Revista E-Commerce Brasil - edição 81

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Não adianta negar, vamos ter que lidar com o fim dos cookies, e está tudo bem. Na matéria de capa desta edição, vemos que há mais sobre personalização para explorar além do uso das informações fornecidas pelos cookies, além de que os consumidores esperam essa proatividade do varejo. É hora de ampliar o cardápio da confeitaria do e-commerce.

Não podemos deixar de refletir também sobre a importância de estarmos com a mente aberta para novas tendências e formatos (tanto de lojas como de produtos) quando o assunto é vender online. Cada vez menos, os nichos significam poucas vendas. Pelo contrário. No case desta edição, vemos que conciliar paixão pelo esporte com vendas online é sim uma oportunidade. Além disso, na entrevista, vemos mais uma vez que há muito espaço para falar sobre sustentabilidade (ainda mais na hora do banho!).

Já com relação aos artigos, batemos recorde de especialistas falando sobre Pix, e não é para menos. O método de pagamento digital caiu como uma luva nas necessidades e expectativas dos brasileiros, então não podemos deixar de ficar de olhos bem abertos. Prontos para a leitura?

#Edição81 | Junho 2024

EXPEDIENTE

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Rafael Ribeiro

DIREÇÃO DE ARTE / DIAGRAMAÇÃO

Fabio Lody

JORNALISTA RESPONSÁVEL

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COLABORADORES

Anthony Long, Daniella Doyle, Felipe Mendes, Gustavo Gadotti, Marco Zolet, Mariana Tahan, Murillo Restier, Nathan Marion,Pedro Padis, Ralf Germer.

EXECUTIVOS DO NEGÓCIO

Rafael Ribeiro, Samuel Gonsales, Vivianne Vilela

ORGANIZAÇÃO

Grupo iMasters

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Jornalista

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AMANDA LUCIO

Jornalista

HELENA CANHONI

Jornalista

MARGARETE BONAFÉ

Assistente de Curadoria

FABIO LODY

Gestor de Criação

//CONTEÚDO

Victor Lichtenberg e a sócia Andreia Quercia

14. TENDÊNCIAS, VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

"Inovo, logo existo"

20. FIDELIZAÇÃO

Personalização inteligente: como a IA está potencializando a fidelização no e-commerce

Live commerce: quais as vantagens para as vendas

08. ENTREVISTA 42. PIX

Quebrando barreiras no e-commerce brasileiro: a jornada rumo ao full commerce

34. FUTURE SHOPPING

Será que realmente alcançamos a perfeição? As evidências dizem que não...

40. PAGAMENTOS

Pix automático vai despertar um boom no mercado de assinaturas

Quem nunca sonhou em ser um jogador de futebol?

50.MARKETING

O futuro é logo ali: para o varejo e para o marketing

52. NOS BASTIDORES DO E-COMMERCE

Marketplace não é para amadores

46. CASE 54. DICAS DE LEITURA 36. FULL COMMERCE 22. LIVE COMMERCE

Uma pausa conveniente

24. RETAIL MEDIA

Retail media: qual o impacto do posicionamento estratégico publicitário na hora de fechar uma venda?

Soluções de pagamentos e os desafios do Pix no e-commerce

44. INOVAÇÃO

Qual é o futuro do mercado de pagamentos no Brasil?

É HORA DE SE LIVRAR DO PLÁSTICO

Sim, é possível lavar e condicionar o cabelo com produtos em barra, que não usam plástico e se preocupam com as matérias-primas, e não, seu cabelo não vai cair

Por Júlia Rondinelli da Redação do E-Commerce Brasil

Sustentabilidade é um tema recorrente nesta revista (por um bom motivo).

O planeta não é mais como era antigamente. É chover no molhado dizer que a poluição e o efeito estufa estão tendo um impacto significativo na vida das pessoas. Enchentes, incêndios em regiões de florestas, aumento da aridez de regiões uma vez verdejantes e o completo descontrole climático são apenas alguns dos exemplos que podemos dar. É inegável que é preciso entrar em uma época de regeneração ambiental, e o e-commerce tem um papel relevante (para não dizer de protagonismo) nisso.

Pensando nisso, trouxemos Victor Lichtenberg para um bate-papo. Ele e a sócia Andreia Quercia entenderam que deixar de consumir não é uma opção, mas é possível repensar toda a cadeia de um produto, de

sua formação até o descarte, com o mínimo de impacto ambiental possível.

Foi assim que nasceu a B.O.B. (ou, para nós que ainda não somos íntimos dela ainda, Bars over bottles). A companhia trabalha com o conceito de que não é necessário levar água para passear ao ter produtos de clean beauty de qualidade em casa. Pioneira no Brasil, a empresa trabalha com produtos em barra, cuja ativação acontece com a água do próprio chuveiro quando tomamos banho, de maneira que não precisam de embalagens de plástico.

O mercado de clean beauty deixou de ser um apelo de nichos específicos e hoje preocupa gerações relevantes para o crescimento do e-commerce. De acordo com a Nielsen, 42% dos consumidores brasileiros já mudaram seus hábitos de consumo pensando no impacto ambiental. Até o final de 2024, o

segmento deve ter um faturamento global de mais de US$ 22 bilhões, segundo a Statista. Por mais que o consumidor brasileiro esteja começando agora a entender a importância desse movimento, nos Estados Unidos e na Europa, já existe uma demanda (para não dizer pressão) para que as empresas ofereçam opções sustentáveis.

Saiba como a B.O.B. faz parte desse movimento.

E-Commerce Brasil: Qual foi a ideia que baseou a construção da B.O.B e o seu ponto de partida para que se tornasse a empresa que é hoje?

Victor Lichtenberg: A Andreia e eu já sabíamos que queríamos empreender nesse universo de sustentabilidade, então foi algo muito rápido encontrar um propósito. A Andreia, minha sócia, foi fazer um MBA de dois anos na Alemanha, mas isso já faz quase oito anos, e ela nunca mais quis voltar de lá. A partir dessa experiência, ela viu que a organização da sociedade alemã é muito diferente, principalmente com relação ao destino dos recursos naturais, reciclagem do lixo, uso de embalagens etc.

Lá, ao ir no mercado e comprar um produto cuja embalagem é de plástico descartável, o consumidor paga uma taxa extra, que é devolvida caso ele retorne a garrafinha no local certo de reciclagem. Para isso acontecer, existe uma organização regulatória que envolve o governo, a iniciativa privada e a própria sociedade.

Pensando nisso, começamos a olhar para os produtos que consumimos, para onde vão ao serem descartados, como chegam e saem da cidade. Os produtos costumam chegar de maneira muito organizada na mão do consumidor, mas o que sobra deles é

descartado sem o devido controle, tanto pelo lixo como pelo esgoto.

Foi essa mentalidade que nos motivou a trabalhar com produtos que não tivessem um impacto tão grande na pegada de carbono, com um ciclo de começo, meio e fim, que geram o mínimo de resíduo possível. Um shampoo tradicional, por exemplo, deve durar uns dois meses mais ou menos depois de aberto, mas a embalagem, após a vida útil do produto, não tem mais nenhuma finalidade, mesmo que tenha gerado uma pegada de carbono monumental para ser fabricada, além de não ser perecível, fazendo com que fique para sempre no meio ambiente depois de descartada. Isso não faz nenhum sentido, não é mesmo?

Esse tipo de mentalidade e questionamento tem crescido muito na Europa, alimentando a tendência waterless, ou seja, apenas com o princípio ativo, sem carregar e consumir água de maneira desnecessária. Uma vez que o consumidor vai tomar banho com

aquilo, já haverá a água do chuveiro para fazê-lo funcionar. Com menos água, as embalagens não precisam ser de plástico, é possível transportar mais produtos de uma vez, e reduzir o impacto em toda a cadeia.

E-Commerce Brasil: A B.O.B já nasceu com a ideia de se internacionalizar, pensando no mercado europeu e norte-americano. Quais foram as principais diferenças percebidas entre o consumo sustentável no Brasil e nos Estados Unidos?

Victor: A principal diferença com certeza é o awerness do produto, ou seja, como os consumidores veem e procuram por produtos sustentáveis. Nos EUA, esse mercado de clean beauty é muito maior e bem estruturado. Você encontra essas categorias em lojas, supermercados e farmácias. Aqui, mesmo existindo demanda, as lojas dão pouca ênfase e visibilidade para os produtos nesse segmento.

Então, aqui, nós criamos uma demanda antes de lançar o produto. Durante os dois primeiros anos da B.O.B., era muito difícil trabalhar em campanhas de categoria dos produtos, já que a demanda para shampoos sólidos ainda era muito pequena. O diferencial no mercado brasileiro foi utilizar as mídias sociais para que primeiro as pessoas soubessem do que estávamos falando e depois refletissem que algo assim estava faltando em suas vidas ou nas suas opções de compra.

Nos EUA, por terem um mercado muito maior e já adepto dessa modalidade de compra, não foi preciso construir esse espaço na internet, só replicamos nossa marca com tudo o que aprendemos aqui de maneira muito mais rápida.

Eu vejo que existe uma oportunidade gigantesca para crescer e desenvolver produtos

nesse segmento, principalmente se olharmos para outros países e as demandas que podem ser iguais às nossas.

E-Commerce Brasil: Com relação às dificuldades, muitas delas já eram esperadas, mas quais foram inesperadas e geraram ensinamentos valiosos?

Victor: O ensinamento mais marcante é saber que, se fosse economicamente valioso reduzir a pegada de carbono, todas as empresas do mundo já seriam sustentáveis. Hoje, existe um gargalo econômico grande, principalmente pensando em empresas pequenas, começando agora a empreender em algo sustentável.

Em comparação ao mercado como um todo, a B.O.B. ainda está dando seus primeiros passos, com dificuldades que uma empresa grande sem interesse em reduzir a pegada de carbono não tem. Nós precisamos ir atrás de parceiros e matérias-primas caras que combinem com os nossos objetivos. A escala reduzida na produção da B.O.B. em comparação a uma dessas companhias também gera uma dificuldade econômica, sem contar a visibilidade e o awerness das marcas tradicionais.

No final do dia, tudo é um desafio. Temos um investimento grande em matéria-prima, em desenvolvimento, em tecnologia e em parceiros comerciais. É preciso acreditar muito que esse é o caminho certo para ir vencendo essas dificuldades no dia a dia.

E-Commerce Brasil: Nos Estados Unidos, quais foram as surpresas positivas e negativas nessa jornada de internacionalização?

Victor: A surpresa mais positiva com certeza foi entender que o trabalho que começamos no Brasil é uma tendência global, o que nos faz ver que o mercado brasileiro é razoa-

velmente relevante para o crescimento das marcas sustentáveis. Em comparação aos Estados Unidos, onde as marcas já estão mais consolidadas, há um grande espaço de crescimento.

Lá, por já ser uma tendência, foi muito mais rápido começar a vender, tanto no canal próprio quanto na Amazon, uma vez que o consumidor não precisa necessariamente conhecer a B.O.B. para comprar os nossos produtos, ele só precisa ser adepto da categoria waterless. O mercado norte-americano valida o que aprendemos no Brasil.

A surpresa negativa foi a quantidade de investimento necessário (em dólares) para competir com as estratégias digitais das marcas dos EUA. É necessário investir pesado em mídias e canais digitais e mesmo assim

são passos de formiguinha. Só é possível a partir de muito estudo e bons parceiros para cuidar da importação.

E-Commerce Brasil: A B.O.B usa uma estratégia de diversificação de canais. Como isso auxiliou a marca a crescer e ter uma noção mais ampla do mercado?

Victor: Quando a gente pensa em internacionalização, parceiros e diversificação de canais, precisamos ter em mente também a diversificação dos interesses digitais, pois as mídias se tornaram muito polarizadas. Hoje, por exemplo, a maior audiência televisiva brasileira é o YouTube. Muitos paradigmas foram alterados. Estar no ambiente digital é aceitar que precisa existir essa diversificação, já que a dispersão da audiência é muito grande.

Então, aprendemos que cada canal, cada mídia, tem os seus pormenores e as suas estratégias, assim como as lojas de rua são diferentes entre si. Porém, para as empresas menores, como ter um time focado em cada canal? É impossível e sem resultado tentar abraçar todas essas possibilidades. Sabendo disso, aderimos à Amazon, que nos possibilitou estar digitalmente diante de audiências qualificadas já dentro do funil de vendas. As pessoas que acham a B.O.B. no marketplace já estão lá com a intenção de comprar produtos nessa pegada.

Olhando para as grandes marcas digitais, percebemos que muitas delas têm lojas oficiais em grandes marketplaces. Nos Estados Unidos, por exemplo, grande parte das buscas de compras já começa na Amazon, que é responsável por dois terços das vendas que realizamos em território norte-americano.

E-Commerce Brasil: Quais são os planos da B.O.B. para o futuro com relação à expansão da marca, novos produtos e o impacto do segmento de clean beauty no Brasil?

Victor: Nosso objetivo é muito claro: criar um banheiro sem plástico. Nossos pilares se baseiam em clean beauty e sustentabilidade em todas as etapas da cadeia. Lá atrás, começamos com produtos de hair care, mas aos poucos começamos a nos aventurar.

Quando você entra em um banheiro, há um mundo acontecendo lá dentro, e os produtos dizem muito sobre o que uma pessoa quer em relação ao autocuidado. Queremos estar presentes nessas categorias, no protetor solar, no hidratante corporal, nos itens de higiene pessoal e por aí vai. Mas ainda estamos começando, dando os primeiros passos em um mundo de possibilidades e, para crescer mais, precisamos fortalecer os

produtos que já temos, que são as nossas maiores conquistas.

E-Commerce Brasil: Quais recomendações ou conselhos você daria para alguém que quer investir no mercado de clean beauty e exportação, espelhando-se nos passos da B.O.B.?

Victor: A primeira dica é que é preciso ter em mente com muita certeza e clareza qual é o posicionamento da marca. Se você não acreditar muito nisso, não vai dar certo.

Além disso, as oportunidades para esse segmento são enormes, mas por isso mesmo é muito fácil se perder. Não dá para abraçar todas as oportunidades ao mesmo tempo. O ideal é fortalecer e testar até dar certo para então dar outros passos. Então, escolha um desafio de cada vez.

Outra dica que dou é que você não precisa ter um portfólio completo para começar a vender. Com a loja própria, ou no marketplace mesmo, é mais interessante começar a vender o que já está funcionando para aí sim ir aprimorando outras ideias.

Já com relação ao mercado internacional, existe muito o que aprender observando como as marcas se relacionam e se posicionam.

Por fim, acredite no boca a boca. Se o seu produto for bom, as pessoas vão te recomendar.

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FELIPE MENDES

General Manager Latam da GFK

“INOVO, LOGO EXISTO”

Omercado de bens duráveis e tecnologia de consumo enfrenta desafios significativos há alguns anos, especialmente pelas dificuldades econômicas persistentes desde 2021, mas também pela adoção de um ciclo vicioso por parte do setor, que reduziu o seu nível de inovação e promoção. Este texto busca refletir um pouco melhor sobre as pressões atuais, bem como discutir alternativas para a recuperação.

Pese o fato de se concentrar em um setor com alto nível de vendas no e-commerce, o leitor da Revista E-Commerce Brasil poderá identificar problemas similares em outras categorias ou mesmo em seu negócio. Além disso, algumas das tendências e possibilidades apresentadas podem ser aproveitadas em outros setores, sendo, portanto, uma oportunidade para uma revisão do portfólio de produtos.

O cenário-base para qualquer plano de negócios

Assim como em 2022, o mercado de tecnologia de consumo e bens duráveis voltou

a apresentar uma receita global em dólares decrescente - nesse caso, a uma taxa negativa de 3%. Embora o Oriente Médio e a África tenham mostrado crescimento, outras regiões, como a Ásia emergente e a China, enfrentaram quedas significativas nas receitas, assim como a América Latina. Esse é um movimento relativamente “novo” para as empresas, pois os países com teórico potencial de maior crescimento justamente são aqueles que colaboram para reduzir a demanda em um nível global.

Variações de desempenho entre as categorias também foram observadas. Enquanto aparelhos domésticos pequenos e até smartphones apresentaram estabilidade, produtos de informática e eletrônicos de consumo (televisões, áudio) sofreram as maiores quedas em receita de vendas.

Os sinais de futuro, do ponto de vista macro, tampouco são tão positivos, já que a confiança do consumidor ainda permanece em níveis historicamente baixos. Há, paradoxalmente, preocupação com juros e inflação, e apesar da retomada do mercado de trabalho,

Atuou em empresas de bens de consumo, como Phillip Morris, Mondelez e Unilever, no Brasil, Chile e México, até a posição de Diretor de Marketing. Em consultorias de data analytics, como a GfK, vem liderando empresas e unidades de negócio desde 2008, especializando-se em realizar processos de turnaround comercial, operacional e financeiro, bem como integração de empresas adquiridas. Felipe é membro do YPO (Young Presidents Organization) desde 2014 e atua em Conselhos de Empresas e Associações, além de palestrante frequente em eventos de tecnologia, varejo e comércio eletrônico, sendo investidor de startups nesses segmentos.

ele ainda não gerou uma disposição maior à compra.

No entanto, há alguns sinais positivos que merecem destaque, como o fato de que os últimos meses de 2023 mostraram sinais de estabilização, com um ligeiro crescimento de 2% no quarto trimestre em comparação ao mesmo período de 2022.

Porém, há dois sinais estrategicamente mais interessantes. O primeiro é que a tendência de "premiumização" continua, em praticamente todas as categorias, com consumidores dispostos a pagar mais por produtos de alta qualidade e desempenho. O segundo é a aproximação do ciclo natural de reposição, já que, após pouco mais de quatro anos do boom de consumo da pandemia, será necessária a substituição de parte dos produtos adquiridos naquele momento.

O advento da inovação para romper a inércia dos compradores

Esses dois fatores nos permitem sonhar com um futuro mais interessante, mas “sonho sem ação é ilusão”, como diria um pensador. Na minha visão, a ação mais óbvia é a “inova-ação”, buscando trazer benefícios que agreguem valor real para públicos-alvo específicos, colaborando assim para o desenvolvimento da demanda e para a melhora na qualidade de vida dos seus usuários.

Se inovar é positivo para qualquer setor, talvez para os produtos de tecnologia de consumo e bens duráveis, ela seja ainda mais relevante pelo caráter discricionário da compra (ou do valor gasto). Pensando nisso, vamos explorar as principais inovações que têm moldado o setor nos últimos anos, avaliando algumas implicações e oportunidades que oferecem para o futuro.

Inovações em modelos de negócio, produtos, ecossistemas e serviços

Acredito ser interessante iniciar por modelos de negócios inovadores, já que eles têm incrementado a relevância e a rentabilidade das empresas que os desenham e adotam:

· Serviço de assinatura da HP: a empresa mudou a maneira como os consumidores adquirem consumíveis de impressão, oferecendo serviços de assinatura que eliminam camadas adicionais na cadeia de valor e fornecem insights sobre o comportamento de impressão dos consumidores. Recentemente, a HP ampliou esse serviço para incluir também o hardware das impressoras, permitindo uma integração ainda maior entre produto e serviço e criando uma barreira competitiva, ou “moat”.

· Modelos de negócios baseados em software: a indústria automotiva está se tornando cada vez mais definida por software, a ponto de existir o conceito de “SDVs” (Software Defined Vehicles, ou veículos definidos por software). Nesse caso, as atualizações constantes de software oferecem novas funcionalidades e melhorias de segurança, conforto e desempenho, o que inclui desde sistemas de assistência ao motorista até entretenimento a bordo. Esses veículos estão transformando a indústria automotiva ao permitir que novos recursos sejam adicionados ao carro após a compra, via essas atualizações.

Essa relação simbiótica entre a indústria automotiva e a de software é parte fundamental para o desenvolvimento do conceito de mobilidade eletrificada. Empresas de tecnologia não apenas colaboram com fabricantes de automóveis para integrar soluções avançadas, como sistemas de entretenimento e assistência ao motorista, como

começam a avançar verticalmente na cadeia de produção.

Já voltando a atenção a produtos, outro pilar histórico do setor é a maior conveniência, facilitando a vida dos usuários. Isso inclui funcionalidades inteligentes e dispositivos multifuncionais que automatizam tarefas e economizam tempo e espaço.

· Aparelhos de limpeza inteligentes: aspiradores-robôs que automatizam a limpeza, permitindo que os consumidores economizem tempo e esforço em tarefas domésticas;

· Eletrodomésticos multifuncionais: produtos que combinam várias funções, como varredores e lavadoras a seco, oferecem uma maior versatilidade e economia de espaço;

· Integração em ecossistemas domésticos: dispositivos que se conectam a outros sistemas inteligentes em casa, como termostatos, sistemas de segurança e iluminação inteligente, para criar uma experiência integrada e coesa para o usuário.

Os ecossistemas domésticos, aliás, estão se democratizando graças à adoção do protocolo “Matter”, que permite a conectividade entre dispositivos de diferentes marcas, proporcionando uma experiência de usuário mais agradável e sem atritos, e das parcerias estratégicas, que possibilitam a integração de produtos de diferentes categorias, como TVs que sincronizam com sistemas de iluminação inteligentes.

Podemos citar ainda duas novas tecnologias, que facilitam uma maior conectividade e desempenho:

· “SSDs” (unidade de estado sólido): utilizados para armazenar informação, continuam a se destacar devido à sua velocidade e ao seu desempenho aprimorados. Com a intro-

dução de novos protocolos de transferência de dados, como “NVMe” (memória não volátil expressa) e as “PCIe” (interconexão expressa de componentes periféricos), os SSDs estão superando as limitações de capacidade e se tornando a escolha preferida para armazenamento, tanto interno quanto externo.

· Tecnologia Mesh: melhora a cobertura Wi-Fi em grandes residências, lidando com o aumento de dispositivos conectados. Produtos com tecnologia Mesh têm se destacado devido à sua capacidade de fornecer uma conexão estável e robusta em ambientes com muitos dispositivos, garantindo uma melhor experiência de internet.

Outra vertical importante é a de “saúde, higiene e bem-estar”, que ganhou relevância com a crescente conscientização sobre viver e consumir de maneira saudável. As inovações nesse espaço variam desde características em produtos existentes até novos segmentos e processos, tais como:

· Aparelhos de diagnóstico pessoal: monitores de pressão arterial e termômetros digitais permitem que os consumidores monitorem sua saúde de maneira conveniente e eficaz em casa.

· Eletrodomésticos de cozinha saudáveis: fritadeiras a ar quente e espremedores ajudam os consumidores a preparar alimentos de maneira mais saudável, reduzindo o uso de óleo e preservando nutrientes essenciais;

· Tratamento do ar e da água: purificadores de ar e filtros de água estão se tornando cada vez mais populares, especialmente em áreas urbanas, onde a qualidade do ar e da água pode ser comprometida

Outro fator relacionado a novos hábitos e preocupações é a sustentabilidade, que

ganhou relevância à medida que as mudanças climáticas impactam diretamente mais pessoas, gerando mais custos em suas vidas cotidianas. Vale relembrar que a legislação e/ou a regulamentação também podem impulsionar a inovação, ao demandar novos padrões de eficiência energética ou normas ambientais.

As inovações nessa área tendem a centrar-se em eficiência energética, mas são cada dia mais importantes a circularidade e a reparabilidade:

· Eficiência energética: uso de termostatos digitais para gerenciar o aquecimento de ambientes de maneira eficiente. A inovação em eficiência energética também se estende a grandes eletrodomésticos que consomem a maior parte da energia durante seu ciclo de vida, incentivando o uso de tecnologia para economizar energia.

· Circularidade: uso de materiais reciclados na produção, como os 20% de materiais reciclados no iPhone 15 Pro e os 90% de material reciclado usado na carcaça do HP Elite Dragonfly.

· Reparabilidade: produtos desenhados para serem facilmente reparados, prolongando sua vida útil e reduzindo a necessidade de substituições frequentes.

É lógico que essas tecnologias podem se combinar, gerando iniciativas como o "Samsung Smart Things AI Energy Mode" e o "Schneider Home system".

Algo que também tem gerado tração é o “design centrado no usuário”, e suas inovações variam desde a escolhas de cores até as sua “forma” e novas funcionalidades, expandindo o conceito de design e reforçando sua importância para a diferenciação:

· Fones de ouvido TrueWireless: diferentes funcionalidades para atender a várias necessidades, como bloqueio de ruído durante o deslocamento ou um uso mais confortável durante o exercício;

· Eletrodomésticos sem fio: facilitam o uso em casa sem emaranhados de fios, como varredores de mão recarregáveis e chapinhas de cabelo sem fio, proporcionando maior mobilidade e conveniência;

· Aparelhos customizáveis: produtos que permitem a personalização de cores e painéis, como smartphones e eletrodomésticos que oferecem uma gama de opções de cores e acabamentos para atender aos gostos individuais dos consumidores.

Outro uso importante para o design centrado no usuário é a acessibilidade, que pode ser simplificada para proporcionar um uso mais simples para pessoas com diferentes necessidades.

Interessante observar que, além do benefício específico dos produtos, tanto a acessibilidade como a sustentabilidade colaboram para a percepção do público sobre o compromisso da empresa com o planeta e a sociedade.

Outra área de inovação é o processo de compra em si, área de excelência dos leitores da Revista E-Commerce Brasil. Estimular e facilitar a compra, em especial nesse setor, podem fazer a diferença entre um carrinho abandonado ou um “Pix”.

Vale relembrar as experiências imersivas ou aumentadas, que ainda são elementos diferenciadores, já que permitem que os consumidores interajam com os produtos de maneira mais envolvente antes de comprá-los.

Como os nomes já bem definem, a utilização da realidade aumentada (AR) e/ou da realidade virtual (VR) no processo de compra permite criar simulações diversas, que tangibilizam benefícios e permitem que o usuário antecipe a sensação de como aquele produto irá se encaixar na sua vida (ou na sua cozinha). O metaverso, mesmo perdendo o status hype, ainda pode oferecer ambientes virtuais onde os consumidores podem explorar produtos, participar de demonstrações ao vivo e até fazer compras diretamente.

“Personalização e recomendação” são outros elementos aceleradores de compra que ainda podem ser melhor explorados, permitindo oferecer recomendações baseadas nas preferências do potencial comprador, seja por seu histórico de busca, compras realizadas ou mesmo momentos de vida. A forma de se entregar a mensagem do produto também pode ser adaptada, bem como os preços ofertados, criando uma experiência única e relevante.

Mas se eu não produzo esses produtos, o que posso fazer?

Espero que estejamos de acordo que a inovação continua a ser um motor essencial de progresso nos setores de tecnologia de consumo e bens duráveis. Desde modelos de negócios inovadores e conveniência até sustentabilidade e design centrado no usuário, as empresas que investem em inovação estão melhor posicionadas para enfrentar os desafios do mercado e atender às crescentes demandas dos consumidores.

As tendências emergentes em IA, IoT e sustentabilidade oferecem novas oportunidades para diferenciar produtos e conquistar novos mercados, garantindo que as empresas permaneçam relevantes e competitivas no futuro.

Porém, muitas dessas inovações não encontram boa receptividade do varejo, pelo inerente risco associado a algo que ainda não conhecemos, seja como empresários do setor ou até mesmo como usuários. Também é natural que os riscos tomados pelo varejo sejam bastante calculados, já que as margens reduzidas não aguentam “desaforo”.

Nesse cenário, a estratégia, a parceria com a indústria e a informação de qualidade são elementos diferenciadores para o sucesso:

1) Qual o percentual de novos produtos que eu quero ter em meu negócio a cada trimestre? E qual o faturamento que quero desses novos produtos, após seis meses de lançados?

2) Como desenvolvo com a indústria um plano de promoção e gerenciamento de estoques que estimule a adoção dos produtos, mas não arrisque meu custo de inventário?

3) Onde devo me informar sobre o desenvolvimento comercial dessas novas tecnologias em outros países, ou até mesmo em outras regiões e canais do Brasil? Quais sites, portais, jornalistas e consultorias podem me guiar nesse processo?

O fato é que o mundo dos negócios valoriza, com retornos e resultados diferentes, aqueles que tomam decisões antes ou mais decisivas do que os seus colegas de indústria. Se todos estão comprando algo, tenha certeza, a margem já está apertada.

PERSONALIZAÇÃO INTELIGENTE: COMO A IA ESTÁ POTENCIALIZANDO A FIDELIZAÇÃO NO E-COMMERCE

Quem trabalha na área de tecnologia, inovação e varejo já está mais do que convencido de que a inteligência artificial tem desempenhado um papel determinante no aumento das vendas no e-commerce ao oferecer recomendações inteligentes de produtos, ofertas customizadas e apresentações de site personalizados com chatbots, análise preditiva, precificação dinâmica, automação de marketing, entre outros recursos. Tudo isso só é possível graças à capacidade da IA de analisar volumes significativos de dados do cliente, como comportamento de navegação, histórico de compras e interações.

Segundo pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company, 71% dos consumidores desejam ter experiências personalizadas,

e 76% sentem-se insatisfeitos quando isso não acontece. Cientes disso, marcas como Animale, Shoulder, ZZ Mall e Hering utilizam estratégias para recomendações personalizadas de produtos a partir de banners baseados em IA, melhorando significativamente a experiência do usuário.

Porém, é importante destacar que a “personalização” pode ir muito além dos banners inteligentes. Ela envolve também entender as necessidades e preferências dos consumidores para adaptar serviços e ofertas, criando uma conexão mais próxima e fortalecendo a lealdade à marca. Nesse sentido, a adoção de um enfoque omnichannel permite uma experiência sem fronteiras, acessível em todos os canais, fortalecendo a confiança e a lealdade do cliente com a marca.

Uma visão de como a personalização agrega muito valor às empresas é a utilização, por grandes varejistas, de soluções inteligentes que unificam todos os dados de compra do cliente online e offline.

A partir dessas informações consolidadas, criam-se então trilhas personalizadas por e-mail, por WhatsApp e via mensagem de SMS com conteúdos relevantes para cada tipo de consumidor. Dessa forma, as marcas conseguem agregar dados comportamentais, a fim de entender o que o cliente está visitando no site e ativar de forma proativa campanhas para estimular o relacionamento e a venda junto aos vendedores de loja conectados e disponíveis para melhor atendê-lo.

Estratégias de segmentação para compreender diferentes perfis de clientes, antecipando

suas necessidades e criando recomendações proativas que resultam em uma experiência de compra conveniente e satisfatória, também fazem parte de uma personalização eficaz. Isso demonstra como a análise de dados comportamentais pode otimizar a jornada do cliente. Afinal, ao identificar padrões de comportamento, como páginas visitadas e produtos visualizados, é possível criar interações mais oportunas, enviando, por exemplo, mensagens personalizadas com IA no WhatsApp com oferta de produtos complementares.

Ações como essas fazem parte de uma estratégia inteligente que coloca a experiência do cliente em primeiro lugar não somente na etapa de conversão, com carrinho abandonado, mas também na etapa de descobrimento, na qual até então não era possível. E o melhor de tudo: com resultado garantido.

Gustavo Gadotti é graduado em Administração pela Estadual de SC, com pós-graduação na FAAP em Varejo de Moda. É sócio e diretor de Growth da CRMBonus, líder em soluções de aquisição e fidelidade para varejo com mais duas mil marcas e 30 mil lojas atendidas, como Adidas, Arezzo e Vivara.

LIVE COMMERCE: QUAIS AS VANTAGENS PARA AS VENDAS

Em um cenário no qual a digitalização avança rapidamente, as técnicas de venda online também evoluem, sempre em busca de novas maneiras de engajar os consumidores e oferecer experiências diferenciadas. Uma inovação que vem ganhando destaque é o live commerce, que está transformando a dinâmica do e-commerce no Brasil.

Live commerce é uma estratégia de vendas que utiliza transmissões ao vivo para demonstrar e promover produtos e serviços diretamente ao consumidor. Imagine um programa de compras televisivo, mas transmitido pela internet e com um nível de interatividade muito superior. Nessa abordagem, o vendedor pode responder às perguntas dos clientes em tempo real,

detalhar os produtos, oferecer promoções exclusivas, criar um senso de urgência e fomentar compras impulsivas. De acordo com dados do Google, em 2021, cerca de 70% dos brasileiros conectados à internet já compraram algo por meio desse formato.

Esse método proporciona uma experiência mais humana e personalizada, estreitando a relação entre marcas e consumidores. Durante a transmissão, os clientes podem interagir, fazer perguntas, expressar suas opiniões e realizar compras instantaneamente. Esse ambiente dinâmico torna o processo de compra mais envolvente e imediato.

Para realizar uma live de vendas eficiente, é crucial escolher uma plataforma que suporte transmissões ao vivo e possua um sistema

de pagamento integrado. Há diversas opções no mercado, cada uma com características específicas. A escolha ideal deve considerar o público-alvo, o nicho de mercado e os objetivos de vendas da empresa.

Entre as principais plataformas destacam-se o Instagram, a rede social mais utilizada no Brasil; o Stream Shop, especializado em live commerce; o Mimo, que combina funcionalidades de livestreaming e e-commerce; e o Kwai, conhecido por seus vídeos curtos e envolventes.

O live commerce é uma ferramenta poderosa para aumentar as taxas de conversão de um negócio online. Ele cria um senso de urgência e exclusividade que incentiva os consumidores a aproveitarem ofertas únicas durante a transmissão. Além disso, as lives podem aumentar o ticket médio das vendas através de estratégias de cross-selling e up-selling. Outra vantagem é o potencial

viral das transmissões, uma vez que os espectadores podem compartilhar os vídeos com amigos e familiares em redes sociais ou grupos de mensagens.

Portanto, a tendência do live commerce não mostra sinais de enfraquecimento. Pelo contrário, as oportunidades trazidas por essa modalidade são valiosas para empreendedores que buscam expandir seus negócios no mercado. Manter-se atualizado com essas novidades é essencial para alcançar resultados positivos, apoiando-se no crescimento dos lucros.

Daniella Doyle é head de marketing do Bling, sistema de gestão da LWSA. Com vasta experiência em cargos de gerência e especializações em gestão de mídias digitais, inteligência de negócios, comunicação interna e gestão estratégica de marketing, Daniella lidera o marketing de desempenho, produtos, crescimento, branding e digital do Bling.

RETAIL MEDIA: QUAL O IMPACTO DO POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO PUBLICITÁRIO NA HORA DE FECHAR UMA VENDA?

No universo do varejo, sobretudo para quem vende online, a concorrência por atenção e pela fidelidade do cliente é uma jornada complexa, mas não impossível. Com o uso das ferramentas e estratégias adequadas, é possível se destacar no mercado e atrair o público para o negócio, como é o caso do retail media.

Embora tenha ganhado mais visibilidade nos últimos anos, essa estratégia sempre existiu, só foi aprimorada recentemente: é uma prática de anúncios patrocinados, que são feitos por marcas em sites e/ou aplicativos de empresas varejistas, uma espécie de “collab”.

Os próprios canais de venda acabam se tornando uma plataforma publicitária, até mesmo lojas físicas, trazendo à tona a estratégia omnichannel, fornecendo uma experiência de compra integrada e coesa em todos os pontos de contato do cliente, garantindo que, independentemente de onde ou como o consumidor interaja com a marca, a experiência seja contínua e estratégica.

O e-commerce, inclusive, é responsável pelo crescimento exponencial do retail media. Segundo pesquisa realizada pelo Google, até 2026, representará 25% dos investimentos em publicidade. Um dos fatores que ajudam nessa previsão é o desenvolvimento do comércio online ao longo dos últimos anos, sendo responsável por mais de 60% do share investido em publicidade.

Para quem trabalha no online e no físico, o fortalecimento é uma via de mão dupla, como quando o cliente é exposto a um QR code que leva para o aplicativo, ou quando decide retirar um produto na loja, tendo contato com outras opções de produto, aumentando as chances de vender ainda mais.

NRF 2024: retail media é destaque em um dos principais eventos do varejo

Promover mais do que conversão de vendas e construir campanhas personalizadas a partir de estudos sobre o consumidor. Esse é o principal diferencial do retail media, o

Diretor de digital e marketplace da Americanas

que fez com que ele fosse um dos maiores destaques da NRF 2024, trazendo um olhar mais estratégico para as marcas e para a forma como se posicionam no mercado.

Um dos primeiros passos para vender mais é ter uma boa performance publicitária, o que acaba atraindo mais clientes e aumentando as chances de seus produtos serem vistos em uma vitrine online com tantas opções. Isso fica ainda mais nítido ao analisar a pesquisa realizada pela McKinsey & Company, que indica que 73% dos lojistas pensam em aumentar o investimento em retail media ainda durante o ano de 2024, buscando otimizar os resultados e se destacar no mercado.

Quais são os impactos do retal media no dia a dia do e-commerce?

Uma das vantagens do retail media é a capacidade de fornecer anúncios relevantes e contextualizados para o consumidor. Isso porque, durante a jornada de compra, é possível analisar os dados e o comportamento do cliente, facilitando para marcas direcionarem anúncios específicos que se alinham com as necessidades e os interesses imediatos dos consumidores.

Quem vende online sabe que o momento em que o cliente adiciona um produto no carrinho pode ser tudo ou nada. Ele pode tanto concluir a compra quanto sair da página e abandonar o carrinho. Com isso, o retail media permite que as marcas atinjam os clientes nesse momento, quando estão prestes a fazer uma compra, podendo aumentar a taxa de conversão.

Isso também é um caminho para as indústrias, que devem enxergar no retail media uma oportunidade de obter resultados melhores, personalizando as suas estratégias a partir dos objetivos e do público que precisa ser alcançado.

Mas e além do digital?

Estar atento a novas possibilidades é essencial, como foi o caso da Americanas, que, na Páscoa deste ano, aproveitou da audiência fiel e qualificada, somada à inovação e ao retail media, e alcançou um resultado de mais de R$ 1 bilhão de vendas apenas em chocolates.

Esse resultado não fala apenas de bons anúncios no momento correto, mas sim da possibilidade de se investir em um olhar 360°, garantindo uma integração entre canais de venda digitais e físicos, mas também ocupando outros espaços para fortalecer a marca, como propagandas, outdoors, painéis eletrônicos e instalações estratégicas.

No cenário cada vez mais competitivo do e-commerce, o retail media acaba sendo mais do que uma simples oportunidade, é uma necessidade para as marcas que desejam se destacar e conquistar umas das coisas mais importantes para o negócio: a fidelidade do cliente.

Marco Zolet é diretor de digital e marketplace da Americanas e se define como um empreendedor em construção, com mais de 25 anos de experiência em gestão, operações e finanças em empresas como Ambev, Estre e HSBC. Formado em Administração pela Universidade Católica do Paraná e com MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas e Especialização Executiva em Finanças pelo INSPER, fundou o Supermercado Now, startup que deu origem à maior plataforma de supermercado e conveniência online do país, dentro do site e app da Americanas.

A CONFEITARIA DO E-COMMERCE

O fim dos cookies de terceiros está logo ali, e o e-commerce precisa começar a se adaptar para continuar equilibrando o sabor da personalização com a privacidade

Por Amanda Lucio e Helena Canhoni, da Redação do E-Commerce Brasil

“ Parabéns, Luana! Faça seu enxoval com a Target!”. O que parecia uma bela ideia da grande varejista norte-americana resultou em muitas reuniões familiares e longas explicações para os consumidores. Os pais da Luana - um nome fictício para um caso real - receberam comunicações com cupons de desconto para compra de produtos relacionados a gravidez, sabonetes sem essência, móveis e roupinhas de bebê. Porém, um pequeno detalhe atrapalhou a venda da Target: a adolescente ainda não havia comunicado a gestação aos pais.

Agora, pegue seu café com um cookie e sente-se para ler este texto da edição 81 da Revista E-Commerce Brasil.

Investigando os 25 produtos mais procurados por grávidas, a rede de supermercados conseguiu compreender, com antecedência, o novo período de vida que a adolescente iniciava. O caso aconteceu em 2002, em Mineápolis, uma cidade em Minnesota, mas se mantém relevante até hoje. A personalização pode ser responsável por alegrar um consumidor ao entrar na loja e ver exatamente os produtos que buscava na vitrine, ou uma hiperpersonalização acaba por divulgar

compras sensíveis e situações pessoais a uma grande quantidade de pessoas. Ainda assim, no relatório CX Trends 2024 da Opinion Box, 67% dos consumidores apontam o atendimento personalizado como principal fator de compra no e-commerce.

Quem nunca procurou (só por curiosidade) um produto sensível - digamos, uma lingerie ou um tônico para calvície - e ficou com medo de compartilhar a tela do computador na reunião e ter um anúncio exatamente disso? A personalização ajuda quando esquecemos o nome de um produto e ele aparece nos banners do site de sinônimos; mas, na busca por um presente, por exemplo, ninguém quer a divulgação disso. A história da Luana ganhou repercussão, mas quantas outras comunicações também foram um passo longe demais e impactaram diretamente a realidade de um consumidor?

Na lista de “boas práticas com o consumidor”, é possível encontrar:

• Prever as demandas do usuário (positivo);

• Ofertar promoções (positivo);

• Sugerir produtos relacionados (positivo);

• Expor a vida de um cliente nos banners de sites parceiros (hum, deixa a desejar).

Um belo paralelo é o episódio da série Black Mirror (contém spoilers) começando com referências tranquilas. Certa executiva não lê os termos e condições ao assinar o streaming Streamberry, e sua vida é usada como inspiração para a nova série da plataforma. Ao final de cada dia, um novo episódio é lançado na série, divulgando todos os detalhes do que a personagem fazia, incluindo seu caso extraconjugal. Para os curiosos de plantão: episódio 1, temporada 6.

É a partir de todos esses acontecimentos que fica clara a importância de tratar da personalização e, especialmente, da hiperpersonalização que os consumidores e as marcas experimentam hoje no universo do e-commerce.

A sobremesa mais cobiçada pelo e-commerce: os cookies

Quando o tema é personalização, não podemos deixar de falar dos cookies. Os arquivos instalados nos dispositivos dos usuários ganhou o nome dos famosos biscoitos porque as pequenas “gotinhas” de recheio são como as informações sobre os sites mais visitados pelos consumidores, assim como seus dados pessoais, que podem ter diversos usos. Essa é a definição da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), entidade federal criada em 2019 para cuidar e fiscalizar o labirinto que são as questões sobre privacidade e proteção de dados no Brasil.

Para colocar ordem na casa, em outubro de 2022, a ANPD lançou um guia básico de 40 páginas com orientações para todo mundo ficar nos conformes com a Lei n.º 13.709/2018, ela mesma: a Lei Geral de Pro-

teção de Dados (LGPD). No documento, foram definidas duas categorias de cookies de funcionalidades: essenciais e não essenciais. O nome já diz tudo. Os “essenciais” são aqueles que garantem o funcionamento do site ou serviço, enquanto os “não essenciais” são usados para exibição de anúncios, criar perfis comportamentais e personalizar a experiência online. E é aqui que está a carta na manga das empresas de e-commerce.

Qualquer companhia que atua em terras brasileiras precisa seguir a LGPD, mesmo que a sede não seja no Brasil. Também é importante lembrar que a lei de regulamentação de dados não é exclusividade nossa - a Califórnia tem o California Consumer Privacy Act (CCPA), e na Europa também existe uma muito parecida, a General Data Protection Regulation (GDPR), em inglês. Feita para regulamentar os países membros da União Europeia (UE), a GDPR também é de 2018 e conversa com a legislação brasileira em vários pontos.

Ah, mas por que é importante saber disso? É bem simples: em operações de e-commerce com parceiros internacionais, por exemplo, entender o funcionamento da lei evita sanções ou multas na hora de organizar sua plataforma, pois a GDPR deve ser aplicada mesmo que a empresa seja de fora da UE e só ofereça bens ou serviços aos cidadãos europeus.

E tem mais: a GDPR só permite a transmissão de dados internacionais para países que garantem um nível adequado de proteção segundo o regulamento deles - só que a criação da ANPD faz com que o Brasil esteja em conformidade para transferir dados com os países-membros da UE. De qualquer forma, as questões sobre consentimento, transparência e privacidade são centrais nos dois casos. O que também se aplica aos cookies, pois a recomendação é que as em-

presas ofereçam aos usuários um banner em seus sites com a opção de recusar os não essenciais, aqueles de terceiros, usados para personalizar campanhas publicitárias e recomendações. Também não podemos nos esquecer de especificar que o usuário do site precisa saber a finalidade dos dados e gerenciar a preferência de cookies em seu próprio navegador ou aparelho celular.

“Ao seguir as diretrizes da ANPD, as empresas se alinham às melhores práticas e às disposições legais previstas na LGPD. Limitar os cookies e a coleta de dados pessoais ao mínimo necessário é uma forma de criar uma relação de confiança com os usuários e clientes. Afinal, ninguém gosta de comprar ou se relacionar de forma geral com empresas que adotam práticas que violam a sua privacidade e os seus dados pessoais, não é mesmo?”, disse Lucas Borges, Assessor do Conselho Diretor da ANPD.

Mas, afinal, como funciona a personalização?

Talvez, no meio do mar de conteúdos, alguns consumidores tenham se perguntado: como é possível entrar no Quinto Andar e ver, nos anúncios da lateral, o tênis verde limão que está no carrinho da Nike? Apesar de muito se falar sobre o papel dos cookies nos navegadores e e-commerces, isso ainda aparece como um mistério digno do Sherlock Holmes. Para desvendar as funcionalidades e o futuro do mundo cookieless, Gabriel Avi e Raphael Abreu, da Blue Media Service, explicam os pormenores do sistema de personalização através dos cookies de terceiros.

Dentro do e-commerce, o que possibilita às marcas e empresas apresentarem os anúncios personalizados são de fato os cookies de navegador. Conhecidos por 56% dos brasileiros, segundo a Hibou, essa bolacha (biscoito para alguns) tem uma definição bem menos

interessante - um cookie é, na verdade, um arquivo de texto que salva preferências. Por meio desses códigos, armazenados em uma base de dados - alter ego da Data Management Platform (DMP) -, as organizações conseguem mostrar o banner certo para o cliente certo. O cookie desempenha um papel fundamental de que muitas organizações não querem abrir mão: a possibilidade de correlacionar os dados segmentando adequadamente os consumidores.

“Quando eu gravo essas informações na minha base de dados, que é a tal da DMP (ferramenta inteligente), ela categoriza as informações dos usuários que são coletadas. A segmentação é realizada por meio dessa jornada, que inicia no cookie e permite que eu grave todos esses dados detalhados conforme ele navega na jornada”, afirma Avi.

Página de login do e-commerce → cliente preenche seus dados cadastrais → empresa A (dona do site) fornece um cookie → empresa B extrai informações daquele cookie.

É importante compreender que cada usuário é um cookie único. De certa forma, é possível imaginar cada consumidor como um cookie tradicional de baunilha e, a cada site acessado, um confeito é acrescentado à massa. Ao final, o comprador pode ser representado como um cookie de baunilha com gotas de chocolate, granulado colorido, nozes e até pedaços de caramelo. Entretanto, os varejistas digitais possuem acesso somente ao próprio confeito - o granulado colorido não sabe que o consumidor possui nozes no seu cookie.

Para quem já está preocupado com suas informações sendo acessadas através dos cookies, calma! Por mais lúdica que tenha sido a explicação, no final do dia, os cookies continuam sendo longas linhas de códigos com caracteres especiais, números e letras. No fundo, as companhias não sabem quem são as pessoas presentes em sua base, elas apenas entendem o comportamento de uma determinada linha de código.

“Uma das informações possíveis ao coletar com os cookies, de acordo com a jornada do usuário, são os IDs dos produtos que ele visitou; com esses produtos visitados, eu crio a personalização e consigo mostrar para ele exatamente o que foi visto”, explica Avi.

Considerando a nova realidade na qual o mercado se desenrola, o diretor de vendas reflete sobre o famigerado fim dos cookies: “ainda seria possível fazer recomendações com um pouco menos de assertividade do que o cookie permite - porque ele faz uma identificação do produto visto e dentro da realidade de um grupo de interesse talvez isso não se torne real -, mas eu consigo, de uma maneira um pouco mais abstrata, saber no que o usuário tem interesse”.

Impondo limites: de olho na vigilância digital

“I always feel like somebody’s watching me [...] and I have no privacy” (em tradução livre: eu sempre sinto como se alguém estivesse me observando [...] eu não tenho nenhuma privacidade) é o refrão do hit funk-pop-paranoico de 1984, cantado por Rockwell e Michael Jackson. Tudo bem que o medo da perseguição é um tema recorrente e, naquele tempo, ainda acontecia mais pela figura física do stalker, já que a internet ainda dava seus primeiros passos. Se pularmos para 2024, 40 anos depois da música, a paranoia com a observação constante não

parece mais uma história mirabolante digna de ficção científica, ela é uma realidade.

Mas vamos voltar aos fatos: ao navegar pela internet e entrar em um site, o ideal é que apareça um banner com as opções de dados que os usuários desejam compartilhar. Ao aceitar o uso dos seus dados por terceiros, isto é, os cookies não obrigatórios, o e-commerce pode utilizá-los para personalizar a experiência com base naquilo que foi visitado - o que é interessante do ponto de vista dos negócios e do relacionamento com o cliente.

Só que, nessa tentativa de melhorar as recomendações e induzir as pessoas a adquirir algum produto, não dá para se esquecer de manter a ética sobre os limites dos dados oferecidos. Ao respeitar o nível de customização, as empresas deixam claro para os consumidores seu compromisso com a privacidade dos dados, o que conquista o coração mais do que qualquer anúncio direcionado.

Por mais que os cookies sejam importantes para o funcionamento dos sites e para a mensuração da audiência, eles podem “gerar impactos à sua privacidade, em especial diante de situações em que há um rastreamento desproporcional das atividades online. É o caso de anúncios que ficam ‘perseguindo’ uma pessoa em todos os sites que ela acessa”, comentou Lucas Borges, Assessor do Conselho Diretor da ANPD.

Com o boom da inteligência artificial, a experiência personalizada caminhou a passos largos nos últimos anos, transformando-se em algo até “involuntário” para uma parte da população. Por exemplo, muitas vezes, um like em uma publicação nas redes sociais ou em serviços de streaming pode colocar uma pessoa em um público de interesse daquele produto ou serviço. Isso graças ao

machine learning, uma forma ainda mais aprimorada de algoritmo que aprende enquanto é utilizado. Essa é uma discussão para outra ocasião.

O que realmente importa aqui é a conscientização no uso dos dados de forma transparente e bem orientada para construir uma boa jornada de contato e não irritar o consumidor com as recomendações constantes sem sentido ou até mesmo invasivas.

Google: estou sendo observado?

“Sejamos céticos, eles dizem que não, mas não existe coincidência; o computador é lógico e responde a estímulos e inputs de informação” - para Avi, a resposta é clara: as marcas e os veículos escutam nossas conversas. Uma personalidade muito influente que já previa grandes utopias e disseminação de informações privadas foi George Orwell - jornalista, escritor e ensaísta, nascido na Índia Britânica e que viveu no período de 1903 e 1950. Conhecido por grandes obras como a “Revolução dos Bichos” (1945) e “Dias na Birmânia” (1934), o autor explorava as injustiças sociais e pregava contra o totalitarismo. Possivelmente sendo mais famoso por sua leitura de um futuro distópico baseado na totalidade do Estado, o novelista construiu o famoso personagem Big Brother - um olho que tudo vê e pune aqueles que desrespeitam a ordem - no livro 1984.

Por coincidência (ou não), a icônica música pop já mencionada fez sucesso no mesmo ano em que George Orwell previu a existência do Big Brother.

Traçando um paralelo talvez não tão distante, atualmente, a sensação de que nossas atividades estão sendo observadas é muito comum e pode ser comparada ao Grande Irmão de Orwell. Ao longo do livro, o maior

tesouro em 1984 são os cubos de açúcar e os pensamentos privados de cada indivíduo. É possível compreender algumas doces migalhas da atualidade como sendo os cookies nos sites que acompanham toda a navegação. Os usuários estão acostumados a ceder dados pessoais em troca de experiências personalizadas e são mal-acostumados a valorizar experiências altamente únicas.

“O cookie é um dos aspectos que permitem que o nosso sistema consiga, horas ou dias depois, correlacionar uma navegação que os consumidores fizeram no site de notícias com uma navegação prévia de uma categoria de sapatos vermelhos”, diz Abreu.

De certa forma, o futuro que o jornalista previu se consolidou: existem grandes olhos que nos observam; a grande diferença é que, na realidade de hoje, os indivíduos concederam voluntariamente (na maioria dos casos) o acesso a seus pensamentos privados - que se estendem para os aparelhos eletrônicos.

Afinal, quem nunca brincou falando sobre como o celular virou uma extensão do corpo humano?

A união entre o livro de Orwell e o mundo da hiperpersonalização são as “perseguições” das marcas com os clientes. Simultaneamente, os consumidores valorizam a possibilidade de entrar novamente em um site e encontrar a vitrine com os produtos procurados anteriormente. Mas ficar vendo a mesma geladeira com duas portas cor de rosa em diferentes sites beira uma perseguição indesejada. Procurar informações em abas anônimas não é somente para assuntos delicados, mas funciona como uma saída para diminuir o acesso das marcas aos desejos de compra.

O novo mercado pode aparecer como um desafio para muitos e-commerces, especialmente se adequar a uma realidade sem

a presença dos cookies de terceiros que auxiliam na segmentação dos públicos. Abreu comenta: “se as empresas não sabem o que está no mercado e o que esperar, elas vão perder os dados dos clientes e vão instalar a primeira ferramenta que tiver pela frente, dizendo que resolve o problema, cedendo os dados, sem saber necessariamente que estavam fazendo isso”.

Uma das frases de Orwell que não poderia descrever melhor a realidade do mercado de compras é “nada era seu, exceto alguns centímetros cúbicos dentro do seu crânio”. Hoje, as entidades sabem, praticamente, tudo o que se passa na vida e na mente das pessoas. A compra e venda de dados, as preferências e os interesses acontecem nas plataformas digitais de uma maneira tão acelerada que os consumidores não conseguem mais ter ciência de onde suas informações pessoais estão. Segundo a pesquisa da KPMG, 88% dos consumidores se preocupam muito com os vazamentos de seus dados durante a navegação online.

Um excelente exemplo é o Serasa. Em nenhum momento, os clientes permitiram que a empresa acessasse dados sensíveis e, muito menos, exigisse pagamentos para recuperar esses dados.

“Como eles têm um score para dizer ao seu banco se ele deve emprestar dinheiro para você ou não? É um terceiro alheio, que sabe quem está no ecossistema e no passado ganhou muito dinheiro vendendo dados”, afirma Avi.

Um novo mundo: adeus ao biscoitinho do café

Apesar de todas as preocupações e dificuldades que a nova realidade cookieless pode apresentar para as empresas, é preciso ter esperança. Segundo os executivos da BMS, a

principal recomendação é que as organizações tenham consciência sobre a mudança e se preparem com antecedência para se adaptarem ao novo mercado.

Segundo Avi, o grande segredo para o novo momento é pensar adiante. O executivo explica que há dificuldade em olhar para as tecnologias considerando o longo prazo.

“Vou dar um exemplo muito prático sobre isso, que foi a mudança do GA Universal para o GA4; isso foi jogado, e muitos e-commerces não se importaram, e da noite para o dia não tinham mais dados”, conclui.

Por outro lado, a correlação entre os dados não será mais possível através dos cookies, mesmo que essa seja uma necessidade para o e-commerce. Abreu detalha que, para a entrega de um anúncio ser feita para o público mais adequado, “a correlação precisa acontecer no dispositivo; ele vai dar um pedacinho do script da SSD, e eles vão ali decidir qual DSP vai de fato ganhar esse espaço”. Isso significa, ao final, que o que muda é a tecnologia segundo a qual os leilões acontecem, mas as engrenagens do sistema se mantêm em uso.

É necessário que o varejo digital esteja atento às mudanças, pois grande parte dos consumidores, 71% segundo a McKinsey & Company em 2023, esperam interações personalizadas, e 76% se decepcionam quando elas não acontecem. “As empresas não vão perder dados ou perder recomendações, vão perder a eficiência de suas campanhas que geram receita; o impacto financeiro disso é enorme”, reitera Avi. As marcas precisam garantir que serão capazes de entregar boas navegações e satisfação a seus consumidores sem o auxílio dos cookies para segmentação e entrega de ads.

Sem os cookies, o varejo digital perde visibilidade sobre determinados aspectos da sua base de clientes; porém, é com essa nova implementação que os consumidores são capazes de ganhar privacidade. Os dados não pertencem mais aos sites que o usuário visita, mas ficam armazenados na própria máquina do consumidor, permitindo maior controle sobre quais informações são divulgadas às marcas.

Agora, para que seja possível compreender o cliente, as marcas precisam do preenchimento do campo “login” em seu e-commerce - ao contrário dos cookies, que inferem as preferências a partir da navegação. O futuro são os grupos de interesses. Como já mencionado, as segmentações para os anúncios mudam sem os cookies, as correlações deixam de ser tão precisas e os clientes são reunidos em grandes caixas de comportamentos em comum.

Avi revela que isso pode ser o caminho para a nova compra de espaços em advertisings: “por mais que nós achemos que nós somos usuários únicos na face da terra, existe uma gama grande de pessoas que têm comportamentos parecidos. Computacionalmente falando, é importante identificar e colocar essas pessoas na mesma caixinha”.

Há dados suficientes para uma resposta?

Ainda em 1956, já existia a ideia de que o computador poderia responder às maiores dúvidas da humanidade com base nos dados coletados. Pelo menos foi o que pensou Isaac Asimov, ao escrever seu conto “A Última Pergunta”, uma distopia da ficção científica que narra a história da humanidade durante bilhões de anos por meio do computador Multivac e seus sucessores, que por séculos são questionados sobre como salvar o universo do fim, até chegar a 21 de maio de 2056, quando a pergunta foi feita pela

última vez e as máquinas perceberam que, mesmo passados 100 bilhões de anos, os dados armazenados permaneceram insuficientes para responder.

Não chegamos a 2056, mas as máquinas seguem coletando nossos inputs para resolver questões complexas (como a reversão do aquecimento global) e simples (como “qual melhor marca de tênis?”) ou até mesmo do dia a dia (“como fazer um bebê dormir?”). Na era da IA, o final do conto de Asimov (mais um spoiler!), quando os seres humanos se fundem aos computadores, assustadoramente até parece se aproximar da realidade ao pensar na dependência que nós temos de smartphones, relógios inteligentes e assistentes virtuais. Com suas recomendações inteligentes e às vezes certeiras baseadas nos nossos comportamentos, conseguem resolver aquilo que nos incomoda.

De volta para 2024, o recente anúncio do Google sobre o adiamento do fim dos cookies de terceiros, feito no final de abril, causou uma sensação agridoce no e-commerce. Por um lado, o alívio de poder continuar investindo na indústria da publicidade online que, segundo o The Wall Street Journal, movimenta US$ 600 bilhões por ano centrada no uso de cookies; por outro, a ansiedade de começar a pensar em alternativas de migração para o novo mundo de cookies primários, essenciais para essa nova era da publicidade no ambiente cookieless. Na adaptação ao novo mundo sem os cookies de terceiros, o e-commerce pode experimentar o retail media, o marketing de conteúdo e a segmentação por contexto como novas receitas para conquistar os corações dos consumidores.

É inegável que as máquinas continuarão reunindo dados para tentar oferecer recomendações e respostas cada vez mais personalizadas para os humanos, mas, ao que

tudo indica, no futuro também será possível contar com o escudo da privacidade: uma arma para lutar contra a hipervigilância, o que deixará a humanidade mais à vontade para arriscar segundo suas próprias

vontades e navegar com mais confiança e liberdade.

Inovador na área de marketing e tecnologia lontony@gmail.com

SERÁ QUE REALMENTE ALCANÇAMOS A PERFEIÇÃO? AS EVIDÊNCIAS DIZEM

QUE NÃO...

Um bom amigo meu, aqui na pequena Suíça, lançou sozinho um negócio online de revenda de peças de automóveis em apenas seis semanas, com mínima participação de agências externas. A aprovação da licença comercial pela autoridade local demorou mais do que a configuração dos 11 componentes integrados que constroem seu ecossistema de e-commerce. O resultado é um negócio completamente novo no mercado suíço, mas que parece e soa familiar, até confiável. Isso porque ele escolheu templates de CMS e comércio eletrônico já utilizados por outras empresas mais estabelecidas. Seu site parece (involuntariamente) uma subsidiária de outro grande player suíço de e-commerce. Mas eu não contei isso a ele.

Como fazer o mesmo? Encontre e aplique um dos milhares de templates de sites comerciais disponíveis e escolha uma das dezenas de soluções de e-commerce prontas para uso, com suas integrações fáceis em todos os principais sistemas de pagamento. Tenha uma visão clara de sua cadeia de suprimentos e de suas necessidades de fulfillment e trabalhe com um provedor de logística que possa se integrar ao seu sistema

e lidar com devoluções por você. E não se esqueça da sua presença nas redes sociais.

Agora, vamos fazer uma pausa. Embora não possamos negar a excelência que esses templates prontos e suas bibliotecas de JavaScript trazem para a criação rápida de um site de e-commerce repleto de recursos e totalmente responsivo, há um número crescente de vozes que se manifestam contra a uniformidade que isso trouxe para a web: uma mesmice insípida tanto na aparência quanto na funcionalidade do que encontramos online.

O filósofo francês Voltaire teria dito: "O ótimo é inimigo do bom" e, infelizmente, marcamos um gol contra ao desenvolver templates que entregam a perfeição funcional ao custo de criar uma experiência que seja realmente boa.

Nada pode ser menor do que um pixel

Como chegamos aqui? As décadas de experiência construindo HTML, CSS e JavaScript resultaram na expansão das fronteiras da experiência do consumidor online, mas agora recuamos para encaixar o conteúdo - o

Anthony Long é um inovador na área de marketing e tecnologia com mais de 20 anos de experiência em transformação digital no mercado global, e-commerce e comportamento mobile do consumidor. Já passou pela Kimberly-Clark e seu atual projeto inclui atribuições de longo prazo em e-commerce e transformação digital para as principais marcas globais de consumo na Europa e nos Estados Unidos.

propósito - do site em uma grade pronta para uso com um conjunto fixo de módulos. O que sofreu nesse processo foi o valor de ser distinto, ser único e de ter a experiência online a serviço da abordagem “pense, sinta, faça”, que discutimos durante o Fórum E-Commerce Brasil do ano passado, que é o que estamos procurando na interação com o consumidor.

Ao pesquisar para escrever esta coluna, voltei mais uma vez a uma das observadoras mais perspicazes do mundo digital, a colunista e autora Caitlin Dewey. Em um de seus boletins informativos recentes no Substack, ela forneceu uma visão abrangente desse fenômeno, escrevendo:

“Em 2020, um estudo fascinante de pesquisadores da Universidade de Indiana analisou a cor, o layout e o estilo de dez mil sites e concluiu que eles se tornaram marcadamente mais semelhantes desde 2010”.

Há muito tempo, quando a web era nova e os desenvolvedores de front-end travavam um combate educado com os designers gráficos sobre por que certas cores não eram possíveis ou por que linhas de cabelo de 0,5 pon-

to pareciam desfocadas (pense no diálogo: "nada pode ser menor do que um pixel ou ele bitmapeia", com a resposta: "o que significa bitmapeia?"), costumávamos fazer revisões de pré-projeto para avaliar os designs que nos eram fornecidos e determinar se eles poderiam ser construídos e, em caso afirmativo, como seriam realizados. As páginas da web eram estáticas, com uma área útil de 640 pixels de largura por 480 pixels de profundidade, o que é risível pelos padrões de hoje. Faz sentido que construir um site corretamente fosse tão desafiador. Os designers gráficos foram educados e treinados para usar a exibição visual de conteúdo para entregar a parte do sentimento do pensar e do fazer, que deveria ser entregue pelo próprio conteúdo. Os designers tinham apenas as limitações da tecnologia de impressão física para contê-los. Os desenvolvedores lutavam com diferentes níveis de adoção de padrões entre diferentes navegadores (JavaScript vs. JScript, alguém?) assim como resoluções de tela confiavelmente não confiáveis.

Então, os padrões se tornaram verdadeiramente o padrão. Os sites hoje são construídos para se encaixarem perfeitamente no que é oferecido pelo template. Ajuste seu conteúdo para se alinhar com o template, e tudo funcionará em todas as telas e navegadores, esteja o consumidor sentado atrás de uma mesa ou em movimento. Isso é um paraíso para um desenvolvedor web comparado aos primeiros dias da web, mas não ajudou a noção de criatividade ou diversidade de execução. Você pode ser um florista, ou uma empresa de encanamento, um fotógrafo de casamentos ou, sim, até mesmo um revendedor de peças de automóveis, e isso não importa. A função e a sensação do seu site se tornam notavelmente semelhantes a todos os outros sites. Mary Collins, da agência de

design interativo baseada em Dublin, Friday, lembrou em uma postagem de blog de 2016 como ela perguntou a um de seus colegas por que todos os sites estavam começando a parecer iguais. Ela recebeu uma resposta de uma palavra: Bootstrap, que continua até hoje sendo um dos frameworks HTML, CSS e JavaScript mais populares para desenvolver sites responsivos e mobile-first.

O que nos leva à arquitetura.

GET-POST-and-lintel

Quando se trata dos espaços que ocupamos offline, não há como questionar a eficiência do arco como uma solução estrutural, assim como o post-and-lintel (ou verga) como uma maneira de abrir espaços internos. Aderir a essas convenções gerou uma civilização inteira de portas arqueadas e execuções de post-and-lintel. O design de um edifício, no entanto, é destinado tanto a levantar quanto a responder questões sobre o investimento que está sendo feito: as imediações precisam ser desafiadas ou harmoniosamente geridas com a fachada? Que tipo de espaços para pessoas são necessários para que a missão do edifício seja cumprida? Certos objetivos podem ser alcançados apenas com mobiliário ou são necessários adornos adicionais nas paredes e escadarias para levar o projeto todo ao sucesso? Quando o arquiteto empurra os limites do design, os engenheiros e os trabalhadores também são pressionados a elevar seu nível para realizar o que foi concebido nos projetos.

Entra a IA. Entre as dúzias de principais players de IA no mundo do design arquitetônico está a ARCHITEChTURES, com sede na Espanha, que "permite um novo e completamente disruptivo processo de design residencial em uma colaboração perfeita entre humano e máquina". O modelo proposto pela ARCHITEChTURES é que o

arquiteto e o desenvolvedor de propriedades podem inserir seus requisitos na ferramenta (incluindo aqueles impostos pela comissão de planejamento local) e deixar a ferramenta apresentar várias opções para o edifício. Essa capacidade "permite ao designer ter controle total sobre os aspectos quantitativos do design para se concentrar na tomada de decisões e melhorar seu valor agregado".

As semelhanças entre o desenvolvimento web e a arquitetura são vastas. Temos acompanhado o cenário dos assistentes de codificação movidos por IA se desenvolvendo há alguns anos, e agora isso está explodindo. Segundo a CB Insights, há seis plataformas líderes que receberam um financiamento significativo de capital de risco recentemente:

• Augment (US$ 252 milhões em financiamento com uma avaliação de US$ 977 milhões);

• Cognition AI (US$ 196 milhões em financiamento total);

• Magic (US$ 145 milhões);

• Poolside (US$ 125 milhões);

• Codeium (US$ 90 milhões);

• Tabnine (US$ 55 milhões).

Esses são, além dos produtos das grandes empresas de tecnologia como o GitHub Copilot da Microsoft, o Code Llama de código aberto da Meta e o CodeWhisperer da Amazon. A CB Insights continua apontando que "empresas como Cognition e Magic estão visando não apenas assistentes que podem sugerir trechos de código, mas também verdadeiros agentes de codificação que podem substituir o trabalho de engenheiros humanos".

Essa última parte foi uma declaração curiosa para mim, e talvez tenha sido para você também: as longas presenças de APIs e capacidades de softwares de ponte, como o Mulesoft - assim como Bootstrap, Node e outras grandes bibliotecas JavaScript -, já não demonstraram a capacidade da comunidade de codificação em se adaptar? Para mim, o próximo grande passo não olha para um momento em que precisaremos menos de engenheiros humanos, mas sim contempla a fusão da visão de um resultado desejado com as maquinações nos bastidores necessárias para entregar esse resultado. Contanto que as maquinações sejam tratadas de forma a impedir operadores nefastos de capitalizarem em segundo plano sobre dados ou IP

aos quais não têm direito, quem se importa com o que acontece nos bastidores?

Empurrados para um canto de hegemonia

Por que os mesmos templates visuais que empurraram a experiência web do usuário para um canto de hegemonia não aproveitam a abundância de bibliotecas de RA disponíveis para melhorar a experiência do usuário? Nisso, como vejo as coisas, é onde estão as oportunidades: abrir templates prontos para uso com recursos aprimorados de experiência do usuário que podem introduzir excitação na vida online. É por isso que melhorar a experiência do con -

sumidor na web deve acontecer dentro do próprio navegador web.

Todos os navegadores são basicamente iguais, com apenas pequenas diferenças de recursos que podem melhorar a produtividade aqui ou a segurança da web ali, mas nenhum deles parece promover melhorias reais de design ou sensoriais para o usuário. No entanto, a capacidade existe. O Google tem uma base de código de realidade aumentada bem documentada (ARCore) que funciona com níveis variados de confiabilidade nos mundos Android e iOS, permitindo a introdução de recursos de RA na experiência web. Existem muitas outras bibliotecas JavaScript que facilitam uma ampla gama de recursos de RA: visite scribbler.live para conferi-las.

E quanto ao som? Tate Galbraith postou no Medium.com uma visão geral soberba das bibliotecas de código disponíveis para gerar e manipular som. Ele escreve: "O poder empacotado em navegadores modernos como Chrome ou Firefox rivalizaria com o de muitos sintetizadores de hardware dedicados de anos passados. Ser capaz de desenvolver instrumentos e sons apenas com JavaScript é especialmente útil se você estiver tentando incorporar uma experiência de áudio em uma aplicação web leve existente". Além disso, o incômodo de ter um site “barulhento” parece ter sido superado: olhe ao seu redor e veja quantas pessoas em seus laptops ou telefones já estão usando fones de ouvido ou fones de ouvido Bluetooth, seja no escritório ou em transportes.

“Templates são agnósticos de conteúdo. E esse é o problema.”

Essas são as palavras de Boris Müller, escritas em um artigo no Medium.com em 2018, no qual ele também faz um ponto muito importante de maneira bastante sucinta:

"Os templates não são designs. Em vez disso, eles são regras para combinar tipos de dados relacionados". Ele continua dizendo: "O problema do web design não são os limites da tecnologia, mas os limites da nossa imaginação. Tornamo-nos obedientes demais à conformidade visual, viabilidade econômica e expectativas assumidas".

Os programadores sempre serão programadores, eles simplesmente adaptarão o que codificam para um novo stakeholder: treinando um motor de IA em constante melhoria com novas abordagens para os novos desafios que são inimagináveis para o algoritmo. Designers - como arquitetos - merecem poder inserir requisitos em termos de fluxo de usuário, disponibilidade de informações e conteúdo excepcional em um template que entregue uma experiência de usuário que valha o tempo do consumidor, e não apenas mais do mesmo. Computadores, smartphones e seus respectivos navegadores estão à altura do desafio. Podemos começar a ver uma melhoria geral da qualidade da experiência na web - e a remoção da desordem genérica com a qual atualmente lidamos - com uma expansão das imaginações dos criadores de templates para mostrar aos não-designers e aos não-programadores o que pode ser possível. Todas as ferramentas estão lá e, aparentemente, a vontade também.

Talvez seja hora de atualizar meu próprio site...

PIX AUTOMÁTICO VAI DESPERTAR UM BOOM NO MERCADO DE ASSINATURAS

Acompanho com entusiasmo a agenda do Banco Central para o Pix, método de pagamento que já contabiliza mais de 66,5 bilhões de transações, com R$ 29 trilhões movimentados desde o seu lançamento, em outubro de 2020. No ano passado, o uso do pagamento instantâneo disparou 75%, chegando a quase 42 bilhões de pagamentos em toda a economia brasileira, superando as transações combinadas com cartões de crédito e débito em aproximadamente 23%. Os dados são do Bacen e da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).

Os números, que já são bastante expressivos, devem ganhar mais força com a chegada do Pix Automático, cujo lançamento oficial está previsto para outubro de 2025. A novidade vai facilitar e automatizar pagamentos recorrentes de pessoas físicas para empresas,

algo que hoje é feito predominantemente pelo cartão de crédito.

O Pix Automático será um método de pagamento extremamente seguro, pois incluirá uma etapa de autorização do pagamento da recorrência antes do primeiro débito, feita pelo usuário no aplicativo da sua instituição financeira. As cobranças seguintes ocorrerão de forma automática. Além disso, a solução possibilitará cobranças de valores fixos e variáveis, sendo que, na segunda opção, o usuário pode limitar o teto do valor. Em caso da ausência de saldo suficiente ou de um erro sistemático na hora da cobrança, serão feitas até três tentativas dentro de sete dias, sempre no mesmo valor da cobrança anterior.

Os lojistas digitais, em especial aqueles que pretendem comercializar produtos ou

serviços via clubes de assinatura, devem estar atentos a essa novidade, que vai despertar um boom no setor. O mercado, que movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano na economia brasileira, segundo a Forbes, tem potencial para ser triplicado nos próximos dois anos. Abaixo, os motivos que me levam a crer que o Pix Automático vai revolucionar o mercado dos clubes de assinatura:

É gratuito para o consumidor

O Pix inclui uma parcela da população que hoje não acessa o cartão de crédito. Uma matéria publicada pela Revista IstoÉ aponta que o cartão de crédito é inacessível para 60% dos brasileiros, devido às tarifas cobradas ou pelo perfil financeiro exigido. O Pix e todas as suas evoluções são acessíveis aos mais de 163 milhões de usuários, entre pessoas físicas (149 milhões) e pessoas jurídicas (14 milhões), segundo o Banco Central.

Visibilidade sobre todas as assinaturas

Hoje, no débito automático e na recorrência pelo cartão, é fácil perder a visibilidade das assinaturas, que podem ser cobradas em datas e periodicidades diferentes, sendo semanais, mensais, trimestrais, semestrais ou até anuais. O Pix Automático vai dar mais visibilidade ao usuário sobre todos os seus pagamentos recorrentes em um só lugar: o aplicativo da sua instituição financeira.

Cancelamento a qualquer momento

Hoje, optar pela assinatura de um produto ou serviço é bem fácil. No entanto, cancelar

pode trazer bastante dor de cabeça. Com o Pix Automático, será possível cancelar o débito recorrente a qualquer momento, até as 23h59min antes da próxima cobrança. Essa facilidade vai aumentar significativamente a confiança dos consumidores, elevando o número de assinaturas e tornando o Pix Automático a principal escolha para o pagamento desse serviço.

Estou escrevendo aqui com foco nos benefícios do Pix Automático para clubes de assinatura, mas ele poderá ser utilizado também no pagamento recorrente de academia, serviços de streaming, condomínio, energia elétrica, mensalidade escolar, cursos e outros, sem comprometer o limite do cartão de crédito das pessoas.

Vale ter em mente que o Pix é um método de pagamento muito difundido e que suas atualizações têm grandes chances de caírem no gosto dos brasileiros. Por isso, nos meses que antecedem o lançamento do Pix Automático, sugiro procurar mais sobre o tema e entender quais oportunidades essa novidade pode trazer para o seu negócio.

Ralf Germer é formado em Gestão Empresarial e Engenharia pela Universidade de Ciências Aplicadas de Heilbronn, na Alemanha. É CEO e cofundador da PagBrasil, empresa de tecnologia que processa pagamentos digitais para lojistas do mundo inteiro, onde é o máximo responsável por vendas e marketing. Germer possui vasta experiência nas áreas de administração de empresas, desenvolvimento de negócios internacionais, marketing e vendas online, sendo referência no processamento de pagamentos digitais no Brasil. Antes da PagBrasil, o empreendedor foi vice-presidente de Marketing de Produtos para a Europa da Actebis Holding GmbH e, mais tarde, fundou a 4M Iberoamérica.

SOLUÇÕES DE PAGAMENTOS E OS DESAFIOS DO PIX NO E-COMMERCE

OPix, método de pagamento instantâneo que revolucionou o panorama brasileiro, ainda enfrenta obstáculos que impedem sua plena expansão no e-commerce. Superar esses desafios exige soluções inovadoras que garantam uma experiência de pagamento fluida, segura e completa para o cliente.

A integração omnichannel, por exemplo, é crucial para harmonizar a experiência de compra entre canais físicos e digitais, enquanto a simplificação do checkout, com opções como Pix automático ou integração em plataformas de pagamento, reduz o atrito e aumenta as conversões. Já a automatização da conciliação, com padronização das informações e integração inteligente, elimina o trabalho manual e otimiza o tempo

dos lojistas. Há ainda a implementação de funcionalidades avançadas, como pré-autorização, pagamentos recorrentes e devoluções parciais que ampliam o leque de possibilidades para o Pix no e-commerce, atendendo às necessidades de diferentes tipos de negócios.

Ao investir em tecnologias para as transações, faz-se necessário levar em consideração o potencial do Pix em se consolidar como a principal forma de pagamento no país. Números de pesquisa da Neotrust revelam que, em 2023, o Pix já era responsável por 33,8% das transações no e-commerce, movimentando mais de R$ 32 bilhões.

No entanto, a adoção do Pix no e-commerce ainda enfrenta desafios que podem impactar

negativamente a experiência do cliente e, consequentemente, as vendas. A falta de integração omnichannel, o processo de checkout complexo, a dificuldade de conciliação e a ausência de funcionalidades avançadas são alguns dos obstáculos que precisam ser superados para que o Pix alcance seu pleno potencial no varejo online.

Para contornar as adversidades e fortalecer as vendas, sobretudo do e-commerce, é necessária uma proposta agnóstica que permita que os lojistas escolham livremente os Provedores de Serviços de Pagamento (PSPs) com os quais desejam trabalhar, garantindo flexibilidade e alinhamento com sua estratégia multicanal.

Essa solução ainda deve oferecer alta disponibilidade, com balanceamento automático entre PSPs para garantir que nenhuma venda seja perdida, além de uma camada extra de antifraude que proteja o negócio.

E mais: a oferta deve ir além das funcionalidades convencionais e ter opções avançadas para o e-commerce, como pagamento programado, pré-autorização com devolução parcial e liquidação na confirmação da entrega - recursos que facilitam as compras para o consumidor e otimizam o fluxo de caixa para os varejistas.

O e-commerce precisa de uma solução completa de gestão financeira que simplifique o recebimento de pagamentos via Pix, disponibilize conta e chaves únicas por estabelecimento comercial, concilie automaticamente vendas e transferência automática de saldos.

Por isso, o negócio que está atento às tendências de mercado deve buscar uma solução que:

- Aumente a conversão de vendas, reduzindo o abandono de carrinho com um processo de checkout rápido e seguro via Pix;

- Melhore a experiência do cliente, oferecendo formas de pagamento que deixem uma impressão positiva, fidelizando-o e aumentando a satisfação;

- Reduza custos, otimizando seus processos com a automatização da conciliação;

- Aumente a segurança, protegendo seu negócio com uma camada extra de antifraude;

- Aumente a competitividade do seu negócio, adotando soluções inovadoras e se diferenciando da concorrência.

Assim, é possível impulsionar não só as vendas e os processos, como também elevar a experiência de pagamento.

Murillo Restier é diretor de desenvolvimento de negócios da Fiserv Brasil, tem 25 anos de experiência, 18 deles no mercado de meios de pagamento eletrônico. Iniciou sua jornada na Fiserv em 2021, atuando como integrante do Grupo de Trabalho do Banco Central para o Pix. Restier tem o desafio de preparar soluções para integrar as novas modalidades do setor, ampliando os parceiros de adquirência, subadquirência, private label, vouchers, entre outros. Também esteve no setor bancário, com passagem pelo Banco BBM. Cursou Matemática com Bacharelado em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

QUAL É O FUTURO DO MERCADO DE PAGAMENTOS NO BRASIL?

Quando se fala em pagamentos nos dias atuais, encontramos um cenário bem diferente do que costumava ser no início dos anos 90. Se antes era preciso ir até o banco para pagar uma conta ou se deslocar até sua loja favorita para comprar um produto, atualmente tudo isso pode ser feito na comodidade do lar em poucos cliques. Isso acontece porque o Brasil tem cerca de dois dispositivos eletrônicos por habitante, segundo estudo recente da Fundação Getúlio Vargas. Dessa maneira, com tanta tecnologia, o que podemos esperar do futuro desse segmento?

Pix é a bola da vez

Tratando-se do mercado de pagamentos, é quase impossível não mencionarmos o Pix como o método “queridinho” dos brasileiros atualmente. A prova é que recentemente ele bateu o recorde de 200 milhões de transações em um único dia. Além disso, de acordo com o Banco Central, seu uso aumentou mais de

70% em 2023, atingindo a cifra de R$ 17,18 trilhões movimentados.

Sendo assim, podemos dizer que os métodos A2A (account-to-account, ou conta a conta, na tradução em português), modalidade da qual o Pix faz parte, ainda serão os favoritos por bastante tempo. É o que aponta o estudo The Global Payment Report, da Worldpay, que prevê que eles representarão metade do valor transacionado nos PDVs do país até 2027. Além de deixarem as transações comerciais mais fáceis, já que não cobram taxas do usuário e os valores para os comerciantes são bem reduzidos, o dinheiro cai na conta do favorecido em um instante.

Seu sucesso é tamanho que a modalidade de pagamento mais tradicional do país (o DOC) foi descontinuado, já que estava representando menos que 4% do total de operações, ficando atrás até mesmo de métodos mais defasados, como os cheques, segundo a Febraban. Além disso, de acordo

NATHAN MARION

Gerente-geral da Yuno

com o Banco Central, o Pix ajudou a incluir financeiramente aproximadamente 71 milhões de brasileiros que até então viviam à margem dessas facilidades e não tinham acesso aos serviços bancários.

Cartão de crédito continua relevante

Mesmo com o sucesso do Pix, o cartão de crédito ainda figura como o método de pagamento mais utilizado no e-commerce. Um estudo da Confi.Neotrust comprova isso, destacando que cerca de 55% das compras brasileiras no ano passado foram feitas por meio dele.

O que pode acontecer são algumas adaptações ou mudanças em seu uso para que se molde às necessidades dos consumidores. Contudo, o cartão ainda deve continuar forte por conta dos inúmeros benefícios que pode trazer para o usuário. Além do crédito em si, há vantagens como as compras parceladas, com um estudo da Opinion Box reforçando que 46% dos consumidores costumam pagar em diversas vezes sempre que têm oportunidade, e também os programas de pontuação de loyalty, que dão benefícios e recompensas diversos para quem usa esse método de pagamento.

De olho nas carteiras digitais

As carteiras digitais são outro método de pagamento cuja utilização vem crescendo, e a tendência é de que ganhem cada vez mais o mercado brasileiro. Um levantamento da Morning Consult apontou que somos o quarto país que mais utiliza essa opção no

mundo, perdendo apenas para China, Índia e Alemanha.

Os exemplos mais famosos de carteiras digitais são Apple Pay e Google Pay, bem como as carteiras como Nupay, PicPay e Mercado Pago. Globalmente, elas são líderes de utilização no e-commerce, representando 30% do valor transacionado nos PDVs, de acordo com o estudo da Worldpay. O levantamento prevê ainda que, até 2027, elas representarão mais de US$ 25 trilhões mundialmente, tornando-se líderes em todas as regiões, incluindo a América Latina. Grande parte dessa aceitação se dá por conta da sua praticidade, já que o usuário adiciona fundos em uma carteira online e pode fazer transações por meio de diversos dispositivos.

Mas, afinal, qual o futuro do mercado de pagamentos?

Com isso, podemos concluir que o futuro dos pagamentos está em soluções cada vez mais digitalizadas e simplificadas para o consumidor. Justamente por conta de tantas facilidades, o usuário está mais exigente, evitando métodos arcaicos que o fazem perder muito tempo. Para termos ideia, o método mais antigo de se adquirir produtos, o dinheiro em papel, apresenta queda ano após ano. Um estudo da Visa mostra que 92% dos empresários brasileiros esperam, em algum momento, operar de forma 100% digital, além de 58% das pequenas empresas brasileiras já estarem com o terreno pronto para operar totalmente sem dinheiro físico nos próximos dois anos.

Nathan Marion tem mais de dez anos de experiência no mercado digital e de pagamentos. É escritor, empreendedor, conselheiro e especialista em assuntos como e-commerce, pagamentos digitais, cross-border e inovação. Atualmente, é gerente-geral da Yuno, orquestradora de pagamentos líder global, onde tem a ambição de integrar todos os meios de pagamento ao redor do mundo.

QUEM NUNCA SONHOU EM SER UM JOGADOR DE FUTEBOL?

Conheça a trajetória da Club Calcio del Roque, loja online de artigos esportivos retrô ou times de futebol de ligas alternativas comandada por Henrique Roque há cinco anos

Por Lucas Kina, da Redação do E-Commerce Brasil

Samuel Rosa e Nando Reis acertaram quando escreveram o verso "Quem nunca sonhou em ser um jogador de futebol?", em 1996, presente na canção “É

Uma Partida de Futebol”. Rapidamente, nos seus quase quatro minutos de duração, ela transmite um pouco do que é vivenciar, in loco, um jogo de futebol e, mais do que isso, delirar com a possibilidade de ter esse esporte como profissão. Esse 'sonho', como diz

a faixa, atingiu e continua a impactar uma série de jovens, meninos e meninas, que são amantes do futebol. Quem não conseguiu fugir disso foi Henrique Oliveira Roque, dono da Club Calcio del Roque (@clubcalcio_ no Instagram), loja que une a venda de camisas de times de futebol de todo o mundo com muito conteúdo, curadoria artesanal de produtos, fidelização e contato pessoal com clientes.

“Um dos times mais tradicionais do futebol peruano, o Sport Boys, se destaca naturalmente por dois temas: além de ser o primeiro campeão nacional, o time tem como cor principal um peculiar e charmoso rosado. O time dos Boys foi fundado em 1927, em Callao, uma das mais importantes cidades do país”

É assim que Henrique, nascido em Jacareí (SP) mas morador da zona leste de São Paulo desde criança, junta histórias para, no final, gerar impacto cultural em seus mais de 4,5 mil seguidores no Instagram, que passam a conhecer o item em questão que está sendo vendido. A mídia social, a qual utiliza como principal meio para vender as camisas que têm disponíveis, também marca um ponto de partida para o empresário paulista de 29 anos e formado em Marketing.

"Comecei a vender algumas camisas pelo Mercado Livre em 2015, mas considero essa fase como um piloto. A Calcio mesmo nasceu há cinco anos como um projeto paralelo e, por levá-lo cada vez mais a sério, tomou força até tornar-se meu único trabalho. Faço alguns serviços esporádicos na área na qual tenho formação, mas por conta da própria loja tenho o privilégio de escolher a maioria", começou.

Henrique conta que o interesse por camisas de futebol começou aos 12 anos, quando já juntava dinheiro da merenda para comprar camisas falsificadas em bancas de jornal. Com seu interesse por cores, escudos e histórias por trás delas, ganhou as duas primeiras camisas originais de presente, e o amor por esse lado do esporte só aumentou. A partir disso, ele considera que o 'ponto de virada' nesse aspecto foi entrar no mundo dos encontros de colecionadores, que aconteciam, principalmente, à frente do Estádio Paulo Machado de Carvalho, conhecido popularmente como Pacaembu. Ele viu seu interesse se tornar um hobbie e, mais adiante, uma obsessão em sua vida.

Lado operacional

"Quando iniciei a vida como colecionador desse tipo de item, eu tinha pouco conhecimento técnico e, no futuro, isso fez muita diferença para a Calcio. Digo isso, pois o

entusiasmo momentâneo de colecionar camisas antigas ou raras de times de futebol faz com que você tenha pouco filtro nessa etapa e se torne um simples 'colecionista'. Ao tentar vendê-las, por exemplo, percebi que a procura por certos exemplares que eu possuía era menor. Quando cheguei a ficar cerca de dois anos com uma peça garimpada, decidi que meu estoque não teria mais de 250 fardamentos", explicou Henrique.

O paulista começou a falar sobre isso quando questionado sobre o funcionamento da Club Calcio não apenas como um hobby, mas também como negócio. Por tocar tudo sozinho dentro da loja, do garimpo extenso de produtos até a produção de fotos e legendas que acompanham as postagens, Henrique confessa que esse tipo de trabalho pode ser desgastante.

Apesar de sentir a sobrecarga em algumas ocasiões, ele cuida de tudo da forma mais artesanal possível. Com a junção de comercial e cultural nos processos internos da Calcio, Henrique trabalha seus produtos, principalmente, com o senso de exclusividade. Outra marca registrada, segundo ele, é a estratégia de manter clientes cada vez mais fidelizados.

Foto:
Divulgação

"Eu valorizo o cliente pela troca que temos por meios de comunicação, seja no Instagram ou em nosso grupo VIP no WhatsApp. No primeiro, é mais comum que sejam contatos de pessoas mais interessadas, enquanto o segundo inclui aqueles que já compram conosco há certo tempo. Os dois, de maneira semelhante, são encarados com a mesma importância na estratégia da Calcio, já que minha missão é mostrar o futebol além do que envolve uma partida", disse.

Assim, de forma mais prática, os processos até a postagem de uma camisa e depois da venda funcionam da seguinte maneira:

A pré-venda:

Seja no garimpo virtual ou físico, o segundo com Henrique visitando brechós pela cidade e até em viagens que faz para fora do país, as peças passam por uma higienização específica e cuidadosa, além da reforma das estampas, caso seja necessário.

Depois disso, os anúncios são preparados, com fotos editadas das peças e postadas no feed, stories e destaques no Instagram da Club Calcio. Nessa etapa é que ele também constrói as legendas, pesquisando sobre o contexto que envolve o time e a camisa que está sendo comercializada.

A abordagem com o usuário é pouco agressiva. Por já conhecer grande parte de seu público, fica fácil entender o momento de

Foto: Divulgação

ser mais avançado em alguma compra. O vínculo entre Club Calcio e consumidor é consistente.

A venda:

Os pontos de contato são feitos pelo Instagram ou grupo VIP do WhatsApp. No passado, o uso de marketplaces para esse tipo de item (camisas usadas) restringiu o raio de trabalho da Calcio, mas, conforme a atualização dessas plataformas, o empresário acredita que pode voltar a vender dessa maneira.

A partir do momento que uma camisa é vendida, Henrique utiliza a logística da plataforma Melhor Envio.

Sem muito destaque no lado comercial, mas sendo uma marca registrada, ele também faz uma espécie de "publicidade física" com adesivos colados pela cidade e enviados para quem compra da loja.

O pós-venda:

Talvez a parte mais importante no processo da Calcio, o trabalho com o consumidor se tornou marca registrada. Com paciência e coleta de feedbacks sobre as camisas, Henrique trata no WhatsApp sobre dúvidas, problemas, trocas e estornos.

Por fim, o fato de o usuário realizar alguma postagem com o produto, marcando a Calcio no Instragram, é considerado um ativo importante. O engajamento continua e é possível compreender a satisfação de quem adquiriu a camisa.

A Calcio no futuro

Com a ideia de ampliar o leque de atuação no digital, a jornada desenhada para a Calcio nos próximos anos pretende usar e abusar do

omnicanal. O objetivo, segundo Henrique, é aproveitar a exclusividade de seus produtos e o bom alcance comercial recente para abrir um bar temático, misturando-o com uma espécie de loja no mesmo ambiente.

"Esse tipo de varejo ainda é pouco compreendido, e vejo como meu papel levar um pouco dessa cultura às pessoas. Também enxergo o futebol como fenômeno mundial que possui muita representatividade, algo que um espaço físico poderia proporcionar, com encontros entre pessoas desse nicho e fomento ao segmento em si. Seria um local para gerar renda de outras maneiras, claro, mas com foco na troca entre pessoas que gostam de camisas de futebol e das histórias que as acompanham. No mais, continuarei a equilibrar romântico e comercial em minhas estratégias, também visando investir em um site próprio para vender e dividir as tarefas da Calcio com outra pessoa", pontuou o empresário.

Um contador de histórias que, um dia, se reconheceu como adorador do futebol e apaixonado platonicamente pelas camisas que vestem a modalidade. A trajetória de Henrique Roque, como a de outros que amam o esporte e estão no varejo, conta como uma simples prática esportiva pode cativar a ponto de ser a única opção possível de trabalho.

Agora, quem nunca sonhou em vender camisas retrô de futebol?

O FUTURO É LOGO ALI: PARA O VAREJO E PARA O MARKETING

Neste ano, participei de alguns eventos e li muito sobre outros, como NRF Big Show, SXSW, Web Summit… E no amontoado de eventos, informações, insights e ideias que foram abordadas, eu ouvi muitos discursos que traziam uma frase que, provavelmente, você já deve ter ouvido: “back to the basics”. Ainda mais em palestras de marketing e varejo.

Mas será mesmo que no marketing, no varejo como um todo, é só retornar para o básico? Será que não podemos olhar para o segmento de maneira mais provocativa e entender que nós estamos, sim, realizando ativações, estratégias e campanhas que representam o futuro muito além de uma tradicional receita de bolo - ou de funil de conversão? Quando falamos em varejo, o retail media está aí para mostrar uma pitada do que nos espera.

Aliás, para provar que nós estamos na vanguarda e ativando o futuro como nunca, vou citar exemplos de como o marketing vive a sua melhor fase. Essas ações não estão sendo tratadas como o futuro, mas sim como a tradicional estratégia de “voltar ao básico”. E é aqui que eu trago a provocação: o futuro não é só inteligência artificial e ChatGPT. O futuro é criatividade, é a disrupção do que estamos habituados a ver, é a implementação do novo e é o estudo das gerações que chegam com força, com novos hábitos de consumo.

Falando sobre redes sociais, como Instagram, YouTube ou TikTok, como não mencionar como elas modificaram e causaram uma revolução nas publicidades? Antes, o que era considerado natural: uma propaganda que

interrompia a programação normal. Hoje, esse tipo de conteúdo é inserido de maneira muito mais orgânica por meio da criação de conteúdo. E digo mais: os creators não precisam mais ser escolhidos apenas pelo número de seguidores. Micro e nanoinfluenciadores conseguem ter, em alguns casos, muito mais potencial de conversão do que os influenciadores gigantes. Mas como isso pode ser feito? Com dados e uma análise de audiência em plataformas inteligentes.

Quantos produtos viralizaram nas redes nos últimos meses e modificaram a jornada de consumo? O protetor labial da parceria da Carmed com a Fini é só um exemplo rápido, que, inclusive, foi trazido no Web Summit. É quase um marketing boca a boca 2.0. Isso é ou não é o futuro? Para mim, é muito claro que sim. Nada de passado.

O varejo atual é influenciado pelo senso de comunidade. São pessoas reais que impulsionam a cultura e o consumo. As marcas perceberam como essa entrada é relevante para geração de confiança, credibilidade e comunicação com o seu público - completamente diferente do que era no passado, considerado “básico”. Então, realmente, temos que voltar para o básico? Será que não é o momento de olhar para o futuro e, em cima do que está acontecendo, pensar em desdobramentos mais eficientes?

Ao ir para o marketing de experiências, e com a iminente extinção dos cookies de terceiros, a coleta e o uso de zero-party data aparecem como fundamentais para a personalização da experiência do cliente. Mas para perso-

nalizar a experiência não podemos só ter um e-mail e um número de telefone, como era no tempo do básico. Hoje, é essencial compreender o contexto e os comportamentos dos consumidores para oferecer experiências verdadeiramente relevantes. Mandar um e-mail sobre uma promoção em um dia aleatório para aumentar as vendas era legal. Mas, hoje, já conseguimos mandar um e-mail no melhor horário de consumo para determinado comprador, oferecendo o produto mais assertivo para a venda com uma comunicação precisa para ajudá-lo na conversão. Isso é ou não é o futuro? Onde está o back do the basics aqui? Futuro no melhor estilo da coisa.

A construção de conexões verdadeiras com os consumidores mudou: antes, víamos essa fidelidade muito mais voltada para a aquisição de determinados produtos. Hoje, o storytelling é muito mais importante, e a GenZ vai cobrar cada vez mais isso. Portanto, precisaremos estar preparados. Em um mundo onde a identidade da marca e seus valores são cada vez mais valorizados, as marcas têm a responsabilidade de ajudar a humanidade a superar desafios e a restabelecer conexões emocionais genuínas. Foi-se o tempo de apenas “comprar” pela necessidade - precisa haver história, ou seja, futuro.

Não existe mais “ver o futuro repetir o passado”. A minha lição para os próximos meses e, quem sabe, anos será esquecer um pouco do back to the basics e focar no make the future.

Mariana Tahan é diretora de marketing da Wake desde março de 2023. Está há mais de 15 anos atuando nas áreas de marketing de produtos, comunicação, digital e estratégia, além de possuir experiência multi-indústria em mídia, telecomunicações, tecnologia, construção civil e bancos. Ao longo de sua trajetória, desenvolveu estratégias de go-to-market, lançamento de novos produtos e serviços, alavancagem de resultados comerciais e reformulação de posicionamento e marca.

MARKETPLACE NÃO É PARA AMADORES

Há alguns anos, já vemos os marketplaces se destacarem como grandes geradores de tráfego e vendas dentro do mercado digital brasileiro. Também vemos a evolução de seus negócios, criando verdadeiros ecossistemas ao oferecerem soluções end-to-end aos varejistas que atuam em função deles. Por outro lado, também conseguimos ver esses mesmos varejistas ficando mais dependentes, sacrificando suas margens e cada vez mais distantes da criação de um posicionamento de marca forte e consistente.

No entanto, também conseguimos ver algumas poucas marcas usando estratégias vencedoras para fazerem seus e-commerces decolarem sem dependerem desse canal. Vale ressaltar o sucesso da Wepink, que a cada live de sua fundadora quebra literalmente a banca, fazendo a principal plataforma de e-commerce cair duas vezes por não aguentar o tráfego gerado por essa interação direta com seus seguidores. Além disso, podemos ver gigantes usando cada vez mais tecnologia para sustentar suas vendas e continuar crescendo. Podemos citar aqui Centauro, Evino e Grand Cru, Aramis, Restoque (se reerguendo) e Arezzo & Soma juntando forças para dominar o mercado da moda.

Já os pequenos varejistas, com produtos e ideias poderosas, vivem uma verdadeira escolha de Sofia. Isso porque precisam do seu e-commerce para conseguir difundir o posicionamento de marca e criar um relacionamento direto com seus clientes, mas

também necessitam dos marketplaces para conseguirem aumentar os volumes de venda e alcançar uma receita que os faça sobreviver. Nesse mundo, não existe um bolso infinito e escolhas duras devem ser feitas, como o investimento em mídia. Os lojistas devem apostar na comunicação dentro das plataformas de vendas terceiras, ou devem manter seus investimentos em mídias mais tradicionais que levem seus consumidores ao site próprio, onde podem proporcionar preços mais competitivos - uma dinâmica mais rápida e atuante e uma jornada no cliente que está em suas mãos.

É ainda mais difícil para varejistas que revendem produtos, que já vivem uma realidade de margens estreitas e ainda precisam se digladiar praticando preços baixos para conseguir ter relevância e ainda cumprir todos os SLAs que um marketplace exige para que consigam ter destaque na busca do cliente. Isso tudo é ótimo para o consumidor, que consegue preços competitivos e uma experiência de compra quase sempre bem avaliada. Mesmo fazendo todo esse esforço, não conseguem dados consistentes de seus consumidores que lhes permitam criar estratégias de relacionamento consistentes com eles, caindo em um círculo vicioso muito difícil de ser quebrado.

É verdade que as plataformas de marketplaces investem pesadamente para cada vez mais se aprimorarem e conseguirem entregar uma ótima experiência de venda. Dessa forma, conseguem muitas vezes que a sua maior receita não venha mais do

Atuando desde 2010 com mercado digital, e-commerce e omnichannel, Pedro Padis é Diretor Executive na BRME, empresa focada em fomentar o mercado nacional. Com histórico de head de e-commerce do Grupo Aste, coordenou grandes operações de marcas globais como New Balance, Kipling e Diesel. Contudo, hoje busca soluções para fortalecer a cadeia de negócio, impulsionar o ESG e integrar operações comerciais e marketing de empresas. Ainda traz denso background em varejo, tendo passagens pelo Dia e Walmart, trazendo na bagagem um background robusto atuando no mercado offline.

serviço principal que prestam, mas sim do seu próprio meio de pagamento, de sua logística e mais recentemente de seus espaços publicitários, normalmente dominado por grandes empresas.

Sobram para o pequeno varejista estratégias de guerrilha, nem sempre das mais nobres, como fazer propaganda de sua loja própria junto aos seus produtos na hora de preparar a entrega de pedidos. Ou ainda tentar criar conteúdos relevantes via mídias sociais, sem ter capacidade de serem encabeçados por uma grande celebridade, como Virgínia Fonseca, Gusttavo Lima, Boca Rosa, entre outros.

Mas então qual o caminho que existe para eles? Sim, existem alguns. Uma estratégia que pode funcionar é que esses varejistas criem suas próprias marcas, que, se bem desenvolvidas, conseguem entregar valor e ainda aguçar a curiosidade dos consumidores a procurarem diretamente por elas.

Assim, podem direcionar seus esforços de mídia na divulgação de algo próprio, fazendo com que o consumidor que se interesse aterrize diretamente em seus produtos, pelo canal de venda que for. Aos poucos, com uma boa jornada, o cliente acaba migrando para a loja da marca diretamente.

Outra estratégia é o atendimento humanizado via WhatsApp, e incentivos para que se crie uma corrente de recomendação. Importante reforçar que o atendimento robótico não cria esse vínculo, é necessário conhecer os interesses e as qualificações dessas pessoas. Assim, é possível pensar e criar segmentações mais efetivas, aproximando-se de seus clientes e criando dinâmicas promocionais mais eficientes. Claro que a IA pode ajudar a fazer esse trabalho, mas é necessário que os consumidores explicitem suas necessidades e naveguem pelo site da marca para que haja uma captura de dados

capaz de ser decifrada pelas ferramentas que usam essa inteligência.

É possível também criar um negócio totalmente dedicado aos marketplaces, no qual deve-se pensar em como economizar em outras iniciativas e direcionar todos os seus esforços para esses portais. Apostando em uma alavancagem de venda mais rápida, é possível trabalhar com margens menores, contudo, com um volume de venda maior. E, assim, gerar dinheiro suficiente para custear toda a operação.

Se estiver começando um negócio, o melhor caminho seria mesclar essas estratégias e, só depois de ter fôlego, entrar com sua loja própria Entretanto, se já está operando, reorganize-se, busque entender seus números e concentre seus esforços onde consegue melhores resultados. Se possível, busque nunca vender produtos, e sim sua história e sua marca.

Hoje, podemos afirmar categoricamente que, para esses pequenos players de mercado, é impossível fugir dos marketplaces. Assim, aprofunde-se nos conceitos e em sua operação, entregue valor real aos seus clientes, preste um bom atendimento de pós-venda e uma logística perto da perfeita. Corte seus custos onde houver gordura, melhore onde seus dados apontem que existem falhas, compreenda profundamente sua demanda, otimize seu sortimento, negocie mais duramente com seus fornecedores (de preferência torne-os seus parceiros), reforce seus estoques para que não haja faltas (você estará perdendo um dinheiro importante), esteja atento aos preços praticados por sua concorrência. A jornada é dura e cansativa, mas não desista. Afinal, esse mercado definitivamente não é para amadores.

UMA PAUSA CONVENIENTE

No final de 2022, o livro coreano já passava das dois milhões de vendas dentro do país. Hoje, é traduzido para 11 idiomas e pode ser encontrado em 21 países

Um dia desses, enquanto minha esposa e eu passeávamos pela região da Avenida Paulista, entrei em uma livraria em busca de algo que me desconectasse um pouco do estresse do dia a dia de São Paulo. Depois de certo tempo procurando entre as prateleiras, vi um livro de capa suave, que por algum motivo dizia que me traria um pouco de paz. Olhei em sua contracapa a menção: “Best seller na Coreia do Sul”. Somente por aquilo ele já tinha me conquistado, visto que sou um verdadeiro amante de doramas…

De dorama, porém, A inconveniente loja de conveniências não tem muito, já que traz em suas páginas um certo quê de romance, mistério e nostalgia - essa última porque, de alguma forma, me transportou à minha infância, quando os comerciantes eram mais íntimos com os clientes. Nessa época, a expressão “customer experience” ainda não existia, uma vez que a relação entre lojista e consumidor acontecia de forma tão natural como a luz do dia.

E por falar em romance, esse é o quinto livro do gênero lançado por Kim Ho-yeon, escritor de 50 anos que também é roteirista e ilustrador. Desde a estreia de seu primeiro trabalho, ele coleciona uma série de prêmios, dentre eles o World Literary Award, em 2013; o Bucheon Cartoon Story Contest, em

2005; Book of the Year Award da Yes 24, em 2022, entre outros. O livro desta avaliação, por exemplo, foi o mais vendido na Coreia do Sul em 2022, mantendo-se como best-seller por 80 semanas consecutivas.

O resgate do belo

Apesar de fictício, o tema central de A inconveniente loja de conveniências enaltece a empatia de uma proprietária de loja de conveniência ao retribuir a boa ação de um homem em situação de rua - esse tipo de ser invisível aos olhos da sociedade atual. Ela não apenas o visibiliza, como confia em seu caráter e potencial para tocar um dos turnos de sua loja.

E é a partir daí que a mágica acontece. Afinal, a tal da customer experience passa a ter um novo significado com o magnetismo desse curioso ser, e algo promissor e intangível ganha as páginas seguintes. Também é curiosa a maneira como o autor Kim Ho-yeon costura os “contras” que a contratação de uma pessoa como ele traz para os negócios.

Se no trabalho é comum haver competição de egos entre pessoas pseudointelectuais, imagine só quando um ex-morador de rua passa a se destacar nas vendas e no atendimento ao cliente? Nesse ponto, inclusive, o livro dá uma aula de como a receita tradicio-

nal do varejo precisa ser trazida de volta aos dias de hoje. A seguir, vou destacar alguns trechos, e você pode tirar suas conclusões.

Pérolas do livro para o varejo atual

Em dado momento da história, me deparei com a seguinte colocação: "Se você não tratar bem seus funcionários, eles não vão tratar bem seus clientes. As pessoas são o coração do comércio. Tanto uma loja que não trata seus clientes com respeito como uma chefe que não trata seus funcionários com dignidade irão ruir".

A citação parece até meio óbvia, mas é mais comum de acontecer do que imaginamos (e isso serve para todo tipo de negócio). E o inverso também: quando um funcionário recebe o seu devido valor e reconhecimento, a “engrenagem positiva” da empresa gira a favor - coloquei alguns trechos a seguir que mostram bem essa correlação.

“As idosas do bairro que costumavam ir só às mercearias ou ao mercado, alegando que as lojas de conveniência eram caras, abriram a porta de vidro e começaram a perambular por lá, como se tivessem ido passear.”

“Enquanto Dok-go limpava a loja de conveniência, as idosas davam tapinhas de consolo nas suas costas, perguntavam como ele estava, e ele as guiava pelas prateleiras, mostrando os produtos na promoção: ‘Este aqui e este... Se levar os dois... Você vai levar muito barato. Quer dizer que vai sair mais barato que no supermercado? As lojas de conveniência não são tão caras. Que bom que tem alguém para nos contar essas coisas!”

E continua: “Depois que Seon-suk passou as compras das senhorinhas, Dok-go as acompanhou até lá fora. Ele voltou depois de um tempo, e ela perguntou onde ele estava. Ele

respondeu que as compras pareciam muito pesadas para elas, e por isso levou as bolsas até suas casas”.

Reconexão e relacionamentos

Se uma parte do livro traz reflexão sobre a necessidade da proximidade e atenção com funcionários e clientes, a outra ilumina fatos familiares do nosso cotidiano. Aqui, o autor trabalha de maneira delicada pontos de reconexão com entes queridos e soluções práticas para reatar o amor fraternal.

Há, ainda, exemplos de como incentivos e elogios são importantes na vida dos humanos, seres esses movidos por sentimentos. Não há dúvidas de que a tecnologia contribui (e muito) para o nosso dia a dia. Porém, por mais digitais e conectados que sejamos, dependemos de um olhar amoroso e um selo de aprovação humano para nos sentirmos vivos e úteis.

Sem muito mais spoilers, encerro a recomendação de A inconveniente loja de conveniências como um convite à uma viagem para dentro de si, principalmente em tempos em que as relações interpessoais se revelam cada vez mais líquidas, superficiais.

Infracommerce | https://www.infracommerce.com.br/

A Infracommerce é pioneira e líder em full commerce. É o maior ecossistema independente e integrado que combina tecnologia, serviços e infraestrutura para digitalizar canais de vendas. A companhia entende a estratégia dos clientes e operacionaliza soluções completas e modulares para garantir que eles entreguem a melhor experiência aos seus consumidores. Presente também no México, Colômbia, Peru, Chile, Uruguai e Argentina e possui mais de quatro mil funcionários. Desde maio de 2021, está listada na Bolsa de Valores como: “IFCM3”.

Infradata, a vertical de inteligência de dados e tecnologia da Infracommerce

A Infradata oferece análises e insights baseados em dados. Essas informações embasam as decisões estratégicas dos varejistas, indústrias e distribuidores. As soluções vão desde a previsão de demanda para até três meses, passando por gestão de supply chain, até a redução de perdas e stock out, entre outros. Desenvolvidas pelo time de tecnologia, as ferramentas desse braço utilizam data analytics e inteligência artificial (IA) para gerenciar os dados, criar insights e ajudar as marcas a enxergarem com clareza a totalidade das operações por trás do e-commerce. A Infradata tem o potencial de acelerar as vendas online e reduzir perdas, rupturas e excessos de estoque.

PagBrasil | https://www.pagbrasil.com/pt-br/

A PagBrasil é uma empresa brasileira, que possibilita a lojas online, internacionais ou nacionais, oferecerem soluções de pagamentos digitais otimizadas e atualizadas com as necessidades específicas do mercado brasileiro. Com clientes em mais de 45 países, a PagBrasil é parceira das principais plataformas de e-commerce do mercado, e possui recursos exclusivos para o e-commerce, como o PagStream®, plataforma de gestão inteligente de assinaturas.

PagBrasil divulga resultados de pesquisa inédita sobre o mercado de clubes de assinatura

Seu e-commerce tem ou planeja disponibilizar um clube de assinaturas? Então não deixe de conferir os resultados de uma pesquisa inédita encomendada pela PagBrasil, que revela o perfil dos consumidores desse mercado. Nela, você descobre quais segmentos de negócios são os mais procurados, o que faz um cliente tornar-se fiel ao seu clube e à sua marca, quais são os métodos mais utilizados para pagamentos recorrentes, e muito mais. Ao final, apresentamos ainda diversos cases de empresas brasileiras que impulsionaram suas vendas no digital com esse modelo de negócio. Confira: https://bit.ly/4dGC9zp

Wake | https://wake.tech/

A Wake é um ecossistema de soluções integradas com atuação em toda a jornada do cliente. É uma empresa de tecnologia do Grupo LWSA, desenvolvida para ser a opção de grandes e médios negócios que pensam grande e querem ir além. Com pensamento voltado para a alta performance, a Wake atua por meio de três verticais conectadas: Wake Commerce, plataforma de e-commerce; Wake Experience, plataforma de experiências digitais para o consumidor; Squid By Wake, plataforma que conecta marcas com influenciadores digitais. Construa, gerencie e analise todas as etapas de consumo com alta performance e resultados.

Wake garante 9x mais receita para Iron Studios

A Iron Studios utilizou a Plataforma de Experiências Digitais da Wake para se adiantar às tendências, entender o consumidor e tomar decisões estratégicas com confiança. A ação foi focada em reativar usuários inativos, próxima a uma importante data comercial, para aumentar o engajamento no período de promoções, e trouxe excelentes resultados para a marca. A Wake construiu uma estratégia de e-mail no mês anterior à data, visando à recuperação da base de clientes inativos, e foram revertidos quase 5% da base, o que gerou 9x mais receita para a Iron Studios. Conheça a Wake e todo ecossistema de soluções digitais.

AMERICANAS | www.americanasmarketplace.com.br

O marketplace da Americanas é a parceria certa para potencializar o seu negócio porque possibilita que lojistas de todos os tamanhos, segmentos e experiências vendam na internet para clientes de todas as regiões do Brasil. Com suporte do nosso time e ferramentas como um portal completo, campanhas baseadas em estudos de mercado, repasses semanais, programa de aceleração para diferentes perfis de vendedores, hub de publicidade e muito mais, você pode chegar ainda mais longe. O diferencial que a sua operação precisa para crescer está aqui. Venda na Americanas e multiplique os seus resultados!

Acesso Americanas: proximidade e conexão foram focos do evento do marketplace

No dia 15 de maio, aconteceu o Acesso Americanas, um evento que reuniu lojistas, executivos e especialistas em um único lugar, com o objetivo de compartilhar insights e tendências, além de gerar oportunidades e conectar pessoas. O evento foi um sucesso e contou com o apoio de empresas como Olist Tiny, Shopping de Preços, Baselinker, Universidade Marketplaces, Nubimetrics, Magis5 e Omnione. Com isso, o marketplace da Americanas segue reforçando o foco em estar cada vez mais próximo dos seus parceiros e oferecer experiências estratégicas para os seus negócios.

Bling | https://www.bling.com.br

Mais que um ERP, o Bling é um sistema completo de gestão e vendas com serviços financeiros e vantagens exclusivas - tudo em um só lugar. Por meio de automações e integrações, descomplica a emissão de notas fiscais, boletos, controle de estoque até a venda online em e-commerces ou marketplaces. Desenvolvido para lojas físicas e/ou digitais, a ferramenta impulsiona o crescimento de micro e pequenos empreendedores que estão vivendo o sonho do negócio próprio.

Bling Academy: conteúdos gratuito para você e para o seu negócio

Bling Academy é uma plataforma gratuita de conteúdos educacionais que te ensinam sobre gestão de negócios e como utilizar o Bling. São trilhas de cursos com aulas em vídeo que vão do nível básico até o avançado, sobre processos do dia a dia, como utilizar diferentes funções dentro do Bling e muito mais. Com o apoio de especialistas do Bling e do mercado, o Bling Academy é indicado para empreendedores buscando capacitação de forma fácil e online, e oferece muitos conhecimentos para ajudar a evoluir seu negócio.

DHL FULFILLMENT NETWORK:

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China Link | https://www.chinalink.info

Para indústrias, sellers e distribuidores em crescimento que querem diminuir custos ou aumentar sua margem de lucro, a China Link oferece soluções para quem quer iniciar ou aprimorar seus processos de importação, realizando todas as etapas do processo, tanto no Brasil quanto na China. Somos uma solução tão completa que a única preocupação do importador é vender os produtos importados.

China Link lança novidade: imersão em Bangladesh

A China Link, representante oficial da Feira de Cantão no Brasil, traz uma novidade para a próxima edição da Imersão Canton Fair, em outubro. Os empresários que participarem da 3ª fase da feira terão a oportunidade de conhecer Bangladesh, um país emergente no setor têxtil. Realizada em Guangzhou, China, a Feira de Cantão é a maior feira multissetorial do mundo, reunindo fabricantes, fornecedores e compradores globais. Bangladesh, com seu crescimento significativo na indústria têxtil, oferece novas oportunidades de importação, tornando-se um destino estratégico para os empresários que buscam alavancar seus negócios e expandir suas redes de contatos.

Correios | https://www.correios.com.br/

A integração é o que nos move. Interligar todos os pontos, fisicamente ou eletronicamente, está no DNA das nossas ações. Sempre conectamos pessoas, empresas e instituições com soluções de negócios e para a sociedade de forma sustentável. Estamos presentes no dia a dia dos brasileiros em todos os cantos do Brasil. Correios, presente pra você.

Sem fronteiras: Correios expande oferta de serviço de exportação com Exporta Fácil +

Com mais de 20 anos no mercado internacional, os Correios expandem e oferecem novo serviço, o Exporta Fácil +. Agora, é mais fácil exportar volumes acima de 30 Kg ou com dimensões que extrapolem as aceitas pelo meio postal. Clientes e empreendedores ganham a oportunidade de explorar o mercado internacional sem fronteiras. Você sabia? Foi enviado à NASA um Rover - protótipo de carrinho movido a pedaladas de 108 Kg - feito pelos alunos do curso de Mecânica da escola Frei Plácido em Bagé/RS. A operação teve várias etapas desde a coleta até a entrega, passando pela liberação nas alfândegas do Brasil e dos EUA. Tudo em 12 dias. Pensou grande, pensou Exporta Fácil +.

A Social resolve todas as suas dores.

Gestão completa para seu e-commerce em um único lugar.

ClearSale | https://br.clear.sale/

A ClearSale (CLSA3) é especialista em soluções de prevenção e gerenciamento de risco nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas e telecomunicações. A empresa possui um poderoso banco de dados com conhecimento de mais de 98% dos consumidores no mercado digital.

Com capital aberto desde 2021, a ClearSale tem a missão de deixar a vida do consumidor digital mais simples, segura e justa! Atua dessa forma, equilibrando tecnologia e profissionais especializados para entregar excelentes indicadores aos clientes, a fim de gerar cada vez mais confiança no mercado.

Mapa da Fraude 2023

O Mapa da Fraude avalia o cenário de fraude no Brasil e mostrou que o país registrou 3,7 milhões de tentativas de fraude em 2023, totalizando R$ 3,5 bilhões em valores, já o valor médio por transação foi de R$ 925,44. O estudo, que analisou 277,4 milhões de pedidos realizados entre 1° de janeiro e 31 de dezembro, também revela que, entre as categorias mais afetadas em 2023, destacam-se eletrônicos (5,1%), com um valor médio de R$ 2.671, games (5,0%), com R$ 1.644, e celulares (4,3%), com R$ 2.872. Nesta edição, as novidades incluem: tentativas de fraude por meio de pagamentos, categorias mais afetadas por gênero, tendências de fraude, um novo recorte por região e análises de especialistas.

CRMBonus | https://www.crmbonus.com.br/

CRMBonus é a plataforma de crescimento para empresas líderes que buscam adquirir, fidelizar e converter clientes com bonificação inteligente. Em 2023, gerou +R$5 bilhões em vendas incrementais para seus +3000 clientes do varejo físico e digital tendo como missão fazer qualquer negócio crescer de 10% a 20% em até 100 dias - ou seu investimento de volta.

Com IA, CRMBonus traz 19.075 clientes Camicado de volta à compra

A CRMBonus, empresa líder em soluções de aquisição, engajamento e retenção de clientes - e já utilizada por mais de 1100 e-commerces -, começa 2024 expandindo suas soluções com inteligência artificial. Ao utilizar os novos modelos de IA, a Camicado conseguiu reativar 19.075 clientes que não compravam em uma frequência esperada. Essa novidade tem como premissa entender diversos dados da base de clientes e conseguir prever o comportamento de recompra a partir de um bônus oferecido para recompra. A diferença do modelo, comparado a segmentações manuais, foi de +59% de melhoria. Essa novidade já está disponível para todas as marcas avançarem suas vendas com muito mais precisão.

DHL | https://www.dhl.com/br-pt/microsites/supply-chain/fulfillment-network.html

Líder global em armazenagem e distribuição, a DHL Supply Chain oferece serviços completos, incluindo transporte, armazenamento, packaging e outras soluções personalizadas e flexíveis. Através do DHL Fulfillment Network, a empresa proporciona controle total ao cliente em seu e-commerce, monitorando estoque, pedidos e analisando tendências de vendas. Unindo essa solução modular à experiência da DHL, a expansão global das vendas torna-se ilimitada, otimizando a logística e impulsionando o crescimento sustentável da empresa.

Nova rota aérea da DHL Supply Chain vai agilizar logística do e-commerce

Com um investimento de 90,5 milhões de euros, a DHL Supply Chain fechou parceria com a Levu Air Cargo em uma solução de transporte aéreo doméstico. Os voos farão a rota Viracopos (Campinas/SP) - Manaus (AM) diariamente, e Viracopos - Recife (PE) três vezes por semana. Mais à frente, a rota chegará a Belém (PA). Essas praças são estratégicas para a distribuição do e-commerce, com potencial para serem hubs de entregas no Norte e Nordeste. Por ser um avião cargueiro, há vantagens importantes: garantia de espaço, confiabilidade de horário, versatilidade de cargas e maior consolidação, o que traz condições mais competitivas e um dos melhores lead times do mercado.

ENEXT | https://enext.com.br/

Fundada em 2008, é pioneira no desenvolvimento do mercado digital e referência em gestão de Midia no Mercado Livre, Amazon, B2W, Magalu, Shopee, entre outros. Tem por missão transformar as pessoas para o futuro, acreditando e fortalecendo os conhecimentos internos para transformar a experiência digital e alavancar os resultados dos seus clientes nos marketplaces.

Enext, especialista em retail media, anuncia parceria com Vtex Ads

A parceria entre Enext e VTEX Ads está redefinindo o panorama de retail media no país. A Enext, como líder e pioneira, está testando essa nova solução de publicidade da VTEX com grandes marcas do mercado. E os resultados já são impressionantes. Essa colaboração promete transformar a maneira como as indústrias e os varejistas se conectam com seu público-alvo, impulsionam suas vendas e analisam resultados, destacando mais uma vez a Enext como líder no mercado de retail media.

Fiserv | https://www.fiserv.com.br/

A Fiserv é uma empresa que aspira a movimentar dinheiro e informações de uma forma que move o mundo. Como líder global em pagamentos e tecnologia financeira, a empresa ajuda clientes a obterem os melhores resultados por meio da inovação em pagamentos, comércio eletrônico, adquirência, entre outros.

Fiserv oferece alta disponibilidade e mais segurança para aceitação de Pix no e-commerce

A Fiserv amplia o seu Hub de Pix ofertando uma solução de Pix completa para o varejo. Entre as novas funcionalidades estão o balanceamento entre Provedores de Serviços de Pagamento (PSP), que possibilita ao negócio escolher com qual PSP atuar, além de permitir a alta disponibilidade da solução; a gestão unificada das vendas, atuando como único canal e captura para todos os meios de pagamento; além da exclusiva camada extra de antifraude, protegendo o negócio tanto na fase do cadastro de Pix quanto nas transações.

Frete Rápido

| https://freterapido.com/

A Frete Rápido é líder em TMS para e-commerce na América Latina. Focado em simplificar as conexões entre e-commerce e transportadoras, o TMS da FR é voltado para empresas B2B e B2C, suas funcionalidades abrangem omnicanalidade, múltiplas origens, ship from store, marketplace in/out e delivery.

Com o TMS da FR você garante a melhor jornada de compra para seu consumidor, desde o cálculo de frete, otimização de embalagens, campanhas de fretes, rastreio automatizado, gestão e torre de controle, auditoria dos fretes e arquitetura guarda-chuva, podendo controlar diversas contas em um só ambiente.

Frete Rápido lança FR ESG e Torre de controle

A Frete Rápido, líder em TMS para e-commerces de médio e grande porte lançou dois novos produtos. O FR ESG e a Torre de controle. O FR ESG permite que os e-commerces calculem e neutralizem suas emissões de carbono, alcançando mais eficiência, conexão com seus clientes e responsabilidade ambiental.A Torre de controle permite que os e-commerces acompanhem em tempo real todos os dados, métricas e KPIs se sua operação, para extrair insights e realizar a tomada de decisão de forma ágil e assertiva.Saiba mais em freterapido.com.br

Globalfy | https://globalfy.com/pt/

Globalfy é uma fintech, fundada em agosto de 2015 na Flórida, pelos empreendedores brasileiros Eva Palatinsky e Diego Sampaio. A startup nasceu com a missão de simplificar a jornada de empresários estrangeiros que desejam abrir ou expandir seus negócios nos Estados Unidos. Os principais serviços oferecidos são abertura de empresa e conta bancária empresarial nos Estados Unidos, serviços fiscais e contábeis completos, endereço virtual e atendimento personalizado em três idiomas: português, inglês e espanhol.

E-commerce nos EUA: peças automotivas, beleza e entretenimento se destacam

É possível ter um e-commerce internacional lucrativo, assim como clientes da Globalfy que alcançaram quase US$ 1 milhão em receita média ao longo de 2023, com destaque para beleza, serviços, tecnologia, peças automotivas, móveis e entretenimento. Ao contratar planos de assinatura que oferecem suporte para trâmites burocráticos e administrativos, além de acompanhamento fiscal e contábil, empreendedores do mundo inteiro podem expandir seus negócios para os EUA. Todo o processo é seguro, ágil e 100% online, e o atendimento em português, inglês e espanhol não impede que o idioma seja uma barreira para a internacionalização.

Grupo Intelipost | https://www.intelipost.com.br/

O Grupo Intelipost é líder em tecnologia para logística com soluções para uma entrega perfeita. Aumente sua taxa de conversão em até 20%, reduza em até 50% os tickets de SAC e reduza em até 30% os custos com frete. Formado pelas empresas Intelipost (plataforma completa em gestão logística), Agile (solução de roteirização para otimização logística) e Pegaki (plataforma que conecta rede de pontos com e-commerces, transportadores e centros de distribuição), juntas, as soluções do Grupo Intelipost geram economia para os negócios, melhorando a experiência da entrega.

Integração do TMS Intelipost com a SEFAZ garante auditoria com mais controle e velocidade

Descubra a mais recente inovação da Intelipost: a atualização do módulo de Auditoria, agora integrado à SEFAZ. Com essa integração, os mais de 650 clientes poderão obter uma redução significativa no tempo de conciliação, ganhando independência das transportadoras para o envio de arquivos e garantindo o processamento apenas de documentos válidos. A integração direta com a SEFAZ permite a busca instantânea do CT-e (Conhecimentos de Transporte Eletrônicos), assegurando que 100% dos arquivos sejam recebidos, sem depender das transportadoras. Isso significa que os seus pedidos podem ser auditados antes mesmo do fechamento da fatura, trazendo maior controle e precisão às suas operações.

Jadlog | https://www.jadlog.com.br/jadlog/servicos

A Jadlog é uma das maiores empresas de logística e transportes de cargas expressas fracionadas do País. Em janeiro/2017 se associou com a DPDgroup, a segunda maior rede de entrega de encomendas internacionais da Europa. Destacando-se no mercado pela rapidez e qualidade, a Jadlog dispõe de uma das maiores estruturas de distribuição porta a porta de encomendas do país. Através de sua rede de mais 500 franquias espalhadas por todas as capitais, DF e principais cidades, a empresa atende todos os municípios do país. Sua frota é formada por mais de 240 caminhões e carretas e 4.500 utilitários.

Pickup: serviço estratégico da Jadlog para a logística reversa

A pesquisa E-Shopper Barometer, realizada anualmente pela Geopost, controladora da Jadlog, apontou que 7% dos consumidores brasileiros devolveram a sua última encomenda. E para garantir um processo eficiente de logística reversa que ajude a fidelizar clientes e a estimular o fechamento das vendas no e-commerce, o serviço Pickup, da Jadlog, vem ganhando ainda mais relevância e se tornando estratégico para os embarcadores. Seus benefícios incluem a capilaridade nacional, a proximidade com os consumidores, o fim das filas de espera e praticidade na postagem, visto que ela é realizada via QR code, sem a necessidade de impressão de etiquetas.

Platinum Log | https://tpl.com.br/

A Platinum Log é uma operadora logística que oferece soluções completas e personalizadas para cada necessidade específica de seus clientes. Seja nos segmentos B2B ou B2C, a empresa se destaca por sua automação integrada, transporte eficiente e 11 estruturas de armazenagem, localizadas estrategicamente nas regiões sul e sudeste. Através de sua tecnologia própria, o OMS, proporciona visualização, integração e gestão em tempo real de todas as etapas operacionais. Com abordagem online e inteligente, a Platinum Log dedica-se integralmente a entregar resultados eficazes e eficiência logística.

Platinum Log inova com tecnologia própria para ampliar fulfillment B2B

A Platinum Log anuncia uma evolução importante em seus serviços de fulfillment, com destaque para aprimoramentos que beneficiam especialmente o segmento B2B. Além de atender às demandas já existentes nesse setor, a empresa oferece uma solução ainda mais avançada, impulsionada por uma tecnologia própria (OMS), que proporciona visibilidade completa da operação para clientes tanto B2B quanto B2C. Essa tecnologia inovadora permite monitorar e gerenciar cada etapa do processo logístico de forma integrada, desde o recebimento até a entrega, garantindo eficiência operacional e maior controle sobre a cadeia de suprimentos. Logística online e inteligente

RD Saúde Marketplace | http://www.rdsaude.com.br

A RD Saúde foi formada em 2011, a partir da fusão entre a Droga Raia e a Drogasil, que combinam mais de 200 anos de história no varejo farmacêutico. Hoje, o grupo está presente em todos os estados do país, com mais de 3.000 farmácias. Ano a ano, a RD Saúde reforça sua atuação como ecossistema de saúde voltado para prestação de serviços e cuidados com o bem-estar da população. Por isso, continua ampliando sua capilaridade física e digital, disseminando um novo conceito de farmácia em um modelo de negócio multicanal.

Com cara nova e foco em saúde, RD Saúde Marketplace está no ar

O maior marketplace de saúde do Brasil ganhou um novo nome e uma nova identidade visual: a RD Marketplace passa a se chamar RD Saúde Marketplace. A mudança vem na esteira da nova marca corporativa “RD Saúde” e se alinha à preocupação da companhia em contribuir para uma sociedade mais saudável. Também reforça para os sellers o conceito de um marketplace voltado exclusivamente para saúde, bem-estar e beleza. O perfil segmentado atrai clientes interessados nessas três categorias e aumenta a taxa de conversão.

Selia Fullcommerce | http://www.selia.com.br

Simplificamos a entrada de empresas no mercado digital, fornecendo soluções adaptáveis e viáveis para atender às demandas de cada negócio. Nossos serviços são modulares, projetados para empresas que desejam ter uma presença online, sem investir em infraestrutura ou equipes especializadas. Atuamos no segmento de eletrônicos, livros, alimentação, moda, agronegócio, cosméticos, medicação, casa e decoração. Contamos com 15 Centros de Distribuição, com capacidade para expedição de mais de 7 milhões de pedidos por mês. Focamos na eficiência operacional, garantindo entregas rápidas e precisas.

REVOLUÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL B2B

A SELIA Fullcommerce simplifica a entrada de empresas no mercado digital, sejam indústrias, varejistas, importadores, distribuidores ou crossborder, fornecendo soluções adaptáveis e viáveis para atender às demandas de cada negócio.

REVOLUÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL B2B

No universo B2B, onde o e-commerce atualmente representa apenas 1% de um mercado de R$2.4 trilhões, a SELIA Fullcommerce não se limita a expandir — ela aspira revolucionar. A jornada vai além da simples transição para o digital; é uma reinvenção do mercado B2B. Com o compromisso de melhorar a eficiência e a eficácia das empresas, a SELIA lida com as complexas necessidades do mercado B2B com inovação e precisão.

Social Digital Commerce

| https://socialsa.com/

A Social Digital Commerce é um dos principais players do setor de e-commerce no Brasil e oferece soluções tecnológicas de ponta a ponta para empresas do varejo que desejam potencializar suas vendas. A empresa oferece quatro hubs de serviços: Digital é dedicado aos clientes que desejam vender mais no digital, Retail proporciona experiência da compra física e online, International realiza a expansão global do cliente, e o Marketing Intelligence integra o BI à plataforma de compras, explorando todas as possibilidades do digital.

Negócios para além do digital

A Social Digital Commerce ampliou seus horizontes com o objetivo de entregar soluções e serviços digitais completos e integrados aos seus clientes, oferecendo atuação na gestão de negócios B2B, B2C e B2E. Com quatro hubs de negócios (Digital Management, Retail Management, Marketing Intelligence e International Management), a Social está presente em quatro continentes e continua em expansão com a inauguração de três novos centros de distribuição em Extrema - SP, Espírito Santo - ES e Recife - PE.

Total Express | https://totalexpress.com.br/

A Total Express é a empresa privada de soluções logísticas mais completa do país. Atende com excelência desde o pequeno e médio e-commerce até os gigantes do varejo, incluindo operações complexas de indústrias e governo. Com capilaridade que cobre 100% do território nacional, 2 Mega HUBs, mais de 20 HUBs com malhas regionais, mais de 120 bases last mile espalhadas pelo país e 30 anos de experiência, a Total Express conecta o Brasil.

Total Express amplia sua abrangência no país

Nova abrangência de mais de quatro mil cidades atendidas diretamente agora contempla o estado de Roraima, alcançando 100% do território nacional. Desde 2018, a Total mais do que dobrou as cidades atendidas, consolidando seu posicionamento de maior abrangência privada do mercado. E a empresa não para por aí: está continuamente buscando redução de prazos para democratizar ainda mais o acesso ao e-commerce em todo o Brasil. Este é um momento marcante na história da Total Express, reafirmando o compromisso de encurtar distâncias em todo o Brasil.

Tray | www.tray.com.br/

A Tray é uma plataforma para vender produtos físicos na internet, seja em uma loja virtual ou em outros canais de vendas. Com mais de 20 anos de história, sua missão é ajudar a digitalizar o varejo brasileiro, oferecendo recursos para o lojista vender, gerenciar e escalar o seu negócio. É uma solução que facilita o dia a dia, entregando tudo o que você precisa em um único painel, como: marketplaces, logística, pagamento, redes sociais, anúncios e muito mais. Para conhecer mais, acesse: www.tray.com.br

Tray: A plataforma completa para vender de verdade!

A Tray, plataforma de vendas online para seu negócio, oferece um ecossistema completo e uma ampla gama de recursos e serviços destinados a aumentar suas vendas na internet. Além de integrar diretamente aos principais canais de vendas, como Google, Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) e TikTok, a Tray também oferece integração nativa com mais de 30 marketplaces. A plataforma disponibiliza uma série de ferramentas para simplificar a logística, a gestão e o atendimento, além de possibilitar uma comunicação mais eficaz. E não podemos esquecer dos recursos de marketing, incluindo o LiveShop, o mais recente lançamento. Tudo isso em um único lugar! Tray, a plataforma que vende de verdade.

Vindi | https://vindi.com.br/

A Vindi oferece soluções abrangentes para gerenciar, cobrar e receber pagamentos de ponta a ponta. Isso porque, embora seja um processo intermediário, a gestão de pagamentos é essencial para um negócio bem-sucedido, mas, se não for feita da maneira certa, será onerosa em tempo e recursos.

Com funcionalidades que se complementam e impulsionam, na Vindi você tem recursos inteligentes, tecnológicos e exclusivos para receber pagamentos online avulsos ou recorrentes e também presenciais.

Boleto e Pix em uma só fatura ajuda a modernizar e facilitar pagamentos

Já pensou em oferecer ao seu cliente o poder de escolha para realizar pagamentos via código de barras ou QR Code Pix na mesma fatura?

O BolePix é uma estratégia inteligente para empresas que buscam otimizar seus processos de pagamento, proporcionando aos seus clientes uma experiência conveniente e moderna.

Com ele, o cliente tem a comodidade de escolher o seu método de pagamento preferido e a sua empresa melhora a conversão, além de diminuir o tempo de compensação.

Descubra como o BolePix da Vindi impulsiona o seu negócio: www.bit.ly/bolepix-vindi

Uappi | https://uappi.com.br/

A Uappi é formada por um ecossistema completo de serviços para o crescimento do seu e-commerce, ela é plataforma, hub de marketplace, agência de performance e muito mais. A Uappi tem tudo que você precisa para sua loja online crescer: atualizações periódicas, excelente experiência de compra, controle dos números, personalização, otimização de venda, segurança, estabilidade e muito mais. O foco principal é o crescimento do seu e-commerce, na melhor parceria ganha-ganha.

Uappi expande tecnologia e divulga primeiro cliente internacional

O rebranding da Uappi, plataforma feita para e-commerces que não param de crescer, trouxe não somente uma nova imagem para a marca, mas novas possibilidades. Entre elas a internacionalização de suas expertises, essencial para alcançar países da Europa, como Portugal e Espanha. O primeiro cliente Uappi em terras portuguesas é a Prime Body, marca dedicada à nutrição - não só desportiva, mas também à nutrição diária para todos os públicos -, que com as tecnologias e soluções da Uappi ganha destaque com 100% dos produtos saindo de um país e um público diferente do Brasil.

WEBJUMP | https://webjump.ai/

A WEBJUMP é uma parceira líder da Adobe que oferece muito mais do que uma consultoria de tecnologia. Somos arquitetos de experiência, utilizando o poder da Adobe Experience Cloud para criar jornadas inesquecíveis e personalizadas que cativam seu público e aumentam seu ROI. Como a única Adobe Platinum Partner da América Latina com quatro selos de Specialized, fornecemos equipes de desenvolvimento ágeis por meio de IA. Nossos cinco estúdios de inovação se aprofundam em suas necessidades exclusivas, oferecendo infinitas soluções. Conheça a WEBJUMP e desbloqueie o poder transformador da experiência.

WEBJUMP é a única Adobe Platinum Partner assistida por IA na América Latina

Recentemente, a WEBJUMP atingiu o mais alto nível de certificação da Adobe Experience Cloud, tornando-se a primeira parceira Adobe da América Latina a conquistar o selo Platinum. Além disso, a empresa acumula especializações nas ferramentas Adobe Commerce, Adobe Target e AEM. Somado a isso, como parte do Grupo AI/R, a WEBJUMP oferece uma capacidade aprimorada com IA Assited, promovendo ganhos significativos em eficiência e velocidade de desenvolvimento, adaptando-se às necessidades personalizadas de cada cliente. Essas conquistas reforçam a posição da WEBJUMP como líder inovadora, pronta para transformar negócios com soluções tecnológicas avançadas.

Com a WEBJUMP é possível ter tudo isso, através do poder da Adobe Experience Plataform aliada à eficiênca da IA!

Yuno | https://www.y.uno/pt-br

Yuno emerge como líder global na orquestração de pagamentos, fornecendo inúmeras conexões entre métodos e provedores, além de ferramentas antifraude, tornando Yuno sua única (e última) integração. Com uma tecnologia inovadora e intuitiva, Yuno tem a missão de empoderar seu comércio, permitindo a criação de "Smart Routing", fluxos que permitem re-tentativas de compras em diferentes adquirentes, impulsionando suas taxas de aprovação com rapidez e segurança, além de reconciliar todos os dados transacionais e trazer insights de suas vendas, garantindo mais autonomia e sucesso para seu e-commerce.

Revolucionando o ecossistema de pagamentos com Yuno: histórias de sucesso

A orquestradora de pagamentos Yuno vem trazendo diversos casos de sucesso em diferentes indústrias, como se pode notar em relação a dois de seus clientes, a InDrive, app de mobilidade em que passageiros e motoristas negociam o valor da corrida com antecedência, e a Compara Online, marketplace de seguros e créditos. A Compara Online viu um aumento de 5% em suas taxas de conversão, enquanto a InDrive alcançou uma taxa de aprovação impressionante de 90%. Ambas destacam os benefícios do roteamento inteligente da Yuno, simplificando operações e impulsionando seu crescimento no Brasil e fomentando sua expansão global através da fácil integração fornecida pela Yuno em novos métodos de pagamento.

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