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José António Teixeira nasceu em Moçâmedes (Namibe-Angola) a 7 de fevereiro de 1943, tendo vivido a infância e juventude no bairro da Torre do Tombo, em cuja Escola Primária nº. 56, de Pinheiro Furtado, fez os primeiros estudos, a que se seguiu o Curso Geral do Comércio (atual 9º ano) na Escola Industrial e Comercial de Moçâmedes. Aqui, e no decurso do Ciclo Preparatório (5º e 6º anos atuais), por volta dos 12 anos, compõe os seus primeiros versos e, mais tarde, cerca dos 16 anos, aceita o desafio que lhe é lançado pelo seu professor, dr. Manuel da Costa Brandão, e escreve o primeiro conto. Ainda em Angola colabora nos jornais “O Namibe”, de Moçâmedes, e “O Planalto”, do Huambo (Nova Lisboa), então dirigido pelo escritor angolano David Mestre, sendo neste período que conhece e se relaciona com outro grande vulto da literatura, Ernesto Lara Filho, com o qual toma contacto com os novos rumos da literatura angolana, e é premiado em poesia e prosa nos Jogos Florais das Festas do Mar, na sua terra natal. Em setembro de 1975 deixa Angola integrado na ponte aérea, e fixa residência em Águeda (Aveiro), cidade onde integra o Conselho de Redação do semanário “Independência de Águeda”. Concorre aos I Jogos Florais de Temática Policial, sendo premiado em soneto e enigma, e, enquanto funcionário da Câmara Municipal de Águeda, e associado do STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, concorre a várias edições dos Jogos Florais organizados pelo mesmo, com prémios nas modalidades de poesia e conto. Tem publicados: “Sondagens Claustrais”, e.book de poesias (Issuu, 2014) e os livros de sonetos “Gorjeios d’Alma” (ed. Poesia Fã Clube, Porto, 2014) e “Camara(gue)das” (ed. C.M. Águeda, Águeda, 2015).
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ISSN : 2183-9204 EDITORA EDIÇÕES HÓRUS EDITOR CHEFE
INÊS NABAIS COLUNISTAS
ANA RIBEIRO Pág. 26 CRISTINA FARIAS Pág.28 FERNANDA MESQUITA Pág.11 FERNANDO FERREIRA Pág.7 GÉRSON PRADO Pág.14 JOSÉ ANTÓNIO TEIXEIRA Pág.2 LÍDIA M. DOS SANTOS Pág.37 LISIÉ CHAMPIER Pág.40 MARISA NEVES Pág.23 MILENA RAMOS Pág.30 MORPHINE EPIPHANY Pág.19 PAULA LARANJO Pág.42 GRÁFICOS E DESIGN INÊS NABAIS
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© 2017 por Edições Hórus. Todos os direitos reservados. A sua reprodução em um todo ou em parte é proibido. A revista Hórus Cultuliterarte é marca registada da Editora. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores e não dizem respeito à opinião do editor e seus conselheiros, isentos de toda e qualquer informação que tenha sido apresentada de forma equivocada por parte dos autores aqui publicados. .
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EDITORIAL
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esta que é já a 3ª Edição da Hórus Cultuliterarte queremos destacar os magníficos textos, poesias, resenhas e a nossa primeira entrevista ao autor Gérson Prado.
Foram muitas as candidaturas e cada vez mais, apesar da concorrência de algumas "editoras" que nem empresa são andarem por aí de forma "copycat" a querer imitar este nosso projeto do qual fomos pioneiros desde dezembro de 2016. Mas de certa forma até ficamos contentes por quererem ser como nós. Significa que estamos a ter uma visão mais à frente e de uma maneira inovadora no mercado editorial em Portugal e na Lusofonia. E isso só nos dá mais força para novas ideias surgirem e serem postas em prática em breve. Constatamos o quanto estamos a ter sucesso com esta nossa Revista que está ao alcance de todos que nela queiram participar e divulgar os seus trabalhos basta que nos seja enviado por correio eletrónico até dia 29 de cada mês para edicoes.horus@gmail.com. No decorrer da revista irão encontrar poemas de Ana Ribeiro, Fernanda Mesquita, Milena Ramos e Marisa Neves. Lançamentos, Contos, Resenhas, Prosas e Boas-Vindas de José António Teixeira, Fernando Ferreira, Morphine Epiphany, Lídia
Machado dos Santos e Lisié Champier, Paula Laranjo, Cristina Farias e a nossa entrevista ao autor Gérson Prado. E ainda divulgação de Livros, Publicidade e Novidades! Quero dar as boas-vindas a todos os participantes desta terceira edição de muitas, e aproveitar para convidar novos participantes para as próximas edições. Esperando que esta edição vos agrade! Até à próxima edição!
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Fernando Ferreira
Bem-vinda Revista Hórus Cultuliterarte!
Não sendo uma criança, já nasci há muito mais de cinquenta anos, vivi sempre com a vontade entranhada de um dia publicar um livro, sonho que acabei por concretizar no fim do ano de 2016. Alguém terá dito que uma contrariedade na vida pode ser uma janela de oportunidades e acho que assim foi comigo; parti o tornozelo e fiquei agarrado a duas muletas e a uma semi-imobilidade. Por isso, depois de alguns dias de tédio e depois de ler e reler muita coisa, comecei a criar uma disciplina um método que acabou por originar a publicação de “ Na Esteira”. Assim como os pais acham os seus filhos sempre muito mais bonitos que os dos outros, eu queria aqui em primeira mão, contar-vos pequenas peripécias que me proporcionaram a alegria de ter concebido este novo “filho” e perdoem-me o orgulho de falar dele assim, mas mesmo quietinho na estante depois de ser lido duas vezes, eu acho que este miúdo tem fibra e uma têmpera danada, porque por vezes dou comigo a acordar de noite a pensar nele e se não teria sido melhor tê-lo feito de outra maneira. Fico submerso quando o releio, mas as palavras e as frases parece que se mexem e tornam sentidos diferentes. Acreditem ou não, acho até por vezes que este meu primeiro livro, foi trocado na maternidade onde nasceu, não lhe encontro grandes parecenças comigo. Amigos que o leram já me escreveram cartas a dar-me conselhos para quando quiser escrever outro, mesmo aqueles que escrevem cartas pequeninas assim tipo telegrama. As cartas dos homens são mais judiciosas, mas as das minhas amigas, curiosamente são mais contemporizadoras e acabam- vejam bem- por dizer que o livro é parecido comigo. Não sei se quando começarem a tentar escrever o Vosso lhes vai acontecer a mesma coisa, mas eu a escrevê-lo ri, chorei, ri, fiquei eufórico, rasguei folhas, zanguei-me, reconciliei-me tentado recuperar folhas que tinha amarrotado e às vezes até fiquei com vontade de deitar as folhas que ia colecionando pela janela fora. .................................................................................................................................................................................................... 6
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Quando as Edições Hórus me mandaram o projecto de capa, as páginas e as palavras ficaram agitadas com a minha reacção e tive uma sensação parecida como quando peguei pela primeira vez ao colo do meu primeiro filho, tinha então eu uns vinte anitos, num Portugal em que as pessoas começavam a vida adulta muito cedo. Assim como os meus filhos na rua são reconhecidos por eu ser o pai deles, e até agora reconhecem-me a mim, por eles serem meus filhos, já não foram duas nem três vezes que sou apresentado a familiares de amigos, como aquele que há uns meses editou um livro, com se isso fosse uma façanha igual a subir o Everest sem garrafas de oxigénio. È engraçado. Chega de falar do primeiro livro, porque agora deixou de ser só meu, cada leitor vai interiorizá-lo de diversas maneiras, como se ele pudesse ser ao mesmo tempo vários livros e nesse sentido não é o meu livro. O problema é que agora tomei-lhe o gosto, já vou a meio do segundo, já abri caboucos, fiz a armação de ferro do primeiro andar e este Sábado encho a placa. Fazer um livro também é muito parecido com fazer uma casa; as fundações são a nossa inspiração e a nossa vivência, a armação de ferro pode dizer-se que é o enredo, as paredes os pequeninos momentos que fazem a vida das personagens e as escadas e os corredores; os entendimentos e desentendimentos que os diversos actores magicados por nós vão tendo. Se quiserem saber aproximadamente o custo físico de um livro, ele anda à volta de sessenta a setenta mil palavras e demora cerca de trezentas e cinquenta palavras por dia a erigir, o que dará cerca de sete meses para chegar ao telhado, mas com os acabamentos, mais coisa menos coisa, acaba por demorar um ano. Claro que é tudo muito bonito, mas não sei se lembro aquela máxima que diz: “A sorte dá muito trabalho”.
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Para se ter a sorte e a alegria de se publicar um livro, tem de se ir à procura da sorte e trabalhar muito e já agora juntar perseverança e não dar muita importância a quem está sempre a criticar à frente de uma chávena de café vazia. Por último, uma palavrinha para a Internet e o Facebook que acabaram por ter uma enorme importância e sem estes dispositivos teria sido tudo mais difícil. O Facebook e a Internet são o espelho da sociedade onde vivemos; com gente boa e menos boa, onde se nota um tónus de justicialismo musculado, muitas vezes a coberto de um pseudo-anonimato que leva muita gente que parece civilizada a ofender semelhantes que não conhecem de parte nenhuma. São fenómenos recentes que talvez o tempo acabe por arrumar e ajustar. Não obstante este aspecto negativo das “redes sociais” como agora se usa dizer, sem a Internet e sem o Facebook eu não teria conhecido as Edições Hórus com este grau de proximidade, teria sido muito difícil publicar alguma coisa e fico grato à pessoa que se chama Inês Nabais que não a conhecendo à vista, posso testemunhar que é inexcedível no esforço a ajudar, com uma paciência infinita e de uma honestidade a toda a prova e sem ela este testemunho nunca teria acontecido, nem “Na Esteira” estaria ali a olhar para mim, arrumado na estante, enquanto eu escrevo. Boa sorte para esta nova Revista e muitos parabéns pela iniciativa. 12 de Janeiro de 2017 Fernando Ferreira
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Fernanda Mesquita Ao imaginar que tu existes - Poesia
FOTOGRAFIA DE TawnyNina
Ainda não sei se és principio no corpo da tua mãe mas apenas a possibilidade de existires abre em mim uma janela, por onde eu lanço a minha voz para te dizer que eu te amo, meu amor. Sim, chamo-te de meu amor sem medo de me expor à zombaria alheia (Porque, hoje em dia, muitos riem de quem tem a coragem de falar de amor) Se me ouvires antes de entrares no teu berço maternal leva esse amor contigo e fá-lo estrela no teu céu, que sei que será vasto. Que o sol te seja farol, luz e amor a crepitar nos teus caminhos. Eu hei-de deixar partes de ti em poema e tu porque crescerás dentro dos braços dos teus pais e os três existirão, por longos dias, embriagados de harmonia num lar pleno de plantas tranquilas, aspirarás colecionar abraços. Os humanos ficarão espantados como o o amor faz ninho dentro do amor. E porque ao pensar que tu existes, ao imaginar tudo isto... dentro de mim, primavera! Ao meu primeiro neto 27 de Setembro de 2016 .................................................................................................................................................................................................... 10
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Nasceu em Portugal a 11 de Fevereiro de 1961. Vive no Canadá. Tem dupla nacionalidade; portuguesa-canadiana. Mora em Edmonton na província de Alberta. Tem participado em muitas antologias, quer de contos, quer de poesia. Colaboradora da revista Ponto & Vírgula. Revista coordenada por Irene Coimbra. É membro da http://casadospoetasedapoesia.ning.com/ Autora dos blogs: Laços de poesia laosdepoesia.blogspot.com/ e Juntando espigas juntandoespigas.blogspot.com/
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ENTREVISTA GÉRSON PRADO
Biografia do Autor: Gérson Prado, natural de Salvador-Bahia, estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, começou a escrever aos 15 anos desenvolvendo sua arte literária ao longo do tempo. Participou de várias Antologias poéticas recebendo prêmios e menções em algumas delas como Poetas em Desassossego, Prêmio Literário Valdeck de Jesus e II Prêmio Licinho de Almeida, publicando em 2014 o livro Todos os Sentidos pela Editora Novo Romance. Após isso, mergulhou no mundo dos romances hots, iniciando sua trajetória realizando postagens de contos em sua página Prado.g, obtendo grande visibilidade, culminando com o lançamento do romance hot Bumerangue, publicado pela editora Multifoco em 2016, seguido por outro romance, Pela Metade, lançado na Bienal internacional de São Paulo do mesmo ano, pela editora Crown. Apaixonado pela escrita sonha com um estilo que proporcione o verdadeiro encontro com o leitor, fazendo-o navegar em versos, prosas e poesias. 13
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Edições Hórus: Quando é que o Gérson percebeu que o seu destino era ser escritor? Gérson Prado: Bem, não creio que tenha percebido isso em algum momento. Comecei a escrever poesias aos 15 anos e fui me interessando pela escrita. A princípio era apenas uma forma de me expressar e me aproximar das meninas na escola, visto que, fazia algum sucesso. (Risos). Depois de algum tempo resolvi me aventurar nos romances e escrevi uma história inteira no caderno. Aí surgiu a paixão pelo romance, pois percebi que poderia através deles fazer as pessoas refletirem em si mesmas e despertar as emoções delas com minhas histórias. Edições Hórus: De onde vêm os personagens? Relacionam-se de alguma forma com alguém que conhece? Gérson Prado: Meus personagens surgem de comportamentos de pessoas do dia-dia, dos seres comuns que nos rodeiam. Sempre dou mais atenção às características emocionais que físicas a eles. Gosto de torna-los bem próximos do real, para trazer o leitor para dentro da história. Não sou chegado a personagens perfeitos, seja física ou emocionalmente. Edições Hórus: Qual é o seu livro e autor favorito? Guiou-se por eles na escrita do seu livro?
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Gérson Prado: Pergunta difícil essa. Mas, posso citar o João Ubaldo Ribeiro e sua obra A casa dos Budas Ditosos, o Jorge Amado e o livro Capitães da Areia e Paulo Coelho – Monte Cinco e Verônica decide morrer. Edições Hórus: Qual é a sensação de ir a uma loja e encontrar um livro seu à venda? Gérson Prado: Bem, ainda não tive essa sensação. As editoras brasileiras, não sei como funciona em outros lugares, possuem uma forma estranha de colocar seu livro em uma livraria. Um processo no qual, dificulta a chegada até uma prateleira. Já tive leitores perguntando em qual livraria estaria meu livro e chega a ser frustrante responder que simplesmente ele não está em nenhuma. Edições Hórus: Já alguma vez se cruzou com alguém a ver o seu livro? Gérson Prado: Sim. Recentemente fiz uma tarde de autógrafos em um shopping em minha cidade e uma leitora aproximou-se dizendo que havia lido minha obra anterior, Bumerangue, e que havia se encantado com o Vítor, o personagem principal. Edições Hórus: Atualmente, cada vez é mais difícil publicar um livro, principalmente devido a motivos financeiros. Qual foi a sua maior dificuldade na publicação?
Gérson Prado: As dificuldades se repetem a cada publicação. As editoras que de fato ajudam e apoiam o escritor são poucas e muito procuradas. O período de avaliação é muito grande e quando vem finalmente a proposta de publicação, elas simplesmente não correspondem ao que o escritor necessita. A divulgação é pouca ou nenhuma, conseguir um número de exemplares para realizar um evento de lançamento é custoso e nos pegamos muitas vezes, com a difícil escolha entre escrever e divulgar. Edições Hórus: Enquanto está a escrever, partilhou a história com alguém para pedir conselhos? Gérson Prado: Sim, claro. Todas a minhas histórias são passadas a algumas pessoas de confiança, as betas, inclusive minha esposa. Sinto a necessidade de ter um termômetro para o que estou escrevendo. As reações de cada uma dão um norte, dá para sentir se está no caminho certo ou precisa modificar algo, melhorar. Edições Hórus: Quanto demorou a escrever o livro?
tempo
Gérson Prado: Depende muito do contexto. Meu último livro levou cerca de 18 meses para ficar pronto. Edições Hórus: Dedicou quanto tempo à escrita por dia?
Gérson Prado: Não tenho essa disciplina de dedicar um tempo para escrever. Às vezes, passo dias sem escrever uma linha e noutras, disparo a escrever dois ou três capítulos. Depende muito do tempo e da inspiração. Edições Hórus: Como lhe surgem as ideias para escrever? Gérson Prado: De repente, do nada, de uma frase, de uma conversa informal com um amigo ou de uma situação vivida por alguém. Meu próximo livro, A fúria da rosa surgiu de uma frase que deveria se tornar uma poesia. Edições Hórus: Gosta de trabalhar em silêncio absoluto ou prefere ouvir música enquanto trabalha? Gérson Prado: Prefiro o silêncio. A música me leva a outras ideias e acabam muitas vezes, por me desviar do caminho original. Edições Hórus: Das obras que escreveu, tem alguma que seja a sua favorita? Gérson Prado: Mais uma pergunta difícil. Poderia dizer que o primeiro, Todos os Sentidos, mas os outros dois que se seguiram também têm sua importância. Prefiro dizer que o próximo sempre é o mais gostoso. Edições Hórus: Se estivesse agora a começar a sua carreira como escritor, mudaria alguma coisa?
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Gérson Prado: Acho que com a experiência que adquiri, escreveria com mais paciência, levaria mais tempo para publicar uma obra, trabalhando e divulgando mais a anterior. Escrevo com muita facilidade e rapidez e acabei por não ter esse Time. Edições Hórus: Compare a situação de Portugal na literatura relativamente aos outros países. Neste caso publicou no Brasil, acha que teria mais ou menos sucesso se publicasse as mesmas obras mas noutros países? Gérson Prado: Acredito que se publicasse em outros países, onde a divulgação fosse feita corretamente, teria muito mais sucesso. Observo muito os comentários dos meus leitores e percebo que em sua maioria, se identificam ou conhecem alguém se identificam com o que escrevo. Edições Hórus: Qual dos seus livros teve maior sucesso? Gérson Prado: Certamente Bumerangue, mas Pela Metade está aos poucos me surpreendendo.
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SINOPSE: Pela Metade nos traz o mundo de Xonxo. Um jovem negro e pobre, nascido no sertão da Bahia sob atutela do infortúnio, agraciado apenas com um membro de trinta e seis centímetros que hora pende para asorte, hora chacoalha para o azar, enfiando-se em confusões, levando-nos a uma história divertida, erótica emuito envolvente. Site de vendas:
http://editoracrown.com.br/site/2016/10/16/pela-metade/
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Resenha do Filme ‘’Candy’’ Por Morphine Epiphany
Filme: Candy Ano: 2006 Elenco: Heath Ledger, Abbie Cornish, Geoffrey Rush Direção: Neil Armfield Classificação: 16 anos Gênero: Drama Duração: 107 minutos *5 estrelas Sinopse: Candy (Abbie Cornish) é uma jovem e talentosa pintora, enquanto que Dan (Heath Ledger) é um promissor poeta. Eles se apaixonam assim que se conhecem, dividindo também a dependência por heroína. De início Candy e Dan sentem viver no paraíso, mas a falta de dinheiro faz com que eles retornem à realidade. Candy torna-se prostituta, com o consentimento de Dan. Para afirmar sua união eles decidem se casar, mas a dependência das drogas afeta cada vez mais sua felicidade. Até que Candy, cansada de viver no caos, decide se internar em uma clínica de reabilitação e largar de vez as drogas. Só que ela não esperava a reação que sua atitude provocaria em Dan. .................................................................................................................................................................................................... 18
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Hoje vamos falar sobre um filme meio esquecido do Heath Ledger . E talvez, uma de suas obras-primas. O filme se chama "Candy",lançado em 2006, baseado na novela homônima de Luke Davies. ‘’Com você dentro de mim, reconheço minha morte’’ Sabe aquela espécie de amor vicioso, capaz de te deixar completamente cego, dependente do outro e totalmente profundo, digno de jorrar pelos poros? Pois é esse tipo de amor existente nessa história. Daniel é absurdamente apaixonado por Candy. Eles são grudados um ao outro. Mas, ele também é loucamente vidrado no outro tipo de Candy(a heroína) O título da história remete aos dois tipos de doces,pelos quais ele é viciado. Sua namorada e as drogas. Daniel é um poeta desempregado, do tipo que não se esforça para levar a arte para frente e muito menos busca emprego, pois gasta tudo em drogas, rouba, mente, pede emprestado, enfim, tudo para manter seu vício. Já Candy(Abbie Cornish), é uma artista plástica com promessas de futuro,pais superprotetores e uma vida estável. Com o passar do tempo, ela resolve entrar para a turma das drogas mais pesadas,contra a vontade de Daniel. Em Daniel ela encontra a liberdade que nunca teve, o paraíso. Em Candy, ele vê a perfeição, seu doce mais precioso. A partir daí, o casal inicia um ritual sádico de compartilhamento de todas as experiências e sensações causadas pelo vício. Eles compartilham as drogas, a miséria, a abstinência, o casamento, o furto, a prostituição, a gravidez e a obsessão. O filme retrata um romance doentio, contaminado pelas drogas, uma tentativa de cada um aliviar sua dor e solidão, na fuga do corpo um do outro, nas seringas e vícios. Dividido em Paraíso, Inferno e Terra, a relação desse casal é impulsiva, febril e atormentada. ‘’Eis o segredo que ninguém conhece. Eis a raiz do broto. E o broto do broto’’ É de uma beleza intensamente poética, a degradação dos personagens, que passam de casal perfeito a protagonistas de um conto de fadas junkie,fadado a autodestruição. O fato de serem sensíveis e suas almas serem artísticas, faz com que a narrativa seja densa e tocante. Com uma trilha sonora que dá um ritmo de poesia urbana, uma direção de arte visceral e uma direção minuciosa e agridoce. O Heath Ledger está impecável,em um de seus papéis mais tristes e penetrantes. Ele é o Daniel! Parece ter se vestido daquela tristeza. A linda Abbie Cornish faz um trabalho belíssimo. Com fotografia maravilhosa, diálogos incríveis, com muita poesia, incluindo poema de Edward Cummings. Daniel e Candy , são um retrato dos amores presenciados ao nosso redor. Tão cheios de intensidade e incapazes de preencher a lacuna da alma. E cada um tenta preencher de alguma maneira. ‘’O mundo é muito confuso para um viciado’’ Seremos todos viciados de algum modo? E quando nos fartamos dos doces e apenas o amargo mostra sua veia repugnante, acabamos buscando outras formas de vício. Apaixonados e obcecados pelo real ou pela fantasia criada. Não importa! O fato é que "Candy" é um filme que vai te fazer refletir, se apaixonar, se sentir imerso em uma atmosfera melancólica, além de ser um retrato honesto sobre a cultura junkie. Para os fãs de Trainspotting, Eu-Christiane F,Diário de um adolescente e Kids, eis um prato cheio. Filme essencial.
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"Marg-10" Marg-10 rompeu a abertura da nave. Na ponta de seus dedos,o esforço de toneladas, assemelhava-se a um afastar de penas. O colant acinzentado, apresentava rasgos diversificados e um líquido azul era expelido dos arranhões em sua camada sensível e pálida de pele. Adentrou os neurônios e conexões envolventes,enquanto observava os machucados. Incapacitada de qualquer sentimento humanóide agonia, o seu telepático transe percorreu as partículas,cobrindo os ferimentos de total cura. Renovada. Roupa novamente intacta. O canto da luminosidade berrou nos olhos de Marg-10. Quase a cegou. Ela jamais tivera contato com tamanho milagre. Acostumada com a dança sombria do planeta M-1050, entrou em contemplação daquele instante. Rapidamente fisgada por aquela energia de cordas luminescentes, desceu da nave. Seres de tantas colorações, raças misturadas,ar delicado penetrando as narinas,imensidão de ruídos numa valsa de estranhas tonalidades. Paisagens feitas de cartelas multicoloridas. Florestas,mar,rochas,erupções de pessoas,barulhos,vulcões. Escaladas sociais,morros, montanhas e picos. Ela atualizou sua condição atual: "Marg-10 reconhecendo um Planeta Azul. Humanóides em sua composição. Diversidade. Planeta Terra." Biografia: Cristiane Vieira de Farias, ou Morphine Epiphany, nasceu em 1987, na cidade de São Paulo. Formada em Produção de Música Eletrônica. Possui textos publicados em revistas, antologias e coletâneas. Seu livro de poesias ''Distorções'', foi lançado em 2016
E-mail: souavenger69@gmail.com Instagram: @morphine_epiphany
FOTOGRAFIA DE ttktmn0
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De Nefertari para Ransés
Poema de Marisa Neves Foto de Arquivo Histórico - Antigo Egipto
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Oh, Ransés, Eu, amada ‘’mut’’ Meritamon em meu peito grita. Tem ele a fúria do Nilo, É onde me banho também. Minha tumba é escura Banho meus pés na escuridão, Emplume minha face e me guarde. Vou bem além daqui Meus adornos de azeviche são escuros, Como é também o meu destino. Ah, se pudesse romper as barreiras do tempo! Ransés é meu amor, Coluna do meu sarcófago, és. Vi o anjo da morte no deserto... Na clareira de rajada de areia. Não durmo há três dias; A ti, deixo minhas riquezas, Minha vida, Meus filhos... Benzo-te com mil beijos de amor E me vou, além do tempo.
*Marisa Neves, estudante de psicologia da Universidade Federal de Rio Grande-FURG.
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NÃO PERCA ! Uma obra editada em parceria entre
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Ana Ribeiro Filha do Mar - Poesia
Preciso de ti, pai Do teu regaço Da tua presença Das tuas assertivas palavras Dos teus conselhos De ser amada De te ter aqui De tudo e de nada Sou filha do mar Procuro o teu abraço No ar Na brisa fresca, Que me envolve na solidão Procuro a tua voz Forte e doce Austera e severa Na tempestade Sinto a tua pele E as tuas mãos A tua doce suavidade imaginada Na areia húmida gelada Sou filha do mar E nesta caminhada Que é a vida Um dia havemos de nos encontrar
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Chamo-me Ana Ribeiro, tenho 29 anos, vivo desde sempre em Chaves e sou licenciada em Análises Clínicas e de Saúde Pública. Gosto de escrever desde muito nova, descobri a paixão pela escrita com o gosto pela leitura e a escrita de vários diários pessoais. Em 2011 editei o meu primeiro livro: “Diário de uma vida”, da editora Mosaico de Palavras, uma colectânea de textos poéticos de certa forma autobiográficos sobre situações que vivenciei, pessoas que me rodeiam e conheci, entre outros assuntos. Os textos que fazem parte do livro foram escritos entre 2009 e 2010. Recebi em 2011 um prémio literário da Editorial Caminho: “Uma Aventura Literária… 2011” com um texto de crítica literária. Participei numa feira do livro organizada pelas bibliotecas escolares da minha cidade e num projecto com algumas escolas para dar a conhecer o meu percurso a vários níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino secundário. Em 2014 recebi o prémio júri Poesia da Editorial Caminho com o poema “Filha do Mar” Em 2015 editei o meu primeiro romance, intitulado “Um Amor Inexplicável”, publicado pela Capital Books. Que conta a história de um jovem que vai batalhar contra o cancro. Iniciei recentemente o processo de publicação do próximo romance, intitulado: “Ao teu lado” que aborda a temática da amizade e da forma como a sociedade em que vivemos está moldada para desde tenra idade colocar o ser humano perante a discriminação, a xenofobia e o preconceito. 26
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Cristina Farias
“A menina que dançou com as ondas”, de Cristina Farias, é uma história infantojuvenil que pretende sensibilizar as crianças para a problemática do bullying. A história, baseada em fatos verídicos, centra-se na infeliz vida de Selma, uma menina que é vítima de bullying na escola. Por ser contada a partir do ponto de vista da vítima, “A menina que dançou com a ondas” é ideal para trabalhar o diálogo, a solidariedade e a empatia no grupo de trabalho. Poderá assistir ao Booktrailer desta história no link que se segue. https://www.youtube.com/watch?v=7DW6viWDi_w
Do mesmo modo, poderá adquirir um exemplar numa livraria Chiado ou num dos links que se seguem. https://www.chiadoeditora.com/pesquisa?q=A+Menina+que+dançou+com+as+ondas https://www.wook.pt/livro/a-menina-que-dancou-com-as-ondas-cristina-farias/17080027 http://www.bertrand.pt/?restricts=8066&facetcode=temas&palavra=A+Menina+que+dançou+com+as+ondas Cristina Farias nasceu e vive em Ponta Delgada (Açores). Tem 33 anos e lançou o seu primeiro livro em janeiro de 2016, o qual se intitula “A menina que dançou com as ondas”, pela Chiado Editora. Além disso, participou na antologia de poesia “Entre o Sono e o Sonho”, pela Chiado Editora, em 2016 e, anteriormente, viu dois textos seus (um deles sob o pseudónimo “Cigana Sarita”) serem inseridos na coletânea de contos “Palavras (con)sentidas”, pela editora Edições Vieira da Silva no mencionado ano. A jovem autora faz parte da plataforma de artistas açoriana “Miratecarts”, apesar de ainda não se registar nenhum trabalho seu nesta entidade cultural.
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Milena Ramos Amanheci Desconfiada - Poesia
Amanheci desconfiada.... Olhei-me no espelho... Estava vestida de poesia... A tudo inefável e translúcido via... Na rua, o vai-vém das pessoas me extasia... Um tremor de felicidade minhas veias percorria... Trabalhadores, estudantes, carros e motos... Sigo os caminhos que a vida me deu, Passo pelos passantes sem destino certo, Perco no estio o fino fio da batida - diária rotina - que toca rígida e desconcerto. Tropeço, caio e começo a bailar... Vem compromissos que não se podem adiar... Enlouqueço com as vozes a gritar... Mas a faina incessante do dia, insistindo em me atormentar, tira-me do sono a letargia e no raiar do dia ponho-me a sonhar...
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Milena Ramos Esse tal de Drummond - Poesia
Esse tal de Drummond. Quando uma jovenzinha, com cara de estranheza, aperto o cenho e pergunta: "Quem é esse tal de Drummond?" Minha mente logo viaja e em pensamento, me vejo diante dele... Carlos, o de pedra das praias de Copacabana O que também se chama José Que nasceu acompanhado de um anjo torto, que viu a rosa do povo indignado. Sinto-o tão próximo como próximo foi de outra velha amiga, a Prado, de quem foi padrinho. Mineiro, modesto, reservado, adequado, de pública função, um enorme coração . Vezes sem conta suas palavras chegaram até minha boca... ...lúcidas, vívidas, novas, esquisitas, difíceis, diferentes... Palavras perplexas de quem viu e poetizou seu morro querido que, da noite pro dia sumiu e sua cidade sob uma nuvem de pó, carvão e fuligem, afundar-se, pobre Itabira do Mato Dentro, no eminente progresso. Quantas histórias ao lado de quem via no amor um aprendizado prático, Sim, amar se aprende amando, E com seus percalços também, já que João que amava Tereza que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim, amava Lili que não amava ninguém. Ou com seus presságios como a eternal repetição dos limões atirados na água onde os peixinhos prediziam seu amor. E, de repente, chega uma menina que, na inocência de sua idade, franze o cenho e me pergunta com seriedade: Quem era mesmo esse tal de Drummond de Andrade? Sorrio, olhar perdido nas lembranças e apenas respondo: Um velho amigo meu.
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Milena Ramos Viver Vicia! - Poesia
Vicia... …acordar todo dia, saudar o sol com alegria E espalhar com amor um bom dia! Vicia… …sentir os pingos gelados da chuva, sentir o cheiro molhado de mato, se embriagar com mate gelado. Vicia… Com "los pies descalzos" pisar a areia fofa... caminhar livremente, sentir o mormaço dolente das tardes macias de verão. Vicia... Viajar com a família, virar a noite com as amigas, Comemorar aniversários, celebrar encontros certos, e os recomeços depois de qualquer tombo... Vicia... Sentir-se plena todo dia, Sozinha ou acompanhada, Teclando ou desligada, No trampo ou no ócio, Vicia... Estar de bem com a vida é uma questão de escolha e a alegria que trago em meu peito é o melhor vício que eu tenho! Vicia...
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Milena Ramos Seguindo no Trem Azul - Conto
Era uma vez uma cidade muito distante de tudo. Naquele lugar não havia nada dessas coisas de cidade grande. Não tinha shopping, não tinha internet, nem videogames nem nada! Só tinha mato, roçado e um punhado de bicho brabo que vivia pelas matas de lá. De noitinha, só o murmúrio dos grilos, sapos e urutaus. Tinha também uma linha de trem onde passava toda a manhã o enorme, imponente trem de ferro. Com seu apito e sua fumaça, levava a gente pela estrada para outras cidade. - Olha o trem! Olha o trem! – juntava toda a meninada pra ver o trem passar e, arte de moleque, atiravam pedras na sua lataria que, impecável, nem arranhava. Pedro, filho mais novo de d. Joaquina, morria de pena da mãe, porque ela trabalhava de sol a sol, no roçado, em casa, cuidava dos filhos e da bicharada. Era galinha, porco e vaca. Dos quatro irmãos, só ele acalentava um sonho: seguir para a cidade no trem de ferro, conseguir trabalho, ganhar muito dinheiro e dar uma vida melhor pra sua mãe. Mas não tinha dinheiro pra comprar passagem, até tentou seguir clandestino, mas foi pego na cidadezinha vizinha, tão pobrezinha quanto a sua, e teve que voltar a pé. Foi um fiasco... Então resolveu: “Vou sair pra caçar algum bicho no mato e vender por aqui. Com o dinheiro compro passagem”. E assim arquitetou seu plano e fez. Na tarde seguinte depois do almoço, pegou a espingarda que tinha sido do seu pai e saiu sem avisar a mãe, que já estava no roçado, arando a terra. Depois de alguns passos embrenhados no meio da mata fechada, caiu num buraco de onça! Nossa! Que susto! O buraco era muito fundo! Quase não via a luz do dia e, caindo de mal jeito, ficou com o corpo todo dolorido. Não podia levantar, então começou a gritar. Mas, que triste sina a sua, ninguém ouvia essa lamúria... Cansou e parou de gritar. Sentiu sono e dormiu um bocado. Despertou com a chuva caindo no seu rosto; era noite. Sentiu medo. Sentiu remorso. Sua mãe deveria estar aflita, orando para São Pedro – por causa do seu nome – e para a Santa Rita. Ele também se lembrou de orar e pediu: “Senhor Deus, por favor, envie alguém para me tirar daqui”. Não tardou muito e viu uma luz muito suave adentrando o buraco, percebeu uma mão próxima a ele. Estendeu para ela e alguém o tirou dali. - Seu moço, muito obrigado pela ajuda! Nem sei como agradecer... - Na verdade, foi você quem pediu para que eu viesse. Agora, me diga: qual o seu maior sonho nessa vida?
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- Ah, eu queria tanto poder pegar aquele trem de ferro, ir para a cidade, trabalhar e dar uma vida melhor pra minha mãezinha.... - Sei... o trem não é? - É sim, moço, o trem de ferro... – divagou o menino – meu maior sonho era poder viajar naquele trem... - Então vamos! - Como assim? – admirou-se o rapaz. - Vamos viajar nesse trem especial. O moço passou o braço pelo ombro do menino e o envolveu em tanto carinho que o pobrezinho de tudo o mais se esqueceu. - Agora não se preocupe mais. Você vai descansar e, quem sabe, mais tarde poderá voltar. Na espera, à margem da linha do trem, estavam os dois a esperar quando o menino viu ao longe um deslumbrante trem de metal, com nuances azuis, chegando e iluminando todo o firmamento. - Uau.... que lindo!!!! Parece maior e mais bonito do que antes!!!! O moço apenas sorriu e continuou envolvendo-o em um abraço acolhedor quando o trem parou e eles, finalmente, entraram e tomaram assento. O menino, é claro, ficou no assento ao lado da janela. Seus olhos vidrados não queriam perder um só milímetro da viagem. Era muita emoção para o seu inocente coraçãozinho. E assim foi, seguindo no trem azul para outra cidade, em outros páramos, de outros planos e em outras dimensões.
Elaine Milena Ramos, nascida em São Caetano do Sul, em 1975, formada em Direito e Letras. Estudiosa de ocultismo, profissional da educação, membro da Sociedade de Poetas da Vila Prudente desde 1994, participante do Sarau a Tempo (https://www.facebook.com/sarauatempo). Sou escritora, contista e poetisa e com projetos em andamento de livros infantis e um romance de aventura a seis mãos! Tenho diversos trabalhos publicados em antologias, minicontos classificados na 1ª Antologia da Ed. Guemanisse, em 2006 e um e-book de poemas, o Coração Impúbere, publicado em 2014. Também sou colaboradora da “Agenda do Escritor” pela editora Litteris, desde 2012.
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O amor ou a dependência para com a Natureza em Os Filhos do (In)Fortúnio (Parte I) Por Lídia Machado dos Santos
Qualquer livro alberga nas suas páginas todo um ambiente – uma espécie de pequeno mundo do qual fazem parte um ou vários espaços, personagens, vidas, pensamentos… tudo assente numa trama que ora avança, ora recua ao sabor do narrador e das suas vontades. Os teóricos do texto literário sabem que é assim, mas, enquanto lemos, não refletimos sobre categorias da narrativa! Preferimos entrosar-nos nesse pequeno mundo e fazer parte dele ou, pelo menos, tentarmos vê-lo como se estivéssemos numa plateia a observar os acontecimentos a desenrolarem-se num enorme palco mesmo à nossa frente. Também pode acontecer, sobretudo àqueles que verdadeiramente se sentem parte da trama, observarem as danças e as andanças das personagens como se apenas os separasse uma leve transparência pronta a quebrar-se com um toque indelével. Em Os Filhos do (In)Fortúnio, o leitor capaz de se misturar na trama, de respirar o ar gélido, agreste, puro e intrigante da Serra da Coroa; o leitor capaz de acompanhar os camponeses, os pastores, as jornas que se desfolham consoante as estações do ano, é o leitor que veste a sombra dos habitantes da aldeia e anda no seu encalço, debulhando os seus pensamentos, hábitos, personalidades. Porque, apesar de os vários microespaços que a narrativa oferece, e de um conjunto de personagens maioritariamente de perfil serrano, o leitor apercebe-se do peso esmagador que a serra exerce sobre essa forma de estar (serrana), como foi moldada ao longo dos tempos, inexorável e habilmente, e como a serra criou uma dependência tenaz em relação a si própria. A narrativa aventura as primeiras peripécias no dealbar do século XX com a personagem que a acompanhará (nos seus contornos e mergulhando na sua mais profunda intimidade): Manuel Montenegro que, aos oito anos, se veria (re)batizado pelos homens da aldeia como Gavião: Ora, como era habitual por aquelas paragens, ao mínimo sinal, palavra ou gesto repetidos ou, quiçá, descuidados, o figurão recebia o segundo nome de batismo que passaria de boca em boca e perduraria no tempo. O nome próprio seria engavetado, de tal forma que, até o visado, se passaria a apresentar como “sou fulano, mas toda a gente me conhece por…”. Constituiria o se registo no seio da comunidade. O selo de pertença. O osso que faltava para rematar o esqueleto e sem o qual a estrutura não teria total solidez. (…) aos oito anos, passaria a ser conhecido por Gavião, depois de ter sido apanhado a observar demoradamente as estrelas ou outros habitantes no infinito e porque poucos dias antes manifestara em público, durante uma desfolhada, qual sonhador incauto, o seu entusiasmo pelo voo livre das aves e pelos sons dos seus cantos! 36
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E a nomeada assentar-lhe-ia como a melhor luva costurada pelo mais sábio alfaiate, uma vez que, se até aí conhecera todos os galhos onde se empoleiravam os ninhos, o vai e vem das aves que povoavam os céus da aldeia a fazer jus à respetiva estação – qual coruja sábia e dominadora – a partir desse momento, o leitor verá Gavião a desabrochar para um amor pelo espaço que verdadeiramente considerava pátria e que obrigará o seu coração a arfar (como se, a qualquer momento deixasse o espaço exíguo do peito): a Serra da Coroa. Mesmo do outro lado do mundo – onde crescerá e se tornará um homem – Manuel revestirá a alma com a plumagem do Gavião e o corpo com os fatos que a moda de então ditava: … uma vida que se passou a apresentar repleta de horários, casacas e sobrecasacas, calças vincadas, laços, mesas complicadíssimas e conversas. Assim, durante anos, e imbuído de inteligência, ultrapassara a ironia do padrinho com um sorriso rasgado e rumara para o coração dos pântanos e da floresta, qual conquistador de lençóis freáticos e de árvores mágicas! Era a única forma que conhecia de ressuscitar a serra da Coroa dentro de si e de acreditar que esta o perdoaria pelo abandono deliberado. (…) Mergulhava o garfo na mistura de cebola, sal e azeite que ele mesmo preparava (…) e o espírito ganhava asas e alvorecia em Montouto! A personagem sabe que, apesar de apenas inspirar a serra através das parcas missivas da distante irmã, (as missivas que guardava com um cuidado quase religioso, com receio de que alguma palavra se perdesse, para os momentos em que estirava os pés em cima da secretária e planava com o pensamento sobre os cumes mais altos da “sua” serra), prepara ansiosamente, no seu interior, o regresso sem revelar essa verdade àqueles que o rodeiam: Não sentia o regresso apenas como uma necessidade nostálgica, um matar de saudades de tempos praticamente imemoriais. Não obstante o manancial de emoções que a ideia, de raízes profundas, lhe suscitava, parecia-lhe que precisara de quase meio século de existência para conseguir enfrentar o regresso. Lídia Maria Machado dos Santos nasceu no início dos anos 70 em Lisboa fruto de uma relação entre dois transmontanos: Vila Pouca de Aguiar, do costado materno e Chaves, do costado paterno. Em meados desses anos a família já vivia em Chaves. Por aí permaneceria até ingressar na faculdade (em Lisboa – Universidade Nova) no início dos anos 90. Estudou Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Alemães, e optou pela via da investigação. Nos primeiros anos pós licenciatura foi bibliotecária, ao mesmo tempo que anexava outra licenciatura ao currículo (Ensino de Português e Inglês na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e enveredava pela “aventura” do ensino. Fez estágio profissional numa escola secundária em Chaves e em 2002 candidatou-se ao doutoramento na Universidade de Vigo, cuja defesa da tese só agora se avizinha. Antes de 2002 e até 2013, percorreu muitas escolas e níveis de ensino diferentes no âmbito do Português e do Inglês e é nesses momentos que inicia a escrita de pequenos textos com ideias e conteúdos gramaticais explorados nas aulas, principalmente com alunos do 2o ciclo do ensino básico. Entre 2006 e 2009 conclui licenciatura em Professores do Ensino Básico, variante de Português, História e Ciências Sociais, e em 2012 os estudos de doutoramento entram na sua última fase. Ainda em 2012 candidata-se a uma oferta de emprego na Escola Superior de Educação de Bragança para um horário de Português.
Entre 2012 e 2014 empreende uma pesquisa de cariz etnográfico no concelho de Vinhais para a qual convida um ex-aluno seu. Em dezembro de 2014, a Chiado Editores publica o seu primeiro romance – Os Filhos do (In)Fortúnio escrito em parceria com Pedro Rodrigues (pseudónimo de Pedro Bessa). No verão de 2015 conclui o livro I da coleção Maggy, a Fada que em dezembro desse ano seria publicado pelo projeto editorial de Manuela Pereira, A minha Vida dava um Livro. Entretanto, o desafio para o que viria a ser a obra histórica/romanesca Terra D’ Encontros já havia começado e estender-se-ia até julho do ano corrente. Lídia Machado dos Santos tem estado envolvida em projetos muito voltados para o campo da “nova” literatura de potencial receção infantil; tem participado na revista digital Inurban e estrar-se-á na Revista Raízes no número de novembro com uma crónica eminentemente cultural. O pouco tempo que a investigação e a preparação de aulas lhe disponibilizam é dedicado à escrita e à divulgação do seu trabalho científico e literário em bibliotecas do 1o ciclo e em congressos no nosso país e no estrangeiro. 37
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Lisié Champier Amo-te Moçambique
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Era uma vez um Moçambique,...que ainda será! Olá Moçambique, o teu nome é liberdade, é verdade isso? Como és tu afinal? És mesmo liberdade? Ou será, que és mulher ou homem? Será ainda que és um bebé, uma criança ou um adulto? Moçambique, Moçambique, será que eu sou a tua mãe ou tu és a minha? Quem cuida de quem? Será que a “PAZ” é a tua parceira? Será que o “GUERRA” é o teu maior rival? Moçambique, Moçambique, não quero saber de mais nada. Quero cuidar de ti e quero que tu cuides de mim, quero estar sempre contigo e quero amar-te como sempre te amei. Tu és a minha mãe, tu és a minha Pátria e sem ti sou pequena, por isso eu preciso de ti! Moçambique, Moçambique, eu estou aqui para ti, diz-me o que tu precisas de mim. O meu tamanho Moçambique, é eu+28.000.000 “SOMOS MUITOS”. Nós somos grandes e poderosos. Diz-nos o que tu precisas, nós vamos ajudar-te, tu és nós, e nós somos tu. Moçambique, Moçambique, estou a escrever-te e o meu coração só palpita, minha vontade é de chorar. “AMO-TE” com tudo o que tenho, incondicionalmente. Afinal quem é o bebé? Sou eu ou és tu? Eu acho que és tu. Eu vi-te desde que eu vim ao mundo, mas acho que o bebé és tu, eu vou cuidar de ti. Eu não vou deixar que nada te aconteça, juro-te. Eu “AMO-TE”, Eu estou contigo” Não quero saber de mais nada, só quero saber de ti. Somos PARCEIROS. Conhecem o Amor de uma Mãe? Conheces o amor de uma mãe magoada, com os outros que te fazem mal? Mas afinal quem são esses? Viro Leoa…Não te deixo que te toquem, corro com todos, mas tal como, eu não estou sozinha, volto a repetir somos 28 milhões. Eu nunca estive longe de ti, eu estou bem pertinho de ti. 39
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Moçambique, Moçambique…é contigo que eu quero ficar, é contigo que eu quero viver sempre sempre, posso até pensar em outras coisas, mas nada me fará amar mais as outras coisas. O que sinto por ti não se compra, dinheiro nenhum poderá comprar. Quem é que tem a coragem de dizer que eu não te AMO? Só mesmo quem não te merece. Vou cuidar de ti Moçambique, és o meu País e por isso eu ”AMO-TE”, incondicionalmente.
Texto de : Lisié Champier Fotografia de: Yrshad Momade (Fotógrafo Moçambicano)
"Sou Moçambicana de 32 anos de idade. Trabalho em Marketing a 14 anos e formei-me em Informática de Gestão. Como hobby iniciei o projecto da página do facebook "Tu consegues fazer lindo", há 6 meses, onde publico com uma periodicidade regular. Conta neste momento com mais de 4500 seguidores PALOPs e Lusófonos." Pagina: "tu consegues fazer lindo": h t t p s ://w w w .f a c e b o o k .c o m / tuconseguesfazerlindo/
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Paula Laranjo
BIOGRAFIA: "Sou natural de Leça da Palmeira - Matosinhos. Licenciei-me em Engenharia Agronómica, pela Universidade do Algarve. Trabalho na Direção de Serviços de Controlo.Resido em Faro desde 1989.Desde cedo me apaixonei pela leitura e pela escrita, e na adolescência comecei a escrever poesia. Sou membro da Associação Portuguesa de Poetas." Publicação do meu 1º livro de poesia “Reflexos” em 2014. Participação na 38ª Feira do Livro de Faro, em 2014. A 10 de Outubro de 2014, apresentei “Reflexos”, na Biblioteca Municipal de Matosinhos – Florbela Espanca. Participação no 1º e 2º Encontro de Poetas do NaipfUalg, em Faro. Participação no livro “Apontamentos da Margem”, coletânea de 23 autores poéticos. Participação no livro “Antologia Poetas de Hoje II”, do Grupo Poesia da Beira Ria.. Participação no livro “Um Grito contra a Pobreza”,do Grupo Poesia da Beira Ria - 2015 Participação na Colectânea de Poesia “Apenas Saudade”, da Papel D´Arroz Editora - 2015 Entrevista na revista “Divulga Escritor” - Revista Literária da Lusofonia, na edição de Dezembro de 2015 Apresentação do 2º livro de poesia, intitulado “Essência da Alma”, em Novembro de 2015, no Clube Farense, em Faro. Participação na Antologia de Prosa e Poesia “Boas Festas” da Silksin Editora - 2015 A 18 de Dezembro de 2015, apresentei “Essência da Alma”, na Biblioteca Municipal de Matosinhos – Florbela Espanca. Participação na Colectânea Poemas com Coração “Um Litro de Lágrimas”,da Pastelaria Studios Editora– 2015 Sessão de apresentação do livro “Essência da Alma”, na Biblioteca Publica Provincial de Huelva, em Janeiro de 2016. Sessão de apresentação do livro “Essência da Alma”, em Janeiro de 2016, na Associação Portuguesa de Poetas, em Lisboa. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, no Fórum Sintra – Note, a 7 de Fevereiro de 2016. A 18 de Dezembro de 2015, apresentei “Essência da Alma”, na Biblioteca Municipal de Matosinhos – Florbela Espanca. Participação na Colectânea Poética “Namorar é Preciso” – 2-2016 Entrevista no programa de rádio "Portugalíssimo" da rádio PopularFm - Pinhal Novo - 28/02/2016 Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Festival do Cogumelo (Silarca) - Cabeça Gorda (Beja) – 4 de Março de 2016. Entrevista poética ao Jornal Mira Online – 7/04/2016 Apresentação de "Essência da Alma"; na Feira do Livro do Seixal - 16/04/2016 Participação no livro 5:50 - Poetas do Guadiana -23/4/2016 Participação na Antologia de Poetas Lusófonos Contemporâneos "Perdidamente" - Vol. I - 4/2016 Apresentação de "Essência da Alma" na Biblioteca Municipal Vicente Campinas – Vila Real Stº António - 6/05/2016 Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Feira do Livro de Matosinhos – 14 de Maio de 2016. Participação na 5ª Gala do Fado com declamação de poesia, organizado pela Associação de Fado do Algarve, no Teatro Lethes, a 29/05/2016 - Participação na Antologia Poética "O Silêncio de Uma Mulher" da Editora Hórus - Maio 2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Feira do Livro de Lisboa – 3 de Junho de 2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma” e “Reflexos”, na Feira do Livro de Alcanena – 4 de Junho de 2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma” e “Reflexos”, na Feira do Livro de Arraiolos – 10 de Julho de 2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Feira do Livro de Faro – 25 de Julho de 2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma” e “Reflexos”, na Feira do Livro de Portimão – 29 de Julho de 2016. Entrevista no programa de rádio "Noites de Poesia" da Rádio Marinhais - 5/09/2016 Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma”, na Feira do Livro do Porto– 17 de Setembro de 2016. Sessão de autógrafos do livro “Essência da Alma” e "Reflexos" na Feira de Sta. Iria - Faro, a 22 de Outubro de 2016. Participação na XX Antologia de Poesia - 2016 da Associação Portuguesa de Poetas. Entrevista Poética ao Blogue da Pastelaria Studios Editora - 1/2017 Site de vendas: Página do facebook (Reflexos Poéticos) e os locais de venda: "Essência da Alma" no site da Chiado (www.chiadoeditora.com (no campo Livraria)) e "Reflexos" no site: www.poesiafaclube.com
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