HORUS CULTULITERARTE

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Carta a um jovem escritor Silas Correa Leite

PHOTO: oadtz “Eu escrevo porque para viver essa vidinha merreca e ordinária, me faltaria cérebro” – Silas e suas ‘siladas’ (Da Série “Eram os Malditos Extraterrestres?”) 1)-Não é possível, já numa primeira edição qualquer, escrever um livro perfeito, um romance perfeito. Para tentar escrever um tremendo livro assim, um clássico (o tempo é o melhor juiz), leva mais de 50 anos de erros e acertos imperfeitos, o que então e finalmente pode ser um livro assim de real primeira grandeza julgado pela história e consagrado por ela, imperfeita, história-remorso. 2)-O maneira mais eficaz de escrever uma boa obra, é ir escrevendo-a aos poucos, em um livro, depois outro; todos o mesmo livro-continuação, até que a experiência e a soma de tudo isso em décadas seja, afinal, um bom e verdadeiro e louco e impuro livro (impurezas de páginas de restos e rostos rotos), porque a imperfeição é a melhor parte humana do livro supostamente ideal, mas, ponhamos: ideal pra quê e para quem. Os ranços consagram os loucos. 3)-Bobagem acreditar que você é um gênio, porque o próprio gênio não se classifica assim após uma vida louca, conturbada, na sozinhez cervegetariana zenboêmica de um estofo fora de série de ler, pensar, relegar, reler, rasgar, fugir... Loucura-lucidez bola bons criares, assim, capitule, saque, sangue, singre, mãos ao álcool; erre mais, acerte mais, mas não se assuma dono da verdade, da obra prima, porque os melhores livros ainda não foram escritos, mas todos os bons livros escritos ainda estamos tentando compreender significâncias, entornos e ilações, irrazões, alusões e despertencimentos, incompletudes... desde o frigir dos óvulos, cantar dos galos, pés no sacro... e porque as paredes têm ofícios, envenene-se. 4)-Diálogo aberto, curto e grosso, não lineares, falas soltas, imagens, desenhos, sacadas, contundências, balões, quadrinhos, desenhos, imagens, tudo soma um livro que é em ‘versoeprosarudeza” como é amor, humor, terror, estertor, fantasmas, estercos, sandices, livro bom poderia ser, no devir, quando autor ou o leitor morrerem no final... sacou ou o círio saiu pela culatra do desdizer tácito? Impregne-se.

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5)-Toda história é remorso, toda obra prima é irmã do escárnio, todo decurso narrativo é fogo, pólvora, enxofre, jorro neural, ou seria achismo, escapismo, e nada melhor do que dia depois do asco, o que cria é o ego, descanse, deixe a obra no chorume-bisotê, no achadouro 'noia', na decantação refil, leia-a depois do oficio-fuzilo de fazê-la, e se enxergue, ou seja: veja o que você realmente não quis dizer e disse, ou o que quis dizer e nem mesmo você entendeu o que quis exatamente dizer na mixórdia contemplativa do desfazer-se... Nas particularidades estão todas as melhores narrativas, enfoques e todo foco deve ser fogo-fátuo ou seria rock groselha chinfrim. 6)-Casos de amor enrolados e craquentos nem sempre valem a pena, engordam, engodam açodados, mas todo verdadeiro amor é trágico e louco com carnegões, um amor que dê certo não é amor é novela démodé com cisma de antro deja-vu, uma convivência que desmonta uma parte não é amor é adestramento, que o ódio suturado seja a melhor ferramenta, que a traição seja a energia, que o humanismo de mentiras e torpezas sejam as barulhezas do criar o indizível, o inominável, e a tal “abensonhada” faca destrinchando desvãos de almas, c8icatrizes, arquétipos, estrumes sociais, estercos parasitários quebrando normas, regras, a tal língua culta que tem cabresto e mata-burros. 7)- O herói deve ser mau caráter embonitado, pervertido cristão, procurando calma pra se coçar, deve ser personalizado rococó, perolizado assim, humanizado (ô raça), e assim parecer mais real do que o real, porque, quem não cheira e não freud não vincula, não agrega e nem associa, a bem dizer, não tem nada a dizer. Arme-se de erranças, purgações e conflitos com filtro. Fermente o volátil. 8)-O pior criminoso no local do crime pode ser você construindo uma obra morta, em letra morta, vulgar, estilizada para carcaças, perdendo tempo, papel, árvore, espaço-word, tinta cabritada, teclado do narcocontrabando informal, para desaguar no obvio ululante datado e de ocasião, que afinal saia e seja mais uma literatura abutre em terra de cegos mamando best-sellers do arco da velha, purgantes letrais, já pensou que grande precariedade ajustada ao consumimo tantã? 9-O final feliz não deve ser nem final e nem feliz. Nada começa e nem acaba, tudo é. No final feliz todos morrem, cara pálida, lembre-se, e esgotar horizontes é olhar para dentro de sacanas mentes insanas, surto circuitos ótimos, não queira ser prudente, nem queira ser o que você não é, escreva, delete, escreva, delete, corrija, apague, tome-se uma surra, forme sutras-parangolés, suma, e você verá/lerá a escurez na chiqueza de um outro achado narrativo, de parágrafo ótimo, com a arte pondo as tripas para fora, as vísceras da literatura que quem não se arma não chora, quem não chora não se acha, e quem não frita os miolos no bem criar que vá cantar noutra freguesia simplória, porque arte-criação é estar no átomo sem cachorro, ser macarrão gravatinha na feijoada, e ainda assim dar no couro, no papel, na tinta, no blog, no site, no curral das aparências... 10)- Todas as criações dependem de bruma, turvações, véus e acessórios pertinentes a quem se mete a besta de. Toda ficção quer beber da cicuta do real imaginado. Toda arte que inspira é arte porque tem o câncer do DNA humano – ô raça – e nem tudo que reluz é arte, nem todo palco é abismo de rosas, melhor a tentação do eco no abismo e ver que escrever é estar com uma pipa com cerol na jugular, senão a poesia pangaré será apenas rima, a historieta apenas causo pica-couve sem graça, e o que poderia ser não é, afinal, feridos venceremos, errando venceremos, e o maior dos LIVROS (vidas-livros) estão/são escritos nas veredas, nas cisternas, nas angústias, nos grandes sertões, ou em Mallarmé, Rimbaud, Proust, Joyce, Marx, Freud, Nietzsche, e quem quiser fama, sucesso - muito Nobel não merece o (quem?) nobel por vil e ignóbil - e em vez de atravessar a ponte caia no rio, berrar é humano, a literatura é hermafrodita, por isso, escreviva a dor deexistir, a sobrevivência de purgar o sentir, sendo um não-ser num nãolugar, e que no apagar da velha chama que a arte afinal ainda seja a árvore sobre a sombra tenebrosa do processo de criar.

Silas Correa Leite Anarquista técnico, socialista por um humanismo de resultados, plantador de incêndios, livrepensador sem eira nem beira, provocador de tutanos e metido a sebo com a navalha na acne. – E-mail: poesilas@terra.com.br Site: www.portas-lapsos.zip.net (Texto da Série, Eram os Malditos e Bastardos, Extraterrestres?)

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SILAS CORREA LEITE Professor, conselheiro diplomado em direitos humanos, jornalista comunitário, ciberpoeta e escritor premiado, livre pensador humanista, consta em mais de oitocentos links de sites, até no exterior, entre eles Cronópios, Observatório de Imprensa, Correio do Brasil, EisFluências, Pravda (Rússia) e outros, Prêmio Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio Paulo Leminski de Contos, Prêmio Ignácio de Loyola Brandão de Contos, Prêmio Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo, Gestão Marilena Chauí), Prêmio Literal (Fundação Petrobrás, Curadoria Heloisa Buarque de Hollanda), Prêmio Instituto Piaget/Cancioneiro infanto-juvenil, Portugal, vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP-Parceiros do Tietê/Jornal O Estado de São Paulo/Rádio Eldorado) entre outros, publicou em revistas, jornais, tabloides, fanzines, como Revista da Web, Trem Itabirano, Panorama Editorial, Revista Construir, DF Letras, Mundo Lusíada (Portugal), etc. Autor, entre outros, de Porta-Lapsos, Poemas, All-Print, SP, Campo de Trigo Com Corvos, contos premiados, Editora Design, SC (finalista no Telecom, Portugal), DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Editora Multifoco, GOTO, A Lenda do Reino do Barqueiro Noturno do Rio Itararé, romance, GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance, e O Menino Que Queria Ser Super-Herói, romance infantojuvenil, ambos a venda site Amazon e do ebook de sucesso O RINOCERONTE DE CLARICE, onze contos fantásticos, cada ficção com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, destaque na grande mídia (Estadão, Diário Popular, Revista Época) inclusive televisiva, por ser o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, tendo sido entrevistado por Márcia Peltier (Momento Cultural/Jornal da Noite, REDE BAND), Metrópolis e Provocações (TV Cultura), entre outros, e a obra, por ser pioneira e única no gênero, foi recomendada como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, do Mestrado de Ciência da Linguagem da UNIC-Sul de SC, tese de Mestrado na Universidade de Brasília e tese de Doutorado na UFAL. Seu estatuto de poeta foi vertido para o espanhol, francês, inglês e russo. Contatos: poesilas@terra.com.br 4

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BREVEMENTE

Edições Hórus, Unip Lda Disponível Brevemente! Pode reservar o seu exemplar através do nosso email: edicoes.horus@gmail.com 10€ P.VP. Autora: Alexandra Conduto

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ISSN : 2183-9204 EDITORA EDIÇÕES HÓRUS EDITOR CHEFE

INÊS NABAIS COLUNISTAS

ALDA TEIXEIRA GONÇALVES Pág.29 ALINE TURIM Pág. 26 ANA RIBEIRO Pág.21 FERNANDA R. MESQUITA Pág.8 MADALENA CORDEIRO Pág.17 MORPHINE EPIPHANY Pág.12 PAULO RODRIGUES Pág.15 SILAS CORREA LEITE Pág. 2

GRÁFICOS E DESIGN INÊS NABAIS

Contate-nos: WEBSITE

www.edicoeshorus.com

© 2017 por Edições Hórus. Todos os direitos reservados. A sua reprodução em um todo ou em parte é proibido. A revista Hórus Cultuliterarte é marca registada da Editora. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores e não dizem respeito à opinião do editor e seus conselheiros, isentos de toda e qualquer informação que tenha sido apresentada de forma equivocada por parte dos autores aqui publicados. .

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EDITORIAL

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AA

N

esta que é já a 5ª Edição da Hórus Cultuliterarte queremos destacar os magníficos textos, poesias, resenhas e Contos. São sempre muitas as candidaturas que recebemos e cada vez mais. E ainda bem! Este nosso projeto foi fundado em dezembro de 2016. Oops...Já lá vão 4 meses ;) Este mês que passou foi dedicado às mulheres e à chegada da primavera. E a mando do meu médico fui forçada a descansar e assim dei uma escapadela de 5 dias até terras de Sua Majestade para descansar, passear e colocar o stress de lado e toda a azáfama que é dirigir uma empresa. A editora esteve encerrada durante esses dias e lá fui eu! É sempre bom regressar a Inglaterra e a cidade mágica que é Londres. E fui precisamente um dia depois dos atentados recentes. Já pensava em cancelar a viagem toda, mas mesmo assim fui. Só evitei andar de metro. De resto, tudo correu tranquilamente, sem pressas e pressões. Sem medo ou receio. Estava segura. Viam-se polícias um pouco por todo o lado, helicópteros a sobrevoar o Big Ben e "The houses of Parliament" e as imediações do Palácio de Buckingham. Foram poucos os dias de descanso, mas souberam bem e rejuvenesceram um pouco a minha rotina. Sinto-me fresca e preparada para o resto do ano que aí vem! :) Constatamos o quanto estamos a ter sucesso com esta nossa Revista que está ao alcance de todos que nela queiram participar e divulgar os seus trabalhos basta que nos seja enviado por correio eletrónico até dia 29 de cada mês para edicoes.horus@gmail.com. Quero dar as boas-vindas a todos os participantes desta quarta edição de muitas, e aproveitar para convidar novos participantes para as próximas edições com a divulgação de Livros, Publicidade e Novidades! Que este mês de abril seja um mês de boas energias e inspirações para todos! Esperando que esta edição vos agrade, meus amigos! Até à próxima edição!

Inês Nabais Gerente/Editora das Edições Hórus e Autora desde os doze anos. Participou em Antologias. Publicou dois Livros pela Corpos Editora “Pedaços de Mim” e “Eu sou tu e tu sou Eu”, pela Poesia Fã Clube "Sonhos Coloridos" e em Edição de autor "O Sonho e a Sombra de Eduardo". Fundou a Revista Hórus Cultuliterarte a 2 de dezembro de 2016.

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Fernanda Mesquita SEJAMOS ETERNOS PÁSSAROS VIVOS Os rebentos sentados; as pernas cruzadas e os calções de cores viva, alegravam a varanda, outrora pintada de vermelho triste ( apenas eles tinham a capacidade de mudar o espírito de qualquer coisa). Ela, distribuindo o lanche a cada um e entusiasmando as suas ´´ vozinhas ``. O zumbido harmonioso das asas de uma abelha entrando lentamente naquele mundo sedutor que sublimava a autenticidade. A videira apoiada na parede velha dispunha a sombra na tarde quente de verão, protegendo-os com um fluxo de ar sereno e fresco. - Quero mais- pedia um. - Eu também- repetiam os outros. E ela sorria feliz pelo apetite das suas crias, um sorriso que enfeitiçava até o zumbido harmonioso das asas da abelha. Mãe conta-nos uma história das tuas. Ela sorriu; dentro dos olhos deles dançava a videira, igual a folhedo emoldurado pela inocência. O gato pardo, brincava preguiçosamente com uma folha seca... Ela, num ato solene, ajeitou as pernas no degrau e perdeu-se, encontrando-se num mundo mágico, onde ela e os seus rebentos eram todos da mesma idade; pássaros em viagem rumo ao sonho... oxalá ela nunca substituísse aquela paisagem por torres de cimento e por fins de semana em centros comerciais, Sejamos eternos pássaros vivos com a capacidade de transformar gaiolas em galhos livres onde a palavra evolução seja justificada por um mundo onde a igualdade permite a qualquer homem, de qualquer raça os mesmos prados, os mesmos mares, os mesmos rios, as mesmas fontes...

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Nasceu em Portugal a 11 de Fevereiro de 1961. Vive no Canadá. Tem dupla nacionalidade; portuguesa-canadiana. Mora em Edmonton na província de Alberta. Tem participado em muitas antologias, quer de contos, quer de poesia. Colaboradora da revista Ponto & Vírgula. Revista coordenada por Irene Coimbra. É membro da http://casadospoetasedapoesia.ning.com/ Autora dos blogs: Laços de poesia laosdepoesia.blogspot.com/ e Juntando espigas juntandoespigas.blogspot.com/

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Novidades para os nossos poetas Envie-nos o seu Livro para o nosso e-mail: edhorusoriginais@gmail.com Ou submeta-o no nosso formulário: http://www.edicoeshorus.com/creatures

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Os flashes e os gemidos interrompidos Por Morphine Epiphany Somos feitos de breves orgasmos interrompidos. Dificilmente conseguimos sugar cada partícula do prazer de cada ato. Pequenos flashes de gemidos roubados antes do êxtase absoluto. Percebo os transeuntes da vida, apenas morrendo em sua própria pressa de rodar por tantos cantos, sem levar a tatuagem na pele, a emergência de energia e a fornalha no corpo. Nenhum peito submerso no outro, nenhuma boca totalmente mergulhada na outra, nenhum sexo intensamente penetrando o outro. Só existe a rapidez dos sons, dos cheiros, das garrafas de vodca, dos cigarros, da transa no elevador, do ósculo sem rosto, do sangue sem corte, da lágrima sem queda, da música sem nuance. Falta aquele gozo tão aprofundado no outro ser, feito marca intensa e cheia de júbilo no espírito do outro. A conexão do batimento, sexo e aura em completa harmonia de surrealismo. E quando esse gozo for solitário, que seja uma eterna contemplação de universos desbravados. Manche os poros em sintonia de elevação e humanidade. Queremos ser um orgasmo em seu total ápice glorioso, selvagens em nossa carne, puros em nossa alma e uma rede magnífica de sensações extremas. Biografia: Cristiane Vieira de Farias, ou Morphine Epiphany, nasceu em 1987, na cidade de São Paulo. Formada em Produção de Música Eletrônica. Possui textos publicados em revistas, antologias e coletâneas. Seu livro de poesias ''Distorções'', foi lançado em 2016

E-mail: souavenger69@gmail.com Instagram: @morphine_epiphany

PHOTO: Pixel2013 12

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Melancolia em Ritornello Poesia de Morphine Epiphany Sofro de um ritorrnello de melancolias Diálogos em folga simultânea Estrofe angustiada que repete a azia Trampolins de morte espontânea Serrar de minúsculos ossos Flutuar de triturados espasmos Pausar do magnetismo mental Simular da órbita racional Umidade espectral, sanguinário riso Brevidade teatral, mortuária e ranço Ardência dramática, decomposta veia Matéria fleumática; programada sina Padeço de uma opéra agonizante Nuances lânguidas de nervos orgânicos Coloratura de fantasia ausente Vício frígido de um fluxo irônico

Biografia: Cristiane Vieira de Farias, ou Morphine Epiphany, nasceu em 1987, na cidade de São Paulo. Formada em Produção de Música Eletrônica. Possui textos publicados em revistas,antologias e coletâneas. Seu livro de poesias "Distorções"foi lançado em 2016. Instagram: @morphine_epiphany E-mail: souavenger69@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/cristiane.v.defarias?fref=ts

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Paulo Rodrigues A DOR NÃO É DOR - Poesia

PHOTO: GERALT

A dor não é dor! O que a causa é A tremenda sensibilidade Que nós temos, O que nos torna Muito vulneráveis A um pequeno toque vindo do exterior.

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Paulo Rodrigues nasceu a 14/05/1998 em Lisboa. Neste momento é finalista da escola Artística António Arroio, no curso de comunicação audiovisual, na especialização de som. Tem como ocupações um projeto de percussão denominado de BOMBRANDO, desde 2014. Pratica desporto, de forma mais incisiva em futsal. Para além de se dedicar à escrita.

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Madalena Cordeiro

Lançamento do livro "Amiga da Onça"

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1ª Foto- Lançamento do livro Amiga da Onça em 18 de dezembro de 2014. Mesa composta por vereador S.r. Pedro Henrique da Silva, Vereador e professor Erildo Denadai, Luziane Bissoli diretora da Escola Renascer e minha irmã de blusa branca professora de Sociologia e professora de música Raquel Passos.

2ª Foto- Estavam presentes os professores de português Julio César, professor de Geografia Florisvaldo, camisa preta (foto) 3ª Foto- Filhos: Patricia Cordeiro, Fabiana Cordeiro, Samuel Cordeiro, Cristina Cordeiro, Cristiana Cordeiro. Sobrinhas Lidiane Cordeiro, Laiza Cordeiro Tosta. Os bebês Miguel Cordeiro (neto) e Emilly sobrinha neta.

4ª Foto - Palestra com o vereador Erildo Denadai. 5ª Foto - Júlio César e Raquel Passos 6ª Foto - A onça e eu. 7ª Foto - Vereador Pedro Henrique da Silva. 8ª Foto - Professor e Vereador Erildo Denadai.

9ª Foto - Eu autografando o livro do vice-diretor Evaldo e também professor de Educação Física. 10ª Foto - Exclusiva do livro. Amiga da Onça Aproximadamente umas 150 pessoas.

Vendas no site: www.poesiafaclube.com

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Envie-nos o seu Livro para o nosso e-mail: edhorusoriginais@gmail.com Ou submeta-o no nosso formulário: http://www.edicoeshorus.com/creatures .................................................................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................................................... 19

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Madalena Cordeiro Escola renascer - POESIA Uma Escola humilde, onde tudo começou. "Escola Renascer" parece só! Mas aqui estudou meus filhos, netos... E agora eu, à avó. Sávia minha professora... A pedagoga Joelma... E Luziane Bissoli, nossa diretora. Todos responsáveis pelo meu evento... O meu agradecimento. Os funcionários com olhares tristes, Sem saber o que fazer! Precisam trabalhar todos os dias, faz do trabalho seu lazer. Ah! "Escola Renascer"! Você vai ficar na história de Cariacica! Uma Cidade também humilhada! Mas aqui mora gente rica. Gente rica das graças de Deus! Esperança, fé e amor. "Escola Renascer" os seus alunos de hoje, amanhã poderão ser doutor. Óh! "Escola Renascer"! você também está renascendo! Muitas novidades pra você!

Uma Escola lá bem longe, muitos não a honram, Irão ver o seu progresso e ver você crescer! "Escola Renascer" Você já nasceu, agora é só crescer! Um Ensino Médio, quem sabe? Potencial você tem! É só crer!

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Ana Ribeiro UMA ALMA DEMASIADO ABERTA

Lília nunca imaginaria que um dia a vida a fosse marcar tão fortemente como aconteceu quando era adolescente. Há certas situações que passamos na vida que dificilmente somos capazes de esquecer por completo, de forma a ser uma perfeita memória: cinzenta, nublada, desfocada, incapaz de voltar a ser reconhecida. De seguirmos em frente sem nos lembrarmos sempre delas. Tudo começou no início do décimo segundo ano, quando a turma unida, onde todos se conheciam muitíssimo bem, uns aos outros e que desde a primária tinha vindo a acompanhar Lília em todos os anos de escolaridade, recebeu novos elementos vindos de uma outra escola. Rapidamente os novos alunos: três raparigas e um rapaz se integraram no grupo sólido e coeso de que era feita aquela turma de longa data; mas, foi também num ápice que os problemas começaram a surgir. Lília nunca tinha sido uma jovem muito comunicativa, não tinha o espírito aberto, extrovertido e espontâneo da maioria dos amigos, mas tentava adaptar-se e os colegas também se foram adaptando à sua forma particular de ser. Era uma jovem tímida, algo reservada, que só dava confiança a pessoas que realmente conhecia bem, sempre se tinha conhecido assim, sem saber concretamente o motivo, afinal de contas, cada um tem a sua maneira de e estar. Muitas vezes sem razão…

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Quando menos esperavam, a discórdia começou a surgir no cerne daquela turma, que sempre tinha sido tão unida. Passou a existir um choque de personalidades, Alexandra, Daniel e Clara eram rebeldes, aventureiros, partilhavam de opiniões diferentes e gostavam de folia, de lançar a confusão e principalmente de faltar às aulas e tentavam a todo o custo empurrar aquela turma para as suas erradas escolhas. Para além disso, a maneira de ser diferente de Lília começou a espevitar-lhes a curiosidade. Inicialmente e muito subtilmente, aqueles novos colegas que facilmente tinham conquistado a turma, começaram a “meter-se” com Lília, brincando com a sua timidez, com alguns dos seus gostos e com o seu jeito tímido e reservado de ser. Lília não dava muita importância e chegava a levar aquelas atitudes dos colegas, para a brincadeira, mas o que começou por ser uma brincadeira, num curto espaço de tempo transformou-se em algo mais sério. E inevitavelmente, aqueles que melhor conheciam Lília acabaram por ceder, por não reagir à situação e deixaram-se levar pela brincadeira daqueles colegas desconhecidos, até esta tomar proporções difíceis de alterar. Um dia, Daniel decidiu levar a brincadeira longe de mais. Num fim-de- semana, reuniu-se na casa de Fred: um amigo, especialista em informática e convenceu-o a entrar no perfil de Lília no Facebook para gozarem um pouco com ela. Mas as ideias saíram do controlo: Fred começou por alterar os dados de acesso e depois decidiu pegar numa das muitas fotografias que Lília continha na sua página e modificou-a recorrendo a um programa de edição de fotografias. Num abrir e fechar de olhos, o perfil da colega foi invadido por piadas e comentários insultuosos, o que apanhou Lília de surpresa. Por mais que tentasse aceder à sua conta os dados de acesso davam sempre errados e ela começava a desesperar por não saber o que estava a passar-se e por já quase toda a escola ter visto as publicações, piadas e comentários que constavam na sua página. Precisava de apagar tudo, mas não sabia como fazê-lo. O ambiente na escola tornou-se insustentável – num ápice – Lília passou a ser alvo de gozo, por parte de todo e qualquer aluno, de piadas e comentários mal-intencionados que eram lançados para o ar sempre que passavam por ela. Para além disso, passou a viver rodeada dos mais diversos burburinhos. Tentou procurar apoio nos amigos e colegas com quem sempre tinha convivido e em quem confiava piamente; mas, parecia que todos tinham sido enfeitiçados pelos novos colegas. Lília não demorou muito tempo a isolar-se dos colegas perante a vergonha que estava a passar, começou a faltar às aulas, nos intervalos sentava-se sozinha na sala de convívio. Na hora do almoço, almoçava sozinha a um canto, enquanto se ouviam gargalhadas à sua volta. Para piorar ainda mais as coisas, alguns dias mais tarde, começou a receber mensagens escritas vindas de um anónimo no telefone com piadas alusivas aos conteúdos que eram partilhados no seu Facebook: agora hackeado.

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Sentia-se perdida, sem saber o que fazer, como reagir, com quem falar. Desligou o telefone e continuou a esconder a situação da sua família, a quem deveria ter pedido ajuda. Pouco tempo depois, Lília acabou por adoecer: a repercussões da brincadeira parva e inconsequente dos colegas tinham-na levado a deixar de alimentar-se, não conseguia dormir, não conseguia sair de casa, tinha perdido a vontade de viver. Foi através de uma professora que a sua família teve conhecimento de tudo o que se passava, e depressa decidiram actuar. O pai de Lília decidiu falar com um amigo que era especialista em informática de forma a descobrirem quem teria entrado na página de facebook de Lília e os resultados não tardaram em chegar. Através do IP (número da Internet) conseguiram descobrir uma morada, cujo endereço foi dar à casa de Fred e pelo final da tarde os pais de Lília estavam a bater-lhe à porta. Por entre explicações e interrogações mostraram-lhe quão mal tinha feito à filha em prol de uma simples brincadeira. Fred mostrou-se ciente de que tinha – realmente – ido longe de mais e no mesmo momento apagou todas as publicações insultuosas e repôs os dados de acesso, comprometendo-se a não repetir a brincadeira. Sabia que caso não cumprisse com o prometido viria a ter problemas com a polícia. No entanto, apesar do problema ter ficado resolvido, Lília nunca mais foi a mesma jovem: divertida, alegre e descontraída. Transformou-se numa jovem deprimida, fechada e amedrontada, que dizia constantemente que já não queria viver, que preferia morrer. Os pais aconselharam-na a afastarse da Internet e das redes sociais por uns tempos; mas o principal medo dela era encarar as pessoas. Lília teve apoio psicológico durante longos meses, por forma a contrariar a maneira amarga e angustiante como ela encarava e olhava a vida. Foi uma luta bastante dura e demorada que só terminou vinte e quatro meses depois. Hoje ela é uma miúda diferente mais consciente que a sociedade em que vivemos não é perfeita e tem inúmeras falhas. Na realidade ninguém é perfeito, o ser humano foi feito para errar e falhar, caso contrário seríamos máquinas. Hoje é um dia especial para Lília, na faculdade que frequenta decidiram trazer o Cyberbullying a debate e ela foi convidada a falar da sua experiência. Sente-se nervosa; mas confiante por poder inspirar e ajudar outras pessoas que tenham passado o mesmo que ela. Quanto aos colegas que a marcaram e magoaram no passado, nunca mais soube nada deles. Na altura chegar a pedir-lhe desculpa por tudo o que a tinham feito passar e ela até acabou por perdoálos; mas, infelizmente, nem sempre um pedido de desculpas consegue apagar as marcas deixadas na alma e na pele.

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Chamo-me Ana Ribeiro, tenho 29 anos, vivo desde sempre em Chaves e sou licenciada em Análises Clínicas e de Saúde Pública. Gosto de escrever desde muito nova, descobri a paixão pela escrita com o gosto pela leitura e a escrita de vários diários pessoais. Em 2011 editei o meu primeiro livro: “Diário de uma vida”, da editora Mosaico de Palavras, uma colectânea de textos poéticos de certa forma autobiográficos sobre situações que vivenciei, pessoas que me rodeiam e conheci, entre outros assuntos. Os textos que fazem parte do livro foram escritos entre 2009 e 2010. Recebi em 2011 um prémio literário da Editorial Caminho: “Uma Aventura Literária… 2011” com um texto de crítica literária. Participei numa feira do livro organizada pelas bibliotecas escolares da minha cidade e num projecto com algumas escolas para dar a conhecer o meu percurso a vários níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino secundário. Em 2014 recebi o prémio júri Poesia da Editorial Caminho com o poema “Filha do Mar” Em 2015 editei o meu primeiro romance, intitulado “Um Amor Inexplicável”, publicado pela Capital Books. Que conta a história de um jovem que vai batalhar contra o cancro. Iniciei recentemente o processo de publicação do próximo romance, intitulado: “Ao teu lado” que aborda a temática da amizade e da forma como a sociedade em que vivemos está moldada para desde tenra idade colocar o ser humano perante a discriminação, a xenofobia e o preconceito. 24

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Aline Turim POETAS

Poetas... Poetas vivos! Essa ideia me encanta. É normalmente nas escolas, ainda muito cedo que temos nosso primeiro contato com estes ditos: Seres fantásticos! Porem nem sempre algo simples, por vezes traumático. Empurrados goela abaixo por algum professor ou professora de língua portuguesa que precisa simplesmente aplicar o conteudo fazendo assim o seu trabalho. Logo fica difícil ter uma identificação absoluta com um Drummond ou Fernando Pessoa da vida. Algo frio, poetas mortos. Distantes, quase que irreal. E não é culpa deles. Nem dos poetas. Salvo algumas exceções, mas aos que não fogem a regra, digo: Calma! Talvez apenas não era o momento, mas ele chega. A poesia te encontra! E foi em uma noite nublada de verão que me peguei rascunhando os primeiros versinhos para uma paixonite

da adolescência. Tão nova e dentro de um turbilhão de emoções, naquele momento não me senti poeta, mas me vi poeta. Foi magico! Poetas são loucos-apaixonados e não necessariamente por um amor romântico. Mas eles tem o dom. Um espanto natural à vida, ao novo e ao velho. Há quem diga que todos somos escritores, só que uns escrevem e outros não. Ou que cada um dentro daquilo que exerce faz sua própria poesia. E assim se dá, se deu, o encontro com os poetas vivos! E ao que já vivia em mim, a poesia. Poetas vivos me encantam! Eles existem. E somos todos nós. 26

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Aline Turim, poeta. Tem 24 anos, mora na cidade de Campinas interior do estado de São Paulo. Trabalha como assistente de produção cultural e ajuda na organização do Sarau da Dalva que ocorre mensalmente em um bar na cidade. É autora de três fanzines ‘’ERÊZIAS’’, ‘’ERÊZIAS 2’’ e ‘’ERÊZIAS 3 Assim pra não ter fim’’ publicados de forma independente.

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Alda Teixeira Gonçalves Um Poema - POESIA Ela traz no olhar um poema. Um poema de amor. Alguns Versos por vezes pousam Sobre os ramos das árvores Como pássaros esquecidos. Ou então pousam no nariz De algum velho anónimo Passeando pelo nevoeiro Da manhã. Também podem Pousar sobre a mesa De alguém aflito atravessando As paredes das casas. Alguns versos por vezes Fogem-lhe em busca De outros sentidos. Ela traz nos dedos breves Versos de amor que raramente Muito raramente lhe pousam Nos braços ou no corpo Como só os pássaros. O seu olhar percorre as ruas Da cidade como se fossem Poemas breves traços Ao dispor. Sem tema Ou denominação específica. Ela traz um olhar aflito: Procura um verso de amor Perdido não sabe bem Em que rua da cidade.

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Breve Recensão: - Nothomb, Amélie (2014), Pétronille, Ed. Albin Michel Trata-se de um livro de uma escritora belga que proporcionou uma leitura deliciosa e até divertida. O que me captou a atenção: a estranheza do título. Um primeiro pensamento: onde acaba o real e começa a ficção neste livro e Nothomb, escrito na primeira pessoa (a autora é uma das personagens)? Não há fronteiras estanques, mas uma mescla entre real e ficção bem tecida no tear, aparentemente simples, de frases e de parágrafos. Parece tratar-se de uma ficção sobre uma amizade real entre duas escritoras de gerações diferentes, com livros reais de títulos modificados por dentro. Um pretexto significativo (que tem um profundo sabor a realidade): encontrar uma companhia para beber champanhe, em momentos previstos e imprevistos – o elogio do champanhe é real, assim como os momentos escolhidos para o seu consumo também aparentam ser. A amizade que assim se fortalece torna-se (aos olhos de quem lê) num lugar ao mesmo tempo reconhecível e imprevisto. As duas amigas escritoras, entendem-se e desentendem-se ao longo dos anos, em que a autora segue a carreira da amiga (real) Pétronille (nome fictício). O sentido de humor também se move, ágil, pelo texto. Um bom exemplo é a breve narrativa de uma entrevista realizada pela autora a Vivienne Westwood, no seu estúdio de designer de moda em Londres.

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Em síntese, trata-se de um livro intimista e intenso, sobre amizade, champanhe e livros (escritas, leituras e publicações) no quotidiano. O fim? Esse é digno de um bom policial, com a impressão digital de Amélie Nothomb – onde o trágico e o lúdico emergem de dedos bem entrelaçados. Depois: a tentação de pesquisar mais sobre a autora e o livro, após a sua leitura, levou-me a descobrir que o romance surge classificado como autoficção ou ficção autobiográfica e a personagem de Petronille Fanto é inspirada na escritora francesa Stéphanie Hochet. Alda Teixeira Gonçalves

Alda Teixeira Gonçalves nasceu em Luanda (em 1965). É socióloga e possui alguns trabalhos publicados na área. Trabalha num Instituto Público. Participou na Coletânea de poesia Perdidamente, vol. I. e na Antologia de poesia Devaneios (Ed. Hórus). Gosta de experimentar várias escritas.

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Marisa Neves Todo o céu - POESIA Quase me matei naquele dia. Na trincheira amargurada, Quedei. Não tinha mais onde ir, Tudo perdido. Amado fui mais que todas as estrelas Que me cobrem agora neste céu. Tu estás na minha cena, Vida minha! Estou indo me sabendo Mais que amado. Sou um soldado raso em um campo de batalha, Sou dono das estrelas, Sem ter sido E te deixo em testamento todo o céu! Sim, este vácuo Que me preenche é teu amor, Este gelo em minha face é a morte. Vago agora por aqui tão solitário Deito no trono do passado para sempre Mas não te esqueço nunca O tempo é rei. Eu sou o príncipe dos farrapos entre corpos que não dormem... Vem brincar de amor comigo em meu sono, Veja o palácio onde Morto, Vivo e sonho. 32

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O Tema é livre. Envie biografia, foto e poemas para quatro páginas. e-mail: edicoeslusiadas@gmail.com Prazo prorrogado até 31 de Maio de 2017. 34

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Os nossos

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