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CAPITULO V - O JOGO ABERTO 29/30
CAPITULO V O JOGO ABERTO
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Explica-me Raymundo: "A Zuza tinha, tambem, uma aranhona sobre si. Ouvi seus gritos, perto, e a soccorri. Assim a conhesci. Bobeira minha!" Não toco mais no assumpto, nem convinha. Lanchamos um sanduba e, mal dalli sahimos, elle indaga: "E quanto a ti? Ainda não achaste uma gattinha?" Querer desconversar é inutil. Tem Raymundo perspicacia, embora grosso: "Não queiras me engannar, porque sei bem..." Admitto. É tudo tacito. "Olha, moço (diz elle), eu sou é macho, vês? Porem te entendo. És meu amigo, dou-te endosso!"
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Raymundo se dispõe a confidente ser intimo, e a me ouvir mostra-se aberto. Tambem não sou veado, então lhe allerto: com homens sou é sadico e inclemente! "Não digas! Que é que fazes? O que sente um sadico?" Eu explico: o typo certo que eu gosto de humilhar, no qual desperto o instincto masochista, é o mais carente. "Carente? Como assim?" É um cego, explico. Perdeu elle a visão, está indefeso e docil. Se fodeu, e paga o mico. Raymundo se interessa: "É mesmo! O peso do azar rebaixa um homem! Até fico, tambem, como tu ficas, de pau teso..."