duvidando até da capacidade de se ser, simultâneamente Presidente do Eurogrupo e Ministro das Finanças em Portugal. Provavelmente, gostariam até que as coisas tivessem corrido mal, para pelo menos uma vez só que fosse na vida terem razão com a sua sobriedade habitual, mas felizmente e mais uma vez o azar bateu-lhes à porta. A escolha de Centeno é por isso uma valente bofetada de luva branca em Cavaco Silva, Passos Coelho, Marques Mendes, Carlos Costa e até nessas figurinhas menores que são Teodora Cardoso e Maria Luis Albuquerque. E a razão é única: toda este gente procurou desvalorizar a capacidade de Centeno, ao contrário de Merkel e de Macron. Independentemente dessas vozes “que felizmente não chegaram ao céu”, o facto é que com Mário Centeno a presidir ao Eurogrupo, a imagem e a credibilidade de Portugal no mundo melhoram consideravelmente e o país bem precisa disso, depois de vários anos em que se deixou humilhar. Uma palavra final para Rui Rio e Eduardo Catroga: dizerem agora que o " mérito da eleição de Centeno deve ser repartido entre o anterior e o actual Governo", e que é "o reconhecimento da política de ajustamento orçamental’ iniciada com o Governo PSD-CDS e prosseguida pelo do PS”, é o mesmo que dizer que o mérito da revolução de 25 de Abril, deve ser repartido com Afonso Henriques ou Salazar. Se de Catroga não se esperava mais, a Rui Rio ficam-lhe muito mal estas palavras. Wolfgang Schäuble esse sim é que tinha razão: Mário Centeno é mesmo o “Ronaldo do Ecofin”. Domingos Chaves

A Feira do Fumeiro de Montalegre arranca no próximo dia 25 de Janeiro e prolongar-se-à até 28 do mesmo mês. É a altura em que a tradição mandava matar o porco e fazer os enchidos. Além das especialidades do melhor fumeiro do mundo, o programa inclui concertos, desgarradas e concertinas.

MISARELA | ENTRUDO 2018

A ponte da Misarela, concelho de Montalegre, celebra a 10 de Fevereiro mais um entrudo. Uma manifestação cultural que promete arrastar muitos curiosos em volta deste evento lúdico.

FAFIÃO | 6 DE JANEIRO

A Associação Vezeira vai organizar, pelo VIII ano consecutivo, a "Tradicional Fumeiro e Festa do Porco" na comunitária aldeia Barrosã de Fafião, no dia 6 de Janeiro de 2018, a partir das 09:00 horas. A ideia é dar a conhecer as tradições comunitárias que persistem vivas nesta aldeia de Montalegre. PROGRAMA 09h00 - Preparação dos porcos nos vários locais da aldeia; 10h00 - Inicio da atividade da limpeza/queima do pelo dos porcos (as pessoas podem ter a experiência de ajudar); 11h00 - Mata bicho (pequeno almoço); Toda a manhã - Venda de produtos locais no centro da aldeia: alheiras, chouriços, presuntos, broa, compotas, licores... 13h30 - Almoço e convívio pela tarde fora com animação. Vai haver almoço típico, alusivo à festa do porco, nas instalações da associação (necessário inscrição e existe limite de lugares). O valor do almoço são 20€. Se quiser almoçar e não existir lugar pode marcar almoço nos restaurantes da aldeia pelo seguinte contacto:


ANTÓNIO FONTES O GRANDE EMBAIXADOR DE BARROSO

É o embaixador do Barroso, e tornou-se num dos maiores polos de atracção turística desta região. António Lourenço Fontes é padre, escritor, hoteleiro, é um homem solidário e estudioso das plantas e ervas, emprestou o nome ao Ecomuseu e também já é marca de vinho e de um licor com ouro. A junção do sagrado e do profano protagonizado por um padre é uma mais valia e um crescente chamariz das terras de Barroso. Foi como que a arte de sacralizar o profano e profanar o sagrado, que este homem nascido em Cambezes do Rio no ano de 1940 e vida feita em Vilar de Perdizes, levou o nome da região a Portugal inteiro. Em Vilar de Perdizes, o padre construiu um “palco” que baptizou de Congresso do oculto, ao qual todos são convidados a subir e onde anualmente se reúnem cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas e ervanários, curiosos e turistas. A primeira edição desse evento realizou-se em 1983, numa altura em que as tradições e a medicina popular antiga estavam a cair em desuso devido à concorrência ou oposição da medicina química ou moderna. Vilar de Perdizes era uma terra isolada, onde faltavam os médicos convencionais, e por isso, a população tinha de recorrer à medicina popular para curar as suas doenças. Era também uma terra onde tudo parecia estar ligado à superstição, à religiosidade e ao paganismo. No último verão, durante uma caminhada pelos terrenos do Couto Misto, dizia-me a certa altura o padre Fontes, que só conhecendo as coisas por dentro, podemos entender o seu autêntico significado e qual a sua verdade, reconhecendo que há muitos saberes ancestrais e expressões da cultura do povo, que têm de ser estudados, e que devem ser publicados, porque se revestem de interesse e em muitos casos são benéficos, referindose a certas propriedades curativas de muitas plantas, cujo conhecimento o povo vai transmitindo oralmente, de geração em geração. E é o que tem feito, publicando livros e textos, partilhando conhecimento sobre chás com qualidades especiais para o tratamento de algumas maleitas. A desmistificação liberta o espírito e a mente, e as pessoas livres dos seus medos são menos vulneráveis ao oportunismo e à exploração. A cruzada do Padre Fontes também procura a libertação dos que padecem de doenças incuráveis, das garras do oportunismo sem escrúpulos, que se aproveita do desespero e do clamor das pessoas, para as usurpar e lhes extorquir os bens, dinheiro, valores e joias, com a vã promessa de uma cura que nunca chegará. A dada altura, dizia-me que os santos não precisam de dinheiro e que o remédio para alguns dos males que nos afligem, não está nos outros, mas em nós próprios, sublinhando que os médicos da Medicina convencional, deviam estudar a cultura das pessoas, e procurar compreender melhor o que pensam e em que acreditam, para que desse modo, conseguissem ir mais fundo, no conhecimento de cada pessoa, e assim, acertar mais no diagnóstico e na terapêutica. Lembrou-me inclusive a célebre frase do Dr. Abel Salazar: – “…um Médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe”.Muitas práticas, supostamente fundadas em ritos e tradições que remetem para uma qualquer relação com o além, com o exotérico e oculto, são próprias apenas do palco, do domínio do espectáculo e da dimensão do Teatro, disse-me o Padre Fontes.

Hoje a a grande batalha do território Barrosão, muito afectado pelo envelhecimento, é o combate ao despovoamento. Para ajudar nesta luta o padre Fontes está sempre na primeira fila seja na já famosa festa das bruxas, seja na tradicional feira do fumeiro seja no investimento que Montalegre vai fazendo ao pretender afirmar-se como um “santuário dos desportos de natureza”,Uma estratégia que cruza o desporto e a cultura e une a tradição à modernidade, e que tem como objetivo atrair mais visitantes e ajudar a fixar os mais novos. O palco para estas iniciativas estende-se desde a serra do Larouco, na fronteira com Espanha, segue o curso do rio Cávado até ao Parque Nacional da Peneda-Gerês e, entre os diversos eventos, destacam-se as caminhadas, observação de aves, parapente, ultramaratonas, campeonatos de pesca ou troféus de BTT. A juntar a estas iniciativas está igualmente o mundial de rali-crosse, uma iniciativa que promove a internacionalização do concelho e que atrai milhares de portugueses e galegos aficionados pelos desportos automóveis.

SEMINÁRIO EM LISBOA OS IMPACTOS DO FSE EM PORTUGAL E O EXEMPLO DA OFICINA DO BUREL DE MONTALEGRE O que é o FSE- Fundo Social Europeu?!... O FSE é uma organização instituída em 1957 pelo Tratado de Roma, e é ainda hoje na União Europeia, o fundo estrutural mais antigo, contribuindo para o reforço da política económica e social da União, melhorando o emprego e as possibilidades de emprego. Para o efeito, o FSE apoia acções dos Estados Membros visando o aumento da capacidade de adaptação dos trabalhadores e das empresas, a melhoria do acesso ao emprego, a inserção profissional dos desempregados, o reforço da integração social das pessoas desfavorecidas, o aumento e a melhoria do investimento no capital humano, o reforço da capacidade institucional e a eficácia das administrações e dos serviços públicos. No passado mês realizouse o seminário “OS IMPACTOS DO FSE EM PORTUGAL”, presidido pelos Ministros do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues . No âmbito desta iniciativa, o PO ISE deu a conhecer a história de Elsa Gonçalves que foi apoiada com fundos comunitários, no âmbito do Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género do PO PH na criação da “Oficina do Burel”.


SOCIEDADE OS VELHOS FORNOS COMUNITÁRIOS

POR: Catarina Pereira

De todas as instituições de vida comunitária, uma das mais importantes, pelo seu significado prático e sociológico, era a construção e manutenção em funcionamento de um forno do povo. Do ponto de vista da vida quotidiana, esta tradição era muito importante no passado, quando as aldeias estavam isoladas. Vivia-se em economia de subsistência e, por isso, havia que ser auto-suficiente no aspecto alimentar. As padarias, mesmo na vila, são um fenómeno moderno, e um bom naco de pão não se dispensa à mesa. Tanto mais, que no Barroso abundavam os cereais, em especial o centeio, tradicional dos climas frios, que cozido dá um pão muito escuro e saboroso, que se conserva fresco e inalterado durante muitos dias. O forno comunitário servia então para que cada uma das famílias fabricasse regularmente pão, consoante fosse sendo necessário. Até há poucos anos, ser padeiro não era profissão, pelo que cada um, tinha que amassar e cozer o pão que consumia. Assim, o forno era uma obra social e colectiva importante, uma vez que a construção de um forno próprio era incomportável para a maioria das famílias que, deste modo se socorriam, por turnos, do forno colectivo. Além disso, num passado desaparecido, e por isso, por vezes chorado, o forno do povo era um ponto de encontro de toda a aldeia. Aí se albergavam, ao calor da fornalha, os mendigos, os artistas ambulantes e os viandantes, nas noites invernosas. Era um "lugar de oração e de reunião, como qualquer capela em serviço permanente" (ANTÓNIO LOURENÇO FONTES, em "Etnografia Transmontana", l, página 10). Era também um local para o serão da rapaziada da aldeia, nas longas e frias noites de inverno, num mundo que já não existe, onde não havia televisão, nem cafés, nem outras modernidades. Melhor ou pior, todas as aldeias tinham o seu forno, havendo até algumas que tinham mais que um. Ainda hoje, merecem destaque, por estarem em bom estado de funcionamento, os de Vilar de Perdizes, de Padornelos, Tourém e Pitões das Júnias. Estão ainda referenciados outros, em Meixedo, Gralhas, Solveira, Negrões e Travassos da Chã. Nenhum deles tem tido utilização, por serem grandes e consumirem muita lenha até aquecerem e ficarem prontos a usar, o que implica grandes custos, que actualmente não são vantajosos, se comparados com o preço do pão trazido das padarias da vila. Todos os fornos têm de comum serem edifícios baixos, de um só piso, integralmente construídos em granito, para evitar incêndios. São de pedra as paredes, como também o são os arcos e a abóbada que suportam o telhado. O mesmo se passa com o próprio telhado, formado por lajes graníticas, finamente cortadas. Do lado de fora, ao longo das paredes, existem, em regra, sólidos contrafortes, também graníticos, onde se apoiam os arcos da abóbada interior. Tudo visto, apenas é feita de madeira a única porta que costumam ter. No interior, o espaço é amplo, havendo num dos lados uma bancada de trabalho, de pedra. No outro, fica o forno, propriamente, com a sua cúpula de materiais argilosos e refractários. Para o viajante que anda em busca das ancestrais tradições e formas de vida comunitária do povo barrosão, de um mundo que já expirou, é também obrigatória a visita ao forno de Padroso, terra dos meus antepassados de que me muito me orgulho.

LITIO DE CEPEDA GRUPO DE BRAGA VENCE BATALHA JURIDICA CONTRA GIGANTE AUSTRALIANA A empresa Lusorecursos, sediada no concelho de Braga, travou no último mês uma batalha no Tribunal contra uma multinacional australiana pelos direitos de exploração de lítio nos arredores da aldeia de Cepeda, concelho de Montalegre. Segundo o constante no processo, a empresa australiana Dakota Minerals, defendida pelo antigo Ministro da Defesa do Governo PSD Aguiar Branco, alega que a empresa portuguesa está “em situação desesperada” e que não tem “capacidade para explorar” as minas de lítio. No entanto, o Juiz deu razão à Lusorecursos, que um dia antes da primeira sessão para audição de testemunhas, enviou um pedido ao Governo para renovar o direito de explorar aquelas jazidas durante mais cinco anos, o que motivou a que a sessão fosse adiada. A Lusorecursos já detinha o direito de procurar lítio naquela área mas acabou por celebrar um contrato com a Dakota Minerals para a prospeção inicial. A empresa australiana terá ficado satisfeita com os testes e tentou comprar a empresa portuguesa por cerca de um milhão de euros, uma vez que a Lusorecursos não possui capital próprio para este tipo de investimento. Esse foi também o valor da providência cautelar levada a tribunal.

No entanto, a Lusorecursos vai recorrer a investidores externos à empresa, sem no entanto perder o controle maioritário neste grupo bracarense. Entretanto o Juiz acabou por ouvir testemunhas e advogados de ambas as empresas e deu razão ao grupo mineiro de Braga, que terá provado ter já vários investidores para cobrir todos os gastos com a exploração do novo petróleo, o lítio, bastante procurado para baterias eléctricas no mercado da mobilidade e transportes. Diz-se mesmo que a empresa tem já alguns nomes de corporações multinacionais que demonstram interesse no lítio extraído das minas em Cepeda, sendo a americana Tesla uma delas. Também corporações chinesas ligadas às energias estão “atentas” ao desenvolvimento da exploração do lítio barrosão. A Lusorecursos deu os primeiros passos na freguesia de Soutelo, onde tinha sede no Instituto Empresarial do Minho, com um capital inicial de 5 mil euros. As previsões de mercado apontam que a empresa deve, a breve prazo, atrair investimento na casa das centenas de milhões de euros.


SOCIEDADE

MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO DO PRESIDENTE DA CÃMARA

ROTA LIGA CINCO CONCELHOS Uma rota pedestre com a extensão de 200 quilómetros vai ligar a partir de junho de 2018, os cinco concelhos do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), num investimento de quase 300 mil euros. Em declarações à agência Lusa, a administradora delegada da Adere/Peneda-Gerês, Sónia Almeida, explicou que apesar da conclusão da "Grande Rota do PNPG" estar prevista para 31 de dezembro do próximo ano, em junho já estará marcada e sinalizada para poder ser percorrida por visitantes e turistas". A ideia de projecto nasceu da necessidade sentida há já alguns anos de voltar a ser criado um percurso que chegou a existir em tempos, implementado pelos serviços do PNPG, que permitisse percorrer a pé, todo o território", explicou ainda a responsável da Adere Peneda Gerês. O PNPG foi criado em 1971 e é a única área protegida no país com a classificação de parque nacional. Localiza -se no noroeste de Portugal, abrangendo o território de cinco municípios: Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. O PNPG foi criado em 1971 e é a única área protegida no país com a classificação de parque nacional. Localiza -se no noroeste de Portugal, abrangendo o território de cinco municípios: Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. O objectivo deste projecto é melhorar as condições de visita no único parque nacional do país, adequando os interesses do desenvolvimento turístico do território com os princípios basilares da preservação e conservação da natureza.A implementação da rota está a ser articulada com os conselhos directivos dos baldios, com os municípios de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre, bem como com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. Com uma área de mais de 70.000 hectares, o PNPG encerra uma diversidade biológica destacada, uma riqueza específica elevada e um número significativo de espécies endémicas. Destaca-se ainda pela extensão e pela diversidade de ‘habitats naturais", evidenciando-se as matas climáticas de carvalhos, associadas ao azevinho, ao medronheiro, ao teixo e ao sobreiro.Constitui juntamente com o Parque Natural da Baixa Limia/Serra do Xurés, na Galiza, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e em conjunto com esse parque natural espanhol, integra desde 2009, a Reserva Mundial da Biosfera.

SERRA DO LAROUCO|UM TESOURO ESCONDIDO POR: Mauro Fernandes

No País Barrosão existem ainda muitos tesouros por descobrir, a sua gente, a sua cultura, a natureza e as suas tradições. Tão profundo e genuíno como a história das nossas terras e antepassados é o privilégio de entender, sentir e viver a cultura, a natura e as gentes. Aqui, a história e as estórias contam-se desde o princípio, por mais remotas que sejam. Promovemos em eventos todo este património e cultura, percorrem um vasto Património arqueológico, o Megalitismo (pré–história), no período Neolítico, a Pena Escrita, o Penedo Caparinho , os Castros Celtas e Romanos relembram descobertas como as aras votivas a várias divindades, que os romanos acolheram, relembram ainda o Deus Larouco (Vilar de Perdizes, bem como o Deus Júpiter (Vilar de Perdizes e Chã). Os as caminhadas e trilhos percorrem as Igrejas, Capelas, Alminhas e Cruzeiros. E tudo aquilo que não vemos porque corremos, todo esse vasto património está preservado e protegido no Ecomuseu do Barroso, uma ideia e forma de salvaguardar o património natural,cultural, social, económico, contribuindo para o desenvolvimento dos seus habitantes, respeitando e valorizando a sua cultura, local de visita obrigatória. Já depois dos trilhos não nos esquecemos da Gastronomia, por esta altura potenciada pela Feira Do Fumeiro (de 21 a 24 de Janeiro). Com o seu Património Natural, o Barroso constitui uma região, desde a medievalidade, ocupando cerca de mil e cem quilómetros quadrados de superfície. Enquadra-se na chamada Terra Fria Transmontana, de fortes contrastes climatéricos, com estios de temperaturas elevadas e invernos ventosos e frios. Ainda hoje se repetem dizeres dos antigos sobre a imprevisibilidade e extremos do clima; O Larouco e os seus 1535 metros, rodeado de um planalto com altitude média de 850 metros, permite um cenário diferenciado com paisagens de sonho e de perder o fôlego, representando muito

do que é vivência na região, do mais belo ao mais agreste, um despertar para a vida. A proximidade cultural com a Galiza, as fabulosas histórias da raia e do contrabando, o misticismo, as bruxas, o Congresso de Medicina Popular, o Padre Fontes, as Olas de Santa Marinha, as belíssimas igrejas e capelas, a religião, o Auto da Paixão (preparado a meses a fio e interpretado pelos melhores atores, a população de Vilar de Perdizes), a Sexta-Feira 13, uma mescla de cultura, tradições, património e uma forma de viver em natureza tornam esta região verdadeiramente distinta. Mais haveria para dizer, mas queremos deixar à descoberta de cada um. De tudo isto é feito o Barroso, mas é sobretudo feito de pessoas que comungam destes valores, que se apaixonaram pelo Barroso, porque sempre cá viveram, porque conheceram e não mais esqueceram, porque vivem a natureza, porque encantam as gentes com a sua cultura. O que não reza a história por estes lados é de facilidades ou desistências, como alguém dizia, a felicidade só faz sentido se partilhada. Sabem-no bem aqueles que por cá passam! Mauro Fernandes


PELO MUNICIPIO

OPOSIÇÃO EM MONTALEGRE PROTESTA! PRESIDENTE FALA EM POLITICA DE CHIQUEIRO

A MELHOR FEIRA DO FUMEIRO DO PAÍS

A Feira do Fumeiro de Montalegre é já considerada como uma das melhores feiras do género, senão a melhor que se realiza em Portugal. Com mais de duas dezenas de edições esta feira económica que tem por denominação Feira do Fumeiro e Presunto de Montalegre é bastante popular não só pelos enchidos e presuntos da região mas também pelas gentes da terra que ajudam todos os anos na elaboração de uma das principais festas da terra. A Capital do Barroso anuncia não só o bom fumeiro, mas também a feira que é transmitida de geração para geração com um futuro certo pela frente.Ao longo dos tradicionas 4 dias de festa são mais de 60 toneladas de fumeiro (alheiras, chouriças, sangueiras, salpicões) e mais de uma centena de expositores que estão disponíveis para os milhares de visitantes. O pavilhão desportivo de Montalegre fica pequeno para tanta animação permanente que é alargada à "Fun Zone" local onde os visitantes podem degustar os petiscos da região. Razões não faltam para sentir o aroma inconfundível ao fumeiro de Montalegre. 4

Hino da Feira de Fumeiro de Montalegre Todos os anos os habitantes de Montalegre cantam o hino da Feira do Fumeiro que normalmente é uma adaptação de uma conhecida música pop. Em 2015, a adaptação escolhida foi do tema Bailando de Enrique Iglesias com Mickael Carreira. Na versão de Montalegre foi "Comendo". Em 2017, foi a vez duma música conhecida

EXPOSIÇÃO PINTURAS SOLTAS 5 Janeiro a 28 Fevereiro -

A sede do Ecomuseu de Barroso, Montalegre, acolhe a exposição "Pinturas Soltas" da barrosã Ana justo. Esta artista plástica, natural de Boticas, apresenta desenhos, pinturas e esculturas cuja originalidade promete surpreender. Para visitar

José António Carvalho de Moura e José de Moura Rodrigues, eleitos em outubro pela coligação "A Força da Mudança", fizeram um protesto público e simbólico contra o indeferimento do seu pedido para que o Presidente da autarquia Orlando Alves, lhes disponibilizasse os recursos físicos, materiais e humanos que dizem ser necessários ao exercício do mandato e conforme alegam estar previsto na lei. Em protesto, os dois vereadores ocuparam o átrio do edifício camarário, utilizando duas mesas que pediram emprestadas num café local, de modo a ali, segundo alegaram, a prepararem a reunião de câmara, prevista para a tarde do dia 21 de Dezembro, Carvalho de Moura disse à agência Lusa que reparou que, esta manhã, tinha sido retirada a msa que costuma estar no segundo andar da autarquia. "O que pretendemos é que nos sejam garantidos os direitos que temos como oposição, na base dos estatutos e do direito da oposição que está consagrado em lei. Pedimos um gabinete, pedimos suportes eletrónicos, pedimos outras coisas e nada nos foi concedido", salientou. Os vereadores pediram um gabinete e meios logísticos que alegam ser necessários à atividade, apoio de secretariado, horário de atendimento aos munícipes e acesso à rede digital interna do município. Carvalho de Moura referiu que querem melhores condições de trabalho para também poderem ser uma "oposição mais construtiva". "Infelizmente nós não contamos aqui para esta câmara, para este executivo municipal, e nós temos que fazer ver as nossas razões desta forma", salientou Carvalho de Moura. O Presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, disse por sua vez, que o município não pode dar resposta ao que é solicitado pela oposição, que pede, inclusive, "apoio administrativo de uma secretária, computadores, telefones e chave da câmara para entrar a qualquer hora". "É gente que não tem noção do ridículo e só me apetece dizer que tenham vergonha e que aprendam como por todo o lado se faz oposição", afirmou à agência Lusa. E acrescentou: "como não têm ideias refrescantes navegam em águas sujas e fazem política de chiqueiro". Diga-se, que o PS liderado por Orlando Alves, venceu as eleições de Outubro com 60,60% dos votos (4.696 votos) contra os 30,75% (2.383 votos) conseguidos pela coligação liderada por Carvalho de Moura, que foi presidente de câmara de Montalegre a seguir ao 25 de Abril. Recorde-se que o PS conquistou cinco mandatos e a coligação dois.


PELO MUNICIPIO OPINIÃO

CÂMARA E OPOSIÇÃO EM ROTA DE COLISÃO

OS EQUIVOCOS DA OPOSIÇÃO E O SEU ESTATUTO ENQUANTO TAL José Carvalho de Moura e José Moura Rodrigues, eleitos pela coligação “A Força da Mudança-PSD/CDS no sufrágio autárquico de 1 de Outubro último, são os dois Vereadores representantes da Oposição na Câmara de Montalegre. Oposição, que tendo em conta a Lei Eleitoral Autárquica vigente; os seus comunicados e declarações de voto; e até o conteúdo das actas das reuniões camarárias em que participam, ainda não deu a conhecer, muito menos clarificou publicamente, quem afinal representa quem. Isto é, se os ditos Vereadores representam a dita Força da Mudança e se esta se constituíu em Coligação de Partidos; se o PSD; se o CDS; ou se apenas os supraditos Por: Domingos Chaves Vereadores se representam a si mesmos. O que se sabe isso sim, é que apesar de não lhes ter sido atribuído qualquer pelouro nem competências delegadas, não perderam tempo nas suas exigências, como se poderá constatar pelas palavras proferidas pelos próprios, constantes que são da página anterior. Exigências, que sabe-se lá porquê, fizeram tábua rasa da Lei n.º 24/98 de 26 de Maio, que aprovou o Estatuto do Direito de Oposição, regula esta matéria, define os titulares do dito direito, e consequentemente dos direitos daqueles que não fazem parte dos correspondentes Orgãos Executivos, ou que neles não assumam pelouros, poderes delegados ou outras formas de responsabilidade directa e imediata pelo exercício de funções executivas. Assim e perante os factos, cumpre-me emitir a seguinte opinião: UM - O Estatuto do Direito de Oposição consta da Lei n.º 24/98, de 26/5 e baseia-se no princípio constitucional do direito de oposição democrática, constante do artigo 114.º da Constituição da República Portuguesa. DOIS- De acordo com os n.ºs 2 e 3 deste artigo, é assim reconhecido às minorias o direito de oposição democrática, nos termos da Constituição e da lei. TRÊS- Deste modo, os Partidos políticos representados na Assembleia da República e que não façam parte do Governo, gozam designadamente do direito de serem informados regular e directamente pelo mesmo Governo, sobre o andamento dos principais assuntos de interesse público. De igual direito, gozam os Partidos políticos representados nas Assembleias Legislativas Regionais e em quaisquer outras Assembleias designadas por eleição directa, relativamente aos correspondentes executivos de que não façam parte. QUATRO- O direito de Oposição, é pois a consagração em termos políticos dos direitos das minorias, podendo afirmar-se, que “no fundo, a garantia dos direitos e poderes das minorias é um instrumento constitucional de contrapeso e limite do poder da maioria”. CINCO- A Lei n.º 24/98 de 26/5, veio assim, e para além de consagrar legalmente este direito constitucional, estabelecer igualmente os direitos que concretamente a Oposição possui, ao definir Oposição relativamente às autarquias locais, como a actividade de acompanhamento, fiscalização e crítica, das orientações políticas dos Orgãos Executivos das dita autarquias locais; SEIS- E fê-lo, estabelecendo, que são titulares do direito de Oposição os Partidos políticos representados nas Assembleias Deliberativas e que não estejam representados no respectivo Orgão Executivo; SETE- Bem como, os Partidos políticos que embora representados nas Câmaras Municipais, verifiquem que os seus eleitos não assumem pelouros, poderes delegados ou outras formas de responsabilidade directa e imediata pelo exercício de funções executivas. OITO- Direito esse, que é igualmente reconhecido aos Grupos de Cidadãos eleitores, que tenham concorrido nas eleições autárquicas, e que tenham eleitos em qualquer Orgão igualmente Autárquico; NOVE- Ora sendo desta forma, os titulares do direito de Oposição, têm assim o direito de serem ouvidos sobre as propostas dos respectivos Orçamentos e Planos de Actividades, bem como de se pronunciarem sobre quaisquer questões de interesse público relevante; DEZ- Importando porém referir, que os titulares do direito de Oposição não são os membros das Assembleias Municipais, mas sim os Partidos políticos representados nas Assembleias Deliberativas e que não estejam representados no respectivo Orgão Executivo, ou os Grupos de Cidadãos eleitores, que tenham concorrido nas eleições autárquicas e que tenham eleitos em qualquer Orgão Autárquico, os quais embora representados nas Câmaras Municipais, verifiquem que os seus eleitos não assumem pelouros, poderes delegados, ou outras formas de responsabilidade directa e imediata pelo exercício de funções executivas. ONZE- O direito de Oposição nas autarquias locais, concretiza-se assim com o direito dos seus titulares – Partidos ou Grupo de Cidadãos - serem ouvidos sobre as propostas dos respectivos Orçamentos e Planos de Actividade, bem como de se pronunciarem sobre quaisquer questões de interesse público relevante. O que significa, que são dois e apenas dois, os direitos que assistem aos titulares do direito de Oposição: A- O direito de serem ouvidos sobre as propostas e Planos de Actividade e Orçamentos, e; B- O direito a pronunciarem-se sobre quaisquer questões de interesse público relevante. No primeiro caso, o momento em concreto em que a audição se deve processar, deverá ser logo que a Câmara Municipal tenha elaborado o Projecto de Plano e de Orçamento, ou seja, após a sua elaboração embora anteriormente à aprovação dessas propostas em reunião de Câmara. No que diz respeito à alínea B), a Câmara Municipal deve informar os titulares do direito de Oposição, independentemente de qualquer iniciativa em concreto dos mesmos, sobre os assuntos de considerável importância local. De outra forma não se compreenderia o conteúdo inovador deste direito à informação; C- Para comprovar a aplicação desta lei, é obrigatória a elaboração pela Câmara Municipal de relatórios de avaliação do grau de observância do respeito pelos direitos e garantias nela estabelecidos, até ao fim do mês de Março do ano subsequente àquele a que se refiram; D- Estes relatórios são por sua vez enviados aos titulares do direito de Oposição, para que estes se possam pronunciar, ou reclamar dos mesmos para as


PELAS FREGUESIAS PITÕES DAS JÚNIAS e LOBIOS APOSTAM NO TURISMO

As localidades de Pitões das Júnias e Lobios, na Galiza, estão unidas através de uma rota transfronteiriça com uma extensão de 70 quilómetros, cujo objectivo é atrair turistas para os fazer viajar “nas pegadas do lobo ibérico”.A rota passa por seis fojos do lobo, que foram já recuperados. A ideia é valorizar turisticamente estas antigas armadilhas que serviam para capturar os lobos e criar a marca “Território do Lobo Ibérico”. Os turistas terão também oportunidade de pernoitar num refúgio de montanha. O objectivo central da iniciava passa também por “valorizar o património etnográfico, natural e imaterial associado ao lobo, como forma de melhorar a capacidade de atracção turística do território, ao mesmo tempo que se conserva e preserva um elemento da biodiversidade de uma área protegida..A intervenção vai também ajudar as comunidades locais a encarar o lobo não como um animal selvagem ofensivo, mas como um meio atractivo de obtenção de ganhos. A rota, liga a aldeia de Pitões das Júnias a Lobios, um município raiano localizado na província de Ourense, em Espanha. No futuro serão ainda criados dois polos do Centro de Interpretação do Lobo Ibérico, um em Pitões das Júnias e outro na localidade espanhola de Puxedo. O projecto “Nas pegadas do lobo ibérico, através do património etnográfico, natural e imaterial da Reserva da Biosfera Xurés-Gerês” já foi apresentado ao programa INTERREG V A Espanha Portugal (POCTEP).

MERCADO CULTURAL DE PITÕES A aldeia de Pitões das Júnias, transformou-se nos dois dias que antecederam a consoada num mercado de Natal cultural, onde foi possível ver artesãos a trabalhar ao vivo, visitar uma vacaria e até procurar fadas no bosque. Margarida Paiva, da organização do “Pitões à mão”, disse à agência Lusa, que o evento quer desvendar os segredos desta aldeia do concelho de Montalegre e atrair mais visitantes ao território. Quer ser também, acrescentou, uma alternativa aos mercados tradicionais de Natal. Ali foi e será possível a partir de agora, fazer compras directamente aos artesãos que fazem, constroem e moldam os produtos, desde os chocolates e doces, sabonetes, cosmética, artesanato em madeira e ferro forjado, mas também comprar “produtos da terra”, como batatas e couves para o jantar da consoada. Neste encontro, os artesãos, de diferentes áreas e lugares (serras Gerês, do Soajo e da Baixa-Límia), demonstraram como trabalham a sua arte, estando programadas demonstrações de trabalho ao vivo em ferro forjado e em tecelagem no futuro próximo. Quem quiser poderá ainda visitar vacarias, ver como funciona e como são tratadas as vacas de raça autóctone barrosã. Em Pitões vão-se ouvira partir de agora histórias da montanha e pequenos e graúdos podem ir procurar fadas pelo bosque onde se esconde a mitologia celta tão característica dessa zona.

Margarida Paiva destacou ainda a construção da árvore de Natal alternativa, que foi feita com os materiais que estiveram disponíveis e que quer evitar o arranque de uma árvore que seja.Organizado pela Taberna Terra Celta, o “Pitões à mão” o evento contou com o apoio da Câmara de Montalegre, da Junta de Freguesia de Pitões das Júnias, da Associação para o Desenvolvimento de Pitões das Júnias, da Biblioteca Aberta de Pitões e do Ecomuseu de Barroso.

INFORMAÇÃO AOS AGRICULTORES

O QUE SÃO OS FOJOS?!... Os fojos são construções antigas em pedra que eram usadas pela população para capturar os lobos, sendo muito comuns nos territórios do norte da Península Ibérica. Existem três tipos destas estruturas e em todas elas eram construídos fossos de maior ou menor dimensão, onde eram colocados animais vivos para atrair os lobos ou para onde estes eram empurrados através de batidas.Uma vez dentro, o animal não conseguia escapar, devido à altura e formato das paredes de pedra. Nos últimos anos, a maior parte dos Fojos do Lobo que existem no território do Parque Nacional da Peneda Gerês foram alvo de recuperação, “sendo estes monumentos de arquitectura popular relacionados com o lobo em grande parte totalmente desconhecidas da população em geral e que são um grande contributo para a etnografia cultural e desenvolvimento turístico desta região transfronteiriça onde a diversidade de fojos de lobo é enorme”.

No âmbito da implementação da Estratégia de Desenvolvimento Local do GAL ADRAT, encontrase aberto até às 17:00 horas, do dia 31 de janeiro de 2018, o período para a apresentação de candidaturas, à operação “Pequenos Investimentos na Exploração Agrícola” . .Através desta ação pretendem-se apoiar projetos que promovam a melhoria das condições de vida, de trabalho e de produção dos agricultores e contribuir para o processo de modernização e de capacitação das empresas do setor agrícola, através de projetos até um montante de 40 mil euros . No sentido de se obter um leque importante de projetos de qualidade, a ADRAT disponibiliza toda a sua equipe técnica para a prestação de todas as informações e todo o apoio aos promotores de projectos. Mais informações junto da ADRAT – Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega.


PELAS FREGUESIAS

VIAGEM ATÉ À VILA DA PONTE

DITOS DE ANTANHO I Vila da Ponte foi vila, Chaves foi nobre cidade, Montalegre, ladroeira, Como toda a gente sabe. II Canto no rio e no monte, Inda não sei o bastante, Eu sou de Vila da Ponte, Arre burro pra diante. III Adeus ó Vila da Ponte, Adeus que me vou embora, Moças esperai correio, Das onze prá meia-hora. IV Ó Bustelo, ó Bustelo, Ó Bustelo soleirento, Com as moças de Bustelo, Não vou perder o meu tempo. V Senhora Santa Luzia, Da povoação de Bustelo, Dai-me vista nos meus olhos, Que andar cego é degredo

Localizada entre o Minho e Trás-os-Montes, a aldeia da Vila da Ponte reúne características de ambas as regiões, o que faz dela um exemplo singular das . peculiares tradições regionais. Parte do Município de Montalegre, Vila da Ponte tem uma longa história, que pode ser vista a partirdos vestígios arqueológicos e património que se encontra ao longo da trilha romana da estrada. A ponte de granito que dá o seu nome ao lugar, foi a primeira ponte a ser construída sobre o rio Cabril. Atravessem a ponte os visitantes e permaneçam na estrada romana, um excelente trilho para caminhadas, onde se pode dar um longo e tranquilo passeio pela história e patrimônio da aldeia e apreciar os muitos monumentos funerários, castros (assentamentos fortificados) e câmaras funerárias que atestam para a presença de pessoas há muitos séculos. Outro monumento antigo é a Igreja da Vila da Ponte, que foi usada como um templo para adorar outros deuses. Ao longo dos tempos, acolheu a religião prevalecente. Hoje em dia, é uma Igreja Católica importante, com um pequeno Museu Paroquial. Vila da Ponte também tem 26 moinhos, tornando-se a vila com a maioria dos moinhos no país. Além dessas estruturas tradicionais de granito, que se podem ver e os pequenos celeiros e fogão comunitário que estão na Rota do Pão, também se encontram duas barragens, onde se pode desfrutar das praias do rio a 2 e 4 quilômetros de distância. Sendo uma das freguesias barrosãs com menos área distribuída é, porém a mais produtiva por metro quadrado de terreno. Por outro lado, a povoação sede ainda é uma das mais populosas, pois aparece em oitavo lugar (ao lado de Solveira) no conjunto dos 135 povoados do concelho. Tal indicação (ao lado de outros indicadores bem significativos) deve servir como aviso aos poderes vigentes no sentido de providenciarem uma distribuição mais equitativa dos benefícios às populações.

FLORESTAS - PROPRIETÁRIOS TÊM ATÉ 15 DE MARÇO PARA LIMPAR TERRENOS Os proprietários privados têm "até 15 de março" para limpar as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas e, se não o fizeram, os municípios terão "até ao final de maio" para proceder a essa limpeza. O diploma foi já aprovado pelo Governo e promulgado pelo Presidente da República. O Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, reconheceu que há "imenso trabalho para fazer" em matéria de incêndios, defendendo que isso passa desde logo por "aproximar a prevenção do combate" para "fazer prevalecer nas populações um sentimento e uma cultura de segurança que não tem havido até hoje".


COMUNIDADES

PORTUGUESES EMIGRAM MENOS

Em 2011, ano da chegada do Governo PSD/CDS 85 mil portugueses emigraram. Foi o princípio de uma vaga de emigração só comparável aos números ocorridos nos anos 60. No ano seguinte, foram 105 mil e em 2013 este número subiu até aos 120 mil, o valor mais alto já registado. Em 2014, houve uma pequena inflexão: saíram 115 mil; há dois anos, foram 110 mil. Foram necessários cinco anos para este número baixar significativamente. Em 2016, 100 mil portugueses emigraram, o valor mais baixo registado desde o início da crise, de

acordo com as estimativas do Observatório da Emigração. Ainda assim, no ano passado, período a que se refere a estimativa, havia mais de 2,3 milhões de portugueses espalhados pelo mundo, mais 10% do que em 2010. Um dos mais antigos destinos da emigração nacional - a França, continua a ser o país onde vive a maior comunidade portuguesa no mundo (599.333). Por outro lado as pessoas nascidas em Portugal ou descendentes de portugueses, constituem a terceira maior população estrangeira no país (11% do total, a seguir a argelinos e marroquinos). França, ainda hoje é o segundo país mais escolhido por quem decide partir. Nove em cada dez já vivem em França há mais de uma década e 16% são idosos.

REMESSAS DOS EMIGRANTES EM ALTA Portugal, com um total de 3.343 milhões de euros, tem o maior saldo entre os Estadosmembros da União Europeia (UE) de verbas provenientes de pessoas residentes fora do país, divulgou o Eurostat. Num total de 24.064 milhões de fluxos de emigrantes na UE, Portugal tem a maior 'fatia' (3.343), seguindo-se a Polónia (3.014), o Reino Unido (2.454) e a Roménia (2.449 mil milhões de euros), segundo dados finais referentes a 2016. Considerando remessas de emigrantes residente noutro Estado-membro, a Polónia passa para primeiro lugar (2.654 milhões de euros), a Roménia para segundo (2.141) e Portugal para terceiro (2.091 milhões de euros). O gabinete de estatísticas da UE nota por outro lado, que as verbas recebidas por Portugal dizem apenas respeito a remessas de trabalhadores expatriados. Os Emigrantes residentes em França são os que que mais remessas enviam em toda a UE (9.986 milhões de euros), seguindo-se os que estão no Reino Unido (7.086), em Espanha (6.765) e na Alemanha (4.214 milhões de euros).

EMIGRANTES AFIRMAM QUERER CONTINUAR A SER PORTUGUESES PSD E BE QUEREM ALTERAR LEI ELEITORAL E Comissão Nacional Eleições manifesta-se contra Ouvida na Assembleia da República no passado mês de Dezembro a propósito de um Projecto-Lei do PSD e do BE, a Comissão Nacional de Eleições criticou o recenseamento eleitoral automático para os portugueses residentes no estrangeiro, argumentando que "elimina a única condição comprovativa da ligação" a Portugal. A CNE já havia enviado o seu parecer ao Grupo de Trabalho da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais Direitos Liberdades e Garantias que está encarregue de trabalhar o assunto, questionando mesmo a constitucionalidade do recenseamento automático proposto pelo PSD-Partido Social Democrata e Bloco de Esquerda. No parecer, a CNE defende que "a generalização do sistema automático de inscrição no recenseamento elimina a única condição comprovativa da ligação à comunidade nacional (a inscrição voluntária no recenseamento, uma vez que a cidadania é, tão só, um pré-requisito) prevista na Lei Eleitoral do Presidente da República".

SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES APELA A CUIDADOS REDOBRADOS NAS VIAGENS O Governo através do Secretàrio de Estado José Luis Carneiro, apelou aos portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro que tenham "cuidados redobrados" nas viagens, em particular de carro, para Portugal e de regresso aos países onde vivem, durante a época festiva de Natal e Ano Novo. "Apelo a todos os cidadãos portugueses e luso-descendentes residentes no estrangeiro, e que nesta quadra festiva regressam a Portugal para se juntarem às suas famílias, para que tenham cuidados redobrados nas deslocações, tanto na vinda como no regresso aos aos países onde vivem“. O governante lembrou que a "emoção própria da quadra", que significa, para os cidadãos das comunidades portuguesas no estrangeiro, um "reencontro com familiares, amigos e com as suas raízes", não deve fazer esquecer os cuidados a ter com a segurança, em particular para os que viajam nos seus próprios veículos“, disse o Secretário de Estado das Comunidades numa mensagem divulgada antes do Natal.

Actualmente há 5,7 milhões de cidadãos com naturalidade portuguesa, nacionalidade portuguesa ou lusodescendentes a residir no estrangeiro, dos quais 2,3 milhões na Europa. Na mensagem, Carneiro sublinha que, no próximo ano, o Governo "continuará" a apostar nas "dimensões fundamentais dos serviços consulares", nomeadamente a proteção e a emergência consular; a qualificação das condições de participação política dos portugueses no estrangeiro; o bom funcionamento dos serviços consulares, nomeadamente por via do reforço dos meios humanos e técnicos nos serviços; o apoio social aos emigrantes carenciados; a promoção do associativismo português no estrangeiro, e o aprofundamento do ensino do português junto das comunidades. Portugal tem 115 postos consulares de carreira e 235 postos consulares honorários, em 148 países.


POLITICA NACIONAL – SOBE E DESCE EM ALTA|MÁRIO CENTENO A Fitch, empresa de notação financeira, acaba de subir em dois níveis a classificação da dívida portuguesa, retirando-a da categoria de “lixo”, onde se encontrava há seis anos. Tal acontecimento tratou-se de uma extraordinária vitória para Portugal, para o Governo e para o Ministro das Finanças, Mário Centeno, o último responsável pela estratégia económica que Portugal tem vindo a seguir desde o final de 2015. E foi uma extraordinária vitória, porque as políticas económicas defendidas por Centeno, foram recebidas com enorme cepticismo pela Comissão Europeia, pelo FMI, pelo Eurogrupo e pelos investidores e os mercados. Com efeito, defender que era possível cumprir os compromissos europeus, cortando radicalmente com a estratégia seguida de forma fundamentalista pelo Governo PSD/CDS e defendida pela Troika, exigiu grande coragem e uma forte convicção de que as coisas podiam ter os mesmos resultados por outras vias, com muito menos dor social. 2016 foi um ano difícil, em que a economia cresceu menos que em 2015. Mas em 2017 sucederam-se os êxitos. Portugal vai registar o défice mais baixo de sempre em democracia e o maior crescimento deste século. As exportações tem mantido um forte aumento, o investimento está de regresso e há crescimento do emprego e redução para lá do previsto no desemprego. O saldo da balança corrente e de capital mantém-se positivo. A recuperação tem-se caracterizado por uma reafectação crescente de recursos para o sector dos bens e serviços transacionáveis – ou seja, estamos perante um crescimento que assenta em bases saudáveis, ao mesmo tempo que se está está a verificar a redução do endividamento público e privado. Tudo isto originou que o país saísse do Procedimento por Défice Excessivo, onde se encontrava desde 2011, e que em Novembro conseguisse pela primeira vez na sua história emitir dívida a dez anos com uma taxa inferior a 2%. E Mário Centeno vê assim coroada a sua convicção e os êxitos que tem para apresentar com a eleição em Dezembro para Presidente do Eurogrupo, onde os seus pares o receberam na primeira reunião em que participou ainda em Dezembro de 2015 de forma gelada, olhando para o lado e evitando cumprimentá-lo. Ora por mais voltas que se dê e por mais que se tente denegrir estes resultados, eles foram obtidos por um Governo socialista, liderado pró António Costa e tendo Mário Centeno como Ministro das Finanças. Mesmo que contra a vontade, a Comissão Europeia, o FMI, o Eurogrupo e o Banco de Portugal, tiveram de render-se às evidências. Afinal era possível seguir outra via para reduzir a dívida e o défice sem ser através de brutais aumentos de impostos directos e cortes draconianos nos salários, pensões e nos apoios sociais do Estado. Ou seja: Mário Centeno ganhou. É por isso claramente considerado o homem do ano de 2017.

POLITICA INTERNACIONAL

EM BAIXA | CATALUNHA

Na Catalunha ficou tudo na mesma, e quando assim é, o tempo torna tudo mais difícil ou mesmo muito sombrio para os catalães. Não houve grande surpresa porque as sondagens já apontavam para um resultado deste tipo. As eleições realizadas no passado dia 21 de Dezembro, deram 70 deputados aos independentistas e 65 deputados aos constitucionalistas, mas enquanto os primeiros obtiveram 2.062.760 votos, os segundos conseguiram 2.211.655 votos, aqui surgindo um primeiro problema em relação à lei eleitoral que dá mais deputados a quem tem menos votos. O Cyudadanos tornou-se a força mais votada na Catalunha, sendo a primeira vez que uma força constitucionalista ganha as eleições autonómicas. Essa é a única novidade. O Partido de Inês Arrimadas venceu em três das quatro grandes cidades catalãs, isto é, Barcelona, Tarragona e Lleida, só não ganhando em Girona. Porém, os seus 37 deputados e os seus possíveis aliados são insuficientes para formar Governo, porque o bloco independentista assegurou a maioria absoluta no Parlamento. Em segundo lugar ficou o exilado Carles Puigdemont que conseguiu 34 deputados e que com os seus aliados, poderá vir a ser ele a formar Governo. Porém, nesse caso voltaria tudo à situação de grande conflitualidade que se verificou e que levou à aplicação do artigo 155 da Constituição e certamente, lá teriam que ser marcadas novas eleições. A imprensa espanhola traça os mais diferentes e improváveis cenários para ultrapassar esta delicada situação, mas há um ponto em que todos estão de acordo: a estratégia de Mariano Rajoy não resultou e foi um desastre. Assim, agora tudo parece passar pela retirada de Rajoy deste processo e a sua substituição por alguém que possa reconciliar e abrir o diálogo na Catalunha, com uma revisão constitucional e uma nova lei eleitoral. Significa portanto, que Rajoy se tornou o elo mais fraco desta situação e que o problema da Catalunha passou definitivamente a ser também, mais do que antes, um problema da Espanha. Vêm aí tempos muito difíceis para os catalães. para os espanhóis e até para aos europeus.


ESTÓRIAS DA HISTÓRIA

Mitologia

AS ORIGENS DA SEXTA 13 | DIA DAS BRUXAS Há uma tradição, principalmente na cultura ocidental, que associa o número 13 e também a sexta-feira ao azar. Por isso, o dia 13, quando cai na sextafeira, é considerado um dia de infortúnio, e os mais supersticiosos evitam alguns hábitos. No entanto, a origem do medo que algumas pessoas têm da Sexta-feira 13 é desconhecida. Existem algumas versões que justificam a má fama da data, uma delas ligada ao cristianismo. Na sua última ceia, que aconteceu numa quinta-feira, Jesus teria-se reunido com seus 12 discípulos, totalizando 13 pessoas na refeição. Entre elas, estava Judas, o traidor. Jesus morreu no dia seguinte, uma sexta-feira. A tradição cristã ainda une o facto de seu líder ter morrido numa sexta-feira ao facto do livro do Apocalipse apontar o número 13 como a marca da besta, do anti-Cristo. A imperfeição do número 13 também está ligada às inúmeras referências ao número 12 na Bíblia -12 tribos de Israel e 12 discípulos, sendo assim, o número 13 destoaria do projecto de Deus. Não saindo do pensamento cristão, há uma linha teórica que afirma que Adão e Eva comeram o fruto proibido numa sexta-feira e que Caim teria morto Abel nesse mesmo dia da semana.

Outra possibilidade de explicação para o “terror” que envolve a sextafeira 13, está relacionada com a mitologia. Segundo uma história de origem nórdica, o deus Odin teria realizado um banquete e convidou outras doze divindades. Loki, deus da discórdia e do fogo, que não teria sido convidado para reunião, ao ter conhecimento do banquete, armou uma confusão que terminou na morte de um dos convidados. Diz a superstição que um encontro com 13 pessoas termina sempre em tragédia. A deusa da fertilidade Frigga, esposa de Odin, também teria relação com a sexta-feira 13, segundo outra hipótese. Para forçar a conversão dos bárbaros, a Igreja Católica teria “demonizado” Frigga. Segundo a lenda, ela, o demônio e outras onze bruxas saíam todas as sextasfeiras para rogar pragas contra a humanidade.

História A origem da sexta-feira 13 também tem explicações na História, mais especificamente na monarquia francesa. De acordo com a História, o rei Felipe IV sentiu o seu poder ameaçado pela influência exercida pela Igreja dentro de seu país. Na tentativa de contornar a situação, tentou filiar-se na prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, mas foi recusado. Com raiva, o rei teria ordenado a perseguição dos Templários numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307. Diante dessas lendas e teorias, quando ocorre uma sexta-feira 13, os supersticiosos evitam cruzar com gato preto, passar debaixo de escadas, quebrar espelhos e outras crendices que podem trazer mau agouro. Em Portugal, o Dia das Bruxas é festejado por miúdos e graúdos e é tradição as crianças e adultos vestirem-se de bruxas, monstros, vampiros, entre outros e pedirem guloseimas de casa em casa. É usual ver nas casas abóboras sem polpa com velas dentro, para assustar os vizinhos e criar um ambiente diferente do habitual. Porém a festa maior relacionada com o “bruxedo” ocorre em Montalegre, capital da região do Barroso. A Noite das Bruxas em Montalegre é comemorado durante todo o ano às sextas-feira 13 e tem como personagem principal o padre Lourenço Fontes. Na noite da festa, o padre Fontes chega transportado numa grua, como se descesse dos céus, para dar início à reza do esconjuro destinada a afastar o povo de bruxedos e maus olhados. "Sapos e bruxas, mouchos e crujas, demonhos, trasgos e dianhos, espíritos das eneboadas beigas... Vade retro Satanás prás pedras cagadeiras!". O esconjuro do padre Fontes é o momento alto da Noite das Bruxas, que atrai atraíndo de cada vez que se realiza dezenas de milhares de pessoas. Esta festa recria toda a mística e crenças tradicionais das terras do Barroso e constitui-se igualmente como fonte de receita para arranjar formas de sobrevivência num ambiente de crescente isolamento. A festa de sexta-feira 13 em Montalegre, pega em todas estas tradições e raízes, demonstrando a coragem do povo em enfrentar o azar. Para os barrosões, pode ser o seu dia de sorte.


O DESPORTO EM BARROSO PLANTEL DO CDC MONTALEGRE – 2017/2018

FUTEBOL - RESULTADOS E CLASSIFICAÇÕES A ronda 14 do Campeonato de Portugal que marcou o último jogo da equipa montalegrense no ano de 2017, trouxe finalmente uma vitória aos barrosões, que derrotaram o Mirandela por 2-1, após um nulo ao intervalo. Ainda assim, a equipa de Montalegre não conseguiu fugir à zona de despromoção. O próximo jogo terá já lugar no fim de semana de 7 de Janeiro de 2018. Na Divisão de Honra da AF Vila Real, o Vilar de Perdizes já comandado pelo novo treinador Tony, não foi feliz e perdeu no Campo do Calvário em Vila Real com a equipa local por 3-0. Os resultados da última semana desportiva no ano de 2017 foram os seguintes:

CAMPEONATO DE PORTUGAL

Campeonato de Portugal Serie A Montalegre 2-1 Mirandela

Divisão de Honra A.F.VILA REAL Vila Real 3-0 Vilar de Perdizes Salto 0-1 Vidago

OUTRAS MODALIDADES FUTSAL SÉNIOR (Feminino) Vilar de Perdizes 3-1 Valpaços

FUTSAL SÉNIOR Casa Benfica V.P. Aguiar 7-5 Montalegre Escola Diogo Cão 2 – 8 Salto

FUTSAL JUNIORES Salto 19 - 0 Cimo de Vila da Castanheira Montalegre 14 - 2 Boticas

FUTSAL INICIADOS Montalegre 2-2 Vila Real e Benfica

FUTSAL INFANTIS Vilar de Perdizes 5-1 Johnson Januário Vilarandelo 3-10 Montalegre

FUTSAL BENJAMINS Vilar de Perdizes 4-1 Salto

DIVISÃO DE HONRA DA A.F. VILA REAL


“REPÚBLICA BARROSÔ – VILAS, ALDEIAS E LUGARES



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