Revista IL 101

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Ano XVIII – Mar/Abr 2013 - nº 101 – R$ 18,00 – www.revistalaticinios.com.br – ISSN 1678-7250

Embalagem Missão: conquistar consumidores

Queijos Nordeste

Setor busca caminhos para crescer

Oásis para o setor sorveteiro



Editorial Ano XVIII – nº 101–março/abril 2013 www.revistalaticinios.com.br ISSN 1678-7250

Prezado Leitor, em meio à complexa situação atual de estruturar e deixar fluir o desenvolvimento do Brasil, a cadeia produtiva do leite se debate ainda com antigos problemas na produção rural, investimentos em tecnologia no campo, na indústria e infraestrutura logística. A conjuntura do setor exige ações rápidas para tornar a produção mais eficiente e, as empresas, mais competitivas. Avisos da necessidade de intervenções urgentes chegam de todos os segmentos do leite e também de todos os elos da cadeia produtiva. As matérias desta edição sinalizam algumas áreas que requerem mudanças para expansão do setor no Brasil. Como ponto de partida para leitura, trazemos entrevista com Almir Meireles, que acaba de lançar o livro “No Calor da Crise”. O autor, que diz ser importante saber como o setor leiteiro chegou até aqui e conhecer os fantasmas do passado que nos atormentam, afirma que o mais importante é trabalhar duro para superar o atraso. Esse é o fio condutor de seu livro, que apresenta ideias e propostas para a evolução do setor no Brasil. Sinais de alerta de mudanças necessárias também vieram do 6º Simpósio Nacional da Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), que comemora 25 anos de atuação no segmento. Os palestrantes selecionados, quase que em uníssono, mostraram a importância do momento atual para investir em melhoria da qualidade do leite, novas tecnologias e inovação para conquistar consumidores e crescer. O momento requer reflexão e atitude rápida porque, como diz a canção, o mundo não para, e, segundo informou Ariel Londinsky, gerente da Fepale (Federacion Panamericana de Lechería), no simpósio da Abiq, no período de 20 anos, a América Latina tem potencial para tornar-se grande provedora de leite. Por razões como essa, o Brasil precisa garantir seu lugar no mercado. Alinhada também às mudanças necessárias, o leitor poderá conferir detalhes sobre Consulta Pública à Instrução Normativa que estabelece “Padrões de identidade e qualidade do soro do leite”.

Diretor e Editor Luiz José de Souza luiz.souza@revistalaticinios.com.br Redação Juçara Pivaro jucara.pivaro@revistalaticinios.com.br Revisão Juliana Coelho Publicidade Luiz Souza Carolina Senna carolina.senna@revistalaticinios.com.br Daiane Domingues daiane.domingues@revistalaticinios.com.br Atendimento Ana Carolina Senna de Souza carolina.senna@revistalaticinios.com.br Capa Imagem de arquivo Diagramação Rafael Murad murad.rafael@gmail.com Assinatura Assinatura anual - R$ 105,00 (6 edições) Número avulso - R$ 18,00 Comitê Editorial Airton Vialta – DG/Ital Ana Lidia C. Zanele Rodrigues – Allegis Consultoria Antônio Fernandes de Carvalho – UFV Ariene Gimenes Van Dender – Tecnolat/Ital Darlila Aparecida Gallina – Tecnolat/Ital Izildinha Moreno – Tecnolat/Ital José Alberto Bastos Portugal – Embrapa/CNPGL Mucio Furtado – DuPont/Danisco Neila Richards – UFSM Sebastião César Cardoso Brandão – UFV/Amazing Foods

Nesta edição, trazemos ainda os artigos técnicos: “Os fatores de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos”, da Chr.Hansen e “Produtos lácteos simbióticos”, de pesquisadoras do Ital/Tecnolat. Que venham as mudanças e em bons ventos!

Boa leitura! Luiz Souza Diretor e Editor SETEMBRO EDITORA Ed. Green Office Morumbi Rua Domingues Lopes da Silva 890, Cj. 402 Portal do Morumbi CEP 05641-030, São Paulo, SP, Brasil Tels.: (11) 3739-4385 / 2307-5561 / 2307-5563 / 2307-5568 / 2307-5574 atendimento@revistalaticinios.com.br As opiniões e conceitos emitidos em artigos assinados não representam necessariamente a posição da revista Indústria de Laticínios. Mantenha seus dados atualizados preenchendo os formulários no site www.revistalaticinios.com.br


SUMÁRIO

Entrevista u Mudanças necessárias e urgentes – Almir Meireles -------------------------------------------------------------------- 06 Empresas e Negócios u Veja quem movimentou os negócios lácteos no último bimestre ------------------------------------------------- 10 Matéria de Capa u Embalagens – Formas e tecnologias que conquistam ---------------------------------------------------------------- 18 Conjuntura u LEITE/CEPEA - Preço sobe pelo 3º mês consecutivo e deve se manter firme ------------------------------------ 26 Mercado u Espaço para direcionar produtos e Região Nordeste – Novo oásis para sorvetes ------------------------------ 28 Legislação u Consulta Pública sobre soro de leite --------------------------------------------------------------------------------------- 31 Painel u Notícias e ações de empresas do setor ------------------------------------------------------------------------------------ 32 Evento u Simpósio Abiq – Comemoração e Trabalho ------------------------------------------------------------------------------ 42 Fazer Melhor u Produtos lácteos simbióticos – Pesquisadores/Ital SP ----------------------------------------------------------------- 52 u Os fatores de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos ---------------------------- 54

ANUNCIANTES

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ABEAÇO

21

FERMENTECH

07

Milainox

25

ASKO

17

FORTITECH

60

PZL

37

ANHEMBI BORRACHAS

27

GAIL

39

QUINABRA

10

CAP-LAB

11

GRANOLAB

35

RICIFER

31

CAP-LAB

13

GUIA DO COMPRADOR

40

SIG COMBIBLOC

59

CAP-LAB

15

INTERMARKETING

05

TATE & LYLE

50

DELGO

12

ITAL/TECNOLAT

34

TETRA PAK

02

DESNATADEIRA

30

M CASSAB

33

VERALLIA

19

FIBRAV

41

Mídia Kit

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entrevista

Mudanças necessárias e urgentes O autor do livro “No Calor da Crise – A ideologia do leite no Brasil, as insatisfações do presente e como criar um ambiente inovador e competitivo”, Almir Meireles, fala de sua mais recente obra, onde traz propostas que enfatizam a necessidade de transformações na cadeia produtiva do leite o mais breve possível. Para o autor, introduzir a gestão profissional nas propriedades leiteiras, que leve à prática do planejamento, visando à melhoria na produção de alimentos, da genética do gado e à preservação ambiental, algumas das frentes importantes, irá requerer um tempo razoável. Meireles sinaliza a premência do “ano zero”, que pode ser considerado marco inicial das mudanças necessárias no setor leiteiro, precisa acontecer urgentemente, principalmente porque a concorrência está em constante movimento e não espera.

Almir Meireles atua no setor de leite há mais de 40 anos, é economista, conferencista e sócio-diretor da Brainstock – Consultoria Empresarial. Foi executivo de grandes empresas na área de laticínios no Brasil, além de diretor da ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida), de 1994 a 2005. É especialista em planejamento estratégico, gestão, organização, negociação de empresas e sustentabilidade na indústria de laticínios. Além de artigos em revistas especializadas é autor dos livros: Long Life Milk – A Revolution in Brazil; O Revolucionário Leite Longa Vida- Na era da economia de mercado; A Integração Inacabada – Ensaios sobre política e planejamento na empresa cooperativa; Planejamento, qualidade e globalização na indústria de laticínios – 1997-2000 – um olhar incompleto; A DesRazão Laticinista – A indústria de laticínios no último quartel do Século XX e Leite Paulista – História da formação de um sistema cooperativista no Brasil.

Revista Indústria de Laticínios Fale um pouco de seu livro “No Calor da Crise” e o que o motivou a abordar esse tema de forma polêmica? ■ Almir Meireles Não escrevo com o propósito de polemizar. Mas, se existe controvérsia, pode ser bom para um melhor entendimento das coisas. Como deixei claro na introdução, dos leitores não espero que concordem com minhas ideias e proposições, mas que reflitam sobre elas. Quando eu era jovem, e já faz muito tempo, acreditava que existia uma verdade acessível e que era possível assenhorar-se dela. Com o tempo, percebi que essa postura é que leva uma pessoa ao fanatismo e à intolerância com o outro, o que explica a maioria dos males do mundo, especialmente as guerras por motivo religioso. Como bem observou o economista camaronês, Celéstin Monga, a busca da verdade é uma viagem sem fim. É nisso que acredito e é nisso que pauto meu esforço intelectual. Sobre a motivação, como mencionei na introdução, veio de uma participação em um evento da indústria de laticínios em Goiás, que abordava como tornar a atividade primária sustentável. Então me dei conta de que o tema merecia ser tratado num livro e não hesitei em escrevê-lo.

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RIL Como a obra foi lançada há alguns meses, muitos profissionais do setor já devem tê-la lido. Você Já teve feedback da repercussão do livro? Como ele foi recebido pelos leitores? ■ Almir Meireles O brasileiro não lê muito e no nosso setor não é diferente. Dos que leem, poucos são aqueles que se manifestam sobre o que leram. A despeito dessa timidez generalizada, recebi algumas manifestações elogiosas de profissionais que tiveram contato com o livro, de maneira diversa. Uma delas, bem interessante, veio de uma engenheira agrônoma de Brasília que, tendo encontrado um exemplar em uma fazenda em Goiás, revelou que o havia lido avidamente. E gostou tanto que me enviou um e-mail pedindo indicação de onde comprá-lo porque que queria lê-lo novamente. Outra veio de um universitário de Viçosa, que estava trabalhando em sua tese. Agradecia, porque o livro, emprestado por um professor, havia lhe sido muito útil. Alguns amigos que não militam na área também o leram e observaram que muitas das ideias nele contidas poderiam se aplicar a outros setores da economia, com problemas semelhantes aos nossos. Mas, estou sempre aberto para receber observações críticas também. Escrevi sobre aquilo em que acredito, mas isso não necessariamente é a única visão possível sobre o tema. Tampouco a verdadeira.

“É importante saber como chegamos até aqui, conhecer os fantasmas do passado que nos atormentam, mas o mais importante é trabalhar duro para superar o atraso. Esse é o fio condutor do livro”.


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entrevista

“A busca de maior produtividade, competitividade e melhor qualidade é um processo e não uma meta. É o que mostram produtores de países como a Nova Zelândia, Austrália, Argentina e Uruguai, nossos principais competidores e referências na área”. RIL Na sua ótica, grande parte das empresas e cooperativas de laticínios ainda têm dificuldade em reconhecer os entraves do setor da forma como foi colocada no livro? ■ Almir Meireles Ao contrário, embora não diga grande parte, na minha ótica, muitas delas estão sim cientes dos entraves do setor e trabalhando para superá-los. O que coloquei no livro é que o principal entrave é o atraso na atividade primária em relação aos nossos competidores de outros países, ainda que haja exceções entre regiões e produtores de leite. E que a velocidade das mudanças precisa aumentar. Talvez falte o sentido de urgência, necessário para se desencadear um processo que será obrigatoriamente longo e com inúmeros desafios. O crescimento horizontal da captação foi importante e criou bacias leiteiras que vieram se revelar altamente vocacionadas para a produção de leite, mas esse modelo está esgotado. É necessário agora buscar o crescimento vertical da produção via aumento da produtividade por área/vaca/homem. E isso não será feito sem um envolvimento maior das empresas e cooperativas com seus produtores. É importante saber como chegamos até aqui, conhecer os fantasmas do passado que nos atormentam, mas o mais importante é trabalhar duro para superar o atraso. Esse é o fio condutor do livro.. RIL No contexto atual do mercado brasileiro e mundial, caso sejam iniciadas as mudanças necessárias no campo e na indústria de laticínios, incorporando inovação e aumentando competitividade, quanto tempo o setor leiteiro levaria para colher os primeiros frutos? ■ Almir Meireles Introduzir a gestão profissional nas propriedades leiteiras, que leve à prática do planejamento, visando à melhoria na produção de alimentos, da genética do gado e à preservação ambiental, para mencionar frentes importantes, irá requerer um tempo razoável. Mas, sem gestão profissional os frutos nunca serão colhidos ou serão insuficien-

tes para melhorar o padrão de vida dos produtores de leite. Os produtores de algumas bacias leiteiras que se engajaram nesse processo há mais tempo já estão colhendo seus frutos e estão diante de novos desafios. A busca de maior produtividade, competitividade e melhor qualidade é um processo e não uma meta. É o que mostram produtores de países como a Nova Zelândia, Austrália, Argentina e Uruguai, nossos principais competidores e referências na área. De toda forma, um desenvolvimento sustentável somente será alcançado num horizonte de tempo de 5 a 10 anos. Quanto mais se adiar o ano zero, mais difícil se tornarão as coisas porque nossos competidores, embora também tenham lá seus problemas, não ficarão parados. RIL As mudanças necessárias passam pela mudança da legislação para o setor e um dos entraves é o novo RIISPOA, que caminha a passos lentos, ou melhor, desde que se anunciou mudanças, nada aconteceu. Até que ponto falta pressão dos players do setor junto ao Governo para exigir um novo documento? ■ Almir Meireles Vivencio os problemas do setor há mais de quarenta anos. Nesse longo período assisti inúmeras tentativas de mudanças do RIISPOA, inclusive estive envolvido em algumas delas. Pressão do setor nunca faltou, mas é preciso deixar claro que existe muita controvérsia sobre a direção das mudanças, ainda que nem sempre estejam explícitas. Na última tentativa, a de 2011, que era para ter sido concluída em 2012, perguntei a um funcionário graduado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se não seria o caso de, antes de se preparar uma proposta, se discutir melhor que tipo de novo RIISPOA precisaríamos para incentivar a inovação e melhorar a competitividade do setor. Seria um regulamento intervencionista e detalhista, uma normal legal de índole paternalista ou seria um regulamento liberal e sintético, com conceitos

voltados à segurança alimentar, mas também à inovação e à competividade. A ideia foi tida como boa e relevante, mas, pouco tempo depois, eis que surge um texto anacrônico como o original. E tal como as propostas anteriores, parece ter sido engavetado. De toda forma, o velho RIISPOA cria uma restrição aqui e ali, mas não chega a ser uma tragédia, pois a indústria de laticínios evoluiu bastante. RIL Recentemente, a Comissão da Agricultura criou uma subcomissão permanente para propor ações de incentivo à produção do leite. Qual sua visão do primeiro documento publicado pela subcomissão? Faltaram pontos importantes no documento que deveriam ser incluídos? ■ Almir Meireles Não li o primeiro documento da subcomissão e nem outros que eventualmente ela tenha produzido. Mas, acompanhei os trabalhos pelos jornais e sites especializados do setor. Considerando o roteiro e propósitos anunciados, ficou claro para mim que esse movimento não passou de uma edição piorada daquele iniciado em 2001 e concluído em 2003, então liderado pelo já falecido Deputado Moacir Micheletto. Produziu-se um extenso relatório, a partir de conclusões obtidas através de Comissões Parlamentares de Inquérito instaladas nos principais estados produtores de leite. Este sim, li e anotei no meu livro a única conclusão que se revelou verdadeira: “A sociedade habitou-se a apresentar aos administradores públicos suas ‘listas de reivindicações’ que são esquecidas tão logo algum paliativo desmobilize o grupo social que esteja pressionando.” Já está passando da hora das lideranças do setor lácteo reverem sua posição porque, talvez, as “listas de reivindicações” estejam erradas. Enquanto esperarem que a Câmara dos Deputados, com ou sem subcomissão, faça aquilo que não têm condições de fazer, sempre haverá frustação e sempre haverá alguém atento para propor a criação de um novo movimento salvacionista.

“Na última tentativa, a de 2011, que era para ter sido concluída em 2012, perguntei a um funcionário graduado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se não seria o caso de, antes de se preparar uma proposta, se discutir melhor que tipo de novo RIISPOA precisaríamos para incentivar a inovação e melhorar a competitividade do setor”. 8


“Os produtores de leite não conseguirão emergir do estágio em que se encontram sem ajuda profissional e planejada”.

RIL A qualidade do leite, apesar de ter melhorado em algumas regiões do Brasil, ainda deixa a desejar e alguns segmentos ainda sofrem por não ter leite com qualidade satisfatória, a exemplo dos fabricantes de queijos. A IN 51 já foi adaptada em prazos porque produtores não conseguem atingir as metas propostas inicialmente. Em sua opinião, num país continental como o Brasil, o que poderia ser feito para melhorar a qualidade do leite de forma uniforme nas regiões? ■ Almir Meireles A Instrução Normativa 51 nasceu na esteira de uma iniciativa do Governo, de 1998, que criou uma comissão especial, composta predominantemente por representantes da iniciativa privada, para propor medidas visando a modernização do setor lácteo, da qual fiz parte, quando então era presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida. Acontece que o documento produzido pela comissão propunha uma série de iniciativas modernizadoras e a fixação de padrões higiênico-sanitários para o leite cru, que virou a IN 51, era apenas uma delas. Controle sanitário do rebanho e qualificação e habilitação da mão de obra envolvida na produção primária e no transporte de leite cru resfriado, eram outras duas. Além de definir a missão do governo e da iniciativa privada, a proposta contemplava a criação de indicadores de desempenho para que a evolução das mudanças fosse permanentemente avaliada. Na medida em que o Governo se limitou à publicação da IN 51 e nada mais, não é de se estranhar que os prazos não tenham sido cumpridos. E, provavelmente, se nada mais for feito, acontecerá novamente.

RIL A indústria tem seu papel na melhoria do leite e existem casos de algumas que já fazem sua parte, como a Piracanjuba. Parece óbvia a necessidade das ações como as promovidas pela empresa. Quais as principais iniciativas da Piracanjuba servem de modelo para outras? ■ Almir Meireles Como disse anteriormente, a indústria de laticínios tem que ser protagonista do processo de mudanças na atividade primária. Os produtores de leite não conseguirão emergir do estágio em que se encontram sem ajuda profissional e planejada. Coloquei na Parte II do livro, a experiência de uma empresa como a Laticínios Bela Vista, com seu Piracanjuba Pró-Campo, porque a conheço mais profundamente, mas existem inúmeras empresas e cooperativas com iniciativas semelhantes, com maior ou menor escopo. Quem tiver a oportunidade e a paciência para ler essa parte do livro poderá se inspirar conhecendo os instrumentos que estão sendo utilizados no Piracanjuba Pró-Campo. O que a indústria tem que fazer em conjunto é pressionar o Governo para criar linhas de crédito realmente acessíveis e não apenas no papel, para financiar essas mudanças, com prazos compatíveis com a maturação dos investimentos nesse tipo de negócio. É preciso tornar a atividade leiteira economica, social e ambientalmente sustentável. Com a transferência de tecnologia para os produtores de leite pequenos e médios, isso pode ser feito e certamente eles terão sucesso. O programa Balde Cheio está repleto de exemplos vitoriosos.

RIL No atual momento, quais são os primeiros desafios a serem enfrentados pela cadeia produtiva do leite para criar estrutura eficiente para o crescimento e aumento de competitividade do setor? ■ Almir Meireles O principal desafio é estabelecer uma nova agenda, como proponho no livro, começando pela conscientização que o Governo não tem condições de que resolver problemas típicos de mercado. Especialmente esqueçam o protecionismo e incluam os consumidores dentre suas preocupações. Protecionismo leva invariavelmente à ineficiência. É legítima a luta contra a concorrência desleal, mas não contra a competitividade. Nem todos os produtores de leite poderão (ou desejarão) tornar-se competitivos. Alguns se retirarão da atividade ou permanecerão no nível de subsistência, por opção. Isso não impede a implantação de mudanças por parte daqueles que querem se profissionalizar e evoluir. As novas biotecnologias transformarão a atividade leiteira de uma maneira até então impensável. Aproveitem-se delas. A ideia de que o leite é um alimento perfeito já não tem a aceitação generalizada que tinha no passado. Movimentos contrários ao produto se multiplicam no mundo inteiro, especialmente em websites e publicações especializadas. É necessário defendê-lo e promovê-lo. Para finalizar, voltando ao tema da entrevista, No Calor da Noite, pode ser um livro de crítica, mas, acima de tudo, é um grito de esperança.

“Na medida em que o Governo se limitou à publicação da IN 51 e nada mais, não é de se estranhar que os prazos não tenham sido cumpridos. E, provavelmente, se nada mais for feito, acontecerá novamente”.

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empresas & negócios

Elegê lança linha exclusiva para o Nordeste

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A Elegê, marca de grande volume e abrangência nacional da BRF, lança com exclusividade para a região Nordeste a bebida láctea versão garrafinha 180g, nos sabores morango e salada de frutas. O produto chega para complementar a linha, que já oferece os mesmos sabores na versão garrafa de 900g, ideal para toda a família.

O mercado de iogurte/bebida láctea líquida no Nordeste é o maior do Brasil e, portanto, representa oportunidade para crescimento e expansão destes produtos. “A proposta é completar cada vez mais nossa linha e estar presente em todos os momentos do dia do consumidor”, completa a executiva.

“A novidade demonstra a importância do Nordeste para a marca e atende à crescente demanda deste mercado por produtos saborosos, práticos e em tamanhos individuais”, explica Luciane Matiello, diretora de marketing de lácteos da BRF.

Para o lançamento, estão previstas ações promocionais em pontos de venda no formato “compre e ganhe”, além de divulgação da promoção por meio de propaganda nas lojas participantes.

A bebida láctea Elegê é elaborada com matéria-prima selecionada e polpa de frutas. As bebidas são leves e nutritivas. “A BRF mantém no Brasil 14 unidades que processam itens lácteos. Entre as maiores estão Carambeí (PR) e Bom Conselho (PE)”, lembra Luciane Matiello.


Junior Achocolatado em pó Junior muda de embalagem

A Chocoleite Indústria de Alimentos, empresa do Sul do Brasil, apresenta nova estratégia para as embalagens do Achocolatado em Pó Júnior e do Achocolatado em Pó Júnior Refil. A Design Inverso, escritório especializado em design de marcas, produtos e embalagens, participou da mudança. O novo achocolatado já está no mercado e oferece diferencial competitivo em relação às outras marcas, instigando a curiosidade e o imaginário das crianças através de personagens próprios. Os personagens Chocoloco, Milky e Vito, criados pela Design Inverso, assim como as novas embalagens, ensinam as crianças a cuidarem do meio ambiente.

Os famosos personagens têm um hot site próprio onde o cão Chocoloco, a gata Milky e o tigre Vito dão dicas para economizar energia elétrica, para não desperdiçar água e falam da importância da reciclagem. Um alerta sobre a emissão de gás carbônico na atmosfera também é feito. O tigre Vito explica às crianças que, quanto mais pessoas utilizarem o mesmo veículo para ir à escola ou ao trabalho, mais saudável fica a vida do nosso planeta. Além da educação ambiental promovida, o hot site oferece jogos, apresenta histórias dos personagens e dispõe de downloads para divertir a criançada. A estratégia faz sucesso entre as crianças e rende bons frutos para a Chocoleite, que também traz os personagens nas caixinhas de 200ml do achocolatado, lançadas no ano passado.

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Tirol amplia sua linha de sucos A empresa promove a ampliação de sua linha de sucos Frutein, com o lançamento da bebida em versão individual de 250 ml. Desenvolvido para oferecer mais energia ao longo do dia, a linha de sucos Frutein marcou a entrada da Tirol no segmento de bebidas funcionais a base de soro de leite e agora pode ser saboreada de forma prática, em embalagem ideal para as mais diversas ocasiões do dia a dia. A principal diferença entre um suco normal e o Frutein são as valiosas proteínas existentes no soro do leite, muito benéficas à saúde, pois são facilmente absorvidas pelo organismo.

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Com opções nos sabores maracujá e laranja, o Frutein é uma bebida que reúne os atributos saudáveis do soro do leite com o suco de frutas natural, oferecendo uma alternativa interessante aos sucos a base de soja. O valor nutricional do soro é conhecido desde a Grécia Antiga, quando o médico Hipocrates recomendava o consumo de soro para efeitos medicinais no combate a doenças como artrite e problemas de fígado. Subproduto da fabricação de queijo, o soro voltou a se popularizar nos últimos anos em função de muitos atributos de saúde e bem-estar de sua composição, que

guarda aproximadamente 50 % dos nutrientes do leite, com proteínas de alta qualidade. O soro do leite oferece um aporte adequado de aminoácidos essenciais, vitaminas e uma extensa variedade de minerais, além de lactose e lipídeos – com organismos vivos que, em dosagem correta, auxiliam a digestão.

Além disso, cada porção de 250 ml de Frutein oferece um valor energético de 143 kcal, com aporte significativo de cálcio para enfrentar cada dia com muita disposição.


Vigor apresenta Iogurte Grego Zero Gordura e Açúcar mente para atender a essa demanda”, afirma Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor .

Depois de inaugurar a categoria de Grego no Brasil, a Vigor lança agora a versão Zero de seu iogurte grego, produto ultracremoso, com sabor intenso, sem adição de açúcares e gorduras, com as mesmas características de textura e indulgência que fizeram o produto conquistar o consumidor em pouco mais de seis meses. Vigor Grego Zero chega às gôndolas nos sabores Tradicional e Morango para completar a linha que já tem quatro versões (Tradicional, Baunilha, Frutas Vermelhas e Frutas Amarelas). “O brasileiro está cada vez mais preocupado com questões relacionadas à saúde e bem-estar, mas não abre mão de sabor. Vigor Grego chega justa-

Além de não conter gordura e adição de açúcares, o iogurte tem alta concentração de proteínas e cálcio e baixo teor de sódio, por isso é uma opção saborosa e saudável. A novidade reforça o posicionamento estratégico da Vigor de se tornar ainda mais competitiva, por meio de inovações de grande impacto, sempre expondo seus pilares principais: a tradição e a qualidade. Tudo “bem feito como deve ser”. Sucesso absoluto na Europa e nos Estados Unidos, a Vigor apresentou o iogurte Grego ao mercado brasileiro em julho de 2012. Como resultado, milhões de pessoas experimentaram Vigor Grego e, desde então, as vendas do produto não param de crescer.

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Turma da Mônica e Danone anunciam nova linha de produtos none, que relançou todo seu portfólio com produtos ainda mais saborosos e cremosos, a partir de toda sua expertise em produzir iogurtes”, ressalta Caroline Santis, gerente de produtos da Danone.

A Mauricio de Sousa Produções (MSP), empresa líder de licenciamento nacional, e a Danone, líder nacional em produtos lácteos frescos, unem-se em parceria para o lançamento de uma linha completa de produtos lácteos com a marca Turma da Mônica. O primeiro iogurte a chegar ao Brasil na década de 70 e a personagem que completa 50 anos em 2013 desenvolveram inicialmente nove opções. Dentre as novidades, vale destacar a versão de O Verdadeiro Danone Monta Turma, que terá sua embalagem reaproveitada para montar bonecos da turminha, seguindo a tendência de educar as crianças para um mundo ecologicamente sustentável. Os potinhos podem ser reutilizados pelas crianças de maneira divertida para criar personagens da Turma da Mônica. Cada embalagem com 8 unidades vem acompanhada de uma cartela que permite montar e customizar até quatro bonequinhos da turminha - dois da Mônica e dois do

Cebolinha. O corpo será formado por dois potes e, na cartela, haverá complementos para recortar e colar olhos, cabelos, braços e sapatos para a criação dos personagens. A “embalagem que vira brinquedo” é uma iniciativa inovadora que a MSP está levando para diversos licenciados, sempre com o intuito de reaproveitar materiais e incentivar a criatividade das crianças. O Verdadeiro Danone Monta Turma está disponível na bandeja de 760g com 08 unidades. A MSP e a Danone acreditam no sucesso da parceria pelo histórico e também pelas ações que pretendem desenvolver nesse ano de 2013. A nova linha de produtos O Verdadeiro Danone Turma da Mônica resgata uma parceria da Danone com a Maurício de Sousa nos anos 80 no licenciamento dos personagens da Turma da Mônica para a linha de iogurtes. “O sucesso daquela época merecia voltar agora, quando a personagem Mônica completa 50 anos de sua criação. Vem ao encontro da nossa filosofia de estarmos juntos às marcas que são líderes em qualidade como a Danone”, afirma a diretora comercial da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Spada e Sousa. “Estamos unindo a marca que é sinônimo de categoria a um personagem que é ícone de várias gerações, em um momento muito especial para a Da-

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A linha completa de produtos O Verdadeiro Danone Turma da Mônica conta ainda com: A versão em copinho, no sabor morango, traz um overcap com confeitos para ser adicionado no momento do consumo ao produto. A embalagem tem 130g e os confeitos estão disponíveis nos sabores chocolate e flocos coloridos. Entre os novos produtos estão: embalagem de 450g com seis garrafinhas de leite fermentado; garrafinha de 170g, que pode ser encontrada nos sabores Framboesa Freeze e Frutmix; iogurte polpa disponível em bandeja de 570g com seis unidades (duas no sabor banana com maça e quatro de morango) e, em bandeja de 760g com 8 unidades, (quatro no sabor banana com maça e quatro de morango); embalagem tipo stick, no sabor morango, de 56g e bebida láctea sabor chocolate disponível em embalagem UHT de 200 ml.


Edição Especial Danoninho traz diversão e educação ambiental às crianças Danoninho, marca petit suisse da Danone, anuncia a edição especial Danoninho Mini Dinos – Poderes da Natureza. Além de trazer o novo sabor amora, a iniciativa explora o personagem da marca, Dino, e chega ao mercado com Mini Dinos que vêm acoplados à embalagem do produto. O objetivo é estimular a criatividade da criança através da brincadeira. “A intenção da nova edição é divertir as crianças de forma que elas possam aprender algo também. Os Mini Dinos vão estimular as crianças a brincarem não apenas sozinhas, mas também em grupo enquanto aprendem sobre a natureza no portal interativo”, afirma Mariana Rodrigues, gerente de Danoninho no Brasil. “Outro diferencial do produto é o novo sabor amora, novidade na linha de produtos de Danoninho”, conclui. A edição terá no total cinco modelos de Mini Dinos, quatro deles representando um elemento da natureza - ar, fogo, água e terra - e o quinto é o SuperDino. Cada bandeja de Danoninho terá um Mini Dino que tem o tamanho de 2,5 x 4,0 cm e são testados e aprovados pelo INMETRO. O produto procura combinar a diversão, que traz o brinquedo com a interação vinda da plataforma digital disponível no www.danoninho. com.br/mini-dinos. O portal terá um

acampamento com quatro cabanas, uma para cada elemento da natureza, e, dentro delas, a criança tem acesso a um jogo relacionado ao elemento. Para acessar o jogo, basta a criança clicar em uma das cabanas e inserir o código que vem na parte interna da embalagem de Danoninho. Cada código libera o acesso em uma das cabanas, dando acesso a um dos quatro novos jogos. Antes de cada jogo começar as crianças são expostas a uma série de curiosidades validadas pelo Instituto IPÊ relativas ao elemento da natureza. O objetivo do jogo é mostrar a importância do elemento da natureza para o meio ambiente e estimular a preservação da biodiversidade. Além disso, o acampamento conta com uma floresta digital que cresce à medida que os códigos são inseridos no site. Para cada código inserido, a Danone irá reflorestar um metro quadrado de árvore. A iniciativa, em parceria com o IPÊ, organização não governamental voltada à educação ambiental, mantém o esforço da Danone nos últimos anos de reflorestar a Mata Atlântica. Com a parceria, iniciada desde 2009, já foram reflorestados mais de 200 mil m² de Mata Atlântica na região de Nazaré Paulista, dando um total de mais de 30 mil mudas.

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Batavo lança iogurte inédito em categoria de baixa caloria No verão a demanda por sabores cítricos, refrescantes e, principalmente, pouco calóricos aumenta consideravelmente. Atenta a este fato, a Batavo, marca de maior valor agregado do segmento de lácteos da BRF, incorpora à linha Pense Zero o sabor maracujá. “Sabor esperado pelo consumidor e com a segunda maior intenção de compra, segundo pesquisa Qualibest, este é um produto inédito na categoria de baixa caloria”, ressalta Luciane Matiello, diretora de marketing lácteos da companhia. O lançamento segue o conceito da Batavo de incluir pedaços de fruta na composição dos iogurtes, neste caso, as sementes do próprio maracujá. É mais uma opção para os consumidores que buscam um produto saudável e saboroso. “Os consumidores buscam alimentos nutritivos que preservem o gosto natural da fruta e o nosso lançamento entrega exatamente isso”, explica Matiello.

Nas gôndolas, a partir de janeiro, a edição limitada será comercializada em embalagens de 400g. “Além desse tamanho, incorporamos também as tradicionais garrafinhas de 170g e as maiores de 850g”, completa a executiva. A linha Pense Zero oferece também opções nos sabores morango, mamão, ameixa, graviola e vitamina – com polpas de maçã, mamão e banana. A Batavo encontrou na biomimética, ciência que procura aplicar soluções da natureza ao cotidiano do homem, o norte para a sua crença atual. “As pessoas estão com déficit ‘de’ e ‘com’ a natureza”, revela Matiello. “E a Batavo entende que a alimentação é uma forma de estabelecer esta conexão”, completa a executiva.

Com o apoio de uma equipe multidisciplinar, a Batavo estudou a fundo a natureza do homem. Procurou entender as reais necessidades do mesmo e percebeu que na natureza poderia encontrar inspiração para criar e adaptar o seu portfólio. “A Batavo vai reconectar as pessoas à natureza”, afirma Matiello. Para materializar este conceito, a marca aposta no desenvolvimento de novos produtos e na adaptação dos já existentes. “Queremos ser reconhecidos como uma marca inovadora e curiosa”, afirma Matiello. “A adaptação do nosso portfólio, único no mercado a abranger todas as categorias lácteas, demonstra o nosso interesse em acompanhar a evolução dos hábitos alimentares do brasileiro”, finaliza.

Fondue de Queijo Em nova embalagem e tamanho diferenciado Pensando em diversificar seu portfólio de produtos e reforçar a qualidade já reconhecida no mercado lácteo, a Tirolez Queijos lança a Fondue de Queijo em nova embalagem e tamanho diferenciado, disponível nas principais redes supermercadistas a partir da primeira quinzena do mês de Maio. O produto vem acondicionado em embalagem stand up pouch aluminizada, com sistema de abertura “abre fácil”. A Tirolez inova mais uma vez e é a primeira marca a oferecer no mercado nacional Fondue neste formato e peso.

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De acordo com Natália Esgrinholi, coordenadora de produtos especiais da Tirolez, o novo produto atende ao apelo dos consumidores pela facilidade de consumo, “a expectativa é oferecer ao consumidor um produto que atenda o momento certo de consumo, oferecer diferenciação na medida certa que evita desperdício, além da praticidade de um produto que já vem pronto para o uso”, afirma a coordenadora. O produto também pode ser utilizado em receitas culinárias, a Tirolez oferece diversas dicas de uso. A Fondue de Queijo 250g da Tirolez possui a mesma formulação e pode ser consumida individualmente ou a dois.


Brownie inspira novo sorvete da Jundiá Quem é fã da sobremesa tipicamente americana vai deliciar-se ainda mais com a novidade. Com recheio de massa de sorvete no sabor creme suíço, o Max Brownie oferece pedacinhos de bolo tipo brownie, tanto no recheio quanto na cobertura. Com apenas 153 kcal, o picolé reinventa o doce de uma forma sofisticada e deliciosamente gelada, dispensando qualquer acompanhamento. Além do Max Brownie, a Linha Max conta com outras quatro opções de picolés premium: Max Chocolate com Avelã, Max Chocolate Branco, Max Cappuccino e o Max Torta de Limão.

Piá apresenta novo sabor em iogurte A Cooperativa Piá amplia a linha de iogurtes Essence Pedaços e apresenta um novo sabor: abacaxi. A novidade será lançada em embalagens com dois copos de 150 gramas, e completa a linha já existente nos sabores mirtilo, kiwi, mix de frutas, morango e pêssego.

De acordo com a pesquisa Nielsen, a Piá tem 38,7% do segmento de iogurtes na região Sul. Na categoria premium, o Essence Pedaços já é líder no Rio Grande do Sul, com 21%.

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Forma e tecnologia que conquistam A embalagem pode ser a inovação que faltava para atrair o consumidor e até trazer a possibilidade de criação de novas categorias de produtos.

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O antigo vira novo Um exemplo de inovação no segmento de leite vem de um setor tradicional em embalagens, o PET. Paulo de Andrade, da Multipet Sopradoras, explica que: “com a evolução das resinas e aditivos voltados para a indústria láctea, o PET em suas características intrínsecas de alta resistência mecânica e leveza permite uma reconfiguração do processo produtivo das bebidas lácteas em embalagens prontas para consumo individual. Nossa empresa fabrica máquinas sopradoras para PET, que permitem soprar pré-formas com aditivos que proporcionam barreiras para produtos especiais, como leite, iogurtes, entre outros”.

“A melhor vantagem desse tipo de embalagem é sua apresentação, ela se diferencia das demais opções de leites UHT na prateleira, hoje, em sua maioria absoluta, disponibilizada em cartonado. Esta é mais amigável, oferece sensação muito boa ao se manusear e o aspecto principal é que há necessidade de tesoura ou qualquer outro equipamento cortante para abertura da

embalagem por usar um selo de alumínio, que é muito mais prático e seguro, além de garantir a total integridade do produto. Os custos da embalagem em si são melhores quando comparados, mas a melhor situação está nos custos operacionais, este é mais competitivo”, esclarece Paulo Vitor Mendonça, que foi gestor de projetos para a linha PET UHT na Shefa e atua como consultor técnico e empresarial para novos negócios e produtos.

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embalagens provocam mudanças de comportamentos habituais de consumo. Essas mudanças trazem desafios e oportunidades para as empresas em toda cadeia produtiva, uma vez que propiciam lançamentos de novas soluções para atender à nova demanda e até podem provocar a substituição de categorias de produtos. O documento destaca que, nesse cenário, a diferenciação torna-se estratégia competitiva essencial, seja para o crescimento, seja para sobrevivência a longo prazo. Por essa razão, a análise das tendências é etapa fundamental para o processo de inovação, pois oferece alternativas para investimento, conforme perspectivas de atratividade, visibilidade, risco e retorno.

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o mercado de consumo atual, não basta ter um produto de qualidade, pois a forma como ele é apresentado pode determinar sucesso no momento da escolha do consumidor. “A embalagem é a principal mídia das marcas nos pontos de vendas. Ela interessa, emociona e impulsiona a compra. Este fato já foi digerido e trabalhado pela cadeia produtiva dos lácteos. Hoje, o desafio está em sair da “mesmice” para não entrar exclusivamente no processo da briga de preço. Diferenciar-se é, e sempre será, a bola da vez e ainda existe muito espaço para isto”, enfatiza Chiristian Klein, diretor do Projeto Integrado, agência especializada em design e comunicação estratégica. Nesse cenário, a embalagem é um fator fundamental e contribui em vários pontos, como no formato, nos sistemas de aberturas e fechamentos, no processo de decoração e grafismo, no descarte e até mesmo em propiciar maior conveniência a seus consumidores através de um segundo uso. Existem bons exemplos desses aspectos, como a introdução de tampas nos leite Longa Vida para melhor servir e conservar, além da chegada das embalagens plásticas para o segmento de lácteos com soluções ergonômicas importantes para o manuseio e utilização do produto. Trabalhadas graficamente, as embalagens secundárias e displays também estão se destacando no PDV e, cada vez mais, são elementos interativos junto aos consumidores. Tornar o produto único, personalizado e evidente para um determinado público é imprescindível. Klein acrescenta: “precisamos assumir que os consumidores vêm mudando mais rapidamente que os produtos e, consequentemente, a velha estratégia de vender a mesma coisa para os mais diferentes consumidores não ‘cola’ mais. Mulheres, terceira idade, adolescentes nas suas mais diversas manifestações, classes A, C e E, estilos saudáveis, produtos funcionais ou repositores, regionalidades, formam um universo de matrizes a serem consideradas para que o produto possa tranquilamente dizer que foi desenvolvimento para aquele perfil de consumidor. A consideração e integração de todos estes fatores com certeza irá formatar um projeto vencedor”. O Brasil Pack Trends 2020, documento publicado pelo Ital (Instituto de Tecnologia de Alimento), reforça e complementa a ideia exposta por Klein. Segundo o documento, os fatores que influenciam o mercado de

Mendonça conta que o projeto para implantação do PET em leite UHT iniciou em 2009, quando foram realizadas diversas análises de mercado, opções de uso de garrafas, que incluíram formatos, materiais, tampas, tipos de rótulos, entre outros pontos. “Fornecedores de máquinas e equipamentos, além de serviços em todo o Brasil também foram pesquisados e o início da produção comercial aconteceu em março de 2012. Já partimos com excelente reconhecimento do mercado consumidor”, aponta o consultor . O produto está posicionado como premium, porém o posicionamento em gôndola está em conjunto com os demais UHTs. Mendonça afirma que: “a empresa tem a intenção de levar ao consumidor um produto de qualidade acessível para todo o mercado consumidor, não criando, assim, um nicho de consumo e sim uma tendência de mercado. Os consumidores receberam muito bem a embalagem em garrafa PET,


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A empresa já comemora o sucesso da nova embalagem. Segundo a Danone, a receptividade tem sido excelente e todos os produtos colocados no mercado são vendidos. Cartonadas De olho no encanto que o formato de garrafa desperta no consumidor, a Tetra Pak desenvolveu a Tetra EveroR Aseptic. Com a opção de abertura de uma só vez – One Step Opening (OSO), a embalagem oferece duas vezes mais segurança, por conta do anel anti-violação, localizado na parte externa, e de uma membrana na parte interna do gargalo, que é removida no momento da torção da tampa. Além dessas características de segurança, a embalagem permite que a indústria ofereça aos consumidores uma embalagem cartonada fácil de abrir, manusear e servir.

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gostaram da experiência e sempre recebemos em nosso SAC elogios ao empreendedorismo e à inovação. Atualmente, a linha PET representa 50% do volume movimentado pela empresa, mas já temos projeto iniciado para ampliação desse volume e instalação de segunda linha”. A instalação da linha PET na Shefa também foi alinhada com a reciclagem da embalagem. Atualmente, o PET tem elevado seu índice de reciclabilidade e o material já é largamente utilizado nas indústrias têxteis, automotiva,entre outras, inclusive na fabricação e quadro, de bicicletas conhecidas como Ecobikes. A inovação vinda com o desenvolvimento da tecnologia PET para lácteos deve surgir em outras marcas para as gôndolas, a exemplo da Paulista, uma das mais tradicionais em São Paulo, que, recentemente, também aderiu ao PET. O processo é o mesmo pelo qual passam todos os leites Longa Vida, o UHT e as garrafas são “sopradas” no mesmo local do envase.

Tetra Evero Aseptic traz conveniência e maior confiabilidade para os consumidores com a primeira abertura em um passo do mundo que possui um recurso de seguran-

ça em duas etapas. O formato cilíndrico ergonômico e as laterais planas resultam na facilidade de manuseio para mãos grandes e pequenas. De acordo com pesquisas independentes realizadas em vários mercados europeus, o formato da nova embalagem também proporciona o ângulo ideal para servir melhor o leite, quando comparada a outras embalagens. A Tetra Evero Aseptic permite a impressão em toda a superfície da embalagem, proporcionando maior impacto para a marca. O equipamento para produção da nova embalagem possui capacidade de até 10 mil embalagens por hora, ocupa cerca de 50% menos espaço e requer 30% menos investimentos do que outras linhas de garrafas assépticas. Segundo Eduardo Eisler, vice-presidente de Estratégia de Negócios da Tetra Pak, o equipamento tem custo operacional 25% menor, utilizando metade do consumo de eletricidade que outras linhas de garrafas assépticas. Outra empresa da área de cartonados assépticas que investiu em nova tecnologia que contempla o setor de lácteos foi a Sig Combibloc, com o drinksplus. Com a solução é possível envasar pedaços de frutas, vegetais e cereais em grãos em bebidas, abrindo extenso leque de oportunidades para lançar produtos com diversos posicionamentos. O drinksplus possibilita envase de produtos com até 10% de partículas, utilizando um sistema padrão da SIG para produtos lácteos e bebidas não carbonatadas. Os pedaços podem ter até 6 milímetros de comprimento e diâmetro. Outra vantagem é o canudo compatível com o tamanho das partículas, que permite o consumo da bebida de forma bastante conveniente e até em movimento. A Sig Combibloc lançou recentemente a combiblocXSlim, um formato supercompacto disponibilizado em sete volumes, que vão de 80 ml a 180 ml, todos podem ser envasados na mesma máquina de envase da SIG Combibloc. Trata-se de uma “pequena sensação”, no melhor sentido da expressão, uma vez que as embalagens de 80 e 90 ml são uma novidade mundial. A FrieslandCampina Thailand foi a primeira empresa a oferecer seus produtos em porções de 90 ml na nova combiblocXSlim, na Tailândia. Luciana Galvão, gerente de marketing da Sig Combibloc para América do Sul, explica que: “como uma companhia que vem crescendo globalmente, trabalhamos para

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identificar tendências de mercado logo em seus estágios iniciais. Isso se aplica especialmente a regiões que estão em ritmo acelerado de crescimento, como a Ásia, o Oriente Médio e o Brasil”. Com embalagens pequenas como essas, os produtores de alimentos podem adequar seus produtos ao poder de compra dos consumidores locais e responder com muita flexibilidade às exigências do mercado. Ter uma linha de embalagens pequenas possibilita aos fabricantes oferecer produtos de menor desembolso unitário. A empresa anunciou que na Fispal Tecnologia 2013 trará mais um lançamento para o Brasil. Luciana Galvão adianta que se trata de um formato inovador em embalagem e com solução de abertura inédita. “A embalagem será uma verdadeira revolução, pois associa benefícios ecológicos e funcionais com uma tampa ainda mais fácil de servir”, ressalta a gerente.

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Nostalgia e sustentabilidade Algumas embalagens que foram substituídas por plástico há alguns anos, agora voltam agregando valor a determinados produtos. “Percebemos crescente interesse em utilização de copos de vidro para requeijões e doces de leite, além de sondagens para a utilização com iogurtes. Entendemos que devido ao momento sócioeconômico, que o país está vivendo, com as migrações das classes sociais, o maior poder aquisitivo da população e a busca incessante por melhores produtos alimentícios, há brasileiros que pagam mais por produtos que estejam em embalagens diferenciadas e que proporcionem valor”, destaca André G. Melchiades, coordenador de área da Nadir Figueiredo. Produtos premium são excelentes oportunidades para a indústria vidreira e vão ao encontro de tendências de mercado, especialmente como os requeijões para o mercado single. No segmento de lácteos, a Nadir Figueiredo lançou um pote exclusivo para doce de leite para a Laticínios Aviação, vencedor do prêmio “Grandes Cases em Embalagem”, da Revista Embalagem Marca, além do lançamento em 2012, do copo de requeijão single para a Danúbio. “Outros copos para requeijão exclusivos são sempre elogiados pelos consumidores, casos específicos dos requeijões da Danúbio e da Aviação”, informa Melchiades.

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A Nadir Figueiredo tem diversos cases de sucesso em embalagens especiais, diferenciadas e com a identidade do cliente em outros segmentos da alimentação. Entre os casos recentes estão: copo para o creme de avelã da Ferrero (Nutella), potes para geleias premium da Ritter, da Predilecta e Homemade, que são bons exemplos de desenvolvimentos diferenciados. O pote para geleia da Homemade, foi o vencedor do prêmio ouro na categoria de alimentos doces da ABRE em 2012. “No Brasil ainda percebemos uma grande importância dada ao custo pelos fabricantes de alimentos, porém vemos a Europa muito engajada na sustentabilidade e preocupação ambiental e esperamos nos deparar, em breve, também com tamanha consciência em nosso país” ressalta Melchiades. A colocação é compartilhada por Catarina Peres, coordenadora de marketing da Verallia, que complementa: “na Europa, os produtos lácteos envasados em embalagens de vidro são muito comuns. Já no Brasil, esta mudança vem acontecendo em passos lentos, mas, apesar disso, acreditamos que, com a volta das garrafas de vidro para leite, estamos prestes a chegar ao patamar da Europa em relação a este segmento, primeiramente com as garrafas de 1000 ml e agora com as de 500 ml”. A coordenadora de marketing aponta que o interesse pelo uso do vidro para leite e iogurte é grande e as empresas têm

pesquisado bastante essa matéria-prima, mas o projeto para entrada de embalagens de vidro no mercado de lácteos demora a engrenar, pois muitas vezes, demanda alto investimento na linha de envase das indústrias fabricantes. Sobre o movimento de volta ao vidro, Catarina entende que: “o retorno gradual pode ser atribuído também ao fato dos consumidores procurarem alimentos mais saudáveis e o vidro ajuda muito a transmitir essa sensação. Isso ocorre não apenas por ser inerte e não modificar as características do produto envasado, que é o principal argumento de utilização do vidro, mas também pela busca dos consumidores por produtos “premium”, no qual normalmente são utilizadas embalagens de vidro”. Na área da alimentação, o setor de lácteos é o que menos utiliza vidro. Atualmente, seu uso ocorre em produtos premium. “Acreditamos que as pessoas adaptem seus hábitos e essa ideia pode mudar. Quanto mais consumidos os produtos envasados em embalagens de vidro, melhor será, pois as empresas que atualmente utilizam outros tipos de embalagens podem migrar para o vidro, aumentando a concorrência e, consequentemente, diminuindo o preço”, deduz a gerente de marketing da Verallia. Aos poucos, a população brasileira vem dando cada vez mais valor ao reciclável. Catarina afirma que: “como o governo também está cuidando disso, por meio da


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Política Nacional de Resíduos Sólidos, a cada dia a ideia de embalagens recicláveis se dissemina entre a população”. Baseada no formato do antigo litro de leite de vidro, a Verallia produziu a embalagem, que já é encontrada na zona sul, da cidade do Rio de Janeiro e em pequenas cidades do interior. A coordenadora de marketing informa que alguns dos pequenos laticínios nas cidades do interior chegam a vender leite em vidro até mesmo de porta em porta, como era feito antigamente. Um dos clientes da empresa tem planos de trazer o leite em vidro para São Paulo e isso poderá contribuir para aumentar a visibilidade das garrafas. Reciclagem total A diversidade de produtos do setor de leite abre possibilidades para inúmeros tipos de matérias-primas usadas nas embalagens. O leite em pó ainda é o grande usuário de latas, seguido de leite condensado e creme de leite, porém com a introdução das cartonadas, nestas duas últimas categorias, houve queda de cerca de 30% no total de embalagens para creme de leite. Thais Fagury, gerente de marketing da Abeaço (Associação Brasileira da Embalagem de Aço), ressalta que: “é importante salientar que o mercado consumidor não percebeu que a volumetria das caixas assépticas é inferior, justificando o preço mais baixo e o tempo de vida de pratelei-

ra é menor, sendo em média seis meses, quanto nas latas é de doze meses”. Atualmente, a maior dificuldade que os fornecedores de latas enfrentam no mercado é o valor da embalagem em relação aos concorrentes cartonados e flexíveis, que é o principal argumento dos envasadores na escolha da embalagem, prejudicando o avanço das metálicas. A gerente de marketing da Abeaço informa que ainda há possibilidade de novas aplicações, como latas para leite evaporado e leite UHT. A área de fabricantes de latas evolui em tecnologia e desenvolveu muitas inovações nos últimos anos. Thais destaca: “podemos citar: latas com formatos diferenciados (com cinturinha para pega, formato de balde de leite antigo, no caso de lácteos); a redução da espessura da folha de aço em mais de 20% reduzindo assim o consumo de material e peso no transporte; a aplicação de vernizes elásticos, que não comprometem o produto envasado no caso de latas amassadas; a criação de necking para empilhamento das embalagens; novos sistemas de abertura para produtos em pó ou secos; entre outros”. Entre as empresas de leite que usam latas com formatos diferenciados estão a Itambé, que introduziu formato de balde de leite para seus produtos e a Nestlé, que também usou a forma de balde para edições limitadas e a famosa lata com cinturinha no Leite Moça. Com a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, o pós-consumo e a destinação adequada das embalagens farão parte do investimento das indústrias e, no caso das latas de aço, 100% das embalagens voltam para a cadeia de reciclagem para fabricação de novo aço e esse aspecto favorece o setor. Plástico Fornecedores de embalagens plásticas estão presentes em vários segmentos de laticínios, a exemplo da Dixie Toga, que desenvolve embalagens rígidas e flexíveis. Para o mercado rígido, os produtos da empresa atendem fabricantes de iogurte, queijo fresco e derivados de leite. Em flexíveis, atua em selos para fechamento de embalagens de iogurte em bandejas, garrafas e potes, além da produção das famosas banderolas das embalagens de bandejas das mais diversas marcas de iogurte do mercado. Em flexíveis, está presente ainda com diversos produtos para queijos em peças e fatiados, embalagens flexíveis (tampa e fundo) para queijos fatiados e encolhíveis para os queijos em peças. “Sabemos que cada cliente possui necessidades específicas e, em geral, buscam embalagens que sejam bem aproveitadas logisticamente, que sejam resistentes às intempéries a que os produtos sejam submetidos, além de alta resistência mecânica às linhas de envase de grande produtividade. Percebemos também as mudanças de perfil de consumidores e, cada vez

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mais, buscamos novos desenvolvimentos e soluções para suprir, de forma ágil, a estas necessidades que o mercado e clientes nos sinalizam”, explica Marcus Vinicius Rio Corrêa, do marketing & pricing da empresa. Ele também ressalta inúmeros benefícios na utilização da matéria-prima plástico para a indústria, como a sustentabilidade, já que as embalagens plásticas são mais leves e acabam gerando impactos positivos na logística de transporte dos produtos com menores emissões de CO2, além dos benefícios produtivos agregados com menores estoques e linhas de envase menos onerosas.

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Equipamentos e tecnologias O segmento de queijos, principalmente, tem passado por transformações na forma da apresentação de seus produtos ao mercado de consumo. Nesse caso, equipamentos que incorporam novas tecnologias contribuem para praticidade e segurança alimentar. As máquinas para embalar a

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vácuo são alternativas que contemplam necessidades de laticínios nesses quesitos. A Selovac está entre os fornecedores que disponibilizam esses equipamentos e, segundo Willy Borst, diretor comercial da empresa, as indústrias de lácteos procuram as máquinas de bancadas e os equipamentos de dupla chamada de Duplevac, que se destacam pela facilidade de limpeza por não haver cantos retos, não gerando acúmulo de resíduos alimentícios e bactérias. Borst enfatiza a importância das novas tecnologias: “estamos cruzando um momento especial na economia brasileira com consumo em alta e economia estabilizada. As empresas estão em busca de novas tecnologias, entre elas destacam-se nossos equipamentos contínuos para filmes termoformados. São equipamentos que proporcionam economia, flexibilidade, ritmo de produção e diferenciação na embalagem. Além de aumento da vida útil do produto e da qualidade. Porcionados de queijo ou fatiados de uma maneira geral são produtos que estão recebendo esta nova tecnologia”.

Novos conceitos Com o aumento do mercado de consumo no Brasil, o país já convive com falta de mão de obra e necessita imprimir cada vez mais segurança em suas linhas de produção de alimentos, além de incorporar tecnologias que aumentem produtividade. Novos conceitos de processamento de alimentos, como automação, são bem-vindos neste momento. As embalagens termoformadas são tendência mundial no segmento de queijo por possibilitarem melhor apresentação na prateleira e reforçar a marca dos fabricantes, além de abrir novas possibilidades para os laticínios. Esse tipo de embalagem pode acondicionar queijos em bloco ou fatiados. Com a mudança de hábito de consumidores, entre elas a necessidade de mais praticidade, o fatiado é solução em alta no mercado e as termoformadas atendem a essa demanda. Uma linha automática para fatiar nas indústrias com média ou grande produção possibilita entregar


aos supermercados o produto em várias pesagens, de acordo com a necessidade das lojas, e o laticínio terá sua marca em embalagem que não passa por outras manipulações antes de chegar ao consumidor final. O resultado final é maior shelf life e mais segurança alimentar. As máquinas da Multivac do Brasil permitem embalar a vácuo ou em atmosfera modificada, seja em blocos ou fatias. Entre as empresas produtoras de queijos que já aderiram à tecnologia está o Laticínios Scala e Marcio Parreira, gerente de operações da empresa, que afirma: “as máquinas da Multivac trouxeram maior produtividade e menor necessidade de mão de obra alocada, além de proporcionar melhor padronização de umidade em um produto específico, reduzindo perdas para seu principal cliente, o setor de food service. A Schreiber Foods Brasil é outra parceira da Multivac desde 2011 e o processo de transição das embalagens antigas para

as termoformadas possibilitou ao laticínio ampliar presença no mercado, oferecendo aos clientes varejistas embalagem inovadora na categoria de queijos fundidos e fatiados naturais, pela qual já existia demanda. Segundo a empresa, a reação dos consumidores aos fatiados foi positiva e percebida como grande evolução em relação às embalagens de isopor. Michael Teschner,diretor geral da Multivac do Brasil, enfatiza que 50% dos alimentos no Brasil se perdem entre o campo e o garfo e as embalagens inadequadas são uma das causas do desperdício. Segundo Terschener, as termoformadas são realidade na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda há entraves para expansão de sua utilização no Brasil. Os supermercados ganham com esse novo conceito, mas há necessidade de investimentos por parte da indústria para levar a tecnologia às grandes e médias redes. Os dois lados ganhariam caso houvesse parceria na implantação do novo conceito.

Como afirma Christian Klein, os consumidores brasileiros já atingiram um grau de referência importante, independente da classe social, para poderem avaliar a qualidade e benéficos intrínsecos de cada produto. Valorizam e se sentem valorizados a cada inovação ou facilidade de consumo que a tecnologia lhes proporciona. O fato relevante vem da cadeia produtiva que encara a inovação como um custo e de rentabilidade em curto prazo. Esta visão micro distancia a chegada de tecnologias já disponíveis ou até mesmo estudos para que as expectativas de consumo possam ser atingidas em espaço de tempo menor. Inovar é necessário e um ato constante para que as marcas e produtos possam obter um relacionamento emocional recíproco com seu público-alvo.

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conjuntura

LEITE/CEPEA Preço sobe pelo 3º mês consecutivo e deve se manter firme

AO PRODUTOR – Em abril, dentre os estados que compõem a “média Brasil”, Goiás apresentou a maior alta no preço bruto pago aos produtores, de 5,3% ou de 5,1 centavos/litro, fechando a R$ 1,0201/litro. Em seguida, o preço do leite em Minas Gerais

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subiu 4,5% ou 4,2 centavos/litro, com a média a R$ 0,9716/litro. Em São Paulo, o valor pago ao produtor alcançou R$ 0,9574/litro, alta de 3% frente à de março (ou 2,7 centavos/litro). O preço bruto no Paraná aumentou 3,6% (3,2 centavos/litro), de modo que o litro foi comercializado a R$ 0,9247. Mesmo com a queda na produção na Bahia, o preço aumentou somente 1,6%, a R$ 0,9210/litro. Por fim, os estados de Santa Catarina e de Rio Grande do Sul tiveram aumentos de 3,5% e 3,1%, respectivamente, com o preço bruto a R$ 0,9137 e a R$ 0,8738/litro. Quanto aos estados que não compõem a “média nacional Cepea”, Mato Grosso do Sul teve disparado o maior aumento, de expressivos 8,5% (ou 6,8 centavos), alcançando R$ 0,8722/litro. O maior preço foi registrado no Rio de Janeiro, de R$ 1,0111/litro, onde houve elevação de 5,3% (ou 5,1 centavos). No Ceará, estado em que a redução da captação foi grande, o preço chegou a R$ 0,9962/litro. No Espírito Santo, o preço do litro teve média de R$ 0,9153 em abril.

Fonte: Cepea-Esalq/USP

Gráfico 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MARÇO/13. (Base 100=Junho/2004)

Gráfico 2: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA (média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

Fonte: Cepea-Esalq/USP

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preço do leite pago ao produtor aumentou pelo terceiro mês consecutivo, atingindo R$ 0,8766/ litro (preço líquido, “média Brasil”) em abril, aumento de 3,4 centavos/litro em relação a março. Essa média calculada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, é ponderada pelo volume captado nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA em março. Contabilizando-se o frete e impostos, o preço bruto teve média de R$ 0,9526/litro, valor 3,7% superior ao de abril/12 e o maior desde outubro/11, em termos reais – considerando-se a inflação (IPCA) do período. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento esteve atrelado à queda na produção em março, como normalmente ocorre nesse período, por conta do início da entressafra. Com essa restrição na captação de leite, agentes consultados pelo Cepea relataram disputa acirrada entre os laticínios. O volume adquirido pelas indústrias em março diminuiu em todos os estados da pesquisa. Assim, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) caiu 4,62% de fevereiro para março. No Nordeste, a queda na produção de leite ocasionada pela forte seca é tão crítica que o Ministério da Agricultura autorizou a reconstituição de leite em pó (em 35% da capacidade produtiva de cada fábrica) por três anos. Em março, para se ter uma ideia, a captação nos estados do Ceará e Bahia recuaram 12,7% e 11,4%, respectivamente. Para maio, a expectativa é de que os preços do leite sigam em alta, ainda impulsionados pela oferta restrita de matéria-prima. No Sul do País, por outro lado, a utilização das pastagens de inverno inicia-se em algumas praças e deve ser intensificada em maio, o que deve elevar a produção da região. Ainda assim, 85,7% dos agentes entrevistados pelo Cepea (que representam 91,9% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em maio, enquanto o restante (14,3% que representam 8,1% do volume) acredita em estabilidade nas cotações. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços para o próximo mês. Concomitantemente, os preços dos derivados também subiram em abril (cotação até o dia 25). No atacado do estado de São Paulo, o leite UHT e o queijo muçarela se valorizaram 5,4% e 1,8%, respectivamente. O UHT teve média de R$ 2,07/litro em abril, a maior da série do Cepea, iniciada em março/10, em termos nominais. O queijo muçarela teve média de R$ 11,79/kg. Segundo relatos de atacadistas, o consumo segue firme mesmo com os valores mais elevados. Esses agentes alegam, no entanto, que não há mais espaço para grandes aumentos nos preços, visto que isso limitaria a demanda do consumidor final. Essa pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).


Fonte: Cepea-Esalq/USP

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em ABRIL referentes ao leite entregue em MARÇO.

Fonte: Cepea-Esalq/USP

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na “média nacional” – RJ, MS, ES e CE

Outras informações sobre o mercado lácteo: www.cepea.esalq.usp.br/leite e por meio do Laboratório de Informação do Cepea, com o pesquisador Paulo Moraes Ozaki e prof. Sergio De Zen: 19-3429-8836 / 8837 e cepea@usp.br

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mercado

Os produtores de leite têm espaço para direcionar produtos Um estudo de 10 países-chave mostra que a segmentação necessidades / idade é vital em laticínios

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eja para o desenvolvimento ósseo saudável das crianças ou colesterol baixo para adultos mais velhos, os dados da Canadean sobre o consumidor nas dez principais economias ao redor do mundo* mostram que os produtos lácteos foram escolhidos por atender necessidades relacionadas à idade. Como preocupações relacionadas à idade são a principal motivação de consumo, além da necessidade básica de alimentos, profissionais de marketing precisam direcionar de forma mais eficaz produtos lácteos para faixas etárias específicas e tratar da saudabilidade e necessidades únicas de estilo de vida para maximizar seu potencial de vendas. Mais da metade dos produtos lácteos para crianças foram escolhidos por fornecerem benefícios por idade específica. A importância desses no desenvolvimento de crianças e adolescentes saudáveis é bem conhecida. Portanto, a capacidade de atender às necessidades das crianças em crescimento é um drive chave de consumo. Na verdade, 54% do volume de produtos lácteos consumidos por crianças e bebês (aqueles com idade de 0-9 anos), pré-adolescentes e/ou adolescentes precoces (aqueles com idade de 10-15 anos) foram selecionados, em grande parte, por seus pais conhecerem as necessidades específicas por idade. Os fabricantes também precisam enfatizar que os produtos lácteos oferecem benefícios aos adultos. No entanto,

as necessidades específicas por idade desenvolvidas mais tarde na vida não devem ser esquecidas. É importante olhar os produtos lácteos e verificar que podem prevenir obesidade, diabetes tipo 2 e doença vascular, além de promover saúde óssea em idade mais avançada. No total, os adultos (com 16 anos ou mais em todos os países em estudo) representam mais que o dobro do setor dos produtos lácteos, como no caso de crianças, bebês, pré-adolescentes e adolescentes, 27% do volume desse consumo foi motivado pelo desejo de satisfazer as necessidades relacionadas com à idade. Nesse quadro, as categorias leite e iogurtes são aquelas que mais se adequam para entregar produtos para consumidores de todas as faixas etárias. Dentro do setor de laticínios, os dados da Canadean de consumo seguiram a influência de 20 motivações de consumo essenciais. Idade e necessidades específicas foram classificadas como a motivação mais importante no consumo de leite e iogurtes. Os profissionais de marketing, portanto, têm espaço para direcionar produtos para faixas etárias específicas nessas categorias, tais como leite com cálcio extra para crianças e iogurtes com prebióticos e probióticos que os consumidores associam com a saúde do intestino. No entanto, na segmentação, os fabricantes de produtos saudáveis devem garantir todos os benefícios, mostrar que trabalham dentro das normas regulamentares e oferecem apenas produtos com eficácia e credibilidade.

Tabela 1: Tendências líderes no setor global de produtos lácteos Categoria

Tendência mais importante

Categoria Valor (EUA $ Milhões)

Queijo

Indulgência

72,133

Leite

Idade / Necessidades específicas 123,865

Pudins / Sobremesas

Indulgência

Iogurtes

Idade / Necessidades específicas 42,674

16,711

Fonte: © Canadean Canadean

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Enquanto os consumidores são mais propensos a olhar para os produtos indulgentes em categorias como queijo e pudins /sobremesas, os grandes valores do leite e iogurtes ao garantir necessidades específicas por idade é a tendência

mais importante em todo o setor leiteiro. Isto também destaca a necessidade de direcionar com precisão as tendências por categoria.

* Os dados de consumo e de tendência são baseados na análise Canadean de um inquérito aos consumidores nacionalmente representativos, que reuniu mais de 70.000 respostas em 82 categorias de produtos alimentícios no Brasil, Rússia, China, Índia, França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e os EUA, em 2011. Os resultados deste estudo foram integrados com a pesquisa da indústria para quantificar o consumo total por grupos de consumidores-chave e determinar o valor de mercado e volume influenciado por 20 tendências de consumo.

Sobre Canadean Canadean tem uma reputação de longa data para a prestação de pesquisa de mercado valioso e em profundidade inicialmente construída em bebidas, e agora opera em todo o mercado de grande consumo e das indústrias conexas, incluindo a embalagem, ingredientes, refrigerantes, cerveja, varejo, serviços de alimentação, vinhos e bebidas espirituosas, saúde, beleza e de alimentos. É especializada na realização de painéis de pesquisa on-line, a produção de ideias em profundidade relatórios de mercado através de análise qualitativa e quantitativa no país, bem como oferecer aos clientes um serviço de consultoria sob medida adaptado para atender às necessidades de cada cliente de negócios específicos.


A região nordeste é o novo oásis do mercado de sorvetes premium

E

nquanto os fabricantes de sorvetes previamente investiam em versões mais sofisticadas no Sudeste do Brasil, pesquisa da Mintel revela que a demanda está mudando. De fato, o Relatório de Sorvetes mostra que os habitantes da região Nordeste estão se tornando os principais consumidores de sorvetes premium: 12% dos entrevistados na área afirmam que compram variedades premium, contra 9% no Centro Oeste, 5% no Sudeste e 5% no Sul. O futuro também parece promissor na região já que 70% dos consumidores dizem estar preparados para pagar mais por sorvetes premium, comparado com 64% no Sudeste, 61% no Sul e 55% no Centro-Oeste.

No Brasil, 66% dos consumidores demonstram interesse em sorvetes naturais. Considerando aspectos demográficos, sorvetes naturais têm grande apelo para as pessoas que vivem em São Paulo, onde 81% dos consumidores dizem estar interessados na categoria, contra 50% no Rio de Janeiro, por exemplo, e entre as classes ABC1 (69% ABC1 contra 62% dos grupos C2DE). Entretanto, no Brasil há poucos lançamentos com posicionamento “natural”, “minus”, “plus” e “funcional”. Análise do Banco de Dados de Novos Produtos (Global New Product Database-GNPD) mostra que entre 2009 e 2012, somente 5% dos sorvetes lançados no Brasil vieram com o posicionamento de “natural”.

“As empresas de sorvetes precisam conhecer as diferenças regionais e como o comportamento do consumidor tem mudado rapidamente entre elas. O Nordeste tem crescido economicamente juntamente com as outras regiões do país e já representa um dos principais mercados de produtos de luxo no país. Entretanto, a área ainda é pouco explorada. Enquanto as marcas sofisticadas tendem a investir no Sudeste, principalmente em São Paulo, o Nordeste está crescendo rapidamente, oferecendo oportunidades de mercado para o desenvolvimento de variedades premium”, afirma Naira Sato, analista sênior de Alimentação da Mintel no Brasil.

“Uma das oportunidades chave no Brasil está nos produtos que se posicionam como saudáveis, considerando que a adição de vitaminas e fibras podem tornar o sorvete mais nutritivo para os consumidores, aumentando o consumo. É necessário colocar sabor e credenciais naturais juntos, o que pode ser atingido através do posicionamento tanto dos ingredientes como da imagem do produto e embalagens. Inovações que trazem esses benefícios estão bem posicionadas para se destacarem entre os consumidores. Contudo, para atributos “saudáveis” e “naturais” ganharem mais importância na hora da compra de um sorvete, as marcas devem fornecer informações para os consumidores sobre os benefícios saudáveis dos ingredientes, criando relevância para eles”, explica Naira Sato.

“As categorias premium têm oportunidades nesse mercado, que ainda consome pouco sorvete, através do trabalho com nomes estabelecidos, como marcas mães e marcas próprias. Isso pode permitir que elas estimulem consumidores atuais a mudar para uma variedade melhor dentro das opções disponíveis da marca mãe, enquanto que também podem atrair novos consumidores para a categoria por causa de sua qualidade. Além da associação com nomes conhecidos para passar segurança, é importante também estimular a experimentação de produtos premium por meio de tamanhos menores, como os mini potes de 100 ml, que são utilizados em grande escala em outros países”, continua Naira Sato. O relatório Mintel revela que o mercado de sorvetes no Brasil tem registrado crescimento constante de 33% nos últimos cinco anos, alcançando um volume de 398 milhões de litros e valor de R$ 3,5 bi. O incremento em valor de vendas foi de 47% entre 2007 e 2011, notoriamente à frente do crescimento de volume, devido ao aumento dos impostos da categoria. Apesar de 77% dos consumidores brasileiros dizerem que consomem sorvetes, a frequência de compra no país ainda é baixa. Somente 25% dos entrevistados dizem consumir sorvetes pelo menos uma vez por semana, quase a mesma porcentagem de pessoas que nunca tomam sorvete (23%). Nas classes C2DE, o número é de 34%. Destacando o potencial que há no setor, o consumo médio no país foi estimado em aproximadamente 2kg por ano por pessoa em 2012, comparado a 17kg per capita nos Estados Unidos no mesmo período de tempo e 5,5 kg per capita no Reino Unido. Ao mesmo tempo, verifica-se 12 kg per capita na Nova Zelândia, 10 kg na Noruega e Austrália, e 8kg na Suécia. “Devido às melhores condições econômicas dos grupos C2DE, espera-se que mais pessoas comecem a consumir produtos considerados supérfluos, como sorvetes. Por isso, há uma grande oportunidade para a indústria disponibilizar produtos que atendam a essa nova demanda do consumidor, por exemplo, oferecendo sabores indulgentes, unidades menores que caibam em seus orçamentos e acessibilidade do produto em termos de canais de distribuição”, continua Naira Sato.

Apesar do baixo consumo de sorvetes entre o grupo de 25 a 34 anos (29% deles contra 36% entre 16 e 24 anos), essa faixa de idade representa uma demanda reprimida que poderia ser melhor aproveitada. A tendência “Inspire”, da Mintel, Play Ethic (Jogo Ético) destaca que os jovens adultos também são conhecidos por Generation Next (Próxima Geração), argumentando que a maioria dos brasileiros entre 18 e 29 anos ainda vivem com os pais e representam um potencial de consumo. “Essa geração de jovens que fica até quase os 30 anos na casa dos pais representa um grande potencial para produtos premium e indulgentes. Alimentos para adultos geralmente são trabalhados seriamente, com destaque, por exemplo, para benefícios funcionais como produtos com fibras e para cuidados da saúde do coração. Ao mesmo tempo que sorvetes possam vir com esses atributos, há também espaço para as marcas trazerem uma abordagem mais lúdica. A pesquisa de tendências “Inspire” da Mintel detectou oportunidade para as empresas investirem em marcas da infância, e produtos como sorvetes podem ser trabalhados através da ideia de se fazer uma pausa de ser adulto para aproveitar a criança interior. Ao mesmo tempo, eles também podem ser posicionados como uma indugência que pode ser consumida rapidamente e serem usados em campanha de mídia social para se dirigir ao jovem consumidor moderno”, explica Richard Cope, diretor de Insight e Tendências da Mintel. Sobre Mintel A Mintel é uma fornecedora global de inteligência de mídia, consumidor e produto. Por mais de 40 anos, a Mintel tem providenciado compreensão em tendências chaves, oferecendo dados exclusivos e análises que impactam diretamente no êxito de seus clientes. Com escritórios em Chicago, Nova York, Londres, Sydney, Xangai, Tóquio e também na Índia, Malásia e Singapura, a Mintel moldou uma reputação de uma marca mundial renomada. Para mais informações sobre a Mintel, por favor visitewww.mintel.com

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Legislação

Consulta Pública sobre soro de leite Maria Cristina Mosquim

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oi publicada em 10/04/2013, a Portaria 53 do Mapa (Ministério da Agricultura e Agropecuária), que instituiu a Consulta Pública à Instrução Normativa que estabelece “Padrões de Identidade e Qualidade do Soro de Leite”, destinado ao comércio nacional e internacional. Como o RIISPOA previa apenas o emprego do soro na alimentação animal, existia apenas uma norma de 1985, basicamente sobre as condições de transporte e refrigeração do soro, tendo em vista que nesta época o soro era pouco aproveitado no país e, em sua maior parte, descartado com resíduo poluidor. A modernização do parque industrial brasileiro trouxe à tona a importância do produto e a multiplicação de seu emprego, tornando necessária a publicação de critérios e regras importantes para o produto.

A proposta publicada pelo MAPA é extremamente moderna e acompanha os requisitos e padrões estipulados para o soro dos principais países produtores e exportadores. Um ponto importante é a permissão para que um estabelecimento possa receber soro de outro estabelecimento, o que antes era impossível. Isto facilitará muito novos investimentos, tendo em vista que a pulverização de fábricas, principalmente no estado de Minas Gerais, tornava impossível o aproveitamento do soro haja vista a necessidade de investimento em equipamentos com volumes ínfimos de soro. A proposta de regulamento, que consta da consulta pública, normatiza também os diferentes tipos de soro e tratamentos dispensados, bem como define suas características físico-quimicas, microbiológicas, além de prever os aditivos, coadjuvantes de tecnologia, contaminantes e critérios microbiológicos.

A consulta pública possibilita a participação da sociedade, tornando o processo democrático e transparente. As contribuições serão analisadas posteriormente, e, se consideradas pertinentes, acatadas na versão final. A ABIQ (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), que já avaliou o documento, considerou-o bastante abrangente e moderno, verificando que nenhum artigo necessita ser alterado. A ABIQ teve a oportunidade de participar da elaboração do documento junto ao MAPA, de forma que a versão do documento apresentada na consulta pública é bastante abrangente e além de moderna atende plenamente ao setor.

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Minas Láctea é novo nome de evento tradicional de Juiz de Fora A Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) definiu importantes mudanças no principal evento de difusão de tecnologias no setor laticinista da América Latina, realizado anualmente em Juiz de Fora. O Minas Láctea 2013 vai reunir os tradicionais eventos: Expomaq - Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista; Expolac – Exposição de Produtos Lácteos e Concurso Nacional de Produtos Lácteos. O Minas Láctea 2013 será realizado de 16 a 18 de julho, no Expominas, em Juiz de Fora. A expectativa é de que cerca de 130 empresas nacionais e estrangeiras participem da 41ª Expomaq, apresentando novidades em maquinários, embalagens e insumos para a indústria de laticínios. Na Expolac, o público poderá conferir a tecnologia empregada pela indústria durante o processo produtivo. Nesse espaço, destinado à degustação tecnológica, serão apresentados produtos lácteos já conhecidos do consumidor. O 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos conta com participação de indústrias de diversos estados do Brasil, que apresentam produtos para concorrerem nas categorias: Queijo Prato, Gouda, Provolone, Parmesão, Reino, Minas padrão, Requeijão Cremoso, Doce de Leite Pastoso, Gorgonzola, Manteiga de primeira qualidade e Destaque Especial (qualquer produto lácteo – queijos, doce de que tenha pelo menos uma característica inovadora ou funcionalidade). A avaliação é feita por profissionais de universidades, serviços de inspeção federal, estadual e municipal, além de técnicos das indústrias.

Novidades O circuito de palestras Lac’Idea será uma das novidades do Minas Láctea 2013. O novo canal para a difusão de tecnologias sobre insumos, equipamentos e técnicas para a produção de lácteos será realizado de forma bienal e alternada com as palestras científicas promovidas pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), que foram realizadas em 2012 e retornam à programação em 2014. Outra novidade do Minas Láctea 2013 será a presença da miniusina de laticínios da Epamig, a Via Láctea, que integrará pela primeira vez a programação do evento. Na miniusina, o público tem acesso à tecnologia de fabricação de produtos lácteos desenvolvida pela Epamig. A Via Láctea reproduz para o público o funcionamento de uma indústria de lácteos, desde a análise da matéria-prima até a distribuição do produto. Ao final, os visitantes degustam os produtos e recebem informações sobre como produzir, quais os equipamentos necessários, a importância da higiene na produção e na qualidade dos alimentos. Implantado em 2012, o projeto “Fino Paladar”, estará presente nesta edição do Minas Láctea. Neste espaço o público pode experimentar produtos que utilizam tecnologias em implementos, embalagens e insumos, desenvolvidas pelas empresas expositoras e esclarecer dúvidas sobre as características dos produtos expostos. Cursos de Formação Básica Profissional O Instituto de Laticínios Cândido Tostes realizará, no mesmo período do Minas Láctea, cursos de formação em Leite e Derivados. Os nove cursos serão realizados, na sede do ILCT, entre os dias 16 e 18 de julho. A programação completa e mais informações sobre os cursos podem ser obtidas no site http://www.candidotostes.com.br/cursos

Akso inaugura a sua nova sede A Akso Produtos Eletrônicos inaugurou sua nova sede no dia 24 de Abril, quando reuniu colaboradores, clientes, parceiros e familiares. No evento, a diretora comercial e fundadora da empresa, Tatiane Seibel, e o Diretor Técnico, Marcelo Carraro, falaram sobre a realização deste projeto e sobre a história da empresa e do empenho dos colaboradores, não só na construção da nova sede, mas também para o sucesso e crescimento da empresa ao longo dos seus 10 anos de existência.

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O novo prédio, que conta com uma área total de 800 m², propiciará à empresa um aumento no seu nível organizacional, permitindo que ela continue crescendo com solidez e segurança, que reflitirá no aumento da qualidade dos serviços prestados aos seus clientes. A Akso atende todo o Brasil, fornecendo instrumentos de medição para variados segmentos, além de prestar serviços de calibração.


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PETtalk abordará soluções e estudos para envase de leite e lácteos A segunda edição do PETtalk – Conferência Internacional da Indústria do PET, evento do setor de embalagens PET, será realizada nos dias 26 e 27 de junho, no Holiday Inn Anhembi, em São Paulo. O local foi escolhido visando a comodidade dos participantes, pois estará ao lado da Fispal Tecnologia –, que acontece na mesma semana. Durante dois dias, serão apresentados temas e palestras inéditos que, a exemplo da edição anterior, prezam pelo conteúdo técnico e informativo de nível internacional. “O PETtalk é preparado como o grande encontro do setor, com locais planejados para o bate-papo, a renovação de contatos e para a realização de negócios”, afirma Auri Marçon, presidente da Abipet. O PETtalk reunirá novamente os principais players mundiais do setor, com vários nomes importantes já confirmados. “Um exemplo é o bloco temático – que tratou de cervejas na edição anterior – e que neste ano abordará as soluções do setor para o mercado de leite e lácteos. Embalagens PET são tecnicamente perfeitas para esses produtos, além de agregar aquelas características que tanto agradam aos consumidores e favorecem o meio ambiente. Por isso, já fazem grande sucesso nas prateleiras”, comenta Marçon. Em 2012, a conferência reuniu aproximadamente 300 pessoas, de 21 países. Uma pesquisa realizada com este público, após o evento, mostrou que o nível de satisfação ficou em praticamente 100%. Os palestrantes foram aprovados como bons e excelentes por 98% dos presentes e mais de 90% deles consideraram o conteúdo das palestras de alta relevância. Todos os entrevistados disseram que recomendariam o evento. Impactos da Política de Resíduos Sólidos Durante o PETtalk será abordada também a questão do impacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) sobre o negócio da embalagem e daqueles que a usam para proteger e distribuir seus produtos. Desde a regulamentação da lei, detentores de marcas, distribuidores, atacadistas e a indústria de embalagem passaram a ter envolvimento direto na responsabilidade sobre o destino final dessas embalagens após o uso. Apesar disso, e das implicações sobre cada empresa, nem todos os participantes desta importante cadeia estão adequadamente informados e/ou preparados sobre essas consequências. Por essa razão, o tema será um dos tópicos abordados durante o PETtalk. A Abipet já vinha desenvolvendo sua atuação de forma a preparar toda a indústria do PET para atender à nova Lei. Mais do que isso, transformou essa tarefa em uma vantagem competitiva para enfrentar a concorrência de outras embalagens. Isso poderá ser verificado durante a apresentação da nova edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil. A expectativa é de que o índice de reciclagem das embalagens PET no País se mantenha a frente de várias nações desenvolvidas, pois em 2011 esse índice alcançou 57,1% . Em complementação às informações legais e mercadológicas, serão compartilhadas experiências e divulgadas as tecnologias mais atuais do planeta, adotadas por recicladores, transformadores e brand owners tanto no Brasil como em outras partes do mundo. As inscrições para o o PETtalk – II Conferência Internacional do PET, podem ser feitas pelo endereço www.pettalk.org. br. O site ainda contém a programação completa do evento e demais informações.

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Tetra Pak® anuncia ¤ 11,16 bilhões em venda líquida em 2012 A Tetra Pak®, líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos, acaba de anunciar € 11,16 bilhões em vendas líquidas em 2012, registrando um crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior. O negócio de embalagens atingiu vendas líquidas de € 9,87 bilhões no ano com um crescimento de 4,2%, se comparado a 2011. Com uma sólida participação do Sul e Sudeste da Ásia, América Central, do Sul e do Norte, Europa Oriental e Ásia Central, a Tetra Pak atingiu um crescimento de dois digítos nas vendas de embalagens do Oriente Médio e África Sub-Sahariana. Já as vendas de soluções de processamento foram responsáveis por € 1,29 bilhão, com um incremento de 5,2% em comparação ao ano anterior, registrando aumento de dois dígitos no Norte da Europa, Ásia do Sul e Sudeste, América Central e do Sul e África Sub-Sahariana. “A situação econômica ainda é um desafio, com um crescimento mais lento do que antes em algumas regiões. Nós tivemos que tomar algumas decisões difíceis ao longo do ano passado para continuar a investir no desenvolvimento de novos produtos e serviços que permitirão aos nossos clientes, varejo e fornecedores prosperar nos próximos anos”, disse Dennis Jönsson, Presidente e CEO da Tetra Pak, enfatizando que a companhia continua com foco em fornecer os produtos certos a um preço competitivo para atender às necessidades do mercado em constante mudança. Alguns fatos importantes contribuiram para que a Tetra Pak alcançasse o crescimento de 4,3% em suas vendas líquidas durante o ano de 2012. Entre eles estão o lançamento do Tetra Pak iLine XT™, uma linha de equipamentos para paletização totalmente integrada à linha de envase, além do portfólio de serviços para envase e processo,Tetra NavigatoTM. Também foram apresentadas ao mercado quatro novos tipos de embalagens: Tetra Brik® Aseptic 200 e 250 ml Edge, ideal para o consumo on-the-go (em movimento); Tetra Top® Carton Shot with Lokka™ de 100ml, conveniente com abertura destacável, projetada para bebidas saudáveis, energéticas e outras que devem ser consumidas em dose; Tetra Brik® Aseptic 1000 Mid LightCap™ 24, com tampa de rosca, que oferece aos consumidores uma maior funcionalidade e uma utilização eficiente dos paletes, aumentando o espaço para a marca e a promoção de produtos. Todas já lançadas no mercado brasileiro. A empresa lançou ainda a Tetra Gemina® Aseptic Leaf and Crystal com abertura HeliCapTM 27, que permite uma aparência única e, ao mesmo tempo, ótima performance para os consumidores no ato de pegar e servir. No ano de 2012, a Tetra Pak forneceu mais de 173 bilhões de embalagens, que foram utilizadas pelas principais empresas de alimentos e bebidas em todo o mundo para envasar mais de 77 bilhões de litros de leite, sucos, néctares e outros produtos aos consumidores. Durante o mesmo período, a empresa entregou 505 novas máquinas de embalagem, 1971 unidades de processamento e 1721 equipamentos de distribuição. Atualmente, a Tetra Pak opera 42 fábricas de embalagem e tampas, 16 centros de formação técnica, oito fábricas de máquinas para envase e 11 instalações de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo, para garantir a inovação contínua de produtos e excelência no atendimento ao cliente.

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Metas ambientais de 2020 A Tetra Pak anunciou que vem progredindo no sentido de alcançar seus objetivos ambientais para 2020. A companhia tem o compromisso de oferecer embalagens totalmente sustentáveis, utilizando apenas materiais renováveis, com baixíssima emissão de carbono e desperdício zero. Para atingir o objetivo traçado, a empresa trabalha com foco em três vertentes: pegada ambiental, produtos sustentáveis e reciclagem. De acordo com o Presidente e CEO da Tetra Pak, Dennis Jönsson, o progresso mostra que a companhia está no caminho certo. “Demos importantes passos em direção a nossa meta, porém temos que continuar trabalhando arduamente junto a nosso público interno, clientes e parceiros”, explica o executivo, ressaltando que o desempenho ambiental é parte fundamental da estratégia da empresa. Alguns fatos ocorridos em 2012 nas áreas de reciclagem, produtos sustentáveis e emissões de carbono garantiram à companhia condições de alcançar objetivos traçados em longo prazo. Globalmente, houve um aumento de 10% na reciclagem de embalagens longa vida, passando de 528 toneladas para 581. Cerca de 3,6 bilhões de embalagens foram recicladas o ano passado em relação a 2011. O Brasil acompanhou este crescimento e alcançou um volume de 65 mil toneladas recicladas, o que correspondeu a 29% do total produzido. A companhia investe dezenas de milhões de euros para promover a conscientização do consumidor, bem como o trabalho com os municípios locais para aumentar a taxa de reciclagem em todo o mundo. No âmbito dos produtos sustentáveis, 610 milhões de embalagens, com tampa de biopolímero, derivado de cana-de-açúcar, foram comercializadas em 2012. Em 2011 a utilização ficou em torno de 80 milhões. A Nestlé e a Coca-Cola foram as primeiras a introduzir estas embalagens na América do Sul. Além disso, 26,4 bilhões de embalagens da Tetra Pak levaram o selo Forest Stewardship CouncilTM (FSCTM) em 39 países, no ano passado, representando um incremento de 40% em relação a 2011. No Brasil, desde junho de 2008 todas as embalagens produzidas pela Tetra Pak são certificadas pelo FSCTM, atestando que 100% do papel utilizado provêm de florestas plantadas de acordo com normas internacionais. No ano passado, 7,8 bilhões de embalagens estamparam o selo. Sob o ponto de vista da pegada ambiental, números iniciais indicam que as emissões de carbono, em operações próprias da Tetra Pak, foram reduzidas em duas toneladas em 2012, mesmo com um aumento de 9,5% no volume de produção. Até o ano passado, a companhia trabalhou com base nas consultorias do World Resource Institute, WWF, fornecedores e clientes para estabelecer uma linha de base e métricas. Em média, as auditorias realizadas em 2010 e 2011 encontraram potencial para reduzir o consumo de energia em 12%, cortando em até 11% o impacto no clima. Os resultados detalhados serão incluídos no Relatório de Sustentabilidade, que será lançado este ano. Para informações sobre a política ambiental, social, bem como ações realizadas pela companhia globalmente e cópia da última edição do Relatório está disponível no site da empresa


Fraude no leite gaúcho Caso reflete alguns dos problemas no controle da qualidade do leite e leva o consumidor ao questionamento sobre a aplicação eficiente de testes adequados antes do processamento do produto Durante o fechamento desta edição, foi detectada mais uma grave fraude na composição do leite. O caso ocorreu no Rio Grande do Sul e foi investigado pelo Ministério Público daquele estado, que constatou a ação de intermediários responsáveis pelo transporte do leite até as indústrias, que, antes da entrega do produto, adicionavam água sem tratamento seguro retirada de poço e, para disfarçar a adição, utilizavam ureia, fertilizante que possui formol em sua composição, substância considerada cancerígena. As indústrias que receberam o leite, Italac, Latvida, Líder e Mu-Mu, seguindo determinação do Ministério da Agricultura, foram obrigadas a recolher seus lotes já distribuídos ao mercado. Notas de esclarecimentos ao público das empresas destacam que a fiscalização realizada estão de acordo com as exigências do MAPA. A ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida) comunicou ao mercado a posição da entidade diante da ocorrência. Confira abaixo. Nota ABLV A respeito das notícias veiculadas hoje pela imprensa no Rio Grande do Sul sobre a ação investigada pelo Ministério da Agricultura e Ministério Público, que culminou na prisão de transportadores de leite da região, a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) informa que: • Todo o Leite Longa Vida disponível hoje no mercado encontra-se em perfeitas condições de consumo. Os lotes identificados com problema foram retirados do mercado e não se encontram mais à disposição do consumidor. • A ABLV, cujas indústrias associadas foram prejudicadas pela adulteração, acompanha desde o início o trabalho realizado há meses pelo Ministério da Agricultura e Ministério Público, mantido sob sigilo pelas autoridades em razão da natureza da investigação. • O problema foi pontual e ocorreu com a matéria-prima (leite cru) durante seu transporte. • As indústrias de Leite Longa Vida reafirmam seu empenho na realização de análises que garantam a qualidade da matéria-prima recebida e total segurança aos seus consumidores. • Segundo a Nota Técnica 003/2012-DDA/SFA-RS do Ministério da Agricultura, as investigações realizadas pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor, em conjunto com o MAPA, cinco transportadoras adulteraram o leite cru. • A Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) condena veementemente qualquer ação que comprometa os padrões de qualidade do leite e a segurança do consumidor e confia na apuração dos fatos e na responsabilização dos culpados. São Paulo, 08 de Maio de 2013. Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida

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Mercado aquecido em Santa Catarina A produção de leite tornou-se uma das atividades agropecuárias mais rentáveis para as famílias rurais de Santa Catarina, que detêm a segunda maior bacia leiteira do país. Os preços pagos, atualmente, aos produtores rurais tornaram-se altamente compensatórios em razão de fatores climáticos e mercadológicos, como as secas em algumas regiões, o excesso de chuvas em outras e o aumento do preço no mercado internacional. O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, realça que o mercado mudou nos últimos 30 dias. A produção de leite continuará crescendo em Santa Catarina, prevê Zordan, porque proporciona muitas vantagens aos produtores de médio e pequeno porte: garante renda mensal, permite bons volumes de produção em pequenas áreas, o risco da atividade é mínimo, os custos de produção estão caindo e a produtividade aumentando. Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,2 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os 190 mil estabelecimentos agropecuários produzem leite, gerando renda mensal às famílias rurais e contribuindo para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 60% da produção com cerca de 50 mil estabelecimentos rurais. Em consequência de intenso treinamento ofertado por algumas agroindústrias e custeado pelas agências de formação profissional – Senar, Sebrae e Sescoop – o produtor foi qualificado para a atividade leiteira tecnificada edeixou de ser um “tirador de

leite” para transformar-se em empresário da pecuária leiteira. O Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite) fixou em R$ 0,7399 o valor de referência para o litro de leite de qualidade padrão, no mês de março. Os preços de referência calculados pelo Conseleite para este mês, considerado o produto apanhado nas propriedades rurais e com Funrural incluso, são os seguintes: leite acima do padrão R$ 0,8509; no padrão R$ 0,7399 e abaixo do padrão R$ 0,6726 por litro. O mercado, entretanto, está pagando acima desses valores de referência. Na compra do leite cru, os laticínios estão praticando R$ 0,96/litro em média, dependendo do volume entregue pelo produtor. Prova de que o mercado está aquecido é que os preços se mantêm estáveis e na linha ascendente. Sazonalmente, de outubro a fevereiro os preços encolhem, mas, isso não aconteceu neste ano. Fator Uruguai Apesar do otimismo do mercado, o presidente da Ocesc alerta para as “excessivas, maciças e desnecessárias importações de leite do Uruguai” que prejudicaram a cadeia produtiva brasileira de lácteos no ano passado. Zordan assinala que as importações abusivas trazem, como consequência, o recuo da produção leiteira e o sucateamento dos laticínios e propriedades rurais, pois os produtores, muitas vezes, são forçados a comercializar o leite abaixo dos custos de produção.

Vogler distribui gelatinas da PB Leiner Com oito fábricas no mundo, uma delas no Brasil, a PB Leiner é a 3ª maior fabricante de gelatinas do mundo. Como distribuidor de seus produtos no Brasil, a empresa elegeu a Vogler Ingredients, oferecendo ao mercado gama completa de gelatinas (de alto e baixo Bloom em diferentes granulometrias) e colágeno.

a evolução do mercado alimentício que anseia por inovações, a PB Leiner disponibiliza, por meio da Vogler, uma gelatina solúvel a frio, CRYOGEL®, ideal para aplicações em sobremesas instantâneas, em pós para preparações ou qualquer aplicação em que o processo a frio seja vantajoso. Também pode ser utilizado em estabilizadores de cremes.

A gelatina, devido à sua multifuncionalidade, é um ingrediente muito utilizado na indústria alimentícia (lácteos, cárneos, de doces e confeitos), farmacêutica, de saúde e nutrição (alimentos funcionais), em produtos para a pele e cabelo, além das suas aplicações técnicas.

Já, a gelatina hidrolisada ou colágeno, como é conhecido no Brasil, é um produto funcional, e aprovado pelo FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) outorgado à categoria de GRAS (Geralmente Reconhecidos como Seguros) em 1975, que poder agregar inúmeros benefícios ao seu produto, conferindo-lhe saudabilidade e funcionalidade.

O ingrediente tem como característica em processamento, a etapa que requer aquecimento. Com

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Setor leiteiro foi destaque no 1º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos Durante o 1º Fórum Brasileiro da Indústria de Alimentos, realizado em abril em Goiania (GO), organizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr, o presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), Edmundo Klotz, destacou a importância do Brasil no cenário do mercado mundial de alimentos, afirmando que país é uma potência no ranking de alimentos e a economia dá sinais de otimismo, mas ressaltou que ainda falta uma política agrícola e de abastecimento de longo prazo para que os planos de crescimento sejam sustentáveis. “O objetivo é crescer em todas as esferas do setor. Queremos exportar desenvolvimento, pesquisa e aliados à vocação natural do País, que é a agricultura e a produção de alimentos”, disse Klotz, que fez uma avaliação do setor e destacou o crescimento do mercado em 2012, cujo faturamento alcançou R$ 461 milhões, um crescimento de 4% em relação a 2011. Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, presidente do LIDE Agronegócios e embaixador da FAO, presente no evento, destacou que: “discutir como o país se insere num projeto mundial é o nosso desafio e precisamos como abastecimento do mercado interno, câmbio, crédito, aspectos regulatórios, gargalos e burocracias, que impedem um crescimento maior e deixam uma dúvida do que será esse mercado”. Falta qualidade no leite brasileiro e indústria vive momento difícil O leite tem o maior alcance social do Brasil, com mais de 1,3 milhões de produtores no país. Sobre o cenário do setor Nilson Muniz, presidente da ABVL (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida), destacou que falta qualidade no leite que é produzido nacionalmente. Muniz lembra que Goiás está em quarto lugar no ranking da produção nacional de leite, mas lamenta que não exista um crescimento no setor há mais de dois anos. “O brasileiro consome muito pouco de lácteos e as médias são bem abaixo do cenário mundial, o que é muito preocupante para nós. Há dois anos não registramos crescimento nesse mercado. Além disso, a indústria não tem margem de lucro no negócio e vive um momento difícil. Não há manobra de inovação e precisamos olhar urgentemente para esse setor”, concluiu o presidente da ABLV. Outro do participante do fórum, Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corporativos da BRF, alertou para a queda no consumo do leite e diz que o cenário é preocupante. “É importante um envolvimento de toda cadeia e de todos os governos, tanto federal quanto estadual. Fazer investimento neste mercado é algo desafiador nos dias atuais, mas que precisa para dar novo fôlego”, diz o executivo. O maior desafio da pecuária leiteira nos dias atuais é ter no mundo globalizado uma presença agressiva e permanente e não escondida como tem sido até agora. “O leite é um problema sério no Brasil. Nosso ponto fraco é a qualidade da matéria-prima e a falta da cultura da exportação entre as empresas de laticínios, mas são questões facilmente removíveis. O grande obstáculo é o protecionismo agrícola dos países ricos e pobres também, mas a esse fator limitante todos nossos concorrentes estão sujeitos”, concluiu Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura do governo Geisel (1974 a 1979), secretário de Agricultura de Minas Gerais por três vezes e atual presidente da Abramilho Mello.


Evento

Comemoração e trabalho Neste ano, o 6º Simpósio Nacional da Abiq (Associação Brasileira das Indústrias de Queijo), realizado em Atibaia (SP), teve um sabor especial – a entidade comemora 25 anos de significativa atuação no mercado. Nesse período, a associação utilizou várias estratégias com o objetivo de divulgar e expandir o consumo de queijos no Brasil. O conteúdo do simpósio deste ano mostrou os vários caminhos que o setor deve percorrer para crescer de forma sólida.

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ntre as palestras do evento, Silmara A.Figueiredo, diretora de marketing da Abiq, trouxe um panorama da Evolução da Indústria de Queijos no Brasil e ressaltou as ações da associação desde sua criação para alavancar o mercado do produto. Em 1988, ano da fundação da entidade, a produção era de 190 mil toneladas de queijos por ano no Brasil, hoje, são 874 mil toneladas de queijos/ano. Entre as primeiras ações da entidade, em 1989, está a arrecadação de US $ 1 milhão para veicular campanha em TV e revistas com o objetivo de estimular o consumo de queijos e a realização da 1ª Fenaqueijo para supermercadistas e hoteleiros. Em busca da conquista de novos consumidores, em 1990, o setor de queijos passou por uma fase de dificuldades, principalmente pela concorrência dos importados em função da liberação da importação.

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Com o início da estabilização da economia brasileira em, 1994, a entidade voltou a investir na divulgação do produto brasileiro e colocou sua campanha em outdoors, além de promover mostras e degustações em restaurantes, shoppings e buffets. A associação passou a atuar fortemente em discussões de assuntos regulatórios, partilhou e conduziu defesas de temas junto ao Mapa, Anvisa, Inmetro, Mercosul, Codex Alimentarius, FIL, interferindo diretamente nas proposições. No Mapa, em 1996, liderou debates do RTIQ e Rotulagem, impondo interesses do setor. De 1998 a 2002, o crescimento mais lento reflete a crise mundial e, com o baixo PIB brasileiro, o setor cresceu apenas 85.267 toneladas (22,9%). Nessa etapa da evolução do mercado, Abiq e G-100 conseguem alíquota Zero de PIS e COFINS para queijos em todo território nacional, iniciando por Mussarela, queijos Prato, Minas e Coalho, Requeijão,

Ricota e, posteriormente, com extensão para Provolone, Queijo Fresco não maturado e soro de leite fluido para uso destinado ao consumo humano. Em fase mais recente, com consumidores buscando alimentos mais saudáveis, o setor sofreu maior pressão contra o teor de gordura. Para enfrentar os novos tempos, a Abiq contratou pesquisa nutricional de queijos e também ganhou duas batalhas significativas no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) contra Unilever e Schincariol que, através de comerciais fizeram ataques explícitos ao tradicional alimento. Paralelamente, por meio de assessoria de imprensa, a associação passou a veicular pautas que ressaltavam a valorização dos benefícios nutricionais dos queijos. Para profissionais da área da saúde, especificamente médicos e nutricionistas, a Abiq também promoveu esclarecimentos sobre os benefícios do produto em congressos e em revistas médicas.


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Evento

Em 2008, conseguiu excluir queijos da IN 71/2006 – ANVISA e extrair dos rótulos “Seu consumo excessivo pode causar diabetes e doenças do coração. Com o mercado em crescimento, a Abiq reforçou sua atuação em benefício da evolução da produção do setor, realizando simpósios e seminários regionais para a divulgação de novas tecnologias e informação. Ultrapassados os obstáculos inerentes aos vários estágios da economia brasileira e dificuldades advindas do setor da produção de leite, a Abiq comemora seus 25 anos com a marca atual de 874 mil toneladas de queijo/ ano, comprando cerca de 8 bilhões de litros de leite/ano e processando mais de 23 milhões de litros por dia. Desafios e soluções O conteúdo do 6º Simpósio Nacional refletiu a preocupação em levar aos participantes o atual desenho das tendências em queijos no Brasil e no mundo, trazendo palestras técnicas de mercado de consumo. O setor queijeiro busca alternativas para enfrentar os desafios que se apresentam, como: custos e preços crescendo; a necessidade de genética do gado voltada para a produção de leite, já que o Brasil tem tradição em animais para corte; o leite, que continua precisando ter melhoria de qualidade; atual perfil heterogêneo, quando é necessário, padronização de produção; enfraquecimento das cooperativas; baixa qualidade de mão de obra, baixo investimento em assistência técnica; mão de obra que deverá ficar mais cara e as fábricas ainda com pouca tecnologia. Durante o simpósio, foi ressaltado ao público que o mercado está em franco crescimento, com o aumento da população, o PIB deverá crescer. Por essa razão, é fundamental o setor preparar-se para as oportunidades que virão em futuro próximo. Com o tema “Um futuro de novos desafios”, o público do 6º Simpósio Abiq conheceu as novas oportunidades que o setor tem a sua frente,

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inclusive, técnicas modernas para buscar maior rentabilidade sobre fatores que estão sob o controle das indústrias; para aprimorar procedimentos e boas práticas de produção; a busca da mecanização, automação, termização, sanitização, uso de concentrados proteicos; busca de ganhos de escala; especialização; concentração de plantas; dar apoio e aval para programas de formação de mão de obra técnica; entrosamento indústrias e escolas; aumentar o treinamento in loco e preparar-se para atender às novas demandas de consumidores com novos hábitos de vida e consumo, mercados de food service e refeições fora do lar. Silmara A. Figueiredo ressaltou que a indústria de queijo deve atuar mais proativamente para liderar processos de mudanças, a exemplo de desenvolver pautas propositivas para o Governo, com maior apoio aos programas de treinamento de produtores e técnicos, melhoria da qualidade do leite e da infraestrutura e inovação, além de assumir que a melhoria de sua rentabilidade passará pelo seu empenho em melhorar as práticas de valorização do leite de qualidade aprimorada para produzir queijos e de assumir que seu futuro é crescer e seu foco deve estar na cadeia. Baixa lactose Entre as palestras que contribuíram para o público ter visão mais ampla da possibilidade de desenvolvimento com foco em novos consumidores, a Prozyn abordou o tema “Baixa Lactose – Uma nova tendência de mer-

cado”. Estudos apontam que cerca de 75% da população mundial apresenta algum grau de intolerância à lactose e populações que só consumiram leite materno estão entre aquelas que tendem a desenvolver intolerância a essa substância do leite. Nesse quadro, índios e japoneses estão mais sujeitos a desenvolver e, no Brasil, existe maior risco de ocorrer esse tipo de problema ao ingerir leite. Nesse cenário, produtos de baixa lactose constituem uma forma de resgatar consumidores que abandonaram o hábito de incluir lácteos em suas dietas e, com isso, deixaram de usufruir os benefícios do leite. No queijo, a lactose é reduzida naturalmente, mas alguns tipos tendem a preservar essa substância mais do que outros. A produção de queijo sem lactose já cresce no exterior e os países onde são mais encontrados esses produtos são Alemanha e Espanha. No Brasil, as autoridades em saúde consideram doentes os intolerantes, já no exterior, as indústrias exploram o produto como fonte de fácil digestão, com esse aspecto ganham maior fatia de mercado, que inclui também aplicação em pizzas, lasanhas e outros produtos que contém queijos. Inovação Novas possibilidades de mercado também foram mostradas em palestra de DSM, que falou de “Tendências globais e desenvolvimento de queijos”. Segundo Ingrid Damen, gerente de marketing da DSM Food Specialties, o


setor de queijos vem apresentando 1,5 % ao ano, abaixo do crescimento de outros alimentos. Com maior consumo na Europa e países ocidentais, o produto tem grande potencial no Brasil, Argentina, Russia e México. Conforme exposto na palestra, o Brasil está entre os países onde há maior potencial de consumo per capita, por ser o maior produtor de leite, seguido de Argentina e Chile. Na Europa, 50% do leite é utilizado na produção de queijos e, no Brasil, apenas 16% tem esse destino na indústria. Nesse cenário, é possível verificar que há muito espaço para inovar e aumentar o valor do queijo no país. Para melhorar o poder de inovação, é necessário saber como fazê-lo e, para isso, há algumas tendências que apontam o caminho, tais como saúde e bem-estar, sensorialidade, produtos naturais, individualização, facilidade e acessibilidade, sustentabilidade, entre outras. Algumas soluções já desenvolvidas em outros países e também de iniciativas de indústrias brasileiras trazem ideias para inovação, como no México, que possui queijo cremoso aperitivo com azeitonas e tomate seco; no Brasil, a Polenghi traz o queijo cremoso com azeitonas, que atrai pelo aspecto sensorial e indulgência. Na área de saúde e bem-estar, os consumidores tendem a buscar prevenção de doenças, portanto menos sal e menos gordura são quesitos valorizados. Na Argentina, há um bom exemplo da

Serenissima, que possui queijo ralado com 8% de proteína e 18% do consumo de cálcio diário recomendado. Na Colômbia, a marca Alpina, vem com alto teor de cálcio e baixos teores de sal e gordura.

Para crescer e se manter no mercado, as empresas tendem a ter plantas especializadas com um ou dois produtos e o foco da empresa precisa ser definido para isso. Na Europa, não existem mais pequenas plantas, pois aquelas que haviam foram incorporadas por grandes empresas. O palestrante também enfatizou que é fundamental a qualidade do leite que entra na fábrica e o produto precisa ter sempre o mesmo padrão e a indústria que conseguir padronizar terá um queijo de sucesso. Tecnologia certa e inovação foram colocados como pontos essenciais para laticínios. Equipamentos modernos otimizam a produção e trazem segurança alimentar.

Além de outras palestras técnicas e de mercado, que levaram informações com indicadores e tendências importantes para o setor Para situações particulares de de queijos, Ariel Londinsky, gerente alguns consumidores, o exemplo que vem da Verde Campo, que desenvolveu da Fepale (Federacion Panamericana de Lechería), proporcionou aos o cottage com zero lactose. Na Espanha, La Segarra criou o Cheese with Oat participantes do simpósio uma visão mundial dos lácteos. Bran, um queijo ideal pra atletas com alto teor de proteína. Londinsky apresentou números atualizados da produção mundial Outro destaque em tendências de lácteos e apontou que até 2018, o está na atenção à facilidade e acesaumento de consumo estará na faixa sibilidade em custo dos produtos e, de 23%. Vários fatores impulsionam para isso, é fundamental analisar as a demanda por lácteos, entre eles, perdas na cadeia produtiva, pois se não houver controle de processos, ha- aumento demográfico - em 2050, verá perda de investimento e aumen- estima-se aumento de 50% da população do planeta; maior expectativa to de preço no final. de vida para a população; urbanização e entrada de novos consumidores É importante também lembrar de que os consumidores estão mudando e com maior renda, já que a classe média cresce mundialmente, entre as novas gerações tendem a valorizar sustentabilidade e ética das empresas, outros aspectos. abrindo caminho para produtos orgânicos e naturais e embalagens que não causam impacto ao meio ambiente. Globalização O tema pela Foss levado para o evento foi “Avaliação de adulteração de leite e sua padronização para queijos”. Durante a palestra, Dorthe Bisgaard Oldrup, abordou o impacto da globalização e como isso afeta todas as empresas lácteas domésticas, mostrando como, no futuro, o Brasil sentirá seus efeitos.

No cenário do futuro na área de lácteos, Londinsky colocou que, no período de 20 anos, a América Latina cresceu mais rápido que a média mundial e pode se tornar uma grande provedora de leite. Terras disponíveis para criação de gado leiteiro, fartura de água, população jovem e aumento de renda na região são aspectos que contribuem para a evolução do setor de lácteos nas Américas.

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CADERNO DE TECNOLOGIA DE LATICÍNIOS n

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Os fatores de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos 52 Produtos lácteos simbióticos 54

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Os fatores de produtividade e competitividade na indústria brasileira de queijos Michael Mitsuo Saito Gerente de Projetos e Aplicação da Chr. Hansen

Há algum tempo que o futuro da indústria de queijos no Brasil vem sendo discutido de maneira preocupante. Isto porque a indústria local já tem percebido a entrada de produtos de países vizinhos e, até mesmo, dos vindos da Europa ao nosso mercado de forma competitiva em termos de preço e qualidade. Nossa atual conjuntura só não é mais preocupante porque temos um mercado interno crescente e o foco para exportação ainda está em um futuro mais distante para a maioria das indústrias de queijo no Brasil. O fato é que ainda estamos despreparados para enfrentar a concorrência externa, falando, inclusive, de países vizinhos como a Argentina, por exemplo, pois ainda temos um grande número de empresas que sequer conhecem seus custos de produção e o que cada item impacta em sua composição. O gráfico a seguir ilustra a composição média de um queijo produzido no Brasil:

Através do gráfico é possível compreender que a matéria-prima tem um impacto muito forte dentro da composição de custo de um queijo. Mesmo nos países Europeus,

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onde o preço do leite é mais baixo e com uma qualidade muito superior, este impacto, em um queijo similar ao nosso pode chegar a 80% do custo total do produto. Atualmente, tornou-se muito comum falar sobre redução de custo, porém a indústria, muitas vezes, foca muito pouco onde o impacto realmente faz toda a diferença. Um exemplo disso é a falta de controle de parâmetros do leite, que são indispensáveis a uma indústria de queijo, tal como a caseína. Esta importante fração proteica é, de fato, o componente do leite mais importante quando se discute sobre rendimento de queijos. Para se ter uma ideia desta importância, cada 1 kg a mais de caseína no leite pode gerar cerca de 2,7 kg de queijo. Por isso, deixar de monitorar este parâmetro é quase que negligenciar a compra de leite e a viabilidade financeira da empresa. O gráfico a seguir mostra de forma comparativa, a variação média do conteúdo de caseína entre leite para indústria de queijo no Brasil, Argentina e países da Europa:


A média brasileira de caseína fica na casa de 2,20%, enquanto que na Argentina este valor pode alcançar 2,60%. Pode até parecer pouco, mas, em se tratando de caseína, esta diferença é capaz de melhorar um rendimento de 10 L/ kg para 9,02. Por conta desta discrepância, o custo apenas com leite para se produzir um quilo de queijo aqui no Brasil chega a ser mais de 30% superior ao da Argentina, o que nos coloca em uma situação competitiva muito desfavorável. A explicação para a grande diferença na composição de caseína do nosso leite pode gerar uma grande lista de itens, porém aquele que exerce maior impacto, sem dúvidas, é o alto conteúdo de Células Somáticas. Quanto maior o nível destas células no leite, menor o conteúdo de caseína do mesmo. Um estudo feito na Itália mostrou que a cada redução de 100.000 Células Somáticas por mL de leite, é possível aumentar em 1,3% o rendimento da fabricação dos queijos. Temos ainda outros importantes itens que afetam a produtividade da nossa indústria queijeira, um deles é a inconsistência de umidade entre os lotes de queijo produzidos em um mesmo dia. Existem muitos trabalhos sendo feitos para diminuir a variabilidade de umidade de um lote para o outro, uma vez que isto permite trabalhar com médias mais próximas ao limite superior de especificação de cada empresa, como ilustrado no diagrama a seguir:

Aumentar a média de umidade com o mesmo nível de variação de hoje pode ser muito arriscado, já que muitas vezes o limite superior é extrapolado e, consequentemente, aumentam-se as chances de devolução. Por isso, para que este nível de umidade seja elevado sem correr este risco é necessário que seja trabalhado fatores que possam diminuir a variabilidade de umidade entre os lotes de queijo, tais como: cultivo adequado, monitoramento da variabilidade entre queijeiros, padronização da relação caseína e gordura. Por último, vale a pena ressaltar a importância do controle das bactérias NSLAB (bactérias produtoras de ácido lático não provenientes do fermento), uma vez que este grupo é o grande responsável pelo alto nível de proteólise e off-flavors nos queijos, o que acaba forçando a indústria a trabalhar com limiares de umidade excessivamente baixos. Para este controle faz-se necessário trabalhar com um tempo adequado de funcionamento das linhas de pasteurização, respeitando os intervalos recomendados para a limpeza CIP. Resumidamente, temos grandes desafios pela frente que, às vezes, nos coloca em um cenário de 30 anos atrás, quando comparamos com alguns tradicionais países queijeiros e nos mostra que precisamos de programas de maior incentivo na cadeia de produção do leite. Infelizmente, grande parte das indústrias ainda paga o leite somente pelo volume, algo perigoso tanto para o produtor quanto para a indústria, uma vez que um mesmo volume de diferentes leites podem gerar rendimentos de queijo totalmente distintos. Neste cenário, favorece aquele que contribui positivamente para manter sob controle todos os interferentes descritos anteriormente. Esse conceito certamente é uma tendência que ocorrerá no médio prazo no Brasil, uma vez que a entrada de queijos de outros países impulsionará tanto a indústria, como o produtor de leite a agirem juntos para fortalecer e sustentar esta importante atividade em nosso país.

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Produtos lácteos simbióticos Zacarchenco, P.B.1; Gallina, D.A.; Van Dender, A.G.F. *

Pesquisadoras Científicas TECNOLAT – ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos)

Resumo Os alimentos funcionais são semelhantes aos convencionais na aparência, mas apresentam benefícios adicionais às suas propriedades nutricionais. Os produtos lácteos simbióticos são alimentos funcionais que contêm probióticos e prebióticos. Os probióticos são microorganismos vivos que, administrados nas quantidades adequadas, conferem benefícios ao hospedeiro. Um prebiótico é um componente alimentar não viável que confere um benefício à saúde do hospedeiro associado à modulação da microbiota. Os simbióticos devem estar presentes nos alimentos e ser consumidos em quantidades suficientes para conferir benefícios à saúde. Neste artigo, foram revisados resultados de pesquisas recentes sobre os benefícios à saúde de produtos simbióticos e algumas aplicações em produtos lácteos. Palavras chave: simbiótico, probiótico, prebiótico, alimento funcional, produtos lácteos simbióticos

Abstract Functional foods are similar to conventional foods in appearance, but they have benefits that extend beyond their basic nutritional properties. The symbiotic dairy products are functional foods containing probiotic and prebiotic. Probiotics are live microorganisms which confer a health benefit on the host when administered in adequate amounts. A prebiotic is a nonviable food component that confers a health benefit on the host associated with modulation of the microbiota. The symbiotics must be present and be consumed in adequate amounts to confer a health benefit to the host. This article is a review of recent literature published about the health benefits related to the symbiotics and their application in dairy products. Key words: symbiotic, probiotic, prebiotic, functional food, symbioitc dairy products

Introdução Os simbióticos são produtos que contêm prebióticos (ingredientes benéficos não digeríveis) e probióticos (microorganismos vivos) que sinergicamente conferem benefícios à saúde do hospedeiro quando consumido em quantidades suficientes. Há mais de dez anos a FAO/ONU (Food and Agriculture Organization/ Organização das Nações Unidas) e a WHO ou OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentaram a definição padrão de probióticos, isto é, microorganismos vivos que, administrados nas quantidades adequadas, conferem benefícios ao hospedeiro (Joint FAO/WHO Working Group, 2002). O conceito de prebióticos é mais recente que o de probióticos e foi introduzido em 1995 por Gibson e Roberfroid como uma alternativa para superar os problemas de sobrevivência dos probióticos durante a estocagem, distribuição e passagem pelo trato gastrintestinal. O conceito de prebiotico passou por alterações e, desde 2008, a definição ficou estabelecida como “um prebiótico é um componente alimentar não viável que confere um benefício à saúde do hospedeiro associado à modulação da microbiota” (Kolida, Gibson, 2011).

Benefícios à saúde Na Tabela 1, a seguir, foram compilados as características e os resultados de alguns estudos sobre aplicação de simbióticos nas doenças.

Os simbióticos podem agir melhorando a sobrevivência e atividade dos probióticos, bem como estimulando as bactérias endógenas. Por exemplo, uma mistura simbiótica de inulina e bifidobactérias aumentou os números de bifidobactérias em voluntários saudáveis (Onwulata 2012). Para desenvolver uma formulação simbiótica contendo uma linhagem única ou várias linhagens de probióticos e uma mistura de prebióticos, é essencial selecionar linhagens de probióticos em função de seu índice prebiótico e de sua especificidade (prebiotic score). Índice prebiótico é a habilidade das linhagens em degradar vários prebióticos, enquanto a especificidade é a habilidade de cada linhagem de degradar prebióticos específicos e aumentar o redimento celular em um meio definido. Alguns estudos in vitro mostraram que vários oligossacarídeos não digeríveis estimularam a multiplicação de lactobacilos e bifidobactérias (Kondepudi et al, 2012).

Constipação intestinal é uma condição frequente, acometendo elevado número de indivíduos, num percentual que varia, de acordo com os locais e tipos de inquéritos, entre 2% a 27% da população. Embora usualmente não represente risco à vida, a constipação funcional pode provocar grande desconforto nos portadores e repercutir negativamente na sua qualidade de vida e no seu desempenho pessoal (MACHADO, CAPELARI, 2010).

Neste artigo foram revisados resultados de pesquisas sobre os benefícios à saúde de produtos simbióticos e aplicações em produtos lácteos.

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Além dos estudos apresentados na Tabela 1, se entendeu importante citar outros que avaliaram alimentos ou suplementos simbióticos. De Paula et al (2008) avaliaram o efeito do consumo de 2 unidades de iogurte comercial contendo Bifidobacterium animalis (DN-173 010) e frutooligossacarídeo (FOS, prebiótico) por dia, por 14 dias, em 266 mulheres com constipação funcional com idades entre 18 e 55 anos. O grupo controle recebeu uma sobremesa láctea sem probiótico ou prebiótico. O consumo do iogurte simbiótico por mulheres com constipação funcional mostrou melhora nos parâmetros relacionados à evacuação (qualidade das fezes, redução da percepção de esforço e de dores relacionadas à evacuação). Segundo os autores, o uso deste alimento simbiótico pode resultar em uma ferramenta útil e segura para gerenciamento da constipação.

Raizel et al (2011) realizaram uma revisão sobre os efeitos dos simbióticos para o organismo humano. Estes autores elencaram que as possíveis indicações dos simbióticos em situações clínicas, nas quais existem indícios de sua eficácia são: diarreia viral aguda, diarreia dos viajantes, infecções e complicações gástricas pelo Helicobacter pylori, encefalopatia hepática, diarreia em pacientes portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida, síndrome do intestino irritável, diarreia em pacientes em nutrição enteral por sonda nasogástrica, radioterapia envolvendo a pelves, doença inflamatória intestinal, carcinogênese, alergia, síndrome da resposta inflamatória sistêmica, constipação, melhoria da saúde urogenital


de mulheres, redução do colesterol e triacilglicerol plasmático, efeitos benéficos no metabolismo mineral, particularmente densidade e estabilidade óssea. Os pesquisadores brasileiros Oliveira, Aarestrup (2012) concluíram em seu estudo que houve benefícios no tratamento dietoterápico de pacientes oncológicos com o uso da mistura simbiótica (suplemento simbiótico composto por quatro cepas probióticas e 6 g de FOS em sachê). As cepas probióticas eram Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium lactis, Lactobacillus paracasei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium lactis. Estes autores destacaram que a depleção nutricional é observada em pacientes com câncer colorretal em estado avançado, mesmo com medidas de peso adequadas. Esta perda pode estar associada a fatores de co-morbidades como: redução da imunidade, aumento de infecções, cicatrização prejudicada e fraqueza muscular. Atualmente, dietas imunomoduladoras estão sendo utilizadas na abordagem nutricional de pacientes com câncer. O uso de prebióticos e probióticos ou a mistura dos dois, os simbióticos, estão entre os estudados. Oliveira, Aarestrup (2012) coletaram dados antropométricos e exames de sangue para avaliação da proteína C-reativa (PCR), antígeno carcionoembrionário (CEA) e albumina. Os índices médios da proteína C-reativa eram de 11 mg/dL no início do estudo, antes da administração do simbiótico, e reduziram-se para valores menores que 6 mg/dL no final do estudo. A suplementação com o simbiótico foi benéfica, pois, embora os níveis de albumina e CEA tenham se mantido estáveis, os índices de PCR diminuíram ao longo do estudo. Novos estudos devem ser realizados com número maior de participantes, pois evidências sinalisam

a necessidade de uso de suplementos imunomoduladores no tratamento dietoterápico de pacientes oncológicos. Em 2010 Steed et al apresentaram resultados de seu estudo usando um simbiótico (Bif. longum e Synergy1- inulina, prebiótico) randomizado duplo cego placebo controlado, envolvendo 35 pacientes portadores da doença de Crohn, por 6 meses. Esta investigação de longo termo, placebo controlada, segundo os autores, propiciou evidências de que os simbióticos têm potencial de uso em terapias para situações agudas da doença de Crohn. A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal. Estas doenças são um problema de saúde pública em muitos países. Segundo Souza et al (2011) a doença de Crohn caracteriza-se por um envolvimento transmural e descontínuo dos intestinos, podendo atingir todo o tubo digestivo. Sua incidência nas últimas décadas vem aumentando, sendo mais comum na raça branca. Inicia-se mais frequentemente entre os 20 e os 30 anos e apresenta um componente genético hereditário importante. A etiologia é desconhecida, conquanto se estudem, além das causas imunes, possíveis causas infecciosas. Lobão (2008) avaliou o uso de simbiótico em pó contendo FOS (prebiótico) e 4 probióticos (Lactobacillus casei, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium bifidum) em atletas. Vinte e quatro atletas foram divididos em 2 grupos de 12. Um grupo recebeu simbiótico e o outro recebeu placebo. Aos dois grupos foi informado que estavam consumindo o composto simbiótico. Ao final de um mês em que cada atleta do grupo de pesquisa consumiu diariamente um sachê de 6g do composto simbiótico, constatou-se que estes obtiveram, em média, maior redução da gordura corporal e maior aumento da massa magra.

Tabela 1. Estudos sobre aplicação de simbióticos nas doenças (Kanamori et al. 2004; Gotteland et al. 2005; Raizel et al 2011; Souza et al, 2010; Kolida, Gibson, 2011) Intervenção (tratamentos por dia)

Planejamento do estudo

Duração

Evidência da eficácia

Grupo probiótico – duas a quatro semanas antes do nascimento uma cápsula diária de LGG (Lactobacillus rhamnosus GG) (5x109ufc), LC (Lactobacillus rhamnosus) 705 (5x109ufc), Bif. breve Bb99 (2x108ufc), Propionibacterium freudenreichii sp. shermanii JS (2x109ufc) com GOS ou com placebo por 6 meses

1.223 gestantes com risco de atopia. Estudo duplo-cego randômico controlado por placebo

6 meses

Redução na incidência de DA (doença alérgica) até a idade de dois anos. Houve correlação inversa entre a colonização intestinal e desenvolvimento de DA.

LGG – 1,2x109 ufc/g, GOS/FOS (9:1) por 3 meses

39 crianças com DA moderada e grave acima de 2 anos usaram simbiótico ou prebiótico (controle) por três meses. Estudo duplo-cego randômico controlado por placebo

3 meses

Tanto os simbióticos como os prebióticos utilizados separadamente melhoraram os sintomas de DA nas crianças acima de 2 anos

3 vezes ao dia: 109 Bifidobacterium breve Yakult + Lactobacillus casei Shirota + 1 g galactooligossacarídeo (GOS)-oligomate (Yakult)

7 pacientes (de 2 a 24 anos) com “intestino curto” e 1 com enterocolite

15 – 55 meses

Melhora na composição da microbiota intestinal, aumento da produção de ácidos graxos de cadeia curta e aumento do ganho de peso

Terapia tripla com antibióticos, 109 Lactobacillus acidophilus LB (lacteol forte), 250g de Saccharomyces boulardii (Perenteryl, Merck) liofilizado e 5g de inulina (Orafti)

254 crianças portadoras de H. pylori distribuídas em 3 grupos de tratamento. Estudo aberto randomizado. Eliminação espontânea verificada em 81 crianças portadoras não tratadas

Grupo 1: 8 dias Grupo 2 e 3: 8 semanas

A taxa de erradicação com o simbiótico foi maior do que com L. acidophilus LB (12%), mas foi menor que com antibiótico (66% erradicação) baseado no teste “C-Urea Breath”

3g de GOS (oligomate) 3g de L. casei Shirota e 120mg de vancomicina suplementada com 3g de B. breve (BBG-1)

Estudo de caso; menino de 3 meses portador da Síndrome de Down com enterite por Staph. aureus resistente à meticilina

B. breve introduzido após 42 dias do início do tratamento

A microbiota com S.aureus resistente à meticilina foi erradicada com a vancomicina. A microbiota anaeróbia, os níveis de ácidos graxos de cadeia curta e as fezes foram normalizadas pelo tratamento sucessivo com simbiótico

1. Intestino curto (short bowel) é uma má formação causada por remoção cirúrgica do intestino delgado ou, mais raramente, devido à disfunção de uma grande porção do intestino. A maior parte dos casos são adquiridos, embora algumas crianças possam nascer com intestino curto congênito.

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Produtos lácteos simbióticos Zacarchenco, P.B.1; Gallina, D.A.; Van Dender, A.G.F. *

Pesquisadoras Científicas TECNOLAT – ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos)

Produtos lácteos simbióticos A seguir, são apresentados resultados de algumas pesquisas envolvendo o desenvolvimento de produtos lácteos simbióticos. Azambuja et al (2013) avaliaram as características microbiológicas e sensoriais de queijos frescais com Bif.animalis subps. lactis e polidextrose, queijos contendo apenas o probiótico e queijos controle (sem probiótico e prebiótico). Foram realizadas, entre outras análises microbiológicas e fisico-químicas, a enumeração seletiva do probiótico e avaliações sensoriais (teste afetivo). Nos processamentos estudou-se a adição de Bifidobacterium animalis subps. lactis de duas formas, liofilizada, adicionada diretamente na massa do queijo e por coagulação da massa usando leite previamente fermentado com o microorganismo probiótico. O queijo elaborado com leite fermentado pelo probiótico manteve contagens de 107 a 108 ufc/g após 28 dias de estocagem. Sobre a classificação da polidextrose como prebiótico o trabalho de Santos (2011) apresentou uma revisão recente e importante. Drunkler (2009) desenvolveu uma formulação de requeijão cremoso simbiótico. Procurando avaliar a melhor forma de adição do probiótico Bif.animalis subsp. lactis Bb-12 (liofilizada ou ‘pré-ativada’) em relação à concentração (0,1 a 0,3 g/ 100 g) e a temperatura de adição (50 a 70ºC) no final do processo de fusão da massa, realizando sempre a contagem de células viáveis do probiótico. Foram elaboradas 7 formulações de requeijão cremoso simbiótico com teores de inulina e de oligofrutose (prebióticos) variando de 0 a 7 g/ 100 g de requeijão e uma formulação controle. Quanto à forma de adição do probiótico, a ‘pré-ativação’ apresentou melhores resultados na concentração de 0,1g de probiótico/100g de requeijão sendo possível a adição à temperatura de 70ºC no produto. Os teores de inulina e de oligofrutose diminuíram ao longo do armazenamento para algumas formulações. As contagens de células viáveis do probiótico mantiveram-se superiores a 6 log10 ufc/g durante os 60 dias de vida útil de todas as formulações estudadas. A autora avaliou que foi possível elaborar requeijão cremoso simbiótico, atendendo aos parâmetros de identidade e qualidade preconizados pela legislação vigente, bem como com qualidade sensorial. A sobrevivência dos probióticos pode ser aumentada com o uso da técnica de microencapsulação. Homayouni et al. (2008) avaliaram a sobrevivência, em sorvete contendo amido resistente, de L. casei Lc-01 e B. lactis Bb-12 encapsulados em alginato e Hi-maizeTM. Vários estudos apontam alguns tipos de amidos resistentes como prebióticos (Fuentes-Zaragoza et al, 2011). Embora o produto tenha sido caracterizado como simbiótico, não se verificou efeito sobre a viabilidade dos probióticos devido à presença do prebiótico. Contudo, ficou demonstrada a superioridade da forma encapsulada em proteger o probiótico. Também o objetivo do estudo de Frighetto (2012) foi desenvolver sorvetes simbióticos e investigar a sobrevivência de Lactobacillus paracasei Lpc-37 às condições gastrointestinais

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simuladas. Foram desenvolvidos quatro sorvetes, sendo um probiótico e três simbióticos (estes, incluindo Lactobacillus paracasei Lpc-37 e inulina, oligofrutose ou polidextrose). A análise microbiológica compreendeu as contagens de microorganismos probióticos viáveis em sorvete e sobreviventes às condições gastrointestinais simuladas, realizadas mensalmente durante o período de 90 dias. L. paracasei Lpc-37 apresentou resistência aos processos tecnológicos para obtenção de sorvete, estabilidade durante o período de armazenamento do produto e habilidade de resistência in vitro ao estresse gastrointestinal. Inulina e polidextrose desempenharam atividade protetora ao microorganismo probiótico, elevando seus índices finais de sobrevivência in vitro às condições gastrointestinais simuladas. As fibras solúveis estudadas contribuíram para uma redução proporcional de gorduras nos sorvetes a que foram adicionados e consequente redução calórica. Efeitos aos atributos sensoriais, quando ocorreram, garantiram o destaque dos sorvetes adicionados de inulina, seguido daqueles adicionados de polidextrose. Portanto, a inclusão de L. paracasei Lpc-37 em sorvete apresentou viabilidade tecnológica e condições para cumprir seu papel funcional no colón, estimada em ensaio in vitro. Adicionalmente, inulina e polidextrose conferiram melhorias nas características funcionais, nutricionais e sensoriais de sorvete simbiótico. Luís (2011) estudou leites fermentados com leite de cabra, ovelha e vaca (padrão) com inulina (prebiótico) e com as cepas probióticas Lactobacillus casei-01, Lactobacillus paracasei LAFTI® L26 e Bifidobacterium animalis Bb-12. Os leites fermentados produzidos foram processados de modo a obter-se frações com pesos moleculares abaixo dos 3 kg das que foram avaliadas para determinar as atividades anti-hipertensiva e antioxidante dos diferentes leites fermentados. As frações com atividade biológica foram posteriormente analisadas por espectrometria de massa para identificar os peptídeos responsáveis pela atividade registrada. Os leites fermentados preparados neste trabalho não apresentaram atividade anti-hipertensiva, mas sim atividade antioxidante com especial destaque para os leites fermentados com os lactobacilos. Da análise por espectrometria de massa não foi possível identificar nenhum peptídeo responsável pela atividade biológica das amostras. Na pesquisa de Rodrigues (2009), os prebióticos inulina e frutooligossacarídeo (FOS) foram estudados de forma a analisar o seu potencial efeito sobre o crescimento/sobrevivência de bactérias probióticas (Lactobacillus casei-01 e Bifidobacterium lactis B94) em queijo, avaliando-se, simultaneamente, o seu potencial tecnológico através da caracterização da glicólise, proteólise e da lipólise em queijos probióticos, queijos simbióticos com adição de FOS e queijos simbióticos com adição de FOS/Inulina (50:50), ao longo de 60 dias de maturação. Os compostos prebióticos não afetaram significativamente o crescimento/viabilidade dos probióticos. Foi observado um crescimento exponencial de ambas as cepas estudadas até os 15 dias de incubação atingido valores na ordem de 1010 ufc/g de queijo. Os índices de proteólise revelaram uma elevada degradação da caseína


em queijos probióticos e simbióticos inoculados com B. lactis B94 ou com L. casei-01, tendo-se observado um aumento da concentração de aminoácidos em especial após 30 dias de maturação. A lipólise, por sua vez, caracterizou-se pelo aumento gradual de ácidos graxos livres ao longo do tempo de maturação, tendo-se observado um maior incremento nos queijos simbióticos e em especial nos inoculados com B.lactis B94. Rodrigues (2009) entendeu que foi demonstrado o potencial benéfico dos vários tipos de queijo estudados. Gallina et al (2012) desenvolveram uma bebida obtida a partir de leite fermentado com cultura de iogurte, cultura mista de bifidobactérias, inulina, adicionada de polpa de goiaba pasteurizada. Nos resultados sensoriais do teste de aceitação com 50 consumidores, a bebida obteve médias próximas de “gostei” para o produto de modo geral e consistência; “gostei” e “gostei muito” para a aparência e cor; e “gostei pouco” e “gostei” para o sabor. Buriti et al (2008) analisaram o efeito da adição do probiótico Lactobacillus paracasei e da fibra prebiótica inulina no perfil de textura e as características sensoriais de queijo fresco cremoso. Três tratamentos de queijo fresco cremoso foram preparados suplementados com Streptococcus thermophilus (T1, T2 e T3). L. paracasei subsp. paracasei foi adicionado em T1 e T2. Inulina foi adicionada em T2. A análise sensorial foi conduzida aos 7 dias de armazenamento dos queijos. Os queijos T1 apresentaram a menor preferência na análise sensorial e diferiram significativamente de T2 e T3 (p<0,05), fato este atribuído ao sabor ácido, por parte dos provadores. Por outro lado, T2 foi o preferido, porém, não diferindo significativamente de T3 (p>0,05). A adição de inulina ao queijo fresco cremoso produzido com a suplementação de uma cepa potencialmente probiótica de Lactobacillus paracasei resultou em um produto com características adequadas e com propriedades funcionais agregadas. A adição de Lactobacillus paracasei e inulina em queijo fresco cremoso resultou em um perfil de textura comparável ao do queijo controle (sem probiótico e prebiótico). No entanto, o probiótico empregado sozinho modificou o sabor em relação ao queijo controle, refletindo na menor preferência dos provadores por esse queijo. Com a adição complementar de inulina, a alteração sensorial decorrente da adição do probiótico não foi percebida. Portanto, a adição de inulina ao queijo fresco cremoso produzido com a adição de uma cepa potencialmente probiótica de Lactobacillus paracasei resultou em um produto com características agradáveis ao consumidor, além de agregar propriedades funcionais. Na pesquisa de Buriti et al (2007), 5 formulações diferentes de musses (sobremesa láctea aerada) foram produzidas em escala piloto e suplementadas com a cultura probiótica de Lactobacillus acidophilus La–5: M1 – com suco concentrado de maracujá (SM); M2 – com SM e fibra prebiótica inulina; M3 – com polpa congelada de maracujá (PM); M4 – com polpa congelada de goiaba (PG); M5 – com PG e ácido lático. Os produtos foram armazenados refrigerados (4ºC) e M2 e M5 também congelados (–18ºC). A viabilidade de Lactobacillus

acidophilus diminuiu em até 4,7 log ufc.g–1 ao 21º dia nas musses contendo maracujá (M1, M3 e M2), enquanto a população do probiótico permaneceu acima de 6 log ufc.g–1 naquelas contendo goiaba (M4 e M5). A inibição devido à acidez foi descartada. A adição de frutas aos produtos probióticos deve ser cuidadosamente planejada, uma vez que pode haver inibição das cepas probióticas Conclusões Os produtos lácteos são excelentes meios para multiplicação, sobrevivência e proteção dos probióticos. Adicionalmente, os conhecimentos tecnológicos para substituição de gordura e açúcares nos produtos lácteos estão bastante avançados e as várias substâncias prebióticas disponíveis se encaixam no perfil para uso como substitutos destes constituintes. Por estas e outras razões, sem citar as nutricionais, os produtos lácteos são excelentes integrantes das classes de produtos funcionais, em especial, dos simbióticos. Embora se deva aguardar a evolução das legislações para aprovação das alegações possíveis de uso nos produtos simbióticos, os produtos lácteos representam grandes oportunidades para inovação nesta categoria de produtos. Bibliografia 1.Azambuja, N.C.; Zacarchenco, P.B.; Fleuri, L.F.; Andrade, J.C.; Moreno, I.; Van Dender, A.G.F.; Gallina, D.A. Characterization of Fresh Cheese with Addition of Probiotics and Prebiotics. Journal of Life Sciences, Feb. 2013, Vol. 7, No. 2, in press, 2013 2.Buriti, F.C.A.; Komatsu, T.R.; Saad, S.M.I. Activity of passion fruit (Passiflora edulis) and guava (Psidium guajava) pulps on Lactobacillus acidophilus in refrigerated mousses. Brazilian Journal of Microbiology v.38, n. 2, São Paulo, Apr./ June, 2007. 3.Buriti, F.C.A.; Cardarelli, H.R.; Saad, S.M.I. Textura instrumental e avaliação sensorial de queijo fresco cremoso simbiótico: implicações da adição de Lactobacillus paracasei e inulina. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, vol. 44, n. 1, jan./mar., 2008. 4.De Paula, J.A.; Carmuega, E.; Weill, R. Effect of the ingestion of a symbiotic yogurt on the bowel habits of women with functional constipation. Acta Gastroenterologica Latinoamericana, v. 38, n. 1, p. 16-25, 2008. 5.Drunkler, D.A. Produção de Requeijão Cremoso Simbiótico. Tese de Doutorado de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos, Setor de Tecnologia, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. 2009. 180 págs. 6.Frighetto, J.M. Produção de sorvetes com características simbióticas e avaliação da sobrevivência de Lactobacillus paracasei em condições gastrointestinais simuladas. Universidade Federal de Santa Maria. Centro de Ciências Rurais. Dissertação de Mestrado. Mestrado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos. 2012. 7.Fuentes-Zaragoza, E.; Sanchez-Zapata, E.; Sendra, E.; Sayas, E.; Navarro, C.; Fernandez-Lopez, J.; Perez-Alvarez, J.A. Resistant starch as prebiotic: A review. Starch/Starke, v. 63, 406–415, 2011.

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fazer melhor

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