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Healthtechs para ficar de olho – Web Summit 2020
Health Techs para ficar de olho - Web Summit 2020
Conheça algumas startups do setor de Saúde com soluções inovadoras para os problemas atuais e futuros da Humanidade
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Atomwise
https://www.atomwise.com/
Inteligência Artificial para a descoberta de medicamentos: essa é a função da Atomwise. A startup desenvolve IA para ajudar empresas parceiras a superar os desafios da descoberta de medicamentos, criando drogas melhores e com mais rapidez. Para Abraham Heifets, fundador e CEO da empresa, a inteligência artificial e o deep learning “criam esperanças para doenças até então sem esperança de cura”. Abraham comenta que há uma abundância de dados hoje e que, no trabalho de descoberta de medicamentos, nunca se sabe qual das possibilidades e caminhos irá realmente funcionar.
Então, para ele, a grande questão hoje não é a criação, geração ou coleta de dados, mas sim a curadoria, em um comparativo interessante do modelo Blockbuster (quando íamos até a locadora e não encontrávamos nenhum filme que nos interessava - problema de criação) e do modelo Netflix (que há tantas opções que a nossa maior dúvida é qual filme assistir - problema de curadoria).
Digital Deepak
https://digitaldeepak.ai/
Imagine ter orientação personalizada e meditar com Deepak Chopra, em qualquer lugar, a qualquer hora. Esta é a proposta que Deepak Chopra e The AI Foundation fazem ao criar o Digital Deepak, um coach de saúde pessoal, uma Inteligência Artificial alimentada com todos os conhecimentos do famoso autor e defensor da medicina alternativa. Em uma conversa descontraída, Deepak Chopra e Lars Buttler, CEO da AI Foundation, falaram sobre como a Inteligência Artificial pode ser utilizada para desbloquear o potencial humano.
Os dois contaram sobre como foi o processo de treinar a IA – gravações de voz e sotaque, leitura de todos os livros e produções do autor – e que mesmo a tecnologia leva tempo para aprender, especialmente para criar uma inteligência que não fique presa ao Deepak como é hoje, mas que siga continuamente aprendendo. Chopra brincou que adoraria que a solução se tornasse mais inteligente que ele. “Que ela siga aprendendo com as próximas gerações”, disse.
DocDoc
https://www.docdoc.com/
A DocDoc é a primeira empresa de inteligência de pacientes do mundo. Ela aproveita o poder da inteligência artificial para fornecer aos pacientes as informações de que precisam para tomar as melhores decisões de saúde. “Eliminamos as suposições das decisões de saúde e tomamos todas as decisões de compra com base em dados. Por que a saúde deveria ser diferente?”, afirma o website da empresa.
Grace Park, cofundadora e presidente da startup, afirma que a Covid-19 acelerou a adoção de suas soluções. “As pessoas acordaram para o universo das startups na pandemia”, afirma.
Segundo ela, o modelo atual de atuação do setor gerou uma inflação médica insustentável, que quebrou o sistema, mas ela celebra que os decisores políticos estão entendendo a necessidade de buscar novos modelos e de trabalhar com dados para empoderar os pacientes.
Gelesis
https://www.gelesis.com/
A Gelesis é uma empresa de biotecnologia que atua no desenvolvimento de uma nova categoria de terapias para doenças gastrointestinais crônicas. O portfólio da Gelesis inclui um pipeline com potenciais terapias para doença hepática gordurosa não alcoólica / esteato hepatite não alcoólica, diabetes tipo 2 e constipação idiopática crônica. A empresa também conta com o Plenity, um produto para obesidade e sobrepeso que é um tratamento não sistêmico, não estimulante e administrado por via oral para o controle de peso, com um perfil de segurança e eficácia altamente favorável demonstrado em estudos clínicos.
Segundo Elaine Chiquette, CSO da startup, o tratamento é realizado por meio da ingestão de cápsulas que dão a sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa coma até 33% menos que o habitual. Para Elaine, a pandemia realçou os problemas relacionados ao peso ao colocar pessoas com obesidade e sobrepeso como grupo de risco, e ajudou a colocar o peso como parte da discussão de saúde como um todo.
Ginkgo Bioworks
https://www.ginkgobioworks.com/
A Ginkgo Bioworks acredita que “biologia é a tecnologia de fabricação mais avançada do planeta”. Com isso, programa células para fazer tudo, desde alimentos a materiais e terapias. Austin Che, fundador da startup, comentou que o corpo humano tem mais micróbios que células humanas e, assim, a empresa trabalha para utilizá-los como biossensores e reagentes no corpo. Para Che, a Covid-19 nos mostrou o que acontece quando as questões biológicas saem do controle e ele celebra o fato das vacinas terem chegado mais rápido que nunca. Em relação ao uso de dados para inovação na saúde, o executivo afirmou que, no geral, a questão de armazenamento já está em grande parte resolvida, mas que ter os dados não é tudo. Para ele, o grande desafio é compreender esses dados e transformá-los em inteligência para resolver as grandes questões da humanidade.
Grail
https://grail.com/
A missão da Grail é detectar o câncer precocemente, aumentando consideravelmente as possibilidades de cura. Para Josh Ofman, CMO da startup, “estamos perdendo a luta para a doença por conta do diagnóstico tardio”. Assim, a Grail trabalha para utilizar sinais do próprio organismo (“pequenos pedaços de DNA”, como ele sugere) para antecipar a descoberta. Segundo Josh, considerando as soluções disponíveis no mercado até hoje, a sensitividade para diagnóstico no estágio em que atuam é zero. Agora, com a Grail, essa sensitividade vai de 20 a 40%, um índice muito melhor.
O diagnóstico se dá por meio de uma pequena amostra de sangue e é capaz de identificar em torno de 50 diferentes tipos 82
de câncer. Ofman disse que os frutos da transição do que ele chama de “um sistema de saúde quebrado” para um sistema de saúde preditivo somente poderão ser comprovados quando houver um maior volume de instituições operando neste novo modelo.
Peloton
https://www.onepeloton.com/
A Peloton usa tecnologia e design para conectar o mundo por meio do fitness, capacitando as pessoas a serem a melhor versão de si mesmas em qualquer lugar, a qualquer hora. A empresa tem diversas formas de monetização, desde a venda e aluguel de bicicletas de spinning, esteiras e equipamentos de musculação até a assinatura de planos com aulas transmitidas ao vivo. Segundo Tom Cortese, cofundador da startup, o diferencial da marca é o foco em seus membros, em uma cultura 100% “members first”.
Um dos destaques vai para a responsividade: a empresa utiliza os dados gerados por seus usuários para responder de forma imediata com o que os usuários querem. Se os dados informam que um certo tipo de atividade está em alta ou surge boa demanda, eles conseguem criar uma aula nova “no dia seguinte, não no próximo ano”, afirma Cortese. Essa cultura “members first” reflete na fidelidade dos clientes: há membros que até tatuaram o logotipo da empresa em seus corpos!
Strava
https://www.strava.com/
A Strava tem a missão de construir a comunidade de atletas mais engajada do mundo. Para Mark Gainey, cofundador e presidente da startup, esse é um aplicativo de esporte para que as pessoas “compartilhem essa paixão”. Segundo ele, o ponto forte da solução é a comunidade criada em torno do tema, uma vez que “pessoas é que mantêm pessoas ativas”. Quando questionado sobre os impactos da pandemia no negócio, Mark comentou que no início houve preocupação em como seria com as academias fechadas e o isolamento, já que as pessoas teriam que encontrar outras opções. Logo a questão da comunidade se mostrou ainda mais relevante – o momento pediu criatividade e a conexão entre as pessoas fez surgir coisas como maratonas nos jardins, nas salas de jantar e nos terraços dos prédios. Hoje são milhões de usuários conectados à plataforma.
Willow Pump
https://shop.willowpump.com/
A Willow Pump ajuda mães a bombear o leite materno, em um produto em modelo único “tudo-em-um” que cabe no sutiã e permite mobilidade completa, sem derramamento, sem o uso das mãos, com potencial para bombear até 20% mais leite por sessão. Laura Chambers, CEO da startup, quando questionada sobre os impactos do Covid-19 no negócio, confessou que no início da pandemia houve uma diminuição significativa nas vendas. A crença era de que, uma vez que as mães estavam em sua maioria em casa, não teriam grandes problemas em utilizar as bombas tradicionais, grandes, barulhentas e ligadas à tomada.
Com o tempo, as vendas voltaram a subir e ficou claro que, na verdade, “as mães ficaram ainda mais ocupadas na pandemia” e que a solução veio para ficar. O produto, com tecnologia patenteada, está na sua terceira versão e já é utilizado por mais de 70 mil mulheres.