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CAPITULO XIX - OS DOTES NATURAES 113/114
CAPITULO XIX OS DOTES NATURAES
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Raymundo pés enormes, bem maiores que os oculos, tem, para a sua altura. O cego me allertara, esse que attura na cara uns geralmente dos menores. Si o chamo de Pezão, me diz: "Que implores debaixo delle!" O tennis não lhe dura um anno: largo e chato, o pé perfura a poncta, extoura o couro dos melhores. No parque, si elle andar commigo, até os passaros reparam: {Bem te vi!} Os patos levam susto: {Ué! Ué! Ué!} Idéa me occorreu. Candido, aqui, podia encaminhar: usar seu pé fazendo propaganda! Elle sorri.
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Commigo até concorda: "O pé daria p'ra bons commerciaes de tennis..." Mais, eu digo: renderá commerciaes de talco p'ra chulé! Resolveria! Raymundo, com desdem, "Que porcaria!" responde, mas accaba achando taes idéas geniaes, profissionaes, bem practicas, si a grana se annuncia. Assim, a tevê mostra quando alguem, calçando um tennis novo, attenção chama das moças que, por griffe, tesão teem. Num outro desses filmes, quem reclama do cheiro allude às moças e tambem vendeu: desodorante é p'ra quem ama!