Revista E-Commerce Brasil - Edição 76

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BRASIL R$ 34,00 Ano 13 Edição 76 | Agosto 2023 www.ecommercebrasil.com.br DE VOLTA PARA O FUTURO O vintage nunca foi embora, mas está cada vez mais presente nas compras online LITERATURA EM VÍDEO VOOS MAIS ALTOS Longe de estagnado o e-commerce na América Latina desponta novos índices de maturidade A literatura chegou ao TikTok e faz cada vez mais leitores se engajarem pelo mundo 9 772179 731009 76 REVISTA BRASILEIRA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO

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As ondas retrô não são novidade. O clima retrô tem se manifestado primeiro nos produtos culturais (filmes, música, moda, literatura e publicidade, principalmente) invadindo, na sequência, lojas de diversos segmentos e influenciando o comportamento do consumidor. Nos dois casos, existe um fator emocional influenciando o consumo de produtos que remetem ao passado ou que lembram uma época ou alguém que já se foi. O comprador saudosista tende a ser um expert, por isso informação e detalhes sobre o produto são de suma importância. A matéria de capa traz oportunidades e reflexões para esse nicho de produtos.

Já a coluna do Felipe Mendes compara o e-commerce brasileiro com outros mercados mundiais, como Rússia, Grã-Bretanha e Espanha, para que, através dessa comparação, possamos gerar um novo ponto de vista sobre as oportunidades e os desafios que ainda se prestam para os varejistas brasileiros. Esse artigo busca sintetizar os aprendizados e gerar algumas ações concretas e muitas reflexões. #ficaadica

A entrevista com o Matteo Ceurvels, analista principal para América Latina e Espanha do eMarketer, tem tantos dados e tendências que é do tipo que você pode ler com um marcador de texto para ir “anotando” os pontos principais.

Você sabe o que é um booktoker? Verdadeira febre na plataforma TikTok, o universo de booktokers (criadores de conteúdo literário) revolucionou a maneira como as pessoas se aproximam da literatura. Para dimensionar esse poder, a hashtag #booktokbrasil acumula impressionantes 15 bilhões de visualizações, movimento que já exerce uma influência significativa nos hábitos diários das pessoas. O case desta edição mostra o quanto o hábito de leitura vem sendo influenciado por esses creators.

Nesta edição do Fórum E-Commerce Brasil, fizemos uma #masterclass de duas horas para falar do CRM - o marketing do futuro - com o PhD Prof.Silvio Meira e foi um assombro para centenas de milhares de pessoas que estavam naquela sala de aula gigante. O artigo do Pedro Padis traz pontos importantes sobre uma boa estratégia de CRM.

A coluna do Anthony Long fala sobre algo que tem chamado a atenção dos lojistas desde a Black Friday de 2022: o retail media ads. Ele propõe um exercício simples, mas profundo: aja como um comprador e saia dos limites dos sites dos varejistas e mergulhe na experiência de publicidade de sua plataforma de escolha, seja TikTok, Instagram, Facebook, Pinterest ou mesmo "O Globo". Considere como essa experiência de mídia afeta você e como ela deve ser comparada ao que você encontra no supermercado, tanto online quanto na loja. Reserve um momento para refletir: o que você vê? As experiências estão perfeitamente alinhadas e conectadas? As mensagens ressoam harmoniosamente? Existe conteúdo de valor agregado que capacita os consumidores a fazer escolhas informadas? Para responder essas perguntas, sugiro a leitura do artigo.

Boa leitura!

2023 | E-COMMERCE BRASIL | 03 // EDITORIAL

#Edição76 | Agosto 2023 //CORPO EDITORIAL

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FABIO LODY

Diretor de Arte

THAIS RODRIGUES

Coordenadora de Produção

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Anthony Long, Bernardo Fraga, Cleyton Ferreira, Helena Carre, João Pedro Cavassola, Juan Pablo D'Antiochia, Felipe Mendes, Pedro Padis, Ross Saario.
04 | E-COMMERCE BRASIL | 2023

Ano 13 Edição 76 | Agosto 2023

08. ENTREVISTA

Matteo Ceurvels, analista principal da eMarketer para América Latina e Espanha

DE VOLTA PARA O FUTURO

14. IA

A inteligência artificial na era da digitalização: transformação para a melhor experiência no setor logístico

16. CASE

Literatura em vídeo

Indústria digital: tendências nos meios de pagamentos

O que aprendemos sobre o e-commerce brasileiro ao conhecer o e-commerce de outros países?

30. CDP

CDP: saiba mais sobre essa tendência de CRM em grandes empresas

Retail media e a "palavra que começa com D"

Personalização e flexibilidade na logística do futuro: reinventando a experiência do cliente

24. INDÚSTRIA

Varejo inteligente: o que tem potencializado o crescimento dessa indústria?

A hora e a vez de um CRM eficiente

Dicas de leitura

06 | E-COMMERCE BRASIL | 2023 //CONTEÚDO
50. LEITURA EM DIA 52. DROPS DO MERCADO 38. NOS BASTIDORES DO E-COMMERCE 44. FUTURE SHOPPING
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26. TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS 42. PAGAMENTOS 22. PERSONALIZAÇÃO

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VOOS MAIS ALTOS

O platô do comércio eletrônico ainda está longe de ser alcançado ou veremos, em breve, uma estagnação das ideias para o setor? Ao que parece, o céu continua sendo o limite para o e-commerce

Por Lucas Kina, da Redação do E-Commerce Brasil

Acostumar-se com um ritmo mais acelerado, em qualquer que seja a situação, pode criar a sensação de que nada será tão bom quanto naquele momento. A percepção disso é quase uma constante quando falamos com alguém mais velho e perguntamos, por exemplo, sobre sua infância. A resposta será, quase sempre, voltada ao saudosismo relacionado ao que vivemos no passado e acompanhada de comparações, provavelmente desmedidas, com as crianças do presente. Agora, pense nesse esquema de diálogo aplicado ao comércio eletrônico. Apesar de recente, o setor já viveu uma série de transformações, altas, quedas e estagnações até chegar em 2023, primeiro ano em que, oficialmente, a pandemia da Covid-19 deixou de existir. A partir disso, um novo período se inicia para o e-commerce mundial.

O que antes de 2020 poderia ser apenas uma alternativa para quem não quisesse sair de

casa, seja por comodidade ou falta de tempo para tal, tornou-se, desde então, uma fuga para evitar a contaminação pelo coronavírus. Mais do que isso, a compreensão de que o e-commerce veio para ficar ganhou ainda mais força, com usuários chegando e marcas apostando no modelo. As fichas gastas renderam um público que aproveita o modelo de compras e também cria a necessidade de novos formatos dentro da atividade.

Vendas ao vivo em lives (live commerce), por meio de mídias sociais (social commerce) ou com ligação direta entre marcas e clientes (D2C). Essas são algumas das muitas vertentes geradas a partir do e-commerce e que criam mais demanda ao longo dos dias. Existe, contudo, um limite para essa evolução? É possível chegar mais longe? A inteligência artificial (IA) deve ser ainda mais integrada a esse processo? São essas e outras questões que estão no escopo de estudo da eMarketer, empresa especialista em pesqui-

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//ENTREVISTA

sas de mercado relacionadas a informações e tendências de marketing digital, mídia e comércio.

Para esta edição da Revista E-Commerce Brasil, a companhia concedeu a experiência de Matteo Ceurvels, analista principal para América Latina e Espanha. Entre muitos assuntos permeando o comércio eletrônico, o entendimento principal foi de que, como esperado, o setor tem muito o que conhecer. O fim está mais longe do que imaginamos.

E-Commerce Brasil: Em termos globais, qual o momento atual do desenvolvimento do e-commerce? Quais os próximos passos e o papel do Brasil nessa evolução?

Matteo Ceurvels: O crescimento do comércio eletrônico em todo o mundo desacelerou vertiginosamente desde o boom impulsionado pela pandemia de 2020. No ano passado, as vendas de e-commerce em todo o mundo apresentaram o ritmo mais lento já observado desde que começamos a monitorá-las, em 2011.

O crescimento deve se recuperar ligeiramente em 2023, mas as rápidas taxas de crescimento da década de 2010 são coisa do passado. No entanto, o fim da era das altas taxas de crescimento não significa o fim de novos e enormes números de vendas, graças à enorme base do comércio eletrônico. Essas tendências globais também se aplicam ao Brasil. Em 2022, o crescimento das vendas online no varejo desacelerou para ritmo de apenas um dígito, subindo 4,8% ano a ano - a menor taxa desde 2009, quando iniciamos nosso monitoramento. Também foi a primeira vez que o e-commerce cresceu mais lentamente do que as vendas físicas no varejo, que subiram 12,3% na comparação ano a ano.

Este ano, esperamos um retorno ao crescimento de dois dígitos, com vendas de e-commerce no varejo brasileiro projetadas para crescer 10,1%, chegando a US$ 52,52 bilhões (R$ 271 bilhões). Esse número é 2,4 vezes maior do que o volume de vendas online gerado em 2019. Esse retorno ao crescimento fará do Brasil o 11º mercado de comércio eletrônico que mais cresce no mundo, entre os 28 mercados que projetamos, colocando-o ligeiramente à frente do Japão (10,0% ) e atrás do Peru (10,4%).

E-Commerce Brasil: Na América Latina, a utilização do comércio eletrônico tem ganhado mais adeptos. O que falta para o modelo ser ainda mais aceito?

Ceurvels: É difícil generalizar no nível regional, dadas as tendências únicas e específicas de cada país em cada mercado. Alguns estão mais avançados na adoção do comércio eletrônico do que outros. De acordo com nossas projeções, o México terá a maior participação de e-commerce nas vendas totais do varejo na América Latina este ano, com 13,2%. Mercados menos maduros digitalmente, como o Peru, terão metade dessa participação, com 6,2%. O Brasil ficará em algum lugar no meio, com 10,6%.

No Brasil, a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo caiu pela primeira vez em 2022, mas voltará a crescer a partir deste ano. Tendências semelhantes ocorreram no Chile, mas, assim como no Brasil, o digital voltará a crescer no país a partir do ano que vem.

Dito isso, ainda há espaço para crescimento e para a miríade de oportunidades que o e-commerce oferece às empresas. Nossas previsões mostram ganhos incrementais de pontos percentuais na participação do comércio eletrônico nas vendas totais de varejo nos próximos anos. Isso se aplica a

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todos os seis mercados latino-americanos que analisamos atualmente.

O que marcas e varejistas podem fazer para promover a adoção mais ampla do comércio eletrônico? Para começar, podem tornar a experiência de compra mais interativa e menos transacional. Isso pode incluir iniciativas como live commerce, social commerce e até mesmo a gamificação do comércio eletrônico. Essas tendências são muito populares na Ásia e estão ganhando força em vários mercados latino-americanos. Estou muito animado para ver como essa próxima fase se desenrolará na região.

E-Commerce Brasil: O setor em geral pode aprender algo com o modelo Direct-to-Consumer (D2C)? Quais são os ensinamentos? Como aplicá-lo a dinâmicas diferentes?

Ceurvels: Sempre haverá uma batalha entre o D2C e a venda nos marketplaces de terceiros (3P), como Mercado Livre e Amazon. Ambos os canais de vendas oferecem às empresas uma série de opções e vantagens. O estado atual do comércio eletrônico na América Latina (e no Brasil) mostra que os marketplaces 3P lideram como canal de venda, já que equacionam muitos pontos problemáticos que as empresas precisariam resolver por conta própria - coisas como aceitação de diferentes métodos de pagamento, entregas e logística (mais custos), bem como controle sobre a experiência do usuário.

Existem vários aprendizados de outros mercados - principalmente dos Estados Unidos - que as empresas no Brasil e América Latina podem considerar quando se trata de comércio eletrônico D2C. Mas, antes de se aventurar no espaço D2C, as empresas devem primeiro se perguntar se contam com um nível de lealdade à marca forte o suficiente, se a marca faz parte dos hábitos e

rituais diários dos clientes. Caso as respostas sejam positivas, o D2C pode fazer sentido do ponto de vista comercial.

Os produtos que atendem a esse critériocomo aqueles usados nos cuidados diários com a beleza, ou um programa nutricional, ou até mesmo o hábito de tomar café - estão entre os mais viáveis para o comércio eletrônico D2C (usando um modelo de assinatura).

Da mesma forma, produtos com alta frequência de consumo, mas cuja experiência de compra não é das melhores - como sacolas pesadas de ração para animais ou caixas de bebidas - têm maior probabilidade de converter os compradores em D2C. No entanto, muitas vezes o custo de envio será maior, e a empresa terá que decidir se sacrifica o lucro ou repassa o custo aos consumidores, correndo o risco de perder vendas.

E-Commerce Brasil: Na América Latina, existem dados que mostram o crescimento ou não do live commerce? É algo a ser mais pensado por aqui ou podemos mirar outras formas de atuar?

Ceurvels: Sim, o comércio ao vivo está se tornando popular na América Latina. Depois de obter sucesso na Ásia-Pacífico, esse canal de compras relativamente novo ganhou força rapidamente em toda a região. Sua popularidade aumentou em países como Colômbia e México, onde mais da metade dos compradores digitais usaram o live commerce para comprar produtos online, de acordo com a Wunderman Thompson.

Os consumidores da América Latina continuam buscando experiências digitais mais interativas e personalizadas das marcas, e as compras ao vivo quebram as barreiras tradicionais do e-commerce. Quando são usados como parte de uma estratégia de

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//ENTREVISTA

marketing digital mais ampla, os eventos de compras ao vivo permitem que as marcas construam relacionamentos de longo prazo com os clientes.

E-Commerce Brasil: Sobre mídias sociais no comércio eletrônico, existe algum entendimento na eMarketer sobre o quão importante essas ferramentas podem se tornar? A perda de usuários é uma variável a ser considerada?

Ceurvels: Seja para manter contato com familiares e amigos ou acompanhar as últimas tendências da internet, o uso das redes sociais está crescendo na América Latina. O público massivo e altamente engajado torna o destino atraente para o florescimento do social commerce. Este ano, esperamos que aproximadamente três em cada dez internautas no Brasil e no México façam pelo menos uma compra por meio de um canal social. Embora impressionante, ainda é notavelmente menor do que o número de consumidores que fazem uma compra nos marketplaces de terceiros.

Isso não significa que o social commerce deva ser ignorado. Embora ainda fiquem para trás como canal de vendas, as plataformas sociais mostram uma enorme promessa como canal de descoberta de produtos. Por exemplo, mais de quatro em cada cinco usuários da internet na América Latina afirmaram que as redes sociais influenciaram sua decisão de compra, de acordo com uma pesquisa de junho de 2022 realizada pela IMS em colaboração com a Offerwise. Esses números foram de 90% ou mais em mercados de comércio eletrônico menos maduros, como República Dominicana, Panamá e Equador, onde o uso de comércio social é mais comum.

Para muitos compradores, a lógica é simples: eles fazem uma compra quando encontram

algo que desejam comprar. É claro que existem muitas maneiras pelas quais os usuários podem encontrar produtos de que gostam nas mídias sociais, seja via publicidade, conteúdo gerado pelo usuário ou creator, conteúdo de marca orgânico ou conteúdo de tendências no feed principal.

As empresas que procuram capitalizar e obter sucesso no crescente espaço de comércio social da região devem considerar o seguinte:

1. Invista em parcerias com criadores. Os criadores podem não ser os principais motivadores de compra, mas suas recomendações ainda influenciam uma boa parte das decisões de compra dos consumidores.

2. Priorize a experiência e o atendimento do cliente. Um ótimo atendimento pode gerar avaliações positivas para a empresa (ou produto) em questão, que, por sua vez, pode perseguir usuários sociais para fazer uma compra.

3. Use promoções e descontos especiais. Eles devem ser uniformes em todos os pontos de contato do consumidor, mas um acordo ou oferta irresistível pode ser o suficiente para fazer um usuário social ir do estágio de consideração à compra.

E-Commerce Brasil: Quais são os segmentos do presente quando pensamos no consumo online para o Brasil? O que é mais comprado e o que explica essa demanda? Para o futuro, existe algum tipo de produto que hoje não é tão comprado assim e, depois, estará mais presente no carrinho de compra?

Ceurvels: Atualmente, prevemos métricas em nível de categoria para a Argentina e o Brasil, então focarei minha atenção especificamente no mercado brasileiro. Com-

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putadores e eletroeletrônicos são a maior categoria de gastos entre os compradores digitais no Brasil. Será a única categoria de produto que ultrapassará US$ 10 bilhões em vendas de e-commerce este ano. Com US$ 17,24 bilhões (R$ 89,02 bilhões) - ou cerca de um terço do mercado de comércio eletrônico do Brasil -, o volume de vendas de computadores e eletrônicos de consumo será mais do que o dobro da segunda categoria mais popular do país - automóveis e peças.

Automóveis e peças, vestuário e acessórios, móveis e artigos de decoração atingirão US$ 10 bilhões em vendas até o final de nossa previsão. As vendas de automóveis e peças atingirão esse marco em 2026, seguidas por vestuário e acessórios um ano depois. Móveis e artigos de decoração ultrapassarão a marca de US$ 10 bilhões em 2026.

O segmento de alimentos e bebidas mostra-se muito promissor devido à ampla adoção no início da pandemia. Será a categoria de produtos de crescimento mais rápido - com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 11,1% entre 2023 e 2027 - seguida por móveis e artigos de decoração, automóveis e peças, saúde, cuidados pessoais e beleza. Alimentos e bebidas serão a categoria de crescimento mais rápido no país, com ganhos de dois dígitos até 2027.

E-Commerce Brasil: Nos recortes regionais, quais países são os mais desenvolvidos no comércio eletrônico? Quais devem ter o setor cada vez mais presente daqui para frente? Quais ainda terão um longo caminho?

Ceurvels: A China será, de longe, o mercado mais desenvolvido e maduro entre os 28 países que projetamos, seguida por Reino Unido, Indonésia e Coreia do Sul. Sua participação de 45,9% nas vendas totais do varejo será 4,3 vezes maior do que a participação de 10,6% do Brasil neste ano, em comparação.

Mesmo assim, o comércio eletrônico está amadurecendo em vários mercados latino-americanos, inclusive no Brasil. Projetamos que o México será o sétimo mercado com maior penetração de varejo online do mundo este ano, com 13,2%. A Argentina ficará em 11º lugar, com uma participação de 11,2%. Apesar dessas participações aparentemente menores, o comércio eletrônico amadurecerá mais rapidamente na América Latina do que nas economias mais desenvolvidas.

Os mercados de comércio eletrônico de rápido amadurecimento de ambos os países os colocarão bem à frente de países mais avançados, como Alemanha (11,2%), França (11,1%) e Austrália (10,3%), no final de nosso período de previsão, provando que a América Latina é uma força de e-commerce a ser enfrentada no cenário global.

E-Commerce Brasil: A integração entre comércio eletrônico e tradicional ganha força? Entende-se que, mais à frente, o meio utilizado para o consumo será cada vez menos importante e, naturalmente, ambos estarão unidos na jornada de compra? A divisão entre e-commerce e commerce pode deixar de existir ou será ressignificada?

Ceurvels: Acho que esse será o objetivo final a longo prazo. Embora ainda exista atualmente uma delimitação clara entre os espaços de varejo físico e online, o objetivo será chegar a um ponto em que essas linhas se tornem mais tênues e agnósticas (em termos de canais). Tudo será simplesmente “fazer compras” ou “shopping”, como se diz em inglês. O comércio eletrônico continua ganhando força na América Latina (e no Brasil também). Mas, apesar de sua rápida aceleração e adoção, as lojas físicas ainda representam quase 90% do total de vendas no varejo. Isso significa que as compras na loja não vão sumir tão cedo.

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Mas as marcas e os varejistas devem continuar adotando uma abordagem omnichannel em suas estratégias de vendas e aquisição de clientes, à medida que os hábitos de compra dos consumidores se tornam cada vez mais fluidos. O consumidor pode pesquisar algo pessoalmente e comprar pela internet. Ou ver algo online e desejar fazer a compra pessoalmente.

Seja qual for o caso, o consumidor de hoje vê sua jornada de compra como uma experiência única, que atravessa diferentes pontos de contato nos mundos físico e digital. As empresas que puderem aproveitar a ocasião, proporcionando uma experiência de compra omnichannel verdadeiramente perfeita em todos os pontos de contato e canais, serão as vencedoras no florescente ecossistema de varejo da América Latina nos próximos anos.

E-Commerce Brasil: O que pensa da IA ainda mais integrada ao e-commerce? Isso é presente, futuro ou algo a ser mais trabalhado e sem previsão específica para aplicação? Como isso deve acontecer e em quais setores primeiro?

Ceurvels: Os avanços que estão sendo feitos com IA generativa terão um impacto profundo no futuro do e-commerce em todo o mundo. Acreditamos que a IA generativa terá o maior potencial para impactar três áreas: mobile commerce, social commerce e voice commerce.

Mobile commerce: a tecnologia pode ajudar marcas e varejistas a criar melhores aplicativos móveis com menos tempo e recursos. Também pode fornecer recursos que melhoram a experiência de compra no celular, como chatbots integrados que oferecem suporte instantâneo ou ferramentas que permitem aos clientes personalizar e visualizar instantaneamente produtos personalizados por meio de seus smartphones.

Social commerce: conteúdo de alta qualidade é fundamental para qualquer estratégia de comércio social, mas muitos varejistas e marcas carecem de experiência interna para produzir tal conteúdo. A IA generativa pode reduzir essa fricção porque oferece uma maneira econômica de criar blogs, legendas, imagens e vídeos para ajudar a converter compradores em redes sociais.

Voice commerce: uma das barreiras para a adoção mais ampla do comércio por voz são as respostas relativamente restritas que os assistentes de voz, como a Alexa, podem fornecer atualmente. A IA generativa pode ajudar a mudar isso, tornando as respostas automatizadas mais pessoais e humanas, melhorando a experiência do cliente. No entanto, isso não ajudará a resolver outras fricções na experiência de compra por voz, como a falta de telas na maioria dos smart speakers ou preocupações relativas à privacidade.

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A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ERA DA TRANSFORMAÇÃODIGITALIZAÇÃO:

PARA A MELHOR EXPERIÊNCIA NO SETOR LOGÍSTICO

Com a digitalização das operações logísticas, impulsionada pela ascensão do comércio eletrônico e a necessidade de maior agilidade e resiliência, temos acompanhado um desenvolvimento acelerado e o investimento cada vez maior em tecnologias de automatização para os setores de logística e atendimento no e-commerce, o que gera uma transformação na forma de pensar as estratégias de negócio.

Principalmente quando falamos em experiência de compra, algumas tendências em evidência são: o atendimento imediato, maior fluidez entre o físico e digital e a baixa tolerância para atendimentos menos personalizados. O relatório CX Trends 2023, da Zendesk, traz aspectos interessantes sobre isso, pois mostra que 71% dos consumidores online têm a expectativa de uma experiência mais conversacional e natural, enquanto que

62% esperam que essa experiência se mantenha igual em todos os canais de vendas.

As automatizações seguem em destaque, como as soluções baseadas em inteligência artificial e o uso de machine learning para promover melhor previsibilidade e visibilidade total das entregas. Até aqui, nada de novo, afinal, já se sabe que a inteligência artificial tem desempenhado um papel importante como diferencial na experiência de compra dos consumidores, garantindo o melhor atendimento e uma postura mais proativa na resolução dos problemas. As decisões podem ser tomadas com mais agilidade e assertividade, e as falhas podem ser mais facilmente identificadas e tratadas de acordo com os valores do negócio.

A digitalização das operações logísticas colabora diretamente com a melhoria das

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experiências de compra para os consumidores, e isso é uma grande vantagem para as empresas varejistas, que podem otimizar as suas cadeias de suprimentos, melhorar a previsibilidade, agilizar os processos de despacho e envios, tudo com o apoio da inteligência artificial.

Além disso, a digitalização permitiu melhores integrações de sistemas de gestão e rastreamento em tempo real. Isso significa que as empresas podem monitorar suas entregas, com visibilidade total dos status dos pedidos, e assim fornecer informações precisas sobre o status das entregas aos consumidores.

Falando sobre as oportunidades que a IA pode criar dentro dos processos logísticos, a adoção de algoritmos avançados para otimizações de rotas tem trazido melhorias significativas no que diz respeito aos prazos de entregas. Critérios cada vez mais específicos, como tráfego, condições climáticas, restrições de trânsito e preferências de entrega do cliente, ajudam na promoção de entregas mais rápidas e eficientes, e com a vantagem da economia em combustível, reduzindo custos e impactos ambientais.

Levando isso em consideração, podemos entender a tecnologia como uma grande aliada no nivelamento da experiência de compra online, possibilitando a pequenos e médios varejistas promover entregas competitivas e alcançar uma operação logística eficiente.

É o que conhecemos como democratização

das entregas. Com a adoção de tecnologias de gestão logística baseadas em IA, as pe-

quenas e médias empresas agora têm acesso a soluções avançadas que antes eram exclusivas das grandes corporações. Fora isso, o consumidor é positivamente impactado, com opções de entregas mais flexíveis, como é o caso das entregas agendadas e expressas, que agregam conveniência e autonomia à jornada de compra dos consumidores do e-commerce e aumentam a satisfação do cliente.

Além da conveniência, as automatizações geram redução de custos de entrega e despesas operacionais, o que resulta em valores de frete mais competitivos e acessíveis aos consumidores. E, por último, a roteirização inteligente contribui para uma entrega mais sustentável, possibilitando às empresas reduzir as suas emissões de carbono e promover o comprometimento com a sustentabilidade.

A digitalização e o uso de tecnologias baseadas em IA estão impulsionando transformações significativas no setor de logística do e-commerce. À medida que a tecnologia evolui continuamente, podemos esperar ainda mais avanços na área da logística de e-commerce.

No caso das empresas de alta tecnologia dos setores de logística e e-commerce, é preciso focar no desenvolvimento e na oferta de serviços cada vez mais personalizados, traduzido em flexibilidade e interoperabilidade em todos os pontos da jornada. Com essas medidas, a logística no Brasil estará preparada para enfrentar os principais desafios das entregas do e-commerce.

Ross Saario iniciou e desenvolveu oito empresas em tecnologia, serviços, hotelaria e varejo, nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Possui um MBA do INSEAD, e bacharelado e mestrado em engenharia industrial pela Cornell University. Fundou e liderou a empresa de tecnologia de hotelaria para viagens de negócios Domicile e foi gerente geral da Amazon, onde administrou vários programas de entrega de última milha em todo o mundo, incluindo Amazon Lockers e pickup points. Originalmente do Alasca, Ross já viajou para mais de 80 países, morou na França, Peru e, mais recentemente, no Brasil, onde atualmente exerce o cargo de CEO da Intelipost, empresa líder em tecnologia para logística no Brasil.

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LITERATURA EM VÍDEO

Booktoker conta como o TikTok transformou a sua vida, tornando-o um dos mais influentes produtores de conteúdo da literatura nacional

Por Giuliano Gonçalves, da Redação do E-Commerce Brasil

Verdadeira febre na plataforma TikTok, o universo de booktokers (criadores de conteúdo literário) revolucionou a maneira como as pessoas se aproximam da literatura. Para dimensionar esse poder, a hashtag #booktokbrasil acumula impressionantes 15 bilhões de visualizações, movimento que já exerce uma influência significativa nos hábitos diários das pessoas. Grandes livrarias, por exemplo, já reconhecem a importância dos booktokers e dedicam sessões exclusivas aos livros que se tornaram sucesso na plataforma. A fim de entender a dinâmica desse fenômeno, batemos um papo com Patrick Torres, famoso booktoker piauiense que, aos 23 anos, cursa o último semestre de Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais.

Dono de uma voz calma e suave, Pat guarda uma simplicidade prá lá de aconchegante. Filho de uma professora e de um dono de bar (que era pedreiro), nasceu e criou-se no interior da caatinga piauiense, numa cidade de quatro mil habitantes - chamada Brejo do Piauí. Como ele diz, sua mãe sempre foi uma entusiasta da leitura por conta da profissão, o que o incentivou muito a ler.

Apesar da influência da mãe, a leitura só se tornou de fato um hábito em sua vida por volta dos seus 14, 15 anos, quando no ensino

médio foi para a capital do Piauí, Teresina, para estudar. Lá, conheceu alguns amigos que lhe apresentaram o universo literário dos adolescentes. “Aquela coisa de livros sobre sagas, romances...”, diz. E foi desde então que Pat se apaixonou pela leitura, que passou a fazer parte do seu cotidiano.

Primeiros passos para ser um booktoker

Pouco depois de se conectar com a literatura, Pat passou a entendê-la como uma forma de expressar a criatividade, que partia (e parte) dos autores, de quem escreve. “Eu enxergo a literatura como esse campo artístico, onde a criatividade dos sujeitos visita tanto a introspecção deles, dos que querem se comunicar, quanto a introspecção daqueles que querem receber ou estão aptos a receber essa comunicação”. Dessa forma, a literatura gerou um caminho de percepção da criatividade do outro - ou seja, passava por sua percepção, que gerava a sua criatividade de maneira simbiótica.

Não demorou muito para que uma vontade de produzir conteúdos nascesse dentro de Pat, ainda que sem saber muito bem o que produzir. Usuário do TikTok há algum tempo, ele percebeu que algumas pessoas produziam conteúdo literário fora do Brasil. “O booktok no Brasil não era tão forte assim

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nessa época, por isso não conhecia muitas pessoas que produziam conteúdos sobre livros no país”.

Por conta do isolamento social durante a pandemia de Covid-19, Pat passou a sentir falta do bate-papo sobre livros que tinha com os amigos de faculdade. “Fazíamos isso todos os meses presencialmente em nosso clube do livro, mas a pandemia meio que interrompeu a dinâmica”. Durante uma de suas angústias, decidiu ler 30 livros em abril daquele ano (2021). E foi aí que tudo começou… Sua ideia foi a seguinte: gravar um vídeo no TikTok, mandar para uma grande amiga sua (da época do clube do livro) e, assim que ela terminasse de assistir, o vídeo era excluído. E, dessa forma, ele iniciou a gravação dos vídeos…

Fofoca viralizada

Um certo dia, navegando nas recomendações do TikTok, ele viu uma moça americana contando o livro que ela tinha lido no formato de fofoca. “Ela começou a contar uma história muito curiosa, que me prendeu muito. Aí no final ela abria o jogo dizendo que se tratava de um livro e falava qual era. Na hora eu pensei: ‘Nossa, isso é incrível!’. O melhor era: não conhecia ninguém que fizesse aquilo por aqui”.

Pat então aproveitou a oportunidade de criar vídeos nesse formato, ainda seguindo o esquema de enviar para a amiga, que assistia, dava uma devolutiva, e ele apagava logo em seguida. Foi então que, em uma dessas dinâmicas, ele encaminhou um vídeo falando sobre o Memórias Póstumas de Brás Cubas e o outro sobre Dom Casmurro, livros que ele tinha começado a ler há pouco tempo.

Por algum motivo, sua amiga demorou um pouco para assistir e retornar sua opinião, e os vídeos ficaram lá por alguns dias. “Um tempo depois, fui olhar se ela tinha respon-

dido e me deparei com os vídeos viralizando… 100 mil, 200 mil, um milhão de visualizações! Em uma semana, eu tinha mais de 100 mil seguidores, e assim, totalmente de maneira orgânica e despretensiosa, o meu trabalho como booktoker nasceu”.

Enfim, um booktoker!

Se no início Pat nem sonhava em ser um booktoker, hoje ele já afirma que o TikTok é como a sua casa. Para ele, é um local onde se sente muito acolhido e, acima de tudo, respeitado enquanto produtor de conteúdo e literatura. “Percebo que todo mundo que trabalha com produção de conteúdo literário sente o mesmo. O TikTok é uma rede que, felizmente, promove a acessibilidade à cultura e valoriza demais quem produz conteúdo pensando em cultura, em arte”. Por se encaixar nesse grupo e se sentir bem-vindo, Pat admite que se sente muito feliz e à vontade para criar e inventar ainda mais coisas.

Para ele, o fato de o TikTok se mostrar tão aberto a conteúdos de história e literatura é uma das coisas que o deixa mais feliz de ser um booktoker. “Por isso eu tenho muito orgulho de fazer parte. Posso dizer que é um dos motivos pelos quais demorei para ir ao Instagram, outra rede em que eu também posto conteúdo há cerca de seis meses”.

Apesar de todo o acolhimento que a plataforma lhe traz, Pat admite que vez ou outra passa por algumas questões de crise de identidade. “Vez ou outra bate aquela síndrome do impostor, que acredito ser natural para quem trabalha com conteúdo para internet. Ainda assim, sempre me sinto acolhido pela plataforma do TikTok e pelas pessoas da comunidade do booktok”.

Curadoria literária dos vídeos

Quem acompanha Pat nas explanações literárias muito provavelmente é fã da li-

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teratura clássica brasileira. Afinal, esse é o gênero preferido do artista (que garante não se limitar apenas a ele). “Tudo aquilo que me cativa me gera vontade de produzir conteúdo. Todo livro que eu leio, de fantasia a não ficção, que me desperta interesse, eu tenho vontade de compartilhar, de falar dele na internet”.

Ainda assim, Pat admite que o que mais gosta é a literatura clássica brasileira. “Sou um grande fã do Machado de Assis. Eu tenho um podcast chamado ‘Nas horas vagas Machado de Assis’, no Spotify. Lá eu leio contos do Machado de Assis de graça, para quem quiser ouvir. Inclusive, o TikTok foi uma baita ferramenta de divulgação do podcast, que hoje conta com mais de 12 mil seguidores”.

Ele também ressalta que adora fazer um debate mais aprofundado sobre a literatura brasileira, trazendo vídeos longos, “mais cabeça”, com um conteúdo mais sério. “Eu me envolvo muito nesse aprofundamento do debate na esfera filosófica e histórica. Também gosto muito de trazer curiosidades sobre autores nacionais. Acho que essa é minha preferência”.

Falando dos vídeos

Um dos principais objetivos do influenciador é contribuir para a valorização da cultura e da literatura nacional. Segundo ele, seu prazer está em observar as pessoas percebendo que o seu trabalho é intencional, de valorização e de reconhecimento da arte brasileira como algo de muito brilho. “Gosto muito de como as pessoas percebem que o meu trabalho envolve a valorização da cultura brasileira, e gosto mais ainda quando elas se envolvem nesse aspecto da valorização do debate e da discussão do tema”.

Isso só é possível porque Pat entende a potência artística gigantesca que é o Brasil. “Temos nomes incríveis que já fizeram história,

que estão fazendo história e que vão fazer história na literatura e em todos os campos das artes. Acho incrível que existam pessoas na internet e em muitos outros espaços para comentar e dividir um momento sobre isso”, comenta.

O público do canal, segundo ele, engloba professores comentando que levarão o conteúdo para a sala de aula, alunos falando que estão estudando o tema e pessoas dizendo que começaram a gostar mais e a se cativar pela literatura brasileira depois de verem os vídeos. “Eu sei que até determinado ponto a literatura brasileira vai para um campo muito academicista, no qual as pessoas leem muito mais por obrigação na escola”. Apesar disso, ele não acha essa imposição de todo ruim, uma vez que é uma forma de conhecer e aprender sobre cultura e história nacional.

O interessante, sobretudo, é saber que muitos dos seguidores dizem que os vídeos de Pat “quebram” de certa forma o preconceito de parte do academicismo que envolve a literatura brasileira em determinado momento da vida, sobretudo na escola. “Fico muito feliz quando as pessoas me contam que tinham muita dificuldade em ler Machado de Assis, mas o podcast quebrou essa barreira. Ou ainda que tinham muita dificuldade com literatura nacional, mas que os vídeos a explicam de um jeito mais divertido, mais tranquilo. É o tipo de coisa que eu mais vejo e que mais gosto”.

Por dentro dos bastidores

Muito raramente Pat lê conteúdo a pedidos, mesmo porque a correria entre a faculdade e o trabalho no TikTok toma muito tempo do seu dia - e, quando tem tempo para ler, dá preferência aos conteúdos que gosta de ver de forma espontânea. “Os conteúdos mais longos, com foco na questão educativa, é o que me move nos trabalhos. Gosto mais dessa pegada, porque é algo que eu consumiria.

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Não é uma preocupação saber se o conteúdo atingiria meu público potencialmente ou não. Eu meio que sou meu termômetro, e já faço naturalmente os conteúdos que eu adoraria consumir”.

Além dos vídeos orgânicos, Pat diz que a parceria com editoras é essencial ao seu desenvolvimento. Isso porque as empresas já reconhecem o papel do booktok no Brasil enquanto veículo de divulgação de publicidade literária. “Elas enviam livros para fazermos leitura, entram em contato quando há lançamentos, nos procuram como meio de publicidade. Por consequência, nos tornamos um meio de comunicação para o consumidor”.

O vínculo com as editoras, segundo Pat, é o meio principal para mover financeiramente os booktokers. “É muito bom saber que elas (editoras) abrem as portas para essa nova geração. Antes havia uma abordagem mais conservadora nesse meio, e dificilmente produtores de conteúdo literário entre 17 e 20 e poucos anos teriam espaço. Isso permite renovar os rostos que fazem parte desse mercado, abrindo novos caminhos. Produzimos os conteúdos com muito amor, pois é justamente o que a gente gosta de fazer”.

Os mais curtidos

Os conteúdos de maior alcance, de acordo com Pat, foram os do início de seu trabalho, quando ainda tinham o formato de “fofoca literária” - o que se tornou uma febre muito importante na época. “Como falei lá atrás, eram histórias contadas como fofoca que, no final, diziam de qual livro se tratava. Na época, isso me rendeu vídeos com 5 milhões de visualizações, além de muitas curtidas. O motivo, em minha opinião, é justamente a descontração com que a literatura foi levada à mão dessas pessoas”.

Ainda assim, ele conta que esse tipo de conteúdo (fofoca) chegou também a pessoas que não eram necessariamente leitoras. “Era um pessoal que gostava de ver vídeos, mas não um potencial leitor. Tem gente que não gosta de ler, e tá tudo bem. Mas é importante diferenciar esse tipo de conteúdo daqueles que são específicos para um nicho literário. Por isso, eu particularmente gosto mais quando os vídeos mais ‘cabeça’, de quatro/ cinco minutos, alcançam bastante gente. Conteúdos, por exemplo, sobre o Ariano Suassuna, os movimentos literários brasileiros, entre outros”.

Sobre a receita para o engajamento, a indicação é que o conteúdo seja o menos parecido com uma aula. “Quanto mais descontraído e de simples consumo for, mais as pessoas vão se envolver. Todo mundo está um pouco saturado da ideia de consumir literatura como um fardo, e o TikTok permite que ela seja produzida, consumida e distribuída de forma mais descontraída. Hoje eu percebo que a literatura combinada com o humor tem chegado cada vez mais longe”.

Colhendo os louros como booktoker

O TikTok e o booktok, segundo Pat, mudaram a sua vida, definitivamente. E isso ocorreu principalmente do ponto de vista artístico: “Qualquer angústia artística que eu tenha, tento expressá-la, para o bem ou para o mal, no TikTok. E o melhor: elas viram conteúdo! Eu sempre quis escrever sobre tudo, por admirar muitos escritores nacionais. Saber que os trabalhos deles superaram gerações, tornando-se atemporais, carnais, viscerais… Me estimulou muito a ser parte e de criar algo do ponto de vista literário. E o TikTok abriu as portas para que eu começasse a ser reconhecido como um potencial escritor”.

Foi o TikTok que também lhe mudou a vida do ponto de vista financeiro: “Sou filho de uma família muito humilde, de uma cida-

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de pequena no interior do Piauí. O que eu sempre busquei foi percorrer o caminho da ascensão social, junto com a minha mãe, meu pai, minha avó, meus tios… Todos acreditam muito no potencial que o meu envolvimento com a educação tem de transformar as nossas vidas, de toda a nossa geração. Minha graduação, portanto, seria a ponte para essa mudança financeira, que encerraria a questão de não ter acesso às coisas devido à falta de dinheiro”.

Foi com esse pensamento, inclusive, que Pat optou por cursar medicina, ramo que valoriza mais os profissionais no mercado de trabalho. Mas tudo isso teve um custo, pois ele precisou morar fora e, consequentemente, sobrecarregou o orçamento dos pais enquanto ainda não trabalhava. “Eu sabia que aquilo os sobrecarregaria financeiramente, mas também sabia que eram ossos do ofício, um processo da ascensão social que fazia parte da busca pela oportunidade de trabalho”.

Com a entrada do TikTok, oportunidades de ganhar dinheiro com o trabalho surgiram, e não demorou para que Pat se tornasse um adulto independente, que consegue ajudar em casa a partir do trabalho na internet. “Todo aquele peso que eu carregava para mudar o cenário social foi aliviado a partir do meu trabalho no TikTok”. Além da melhora financeira, Pat lembra que foi uma virada de chave em relação ao acesso a diversos meios de repertório artístico. Se antes ele não tinha condição de ir a um show de um artista que gostava, ver uma peça de teatro que queria muito ou comprar livros, isso agora já não era mais um problema.

O que vem por aí

Quando perguntado sobre o futuro próximo, Pat se vê como um escritor brasileiro reconhecido no cenário nacional. “Espero daqui a cinco anos já ter publicado pelo

menos uns três livros e, se tudo der certo, já estar consolidado no mercado. Minha meta é escrever até o fim da minha vida, pois a escrita, por todos os motivos que disse até aqui, é o meu lugar de existência para além de outra coisa”.

Seu primeiro livro (O cozer das pedras, o roer dos ossos), inclusive, será lançado pela editora Astral neste segundo semestre. “Trata-se de um drama familiar e estou bem empolgado com o lançamento. Estou muito feliz por finalmente poder me expressar nesse campo artístico que me despertou muito interesse”.

Sobre continuar na recomendação de livros, ele diz que não pretende parar, seja no TikTok, no Instagram ou em qualquer outra ferramenta que gere essa possibilidade. “É o que eu amo fazer. Eu adoro falar sobre literatura e gosto de pensar que daqui a muito tempo ainda esteja envolvido com isso, pois é algo que realmente me faz muito feliz”. Para assistir às aulas de literatura, acesse tiktok. com/@patzzic e instagram.com/patzzic/.

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PERSONALIZAÇÃO E FLEXIBILIDADE NA LOGÍSTICA DO FUTURO: REINVENTANDO A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE

Alogística é peça-chave no mundo do mercado digital. No entanto, à medida que avançamos para o futuro, a personalização desses serviços emerge como uma poderosa ferramenta para atender às demandas cada vez mais exigentes dos consumidores. Neste artigo, mergulharemos na evolução da logística para atender a essas demandas por personalização em massa, proporcionando uma experiência única e memorável para cada cliente.

O papel da personalização na experiência do cliente

A personalização se tornou um diferencial crucial no mercado digital, pois os consumidores desejam produtos e serviços adaptados às suas necessidades individuais. Nesse sentido, a logística desempenha um papel fundamental na entrega de uma experiência personalizada. Desde a customização de produtos até a embalagem e a entrega

no prazo desejado, cada etapa da cadeia logística deve ser cuidadosamente planejada e executada para atender às expectativas do cliente.

Essa flexibilidade em se encaixar de acordo com as necessidades dos clientes contribui para um vínculo emocional, aumentando a fidelidade e impulsionando a recompra. Portanto, profissionais de e-commerce devem se esforçar para integrar a personalização em todas as etapas logísticas, desde o recebimento do pedido até a entrega final, proporcionando uma experiência única e memorável.

Tendências tecnológicas impulsionando a personalização na logística

O avanço da inteligência artificial, aprendizado de máquina e análise de dados está impulsionando a personalização em massa na logística. Essas tecnologias permitem que

BERNARDO FRAGA

Redator publicitário na Enivix by Platinum Log

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as empresas coletem e analisem grandes volumes de dados, obtendo insights valiosos sobre as preferências individuais dos clientes. Algoritmos de recomendação são utilizados para sugerir produtos relevantes, enquanto que a automação de processos logísticos possibilita uma execução mais rápida e precisa. Além disso, a internet das coisas (IoT) e a rastreabilidade em tempo real e customizada com a identidade do cliente permitem monitorar o status das remessas e fornecer atualizações em tempo real aos clientes. A combinação dessas tecnologias oferece uma experiência personalizada, garantindo a satisfação do cliente e a eficiência operacional.

À medida que a tecnologia continua a evoluir, novas oportunidades surgem para aprimorar ainda mais a personalização na logística, levando a experiência do cliente a um nível superior.

Ouvindo o consumidor final: uma visão ampla para otimização de serviços e experiências

Um dos pilares da logística do futuro é a escuta ativa do consumidor final. Ao ouvir os problemas e os desafios enfrentados pelos clientes, as empresas podem obter uma visão mais ampla e profunda de suas necessidades. Segundo a diretora comercial da Enivix, Carina Oliveira, "um tracking personalizado ajuda na associação e identificação do cliente, com a loja ou marca que comprou". Muitos clientes enfrentam dificuldades quando recebem notificações de tracking de várias transportadoras desconhecidas, o que acaba aumentando a quantidade de contatos no SAC em relação a recusas de produtos.

A executiva destaca ainda que a possibilidade de acompanhar todo o processo de entrega é um grande diferencial no mercado atual. "Hoje, o cliente final quer ter a opção de olhar onde está o pedido, desde a chegada ao operador logístico até o momento em que chega à sua casa", afirma. Essa transparência e controle sobre a localização do produto geram confiança e engajamento por parte do cliente, resultando em maior satisfação e fidelidade à marca.

A logística do futuro e a abordagem tradicional

Enquanto nos concentramos nas inovações e nas tendências da logística, é importante reconhecer que não podemos nos distanciar completamente dos princípios tradicionais. A eficiência operacional, o gerenciamento de estoque e a otimização da cadeia de suprimentos continuam sendo elementos cruciais. A diferença está na maneira como esses princípios são aplicados e adaptados para atender às necessidades personalizadas de cada cliente. A logística do futuro não se trata de abandonar o que funciona, mas de aprimorar esses conceitos com soluções inovadoras que coloquem o cliente no centro das operações.

A personalização e a flexibilidade logística do futuro não são apenas tendências, mas necessidades para acompanhar as expectativas dos consumidores. Por meio do uso de tecnologias avançadas, otimização da cadeia de suprimentos e aprendizado com exemplos de sucesso, é possível alcançar resultados excepcionais.

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Bernardo Fraga é redator publicitário na Enivix by Platinum Log, com oito anos de atuação no mercado de marketing e publicidade. Nos últimos três anos, tem se destacado em estratégias voltadas para o mercado de logística e comércio exterior, graças à sua habilidade em entender as necessidades específicas do setor e desenvolver campanhas de sucesso.

VAREJO INTELIGENTE: O QUE TEM POTENCIALIZADO O CRESCIMENTO DESSA INDÚSTRIA?

Aindústria de varejo passou por uma transformação significativa nos últimos anos não só no Brasil, mas em todo o mundo. Impulsionada pela evolução tanto da tecnologia como das preferências dos consumidores, essa mudança tem sido impulsionada por três principais tendências: micropagamentos, personalização e uso mais inteligente dos dados.

Os micropagamentos estão ganhando destaque como uma forma conveniente e eficiente de realizar transações financeiras em pequenas quantias. Com o avanço das soluções de pagamento digital, como carteiras eletrônicas e aplicativos móveis, os consumidores têm agora a opção de pagar por produtos e serviços em incrementos menores, eliminando a necessidade de lidar com dinheiro físico ou cartões de crédito. Isso permite uma experiência de compra mais rápida e segura, além de oferecer maior controle sobre os gastos.

A personalização das experiências de compra também se tornou uma prioridade para os varejistas, pois os consumidores estão à procura de jornadas de compra mais personalizadas, que atendam às suas preferências individuais. A tecnologia desempenha um papel fundamental nessa área, possibilitando que os varejistas coletem e analisem dados para entender melhor o comportamento do cliente e forneçam recomendações e ofertas diferenciadas. Isso pode ser feito via uma análise do histórico de compras, produtos favoritos, interações em redes sociais e outras fontes de informações. Ao entender as necessidades e os desejos individuais de seus clientes, empresas varejistas podem criar promoções direcionadas, aumentar a satisfação de seus públicos de interesse e impulsionar as vendas.

O uso mais inteligente dos dados é outro aspecto essencial da transformação da indústria de varejo. Com a quantidade crescente

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da
UOL
FERREIRA CTO
Compass

de dados disponíveis, os varejistas têm a chance de obter insights valiosos sobre seus clientes e os respectivos comportamentos de consumo. Por meio da análise de dados, é possível identificar padrões e tendências emergentes e prever demandas futuras. Isso viabiliza que as organizações tomem decisões mais informadas em relação a estoque,

dos dados pessoais e a permissão do uso dos dados.

A indústria do varejo está remodelando a forma como se posiciona no mercado e se relaciona com aqueles que efetuam suas compras. A conveniência dos micropagamentos aliada à personalização das expe-

marketing e estratégias de precificação. Os dados também podem ser utilizados para aprimorar a eficiência operacional, otimizando a cadeia de suprimentos, reduzindo custos e minimizando o desperdício.

É importante ressaltar, contudo, que o uso dos dados deve ser feito de forma ética e transparente. A proteção da privacidade dos consumidores é fundamental, e os varejistas devem adotar práticas responsáveis de gerenciamento dessas informações, garantindo a segurança, a confidencialidade

riências de compra e ao uso inteligente dos dados são elementos que vieram para ficar justamente por oferecerem benefícios tanto para varejistas quanto para pessoas físicas. Desse modo, cabe às empresas e aos outros segmentos se adaptarem o quanto antes para não ficarem para trás e usufruírem das novas funcionalidades em um horizonte repleto de oportunidades.

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Cleyton Ferreira é formado em Ciência da Computação pela UFMG e com MBA-TI na USP. É CTO da Compass UOL e gerente de equipe de sistema, rede de telecomunicações e de sistema e administração de banco de dados.

O QUE APRENDEMOS SOBRE O E-COMMERCE BRASILEIRO AO CONHECER O E-COMMERCE DE OUTROS PAÍSES?

Durante o Congresso de Indústria Digital deste ano, a GfK apresentou sua visão sobre o status atual do e-commerce brasileiro. O objetivo foi entender como nos comparamos com outros mercados mundiais, como Rússia, Grã-Bretanha e Espanha, para que, através dessa comparação, pudéssemos gerar um novo ponto de vista sobre as oportunidades e os desafios que ainda se prestam para os varejistas brasileiros. Este texto busca sintetizar os aprendizados e gerar algumas ações concretas e muitas reflexões.

A evolução do crescimento e da importância das vendas online

Como em qualquer avaliação sobre o e-commerce, começarei falando sobre crescimento e utilizarei os dados de eletroeletrônicos como referência, pois é um mercado bastante relevante para o setor, mas que enfrentou desafios de crescimento nos últimos dois anos, já que as pessoas voltaram às suas vidas “externas” e os gastos com o lar se reduziram.

No entanto, é interessante observar que em 2022 o Brasil ainda apresentou estabilidade no volume de unidades vendidas, com 4% de crescimento quando se fala de moeda constante (nesse caso, reais). A Rússia, com o início da guerra e as preocupações logísticas

(“sair na rua” para comprar), apresentou um crescimento em unidades de 11% e de valor de 8%. Já a Grã-Bretanha, um dos mercados mais desenvolvidos do ocidente, caiu 7% em unidades e 19% em valor, e a Espanha apresentou tendência semelhante, ainda que suavizada, com uma queda de 1% em volume e de 12% em moeda.

Podemos aprender que não há uma clara direção em termos de crescimento, mas que o e-commerce brasileiro segue positivo em relação aos outros países, mesmo que pese a redução no ritmo do crescimento. Esse talvez seja um novo patamar com o qual os empresários do setor precisam aprender a conviver, já que implica uma forma de gestão muito diferente da “pp” (pré-pandemia) e da “dp” (durante a pandemia), em que o crescimento acelerado deixa de mascarar eficiências operacionais e a gestão das despesas é mais relevante.

A segunda análise importante para entender o potencial do e-commerce é conhecer quanto das vendas já é feita de maneira online. Novamente, um destaque para o Brasil, que em 2019 apresentava uma participação de 23% das vendas online, passa para 46% em 2021 e se mantém em 48% das vendas das unidades em 2022. A Rússia apresenta tendência semelhante, tendo saído de 19% em 2019, saltando para 33% em 2021

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//TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

Atuou em empresas de bens de consumo, como Phillip Morris, Mondelez e Unilever, no Brasil, Chile e México, até a posição de Diretor de Marketing. Em consultorias de data analytics, como a GfK, vem liderando empresas e unidades de negócio desde 2008, especializando-se em realizar processos de turnaround comercial, operacional e financeiro, bem como integração de empresas adquiridas. Felipe é membro do YPO (Young Presidents Organization) desde 2014 e atua em Conselhos de Empresas e Associações, além de palestrante frequente em eventos de tecnologia, varejo e comércio eletrônico, sendo investidor de startups nesses segmentos.

e aumentando ainda mais em 2022, para 42%. No caso da Espanha, o salto foi bem mais modesto, saindo de 18% em 2019 para 25% em 2021, e daí não cresceu mais. Mas a Grã-Bretanha preocupa, já que as vendas partiram de 30% em 2019, alcançaram 37% em 2021, mas baixaram cinco pontos em 2022, chegando a 32% (quase retornando à base anterior).

Fica claro, com essa informação, que apostar em um crescimento adicional ou muito acelerado do e-commerce no Brasil não é um pensamento razoável. Por essa razão, é necessário um plano de crescimento muito mais estratégico, que leve em conta portfólio de categorias, marcas, faixas de preço e outros elementos do chamado mix de produtos.

Explorando o mix de produtos e os canais dentro do online

Como exemplo, para eletroeletrônicos de consumo, o grande crescimento global de 2022 versus 2019 foi dos pequenos eletrodomésticos, chamados no Brasil de “portáteis”. Eles representaram 26% das vendas, em unidades, de todos os eletroeletrônicos no canal online, para os quatro países somados, em 2022. Esse percentual em 2019 era de apenas 19%, portanto sete pontos de crescimento em quatro anos. O segundo destaque em termos de crescimento foi o segmento de “telecom”, que inclui os celulares, e que passou de 26% em 2019 para 28% das vendas no canal online em 2022. A grande queda, a nível global, se deu pelo segmento de “IT/ Office”, que inclui computadores e impressoras. Em 2019, esse segmento representou 35% das vendas online, caindo para 27% em 2022.

No Brasil, alguns movimentos são semelhantes, como o crescimento dos portáteis, que

representavam 27% das vendas em unidades do canal online em 2019 e passaram para 31% em 2022. No entanto, para computadores e impressoras, a tendência é invertida: em 2019, apenas 10% das vendas eram desse segmento, percentual que subiu para 14% em 2022.

Outro elemento de comparação interessante está entre os grandes eletrodomésticos, também chamados de linha branca. A venda online desse segmento é baixa na Rússia (9% do total das vendas em unidades), na Grã-Bretanha e na Espanha (7% do total das vendas em volume), porém no Brasil é o terceiro segmento mais vendido, com 16% das vendas do canal, mas tem sido ignorado por alguns varejos e até indústrias, já que “geladeira não se vende online”.

Ao se analisar portfólio, fica claro que os dados muitas vezes contradizem o conhecimento popular, em especial após a enorme mudança de hábitos provocada pela pandemia. Uma análise histórica do seu mix, e idealmente uma troca de informações com a indústria ou mesmo com auditores independentes, pode gerar oportunidades relevantes de vendas para você.

Dou outro exemplo, que é a interessante discussão sobre 1P e 3P, ou mesmo a complementaridade de canais. No Brasil e na Rússia, a venda 3P de eletroeletrônicos já representa mais do que as vendas dos “pure players” e até das lojas físicas. Quando somamos ambos os países, a venda via marketplace cresceu impressionantes 44% em 2022.

Pensando apenas no Brasil, 32% das vendas online das grandes redes nacionais foram feitas no 3P, enquanto que, para as redes regionais e locais, esse percentual foi de 26%. Quando combinamos categoria e canais,

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encontramos oportunidades ainda mais interessantes. O segmento de telecom teve um desempenho ruim em 2022 no Brasil, mas a venda 3P nas redes nacionais cresceu 56% e, nas regionais, assustadores 203%. Computadores e impressoras tiveram 86% de crescimento em 2022 nas redes nacionais e 228% nas regionais. Incrível o poder da análise dos dados, certo?

O posicionamento da jornada de compra online na cabeça do comprador

É um fato que os potenciais compradores estão mais receosos em gastar, especialmente naqueles produtos de valor mais alto, em que provavelmente terão que usar algum tipo de “crédito” de médio ou longo prazo (eletrodomésticos, carros, imóveis). A tendência natural é postergar a compra, e os estudos da GfK demonstram que o percentual de pessoas que disseram que iriam efetivamente esperar para fazer alguma compra passou de 54% em 2020 para 62% em 2022. Na Espanha, foi de 37% para 45%, na Grã-Bretanha de 27% para 40% e, na Rússia, maior diferença em função do momento da guerra: de 35% para 50%.

Observem que o percentual do Brasil é 12 pontos maior do que o da Rússia e que quase dois terços dos entrevistados disseram que irão esperar para comprar. E essa situação é muito similar quando perguntamos os fatores para comprar online: 63% dos brasileiros disseram que era para economizar, enquanto apenas 46% dos russos, 44% dos espanhóis e 41% da Grã-Bretanha. A isso se complementa que 50% dos brasileiros com acesso online pesquisaram em sites de preço em 2022, contra uma média global de 36%.

Fica claro que a adoção do brasileiro pelo online tem um fator econômico claro associado, porém temos que relembrar que essa percepção foi criada pelos próprios varejistas do e-commerce, desde o início.

O que ocorre é que o marketplace reforça essa posição, já que no Brasil o número de itens ofertados no 3P é muito maior do que no 1P e os preços são muito menores. E o problema aumenta... o NPS pós-venda dos marketplaces tradicionais - Amazon e Mercado Livre - é maior do que a média dos e-commerces e das lojas físicas. Oferecemos um paraíso para compradores sedentos por um bom negócio, mas um inferno para empresários que precisam rentabilizar os seus negócios.

Outra informação que chama atenção é que, ao perguntar aos brasileiros quais os direcionadores de compra para cada canal, offline ou online, 20% disseram ser a gama de produtos ofertadas no online, enquanto que 23% declararam o mesmo para o offline! Ou seja, estamos com muito mais produtos e mais custos de administração, mas isso não está sendo reconhecido como uma vantagem em relação ao offline.

Outro elemento interessante do estudo da GfK é que a utilização do online para a fase de pesquisa da jornada de compra atingiu 70% no Brasil, similar à Rússia, com 66%, e muito maior do que a Espanha, com 57%. O tempo médio gasto seguiu tendência similar, com brasileiros e russos próximos a duas horas e meia, enquanto que os espanhóis ficaram próximos a duas horas e 15 minutos.

Todos esses dados reforçam o quanto o brasileiro se encantou pela possibilidade de se informar no online, buscando sempre a “melhor compra”. Vai ser muito difícil mudar esse hábito. Portanto, a estratégia é interromper essa jornada o quanto antes, entregando elementos que façam a potencial compradora “deixar de comparar” e comprar com você. Estudar um pouco sobre os famosos “nudges” (empurrõezinhos) da ciência comportamental pode ajudar a gerar ideias.

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Os celulares como centro de diversão, informação e compra

Não é surpresa para você que o brasileiro é apaixonado por seu celular, mas vou dar alguns dados que me impressionaram. O primeiro é que quando perguntados sobre qual seria o último produto de que abririam mão, se fosse necessário, 45% dos brasileiros declararam o celular, contra 32% dos bretões, 29% dos ibéricos e 27% dos russos. O segundo produto do qual os brasileiros abririam mão por último seriam os videogames, mas tiveram apenas 14% das menções.

Igualmente sabemos que os brasileiros adoram uma mídia social, mas impressiona saber que 86% se declararam usuários muito frequentes delas, contra 68% na Espanha, 65% na Rússia e 62% na Grã-Bretanha. Nessa mesma linha, 30% dos brasileiros buscaram informações nas redes sociais durante a jornada de compra em 2022, vs apenas 19% na média global. O YouTube foi usado por 71% desses brasileiros, e o Instagram por 53%, mas talvez te surpreenda que o Facebook ainda foi usado por 50% dos que procuram informação, enquanto que o TikTok teve apenas 10%

Já em relação à compra, em 2021 perguntamos se os celulares eram os dispositivos mais importantes para a compra, e 68% dos brasileiros estiveram de acordo, contra 51% dos russos, 46% dos espanhóis e 45% dos ingleses. Brasil e Rússia também tiveram percentuais significativamente maiores do que seus colegas em relação ao uso de apps de compras.

Fica claro que, para “interromper” a jornada, estratégias mobile serão fundamentais, porém há que se tomar muito cuidado com a segurança no processo, já que 79% dos brasileiros com acesso online se preocupam com a segurança em seu processo de compra, contra 62% da média global. Vive-

mos ainda outro dilema, porque precisamos encontrar formas de sermos relevantes para o comprador brasileiro, mas sem que ele se sinta invadido. Entre 2021 e 2022, todos os indicadores de “propensão a entregar dados” para as empresas caíram em nossos estudos.

Em resumo, a tão esperada rentabilidade não virá sem muito esforço

Sim, somos um país de compra online, quando comparado a diversos países no mundo, porém ensinamos que essa é uma oportunidade de comprar barato, através de muita oportunidade de pesquisa e comparação.

O problema é que, com a redução na taxa de crescimento das vendas e o aumento nos custos de mídias digitais, as margens seguirão apertadas se não houver mudanças importantes de estratégia na atividade central (compra e venda de produtos). Uma melhor escolha de mix de produtos (categorias, marcas e SKUs) e uma precificação mais “científica” são necessidades imediatas.

Por outro lado, a criação e a manutenção de comunidades de potenciais compradores, bem como a oferta de serviços agregados, e até a venda de espaços de mídia para fabricantes parecem ser fórmulas ganhadoras para melhoria de margem, ainda que agreguem complexidade adicional para o empresário do e-commerce.

Acredito que há espaço para melhorias rápidas com base no cenário apresentado no texto, mas tenho certeza absoluta de que os empresários do e-commerce precisarão se reinventar e redesenhar suas estratégias, processos e, talvez, suas equipes. Em minha visão, poucos setores da economia estão sendo tão afetados, e recomendo que estudem o termo “organização caórdica”, pois parece definir muito bem o desafio em que nos encontramos hoje.

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CDP: SAIBA MAIS SOBRE ESSA TENDÊNCIA DE CRM EM GRANDES EMPRESAS

Omundo das tecnologias para empresas está mudando cada vez mais rápido. Quando colocamos nossa atenção na área de CRM, as ferramentas de acionamento de clientes precisaram evoluir e se adaptar para atender às expectativas em um cenário cada vez mais complexo. Primeiro, as empresas estruturaram seus dados em diferentes sistemas (silos de difícil integração). Somado a isso, bases de clientes cada vez maiores, arquiteturas de dados mais complexas e a necessidade latente de enxergar a jornada completa do cliente (on e off) têm tirado o sono dos profissionais dessa área.

Uma das possíveis soluções está sendo endereçada através da configuração de um Customer Data Platform (CDP). Mas dúvidas podem surgir no caminho: o que é exatamente um CDP? Será que meu cenário realmente exige essa solução? Como ela pode me beneficiar?

O que é um CDP?

É uma plataforma de gerenciamento de dados que coleta, integra e gerencia dados de

clientes de várias fontes em um único local. Isso pode incluir dados de interações de clientes em canais (on e off), histórico de compras, comportamento de navegação, entre outros. Listo abaixo cinco benefícios que o CDP pode trazer.

Visão completa e centralizada do cliente

As empresas podem coletar e analisar dados de várias fontes, permitindo uma visão completa e centralizada do cliente. Isso abre um caminho enorme para profissionais de marketing e CRM tirarem insights e criarem ações que permitirão uma personalização mais precisa de experiências de compra e comunicação. É nessa facilidade e autonomia de visualizações e segmentações que o CDP se diferencia de outras soluções de dados, como um datalake ou um datawarehouse.

Maior eficiência de marketing e CRM

É possível segmentar seus clientes com base em vários fatores, incluindo histórico de compras, comportamento de navegação, localização geográfica e muito mais. Essa segmentação mais refinada, em resumo,

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pode levar a campanhas de marketing mais eficazes, resultando em taxas de conversão e ROI mais altos. Como exemplo, com a implementação de CDP para um varejo, é possível construir cálculos de leadscore e productscore, ajudando a entender potenciais clientes e padrões de comportamento de compra.

Além disso, o CDP permite que as empresas possam automatizar campanhas de marketing com base em informações quase em tempo real. Isso pode ajudar a otimizar os esforços de marketing, economizando tempo e recursos valiosos. É uma enorme evolução no formato de trabalho, já que as ações se tornam escaláveis e automatizadas. É o nível mais avançado de atuação de um time de CRM, dedicando mais tempo definindo estratégia e otimizando do que montando e executando.

Redução de erros e de duplicação de dados

Uma das principais vantagens do CDP é a visão única do cliente. Através do ID único do cliente, as empresas podem eliminar silos de dados e ter uma fonte única de verdade para as informações dele. Isso reduz a possibilidade de erros e de duplicação de dados (que muitas vezes geram custos das plataformas), tornando o processo de gerenciamento de dados muito mais eficiente.

Costumamos dizer que o CDP exige organização e maturidade da empresa, já que ele demanda que todos olhem para o mesmo identificador único definido e padroniza formatos de trabalho.

Maior conformidade regulatória

O CDP ajuda as empresas a se manterem em conformidade com as leis de proteção de dados. Ele fornece uma visão clara dos dados do cliente e permite que as empresas gerenciem e excluam informações pessoais conforme necessário, inclusive do lado de quem manipula os dados dos clientes.

Implementação de CDP

Por fim, como uma dica extra, vou colocar dois cuidados que são importantes para que um projeto de implementação de CDP tenha sucesso:

1) Definição de objetivos, expectativas, metas e limites para sua implementação: é comum ver projetos que são descontinuados ou líderes questionando o alto investimento de um projeto de CDP. A sugestão aqui é definir KPIs que serão acompanhados antes e depois da implementação do projeto, como agilidade de processamento de dados, número de segmentações e clusters da base e até ROI de comunicações segmentadas.

2) Entender as fortalezas e as fraquezas da solução contratada ou desenvolvida: hoje, no mercado, há diversas opções muito robustas e sempre atualizadas (Salesforce, Oracle, Adobe, IBM etc). Por isso, é fundamental a conversa com as diferentes alternativas e a construção de uma matriz de prós e contras antes de escolher a solução ideal para o seu negócio.

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João Pedro Cavassola formado em Administração pela UFRGS, tem mais de dez anos de experiência nas áreas de e-commerce, transformação digital e CRM, trabalhando em empresas como Renner, Arezzo&Co e Whirpool

DE VOLTA PARA O FUTURO

O passado está chegando: além de tendência, o vintage virou necessidade para as novas gerações e, aparentemente, veio para ficar

De volta para o futuro é um filme norte-americano de 1985 que virou febre por popularizar as viagens no tempo. O filme, aliás, a trilogia (saga concluída em 1990), estrelada por Michael J. Fox, conta a história de Marty McFly, um adolescente que, bem resumidamente, passeia para lá e para cá tentando resolver uma série de problemas… bom, você já assistiu, não é mesmo? O ponto é que hoje o filme é considerado um clássico, uma referência vintage. E o vintage está na moda de novo.

Os itens vintage estão por todos os lados. A própria palavra vintage, inclusive, serve para explicar algo que deveria ser chamado de antigo ou velho, mas, devido ao apelo popular, vira sonho de consumo. Pode ser uma vitrola para os amantes de vinil, uma câmera para quem prefere fotografias analógicas, ou até um carro que saiu de linha

há muitos anos, mas ainda tem apelo para os colecionadores.

A verdade é que de tempos em tempos a onda vintage volta com tudo. Em um ano com tantas transformações no comércio eletrônico quanto 2023, não poderia ser diferente. A nova geração de consumidores (aliás, alô, matéria de capa da edição passada!) é uma das grandes responsáveis pela retomada desses produtos às prateleiras infinitas do e-commerce.

Dados do Enjoei mostram que os itens “vintage” mais buscados na plataforma são aqueles relacionados à moda ou à decoração, como bolsas, jaquetas, camisas e casacos. Desde o começo do ano, a plataforma registra aumento crescente nas buscas pelo termo. Por outro lado, levantamentos recentes da OLX apontam discmans e iPods como

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itens mais cobiçados pelos consumidores, abrindo uma nova tendência do “vintage musical”.

O discman, por exemplo, foi descontinuado há mais de dez anos, mas teve um aumento de 263% nas vendas no primeiro trimestre de 2023. O iPod, um pouco mais recente (sua última versão foi descontinuada há apenas quatro anos), aparece como o queridinho das buscas e anúncios da plataforma, seguido de perto por toca-fitas, walkmans e tocadores de vinil. Regina Botter, General Manager da OLX, entende que essa procura é, muitas vezes, afetiva, já que muitos desses itens não podem mais ser encontrados novos nas lojas.

Em primeiro lugar: quem compra coisa velha online é gente nova

De acordo com o Relatório de Consignação de Luxo 2023, produzido pela The RealReal, plataforma de revenda de itens de luxo usados, a geração Z e os millennials estão tomando a dianteira das vendas de itens considerados vintage. Desde janeiro de 2022, a plataforma registrou um aumento de 50% nas vendas de itens desse tipo. As peças Y2K (ou seja, aquelas de produtos não antigos, mas característicos dos anos 2000) também estão crescendo.

O relatório aponta a geração Z como a principal propulsora da economia circular quando o assunto é dar giro aos itens usados, sobretudo aqueles na categoria feminina. Uma pesquisa da Statista mostra que, no mundo, o mercado de luxo de itens usados faturou US$ 4,9 bilhões apenas em 2022. Até 2027, a previsão é de que fature US$ 14,7 bilhões. Além disso, espera-se que a economia de moda circular cresça entre 15% e 20% nos próximos sete anos no Brasil.

Além de serem os maiores consumidores, são também os maiores vendedores de itens usados. Dentro do Enjoei, os millennials são 48% dos vendedores de produtos vintage, enquanto a geração Z representa 25% nessa mesma categoria.

Beta Balbi, Brand Manager do Enjoei, entende que o consumo de itens vintage tem tudo a ver com construção de identidade em oposição à cultura fast fashion: “as novas gerações procuram formas de se sentirem únicas, de montarem seus próprios estilos, e esse mix de peças contemporâneas com vintage traz autenticidade de forma acessível”.

Talvez os jovens não estejam interessados em carros voadores ou paradoxos temporais, mas estão sim pensando no que é melhor para o futuro (deles e do mundo). “Além disso, as novas gerações têm preocupação genuína com o meio ambiente, e a indústria da moda é a segunda mais poluidora do mundo. Portanto, o produto vintage une estilo único, preço bom e sustentabilidade”, completa.

Um reflexo da sociedade

O comportamento pós-pandêmico também tem um papel crucial nessa situação. De acordo com uma pesquisa da WGSN, existem dois grupos que precisam ser compreendidos: os reguladores e os criadores de memórias.

O grupo reguladores apresenta uma reação mais cuidadosa quando se trata de mudanças. Em função de uma extensa série de transformações, intensas e rápidas, esse grupo adotou como medida de sobrevivência a consistência. Esse comportamento pode ser entendido como um dos motivos da volta do consumo vintage.

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Um estudo da empresa Gartner evidenciou que a capacidade das pessoas em lidar com mudanças diminuiu em 50% em comparação aos níveis pré-pandemia. Dessa forma, é natural entender que muitos consumidores estão buscando produtos com os quais tenham alguma conexão, que despertem um senso de pertencimento. Para Balbi, vintage é aquilo que “representa algo especial, que marcou uma época, como uma tendência de moda, um modelo de peça ou itens de decoração muito característicos, nos quais normalmente conseguimos identificar a década só de olhar”.

Para Erica Cardoso, gerente de comunicação e marketing da Estante Virtual, a venda de livros usados pela internet cumpre ainda um outro papel que pode ser atribuído a esse contexto: democratização do acesso à informação. Ela entende que nem todo livro usado é vintage, justamente pelo apelo da palavra, mas geralmente é atribuído aos mais raros ou de menor tiragem, que só podem ser encontrados em sebos e coleções.

tura gráfica da capa e ilustrações”. Os livros clássicos ocupam o topo da lista dos mais vendidos pela plataforma.

De acordo com Cardoso, o público consumidor da Estante Virtual sempre foi composto pelo meio acadêmico, o que inclui universitários, professores, pesquisadores e intelectuais. No entanto, os millennials e a geração Z já começaram a marcar presença: “a partir de 2020, um novo público chegou, a geração TikTok mais curiosa e nerd também se rendeu aos livros seminovos, e isso fez crescer muito o perfil entre 18 e 24 anos, que dobrou entre 2019 e 2020”. Ela completa que “a opção pelo livro seminovo vai além da onda vintage, é uma atitude de consumo consciente”.

O Enjoei, inclusive, assim como a Estante Virtual, tem um papel fundamental na economia circular da qual as novas gerações são tão adeptas. O marketplace promove a ressignificação de itens usados em bom estado, muitas vezes já fora dos catálogos

Além disso, explica que “o termo vintage nos remete muito aos clássicos, mas pode ter várias abordagens, tanto pode ser uma edição antiga de capa dura e acabamento especial, ou uma reedição com uma relei-

de suas lojas de origem. Ao mesmo tempo em que sempre existiram sebos, brechós e feiras de antiguidade, os consumidores se voltam hoje para a possibilidade de encontrar produtos de segunda mão pela internet.

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“Talvez os jovens não estejam interessados em carros voadores ou paradoxos temporais, mas estão sim pensando no que é melhor para o futuro (deles e do mundo).”

Já os criadores de memórias recorreram a uma estratégia diferente. Por conta de um estresse emocional do passado, o grupo acredita ser importante compensar as memórias e o tempo transcorrido, usando o passado como âncora. Novamente, a importância de um consumo mais sustentável, consciente e, principalmente, estável é essencial para os novos consumidores. O aumento dos itens usados, revendidos e clássicos é a maneira como a nova mentalidade é expressa pelos indivíduos.

“O estresse pode afetar a formação da memória, o que significa dizer que essas memórias serão perdidas ao longo do tempo”, afirma a WGSN. Os consumidores, visando reconquistar suas memórias afetadas por um estresse do passado, recorrem aos itens de épocas complicadas para construir relações alternativas com esses produtos já conhecidos.

Mais novos, sim. Iguais, não

Embora sejam os dois grupos responsáveis por fazer girar a economia circular, a geração Z está bem longe de ter as mesmas motivações - e comportamentos - dos millennials. Os millennials, nascidos entre 1980 e 1994, relacionam-se com a tendência vintage de duas maneiras: vendendo suas coisas e comprando produtos antigos reinventados. Quando falamos da geração Z, a busca pelo vintage é consideravelmente nova. Investindo na criação de personalidades, valores e estilo únicos, os nascidos entre 1995 e 2010 preferem produtos antigos ou usados. O vintage foi reinventado e popularizado em função de uma conscientização desses indivíduos.

Entre os exemplos possíveis para falar sobre consumo consciente, os livros são aqueles que permeiam a sociedade há mais tempo, mas devem ser levados em consideração por

novas ondas de consumo facilitadas pelas redes sociais (dê uma olhadinha no case sobre booktok desta revista) e por diversos sites que os vendem sem que o consumidor precise garimpar sebos.

Os consumidores, atores principais dessas mudanças, estão cada vez mais exigentes e antenados com os produtos consumidos, valores de marcas e principalmente com o impacto que o consumo individual tem no mundo. É por esse motivo que as executivas entendem que o consumo vintage representa um novo paradigma de produção e comercialização de produtos.

Nostalgia, sustentabilidade e expressão

A volta do vintage - se é que ele foi embora, em algum momento - tem muito a ver também com uma série de movimentações sociais. Podem parecer águas passadas, mas a pandemia de Covid-19 foi “outro dia”, ao analisar os impactos de um evento dessas proporções na vida das pessoas.

Ao falar de itens vintage, não necessariamente os consumidores vão abandonar o novo, mas, muito provavelmente, vão usar os dois em conjunto, de acordo com o que faz mais sentido para o seu cotidiano. Dados do Pinterest focados em casa e decoração mostram a preocupação dos usuários em procurar e salvar ideias com o termo “vintage”, sendo a maioria delas combinações. As opções de procura “decoração de interiores vintage eclética”, “combinação de móveis modernos e antigos” e “janelas antigas reaproveitadas” estão em destaque na plataforma, de acordo com um relatório de fevereiro deste ano.

Quando o assunto é moda, 74% dos consumidores já compraram ou estão dispostos a comprar roupas de segunda mão, mostra um relatório da ThredUp, gigante estadunidense de revendas. O mercado que mais

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cresce na venda de usados é justamente o norte-americano, mas o resto do mundo já segue a tendência.

Para se ter uma ideia, quando se fala de millennials e geração Z, 45% dos integrantes desses dois grupos estão mais propensos a comprar de uma marca que ofereça roupas de segunda mão ao lado de itens novos. Por fim, 70% dos consumidores dizem que é mais fácil comprar itens de segunda mão do que há cinco anos, graças ao surgimento da tecnologia e dos mercados online.

Balbi enfatiza que essa tendência veio para ficar e faz muito sentido para uma vida mais saudável e sustentável: “a economia circular é baseada no aproveitamento de materiais e na extensão da vida útil dos produtos, em um consumo consciente, que leva em conta que nossos recursos naturais são finitos e precisam ser constantemente regenerados”.

Além do aspecto prático, há também um apelo expressivo, cultural e artístico por trás do resgate de itens usados, o que não deixa de ser consumo, acrescenta Cardoso. “Enxergamos os livros vintage como uma extensão desse comportamento, ocupando esse lugar de nostalgia e saudosismo. Assim como na moda, na arquitetura e no cinema, a arte e a literatura usam-no como referência e se reinventam do passado”, conclui.

Para os que acreditavam que os livros físicos seriam substituídos 100% pelos digitais, essa é a prova de que ambos podem coexistir e há espaço para todos os gostos. É o que mostra o Sindicato Nacional dos Editores de Livros: o faturamento do mercado editorial de 2022 foi 8% superior ao de 2021, ano em que as vendas já estavam aquecidas, ainda como resultado do aumento em virtude da pandemia.

Assim como o protagonista de De volta para o futuro precisou ir para lá e para cá e depois achar um jeito de voltar para o tempo certo, o vintage passeia entre as gerações, mostrando que, mesmo com novas tendências de consumo, o passado sempre tem algo interessante para acrescentar.

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A HORA E A VEZ DE UM CRM EFICIENTE R

ecentemente, o WhatsApp divulgou uma mudança em sua política de envio de mensagens que pode trazer mudanças profundas nas réguas de relacionamento. Seguindo o Telegram, a empresa da Meta permitirá envio em massa sem que haja grandes interações com os inscritos no grupo. Parece pouco, mas isso tornará o uso da ferramenta muito mais barato para as empresas, que poderão inundar os usuários do aplicativo com mensagens e propagandas.

A novidade parece um avanço em termos de funcionalidade, mas pode ser um tiro no pé para empresas que prezam pelo relacionamento com o cliente de forma mais consistente e estratégica. Pensar em CRM é pensar muito mais do que em qual ferramenta vamos aportar informações. Tem mais a ver com qual ferramenta se encaixa no modelo de comunicação que desejo estabelecer com meus leads e como torná-los prospects. E, então, clientes fiéis.

Segundo o professor Alexandre Marquesi, PH.D em Data Science e Digital Strategy, o uso do CRM deve se basear em três pila-

res fundamentais: ticket médio, recorrência e recência. Eu entendo que ainda há um quarto pilar, um dos mais importantes: geração de leads.

Trocando em miúdos, ticket médio é o quanto o seu cliente gasta por compra. Ou seja, o quanto ele investe em sua marca cada vez que resolve comprar algum produto. Obviamente, é um dado importante, principalmente quando falamos de custo de aquisição de um cliente. Quanto mais ele gasta, mais margem ele gera e, por consequência, mais posso investir na aquisição dele. Por outro lado, esse é um indicador que deve ser balanceado para que o cliente também não compre mais do que sua necessidade real, o que geraria um estoque e o levaria a ficar muito tempo sem tangenciar sua marca. Nesse período, ele pode perder lançamentos e promoções importantes para sua fidelização.

Seguindo esse raciocínio, o segundo ponto é a recorrência com que esse cliente compra de sua marca. Ou seja, qual a força do elo entre marca e consumidor que existe dentro

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PEDRO PADIS Executive Director of Growth at ADVENTURES.INC

Atuando desde 2010 com mercado digital, e-commerce e omnichannel, Pedro Padis é Diretor Executive de Growth na Adventures.INC. Com histórico de head de e-commerce do Grupo Aste, coordenou grandes operações de marcas globais como New Balance, Kipling e Diesel. Ainda traz denso background em varejo, tendo passagens pelo Dia e Walmart.

da sua base. Quanto mais vezes o cliente volta para comprar, mais profunda é essa relação e menos espaço existe para que o cliente experimente outros produtos similares. Ou seja, esse elo representa uma relação de confiança entre as partes. Novamente, simplificando o raciocínio, é importante que a empresa olhe para esse cliente e pense em quais fatores o fazem comprar repetidamente, criando mecanismos que o façam voltar da forma mais orgânica possível.

O terceiro pilar é a recência. Certamente, o mais difícil de controlar, pois envolve uma relação do cliente com o produto em um ambiente não controlado pela marca - a casa (ou espaço de consumo) do cliente. É difícil por quê? Difícil, porque é preciso conhecer profundamente o hábito de consumo do cliente e seus rituais. Quando estava à frente da operação da Gourmetzinho, eu sempre

para as mães abastecerem seus freezers. E a mais importante, o sell-out, que era fazer com que as mães tirassem as refeições do freezer para alimentar seus filhos. Só assim, abriríamos espaço nos refrigeradores para que acontecessem novos pedidos. Sem esse espaço, poderíamos dar descontos gigantescos, contudo, não haveria disponibilidade física para que os usuários comprassem mais refeições. Diante desse exemplo, é fácil verificar como os usuários estão consumindo os produtos vendidos para eles, o que torna a recência uma análise essencial para compreender o comportamento do consumidor.

Associando esses três indicadores, é possível compreender de forma holística qual o comportamento genérico da sua base de clientes e ainda classificá-los por padrão de consumo. Mais profundamente, conseguimos extrair estratégias valiosas para nos

insistia com meu time de marketing para entender que existem duas vendas que precisávamos fazer: a primeira, que chamava de sell-in, ou seja, a venda do nosso produto

relacionarmos de forma eficaz com nossos clientes. Entender quais os produtos que mais vendem por perfil, sazonalidade, promoções mais eficazes, tom de voz, tipo

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“O uso do CRM deve se basear em três pilares fundamentais: ticket médio, recorrência e recência. Eu entendo que ainda há um quarto pilar, um dos mais importantes: geração de leads.”

de comunicação, frequência de conteúdo, enfim, diversos pontos cruciais para a construção de uma régua de relacionamento que realmente funcione com sua base.

Com a ajuda de análise de dados e algoritmos associados a ferramentas de inteligência artificial, é possível encontrar modelos matemáticos interessantes que confirmem ou corrijam caminhos construídos nessa comunicação, chegando a conclusões cada vez mais assertivas na relação com o cliente. Porém, sem esquecer que esses dados são mutáveis com uma velocidade considerável, devemos mantê-los sempre atualizados e as estratégias, revisadas.

Mas e aquele quarto ponto que citei, a geração de leads? Na verdade, é um ponto tangencial ao CRM, que, sem sua restrição de uso, servirá não só para o relacionamento com o cliente atual, mas para seu (re) encantamento, manutenção, correções de rotas, propaganda positiva e consequente geração de novos clientes. Bastaria trabalharmos de forma aprofundada em seus dados, cruzando informações de outras plataformas, como Google, Meta, TikTok, entre outras, que o CRM será capaz de fomentar e alimentar suas estratégias de aquisição de cliente de forma muito mais eficaz. Ou seja, essa prática lhe trará insights que podem tornar sua aquisição de novos clientes mais rápida, mais qualificada e, por consequência, mais barata.

No momento mundial que vivemos dentro do mercado digital, eficiência é a palavra de ordem. Enquanto muitos falam de ChatGPT, inteligência artificial e outras soluções que ainda necessitam de certa evolução, temos à disposição uma série de dados que muitos desprezam ou simplesmente usam para disparo de promoção. Compreender o comportamento de seu cliente vai muito além disso. Compreendê-lo é o que fará você dar o próximo passo para atender ao maior número de demandas dos seus clientes, oferecer caminhos que tornem sua operação mais atrativa e satisfatória, criando um vínculo cada vez mais forte em um momento em que a transição de marca é um movimento muito simples de se fazer. Essa é a jornada positiva do seu cliente.

Qual o novo produto que deve ser lançado? Quais os principais pontos de fricção de sua operação? Seu pricing está correto? Como está seu mix de produtos? Sua logística está atendendo no prazo correto? Seu CRM pode responder muitas dessas questões e ajudar muito no crescimento do seu negócio se você utilizá-lo da maneira correta. Investir em tecnologia envolve muito dinheiro, enquanto trabalhar os dados que você já tem dentro de casa pode ser igualmente eficiente e muito mais barato.

INDÚSTRIA DIGITAL: TENDÊNCIAS NOS MEIOS DE PAGAMENTOS

Aindústria digital está em um período de crescimento em todo o mundo com o avanço das tecnologias atingindo níveis históricos. O estudo da Worldpay, The Future of Payments: Digital Content Industry, aponta que o consumo digital aumentou mais de 30% globalmente durante a pandemia, provocando novos hábitos e trazendo mudanças significativas para o mercado.

Em poucos anos, testemunhamos uma grande aceleração digital à medida que os consumidores se acostumavam às reuniões online não apenas para trabalhar, mas para fazer consultas, rever amigos e, principalmente, fazer compras e transações pela internet. Como resposta a essa mudança de comportamento, o mercado global de comércio eletrônico deve expandir US$ 1,4 trilhão até 2025, elevando os volumes de pagamentos digitais.

Assim, em meio a um cenário de crescimento constante do e-commerce, consumidores buscam por empresas e soluções que se atentem às transições digitais e que sejam cada vez mais inteligentes, rápidas e, acima de tudo, seguras e convenientes - itens indispensáveis ao consumidor pós-pandêmico. É preciso entender os clientes e suas jornadas de compra e, a partir disso, desenvolver novas experiências e oferecer inovações.

O estudo da Worldpay aponta ainda que a experiência do consumidor deve ser cada vez mais personalizada e atraente, alavancando tecnologias como inteligência artificial e realidade aumentada. As empresas que souberem se adaptar a essas tendências, e proporcionarem uma experiência de pagamento fluida e intuitiva, serão destaques no setor.

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Mas não apenas a conveniência é ponto fundamental. O processo de digitalização da indústria estimula ainda mais o desejo dos consumidores por pagamentos instantâneos e de baixo custo. A pesquisa da Worldpay revela que 69% dos varejistas dos Estados Unidos relataram um aumento nos pagamentos sem contato durante a pandemia, experimentando tecnologia de compras autônoma e simplificando pagamentos com arquitetura de open banking.

Atualmente, para os comerciantes e lojistas, esse processo de digitalização da indústria deve ser um tema de destaque para tomada de decisão e criação de iniciativas para modernização dos negócios.

A principal estratégia para as empresas é acompanhar atentamente o surgimento de novas tecnologias e ferramentas de otimi-

zação de processos. Para os consumidores, o uso de tecnologias e iniciativas digitais não é um diferencial ou uma inovação dentro das empresas - esse tipo de solução é o básico que os clientes buscam antes de fazer uma compra ou algum tipo de pagamento.

O comportamento dos consumidores mudou. Agilidade, conveniência e baixo custo são palavras de ordem para o mercado. A empresa que não acompanhar essa revolução - que não retrocederá - está com seus dias contados. É preciso conhecer o momento do consumidor atual e criar experiências inovadoras que acompanhem cada mudança. O futuro dos pagamentos é desafiador, sim. Mas é o caminho para a transformação e para a manutenção de um negócio saudável.

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Juan Pablo D'Antiochia é vice-presidente sênior da Worldpay from FIS para a América Latina desde 2014. Engenheiro industrial formado pela Universidad Católica Argentina e pós-graduado em Finanças pela mesma universidade, é palestrante regular em eventos de líderes do setor sobre a América Latina.

ANTHONY LONG

Inovador na área de marketing e tecnologia lontony@gmail.com

RETAIL MEDIA E A “PALAVRA QUE COMEÇA COM D”

Para esta edição da coluna “Future Shopping”, convidei uma das mentes mais perspicazes que conheço no mundo do e-commerce, marketing digital e CPGs para ajudar a estruturar um tópico importante, mas complexo: estratégia de retail media. Minha parceira no crime convidada para esta coluna não é outra senão a própria brasileira Helena Carre. Além de ter um excelente histórico profissional com algumas das principais marcas de CPG do mundo, Helena é uma profissional de marketing e e-commerce que impulsiona a transformação e o sucesso dos negócios, transformando todos os pontos de dados do consumidor em conhecimento utilizável. Foi ela - em uma longa viagem de carro que compartilhamos enquanto estávamos na Kimberly-Clark - que enriqueceu muito minha compreensão do papel real dos dados no mundo do marketing digital.

O retail media é uma daquelas realidades da vida, como a morte e os impostos. Na verdade, muitas marcas veem a participação no retail media como um imposto que o varejista impõe pelo favor de permanecer na prateleira. Os varejistas iriam (e deveriam) se irritar com essa caracterização, apontando que sua mídia é direcionada aos compradores quando eles estão mais próximos de uma transação. Isso não é incorreto, mas as marcas deixam muito dinheiro na mesa quando simplesmente aceitam o retail media como uma necessidade dolorosa, em vez de uma ferramenta valiosa em seu arsenal de marketing.

Mergulhando em algo contundente

Começamos mergulhando em alguns fatos e números contundentes sobre o retail me-

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//FUTURE SHOPPING

Anthony Long é um inovador na área de marketing e tecnologia com mais de 20 anos de experiência em transformação digital no mercado global, e-commerce e comportamento mobile do consumidor. Já passou pela Kimberly-Clark e seu atual projeto inclui atribuições de longo prazo em e-commerce e transformação digital para as principais marcas globais de consumo na Europa e nos Estados Unidos.

dia. Prepare-se para a verdade, conforme revelado pela consultoria online e fonte de sabedoria, eMarketer:

Os compradores no Brasil se manifestaram, e suas preferências são claras. As redes sociais dominam o reino da publicidade com uma preferência impressionante de 24%, seguidas de perto por notificações em aplicativos de lojas com 22%. Os e-mails ficam para trás em 18%, enquanto produtos ou banners em sites garantem apenas 11%. O WhatsApp e as vitrines patrocinadas em sites compartilham apenas 7% cada.

Agora, a verificação da realidade: as empresas que realmente compreendem o poder do foco no consumidor entendem que ele é o governante supremo. Nosso objetivo aqui é esclarecer as marcas e enfatizar a importância crítica dos dados do comprador orientados pelo comportamento do consumidor no cenário caótico da mídia digital. Os dados são o combustível que impulsiona o crescimento, destrói silos e fornece a clareza necessária sobre onde devem estar suas prioridades.

Comece com um exercício simples, mas profundo: aja como um comprador e saia dos limites dos sites dos varejistas e mergulhe na experiência de publicidade de sua plataforma de escolha, seja TikTok, Instagram, Facebook, Pinterest ou mesmo "O Globo". Considere como essa experiência de mídia afeta você e como ela deve ser comparada ao que você encontra no supermercado, tanto online quanto na loja. Reserve um momento para refletir: o que você vê? As experiências estão perfeitamente alinhadas e conectadas? As mensagens ressoam harmoniosamente? Existe conteúdo de valor agregado que capacita os consumidores a fazer escolhas informadas?

Se sua resposta for um sonoro sim, parabéns! Seu mundo é composto por uma cadeia de suprimentos notável, infraestrutura de dados robusta, talento excepcional e processos simplificados. Você está no caminho certo para otimizar o crescimento e colher os frutos de seus esforços.

No entanto, se a resposta for um decepcionante não, então devemos enfatizar um ponto crucial: o consumidor não se importa se sua área funcional A não consegue se comunicar com a área funcional B. A lealdade e a satisfação deles não são limitadas por seus obstáculos internos.

Agora, assumindo que sua resposta foi um sim confiante, vamos explorar como você pode oferecer o melhor da experiência do consumidor, adaptada precisamente aos seus pontos de contato preferidos. A maneira como você atinge esse nível de compreensão em sua categoria e canais específicos é por meio do domínio dos dados, especificamente dados de comportamento de compra do consumidor. No cenário atual orientado por dados, em que o consumidor reina supremo, aproveitar o poder dos dados é o seu bilhete de ouro para o sucesso. Abrace-o, aproveite-o e testemunhe em primeira mão o impacto transformador que ele pode ter em seus negócios.

As melhores experiências, adaptadas às preferências de seus consumidores, aguardam aqueles que possuem a sabedoria e os insights revelados pelos poderosos DADOS.

Socorro! Sou casado com a Meta!

Antes de começar a “pesquisar advogados de divórcio no meio digital” no Google, é útil entender algo chamado Lei dos Mercados Digitais, que, embora criada pela União

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Europeia para os países membros da UE, prevê um futuro melhor para o seu investimento em mídia assim que os reguladores fora da UE decidirem: “Sim, nós também queremos isso”. A lei visa criar um “campo de jogo nivelado” globalmente quando se trata de propriedade do cenário da mídia digital. Podemos adivinhar com segurança que os suspeitos habituais de "Big Tech" (Alphabet, Amazon, Meta, Apple, Microsoft) serão os mais afetados pela lei, mas não serão os únicos. Também podemos imaginar que empresas como Walmart, Carrefour e talvez Mercado Livre possam cair sob o mesmo escrutínio, caso os reguladores brasileiros tomem nota.

A lei inclui “proibições de combinar dados coletados de dois serviços diferentes pertencentes à mesma empresa (por exemplo, Facebook e WhatsApp); provisões para a proteção de usuários comerciais de plataformas (incluindo anunciantes e editores); instrumentos legais contra os métodos de autopreferência usados por plataformas para promover seus próprios produtos (resultados preferenciais para produtos do Google ao usar o Google Search); artigos relativos à pré-instalação de alguns serviços (Android); regulamentação relacionada a práticas de agrupamento; provisões para garantir interoperabilidade, portabilidade e acesso a dados para empresas e usuários finais de plataformas”.

O que isso significa, em resumo, é que as marcas devem ter uma escolha mais ampla de onde podem gastar seu dinheiro em mídia, o que - devido à concorrência - deve manter os custos de mídia baixos. Isso não quer dizer que as marcas devam evitar os grandes players, porque eles são o centro gravitacional do universo da mídia. Você deseja gastar o dinheiro em mídia de maneira que ela alcance o maior número de consumidores nos momentos certos. No

entanto, como discutimos anteriormente na série Cubo de Intenção do Consumidor (CIC), a relação 1:1 entre canal e transação - na qual as empresas de mídia querem que você acredite - não existe. Os consumidores flutuam nas ondas da vida, em que são afetados por dois conjuntos de tensões opostas: disponibilidade de dados e viés estabelecido, e interesses concorrentes e insumos de mídia. Como um todo, podemos ver que o investimento em apenas um “gatekeeper” de mídia digital torna-se contraproducente rapidamente.

Meça duas vezes, corte uma vez

Sua estratégia de mídia digital provavelmente é mais ou menos assim:

• Aumente as receitas em XX%;

• Melhore o equilíbrio de compras repetidas por clientes atuais versus compras pela primeira vez de novos clientes em XX%;

• Aumente a eficiência dos gastos com mídia - conforme medido pela contribuição para o custo das mercadorias vendidas - em XX%.

Você notará que não estamos procurando coisas como alcance, visibilidade, taxa de crescimento do público, taxas de engajamento e amplificação, porque essas são as coisas que a mídia deve fazer por você, a serviço de sua estratégia geral. Seu provedor de mídia digital precisa se preocupar com esses números, não você. Sim, mais visualizações devem levar a mais vendas, mas estabelecemos anteriormente na série CIC que “uma visualização” acontece com muito mais frequência do que gostaríamos de admitir de uma forma que quase não tem nada a ver com seu plano de posicionamento de mídia. A amplificação é boa, com certeza, mas está longe de ser um caminho direto para uma venda.

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Aos olhos de quase todos os bons varejistas, uma relação entre marca e varejo saudável direciona o tráfego para o varejista e, uma vez dentro, contribui para um tamanho de compra geral maior. A marca precisa do varejista e o varejista precisa de marcas fortes.

O que nos traz de volta à “palavra que começa com D”.

Como dominar os dados no retail media e nos pontos de contato do consumidor

No Brasil, os relacionamentos são fundamentais. É hora de fazer o seu Joint Business Plan (JBP) trabalhar incansavelmente para a sua marca. Lembre os varejistas sobre a pesquisa que demonstra que a colaboração entre varejistas e marcas tem um impressionante impacto positivo de 62% no ROI. É crucial promover parcerias fortes e garantir o acesso ao compartilhamento de dados e à colaboração além das fronteiras. Testemunhe a explosão de salas limpas, nas quais a colaboração de dados ocorre de maneira compatível com a privacidade. Explore algumas das tecnologias de marketing inovadoras de novos fornecedores para aproveitar o tráfego dos varejistas e capturar dados primários (conhecidos como first-party data) valiosos. Adote soluções inovadoras de mar-

tech que fornecem recursos de medição de ponta a ponta mais robustos. Os varejistas já estão experimentando colocar pixels em seus sites e contratar empresas independentes para auxiliar as marcas na medição. Para tornar tudo isso realidade, aproveite seu relacionamento com os varejistas e embarque em experimentos orientados por dados de maneira controlada.

De volta para casa, os varejistas locais geralmente estão menos cientes dos acontecimentos globais e, muitas vezes, são pegos de surpresa e não estão familiarizados com a forma de alavancar dados inexplorados. Por exemplo, considere o colapso da Americanas S. A. juntamente com o impressionante crescimento de 56,7% do Mercado Livre no primeiro trimestre de 2023 (obrigado novamente aos nossos amigos da eMarketer). Quando você busca ativamente uma estratégia de compartilhamento de informações relevantes (evitando conflitos de interesse), os varejistas são convidados a fazer o mesmo. Varejistas menores precisam entender que, quanto mais as marcas compreenderem o comportamento do consumidor, mais valor elas poderão agregar à jornada do consumidor com aquele varejista.

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"As melhores experiências, adaptadas às preferências de seus consumidores, aguardam aqueles que possuem a sabedoria e os insights revelados pelos poderosos DADOS.”

Ir de ausente a necessário - ou de bom a ótimo - é uma parceria. A inovação alimentada pela experimentação é fundamental:

• Foque na redução do atrito na jornada do consumidor, minimizando a quantidade de pontos de contato necessários para uma compra;

• Torne a jornada do consumidor cativante por meio de gamificação, realidade aumentada, aproveitamento de embalagens e utilização de QR codes - uma tecnologia antiga, mas eficaz;

• Introduza parcerias de marketing que recompensem o engajamento não transacional para conectar ainda mais o comprador com a marca e o varejista, mesmo quando ele não está comprando.

Retail media - melhor do que a morte e os impostos

Seu caminho como marca é encontrar as melhores maneiras de fazer parcerias significativas com varejistas para liberar o poder dos dados, criar colaborações frutíferas e impulsionar a inovação por meio da experimentação. Muitas vezes você estará conduzindo uma conversa com pessoas que são ignorantes, céticas ou talvez ambos. Traga sugestões do mundo real e guie-as pelas jornadas do consumidor que mostram como alavancar os dados fará com que o 1 + 1 do seu relacionamento seja igual a três... ou mesmo a sete. Quando você domina o reino do retail media e todos os pontos de contato do consumidor envolvidos, tanto internos quanto fora da loja, você começa a distanciar seu negócio do resto, deixando seus concorrentes maravilhados com suas proezas de marketing digital e e-commerce.

EsteartigofoiescritoPorAnthonyLongem parceria com Helena Carre, profissional

especialistaemmarketingevarejo.Elaatua naperformanceemtemporealetransformaçãodigitaldaMars,giganteprodutora alimentícia norte-americana.

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DICAS DE LEITURA

Assistente de curadoria do E-Commerce Brasil margarete.bonafe@ecommercebrasil.com.br

MÃE DAS INVENÇÕES: COMO BOAS IDEIAS SÃO IGNORADAS NUMA

ECONOMIA CONSTRUÍDA PARA OS HOMENS - KATRINE MARÇAL

“Por que presumimos que clavas e lanças foram nossas primeiras ferramentas? Isso nos faz comprar a ideia de que a força motriz da invenção humana está de algum modo ligada ao impulso de dominar o mundo ao redor. Quando as mulheres foram excluídas da narrativa, a humanidade se tornou outra coisa. [...] Uma das consequências mais graves do patriarcado é que ele nos faz esquecer de quem realmente somos.”

FRAMERS: A VANTAGEM HUMANA EM UMA ERA DE TECNOLOGIA

E INSTABILIDADE - KENNETH CUKIER

O livro Framers mostra que enquadrar não é apenas uma maneira de melhorar a forma como tomamos decisões na era dos algoritmos, mas como isso será uma questão de sobrevivência para a humanidade em uma época de agitações sociais e prosperidade das máquinas.

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COMO A CHINA ESCAPOU DA TERAPIA DE CHOQUE: O DEBATE DA REFORMA DE MERCADO - ISABELLA M. WEBER

Primeira obra da economista Isabella Weber, Como a China escapou da terapia de choque é uma análise original e fecunda das reformas econômicas que moldaram o caminho da China ao longo das últimas décadas. Fruto de extensa pesquisa e uma quantidade substantiva de entrevistas, o livro apresenta as ações que permitiram ao país asiático seguir o caminho da reindustrialização gradual e chegar ao século XXI como uma das principais potências mundiais.

DEPOIS DE PIKETTY: A AGENDA PARA A ECONOMIA E A DESIGUALDADE - HEATHER BOUSHEY, J. BRADFORD DELONG, MARSHALL STEINBAUM

"Depois de Piketty", coletânea organizada pelos professores e também economistas Heather Boushey, J. Bradford DeLong e Marshall Steinbaum, traz 22 ensaios que revisitam o tema da desigualdade econômica tal como vista sob o prisma de Thomas Piketty, economista francês cujo livro "O capital no século XXI" se tornou best-seller mundial. "O capital no século XXI" é a obra de economia mais amplamente discutida no mundo, tendo vendido milhões de exemplares em diversos idiomas, inclusive o português. Mas até que ponto suas análises de desigualdade e crescimento econômico são precisas? Em que direção os pesquisadores deveriam ir para explorar as ideias que Piketty impôs à linha de frente da discussão global?

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Fonte: Amazon.com

AMERICANAS Marketplace | www.americanasmarketplace.com.br

A Americanas Marketplace soma vitrines para você multiplicar. Nossa plataforma possibilita que parceiros vendam em quatro das maiores marcas da América Latina - a Americanas, a Americanas Empresas, o Submarino e o Shoptime -, que, juntas, recebem mais de um bilhão de visitas de 49 milhões de clientes. Aqui tem espaço para lojistas de todos os tamanhos, segmentos e experiências! Além disso, oferecemos soluções completas para impulsionar seu potencial: são serviços de crédito, publicidade, logística e conteúdos exclusivos em todos os formatos que levarão seu negócio cada vez mais longe.

Novo projeto da Americanas conecta especialistas de mercado com vendedores do marketplace

A proximidade com os lojistas segue sendo o foco da Americanas Marketplace. Agora, com o projeto Embaixadores na Capacitação, a marca permite que os lojistas parceiros da Americanas tenham acesso a conteúdos exclusivos criados por empreendedores que possuem vasta experiência de mercado. Nessa nova iniciativa, a plataforma incentiva o aprendizado de lojistas para lojistas, usando todo o conhecimento dos embaixadores da marca para que os parceiros aprendam com empreendedores com experiências de mercado compatíveis às deles. Alexandre Nogueira, Alex Moro, Raul Prado e Nathalia Moraes são alguns dos embaixadores que irão ajudar no desenvolvimento dos mais de 150 mil parceiros da Americanas. Os conteúdos já estão disponíveis, gratuitamente, para os parceiros em americanasmarketplace.com.br.

Infracommerce | https://www.infracommerce.com.br/

A Infracommerce é pioneira e líder em Full Commerce. É o maior ecossistema independente e integrado que combina tecnologia, serviços e infraestrutura para digitalizar canais de vendas. A companhia entende a estratégia dos clientes e operacionaliza soluções completas e modulares para garantir que eles entreguem a melhor experiência aos seus consumidores. Presente, também, no México, Colômbia, Peru, Chile, Uruguai e Argentina e mais de 4.000 funcionários. Desde maio de 2021, está listada na Bolsa de Valores como:“IFCM3”.

Ainda não começou a usar o GA4?

O Google Analytics 4 substituiu a antiga ferramenta de análise de dados do Google, Universal Analytics (UA), que deixou de coletar os dados desde 1° de julho de 2023. Alguns dos benefícios do GA4 são machine learning e inteligência artificial, que ajuda a identificar tendências e traz insights de acordo com a jornada dos usuários. Adicionalmente, há a integração das jornadas, na qual é possível identificar a proveniência dos anúncios, aplicativos ou outros canais. Os clientes da Infracommerce contam com a expertise da InfraDigital para migração ou implementação do GA4, transformando compradores ocasionais em clientes vitalícios!

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Magazine Luiza | www.magazineluiza.com.br/

O Magalu é o maior ecossistema para comprar e vender no Brasil, uma plataforma digital, com pontos físicos e calor humano. Desde maio de 2011, a companhia é listada no Novo Mercado da B3. Nos últimos anos, fez diversas aquisições, consolidando sua presença nacional. Além de 1.400 lojas em 21 estados do país, o Magalu conta com mais cinco marcas online: Netshoes, Zattini, Shoestock, Época Cosméticos e Estante Virtual - além de milhares de sellers em seu marketplace, a plataforma de delivery AiQFome e um SuperApp com quase 38 milhões de usuários ativos.

Magalu expande sua operação da modalidade fulfillment

Em maio, o Magalu expandiu a modalidade fulfillment para mais três centros de distribuição (CD) no país, são eles: Araucária, no Paraná, Alhandra, na Paraíba, e Simões, Bahia. A operação permite com que os sellers, ou seja, varejistas que vendem no marketplace da companhia, armazenem seu estoque no CD do Magalu. Esse modelo agiliza e barateia a entrega para o consumidor final, além de poupar tempo de quem vende seus itens na companhia. Hoje, mais de mil e duzentos sellers já estão utilizando o fulfillment do Magalu, e a empresa busca mais parceiros para a modalidade.

Nuvemshop | www.nuvemshop.com.br/

A Nuvemshop é a plataforma de e-commerce líder na América Latina e tem o compromisso de potencializar e motivar todos os empreendedores a transformarem seus sonhos em histórias que transcendam. Com mais de 100 mil lojas, integra produtos, pagamentos, envios e disponibiliza de um ecossistema com mais de mil parceiros, como Facebook, Instagram, marketplaces e lojas físicas. Atualmente, a companhia tem mais de mil colaboradores e escritórios no Brasil, México, Argentina e Colômbia.

Pagar.me

| https://pagar.me/

O Pagar.me é uma plataforma de serviços financeiros digitais que possibilita ao seu e-commerce aceitar cartão de crédito, boleto bancário, voucher online e Pix com segurança e transparência. Sua tecnologia proprietária entrega estabilidade e as mais altas taxas de conversão de pagamentos. Além de ferramentas voltadas para o aumento das suas vendas, como Compra Com Um Clique e Retentativa de Pagamentos e, ainda, um suporte 100% humano para fazer o seu negócio crescer!

Split de Pagamento com Recorrência: solução tem conquistado o mercado e viabilizado novos negócios

Entendendo a necessidade de automatização de negócios de diferentes naturezas, o Pagar.me disponibiliza a funcionalidade do Split de Pagamento com Recorrência. O Split permite dividir o valor de um pedido entre mais de um recebedor, já a Recorrência automatiza o processo de cobrança de um pagamento periódico. A solução reúne, portanto, benefícios de duas soluções em um só lugar, resolvendo a dor de negócios de compras recorrentes que envolvem mais de um fornecedor, a nível fiscal e operacional, e, ainda, incrementando a performance

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Admitad | https://www.admitad.com/pt/

A Admitad é uma empresa líder global que fornece soluções inovadoras de marketing de performance, com sede em Neckarsulm, Alemanha. A empresa oferece um conjunto de ferramentas e serviços para anunciantes, afiliados e influenciadores de todos os tamanhos para ajudá-los a expandir seus negócios globalmente e aumentar as receitas com parcerias estratégicas.

Adyen | www.adyen.com/pt_BR/

A Adyen é a plataforma de pagamentos escolhida por muitas das principais empresas do mundo, fornecendo infraestrutura moderna ponta a ponta para eliminar barreiras e entregar a melhor experiência de compras para o consumidor, em qualquer canal. Adyen integra processamento, antifraude e adquirência, e abre a “caixa preta” de insights de dados para levar maiores taxas de conversão às empresas. Com escritórios em todo o mundo, a Adyen atende clientes como Uber, 99, Cabify, Magazine Luiza, Netshoes, Dafiti, Amaro e Azul Linhas Aéreas, impactando mais de 50 milhões de consumidores no Brasil.

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Awin

| www.awin.com/br

Com vinte anos de experiência, nossa rede oferece uma comunidade global de pessoas, tecnologia e insights de business intelligence. Não importa que tipo de parceiro, nível de serviço ou ferramentas seu negócio precise, a Awin fornece soluções para impulsionar o crescimento sustentável. Parte dos Grupos Axel Springer e United Internet, com ShareASale e Commission Factory, a rede global de afiliados da Awin é composta por 15 escritórios em todo o mundo, mais de mil funcionários, 225.000 afiliados contribuintes e 16.500 anunciantes.

Bling

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https://www.bling.com.br/home

O Bling é um sistema de gestão ERP online que auxilia o pequeno e médio empreendedor nas rotinas do seu negócio. Por meio de automações e integrações, descomplica a emissão de notas fiscais, boletos, controle de estoque, até a venda online em e-commerces ou marketplaces. A empresa segue em expansão com a melhoria de funcionalidades e criação de novas soluções, como a Bling Conta: conta digital que opera integrada ao sistema ERP. Já pensou em controlar todo o processo de venda dos seus canais em um só lugar, além de gerir o fluxo financeiro e até pagar contas? Com o Bling é possível!

Conheça o Bling, o 1º ERP do Brasil integrado à Shein

O Bling é um sistema de gestão online para pequenas e médias empresas que oferece todos os recursos necessários para otimizar e automatizar o seu dia a dia - desde o cadastro de produtos e controle de estoque até a emissão de notas fiscais, e muito mais. Tudo isso pelo melhor custo-benefício do mercado. Além disso, o Bling possui integrações com mais de 250 plataformas, incluindo a Sheni. Venda seus produtos num dos maiores marketplaces de moda do mundo. Afinal, se ajuda o seu negócio crescer, cabe no seu sonho!

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China Link Trading | https://www.chinalink.info

A China Link Trading é a maior consultoria de importação do Brasil: nosso foco é importar com segurança, agilidade e excelência da China, atendendo empresas de pequeno, médio e grande porte que buscam aumentar seus lucros. A empresa conta com escritórios no Brasil e China, o que garante controle de qualidade, compreensão do mercado interno e melhores possibilidades de negócio. A estrutura operacional da empresa possibilita atender diversas demandas e múltiplos clientes, como negócios já bem estruturados e também aqueles que possuem apenas a ideia e investimento inicial para o projeto.

Pacote Imersão Canton Fair

Em um mundo cada vez mais globalizado, onde o comércio internacional desempenha um papel fundamental, a China se destaca como uma potência econômica. Para os clientes da China Link Trading, a oportunidade de mergulhar de cabeça no mercado chinês e participar da maior feira multisetorial do mundo, a Canton Fair, é simplesmente indispensável. Aproveite a oportunidade de conhecer a Canton Fair com uma equipe especializada em negócios na China para garantir o melhor aproveitamento da experiência com a garantia de encontrar os melhores fornecedores.

ClearSale | https://br.clear.sale/

A ClearSale (CLSA3) é especialista em soluções de prevenção e gerenciamento de risco nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas e telecomunicações. É a empresa que mais conhece o comportamento digital do consumidor brasileiro. Com capital aberto desde 2021, a ClearSale tem a missão de equilibrar tecnologia e profissionais especializados para entregar excelentes indicadores aos clientes, a fim de gerar cada vez mais confiança no mercado.

Mapa da Fraude - Resultados 1º semestre 2023

No início do ano, a ClearSale, empresa especialista em soluções de prevenção e gerenciamento de risco, divulgou o Mapa da Fraude - Resultados 2022, que analisou mais de 312 milhões de pedidos realizados no e-commerce brasileiro, feitos via pagamento por cartão de crédito, totalizando R$ 5,8 bilhões em ações fraudulentas. Agora, a empresa se prepara para apresentar os números do primeiro semestre do ano de 2023. O estudo trará dados como o ticket médio das fraudes, números gerais da fraude no Brasil, quantidade e valor das tentativas de fraude, tentativas de fraude por região, categorias mais fraudadas, variação percentual e muito mais.

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Compass UOL | https://compass.uol

A Compass UOL é especialista em serviços de transformação digital. Projeta e constrói plataformas nativas digitais usando tecnologias de ponta para ajudar empresas a inovar, transformar negócios e prosperar em seus setores. Cultiva os melhores talentos, criando oportunidades para melhorar a vida das pessoas e focando em como as tecnologias disruptivas podem impactar positivamente a sociedade.

Dito | www.dito.com.br/

A Dito é uma empresa de tecnologia com mais de 14 anos de mercado. Estamos sediados em Belo Horizonte e a nossa plataforma de CRM já ultrapassou a marca de 15.000 usuários. Atendemos diversas marcas renomadas como Chilli Beans, FARM, Animale e Piticas. O CRM da Dito integra canais online (E-commerce, Aplicativos) e offline (Loja Física), proporcionando aos clientes o desenvolvimento de estratégias omnichannel de marketing.

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Elo | https://www.elo.com.br/

A Elo é uma das principais empresas brasileiras de tecnologia de pagamentos, com portfólio diversificado de produtos e serviços. Com 10 anos de mercado, tem mais de 180 milhões de cartões emitidos em parceria com mais de 30 emissores. Sua aceitação engloba 11 milhões de estabelecimentos em todo o País, além de 200 países e territórios, resultado da parceria com a Discover Global Network, marca global de pagamentos da Discover Financial Services.

A Elo é reconhecida como uma das Melhores Empresas para Trabalhar, de acordo com o ranking Instituições Financeiras, do Great Place to Work 2020.

Elo se posiciona como um provedor de soluções agnósticas de prevenção a fraudes

Empresa brasileira de tecnologia de pagamentos apresenta plataforma de orquestração para proteção a fraudes em jornadas transacionais, autenticação e de onboarding. A tecnologia integrada pode ser responsável pelos fluxos de abertura, manutenção de contas, transações bancárias, com cartões, compras e outros processos relacionados à análise de riscos dos clientes. "A plataforma oferece interface amigável e intuitiva aos usuários, alto poder de processamento e suporte à tomada de decisões em tempo real, convergindo para uma visão 360° do cliente”, afirma Márcio Dutra, Gerente de Prevenção a Fraudes na Elo.

Frete Rápido | https://freterapido.com/

A Frete Rápido é o maior Hub de Transporte Digital da América latina e fornece tecnologia para empresas B2B e B2C que atuam no e-commerce, com operações omnichannel, multiorigem, ship from store, marketplace in/out e lojas virtuais. O Hub FR permite que o lojista conecte seus parceiros de entrega e utilize as transportadoras já disponíveis na plataforma. As funcionalidades permeiam toda a jornada de compra, como cálculo de frete, consolidação de volumes, rastreio automatizado, gestão, auditoria dos fretes e arquitetura guarda-chuva.

58 | E-COMMERCE BRASIL | 2023 //DROPS DO MERCADO

Alcance o topo com Wake

Antes de começar a escalar uma montanha

você precisa buscar as ferramentas certas.

Com Wake, as soluções digitais integradas colocam a jornada completa do cliente sob seu controle.

Para o varejo, a Wake Commerce é integrável, fluida, agnóstica e personalizável. Em Wake Experience, dados são transformados em experiências por meio da captação, medição e identificação do comportamento do consumidor. Squid by Wake fornece conexões reais para impactar audiências com a maior plataforma do Brasil, conectando influenciadores e marcas.

Faça seu checklist antes de subir. Escolha a tecnologia feita para quem pensa grande e quer ir além.

// para quem pensa grande e quer ir além.

acesse wake.tech
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Grupo Intelipost |

https://www.intelipost.com.br/

Com o propósito de simplificar a logística no mercado da América Latina, o grupo Intelipost se consolida como líder em gestão de fretes no Brasil. Com soluções que vão desde o cálculo de frete, roteirização a pontos de retirada em seu portfólio, o grupo integra de maneira inteligente toda a cadeia logística com tecnologias de altíssima confiabilidade, atendendo mais de 4 mil lojas, e realiza, em média, 2 bilhões de cotações de frete por mês.

Portfólio robusto do Grupo Intelipost atende a maiores varejistas do mercado

Com mais de nove anos de experiência, acompanhando o crescimento do mercado digital por meio de suas tecnologias, a Intelipost busca aprimorar suas soluções para entregar um produto estável e confiável aos seus clientes. O portfólio, que possui soluções desde gestão de frete até logística reversa, conta também com opções de pontos de coleta e roteirização para atender a operações logísticas complexas, com alto volume de entregas, unidades e diversos centros de distribuição. Além disso, o Grupo oferece uma ampla biblioteca de integrações como ERPs, plataforma de e-commerce e transportadoras. Saiba mais: https://bit.ly/43GtGX2

Jadlog | https://www.jadlog.com.br/jadlog/servicos

A Jadlog é uma das maiores empresas de logística e transportes de cargas expressas fracionadas do País. Em janeiro/2017 se associou com a DPDgroup, a segunda maior rede de entrega de encomendas internacionais da Europa. Destacando-se no mercado pela rapidez e qualidade, a Jadlog dispõe de uma das maiores estruturas de distribuição porta a porta de encomendas do país. Através de sua rede de mais 500 franquias espalhadas por todas as capitais, DF e principais cidades, a empresa atende todos os municípios do país. Sua frota é formada por mais de 240 caminhões e carretas e 4.500 utilitários.

Pickup da Jadlog traz conveniência ao e-commerce

A Jadlog, uma das principais operadoras logísticas do e-commerce, é pioneira em oferecer em grande escala o Pickup no Brasil, a solução OOH (Out Of Home, ou fora de casa) que viabiliza a retirada das compras da internet em pontos comerciais parceiros da transportadora, localizados nas cidades brasileiras. Trata-se de uma opção alternativa ao delivery que reduz significativamente o insucesso nas entregas e os custos logísticos, pois é, em média, 20% mais em conta. O Pickup é uma opção para os vendedores de marketplaces, que podem encaminhar seus produtos a esses pontos para que sejam enviados aos compradores, e também utilizar o sistema para a reversa de produtos devolvidos ou trocados.

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Kangu | https://www.kangu.com.br/

A Kangu é uma empresa do Mercado Livre com o objetivo de revolucionar a estrutura convencional de fazer entregas na cidade. Sua plataforma de envios oferece cotação de fretes mais econômicos com diversas transportadoras parceiras e os Pontos Kangu, estabelecimentos de bairro que viabilizam envios, devoluções e retiradas mais eficientes das mercadorias. Fundada em 2019, a Kangu já conta com 5 mil pontos de postagem e retirada no Brasil, México, Colômbia e mais recentemente no Chile, contabilizando mais de 110 milhões de envios intermediados para 70 mil lojistas online.

Linx

| www.linx.com.br/linx-digital

Soluções que unificam a operação física e online do varejo, melhoram a performance e oferecem para o negócio inteligência de ponta a ponta. Linx Commerce: plataforma robusta e flexível de e-commerce para varejistas que vendem para outras empresas e/ou para consumidores finais, e buscam presença em marketplaces. Linx Impulse: suíte de personalização, mídia e retargeting com algoritmos de inteligência artificial para transformar experiências de compra online em resultados de negócio. Linx Omni: solução omnichannel que unifica a operação de lojas próprias, franquias e e-commerces.

Linx E-millennium Go: gerencie seu negócio de ponta a ponta

Um dos principais desafios dos pequenos e médios varejistas é conseguir gerenciar sua operação de ponta a ponta, de forma eficaz e reduzir custos ao mesmo tempo. Pensando nisso, o E-Millennium GO, solução da Linx, chega ao mercado para apoiar esses empreendedores que precisam de uma tecnologia robusta, de ponta e acessível. Feito para otimizar os indicadores da operação, o varejista poderá tomar decisões mais estratégicas, ter maior controle dos processos através de automatizações e integrações, resultando em uma economia de tempo e dinheiro expressiva. O E-Millennium GO é o ERP perfeito para alavancar e acompanhar o seu negócio! Saiba mais em https://e-millennium.com.br/e-millennium-go/

62 | E-COMMERCE BRASIL | 2023 //DROPS DO MERCADO

liveSEO | https://liveseo.com.br/

Fundada em 2017 na Espanha e atualmente com sede no Brasil, a liveSEO trabalha com projetos SEO de alta performance para empresas que querem alavancar os resultados orgânicos e alcançar alta maturidade digital. A agência, que já atuou em mais de 400 projetos e 7 países, realiza um trabalho completo e personalizado. O serviço envolve otimizações técnicas e na estrutura dos sites, pesquisa de palavras-chave e produção de conteúdo, com o propósito de levar os usuários a sites autênticos, reais e com alta qualidade.

B.O.B + liveSEO: conheça os resultados

A parceria tem trazido resultados significativos, como o aumento de 41,9% nas impressões e 424,5% nas palavras-chave indexadas. O trabalho estratégico, a otimização de categorias, rastreamento e velocidade proporcionaram esses resultados. A criação de conteúdo atrelada a implementações técnicas e estruturais gerou um crescimento de 94% nos cliques em keywords non- branded. Ainda, a inclusão de pautas de topo de funil no blog contribuiu para o aumento do tráfego em abril de 2023, com 120% de keywords indexadas, 116% de impressões e aumento de 10,3% na receita. O sucesso da parceria fez com que a marca se consolidasse ainda mais no mercado de cosméticos sustentáveis em barra.

Magis5

| https://magis5.com.br/

O Hub Magis5 é o software que conecta o vendedor aos principais marketplaces do mercado e automatiza seu fluxo de venda online, tudo em poucos cliques. Ou seja, ele recebe o pedido, imprime a etiqueta casada com a nota fiscal, empacota o produto e envia. Simples, né? A Magis5 nasceu para auxiliar vendedores que vendem em marketplaces que cansaram de perder tempo organizando coisas que podem ser automatizadas, desde a gestão de vendas e automação da mesa de expedição até a análise de dados do negócio e emissão de relatórios financeiros.

Magis5 engloba lojas com regime normal

A Magis5 tem como principais produtos o seu hub de automação e integração, e o seu faturador, uma de suas funcionalidades, que é uma ferramenta que permite que lojistas possam emitir notas fiscais de maneira automática e agilizar o tempo de seus processos, incluindo o de expedição. Nesse último mês, o hub incluiu nessa função a possibilidade de empreendimentos que estão no regime normal, que engloba lucro real e presumido, também possam utilizá-la com eficiência em sua operação, o que faz com que as notas sejam realizadas automaticamente com o objetivo de economizar tempo para o seller

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Mirakl | https://www.mirakl.com/

A Mirakl oferece a primeira e mais avançada plataforma SaaS de Marketplace. Com a Mirakl, organizações B2B e B2C podem lançar marketplaces mais rapidamente, crescer e operar com confiança à medida que superam as expectativas crescentes dos clientes. As plataformas são a nova vantagem competitiva no e-commerce e as marcas mais confiáveis do mundo escolhem a Mirakl por sua solução abrangente de tecnologia, experiência e ecossistema. Como resultado, empresas como Carrefour, GPA, Leroy Merlin e KaBuM ganham velocidade, escala e agilidade para vencer no cenário de eCommerce em constante mudança.

PagBrasil | https://www.pagbrasil.com/pt-br/

A PagBrasil é uma empresa brasileira, que possibilita a lojas digitais, internacionais ou nacionais, oferecerem soluções de pagamentos digitais otimizadas e atualizadas com as necessidades específicas do mercado brasileiro. Com clientes em mais de 45 países, a PagBrasil é parceira das principais plataformas de e-commerce do mercado, e possui recursos exclusivos para o e-commerce, como o PagStream®, ferramenta de gestão inteligente de assinaturas. A empresa também oferece split e link de pagamento, bem como uma solução para Pix diferenciada, que garante alta taxa de conversão em vendas.

Platinum Log | https://tpl.com.br/

A Platinum Log não é parte da solução. É a solução! Atendemos toda a demanda logística de nossos clientes sejam elas B2C, B2B ou derivações destes modelos de negócio. Com opções versáteis de armazenagem, nossa estrutura é integrada por automações que permitem a visualização em tempo real dos micro e macrostatus operacionais através de uma tecnologia própria, o OMS. Online e inteligente. Da estratégia à execução, a Platinum Log está comprometida em entregar resultados e qualidade logística.

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Pmweb | https://www.pmweb.com.br/

A Pmweb possui mais de 25 anos de expertise em CRM, com um portfólio premiado de serviços focados em Data Driven Marketing. Integrando soluções e aplicando estratégias e metodologias próprias de marketing e tecnologia para CRM através de marketing clouds como Oracle, Salesforce e Braze, a Pmweb impulsiona a experiência das marcas com seus consumidores e atende os principais players de varejo, hotelaria, grocery, health, aviação, indústria e serviços financeiros. A Pmweb faz parte do Grupo WPP desde 2017 e conta com duas spin-offs: Oto CRM e Letsbook.

RD - RAIADROGASIL |

https://rd.com.br/

A RD foi criada em novembro de 2011, a partir da fusão entre Raia S.A. e Drogasil S.A., e com faturamento de R$ 25,6 bilhões em 2021. Somos a maior rede de farmácias do Brasil em receita e número de lojas. Cinco anos após a fusão, estamos no início de uma nova etapa na história da empresa, que seguirá pautando a sua atuação em cinco valores essenciais: ética, eficiência, inovação, relações de confiança e visão de longo prazo. Além disso, selamos nosso compromisso com a sustentabilidade baseado em três pilares: cuidar da saúde das pessoas, cuidar da saúde do planeta e cuidar da saúde do negócio.

Alto potencial de alcance da RD Ads conecta marcas e clientes de forma precisa

A RD Ads, frente de retail media da RD RaiaDrogasil, está revolucionando a forma como as marcas se conectam com os consumidores. Integrando diferentes canais de mídia, físicos e digitais, a empresa oferece soluções de publicidade para impactar 46 milhões de clientes. Os anunciantes têm a possibilidade de analisar a performance das campanhas online e offline para estarem presentes em todos os momentos da jornada do consumidor. Com a construção do ecossistema de saúde integral, a RD investe em várias frentes que ajudam a entregar, cada vez mais, o que o cliente busca. Saiba mais em: rd.com.br/rd-ads/.

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SAP | https://www.sap.com/brazil/

A Suite SAP Experience, transforma cada engajamento, em qualquer dispositivo ou canal, em um momento pessoal e de compra potencial para conquistar mais clientes, com mais frequência e maior valor. As Soluções de Dados do Cliente (identidade/consentimento), CDP e Marketing com o Emarsys, integradas com a Solução de Commerce, podem ajudar você a transformar visitantes desconhecidos em clientes fiéis e oferecer experiências hiper-personalizadas e confiáveis. Com a SAP, personalize cada experiência em tempo real, trazendo uma orquestração de dados perfeita para o engajamento do cliente com foco no resultado.

Maximize seus lucros e impulsione seu negócio com o SAP Commerce Cloud

Adapte-se de forma ágil às mudanças do mercado e esteja preparado para o futuro. Aproveite as oportunidades de vendas diretas ao consumidor, assinaturas e marketplaces para diversificar suas fontes de receita. Conecte de forma integrada a demanda com a cadeia de suprimentos, proporcionando uma experiência perfeita e personalizada ao cliente. Simplifique suas operações com recursos avançados de automação e expanda seus horizontes globalmente, com suporte multilíngue. Descubra hoje mesmo o poder transformador do SAP Commerce Cloud e eleve sua empresa a um novo patamar de sucesso no comércio digital.

Social Digital Commerce |

https://socialdigitalcommerce.com.br/

A Social Digital Commerce é uma empresa com estrutura global para atendimento de Full Commerce, Fulfillment e Cross Border, oferecendo atuação completa na gestão de seu negócio B2B, B2C, B2E, Omnichannel, MarketPlace e Assinatura. Com sede em São Paulo, a Social possui ainda estrutura e operações em Santa Catarina, Orlando e Hong Kong. Além de realizar a gestão de todo o e-commerce de sua marca, utilizando alta tecnologia em performance digital e logística, a Social também pode transformá-la em uma multinacional, com projetos de venda internacional.

Conheça a Social Digital Commerce

Com um robusto plano de expansão, a Social Unlimited Digital Commerce continua ampliando as oportunidades para todo mercado global de e-commerce. Em 2022, a marca completou sua internacionalização nos Estados Unidos com a abertura do escritório e do centro logístico para operação comercial. Para atender ao mercado global e ampliar os serviços de cross border, a empresa também inaugurou em 2023 um escritório em Portugal e implementou um novo centro de distribuição na Europa ainda no primeiro semestre de 2023.

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Total Express | https://totalexpress.com.br/

A Total Express é a empresa privada de soluções logísticas mais completa do país. Atende com excelência desde o pequeno e médio e-commerce até os gigantes do varejo, incluindo operações complexas de indústrias e governo. Com capilaridade que cobre 100% do território nacional, mais de 100 hubs espalhados por todos os Estados e quase 30 anos de experiência, a Total Express conecta o Brasil.

Conheça o Total Cast: videocast sobre empreendedorismo, logística e muito mais

Gosta de podcast, de se informar sobre o universo do empreendedorismo e de quebra aprender mais sobre logística? No Total Cast você encontra isso e muito mais. A novidade da Total Express traz conversas descontraídas sobre os temas mais pertinentes do mercado de e-commerce, varejo, logística, entre outros - sempre com a presença de convidados especializados nos assuntos abordados, trazendo muita experiência e informação. Fique ligado e acompanhe os episódios que são lançados no YouTube e em todas as plataformas de áudio disponíveis. É só procurar por “Total Cast”.

Tray | www.tray.com.br/

Com 20 anos de história, a Tray - unidade de e-commerce do Grupo Locaweb - é uma das empresas de tecnologia brasileira mais competitivas do mercado. A plataforma robusta oferece produtos e soluções exclusivas, integrações com os maiores marketplaces do país, além de uma interface amigável e 100% customizável. Ideal para todos os estágios do empreendedor online, fornece um ecossistema completo que atende desde o pequeno varejista até as grandes operações, através da sua divisão corporativa Tray Corp. Para mais informações, acesse: www.tray.com.br

Tray disponibiliza integração nativa com Google Analytics 4 (GA4)

Agora, o ecossistema da plataforma Tray está ainda mais completo. Para agregar ao time de integrações, Shopee e Dropee já estão disponíveis no painel dos lojistas. Como um dos maiores marketplaces do Brasil, a Shopee conta com um volume de acessos diário impressionante. Além disso, seu app foi eleito o líder de downloads entre os aplicativos de vendas em 2022. E atendendo a pedidos, agora a Tray também contará com dropshipping nacional. A Dropee chega com a missão de acrescentar essa opção para os usuários de dropshipping. Com isso, lojistas de todos os nichos conseguirão complementar as vendas sem estoque. Para o cliente Tray, ambas integrações já estão disponíveis em seu painel.

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Vindi | https://vindi.com.br/

A Vindi é um ecossistema completo para gerenciar e receber pagamentos que tem a missão de digitalizar o PIB do Brasil. Com foco na intermediação de pagamentos e na economia de recorrência, a Vindi descomplica o universo de pagamentos através da tecnologia para digitalizar, rentabilizar e escalar negócios. Venda nos modelos online, presencial e recorrente com agilidade e segurança.

Soluções da Vindi garantem maior taxa de aprovação e proteção contra inadimplência

Quem vende online pode se deparar com a perda de receita que acontece quando uma transação é rejeitada. Na recorrência, é possível recuperar transações perdidas causadas pelo vencimento ou troca do cartão. A Vindi oferece para seus clientes o Renova Cartões, funcionalidade que tokeniza os dados de cartões transacionados e recupera automaticamente aqueles vencidos. A Petlove, uma das maiores empresas do segmento pet, recuperou em um único mês 10% do faturamento que seria perdido para a inadimplência usando essa e diversas outras ferramentas da Vindi. Veja mais em: https://bit.ly/petlove-lp-ecbr

Voxus | https://www.voxus.com.br/

A Voxus é uma AdTech que facilita o acesso a mídia do futuro por meio de uma tecnologia proprietária e automatizada. Potencializando os resultados de e-commerces e negócios digitais, a Voxus atua tanto com foco em performance, aumentando as vendas, quanto com awareness, visando maior alcance da marca. Com essas soluções, Voxus ajuda negócios de todos os tamanhos e setores a aumentarem suas vendas com o uso da Inteligência artificial de ponta e um time especializado. Para saber mais sobre o smart display Voxus, acesse o site e aproveite todas as vantagens da mídia programática!

Com novidades semanais, blog da Voxus leva conteúdo de qualidade para sua comunidade

A Voxus, AdTech especializada em mídia programática que atende clientes e parceiros, está levando conteúdos de qualidade sobre o mercado de mídia e e-commerce para sua comunidade pelo blog do Voxus Academy. Com esse projeto educacional, além de treinamentos exclusivos, agora todos podem ter acesso a conteúdos online produzidos por especialistas em que são compartilhados dados sobre o mercado, análises e expectativas para datas comemorativas como Black Friday, estudos completos e muito mais. Para saber mais e se informar sobre esses assuntos, acesse o site da Voxus.

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Wake |https://wake.tech/

A Wake surgiu para negócios e empreendedores que pensam grande, querem ir além e buscam resultados expressivos com alta performance de ponta a ponta: é uma plataforma com a melhor transição entre aquisição, transacional e retenção do mercado. Conheça o ecossistema completo, com soluções digitais integradas e focadas na sua jornada de crescimento! Wake, uma marca Enterprise.

Wake Storefront, a solução headless da Wake

Responsável pelo desenvolvimento da interface de uma loja virtual, o Wake Storefront foi desenvolvido com alta tecnologia. Entre suas principais características, a solução garante sites mais rápidos (pontuação máxima nos testes com o Google Lighthouse), personalizados (APIs headless e liberdade para criar) e seguros (Powered by AWS), entre outros diferenciais. O produto faz parte da vertical Wake Commerce e marca o posicionamento da empresa em oferecer novas possibilidades para criar experiências únicas de compra, com foco total no cliente.

wap.store | https://www.wapstore.com.br/

A melhor plataforma de e-commerce para o crescimento do seu negócio. A wap.store tem tudo que você precisa para sua loja online crescer: atualizações periódicas, excelente experiência de compra, controle dos números, personalização, otimização de venda, segurança, estabilidade e muito mais. O foco principal é o crescimento do seu e-commerce, na melhor parceria ganha-ganha.

wap.store recebe certificação da Americanas Marketplace

Com uma equipe dedicada a entregar muito mais do que números, a wap.store é uma plataforma de e-commerce comprometida com agilidade e praticidade que potencializam as vendas de seus clientes. Possui certificados nos principais marketplaces do mercado, dentre eles o Mercado Livre - das quais apenas três plataformas têm a mesma certificação, entre elas Via Certifica e Acelera Magalu. Agora chegou também a Americanas, mostrando sua potência no mercado de e-commerce, comprovando que suas soluções integradas em um só lugar dão mais credibilidade e visibilidade aos clientes, além de garantir e impulsionar fortemente o crescimento de negócios.

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WEBJUMP | https://webjump.com.br/

A WEBJUMP é a única Adobe Gold Partner brasileira com selo Specialized Commerce na América Latina. Possui expertise nas soluções Adobe Experience Cloud, análises de dados, conteúdo, e-commerce e gerenciamento de jornada do cliente, baseado em inteligência artificial. Por meio de sua metodologia ágil, proporciona a transformação digital para empresas líderes de mercado, com qualidade, transparência e comunicação assertiva em todas as fases dos projetos. A empresa, agora parte do grupo Compass Uol, destaca-se na busca incessante pela excelência - uma filosofia colocada em prática há 15 anos.

Descubra os novos serviços da WEBJUMP: potencialize seu sucesso no comércio eletrônico

A WEBJUMP apresenta seus novos serviços especializados em e-commerce. Através do Product Design, ofereça experiências excepcionais, destacando sua marca e encantando seus clientes. Com o serviço de analytics, obtenha insights valiosos para decisões mais assertivas que explorem todo o seu potencial. Aumente sua visibilidade e reconhecimento com performance SEO, gerando tráfego orgânico e fortalecendo sua presença digital. Obtenha uma solução completa de marketing digital com um squad especializado que irá planejar e executar sua estratégia do início ao fim. Explore as soluções da WEBJUMP e alcance o sucesso no mundo do e-commerce

Worldpay | https://worldpay.fisglobal.com/

A Worldpay from FIS (NYSE: FIS) é uma empresa líder em tecnologia em pagamentos que apoia comerciantes, bancos e mercados de capitais a mover o comércio global. Processando 75 bilhões de transações que alcançam o valor de US $ 9T para mais de 20.000 clientes anualmente, a Worldpay eleva a economia e as comunidades, avançando no mundo de pagamentos, bancos e investimentos.

The Global Payments Report 2023: estudo revela comportamento dos consumidores e meios de pagamentos até 2026

A Worldpay, líder global em soluções de pagamento para o e-commerce, lançou o estudo The Global Payments Report 2023, realizado no Brasil pelo quarto ano consecutivo. A pesquisa traz uma análise dos meios de pagamento com 46 mil consumidores, em 40 países e cinco continentes, bem como tendências no universo de pagamentos digitais. O material aborda, além de e-commerce, compras no PDV, identifica tendências e projeta cenários futuros, bem como relevância dos mercados. Para acessar o estudo na íntegra, acesse: https://www.fisglobal.com/en/global-payments-report

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