HÓRUS CULTULITERARTE

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Interação congelada Por Morphine Epiphany Uma cidade conectada. Eles eram todos vidrados nas telas. Enlouquecendo em tamanhos e ajustes diferentes. Em forma de toque, botões e um nível mínimo de interação. Existiam pais completamente absorvidos pelas redes sociais. Muitos amigos conferindo atualizações. Amantes sem corpo. Beijos terrivelmente desconfigurados. As telas engoliam dezenas de cabeça por dia. Por vezes, bebiam as frustrações dos habitantes. Eram corpulentas víboras feitas de vidro. Suas línguas se camuflavam em imagens de vida perfeita. Monstros sem boca e movidos a apelo visual. Aquela cidade se contaminava pela desconexão dos pés no chão. Pessoas com olhos hipnóticos,cabeças quietas e corações rumo ao congelamento. Morphine Epiphany Bio: Cristiane Vieira de Farias, ou Morphine Epiphany. Formada em Produção de Música Eletrônica. Possui textos publicados em revistas, antologias e coletâneas. Seu livro de poesia "Distorções", foi lançado em 2015. Instagram: @morphine_epiphany

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Edições Hórus, Unip Lda Autora: Alexandra Conduto Pode reservar o seu exemplar através do nosso email: edicoes.horus@gmail.com

10€ P.VP.

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ISSN : 2183-9204 EDITORA EDIÇÕES HÓRUS EDITOR CHEFE

INÊS NABAIS COLUNISTAS

ANA RIBEIRO Pág.13 ANAPUENA HAVENA Pág.35 ANA SOPHYA LINARES Pág.18 & 31 ELIDIO CUMBANE Pág. 23 MADALENA CORDEIRO Pág.6 &27 MORPHINE EPIPHANY Pág.2 PERONILDA LEAL Pág.9 a 11 PAULO RODRIGUES Pág.21 & 29 GRÁFICOS E DESIGN INÊS NABAIS FOTOS: PIXABAY

Contate-nos: WEBSITE

www.edicoeshorus.com

© 2017 por Edições Hórus. Todos os direitos reservados. A sua reprodução em um todo ou em parte é proibido. A revista Hórus Cultuliterarte é marca registada da Editora. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores e não dizem respeito à opinião do editor e seus conselheiros, isentos de toda e qualquer informação que tenha sido apresentada de forma equivocada por parte dos autores aqui publicados. .

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EDITORIAL

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esta que é já a 6ªe 7ª Edição da Hórus Cultuliterarte queremos destacar os magníficos textos, poesias, resenhas e contos aqui publicados. Decidimos juntar as duas edições de maio/junho na mesma, pois esta edição é especial. As Edições Hórus celebram 2 anos de existência! E com a celebração temos novo logotipo ;) Passou num instante. O tempo voa. Aquilo que era um projeto idealizado e planeado no papel tornou-se realidade quando a 2 de junho de 2015 me desloquei ao Notário em Almada para constituir esta empresa. Não é fácil gerir e fazer quase tudo, mas com a motivação necessária, coragem e força tudo se consegue e alcança. Começámos bem este ano e esperamos acabá-lo ainda melhor! Temos várias obras a solo para publicar e outras estão já em fase de produção. O nosso agradecimento vai para todos os autores, amigos, seguidores, fornecedores e família que nos dão o apoio e nos incentivam a ser cada vez melhores naquilo que fazemos e que mais amamos fazer. Mas o nosso agradecimento também vai para aqueles que acompanham a nossa evolução: a concorrência. Sem eles também não existíamos. E ás pessoas que desdenham também. Continuaremos firmes e hirtos na nossa profissão ;) São sempre muitas as candidaturas que recebemos e cada vez mais. E ainda bem! Este nosso projeto foi fundado em dezembro de 2016. Constatamos o quanto estamos a ter sucesso com esta nossa Revista que está ao alcance de todos que nela queiram participar e divulgar os seus trabalhos basta que nos seja enviado por correio eletrónico até dia 29 de cada mês para edicoes.horus@gmail.com. Quero dar as boas-vindas a todos os participantes desta quarta edição de muitas, e aproveitar para convidar novos participantes para as próximas edições com a divulgação de Livros, Publicidade e Novidades! Que este mês de abril seja um mês de boas energias e inspirações para todos! Esperando que esta edição vos agrade, meus amigos! Até à próxima edição!

Inês Nabais Gerente/Editora das Edições Hórus e Autora desde os doze anos. Participou em Antologias. Publicou dois Livros pela Corpos Editora “Pedaços de Mim” e “Eu sou tu e tu sou Eu”, pela Poesia Fã Clube "Sonhos Coloridos" e

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Madalena Cordeiro MÃE MULHER VIRTUOSA

Minha mãe, um anjo que Deus me deu. Por ela veio-me a vida, minha mãe, sinto sua falta depois da tua partida. Minha mãe, lembro-me da senhora, Do "PAI NOSSO" que me ensinou a orar. A oração que Jesus nos ensinou. Minha mãe, mulher virtuosa, os seu conselhos ainda guardo comigo. Minha mãe, eu ainda posso dizer que te amo. A senhora não irá ouvir, ou, sentir, mas serve de alento para mim, nos momentos ruins. Minha mãe, a primeira mulher que eu conheci! Ela traz todos os gêneros da poesia, Menos o gênero fantasia. Ela é real, sem igual... Esta é minha mãe. Maria. Madalena Cordeiro Está participando da Antologia "MAIS MULHER" Edições Hórus

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Novidades para os nossos poetas Envie-nos o seu Livro para o nosso e-mail: edhorusoriginais@gmail.com Ou submeta-o no nosso formulário: http://www.edicoeshorus.com/creatures

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Minha mãe Por Peronilda Leal Minha mãe. Na hora da saudade, lindas lembranças. Sempre solitária e presente. Não abraçava, não tinha esse costume. Dava como carinho seu crochê, nas colchas de retalhos e a maestria na culinária! Não herdei. Hoje sei o motivo do seu silêncio, e várias idas e vindas. Família grande, e sempre que podia reunia em sua volta. Netos e bisnetos foram chegando, enchendo-a de alegrias. Dividia sua vida entre todos; esquecia sempre dela. Era uma viajante do amor! Raramente compreendida pelos adultos, mas muito amada pelas crianças que em sua simplicidade faziam festas com seus pequenos e simplórios presentes de pouco valor. Avó Zenilda era maior valor! Brincava em sua volta enquanto tricotava. Era sua terapia. Qual neto não puxou a linha, desmanchando seu crochê? O Marcelinho sempre atencioso, não fazia essa traquinagem, achava engraçado e logo ajudava a avó no que podia. Ela feliz refazia! Momentos seus e que só ela era agradecida. Partiu em silêncio, levando consigo seu baú. Tenho certeza que Deus ao abrir, encontrou mais amor distribuído que maledicências. Essa era minha mãe. Em cada lembrança minha, peço perdão pelo que não fiz e aprendo amar como você merece. Até breve mamãe! Peronilda Leal de Sousa, nascida em Serrinha,Bahia, em 1950. Aprecio a leitura, músicas alegres, sou encantada com as clássicas. Nos estudos destacava nas redações e interesses em pesquisas escolares. Ganhei o 1º lugar da turma no Colégio Maria Ortiz, Vitória,ES, na redação 'Rio Quatrocentos Anos". Incentivada à escrever, abri um blog Nil Preciosidades, desde 2012. É onde coloco meus textos e pensamentos, e aos poucos tomou corpo e fiéis eleitores. Desenvolvi meu lado arte; na costura, molagem e estilismo. Aposentada, moro atualmente em Santos, São Paulo, com meu único filho. 9

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Texto de Peronilda Leal A voz da vida! Quem puder ouvir, ouça. Feche os olhos, abra o coração, escute as notas musicais na dança das palavras faladas e o som que a natureza emite. Voz trás sua assinatura, sua melodia. Desafinada às vezes, suave ao coração. A natureza é maestria! Intocável! Presenteia-nos todos os dias. Ouvindo teremos cautelas, evitando impulsos insensatos desequilibrando nossas emoções. Temos o saber, e como encontrar a felicidade plena! Plena, perfeita... Divina! Ouça o mistério envolvente da beleza sonora no ventre materno. Ouça, sinta a melodia maternal! Mãe natureza! Cante!

Peronilda Leal de Sousa, nascida em Serrinha,Bahia, em 1950. Aprecio a leitura, músicas alegres, sou encantada com as clássicas. Nos estudos destacava nas redações e interesses em pesquisas escolares. Ganhei o 1º lugar da turma no Colégio Maria Ortiz, Vitória,ES, na redação 'Rio Quatrocentos Anos". Incentivada à escrever, abri um blog Nil Preciosidades, desde 2012. É onde coloco meus textos e pensamentos, e aos poucos tomou corpo e fiéis eleitores. Desenvolvi meu lado arte; na costura, molagem e estilismo. Aposentada, moro atualmente em Santos, São Paulo, com meu único filho.

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Ana Ribeiro Resenha do Livro "Ao teu lado"

“Ao Teu Lado” é o meu novo livro. Prestes a chegar aos leitores. Esta história convida-vos a acompanharem o percurso de vida das personagens principais: Ana e Miguel, desde a infância à fase adulta. Convido-vos agora a espreitarem um pequeno excerto da fase da infância: E os três regressaram à quinta, Ana levou logo o seu novo amigo até ao seu cantinho secreto preparado pelos avós, para lhe mostrar tudo ao pormenor e para partilhar com ele todas as suas coisas e todas as brincadeiras que ela mais gostava de fazer. Miguel adorou tudo e acabou também por ficar instalado, junto de Ana, num cantinho especial que os avós acabaram por preparar para ele, para não terem que separar os dois mais recentes amigos. Juntos, aproveitaram para fazer, um dos puzzles preferidos de Ana. Ela já o tinha feito inúmeras vezes; mas voltar a fazê-lo – naquele preciso e exacto momento – era especial, pois tinha a companhia de Miguel. E também conversaram, Ana não perdeu a oportunidade de falar ao novo amigo sobre Picasso.

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– Quando terminarmos o puzzle quero apresentar-te o Picasso. Vais adorar! – Quem é o Picasso? – Perguntou Miguel pensativo. – É o papagaio falante dos meus avós e é o máximo! – Disse Ana entusiasmada. – Uau!!! Os teus avós têm um papagaio falante? – Sim, têm! Porquê? – Por nada! Como nunca vi nenhum ao vivo, só nos livros de histórias que às vezes me emprestam ou oferecem. Pensei que nem existissem de verdade. – Eu também nunca tinha visto nenhum de perto, é a primeira vez. Tens mesmo que ir vê-lo, é mesmo divertido. Vamos fartar-nos de rir, juntos, com ele. – A sério?! – Sim… Vais ver! – E ele fala mesmo como dizem? – Fala, pois! E garanto-te que não se cala. Como diz o meu avô, parece-se mais com uma verdadeira gralha. Miguel sorriu e mostrou o seu lado mais inquieto e curioso. Algum tempo depois, Ana pegou na mão dele e desataram a correr até à marquise para verem Picasso, que estava sossegado e de olhos bem fechados: como que meio adormecido, no seu poleiro, tinha mesmo um ar angelical. E sem mais demoras, incentivou o amigo a dizer um Olá ao pássaro, para ver o que ele fazia. Miguel mostrou-se algo renitente, apesar da expectativa que o consumia; no entanto, Ana disse-lhe para não ter medo porque o Picasso jamais lhe faria mal e ele decidiu arriscar. Picasso repetiu o cumprimento, abrindo os olhos: como se de duas esferas verdes se tratassem e olhando fixamente para ele e batendo energicamente as asas. Miguel ficou rendido e deslumbrado com o animal; quanto mais coisas, ele dizia, mais o pássaro repetia. Para além disso, perdeu a conta à quantidade de carícias que fez a Picasso, se pudesse pegava nele e levava-o para a sala, para junto com Ana poderem brincar com ele. No entanto, Miguel sabia que os pássaros eram animais sensíveis e que gostavam de sossego; por isso por ali ficaram os três: por entre muitas gargalhadas, brincadeiras sem fim e troca de galhardetes. Estavam mesmo a divertir-se. Depois almoçaram num clima de grande animação e descontracção e à primeira vista Miguel parecia ser um rapaz muito educado, simples, interessado, e que gostava muito de ajudar. – Após o almoço, Ana decidiu fazer um convite especial ao seu novo amigo – Miguel, tu queres vir dar um passeio de bicicleta comigo? – Adorava! – Disse Miguel de imediato com um brilho instantâneo no olhar – Achas mesmo que podemos ir? Os teus pais e os teus avós deixam? – Sim! Sem problemas! – Sabes, eu sempre gostei muito de andar de bicicleta; mas há muito que não ando, porque a que eu tinha estragou-se e os meus pais não podem dar-me uma nova. – Não faz mal, andas na minha! – Oh! Obrigado por partilhares a tua bicicleta comigo. Posso mesmo andar na tua? – Claro que sim! Vai ser fixe, passearmos juntos pelos campos! 14

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– Pois, vai! E cabemos os dois na tua bicicleta? – Cabemos, pois! A minha bicicleta tem dois lugares: um para ti e outro para mim. – Porreiro! Ana pegou na mão de Miguel e saíram da mesa a correr em direcção ao jardim, aonde Ana costumava guardar a bicicleta, junto à carrinha do avô. – Queres ir tu a pedalar? – Propôs ela. – Gostava muito, não te importas? – Não! Não me importo nada! – Quando voltarmos, vens tu a pedalar! O que é que achas? – Combinado! Miguel sentou-se no acento da frente e Ana sentou-se logo atrás dele. Felizes e contentes, pedalaram pelos campos fora, por entre conversas inusitadas e incontáveis sorrisos. Mais importante que a diferença era saber entender o verdadeiro sentido da partilha. E a deixarem o vosso like na página oficial de Facebook do livro: https://www.facebook.com/aoteuladobook/

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Chamo-me Ana Ribeiro, tenho 29 anos, vivo desde sempre em Chaves e sou licenciada em Análises Clínicas e de Saúde Pública. Gosto de escrever desde muito nova, descobri a paixão pela escrita com o gosto pela leitura e a escrita de vários diários pessoais. Em 2011 editei o meu primeiro livro: “Diário de uma vida”, da editora Mosaico de Palavras, uma colectânea de textos poéticos de certa forma autobiográficos sobre situações que vivenciei, pessoas que me rodeiam e conheci, entre outros assuntos. Os textos que fazem parte do livro foram escritos entre 2009 e 2010. Recebi em 2011 um prémio literário da Editorial Caminho: “Uma Aventura Literária… 2011” com um texto de crítica literária. Participei numa feira do livro organizada pelas bibliotecas escolares da minha cidade e num projecto com algumas escolas para dar a conhecer o meu percurso a vários níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino secundário. Em 2014 recebi o prémio júri Poesia da Editorial Caminho com o poema “Filha do Mar” Em 2015 editei o meu primeiro romance, intitulado “Um Amor Inexplicável”, publicado pela Capital Books. Que conta a história de um jovem que vai batalhar contra o cancro. Iniciei recentemente o processo de publicação do próximo romance, intitulado: “Ao teu lado” que aborda a temática da amizade e da forma como a sociedade em que vivemos está moldada para desde tenra idade colocar o ser humano perante a discriminação, a xenofobia e o preconceito. 16

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As candidaturas foram prorrogadas até dia 30 de junho de 2017. Envie os seus contos para edicoes.horus@gmail.com

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Ana Sophya Linares Corpo esquecido

Tudo o que queria era voltar atrás. Esquecer tudo. Mas, naquele turbilhão de sentimentos, não o conseguia fazer. Ele tinha feito mal a Mariana. Ela não o podia esquecer. E como o fazer? Estava cheia de nodoas negras. Mas por fim tinha-o confrontado. Podia lhe ter valido uma tareia, mas conseguiu-o. Estava farta dele. Ele tinha traído Mariana vezes demais. E ainda chegava com aquele ar de machão, dizendo que a culpa era só dela, por não lhe dar o que queria e quando o queria. Mas, depois, mostrava-se arrependido das suas palavras e acabavam a fazer amor como nunca antes. Como ela se arrependia desses momentos de fraqueza. Como havia sido burra. Mas agora era o fim, tinha se livrado dele. Agarrara numa faca e atingira-o no pescoço, impossibilitando-o de falar. José tentara respirar, mas só saía sangue. E, por fim, caíra, morto. Mariana não podia estar mais feliz. Ela não tinha muita força, mas iria dar tudo por tudo para cortar José por partes. Queria se desfazer dele e essa era a forma mais fácil que encontrara de o fazer. Os seus pais não podiam desconfiar nada. Apesar do filho ser um traste, defendiam-no sempre, dizendo que Mariana é que estava errada, que ela merecia as sovas. Achou, na sua mente, divertido. Agora que ele estava morto, podia brincar com eles. E que tal enviar uma orelha com o pírcingue dele, sangrenta? Mal podia esperar para ver a cara deles. Mas, por outro lado, era errado. As pistas podiam conduzir até si. Não, não faria isso. Apenas desmembrá-lo- ia e livrar-se- ia dele, em pedaços.

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A noite já ia longa… tinha de o fazer rápido. Por sorte viviam numa casa terra, sem vizinhos. Nem queria imaginar como seria fazer aquele serviço sem essa particularidade. Teria de esperar pelo amanhecer, para se encontrar sozinha. Para aumentar a sua sorte, havia uma motosserra na garagem. Foi ver dela e começou a despedaçar o corpo, que, entretanto, tinha arrastado para a banheira. Não era nada de novo livrar-se de um corpo assim, mas era a primeira vez que o fazia. Quando acabou, estava coberta de sangue. Apetecia-lhe tomar um banho, mas primeiro tinha de tirar de lá os pedaços de José. Foi buscar uns sacos pretos e foi aí que se apercebeu que começava a amanhecer. E o que faria agora, como levaria os restos de José até onde quer que fosse? Tinha de esperar pelo dia seguinte. Nesse dia não iria trabalhar. E ligou também para a empresa de José, dizendo que ele estava constipado, não podendo ir trabalhar. Depois, descansou. Acordou, já eram cinco da tarde. Ainda faltavam duas horas para anoitecer. Foi tomar um banho para limpar todo o sangue de cima de si. Tinha sangue em todo o lado: cabelo, corpo… Por prevenção, deitara-se no sofá a dormir, com um saco de plástico rasgado que cobria todo o sofá, para não o sujar. Depois do banho, foi fazer algo para comer. Tinha pouca carne em casa… Olhou para os sacos com os resto de José. E porque não… Tirou um pedaço do peito de José e pô-lo a fritar. Hum, nunca nada lhe tinha sabido tão bem. E que tal ficar com ele em casa, cozinhá-lo? Parecia-lhe uma boa ideia. Nem ela sabia o que a aguardava… Ao fim de uns dias, ligaram-lhe. Ninguém sabia de José. Procuraram por ele nos bares habituais, mas não o encontraram. Se Mariana sabia dele. Ela respondera que não, desde aquele dia que não sabia nada dele. Mas o carro ainda se encontrava a porta dela, e foi isso que a tramou. A polícia, alarmada pelos pais de José, bateram-lhe a porta. E foi aí que viram o estado da casa e que viram os sacos pretos. Sem arca e um frigorifico pequeno, não dava para guardar tudo. E o sangue demorava a sair. Por isso a casa ainda se encontrava desorganizada. Prenderam Mariana pelo crime atroz. Disseram que nunca tinham visto nada assim. Foi julgada a porta fechada, pela atrocidade do crime. Apenas assistiram os pais de José. Até os seus pais haviam abandonado Mariana. Ninguém jamais a achou inocente, que apenas se havia defendido. Foi condenada a 25 anos numa instituição mental, pois, segundo as palavras do juiz: ‘Quem faz um crime destes, não bate bem da tola’.

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Paulo Rodrigues Ensaio surrealista I- POESIA Mata-te, Mata-te logo, não fazes aqui nada Já te disse para te matares , Não sei porque ainda esperas. Desiste de viver logo! Ninguém irá notar se ainda estás vivo Ou não... Até acho que vão celebrar Em vez de ficarem de luto por ti! Enforca-te, envenena-te Atira-te da ponte, do avião Deixa-te atropelar, Faz o que te der na cabeça Mas mata-te. Não, não vou parar De dizer para te suicidares. Não fazes falta em lado nenhum. Não sei porque achas que sim Mas pronto... Espera! Tens mais medo que te mates E ninguém fique de luto por ti, Do que estar vivo e não te ligarem nenhuma? Pois é! A verdade dói, não é? Quem te manda fantasiar O que não existirá, nem existiu? Ah! Já percebi... É para que não notes o vazio Da tua insignificante vida Em carne já apodrecida. Não vale a pena chorares, Não vou parar com isto Por pena de ti, A pensar "coitadinho dele". Não! Não mereces empatia nenhuma Nem a que tiveste mereceste Quanto mais... Queres fazer algo de útil Para todo o planeta? Hum...Já sei desaparece De uma vez daqui e Deixa que o teu cadáver apodreça Como a vida que levas ou levaste...

Paulo Rodrigues, 05/05/2017 21

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Biografia:

Paulo Rodrigues nasceu a 14/05/1998 em Lisboa. Neste momento é finalista da escola Artística António Arroio, no curso de comunicação audiovisual, na especialização de som. Tem como ocupações um projeto de percussão denominado de BOMBRANDO, desde 2014. Pratica desporto, de forma mais incisiva em futsal. Para além de se dedicar à escrita.

Blog:

paulojorgepiresrodrigues.blogspot.pt

redes sociais:

-instagram: @__paulorodrigues__ - twitter: @__paulojorge_

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Entrevista a Elidio Cumbane O contador de Histórias Edições Hórus - É considerado um contador de histórias nato, a quê ou a quem você atribui este forte traço cultural? Elidio Culumbane - Não considero-me um contador de histórias nato a vida ensinou-me a desenvolver essa arte milenar, aos leitores eu atribui esse traço cultural. Edições Hórus - Como é que a arte de contar histórias surgiu na sua vida? Elidio Cumbane - Em primeiro a minha mãe contava-me sempre as histórias nas noites, mesmo com medo eu gostava delas e em seguida a minha irmã mais velha passou contar as histórias em lugar da minha maê e em 2013 apaixonei mais pela arte depois de ter feito um curso de 17 histórias biblicas na igreja. Edições Hórus - O que pode a arte de contar histórias acrescentar na vida das pessoas em geral? Elidio Cumbane - A arte de contar histórias ela transmite e preserva valores culturais desenvolvendo a capacidade imaginária e ela possibilita o enriquecimento no vocabulário, amplia o mundo de ideias e conhecementos, desenvolve a linguagem permitindo deste modo que as pessoas sintam diferentes emoções e principalmente desenvolve um comportamento de leitor. Edições Hórus - Que tipo de “talento especial” é necessário, na sua opinião, para ser um contador de histórias? Elidio Cumbane - Ser um bom leitor e ouvinte. Edições Hórus - Acha que já existe o reconhecimento do profissional contador de histórias? Qual o impacto disso, na sua opinião? Elidio Cumbane - Infelizmente não há reconhecimento e as causas são várias outros considero como um acto antigo que não trás nenhum impacto social outos simplesmente neglengênciam o acto sem nenhum argumento. Edições Hórus - Quem são os artistas desta área que costuma apreciar? Elidio Cumbane - O falecido Malangatana e o brazileiro Roberto Carlos Ramos. Edições Hórus - O que recomenda para os jovens que querem dedicar-se à arte de contar histórias? Elidio Cumbane - Primeiro devem ter enconta que carregam uma grande visão que é resgastar a união, o prazer e a cúmplicidade pela leitura e que devem ser amantes da leituras. 23

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Elidio Ernesto Cumbane, nasceu 17 de Outubro de 1996 provincia de Maputo. Empreendedor,escritor, contador de histórias e palestrante motivacional. Tendo terminado o ensino pré-universitário em 2016. Tem desenvolvido actualmente um projecto cujo o nome é A VOLTA DA FOGUEIRA com um grupo de crianças que visa incuntir o âmbito de leitura nas crianças. Desde 2013 exercendo actividade de contador de histórias em algumas escolinhas da cidade de maputo.

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Este espaço pode ser seu! "Pode participar sendo entrevistado por nós, criar uma matéria, resenha, crítica/ opinião, contos ou mesmo divulgar o seu Livro, artigos, textos, os seus escritos, os locais de venda do seu livro, divulgar Lançamentos de Livros, Eventos de todos os géneros, a sua editora, livraria, distribuidora de filmes, site, Anúncios, página, blog ou o seu trabalho."

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Madalena Cordeiro A OVELHA PERDIDA FOI ENCONTRADA Eu nasci no dia 17 de setembro de 1956, o horário do nascimento não sei, pois o parto da minha mãe foi feito por uma parteira no interior. Assim cresci ao lado dos meus pais, sendo meu pai lavrador e minha mãe do lar. Numa pobreza muito grande. Nós tivemos muitos sofrimentos. Quando eu tinha sete anos, minha mãe fez um vestido branco comprido até aos pés e dizia que eu estava me vestindo de virgem e prometeu ao seu guia que iria me conservar assim, só para o guia. Éramos sete filhos, sendo que infelizmente um faleceu... Meu irmão, Natal, nasceu dia de natal. Mal tínhamos o que comer e com perigo de morte buscávamos o nosso pão (muitas vezes fomos perseguidos por serpentes quando apanhávamos lenha). E assim foi uma infância muito sofrida, quando o primeiro calçado usei, tinha quinze anos. Madalena Cordeiro

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Paulo Rodrigues Portugal, és muito rico. Portugal, és muito rico. Mas não aproveitas isso. És rico em cultura E pouco valorizas. Nasceram-te gente Que elevam a tua lingua... E tu que fazes? Tendes a deixa-los mal Na vida terrena... E só lhes reconheces talento Quando já não estão contigo.

Biografia:

Paulo Rodrigues nasceu a 14/05/1998 em Lisboa. Neste momento é finalista da escola Artística António Arroio, no curso de comunicação audiovisual, na especialização de som. Tem como ocupações um projeto de percussão denominado de BOMBRANDO, desde 2014. Pratica desporto, de forma mais incisiva em futsal. Para além de se dedicar à escrita.

Blog:

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O Tema é livre. Envie biografia, foto e poemas para quatro páginas. e-mail: edicoeslusiadas@gmail.com Prazo prorrogado até 30 de junho de 2017. 30

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O homem que tinha medo de morrer Ana Sophya Linares

Era uma vez um pobre rapaz a quem o avô tinha falecido. Tinha sido durante o sono. - Coitado, podia acontecer a qualquer um. – Disse um vizinho. Essas palavras impressionaram Ramiro, o neto. ‘Qualquer um!?’, pensou ele. ‘Então eu também posso morrer, assim, a qualquer momento?’. Para tirar duvidas, bastava-lhe falar com os seus pais. Mas Ramiro, demasiado envergonhado para os seus nove anos, foi incapaz de verifica-lo. Esse foi um dilema que lhe perseguiu até aos 14 anos, altura em que começou a transformar-se num homem. A partir daí acreditou que era incapaz de morrer, como qualquer outro rapaz na sua idade. Começou a perseguir raparigas e a namoriscar com elas, sem pensar no dia de amanhã. Tinha dezasseis anos quando apanhou o primeiro susto com uma rapariga. Por pouco ela estava grávida. Mas tinha sido só um susto, que lhe ensinou que a proteção é importante. Depois disso, foi sempre a seguir. Interessava-lhe mais os carros que os estudos, pelo que, quando saiu, o pai pô-lo a trabalhar na sua oficina, na aldeia onde eles moravam. Havia pouco movimento, Ramiro sentia falta dos dias de escola. 31

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- Se queres trabalhar, ficas aqui. Se queres festa, então tens de estudar. – Disse-lhe o pai. Ramiro ficou a pensar na proposta. Para estudar precisava de melhorar as notas. Podia trabalhar de dia e estudar à noite, sem desistir de nada. Depois, na universidade desenrascava-se. E foi assim que, aos dezanove anos, Ramiro voltou à escola. Voltou a ver os amigos de sempre, que tinham chumbado, e que faziam melhorias de nota, tal como ele. Aos vinte e três conseguiu ir para a universidade. A vida corria-lhe bem, apesar das dificuldades. Não passava fome, mas era-lhe difícil sobrar-lhe dinheiro para festas, depois de contas pagas. Os pais não facilitavam. Só lhe davam o estritamente necessário. E o emprego não estava assim tão fácil de arranjar, pois ele tinha pouca experiência, além de ter trabalhado na oficina. Foi aos trinta que acabou o curso. Com muita dificuldade, conseguiu. Ramiro sentia-se feliz. Já tinha uma linda companheira, planeavam casar daí a alguns anos e constituir família. Foi quando começou. Ramiro tinha dificuldades em dormir, advindo do trabalho imenso que fazia, como professor. Começou com pouco. Mas a sua companheira reparou que a sua falta de sono era fora do normal. Ele chegava a estar acordado até às três da manhã e a acordar às seis, três horas depois, sem qualquer vestígio de sono. - Amor, isso não é normal. – Disse Telma, preocupada. – Devias consultar um médico. Ramiro desvalorizou, dizendo que era um hábito que tinha apanhado da universidade, que não era nada com que se devesse preocupar. Mas tanto que a namorada insistiu que foi a um medico. O médico indicou que isso não era normal. Que devia tomar medicação para, pelo menos, dormir 8 horas por noite. Ramiro achou um exagero, mas decidiu aceitar a medicação. Foi o seu maior erro. Foi quando os seus medos de infância voltaram. Ramiro sonhava muito, quando começou a tomar a medicação. Sonhava que morria durante o sono. Mas, como tomava a medicação, não conseguia acordar. Quando finalmente o fazia, era de manhã. Uma vez sonhou que morria a dormir, tal como o seu avô. Viu o seu funeral, as pessoas chorando por ele. Ramiro não podia fazer nada, apenas observar. Viu como eram atravessados pela dor, para depois esta desaparecer. Como seguiam as suas vidas e como ele ia ficando cada vez mais só, na sua cova. Ninguém o visitava mais. Nem seus pais nem sua namorada. Estava só. E, então, acordava. Estava suado. Teve esse sonho noites seguidas, fazendo-o ter medo de voltar a adormecer. 32

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Deixou de tomar a medicação. Voltou a dormir apenas três horas por noite e acordava sempre sobressaltado, com a sensação que estava para morrer. A principio a namorada aceitou. Mas Ramiro foi ficando cada vez mais estranho. Não dizia coisa com coisa, dizia que via coisas onde elas não estavam, irritava-se com qualquer coisas, ficou mais carente, com medo de perder todos. A namorada deixou-o. Os amigos foram abandonando-o. A família foi lhe deixando de falar. Ficou cada vez mais só, até apenas ter o trabalho. E até daí foi despedido, pois começou a ensinar aos seus alunos matéria não escolar. Fez estudos sobre a possibilidade de vida além da morte e falava disso nas classes. Os alunos, assustados, contaram à diretora de turma, que fez queixa contra Ramiro. Não tinha mais vida. Impedido de lecionar, pouco lhe restava a fazer naquela cidade. Mas não podia voltar para a terra dos pais, aí não tinha nada à sua espera. Começou a ter medo de dormir. Tinha a sensação que ia morrer. Recusa-se a dormir, comia pouco. Andava de um lado para o outro no apartamento, falando consigo mesmo. Ramiro começou a enlouquecer, pouco cuidava de si, higienicamente. Até que ela veio. Sentiu que ela vinha, tinha a certeza. A sua ex-namorada, Telma. Vinha para buscar umas coisas que se tinha esquecido. Assustou-se com o estado de Ramiro e da sua casa. - Fizeste bem em ter vindo. – Disse Ramiro. – Estou prestes a perder a casa. - Mas… Que se passou contigo? Porque está isto assim? - Fui despedido. Ainda não saí de casa para tratar do desemprego, à duas semanas. Não consigo sair. Amo-te, fica comigo. - Desculpa, mas não, tens de me deixar ir. Adeus. E bateu com a porta, sem levar nada seu. Ramiro sentiu-se desolado. Já não sabia o que fazer. Até que viu uma sombra na parede que lhe entregava uma faca. Ele pegou na faca que estava na mesa da cozinha, à sua frente, e fez o gesto da sombra. Ele matou-se, cortando a garganta. Agora, como espírito, nunca foi mais só…

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Edições Hórus, Unip Lda Autor: Zé Abreu Design de capa: Inês Nabais Disponível o segundo livro de Zé Abreu publicado connosco.

Pode reservar o seu exemplar através do nosso email: edicoes.horus@gmail.com 10€ P.VP. 34

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AnaPuena Havena Intercâmbio cultural Brasil e Portugal; países que têm tanto em comum, mas que, ao mesmo tempo, são tão distantes. Os costumes entre os dois países diferem bastante. A língua, apesar de ter a mesma origem, pode até causar estranheza. Mas os dois países são riquissímos culturalmente e têm muito o que aprender entre si. Por esta razão, gostaria de propôr um intercâmbio cultural entre esses dois países, que foram tão importantes um para o outro.

IMPERADOR PEDRO II DO BRASIL Quero apresentar-lhes o segundo e último imperador do Brasil, Dom Pedro II. Nascido em terra brasileira, em 1825, era filho de D. Pedro IV de Portugal, o mesmo D. Pedro I do Brasil. D. Pedro II era um homem culto; falava 23 línguas, apreciava inovações e dedicava-se às artes. Foi um grande patrocinador da cultura e da ciência, tendo custeado os estudos de vários brasileiros no exterior, exigindo apenas que estes retornassem ao Brasil com conhecimento. Dizia que "se não fosse imperador, seria professor, pois não via missão mais nobre que moldar as mentes jovens e preparar os jovens do amanhã." Amante de viagens, o imperador além de viajar por todo o vasto Brasil, aventurava-se em viagens ao exterior, dentre elas: EUA, Oriente Médio e África do Norte. 35

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Com abdicação de seu pai ao trono, D. Pedro II tornou-se imperador do Brasil aos 5 anos de idade. Foi um imperador bem aceito por toda a população do país. E por questões de interesses políticos, sofreu um golpe de Estado por parte dos militares, sendo deposto de seu trono e exilado, em 1889. D. Pedo II seguiu para França, onde passou seus últimos dois anos de vida. Morreu em 1891 vítima de pneumonia, no modesto hotel onde morava em Paris. Suas últimas palavras foram: - Deus que me conceda esses últimos desejos: paz e prosperidade para o Brasil. Foto do imperador e sua comitiva no Egito, em 1871.

Sobre a autora: AnaPuena Havena é escritora brasileira. -Livros publicados: O Príncipe que não sabia brincar - Ed. Multifoco - 2016 Descobrindo a nobreza do Amor - lançamento em maio - Ed. Buriti - 2017 Participação da Antologia Além da Terra, Além do céu - Ed. Chiado - 2017

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Os nossos

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