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Fintechs – from cashless to cardless
From Cashless to Cardless
Web Summit 2020 revela o novo papel das fintechs em um mundo de transformações financeiras, em que agilidade e transparência se tornam a regra
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Textos por:
•Eduardo Alves, sócio da PwC Brasil •Eduardo Netto, consultor do Sebrae/PR
Otítulo deste texto é também o de uma palestra ocorrida no Web Summit deste ano. Ele resume bem o que aconteceu em 2020 e as tendências das fintechs para os próximos anos. A pandemia foi, para essas empresas um tempo de experimentação, em que, de acordo com Anne Boden, fundadora e CEO do Starling Bank, a COVID-19 acelerou em 10 anos a dinâmica Cashless da sociedade. Serviços digitais financeiros, em geral, passaram a ser experimentados por pessoas antes resistentes às mudanças, acelerando muito o processo de implementação.
Um exemplo de experimentações é o WeBank, uma startup chinesa que teve um crescimento de usuários significativo durante a crise e chegou a mais de 200 milhões de contas abertas. Duas ações marcantes ficam de seus aprendizados. A primeira foi emprestar dinheiro para microempresas em volume suficiente para que os empreendedores seguissem com os negócios; e a criação de um roadmap de implantação de IA para melhor
aproveitamento e rentabilidade de todo o big data gerado a partir do uso e do perfil de seus usuários.
De Cashless para Cardless já é uma tendência real e de curto prazo em alguns países. Pagamentos com biometria facial, QR Codes e outras formas sem contato e com uso de dispositivos mobile acelerarão este novo mundo de pagamentos.
Para as fintechs ainda existem muitas possibilidades de manter seus “anos dourados”. A sociedade ainda é, em diversos países, extremamente desbancarizada e, mesmo em países desenvolvidos, a educação financeira em geral é uma enorme oportunidade de alavancagem de usuários e receitas, de acordo com Chris Britt, fundador e CEO da Chime.
Ele também acredita que “basic banking should be free”, o que faz muito sentido para a captação de usuários. A estratégia da Chime é baseada nesse princípio, que envolve pontos como a máxima transparência possível, operações low cost e a necessidade de prover senso de segurança para os usuários.
Esses princípios mostram a diferença entre os bancos tradicionais e as fintechs, principalmente nos conceitos de transparência e simplicidade. É por isso que, como Anne Boden ressaltou em sua palestra, os clientes bancários do Reino Unido confiam mais nas fintechs do que nos bancos tradicionais. Mas essas tendências não significam que os bancos estão acabando. Longe disso! A parceria entre fintechs e bancos é o que traz muita segurança nas operações das startups e, se bem trabalhada, é o que trará a realidade do Open Banking à tona.
Os desafios são expressivos com relação à educação de idosos para esse novo mundo, além do acesso à internet como um direito em todo o mundo e da redução do volume de desbancarizados. Se os empreendedores enxergarem como oportunidade, o crescimento é certo para esse novo mundo de Fintech as a Service.