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Café e suas histórias DE ANAPUENA HAVENA Quem vê uma xícara de café nem imagina quanta história o pequeno fruto carrega; o longínquo caminho que teve que percorrer para hoje estar incrivelmente em nossas mesas. Existe uma lenda que diz que o café foi descoberto por um jovem pastor etíope, chamado Kaldi. Ele estava com seu rebanho nas montanhas altas, quando observou que alguns animais desapareciam atrás da montanha durante à noite, retornando inquietos e agitados. O pastor seguiu os animais e viu que eles agitavam-se após comer o fruto. Então Kaldi também experimentou do fruto e logo sentiu-se mais enérgico. Colheu alguns frutos e os levou até um monge, que preparou uma infusão e após bebê-la, sentiu também uma agradabilíssima sensação e agitação. O monge passou a consumir a infusão durante suas noites de oração e percebeu que a bebida o ajudava a manter-se acordado. Em pouco tempo a notícia se espalhou e todos queriam consumir o fruto misterioso, cheio de energia. Por séculos, os árabes tiveram o domínio sobre a planta; acreditando em seu mágico poder energizante, guardavam o café como algo muito valioso. Até que um monge indiano, chamado Baba Budan, que estava em peregrinação em Meca, contrabandeou sete sementes. Elas foram levadas à Índia, onde cresceram e prosperaram. Posteriormente, graças ao comércio marítimo com a Índia, a Holanda começou a comercializar o café mundialmente, cultivando-o em suas colônias. Os holandeses então presentearam o rei Luis XIV da França com uma muda de café, que foi colocada em uma belíssima estufa para ser preservada. Mas um soldado ambicioso desejava que a França também comercializasse o fruto e pensou que a colônia francesa de Martinica seria lugar ideal para o seu cultivo. Então, durante a madrugada, ele foi até a estufa do rei e pegou uma muda da planta. Seguiu então para a colônia. Ele estava certo, da pequena muda surgiriam milhões de pés de café. Aos poucos, o café foi conquistando todo o mundo. No Brasil, sua chegada ocorreu em 1727 e deve-se ao governador do Estado do Grão-Pará, que interessado em comercializar o café, encarregou o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, homem bem afeiçoado, a conseguir algumas mudas da planta. Para realizar a missão secreta, o sargento-mor dirigiu-se à Guiana Francesa com o pretexto de resolver questões da fronteira. Aproximou-se da esposa do governador da capital, a Madame d´Orvilliers, e ganhando sua simpatia, ele conseguiu a tão desejada planta. E desta forma o Brasil conseguia sua primeira muda de café, tornando-se até hoje o maior produtor de café do mundo.
(trecho do livro Encantos do Café, de Anapuena Havena)
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Edições Hórus, Unip Lda Autora: Anapuena Havena Pode reservar o seu exemplar através do nosso email: edicoes.horus@gmail.com
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ISSN : 2183-9204 EDITORA EDIÇÕES HÓRUS EDITOR CHEFE
INÊS NABAIS COLUNISTAS ANAPUENA HAVENA Pág.2 ANA SOPHYA LINARES Pág.6 CRYS MAGALHÃES Pág. 9 ELISA PEREIRA Pág.32 MADALENA CORDEIRO Pág.15 MARGARIDA VALE Pág. 17 MARISA NEVES Pág. 27 REGINA CACIQUINHO Pág. 23 SÓNIA FERNANDES Pág. 29 SÓNIA RIBEIRO Pág. 13 TERESA FARIA Pág. 20
GRÁFICOS E DESIGN INÊS NABAIS FOTOS: PIXABAY
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© 2017 por Edições Hórus. Todos os direitos reservados. A sua reprodução em um todo ou em parte é proibido. A revista Hórus Cultuliterarte é marca registada da Editora. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores e não dizem respeito à opinião do editor e seus conselheiros, isentos de toda e qualquer informação que tenha sido apresentada de forma equivocada por parte dos autores aqui publicados. .
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EDITORIAL
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esta que é já a 8ªe 9ª Edição da Hórus Cultuliterarte queremos destacar os magníficos textos, poesias, resenhas e contos aqui publicados. Decidimos juntar as duas edições de julho/agosto na mesma, por causa das férias...Mas já estamos de volta e com muito trabalho! As férias passaram num instante. O tempo voa. Temos recebido muitas obras para publicação de livros a solo até ao final deste ano. Vejam as nossas promoções nesta edição e as candidaturas para as mais recentes antologias. Começámos bem este ano e esperamos acabá-lo ainda melhor! O nosso agradecimento vai para todos os autores, amigos, seguidores, fornecedores e família que nos dão o apoio e nos incentivam a ser cada vez melhores naquilo que fazemos e que mais amamos fazer. Mas o nosso agradecimento também vai para aqueles que acompanham a nossa evolução: a concorrência. Sem eles também não existíamos. E ás pessoas que desdenham também. Continuaremos firmes e hirtos na nossa profissão ;)
Esta nossa revista foi fundada em dezembro de 2016. Constatamos o quanto estamos a ter sucesso com esta nossa Revista que está ao alcance de todos que nela queiram participar e divulgar os seus trabalhos basta que nos seja enviado por correio eletrónico até dia 29 de cada mês para edicoes.horus@gmail.com. Quero dar as boas-vindas a todos os participantes desta edição e aproveitar para convidar novos participantes para as próximas edições com a divulgação de Livros, Publicidade e Novidades! Esperando que esta edição vos agrade, meus amigos! Até à próxima edição!
Inês Nabais Gerente/Editora das Edições Hórus e Autora desde os doze anos. Participou em Antologias. Publicou dois Livros pela Corpos Editora “Pedaços de Mim” e “Eu sou tu e tu sou Eu”, pela Poesia Fã Clube "Sonhos Coloridos" e em Edição de autor "O Sonho e a Sombra de Eduardo". Fundou a Revista Hórus Cultuliterarte a 2 de dezembro de 2016.
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Biografia Ana Sophya Linares é uma nova escritora. Tem 33 anos e tem apenas o 12º ano. Já publicou poemas na antologia de poemas de Perdidamente II, da editora Grupo Múltiplas Histórias Editorial e também na Antologia do Poesia Fã Clube, Volume I, Setembro 2016, da editora Poesia Fã Clube. 6
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A minha luta Exasperadamente, espero pela chegada do autocarro ao meu destino. Nem sei como entrei, de tal maneira que vinha cansada. Já é tarde, o autocarro vai quase vazio, excluindo a minha presença e a de outro senhor, que não se cansa de escrevinhar. Estou cansada, cansada desta vida de obrigações. Mas tenho de continuar, pelo meu filho. É por ele que me levanto cada dia; é por ele que saio tão tarde, vinda da fabrica, fazendo horas. Decerto ele já chegou faz tempo, encontrar-se-á na casa da vizinha, que tanto o acarinha e me ajuda dá. Pois ela também foi mãe solteira, ela sabe como a vida custa assim. Espero não o encontrar a dormir, como acontece algumas vezes. O meu filho tem apenas 9 anos, mas ainda se sente cansado a partir das nove. É essa a hora a que chego, nesta cidade de estranhos humores. Tanto lhe dá para o autocarro vir a abarrotar a essa hora, como quase vazio, como hoje. Sinto-me cansada; já o disse? Abdicaria de algumas das horas para poder estar mais tempo com o meu filho, como ele tanto me pede. Mas não posso. Tenho de sustentar esta família de dois, já que o meu ex-marido partiu, sem ligar mais à família. Tenho um processo contra ele. Mas como encontrá-lo? Parece que evaporou da face da terra. Aqui estou eu, pensado na vida, quando o autocarro finalmente pára. Cheguei ao meu destino. Quando saio, passo pelo senhor que lá também se encontra. Observo o que ele escrevinhava tanto. Não era um texto, era uma pintura, de mim, no autocarro, perdida nos meus pensamentos. Infelizmente, não tenho dinheiro para lhe pagar a pintura, nem tempo para falar com ele. Saio rapidamente e ando outro tanto. Será mais meia hora até chegar a casa. Só às nove lá chegarei. Tanto que trabalhei hoje, tanto que me doem as pernas. No entanto, não posso parar. O meu filho espera-me. Caminho por ruas escuras, com pouca luz. Assim ando até chegar a casa da vizinha. Vejo um carro da polícia à porta; que se terá passado? Aproximo-me para ver melhor. E vejo o meu filho a ser levado. Grito, esbracejo, mas ninguém parece me ligar. Até que um detetive se aproxima de mim e me pergunta o que se passa. Rapidamente, explico a minha situação. O meu trabalho, as poucas horas que tenho, o facto do meu filho ficar na casa da vizinha enquanto acabo o trabalho… O detetive escuta-me atentamente. Calmamente, explica-me a situação. O AVC que deu à minha vizinha, o filho que foi ver dela e a encontrou no chão, a chamada dos bombeiros, a impossibilidade de me contatar visto já não ter telemóvel, a ida da segurança social para levar o meu filho para um abrigo… Sinto-me desolada. Como farei para reaver o meu filho, pergunto. Ao que o detetive me responde, dizendo que terei de interpor um processo para o reaver. Chego a casa, silenciosa, sem o meu filho. Sinto-me mais cansada que antes, apesar da falta do meu filho. Não sei o que farei sem ele. Mas vou à luta, pois ninguém me pode tirar o meu filho assim. Toda a minha luta diária é por ele. Sei que vou reavê-lo, por muito que me custe, mas vou tê-lo… Ana Sophya Linares 7
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Novidades para os nossos poetas Envie-nos o seu Livro para o nosso e-mail: edhorusoriginais@gmail.com Ou submeta-o no nosso formulรกrio: http://www.edicoeshorus.com/creatures 8
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Nota Biografica
Nasceu aos 12 de Setembro de 1981, em Lambari-MG e mudou-se para Portugal em 2004, onde reside atualmente. É admiradora assumida do gênero Fantasia. Divide seu tempo entre o trabalho com animais, a escrita e o artesanato. Iniciou sua carreira literária em 2016 lançando o livro “A Fada Negra”, o primeiro de uma duologia, uma aventura juvenil que continua encantando os leitores no livro “A Fada Negra – O Segredo do Cristal”. No ano de 2017, a autora estreou como poetisa participando da Antologia Além da Terra Além do Céu, publicada também pela Editora Chiado.
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Residente em Portugal desde o ano de 2004. Teve sua primeira obra publicada em 2016 com o título “A Fada Negra”. Trata-se de uma duologia onde a autora retrata seu fascinio pelo genero fantasia. A obra é um convite para viajarmos pelo maravilhoso reino de Éder. Uma leitura fácil e divertida. O segundo livro está quase pronto com uma diagramação bem mais detalhada. Em breve estará nas livrarias do Brasil e Portugal para alegria dos fãs de literatura fantástica. Crys Magalhães promete cativar não só o público infantil e juvenil, mas também os adultos. A autora, nostra-nos sua vertente poética, com participações em antologias como “Além da terra Além do Céu”, a maior antologia de poesia contemporânea brasileira. A grandiosa obra é constituida por três volumes, e tem a participação de 1500 autores. Participou do primeiro concurso Do Mosto à palavra com o poema “Alentejo”, que será publicado pela Editora Chiado, organizadora do evento. 2017 está sendo um ano produtivo para a autora e novos projetos estão em fase de conclusão. Até o final do ano, o segundo livro da duologia estará impresso, assim como “Amores em metamorfose” antologia onde participa com o conto “Felicidade não tem idade”, que estará disponivel na Bienal do livro do Rio de Janeiro no stand da Editora ELLA. “Amor sem limites” é a primeira antologia na qual Crys Magalhães se uniu a escritora Meg Mendes para colocarem em pratica uma ideia da autora. O projeto solidario tem como objetivo ajudar ONGs ou associações que cuidam de pessoas portadoras de deficiencia fisica, mental ou amputados que precisam de ajuda para reinserção na sociedade. Quem quiser saber um pouco mais sobre Crys Magalhães basta acessar as redes sociais da autora. Facebook https://www.facebook.com/CrysMagalhaesOficial/ Instagram: @crysmagalhaes81
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Edições Hórus, Unip Lda Autor: Estevão de Sousa Design de capa: Inês Nabais Disponível Brevemente Pode reservar o seu exemplar através do nosso email: edicoes.horus@gmail.com 10€ P.VP. Sinopse: "RAPTO EM LONDRES é a estória do rapto de uma jovem e bela cientista que se vê envolvida num sequestro perpetrado pelo próprio marido ao serviço de uma tenebrosa rede de terrorismo internacional, cujo drama só termina pela intervenção abnegada da Scotland Yard e daquele que vem a ser a sua grande paixão."
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O meu nome é Sónia Ribeiro e nasci a 10 de Abril de 1980, em Lisboa. Sou licenciada em Politica Social, pelo ISCSP e trabalho, actualmente, em Recursos Humanos. Desde muito cedo que os livros fazem parte da minha vida, principalmente os de ficção e fantasia. Conseguir apreender, e imaginar, os novos mundos que me eram apresentados em cada página, sempre foi uma das minhas maiores paixões e, por isso, quando resolvi escrever o meu texto tentei colocar tudo isso no papel.
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Sinopse: A obra No Cantinho do Arco-íris nasce há cerca de 4 anos, numa fase difícil, e como forma de comunicação. Nela está uma parte do que sou, e do que conheci de alguém, a quem não podia chegar. É, por isso, uma história de ficção, muito agarrada à realidade! No Cantinho do Arco-Íris é uma viagem ao mundo imaginário, que não deixará ninguém indiferente. Conta a história de uma rapariga que descobre um mundo fantástico, onde só vivem crianças, onde existem quatro Aldeias, um Castelo e a Floresta Escura, um espaço sombrio e triste. No desenrolar dos acontecimentos, ela percebe que se encontra no mundo imaginário de alguém que conhece, enquanto adulto e com quem tem uma relação muito especial. Cada Aldeia é única e representa algo para o Príncipe, mas todas elas são essenciais para que o seu pequeno mundo continue a existir, até mesmo a zona mais sombria e triste. Venham conhecer o Príncipe Filipe e todos os meninos e meninas que vivem no seu mundo fantástico. Deixem-se guiar, nesta visita, pela Aura e pela Cat, duas personagens muito especiais, e que têm um papel importante quando é necessário explicar à nova habitante como tudo funciona. Divirtam-se na Aldeia das Mil Cores, construam na Aldeia da Montanha, vivam na Aldeia da Planície e sonhem com o que ainda virá na Aldeia do Mar! "Este é o refúgio de um menino, que cresceu lá fora, mas que sempre que pode vem até aqui, derrotar dragões ou construir castelos." in No Cantinho do Arco-íris A obra está disponível na Chiado Editora e podem também consultar a página no Facebook, e deixar o vosso comentário.
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Madalena Cordeiro Moisés e Maria Numa noite, do dia 10 de outubro de 1950, em uma cidade pequena Vila Sobreiro Município de Afonso Cláudio Espírito Santo. Um casal se unia pelo matrimônio. Um casamento daqueles arranjados pelos familiares, os pais principalmente. Uma semana antes do casamento, o noivo se deitou com uma prostituta, naquele tempo não existia preservativos, ele foi afetado por uma doença sexualmente transmissível. No dia do casamento o noivo perdeu a aliança, não houve trocas de alianças, pois só a noiva colocou a aliança no dedo do noivo. Quando chegou o momento esperado, enfim sós... - Moisés, não posso tocá-la! - Maria, mas por quê? -Moisés, chama o seu pai, meu sogro preciso falar com ele às sós. Ela desconfiada foi chamar o seu pai. - Maria, meu pai, o Moisés quer falar com o senhor. Maria ficou ouvindo a conversa por de trás da porta. Maria ficou furiosa ao ouvir tudo que o então marido contava ao seu pai. Maria já estava triste pelo fato de o noivo ter perdido a aliança no dia do casamento e mais esta, de não ser tocada por motivo de doença. Ela pensava que os homens também deveriam manter-se virgens. Uma decepção para ela. Maria queria se separar antes de ser tocada, mas sua mãe não deixou, aconselhando-a dizendo, que os homens são diferentes das mulheres, eles não perdem a moral, nem cai na lama seu nome. Maria ouviu os conselhos de sua mãe. Moisés recebeu o tratamento adequado e ficou livre da doença. O amor de Maria cooperou para um casamento duradouro até que a morte separou-os, aos 36 anos de casados. Depois de criar seis filhos, todos bem educados. Maria adoeceu e então... Maria morreu, em 14 de novembro de 1986. Madalena Cordeiro
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O jogo do elástico Não teria mais de 8 anos mas era espigadota e espertalhona. A minha parceira tinha aproveitado para crescer tudo de uma vez e quase chegava ao céu. De fita no cabelo e uniforme escolar, mostrávamos um sorriso genuíno de alegria e satisfação. A época do elástico estava na moda e, altas como éramos, ninguém nos ganhava. Colocavam-no nos tornozelos, nos joelhos, na cintura e ainda mais acima e os saltos continuavam a ser feitos. Não havia quem nos batesse. Naquela manhã não íamos de uniforme, por isso não era sexta-feira. Usávamos um bibe azul com riscas brancas, muito fininhas que tinha dois bolsos na parte da frente e botões na parte de trás. Era largo e permitia que os movimentos fossem amplos. Hora do recreio. Todas as salas se tinham esvaziado e a algazarra acontecia no pátio. Umas saltavam à corda, ainda muito conservadoras mas outras aventuravam-se no novo jogo: o elástico. Cantavam e exerciam a sua actividade principal, ser crianças despreocupadas. Mas a perfeição não existe e eu e a minha parceira, armadas em bandidas especializadas, decidimos ser ainda mais parvas do que era habitual. As mais novas brincavam ao elástico, as de 5 e 6 anos e nós, veteranas, tínhamos que lhes estragar a diversão. Nunca tinha feito tal coisa mas, o que não faria nunca sozinha, resultou muito bem acompanhada. Ainda me faltavam uns anos para saber o que era o comportamento do grupo mas já o praticava e com distinção. Não sei se fomos acometidas de uma fúria estranha ou se passou algum odor pelo ar que nos contagiou, o certo é que decidimos saltar nos elásticos alheios para mostrar que éramos a maiores. Que parvas! Ela, mais alta do que eu, enrolou-se no elástico e caiu por cima de mim. Eu caí, desamparada, esfolando os joelhos e a alma. A vergonha manchou a minha reputação. Levantei-me, humilhada pela queda e verifico que a mão esquerda, aquela com que escrevia, estava a sangrar. Olho melhor e vejo que o polegar está desfeito. O salto do sapato dela tinha-me esmagado o dedo e a unha tinha entrado no carne. Lindo de se ver. O que mais recordo é o cheiro, doce e estonteante que me deu logo vontade de vomitar. A minha cúmplice assusta-se e chama uma freira. Sou levada para o posto médico entre gritos de meninas que quase desmaiavam. Estava feio. A freira pegou numa tesoura e tentou puxar a unha, sem sequer desinfectar o instrumento. Senti uma sensação de leveza e apaguei. Acordei no hospital rodeada de caras desconhecidas. Apesar de estar vacinada fui uma vítima violenta do tétano. Fiquei entre o cá e o lá. Recordo os delírios da febre e o incómodo de estar num local frio e pouco amistoso. Não tive a sorte de ver a D. Estefânia ( que dizem circular nos corredores e salvar as crianças em perigo ) mas o certo é que, após um diagnóstico negativo, abri os olhos e quis continuar a viver para sair dali. O problema não foi a unha ter sido esmagada mas sim o facto da tesoura não estar desinfectada. Milagres não existem e, pelos vistos, aquelas freiras eram muito crentes e pouco científicas. Sobrevivi. Mal sabia eu que teria inúmeras provas do mesmo teor. Por uma mera coincidência o Papa vinha a Portugal, muito em breve e as minhas colegas fizeram uma promessa: se eu ficasse boa iam todas a Fátima, em peregrinação, ver o senhor de branco. Hoje é um dia bom para relembrar esta memória. Não por ter ficado mais forte e ter resistido a mais uma prova dura mas sim porque o Papa, outro, visita o mesmo país. A minha pobre cabeça não soube entender o aparato que houve na altura, que deve ter sido grande, mas aqueles dias naquela casa ficaram bem fechados, num quarto escuro, para não incomodar. 17 Proof Copy: Not optimized for high quality printing or digital distribution
Nada disto me impediu de continuar a saltar ao elástico, de voltar a ser a menina que era e de brincar como é normal naquelas idades. De facto era a melhor no jogo, que continuei a praticar, mas nunca mais me aventurei em brincadeiras tão parvas como a daquele dia. Impulsos que dão maus resultados. Aprendi a lição da pior maneira mas ficou-me de emenda. O que não funcionou foi a chamada fé. Não acreditava em nada do que palravam sobre a religião e, apesar de ter ficado 8 anos no colégio, os ensinamentos não surtiram efeito. Uma céptica. Isso não impediu que fosse uma excelente aluna e que estivesse à vontade para discutir o assunto. Fundamentada a refutação é sempre mais eficiente. Estava a criar a minha personalidade. Curioso como um jogo, algo tão infantil e ingénuo pode ter dado origem a uma série de acontecimentos e acções que marcaram tantas pessoas. Como é óbvio não foi a promessa nem as rezas que me curaram mas sim a medicina que, mesmo apresentando tanto lacunas, ainda funciona e eu acredito nela. O meu muito obrigado aos médicos. E já agora às minhas colegas que se preocuparam verdadeiramente comigo. Guardo-as no meu coração. Na verdade esta situação não se pode repetir. Perdeu-se a essência de brincar e estes jogos tradicionais passaram a antiguidades e meras curiosidades. Algo de etnográfico. Este e outros que nunca esquecei e que, às vezes, dou por mim a praticá-los mentalmente. Os miúdos de hoje não sabem como fomos felizes com tão pouco! Qualquer coisa servia para nos divertirmos e apreciar a companhia uns dos outros. Margarida Vale
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As candidaturas foram prorrogadas atĂŠ dia 1 de outubro de 2017. Envie os seus contos para edicoes.horus@gmail.com
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Teresa Faria Reflexão Esta reflexão surgiu no âmbito da participação no Seminário subordinado ao tema “ Um Olhar sobre a Educação: A Escola do Presente”, como atividade formativa promovida pela Associação Nacional de Professores – Secção Regional da Madeira. O meu resumo baseia-se na preleção de um dos oradores convidados, o professor doutor João Couvaneiro. Parece que num mundo cada vez mais globalizado, em que a técnica está a evoluir a uma velocidade vertiginosa, sendo que as máquinas estão a substituir o Homem no emprego, nomeadamente as robotizadas, talvez seja preferível nos parecermos cada vez menos com elas. Em muitas circunstâncias, elas farão o trabalho melhor, mais rápido e com menos custos. Mas é preciso ir mais além. Fomentar a criatividade, o pensamento crítico, as competências sociais que são argumentos cada vez mais valiosos no mundo do trabalho. E, se assim é, que sentido faz as escolas continuarem a ensinar alunos como se fossem máquinas de armazenar e debitar conhecimentos? No seu discurso ressaltam ideias que nos remetem para uma reflexão séria sobre os moldes em que a educação decorre nos nossos dias, tais como se será espectável continuar a pedir às crianças e aos adolescentes que em pleno século XXI fiquem sentados numa sala de aulas, de forma mais ou menos passiva, enquanto o professor desbobina saber enciclopédico debitado e factos a que podem aceder rapidamente em qualquer site ou vídeo na Internet? Justifica-se que os alunos não possam falar uns com os outros para debater matérias? Uma vez que vivemos num mundo em acelerada mutação, como deve a escola formar os jovens de hoje que são substancialmente diferentes das gerações anteriores e de quem se exige cada vez mais e diferente? Cada vez mais pessoas abalizadas no setor da educação, têm vindo a demonstrar uma salutar e natural inquietação. Porém será injusto dizer que nada mudou e que as escolas continuam a funcionar como no século XIX, quando pelas suas portas entram bandos de crianças nascidas no século XXI, que não sabem o que é um mundo sem Internet e sem telemóveis. Apesar de o atual modelo permanecer muito formatado e limitado pelas regras, despachos e circulares emanados pelas entidades superiores, há escolas e professores que põem em prática outras abordagens. Um dos exemplos é a conhecida Escola da Ponte, cujas práticas se iniciaram há mais de duas décadas, outras dão presentemente os primeiros passos. O Ministério da Educação promete agora dar mais liberdade às escolas para abordarem o currículo de outras formas. Flexibilização, competências além de conhecimento, trabalhos de projeto que obriguem os alunos a irem à procura da informação, atividades que juntem várias disciplinas são as orientações que deverão chegar aos estabelecimentos de ensino, já no próximo ano letivo. E porque urge aproximar o desenvolvimento de uma aula aos procedimentos da vida real, a simples desconstrução de uma sala de aulas tradicional pode ser o primeiro passo para algo novo. E tudo pode começar pela alteração da disposição do mobiliário, onde a secretária do professor deixa de ter lugar de destaque, pois o mesmo já não se justifica. Lá fora, pode ver-se vinhas e a serra, o rio ou o oceano. Dentro da sala, pode haver um quadro e uma mesa interativos, uma televisão e tabletes. As cadeiras atuais de cores mais ou menos padronizadas podem ser substituídas por outras coloridas, espalhadas convenientemente pelo espaço. Os alunos tanto podem tocar no ecrã da tablete como folhear os antigos manuais escolares. Pode haver ainda uma bancada amarela e outra azul, por exemplo, com características que lhes permitam ser deslocadas para improvisar um auditório. Preconiza ainda a existência de carteiras altas para se trabalhar em pé. E uma peça a fazer de estrado, onde o professor dá a aula ou o aluno apresenta um trabalho. Ao lado fica a sala para gravação de vídeos. O espaço adapta-se à medida de cada aula. Em Portugal, já existem algumas salas assim, a título experimental, às quais o Ministério chama de Ambientes Educativos Inovadores número que tende a aumentar. Inspiradas na Future Classroom Lab, pertencente a um projeto europeu nascido em Bruxelas, têm como objetivo desafiar os professores a repensar o 20 papel da pedagogia e da tecnologia nas salas de aulas. Proof Copy: Not optimized for high quality printing or digital distribution
São todas diferentes entre si, mas têm algo em comum: o aluno é o centro da atividade e age em interação com outros colegas e os professores. A sala de aula não é um espaço para ouvir matéria, mas para pôr os miúdos a investigar, interagir, criar, desenvolver, partilhar e apresentar. Com o apport tecnológico de que João Couvaneiro faz a apologia, torna-se consensual uma filosofia assente na ideia de que há muito que a educação deixou de ter apenas a ver com o saber ler, escrever e contar. Esta trilogia deu lugar à teoria dos quatro ‘c’ da aprendizagem: comunicação, colaboração, criatividade e pensamento crítico. Assim sendo, o desejo de ensinar de forma diferente, com recurso às novas tecnologias, e não só, exige sem dúvida mais trabalho colaborativo entre os docentes. O que já move alguns professores é um espírito de missão, o gosto por ensinar e aprender, de fazer de modo diferente, entregando-se sem receio à mudança, ao aperceber-se que projetos deste género conseguem motivar mais os alunos e fazer com que obtenham maior satisfação pessoal e sucesso educativo. Teresa Maria Silva Faria
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Regina Caciquinho ESCRITORA E TERAPEUTA HOLÍSTICA Sou uma pessoa muito simples e imensamente ligada a Vida. Eu sempre estudei e pesquisei matérias esotéricas até melhorar a minha própria situação, o próprio resultado energético é claro, com meios potentes e grande força sendo credente, havendo sempre uma justa disciplina. Constatando que quantos resultados positivos se podem obter nos problemas afetivos, familiares, carreira profissional, de estudos, bem estar econômico e como deixar bem longe a energia negativa. A autora nasceu a Salvador/Ba Brasil, em 15/11/1959 estudou magistério , lecionou como professora de Português em escolas particulares, trabalhou também como coordenadora de escolas infantis, havendo também é claro outras experiências profissionais. Muito dedicada ao conhecimento e aprendizado na área de comunicação e mística espiritualista. Com a magia se pode interferir em todas as situações havendo necessariamente muita compreensão para entender a nossa correspondência com o Universo. Em Europa visitou países como: Alemanha, Portugal, Suiça e Itália, onde residiu . Dotada de uma grande cultura em general vem dedicando seu tempo. a literatura, escrevendo histórias com suas pesquisas e experiências abrangendo um largo ensinamento ao seu leitor de como viver melhor. Especificamente se dizendo um pequeno livro de auto ajuda. Não é tempo de guru nem de maestros, mais simplesmente de experiências que possam servir há outros. Esta é uma parte do ensinamento e da meditação, devemos dividir com outros os valores conquistados, a evoluoção pessoal depende do quanto se dá a outro. Diversamente se torna um ser vivente na estrada da ilusão, cada um pode encontrar sua própria receita. Para corrigir esta ilusão e olhar de um outro ponto de vista é preciso levantar seu próprio estado vital e fazer vibrar a sua energia positiva, numa frequência muito alta, para isto existe as técnicas de meditação. O espiríto faz parte da vida cotidiana só que a matéria sem a espiritualidade tem a sensação que nada é bastante. Por isso é preciso evitar avariação emocional,aquela que investe seja do ponto de vista afetivo, profissional, pessoal, só sendo seguro de ter em torno de sí mesmo o Amor que move o Sol e as Estrelas, somos filhos de Deus. CONTATOS REGINA CACIQUINHO Email cristalorp@hotmail.com (55) 71-99214-0377 wat zap (55) 71-98107-3212 claro (55) 71-98774-3322 oi
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OS CAPITULOS DO MEU LIVRO
Primeiro : Anjo Custódia Segundo : Nova Era o Channeling Terceiro : Antroposofia Quarto : Derrotando a energia negativa Quinto : Chackras nosso campo energético Sexto : A magia e sua auto defesa Sétimo : A vontade e o poder do pensamento sempre positivo Oitavo : Fadas Nono : A Terra da luz - O misterioso do Mundo encantado Décimo: Universo Décimo Primeiro : Espiritualidade
O resultado é claro, com meio potente, esta grande força e fé justa, e favorável para o bem estar econômico, carreira profissional e de sucesso, estudos, vida pessoal e deixando de lado toda a energia negativa. Somos filhos do Universo, do sol, do espaço, do tempo e dos ciclos astrais que nos acompanham a nossa permanência na Terra, um planeta cheio de recursos para nutrir materialmente e espiritualmente e que recebe também influência de um satélite particular a Lua.
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Este espaço pode ser seu! "Pode participar sendo entrevistado por nós, criar uma matéria, resenha, crítica/ opinião, contos ou mesmo divulgar o seu Livro, artigos, textos, os seus escritos, os locais de venda do seu livro, divulgar Lançamentos de Livros, Eventos de todos os géneros, a sua editora, livraria, distribuidora de filmes, site, Anúncios, página, blog ou o seu trabalho."
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Marisa Neves Ainda és tu Cascos na estrada se aproximam e se vão; Nunca és tu! Jogado à solidão de um tempo triste Nas horas amargas tu me vinhas. Amanhã não me acordes, Pedi ao relógio sonolento. Coragem, Balança a folha no galho sem cair. Eu busquei em outro dia o meu rastro, Nada havia na lembrança Só um amor. Quando volto ao passado, tão fremente! Volto ao meu pequeno mundo; Quanta dor! Ainda que estejas tão sofrida Nesse corpo demenciado de tristeza Ah, não importa, doce amada, Ainda és tu!
Poesia para espíritos livres/ Marisa Neves-Brasil
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E vem aí mais uma Antologia Infanto-Juvenil! Com Edição em capa-dura e com ilustrações Candidaturas até 1 de novembro de 2017 Mais informações: edicoes.horus@gmail.com 28
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Sónia Fernandes
"Para Ti"
Um livro em que o sentimento se materializa em valsas ritmadas de palavras, capazes de transportar e imergir os leitores naqueles momentos que marcaram a vida e o estar da Autora. Um livro onde a Poesia transmuta sentires de amor, saudade e tristeza, sedução e desejo. É voz da vontade de ter a pessoa amada junto de nós para comungar a existência. É mãe, pai, filhos, amantes, é a Vida que todos experienciamos alguma vez, vertida num pedaço de papel. As palavras são o passaporte para o desejar, o sonhar e o fantasiar... São gritos e murmúrios feitos silabas de desabafos. Meu/seu suspiro de alívio e liberdade. Minha/sua voz para aqueles que amo/ amamos, mesmo que não saibam que é deles e para eles que escrevo/escrevemos. Para adquirir o seu exemplar, aceda ao link http://bit.ly/2pk5Roz Se desejar contactar a autora, visite a página https://www.facebook.com/SoniaamFernandes/ Meu nome é Sónia Alexandra Monteiro Fernandes, nasci a 21 de Janeiro de 1975, na Beira (Moçambique). Vim para Portugal em 80 onde estudei num Colégio Interno em Tomar, e em 85 fui ter com a minha mãe a S. Luís do Maranhão (Brasil), a cidade nordestina mais portuguesa que conheci. Vivi lá durante 20 anos da minha vida. Foi na escola, mais precisamente no Colégio Reino Infantil, com o professor de português, que comecei a interessar-me pela escrita. Vou buscar inspiração às várias situações que acontecem comigo, desde o dia-a- dia até aos assuntos relacionados com o coração, as amarguras que vivi, mas principalmente à minha maior força, que é a minha filha. Já escrevo há muitos anos, e neste momento tenho 1 livro de poemas publicado e vários textos e contos publicados em colectâneas nacionais. Entre os meus interesses e preferências encontram-se a leitura, o cinema, a música, a natureza…Gosto da vida em família, de ir à praia ou passear na cidade para descontrair. 29
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Participação em Trabalhos Colectivos: Colectânea Um Litro de Lágrimas - Pastelaria Stúdio Editora (publicado) - Diz alguma coisa, estou desistindo de você - Lágrima no canto do olho NAS ENTRELINHAS DA POESIA – Eternamente, Antologia Poética - Edições “O Declamador” (publicado) - A tua essência - Dois copos de vinho e morangos com chocolate - Porque ainda TE AMO…simples Luxurias - Colectânea de Poemas Eróticos - Silkskin Editora (selecionada mas não publicada) - A fome que tens de mim - Nós...por fim adormecemos “Perdidamente Vol. II” – Antologia Poetas Lusófonos Contemporâneos - Grupo Múltiplas Histórias Editorial (publicado) - Beijo roubado “Colectânea Livro Aberto” - Livro Aberto um programa na Rádio Voz de Alenquer - Já ninguém escreve como antigamente (publicado) - Sou, apenas eu… “Colectânea 5 sentidos” - Edições “O Declamador” (selecionado para integrar a colectânea, com um texto de género literário tipo “carta”, de 8 páginas A5) - Confesso…Apaixonei-me e disse que não o fazia “EROSÁRIO 2018” - SILKSKIN EDITORA do Grupo Editorial - Múltiplas Histórias (em fase de selecção) - Se a tua boca quer...eu dou - Perdidos neste desejo carnal “NAUGTHY GIRLS” - 2ª Colectânea de Contos Eróticos - SILKSKIN EDITORA do Grupo Multiplas Histórias (em fase de selecção) - Uma visita surpresa - Aquela viagem para Lisboa “O Poemário 2018” – Pastelaria Studios Editora do Grupo Múltiplas Histórias (em fase de selecção) - Há outra maneira de esquecer-te???? “Antologia Poesia Fã Clube” – Poesia Fã Clube (selecionado para integrar a colectânea com 3 poemas) - Como posso eu, não me apaixonar??? - Encontro surpresa - Tu, consegues ler-me “Desafio da Imagem - Porque a criatividade terá que ser desafiada constantemente!” – Blog Pastelaria Studios Editora do grupo Múltiplas Histórias - Pedaços da Vida (publicado) - Tempos difíceis (publicado) - Numa folha de papel antigo (publicado) - Lingerie vermelha (publicado) - Onde estás tu agora (publicado) - Em nós, e para nós… (publicado) - Pela janela do comboio (publicado) - Não será para sempre (publicado) - Aqueles belos olhos verdes (publicado) “A Primavera dos Sorrisos” – Antologia em Prosa & Poesia - Organização Isidro Sousa, Colecção Sui Generis (conto de 2 páginas A4 seleccionado e em fase de impressão) - Muito mais do que eu esperava Colectânea de Poesia “Dança de Palavras” - Pastelaria Studios Editora (selecionado e em fase de impressão) - Vestido azul - Brinquei...dancei...sonhei Colectânea/Notebook “ESPUMA SOL E PEDRAS” - Grupo Editorial - Múltiplas Histórias(selecionado e em fase de impressão) - E deixei-me levar… Publicações individuais: “Para Ti” – de Sónia Fernandes - POESIA FÃ CLUBE (publicado) 30 - 35 poemas de minha autoria
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BREVEMENTE
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Elisa Pereira Tu serias capaz ? TU SERIAS CAPAZ ? DE DOAR O TEU TEMPO A ESTA CAUSA ? TU SERIAS CAPAZ ? DE DEIXAR OS TEUS FILHOS E A TUA CASA ? TU SERIAS CAPAZ ? DE LUTAR, CORRENDO O RISCO DE MORRER? TU SERIAS CAPAZ ? DE ESQUECERES-TE DE BEBER E DE COMER ? TU SERIAS CAPAZ ? DE TER MEDO E MESMO ASSIM AVANÇAR ? TU SERIAS CAPAZ ? DE IR PARA O “INFERNO” DAS CHAMAS LUTAR ? TU SERIAS CAPAZ ? DE FAZERES DO CHÃO, O TEU COLCHÃO ? TU SERIAS CAPAZ ? DE ESCUTARES OS GRITOS DE ALGUÉM EM AFLIÇÃO ? TU SERIAS CAPAZ ? DE DIZERES UM ATÉ JÁ A UM FILHO, SEM A LÁGRIMA CAIR? TU SERIAS CAPAZ ? DE DAR-LHE UM SORRISO ,VIRAR COSTAS E SEGUIR … TU SERIAS CAPAZ ? DE DAR A TUA VIDA POR OUTRAS VIDAS ? TU SERIAS CAPAZ ? CUIDAR DOS OUTROS , ESQUECENDO ATÉ AS TUAS FERIDAS? TU SERIAS CAPAZ ? EU CONFESSO QUE QUERIA , mas faltou-me a CORAGEM LAMENTO E CHORO (POR TODOS HERÓIS QUE CEDO PARTIRAM) E PERDOEM-ME A MINHA SINGELA HOMENAGEM . Com gratidão e profunda admiração “TU SERIAS CAPAZ ? https://www.facebook.com/umpoemademimparati Elisa Pereira Vídeo do poema - https://www.youtube.com/watch?v=dLw55ywdib0 Fotos : Vida de Bombeiro 33
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Uns queixam-se do sol e de tanto calor … e eu é que estou aqui neste inferno de chamas abrasador . Uns queixam-se do seu colchão … deveriam experimentar dormir uma noite no chão . Uns queixam-se de ter uma bolha no pé a aparecer … e eu já tenho a sola das botas a derreter. Uns queixam-se do cheiro a fumo … mas eu já nem me recordo de inalar ar puro . Uns queixam-se por terem que ir comprar roupa … e eu aqui com a farda suja e já tão rota ! Uns queixam-se de uma tristeza que os invade … deveriam estar aqui a viver esta “dura” realidade . Uns queixam-se de ter a casa para limpar … e eu tentando confortar quem perdeu o seu Lar. Uns queixam-se porque o seu clube acabou por perder … e eu só quero no final do dia … conseguir sobreviver ! Uns queixam-se por “Nada’ s “ ou por uma causa perdida … e eu sem me queixar … largo TUDO ! Porque o meu lema é : “Vida por Vida!”
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Biografia O meu nome é Elisa Pereira e tenho 40 anos. A primeira vez que ouvi declamar poesia era adolescente e foi no Instituto de Odivelas , pela linda e grande Rosa Lobato Faria . A partir daí comecei a tentar escrever poemas ... Actualmente tenho um livro infantil publicado que se chama - Tomás vai ao Canil da Chiado Editora , fui colunista na Inspiring Life e participei : - no Poemário 2015, Poemário 2016 e 2017 – Pastelaria Studios - na Antologia Poetas Lusófonos Contemporâneos –Perdidamente vol.1 - na Colectânea Som de Poetas – Papel d’Arroz - na Antologia Palavras de Veludo – Orquídea Edições - na V Antologia De Mim para Ti - LLO - no Encontro de Poetas 2015 / 2016 Torres Vedras – Almas Unidas num só espírito . - na Antologia Entre o Sono e o Sonho – Chiado Editora - na Colectânea Deixa-me ser Poesia - Pastelaria Studios - e mais recentemente na Colectânea - Histórias para Dormir e Sonhar - Edições Hórus .
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Os nossos
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