Edição 03 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2013
SIMULADOR 3D PODE REVOLUCIONAR TREINAMENTOS E SIMULADOS NO SETOR PORTUÁRIO
SEDE DO NEPOM
CESPORTOS/SC
MEIO AMBIENTE
EM FLORIANÓPOLIS COMPLETA DOIS ANOS
SE PREPARA PARA MAIS UMA MISSÃO
PROJETO QUER TRANSFORMAR RESERVA EM PARQUE NACIONAL
ÍNDICE
Edição 03 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2013
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Receberá regata Transat Jacques Vabre
Poderá se transformar em Parque Nacional
Mais próximo de ter a primeira IPT do país
RESERVA DO ARVOREDO
ITAJAÍ
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Completa dois anos de operação
Pretende iniciar as operações Apresenta inovação em projetos em 2014
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Ganha nova sede administrativa
Completa dois anos
Rumo aos portos europeus
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TERMINAL ITAPOÁ
PORTO DE ANTONINA
MERCADO
TERMINAL BARRA DO RIO
SEDE DO NEPOM/SC
SEGURANÇA
Proteus chega Intech Boating anuncia incorporação da Sessa Marine no mercado brasileiro
CBES
CESPORTOS/SC
Bate recorde na movimentação de bobinas de aço
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TEPORTI
TURISMO
Exporta milho produzido em outros estados
Condomínio industrial
Bem-vindo a Bombinhas
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SIMULADOR 3D Alia tecnologia à Segurança Portuária
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TESC
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PORTO DO RIO GRANDE
PORTO BELO
PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL Exportações aquecidas
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FERROVIA LITORÂNEA
EXPORTADORAS DE SC
É pauta no Sul de SC
Esperam vender mais em 2013
COLUNAS
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28 ENTREVISTA
Reinaldo Garcia Duarte Coordenador da CESPORTOS/SC
EXPEDIENTE Revista INPORT Rua Tubalcain Faraco, 21 - Ed. Veneza - Sala 703 Centro - Tubarão/SC - CEP: 88701-150 | 48 3052 2190
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PORTONAVE Registra crescimento na movimentação
Demurrage virou negócio
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Segurança Pública Portuária
Diretora de Redação: Aline Araújo (DRT/SC 4048) crie@editoracrie.com.br
Distribuição: Gratuita e dirigida
Diretora de Criação: Lívia Vieira livia@editoracrie.com.br
Impressão: CTP, impressão e acabamento COAN Gráfica
COMPLEXO PORTUÁRIO Apresenta projeto da nova Bacia de Evolução Colaboraram com esta edição: Assessorias de imprensa dos portos de Paranaguá, Rio Grande, São Francisco do Sul, dos terminais Portonave, TESC, Itapoá, da FIESC, da Prefeitura de Porto Belo, da Intech Boating. Franciele Fernandes e Fábrica de Comunicação.
Hns Port Consulting & Security Organização de Segurança Credenciada no Ministério da Justiça | CONPORTOS
PSPP (Plano de Segurança Público Portuário)
EAR (Estudo de Avaliação de Risco)
DCS (Diagnóstico Corporativo de Segurança)
CTA (Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento)
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EDITORIAL
Edição 03 | SETEMBRO E OUTUBRO DE 2013
SIM, NÓS ESTAMOS AQUI. A terceira edição da Revista Inport chega de um jeito especial. Estamos na Trade Summit, a segunda maior feira de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior. Com a expectativa de receber dez mil pessoas, a Inport está feliz por fazer parte dessa edição da Feira. E para agradar a esse público tão específico, nessa terceira edição vamos tratar de temas que envolvem meio ambiente, tecnologia, turismo, segurança portuária, entre outros assuntos de interesse para os profissionais que trabalham no setor portuário. E para começar bem, abrimos a edição desejando “Bon Voyage”. É que os preparativos para a Regata Jacques Vabre estão a mil. Pela primeira vez, Itajaí, em Santa Catarina, será o destino final da competição que inicia em Le Havre, na França, e contará com o mais longo percurso da história: 5.395 milhas náuticas (10 mil km). Nessa edição também vamos falar sobre meio ambiente e um projeto polêmico: transformar a
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Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, localizada em Florianópolis, em parque nacional. Nossa equipe conversou com o autor do Projeto que revela quais serão os benefícios da mudança. ICMBio e NEPOM foram outros dois órgãos consultados pela nossa equipe. Em outra reportagem especial, a Revista Inport leva até você as informações sobre um produto que pode revolucionar a área de treinamentos e simulações para o setor de Segurança Portuária: um simulador 3D. Em parceria com a CESPORTOS/SC o projeto visa desenvolver uma plataforma que aliará tecnologia e eficiência para qualificar ainda mais os Supervisores de Segurança de Portos e Terminais privados. Além disso, a revista traz uma novidade: um espaço com dicas de viagem. Nessa edição inauguramos a nova página com uma cidade que encanta turistas do mundo inteiro: Bombinhas. Mergulhe nessa viagem você também e faça uma excelente leitura.
REGATA
ITAJAÍ RECEBERÁ TRANSAT JACQUES VABRE
A Transat Jacques Vabre é uma tradicional regata transatlântica que completa 20 anos em 2013. O ponto de partida é sempre Le Havre, principal cidade importadora de café na França e de forte tradição marítima. Também conhecida como Rota do Café, a prova sempre tem como destino final um país produtor de café. A competição já passou por cidades de Cartagena, na Colômbia, por Salvador, no Brasil e Puerto Limón, na Costa Rica. Para a Secretária de Segurança Pública de Itajaí, Susi Bellini, a Regata é mais um grande evento internacional que projeta o nome de Itajaí em nível mundial. E desta forma, Itajaí será lembrada como Ponto Turístico e como uma cidade de pessoas acolhedoras. “É sem dúvida uma oportunidade de crescimento para o município e para a região, pois junto com um evento deste porte acabam vindo muitas outras coisas positivas que geram inclusive uma grande movimentação financeira”, diz Susi. Em relação à segurança, a Secretária disse que a cidade está bem organizada. Reuniões envolvendo somente pessoas ligadas à área de segurança - Secretaria de Segurança e Codetran, Porto, Secretaria de Urbanismo, Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, NEPOM – Polícia Marítima, Alfandega da Receita Federal do Brasil do Porto de Itajaí, Cesportos/SC, Corpo de Bombeiros, Delegacia da Capitania dos Portos, foram realizadas. Cada uma das instituições pôde expor de que forma irão contribuir com o evento. Em agosto foi apresentado, juntamente com as demais Comissões, o Plano de Segurança que será colocado em ação durante a Regata. Ainda de acordo com Susi, existirá novamente a integração entre as forças de segurança ocorrida na Regata da Volvo, e que a maneira de atuação será similar.
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SYMPA
NESTA 11ª EDIÇÃO, A TRANSAT JACQUES VABRE TERÁ ITAJAÍ, EM SANTA CATARINA, COMO DESTINO FINAL E CONTARÁ COM O MAIS LONGO PERCURSO DA HISTÓRIA: 5.395 MILHAS NÁUTICAS (10 MIL KM). A LARGADA SERÁ NO DIA 3 DE NOVEMBRO, COM PRIMEIRAS CHEGADAS PREVISTAS PARA CERCA DE 15 DIAS DEPOIS.
“Nós estamos muito integrados com as polícias e secretarias afins que não medirão esforços para fazer do evento um sucesso como foi a Volvo. Todos irão disponibilizar efetivos e viaturas para que as pessoas que irão visitar a Regata se sintam seguras e protegidas”, revela a Secretária. De acordo com o Plano de Segurança, a Secretaria está à frente dos trabalhos coordenando as ações. A Marinha dará todo o suporte em alto-mar com suas viaturas e socorro aos participantes, se necessário. A Polícia Militar contará com um aumento no efetivo e a Polícia Federal cuidará da parte de imigração dos participantes estrangeiros e também do policiamento marítimo. A mobilidade no trânsito ficará a cargo da Codetran, a Guarda Portuária trabalhará com rondas pelo local e a Secretaria de Urbanismo estará fiscalizando a ação dos ambulantes.
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SUSTENTABILIDADE
OT-LE-HAVRE-PIXELL
BLOG DICAS PARIS A LA CARTE
ALEXIS COURCOUX | TRANSAT JACQUES VABRE
Durante sua história, a Transat Jacques Vabre criou modelos de desenvolvimento sustentável, ligando os portos através de ações concretas durante a corrida. A redução do consumo de energia, água, combustível, produção de dejetos, emissão de CO2, reciclagem e outras ações têm sido metas nas últimas edições. Em Itajaí, o evento ‘Aventura pelos Mares do Mundo’ contará com um Plano de Sustentabilidade com medidas eficazes para redução e compensação das emissões de carbono, além de campanhas, mutirões de limpeza, plantio de mudas e ações nas escolas.
L E H A V R E : B O N V O Y A G E! No dia 3 de novembro os veleiros da Transat Jacques Vabre vão partir de Le Havre, na França, para atravessar o oceano em direção a Itajaí, onde serão recebidos em meio à festa ‘Aventura pelos Mares do Mundo’. Além da parceria na regata, Le Havre e Itajaí têm muito em comum. São cidades médias (ambas tem aproximadamente 180 mil habitantes) e abrigam portos importantes para a economia de seus países. O centro de Le Havre é um local que merece ser visitado e foi declarado pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. A área foi completamente recuperada pelo arquiteto Auguste Perret depois de ser devastada durante a Segunda Guerra Mundial. Le Havre é uma das cidades mais atingidas da Europa: mais de 90% do território foi deixado em ruínas. Assim como muitas cidades costeiras francesas, o porto de Le Havre foi ocupado pelos alemães no começo da década de 1940 e milhares de residentes se refugiaram nas cidades vizinhas. Todos os prédios públicos, igrejas, escolas foram destruídos e as atividades do porto totalmente comprometidas. Uma das medidas imediatas do governo francês após a guerra foi investir na reconstrução da cidade, que foi entregue nas mãos talentosas do arquiteto Auguste Perret. Entre 1945 e 1964, Le Havre foi redesenhada e reconstruída. O projeto foi inovador ao mesmo tempo que procurou-se respeitar as características que a cidade possuía anteriormente. Alguns prédios públicos, como a prefeitura, a bolsa de valores e as Igrejas de São Miguel e São José, foram projetados pelo próprio Perret. A Igreja de São José é um dos grandes cartões postais da cidade, com sua torre de 110 metros de altura vista de toda Le Havre.
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PORTOS E TERMINAIS
TERMINAL PORTO ITAPOÁ COMPLETA 2 ANOS DE OPERAÇÃO COM PLANOS DE EXPANSÃO CARACTERIZADO COMO UM TERMINAL PORTUÁRIO APTO A RECEBER OS SUPERNAVIOS DE CONTÊINERES, O TERMINAL JÁ POSSUI 14 LINHAS DE SERVIÇOS MARÍTIMOS PARA TODO O MUNDO
AMPLIAÇÃO EM 2013 O Porto Itapoá, que tem como acionistas a Portinvest Participações (Grupo Battistella e LOGZ Logística Brasil S.A.) e a Aliança Navegação e Logística (Grupo Hamburg Süd), está entrando em uma nova fase do projeto, que prevê a expansão física e operacional do empreendimento. Hoje, o terminal tem capacidade para movimentar
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500 mil TEUs por ano. Com o projeto de ampliação do cais de 630 para mais de 1.000 metros de comprimento, e do pátio, de 150 mil m² para 450 mil m², o Porto Itapoá poderá movimentar até 2 milhões de TEUs por ano. “Esperamos nos consolidar entre os principais terminais portuários do continente. Para isso, já estamos trabalhando nos projetos de ampliação, visualizando um acréscimo signi cativo da demanda”, a rma o presidente Patrício Junior. Para aumentar a capacidade de movimentação de contêineres refrigerados, também serão instaladas 3.620 novas tomadas reefers. Atualmente, o terminal possui 1.380 tomadas, tecnologia que será ampliada para atender a crescente demanda de cargas refrigeradas do Sul do Brasil, região onde estão concentrados os maiores frigorí cos da América Latina. Além deste signi cativo avanço da infraestrutura do terminal, a área retroportuária também tem se tornado um grande centro de investimentos na região, atraindo investidores e empresários do ramo logístico de todo o mundo. São 12 milhões de m² disponíveis numa área de 8 km de rodovias que dão acesso ao terminal. DIVULGAÇÃO TERMINAL PORTO ITAPOÁ
Desde sua concepção, o Terminal Porto Itapoá sempre foi caracterizado como um terminal para receber os grandes navios de contêineres. Esta projeção tem se afirmado desde junho de 2011, quando o empreendimento iniciou suas operações. Graças às águas profundas da costa, à ampla bacia de evolução da Baía da Babitonga e à moderna infraestrutura do terminal, hoje oTerminal já recebe as maiores embarcações que operam em águas brasileiras. Até o início deste ano, o grande navio que atracava na costa da América do Sul era o Aliança Itapoá, de 334 metros de comprimento por 42 metros de largura. Desde junho uma nova classe de navios, do armador Evergreen, passou a aportar no Brasil e, um dos poucos terminais capaz de recebê-los é o Terminal Porto Itapoá. Com dimensões de 350 metros de comprimento e 48 de largura, esses supernavios farão a linha Ásia-América do Sul, inaugurando uma nova fase das operações portuárias no continente. Até o momento, o terminal já recebeu mais de 800 navios e movimentou cerca de 350 mil contêineres. Investindo nas pessoas e na comunidade, o Porto Itapoá emprega hoje aproximadamente 600 pessoas, de forma direta, e 2 mil empregos indiretos, além do incremento da arrecadação do pequeno município de Itapoá, com 16 mil habitantes. Atualmente, mais de 500 grandes empresas utilizam o Porto Itapoá como operador logístico, que já conta com 14 serviços para o mundo todo.
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TERMINAL BARRA DO RIO PRETENDE INICIAR AS OPERAÇÕES EM 2014 A PREVISÃO É QUE PARA O PRIMEIRO SEMESTRE DO PRÓXIMO ANO, O MAIS NOVO TERMINAL PORTUÁRIO CATARINENSE DEVA RECEBER OS PRIMEIROS NAVIOS O Terminal Barra do Rio iniciou seu planejamento em 2004 com o objetivo de atender os navios que operam nos Portos do sul do Brasil. Para suprir esta demanda, o Terminal será equipado com pessoal próprio com base na CLT e especializado no ramo de Operação Portuária e Logística. Por se tratar de um Terminal Multipurpose serão adquiridos equipamentos dedicados a cada tipo de operação. O Terminal Barra do Rio foi criado com o objetivo de somar ao Complexo Portuário de Itajaí e desenvolver uma melhor logística para toda a cadeia operacional e com isso minimizar custos logísticos.
O TERMINAL PRETENDE INICIAR SUAS OPERAÇÕES NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2014 COM UM BERÇO COM 220 METROS LINEARES E COM UMA ÁREA ALFANDEGADA, SENDO AZ 6.230M2 E PÁTIO COM 51.000M2.
COMPLEXO PORTUÁRIO DE ITAJAÍ Graças à posição geográfica, o complexo Portuário de Itajaí se tornou o segundo movimentador de cargas do Brasil e com isso nos últimos anos vem operando acima de sua capacidade de ocupação de acordo com recomendações da UNTACT, Órgão da ONU que acompanha a Infraestrutura Portuária. “As filas de espera são uma constante no dia a dia dos Portos do Sul do Brasil, e com isso ocasionando taxas de
´Demurrage´ que consequentemente são agregadas aos valores de Frete Marítimo e com isso afetando toda cadeia de custos para exportação ou Importação de produtos em nossos Portos”, diz Sergio Colodel, Gerente do Terminal. Ainda segundo Sérgio, os Terminais Privados vem ao encontro das necessidades do mercado, bem como minimizar o impacto negativo criado pela falta de investimento no setor Portuário ao longo dos últimos anos.
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MEIO AMBIENTE
RESERVA DO ARVOREDO PODERÁ SE TRANSFORMAR EM PARQUE NACIONAL PROJETO DE LEI QUER TRANSFORMAR A RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO, LOCALIZADA EM FLORIANÓPOLIS, EM PARQUE NACIONAL A mudança é bastante polêmica. Por um lado, o autor do Projeto, o Deputado Federal Rogério Peninha Mendonça, afirma que a transformação da reserva em parque nacional vai possibilitar o desenvolvimento econômico dos municípios vizinhos, além de mostrar a todos os brasileiros uma das paisagens mais belas do país, já que nas Reservas Biológicas, a visitação é proibida e nos Parques Nacionais, há espaço para turismo contemplativo como o mergulho. Para o Deputado autor do Projeto, antes de 2002, quando a unidade de conservação ainda era aberta ao turismo subaquático, Bombinhas recebia 12 mil mergulhadores na baixa temporada, hoje, esse número não chega a mil. “As operadoras de mergulho, num total de 17, se resumiram a três. É possível preservar o meio ambiente e explorar o turismo de maneira consciente, como ocorre em outros locais no Brasil”, diz o Deputado. Por outro lado, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina apontam que, nos últimos vinte anos, a recuperação da biomassa na região foi significativa, e hoje os peixes que nascem na reserva garantem a sobrevivência dos pescadores artesanais do entorno. Com a polêmica lançada resta agora a aprovação, ou não, do Projeto que atualmente está nas mãos do relator, o Deputado Arnaldo Jordy. “Ele deve ser levado à votação na Comissão de Meio Ambiente da Câmara ainda em setembro. A audiência pública que tivemos aqui em Brasília há um mês foi positiva, vários pontos foram bem elucidados e acredito no bom senso de Jordy”, diz Peninha. Se aprovado, o Projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, para o Senado. Caso os senadores aprovem sem alteração, o passo derradeiro é a sanção presidencial.
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É POSSÍVEL PRESERVAR O MEIO AMBIENTE E EXPLORAR O TURISMO DE MANEIRA CONSCIENTE, COMO OCORRE EM OUTROS LOCAIS NO BRASIL.
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ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA
Para o Chefe do NEPOM – Núcleo Especial de Polícia Marítima de Florianópolis, um dos órgãos que fiscaliza a Reserva Marinha Biológica do Arvoredo, a princípio, a recategorização parecia ser um rebaixamento no nível de conservação da área, porém, numa análise mais aprofundada do Projeto, ele acredita que a mudança trará sim muitos benefícios sob o ponto de vista da fiscalização e da conservação.
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BERTONCINI VIDAMAR
Com a mudança, Reinaldo acredita que haverão impactos nas atividades de fiscalização da Polícia Federal, através dos NEPONs de Florianópolis e Itajaí. “O Núcleo está em conversação direta com o deputado autor do projeto, e chegamos a conclusão que é de suma importância a proposta de se criar um novo sistema de fiscalização com uma Base Operacional Avançada no complexo do arvoredo que possa abrigar o NEPOM e o ICMBio”, revela Reinaldo. A ideia é manter, nessa Base Operacional, uma lancha rápida atracada de forma segura e um sistema de monitoramento por câmeras (speed dome), com acesso remoto das imagens de toda a Reserva por policiais embarcados nas lanchas de Patrulha da Polícia Federal. “Ainda, poderá ser criado um projeto pedagógico para a região, no qual todas as autoridades fiscalizadoras envolvidas poderão ministrar palestras e até mesmos cursos para a comunidade e para as empresas de mergulho visando uma maior conscientização da responsabilidade de cada um no processo de fiscalização e conservação do futuro Parque Nacional do Arvoredo”, conclui Reinaldo. Com a aprovação do PL 4198, o Parque Nacional Marinho do Arvoredo continuará sendo administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com Ricardo Castelli, Chefe da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo | ICMBio, responsável pela fiscalização na Reserva do Arvoredo, nas duas Audiências Públicas realizadas para debater o assunto, uma em Florianópolis e outra no Congresso Nacional, o ICMBio participou efetivamente, sendo que em Brasília, o Presidente do ICMBio esteve presente, assim como, o representante do Ministério do Meio Ambiente. “Desde o início das discussões o ICMBio deixou claro
NOEMI SANTILLAN
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que a melhor perspectiva para àquela área protegida era de se manter como Reserva Biológica, sendo que também nunca deixou de discutir os pontos negativos e positivos em relação a uma possível mudança de categoria. A proposta inicial do ICMBio era de que, se assim fosse definido pelo Congresso Nacional, algumas condicionantes deveriam ser indicadas e atendidas, condicionantes estas que também fizeram parte de uma Moção do Conselho Consultivo da Reserva, como por exemplo: a permanência e consolidação da Zona de Amortecimento da unidade de conservação; a manutenção do Plano de Manejo até que um novo fosse elaborado e instituído; a manutenção do Conselho Consultivo, entre outros”, diz Castelli. Ainda de acordo com Castelli, o mais importante da discussão, independente de Parque ou Reserva, é a implementação efetiva da unidade de conservação, “o que até os dias atuais, está distante de uma gestão de qualidade no que tange a proteção da biodiversidade marinha, apesar de todos os esforços envidados”, cita. ‘‘Essa ideia de uma base avançada de fiscalização conjunta na ilha do Arvoredo, com uma parceria entre o ICMBio e o NEPOM, seria uma estratégia grandiosa para o alcance deste objetivo, que é a conservação daquela área protegida. Além disso, o ICMBio firmou um termo de cooperação técnica com a Capitania dos Portos de Santa Catarina, com intuito de uso de um imóvel da Marinha do Brasil, junto ao Farol do Arvoredo, principalmente para apoio à pesquisa científica’’, conclui Castelli.
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MEIO AMBIENTE
FOTO: MÁRIO LUIZ MARTINS
SOBRE A RESERVA A Reserva Marinha do Arvoredo era um polo de turismo e mergulho recreativo desde a década de 80. Em 2000, com a instituição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei 9.985), o mergulho cou restrito ao sul da Ilha do Arvoredo - área que não faz parte da reserva biológica. Situada no litoral catarinense, é formada por 17.600 hectares, nos quais estão as ilhas de Galés, Arvoredo, Deserta e o Calhau de São Pedro. Criada em 1990, a reserva visa à preservação da diversidade biológica e é fechada para a visitação pública.
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A APROVAÇÃO DESSE DE PROJETO DE LEI ASSOCIADO À IMPLEMENTAÇÃO DOS PROJETOS DE FISCALIZAÇÃO JÁ ENCETADOS COM O DEPUTADO ESTADUAL ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA, COM CERTEZA IRÁ PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS À UNIDADE, E, NO ASPECTO DA FISCALIZAÇÃO AINDA TEREMOS UMA MELHORIA DAS ATUAIS CONDIÇÕES, DENTRO DE NUMA ATUAÇÃO MUITO MAIS PEDAGÓGICA VOLTADA PARA A CONSCIENTIZAÇÃO E PARA A PREVENÇÃO
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REINALDO GARCIA DUARTE Chefe do NEPOM/SC
Mergulho | Reserva do Arvoredo, Florianópolis/SC
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EMPRESA CATARINENSE APOSTA EM ASSESSORIA ESPECIALIZADA O GRUPO CBES APRESENTA INOVAÇÃO EM PROJETOS E OBRAS DE ENGRANHARIA O Centro Brasileiro de Engenharia e Sistemas – CBES, há 15 anos no mercado, se especializou em projetos e obras de engenharia, com atuação focada na prestação desses tipos de serviço e informática. O trabalho, vai desde obras de infraestrutura de rede de telecomunicações, até desenvolvimento de projetos e manutenção de sistemas, sempre com o objetivo de oferecer soluções integradas e, nos últimos cinco anos vem se especializando na prestação de serviços ao setor portuário. A alta competitividade encontrada pelo grupo CBES na nova área de atuação, além de novos investimentos, exigiu ousadia e inovação da empresa. O grupo continuou oferecendo solução de alto nível tecnológico com sistemas que integram controle de acesso e o sistema Circuito Fechado de TV – CFTV, e associou ao know-how de especialistas em ISPS Code. Segundo o Diretor Presidente da CBES, Wagner Castanheira, a empresa fez uma análise de mercado, na área de prestação serviços ligada à segurança portuária e percebeu que a maioria das empresas especializadas no fornecimento de sistemas de segurança não tem know-how em ISPS Code. O ISPS Code - Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias, instituído na Conferência Diplomática sobre Proteção Marítima, realizada em Londres em dezembro de 2002, estabelece um padrão internacional de procedimentos para a segurança portuária.
“Com isso, em muitos casos, depois dos projetos aprovados, havia necessidade de alterações e, às vezes, até mudanças na estrutura física da instalação portuária.
Verificamos casos que ocorreu até mesmo a substituição de equipamentos, por não atenderem às especificações técnicas da CESPORTOS, da ANTAQ e até mesmo da Receita Federal quanto às questões de alfandegamento”, revela Wagner. A partir desta constatação a CBES fez parceria com empresas especializadas em auditorias de ISPS Code em instalações portuárias. Os engenheiros e os técnicos da empresa recebem consultoria de especialistas em ISPS Code, e, com isso, junto com a aprovação dos projetos de engenharia e dos sistemas a serem implantados, também é expedido um diagnóstico específico das questões ligadas ao ISPS Code, de modo que as diretrizes do Código já estejam contempladas nos projetos, evitando alteração, novos tramites para aprovação e muito menos a substituições de equipamentos. “A grande vantagem é a otimização do tempo, tanto da aprovação dos projetos como da implantação dos sistemas. No caso de uma nova instalação portuária esse processo facilita o cumprimento dos cronogramas. Isso agrada os investidores e, no caso de readequações da instalação, agiliza o tempo de obra. Como a atividade portuária movimenta altas cifras, qualquer atraso pode representar grandes prejuízos e a rapidez, por sua vez, acelera o retorno das atividades”, afirma Wagner. O CBES esteve presente na implantação dos sistemas de segurança da Poly Terminais em Itajaí; Desenvolveu e executou os projetos de segurança do Estaleiro Atlântico Sul, no complexo Portuário de Suape/PE e está em pleno desenvolvimento dos sistemas de segurança dos Portos de Aratu, Ilhéus e Salvador e na Bahia.
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ASSCOM / APPA
PORTOS E TERMINAIS
PORTO DE ANTONINA GANHA NOVA SEDE ADMINISTRATIVA
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De acordo com Dividino, outros trabalhos estão em estudo para angariar mais investimentos à Antonina, como a reforma do cais público e novos serviços de dragagem do canal de atracação. Uma obra de dragagem de manutenção dos pontos críticos do acesso ao Porto de Antonina, iniciada este ano, retirou aproximadamente um milhão de metros cúbicos de sedimentos, ampliando a profundidade no local - que está superior a 8 metros. Há 15 anos o Porto de Antonina não recebia uma dragagem. Ao todo, a Appa investiu R$ 37 milhões em recursos próprios para a realização da obra. “Depois de muitos anos de só destruindo, estamos com um prédio novo e agora nossa meta é continuar trabalhando para trazer mais conquistas para a nossa comunidade portuária”, afirmou o diretor do Porto de Antonina, Luis Carlos de Souza. "Esta reestruturação é o início para o porto gerar mais renda e atrair mais empresas para si. Nosso município e todo o Litoral ganha muito com isso", afirmou o prefeito de Antonina, João Ubirajara Lopes. "O porto ficou anos a merecer e agora a atual gestão volta a investir aqui", salientou o prefeito. ASSCOM / APPA
O governador do Paraná, Beto Richa, inaugurou, no fim do mês de agosto, o novo prédio administrativo do Porto de Antonina. O novo prédio, reformado com recursos próprios da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), não recebia melhorias desde a década de 60. “Estamos cumprindo nossa obrigação de modernizar as estruturas e tornar os portos paranaenses cada vez mais eficientes. A gestão que estamos fazendo nos portos já está sendo reconhecida nacionalmente. Os portos são os grandes indutores do desenvolvimento e do progresso, gerando emprego e renda. E temos dado atenção especial ao nosso Litoral”, afirmou o governador. Ao todo, foram investidos R$ 591 mil para a revitalização do prédio administrativo e a construção de uma guarita de controle. A reforma integra um amplo projeto de revitalização do porto de Antonina, com recuperação de cargas e geração de empregos para a região. Até o mês de julho, foram movimentados pelo Porto de Antonina 962,9 mil toneladas de mercadorias. O volume é 61% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. “Os portos paranaenses estão se desenvolvendo de forma satisfatória, batendo recordes sucessivos. Isso faz com que o Brasil se torne mais competitivo, reduzindo os custos de produção com portos mais eficientes como temos hoje, além dos investimentos de industrialização que estamos trazendo para o litoral. Muitas empresas, muitas indústrias, garantindo o desenvolvimento econômico e social de toda a região”, completou o governador. Os serviços no novo prédio administrativo iniciaram em abril e foram concluídos no início de agosto. Foram substituídos todos os equipamentos de trabalho. A maior parte da mão de obra contratada pela empresa vencedora da concorrência foi do próprio município. "Não se trata apenas de se promover a reforma de um prédio. Esta inauguração que fazemos hoje traz a esperança de um futuro promissor para Antonina", afirmou o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
EVENTO
SEDE DO NÚCLEO ESPECIAL DE POLÍCIA MARÍTIMA COMPLETA DOIS ANOS A Delegacia de Polícia Marítima, que há pouco tempo se transformou no NEPOM – Núcleo Especial de Polícia Marítima, completou dois anos atuando na sede, em Florianópolis. Com uma vista privilegiada – às margens da Baía Norte e em frente à Ponte Hercílio Luz, cartão postal da Capital – a equipe trabalha na prevenção e repressão aos crimes ambientais nas ilhas e na costa catarinense, no resgate de profissionais do mar e de animais em situações de risco. Além disso, atua no policiamento portuário, no apoio a outras instituições e forças de segurança. Nas demais unidades da PF, presta apoio em operações contra a utilização de mão de obra escrava e ao tráfico de armas e drogas, inclusive no combate às quadrilhas internacionais. Por se tratar de uma unidade especializada, que exige treinamento e habilitação específica para a atividade embarcada, esse ano, de acordo com o Chefe do Núcleo, praticamente todo o efetivo do NEPOM teve que reforçar o policiamento marítimo nas cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza durante a Copa das Confederações, e mesmo assim, o Núcleo conseguiu um resultado acima do esperado no combate aos crimes no Estado. “Essas ações fora de Santa Catarina deixaram nosso time desfalcado por praticamente dois meses, e assim mesmo, no ano passado, em agosto, tínhamos oito flagrantes pela prática de crimes ambientais e esse ano, até o mês de agosto, cinco flagrantes de crimes ambientais”, revela Reinaldo. A equipe também lembra de dois dos momentos mais emocionantes nesses quatros anos de atuação. O primeiro, na participação do salvamento de uma baleia franca com cerca de seis toneladas na praia da Armação em Florianópolis. E o outro, o resgate de uma tartaruga gigante - Tartaruga de Pente - com cerca de 200 quilos, e em último estágio para a extinção. Nesse caso, o animal estava preso a uma rede de pesca colocada de forma irregular nos costões da ilha do Campeche em Florianópolis.
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“Além do patrulhamento sistemático na costa catarinense, temos atividades extras, como foi o caso do apoio à segurança do Papa Francisco durante sua visita ao Rio de Janeiro recentemente.
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REINALDO GARCIA DUARTE Chefe do NEPOM, em Santa Catarina
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“Para realizar essas missões com um efetivo relativamente pequeno é necessário muita integração, principalmente entre todas as Forças de Segurança Pública como a Capitania dos Portos, Ibama, ICMbio, Secretaria de Segurança Pública - através das Polícias Civil e Militar além das equipes do NEPOM de Itajaí e do GEPOM de Joinville”, diz Reinaldo. No discurso emocionado pelo aniversário de dois anos da sede, o Chefe da Unidade, agradeceu e entregou uma homenagem aos “Amigos do NEPOM”. Instituições, empresas e profissionais, que pela parceria e apoio prestados ao NEPOM durante todo o ano, contribuem para o êxito das atividades de Polícia Marítima no Estado.
Em Santa Catarina, a Polícia Federal possui unidades de polícia marítima na Capital, Itajaí e Joinville. Em Florianópolis, apesar de não dispor do efetivo ideal para as operações conjuntas, o NEPOM conta com um reforço de 18 policiais de outras unidades, incluindo mergulhadores habilitados em mergulho de mais de 100 metros de profundidade.
Capitão dos Portos, Hilbert Strauhs
“O Nepom é uma unidade fundamental já que atua no combate aos crimes ambientais. E essa reunião hoje em comemoração aos dois anos da sede só resumi bem a relevância e a formalização dessa integração do Núcleo com os demais órgãos que efetivamente trabalham para a segurança do Estado.
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CLYTON XAVIER Superintendente da Polícia Federal, em Santa Catarina
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EVENTO
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PASSADO DOIS ANOS DA INAUGURAÇÃO DA SEDE NÁUTICA DO NEPOM DE FLORIANÓPOLIS, E QUATRO ANOS DO INÍCIO DE NOSSA ATUAÇÃO, FICA CADA VEZ MAIS CLARA IMPORTÂNCIA DE UMA UNIDADE DE POLÍCIA MARÍTIMA ATUANTE AQUI NA CAPITAL CATARINENSE.
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REINALDO GARCIA DUARTE Chefe do NEPOM/SC
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1 Superintendente Regional da Polícia Federal em Santa Catarina, Clyton Xavier | 2 Jornalista Adriana Krauss, apresentadora da RBS TV | 3 Comandante Alexandre Kaida, Equipe do Serviço Aeropolicial – SAER/PC/SC | 4 Jornalista Aline Araújo e à Publicitária Lívia Vieira, da Revista INPORT | 5 Henrique Zanotto, repórter RIC Record.
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MISSÃO
RUMO AOS PORTOS EUROPEUS
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AS VISITAS SERVEM PARA A BUSCA DE INFORMAÇÕES SOBRE OS SISTEMAS E PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA ADOTADOS NOS PORTOS EUROPEUS. O OBJETIVO PRINCIPAL É A SEGURANÇA PORTUÁRIA EM PROL DE SANTA CATARINA.
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A Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis em Santa Catarina – CESPORTOS/SC prepara uma comitiva que visitará os Terminais Portuários de Hamburgo, na Alemanha e Antuérpia na Bélgica. Além desses dois locais, treinamento em Segurança Portuária no Centro de Treinamento da Prosegur em Madri será realizado. Essa é a terceira missão da Comissão, que em agosto de 2011 visitou a base da Guarda Costeira em New York e o Terminal de Elizabeth em New Jersey. Já em 2012 a CESPORTOS/SC deu mais um passo em relação às visitas técnicas em portos internacionais. Os Portos de Leixões, em Portugal, Valença, na Espanha e de Le Havre, na França, fizeram parte do roteiro.
REINALDO GARCIA DUARTE Coordenador da CESPORTOS/SC
TERMINAL PORTUÁRIO DE HAMBURGO No primeiro semestre de 2013, Hamburger Hafen und Logistik AG (HHLA) empresa proprietária e administradora do porto de Hamburgo, aumentou sua movimentação de contêineres e transporte de contêineres das empresas ainda incluídas no segmento Intermodal. A movimentação subiu de 6,8% para 3,8 milhões de contêineres padrão (TEU). Uma série de medidas contribuiu para que os terminais de contêineres do HHLA aprimorassem a sua eficiência. Os projetos implantados nessa área, no valor de € 400 milhões, abrangem equipamentos e revisão de processos que aceleram o embarque e o desembarque de contêineres, especialmente na área do porto conhecida como Burchardkai. Esse cais, adaptado para receber os navios com capacidade de transportar mais de 16.000 contêineres, conta agora com guindastes-ponte capazes de carregar ou descarregar, simultaneamente, pares de quatro ou dois contêineres.
MSC Home Terminal, no porto de Antuérpia, na Bélgica
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PORTO DE ANTUÉRPIA O porto belga é o segundo maior da Europa, precedido por Rotterdam. Em 2012, registrou movimento de 185 milhões de toneladas de produtos, com seus negócios representando 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bélgica. As mercadorias podem ser rapidamente transportadas através de estrada, água e ferrovia para os Países Baixos, Alemanha, Bélgica, França, Suíça, Áustria, Itália e Espanha. O porto tem 5,5 milhões de metros quadrados de área coberta para estocagem de cargas.
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MERCADO
INTECH BOATING ANUNCIA INCORPORAÇÃO DA SESSA MARINE BRASIL
DIVULGAÇÃO
APÓS DOIS ANOS DE UMA PARCERIA DE SUCESSO, EMPRESAS SE UNEM PARA ATENDER AINDA MELHOR O MERCADO BRASILEIRO
Após dois anos de atuação no país, a Sessa Marine Brasil está sendo incorporada pela Intech Boating. A operação foi planejada para reforçar a parceria de sucesso entre as duas empresas e oferecer um serviço ainda melhor para o público brasileiro. A partir de agora, a marca Sessa Marine fará parte do portfólio da Intech Boating. Apesar do pouco tempo no país, a marca Sessa Marine se consolidou no mercado e teve um crescimento real de 60% entre produtos importados e nacionais. Com uma receita de R$32 milhões em 2012, a operação da Sessa Marine Brasil e da Intech Boating produziu mais de 80 barcos, que já foram entregues em todo o Brasil. Atualmente cinco modelos do estaleiro italiano são produzidos no país: KL 27, KL28 Sole, C36, C40 e F42. “O mercado náutico brasileiro, vem de quatro anos com crescimento continuo, o posicionamento de produto da Sessa e as novidades tecnológicas desenvolvidas garantiram um produto forte no mercado, que tem despertado o interesse dos brasileiros”, disse José Antonio Galizio Neto, Diretor Presidente e Presidente do Conselho da Intech Boating. Com essa nova configuração, a Intech Boating, que está há oito anos no mercado e realiza desde 2011 toda a produção nacional da Sessa Marine, vai expandir os seus negócios. Além de abrigar a marca italiana, irá ampliar o seu mercado de atuação com novos projetos, lançamentos e marcas em negociação. O projeto original da Sessa Marine para o Brasil será mantido e a linha de produtos ampliada. A equipe de trabalho será a mesma e as atividades continuarão em Palhoça, Santa
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Catarina, no parque industrial construído pela Intech Boating. Para os próximos 18 meses estão previstos o lançamento de três novas embarcações: a F42 no São Paulo Boat Show, a C42 no Rio Boat Show de 2014 e a C32, que está na fase de desenvolvimento de projeto. “Esta operação de incorporação traz mais independência e dá um novo impulso a marca Sessa no Brasil. O mercado nacional tem grande potencial de crescimento nos próximos anos”, completa Massimo Radice, Diretor de Produto Sessa Marine. SOBRE A Intech Boating foi criada em 2007 com o objetivo de atender às demandas do mercado náutico e atua no desenvolvimento e fabricação de embarcações de serviços. Possui uma fábrica no município de Palhoça, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, que ocupa um parque industrial de 9.500m², com uma área produtiva inicial de 5.200m². O projeto foi idealizado para permitir a construção de barcos de até 50 pés, através de um processo produtivo industrializado de vanguarda.
SOBRE A Sessa Marine representa, hoje, uma organização composta de mais de 250 pessoas, mais de 500 embarcações produzidas e um faturamento em constante crescimento e atualmente em forte retomada, apresentando uma das realidades náuticas de maior sucesso, constantemente voltada ao futuro com otimismo e determinação. A empresa possui atualmente uma rede de cerca 80 concessionários espalhados pela Europa e, ao mesmo tempo, reforça a sua presença além do oceano – América do Norte, América Central e América do Sul – a m de consolidar o desenvolvimento sobre todo o continente.
LOCALIZADO NA FOZ DO RIO ITAJAÍ- ACÚ, O TERMINAL BARRA DO RIO FOI CRIADO COM O OBJETIVO DE SOMAR AO COMPLEXO PORTUÁRIO UMA MELHOR LOGÍSTICA PARA TODA A CADEIA OPERACIONAL E, COM ISSO, MINIMIZAR CUSTOS LOGÍSTICOS.
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SEGURANÇA
PROTEUS CHEGA NO MERCADO BRASILEIRO SERVIÇO QUE JÁ É OFERECIDO PELA PROSEGUR NA COLÔMBIA E PERU, CHEGA AO BRASIL realizado por um sistema que consegue produzir relatórios gerencias conforme a necessidade do cliente mostrando o horário de saída e chegada, trajeto do container até o porto, entre outras atividades FUNCIONAMENTO NA OPERAÇÃO PORTUÁRIA
O Sistema pode ser instalado logo após o abastecimento do container ainda dentro do centro de distribuição do cliente ou quando chega ao porto, dessa forma a carga já passa a ser monitorada durante todo o processo até o embarque no navio. Sua desinstalação pode ser feita da mesma forma como o abastecimento no porto ou no cliente.
DIVULGAÇÃO PROSEGUR
A Prosegur é uma das empresas líderes no setor de segurança privada por meio de Soluções Integradas. A companhia conta com serviços globais de segurança e assumi o papel de especialista em análise, projeto, planejamento, operação e manutenção. Com uma equipe de mais 52 mil colaboradores no Brasil e 150 mil no mundo, a empresa já há alguns anos, vislumbrou que a sua participação no setor portuário seria bastante significativa. A experiência da Prosegur neste setor começou no porto de Leixões em Portugal e no Brasil a empresa é responsável pela segurança privada em mais de 20 portos espalhados pelo país como o Tecon Suape em Pernambuco, Porto de Itapoá, TESC e Poly Terminais em Santa Catarina, Tecon de Salvador, entre outros. Pensando neste setor a Prosegur apresenta para o mercado portuário brasileiro, o Proteus. Um novo sistema de segurança para containers que já é comercializado pela Prosegur na Colômbia e no Peru e no Brasil desde julho deste ano. O Sistema consiste em uma trava de fácil instalação que dispõe de um rastreador GPS de última geração e permite ao cliente saber o horário e local exato de abertura do container diminuindo assim o risco de perdas durante o trajeto. Com uma bateria de duração para 16 dias de operação ininterrupta, o Proteus possui do ponto de vista eletrônico, sensores de movimento, de abertura e fechamento, entre outros. O monitoramento é BENEFÍCIOS PARA O CLIENTE Entre os benefícios para o cliente estão o monitoramento constante durante o deslocamento e redução dos custos da vigilância da carga, fechamento e abertura da carga realizada somente por pessoas autorizadas, otimização de custos em relação à segurança, relatórios históricos e periódicos sobre o monitoramento efetuado. Além desses serviços de segurança preventiva a Prosegur conta com um portfólio de serviços complementares como: escolta de carga, gerenciamento de riscos e rotas, garantindo maior segurança para nossos clientes.
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Carga monitorada | Proteus
ENTREVISTA
AUDITORIAS
E TREINAMENTOS Nascido na pequena cidade de São Pedro do Turvo, interior do Estado de São Paulo, Reinaldo Garcia Duarte iniciou a carreira na Policia Militar do Estado de São Paulo. Em 1996 se formou Agente de Polícia Federal na Academia Nacional de Polícia – ANP. Formado em Direito pela Universidade de Santa Catarina – UFSC, fez Especialização em Segurança Pública na Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS/TO. Possui cursos em Análise de Inteligência Contra Narcótico, ministrado pela CIA/USA, e de Inteligência Policial na Academia Nacional de Polícia em Brasília. Habilitado pela Marinha do Brasil como Mestre Amador possui licença para atuar na navegação costeira e para condução de embarcações do serviço público. Na área portuária concluiu o Curso Especial de Supervisor de Segurança Portuária e também o Curso de Auditor em Segurança Portuária. Atualmente Reinaldo é Coordenador da CESPORTOS/SC e Chefe do Núcleo Especial de Polícia Marítima de Florianópolis.
INPORT Qual o reflexo de nova postura do mundo diante da ameaça real de atentados, inclusive em portos? R.G.D.: Tanto no Brasil, como nos outros países signatários da IMO, todas as instalações portuárias que atendem ao tráfego marítimo internacional tiveram que instalar sistemas de segurança com base em estudos de avaliação de riscos que tivessem de acordo com os padrões internacionais instituídos pelo ISPS Code, para só assim obterem uma “Certificação” que os habilitem a participarem, de forma segura, do transporte marítimo internacional. No Brasil, essa certificação é a Declaração de Cumprimento – DC. INPORT Na prática o que representa essa Certificação? R.G.D.: Ela vai além do simples projeto de segurança prevendo cercas, controles de acessos, câmeras e vigilantes treinados. A implementação de um Sistema de Inteligência integrado aos diversos setores privados e do Governo, produzem conhecimentos fundamentais para a segurança portuária dos países que participam do tráfego marítimo internacional. Além, de promover uma mudança da cultura de segurança portuária no Brasil, levando a um nível de conscientização em que os operadores portuários e os governos vejam que um porto seguro agrega valor ao produto final nas relações comerciais. INPORT O que uma instalação portuária tem que fazer para manter essa Certificação? R.G.D.: Precisa da Declaração de Cumprimento que é sustentada num Plano de Segurança Portuário devidamente aprovado, onde estão consolidados todos os procedimentos de segurança estabelecidos
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pela IMO através do ISPS Code. Existe também a necessidade da comprovação da eficácia contínua desses Planos de Segurança feita pela CONPORTOS e pela CESPORTOS através das auditorias. INPORT Em que consiste essas Auditorias? R.G.D.: É a verificação da adequação da Avaliação de Risco e do Plano de Segurança com o que estabeleceu o ISPS Code e as resoluções da CONPORTOS; a verificação da conformidade com as especificações, requisitos técnicos, normas de segurança e documentação também exigidos pelo ISPS Code e pela regulamentação interna; e, é nesse processo também que se faz a aferição da eficácia dos controles de acesso de pessoas, veículos e cargas estabelecidos no sistema de segurança da instalação portuária. As Auditorias são feitas por uma Equipe Técnica formada por representantes das CESPORTOS e da ANTAQ com supervisão da CONPORTOS. INPORT Quando são realizadas essas Auditorias? R.G.D.: As Auditoras deverão ser realizadas a cada três anos, e de forma individualizada para as instalações portuárias que tenham a certificação internacional. Porém, isso não impede que, em decisão fundamentada, a CESPORTOS, dentro de sua área de atuação, realize auditorias em prazo inferior ou superior, desde que respeitado o período máximo de cinco anos, entre cada auditoria. INPORT Quais os critérios dessas auditorias? R.G.D.: Os critérios estão estabelecidos em resoluções da própria CONPORTOS, um deles é que a CONPORTOS deverá publicar, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, o cronograma das
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INPORT Como estão essas auditorias em SC?
R.G.D.: Estamos em pleno processo de Auditoria dos Portos Públicos de Itajaí, São Francisco do Sul e também dos Terminais Portuários Privados da APM Terminals, do Terminal da Braskarne, do Terminal Santa Catarina – TESC, do Terminal da Transpetro em São Francisco do Sul - TEFRAN, e ainda, em processo de revisão do Plano de Segurança da Portonave e de todo o Sistema de Segurança do Complexo Portuário de Imbituba, que além do Porto Público temos os terminais de uso privativo da Fertisanta, Santos Brasil, Agil – Armazéns Gerais e CRB – Operações Portuárias. De um modo geral as instalações portuárias catarinenses estão muito bem na área de segurança, a grande maioria das não conformidades constatadas na primeira etapa de auditoria são documentais, tendo em vista que estamos num momento de revisão geral dos Planos de Segurança. INPORT Quais itens auditados tem trazido preocupação para a CESPORTOS? R.G.D.: Os relativos aos treinamentos e simulados e exercícios, pois o ISPS Code determina que os Governos Contratantes devam desenvolver procedimentos para avaliar a eficácia contínua dos planos realizando treinamentos, simulações e exercícios, e também, a melhoria dos nossos treinamentos, essa foi a única recomendação feita pelos Especialistas da Guarda Guarda Costeira em visita à Portos de Santa Catarina, em novembro de 2012.
ISPS CODE ESTABELECEU, DENTRE MUITAS OUTRAS MEDIDAS, A ‘‘OCRIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PORTUÁRIA PARA NAVIOS E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE MODO A CRIAR UM 'PADRÃO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA MARÍTIMA E PORTUÁRIA', E DETERMINOU AINDA QUE TODOS OS PORTOS E TERMINAIS DOS PAÍSES QUE ADOTARAM O CÓDIGO REALIZASSEM UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO DE RISCO A PARTIR DO QUAL PUDESSE SER ELABORADO UM PLANO DE SEGURANÇA PORTUÁRIO QUE CONTEMPLASSE TODAS AS MEDIDAS NELE PREVISTAS.
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auditorias do semestre seguinte; outro é que em princípio a Equipe Técnica deverá nortear a Auditoria em Roteiro específico (Anexo I da Resolução 47/2011-CONPORTOS), onde os auditores terão um rol mínimo de 91 (noventa e um) itens a serem verificados tanto na parte documental da empresa que explora a atividade portuária, e também a documentação relativa à própria atividade de segurança da instalação e ainda itens relativos às próprias instalações físicas do Porto ou terminal. Porém, não se trata de um rol taxativo, os técnicos da Equipe de Auditoria poderão estabelecer, durante a inspeção, critérios e requisitos adicionais para o fiel cumprimento do ISPS Code e, ao final, deverão emitir Parecer Técnico sobre a fiscalização realizada. INPORT Quais as maiores dificuldades encontradas nas Auditorias? R.G.D.: É o fato da maioria de nossas instalações estar em pleno processo de atualização dos seu planos de segurança, o que leva a um impasse, uma vez que as Auditorias dependem da aprovação das revisões dos planos de segurança das instalações, pois, o fato dessas revisões não estarem aprovadas, por si só, constituem uma não conformidade: a de não ter um plano atualizado. Por outro lado, não se pode aprovar um plano de segurança de uma instalação que tenha em seu desfavor uma notificação de não conformidade. Temos procurado enfrentar essa situação com bom senso e, principalmente, respeitando o principio da razoabilidade, de modo a não permitir que alguma instalação portuária seja prejudicada por esse impasse. Buscando dar a melhor resposta para a situação, em sua reunião ordinária de 13 de agosto, a CESPORTOS/SC, por unanimidade, aprovou a retomada imediata das auditorias, sob o argumento de que será mais justo e vantajoso para as instalações portuárias que tanto as aprovações das revisões dos planos como da etapa final das Auditorias ocorram simultaneamente, e assim, tudo possa ser encaminho para a homologação final da CONPORTOS. INPORT O que acontece com a instalação portuária que não conseguir sanear as não conformidades apontadas nas Auditorias? R.G.D.:Cassação da Declaração de Cumprimento – DC, por deliberação da CONPORTOS, sem prejuízo das penalidades aplicáveis pela ANTAQ com multas que podem chegar até R$ 1.000.000,00. A ANTAQ como integrante da Equipe Técnica, poderá lavrar o Auto de Infração, dando início ao Processo Administrativo Contencioso – PAC ou oferecer a possibilidade de correção, por meio do estabelecimento de um Termo de Ajuste de Conduta – TAC.
REINALDO GARCIA DUARTE
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PORTOS E TERMINAIS
TESC BATE RECORDE NA MOVIMENTAÇÃO DE BOBINAS DE AÇO PARCEIRO HÁ 10 ANOS DA ARCELORMITTAL VEGA, O TERMINAL CRESCEU JUNTO COM AS DEMANDAS DO CLIENTE, OFERECENDO SERVIÇOS QUE GARANTEM GANHO DE PRODUTIVIDADE E AGILIDADE Consolidando a parceria de mais de 10 anos com o Grupo ArcelorMittal, o TESC - Terminal Portuário Santa Catarina alcançou uma movimentação recorde de embarcações de bobinas de aço laminadas a quente e a frio em um mês: 200 mil toneladas transportadas em 19 navios e barcaças. “Nosso relacionamento permite um ganho de produtividade e garantia de atracação, que se estendem aos parceiros da empresa”, afirma Jeferson José de Souza, Coordenador de Atendimento a Cliente. Desde que a ArcelorMittal Vega instalou-se em São Francisco do Sul, grande parte da movimentação portuária de cargas siderúrgicas foi feita pelo TESC, que desenvolveu em conjunto com a Mão de Obra Portuária local um serviço especializado de operação portuária para atendimento das exigências do seu cliente. Além da confiabilidade desse serviço, o TESC apresenta uma condição geográfica favorável, por estar numa baía de águas calmas o ano inteiro e próximo dos mercados de interesse da empresa. “Estamos em uma posição estratégia, pois estamos perto das principais montadoras do Sul e Sudeste do país, além de condições para atendimento do Mercosul”, avalia Marcos Tadeu Arante, Gerente de Logística da ArcelorMittal Vega.
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Os produtos da unidade de São Francisco são destinados principalmente às industrias automobilísticas, de construção civil e eletrodomésticos. A empresa opera com avançados processos de decapagem, laminação a frio e galvanização, e é especializada na transformação de aços planos, recebendo a matéria-prima da ArcelorMittal Tubarão, na região metropolitana de Vitória (ES). A capacidade de produção, que no primeiro ano era de 880 mil toneladas, passou para 1,4 milhão, em 2011. No total, a ArcelorMittal Vega já produziu mais de 9 milhões de toneladas. “Transportamos desde a primeira bobina e acompanhamos o crescimento da empresa, oferecendo sempre serviços de qualidade”, destaca Jeferson José de Souza. Como estratégia para garantir competividade e agilidade no fornecimento, tanto na recepção da matéria-prima como no embarque do produto para o mercado, a ArcelorMittal Vega utiliza três modais. A empresa possui o Sistema de Barcaças Oceânicas, com quatro barcaças e dois empurradores, que funciona como ponte entre o porto do Espírito Santo e o porto de São Francisco do Sul, interligando a ArcelorMittal Vega e a ArcelorMittal Tubarão. Só em 2012, mais de 1,7 milhão de toneladas de bobinas chegaram dessa forma a Santa Catarina. Com isso, a empresa retirou das estradas mais de 70 mil caminhões.
DIVULGAÇÃO TESC
DIVULGAÇÃO PORTO RIO GRANDE
PORTOS E TERMINAIS
PORTO DO RIO GRANDE EXPORTA MILHO PRODUZIDO EM OUTROS ESTADOS O Porto do Rio Grande está realizando o embarque de milho produzido no Paraná e no Mato Grosso do Sul. O grão está sendo embarcado no navio Maritime Unity, no terminal Termasa. O volume de 55.310 toneladas tem como destino a Indonésia. Este é o segundo navio que embarca milho de outros estados em Rio Grande. Conforme o Diretor-Superintendente do Grupo CCGL (Termasa/Tergrasa), Guillermo Dawson, com a dificuldade de escoamento de grãos em outros portos, Rio Grande está recebendo o milho produzido na região Centro-Oeste do país. “Apesar de esta não ser uma época tradicional para a safra do milho no RS, a expectativa é de embarcarmos 1 milhão de toneladas de milho proveniente de outros estados”, salientou. Segundo o Diretor Superintendente do Porto, Dirceu Lopes, o bom planejamento da safra de soja fez com que o porto gaúcho se
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tornasse referência e uma solução para o escoamento de grãos no país com ganho em escala. “Isso mostra a importância do Porto do Rio Grande para o andamento do agronegócio brasileiro. Este é um processo de construção coletiva através dos investimentos feitos pelos governos federal e estadual, da operação em terminais ágeis e capacitados e do comprometimento de todos os envolvidos”, analisou. Lopes também destacou o posicionamento do porto gaúcho no ranking dos portos de acordo com uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Entre cem portos avaliados no estudo, o Porto do Rio Grande ocupa o 1º lugar no Brasil e o 7º lugar no mundo em eficiência portuária para movimentação de grãos.
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CONDOMINIO INDUSTRIAL TEPORTI ESTRATEGICAMENTE LOCALIZADO PRÓXIMO AO PORTO DE ITAJAÍ, AO PORTO DE NAVEGANTES, AO AEROPORTO E AO MODAL RODOVIÁRIO DA BR-101, O TERMINAL É ESPECIALIZADO EM OPERAÇÕES DE CARGA GERAL, CARGA PROJETO, CONGELADOS E APOIO MARÍTIMO A OPERAÇÕES OFFSHORE.
CONDOMÍNIO INDUSTRIAL
O condomínio Industrial Teporti tem áreas disponíveis para acomodações industriais e pode receber indústrias de vários seguimentos, pois, possui a infraestrutura e sinergia necessárias para operar com a otimização de recursos gerando redução de custos e valor ao produto final. São mais de um milhão e meio de metros quadrados com soluções para a necessidade de cada cliente desde uma simples locação de área até a construção da unidade. Um moderno corredor logístico com fácil acesso às rodovias, aeroportos e porto privado, proporcionando total integração entre diferentes atividades e facilitando os processos de produção e logística garantindo eficiência de classe internacional. O empreendimento possui as licenças para construção naval, estaleiros, industriais e serviços.
ESTRUTURA - Cais de atracação com 150 m ; - Calado 8,8 m; - Área Alfandegada de 50 mil m²; - Armazém para carga seca com 7 mil m²; - 4 mil posições TEU's; - Empilhadeiras Meclift com capacidade para 16 toneladas; - Empilhadeiras Kalmar com capacidade para 16 toneladas; - Empilhadeiras Reach Stacker, paleteiras e transpaleteiras; - Guindaste MHC para 100 toneladas; - Balanças Rodoviárias; - Avenida privada para acesso de caminhões; - Segurança 24 h e sistema de monitoramento; - Certificações: ISPS CODE, MAPA, RFB, ANVISA e VIGIAGRO. DIVULGAÇÃO TEPORTI
O Terminal Privado Alfandegado iniciou suas atividades em 2008. Está instalado dentro do Condomínio Industrial e de Operações Portuárias TEPORTI. O Terminal é especializado em operações de carga geral, carga projeto, congelados e apoio marítimo às operações offshore. Opera com cais de 150 metros e com uma profundidade de 8,8 metros.
INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA PORTUÁRIA
O Teporti investe anualmente mais de 1,5 milhões de reais na segurança do Terminal. Esses esforços são renovados constantemente para atender os requisitos obrigatórios do Governo e Autoridades portuárias. Para que a segurança portuária seja compreendida e difundida por todos os usuários do Terminal, são promovidas reuniões, ações integradas, treinamentos e viagens técnicas periodicamente. Essas ações tem o objetivo de fortalecer a política de segurança portuária nacional bem como do governo estadual e municipal. O Sistema de Vigilância Portuária – CFTV do Teporti funciona 24h, com câmeras instaladas por todo
Condomínio Industrial. Além da gravação das imagens pelas câmeras convencionais, o Terminal possui câmera térmica, que aumenta a precisão nas conferências de cargas. Em caso de sinistro, os vigilantes tem contato direto através de rádio VHF com a polícia e bombeiros garantindo com que o atendimento seja rápido, diminuindo os efeitos e prejuízos. Além das câmeras, há pontos fixos e rondas pelo Terminal.
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TURISMO
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BEM - VINDO A BOMBINHAS BANHADA POR ÁGUAS CRISTALINAS E ABUNDANTE RIQUEZA NATURAL, BOMBINHAS POSSUI PRAIAS COM ÁGUAS CALMAS PARA BANHO OU COM AS ONDAS CERTAS PARA A PRÁTICA DO SURF. TRILHAS, CACHOEIRAS, RESERVAS NATURAIS PARA MERGULHO E ECOTURISMO COMPLETAM O CENÁRIO DE UM DOS LOCAIS MAIS BONITOS DE SANTA CATARINA.
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ocalizado no extremo leste da península de Porto Belo, o Município de Bombinhas está a menos de uma hora da Capital de Santa Catarina, Florianópolis. Considerada a Capital do Mergulho Ecológico e um dos mais belos refúgios do Estado, Bombinhas traz como principal atividade econômica o turismo, seguida pela maricultura – criação de mariscos e ostras, e da pesca artesanal. Com uma população pequena, de apenas 10 mil habitantes, Bombinhas se destaca pela hospitalidade de seu povo e pela grande diversidade de cenários que encantam turistas do mundo inteiro. Praias, costões, ribeirões e uma exuberante mata atlântica faz com que o Município seja um dos Balneários mais procurados pelas famílias que buscam paz durante as férias.
ENTRE OS DEZ MAIS BONITOS DO BRASIL Bombinhas é considerado um dos dez balneários mais bonitos do Brasil. As praias mais conhecidas são Bombas, Bombinhas, 4 ilhas, Canto Grande, Mariscal e Zimbros. Nessas praias, são praticados esportes como surf e windsurfe. E claro, para os amantes do mergulho a Cidade oferece diversas operadoras e escolas de mergulho com certificado internacional.
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HUMMM, DELÍCIA... A Gastronomia típica de Bombinhas é farta e saborosa. Os pratos com frutos do mar são simples, mas ricos em sabores e aromas. Por ser um centro de criação de mariscos e ostras e com uma pesca abundante, a Cidade garante aos turistas pratos com sabores inigualáveis. É possível encontrar em Bombinhas diversos restaurantes com variedades de especialidades da região. Além dos restaurantes, o Município conta com uma excelente infraestrutura em hotéis e pousadas.
O QUE FAZER OVERLAND TOURS Um emocionante passeio para descobrir paisagens, praias, mirantes e pontos históricos de Bombinhas com acompanhamento de guias experientes. Roteiros exclusivos com duração de 2 horas e meia. Saídas diariamente da Casa do Turista na praia do centro de Bombinhas e da Casa do Turista na praia de Bombas.
PARA SABER MAIS SOBRE PACOTES E SERVIÇOS EM BOMBINHAS/SC:
PASSEIO DE BUGGY
CASA DO TURISTA
A bordo de um buggy, descobrindo as mais lindas paisagens de Bombinhas e sem molduras. Conheça a península de uma maneira diferente. O passeio de Buggy pela península leva o turista a lindas praias, mirantes, pontos históricos, fazendas marinhas de cultivo de mariscos, vilas de pescadores. Um mergulho na cultura local.
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TECNOLOGIA
TECNOLOGIA ALIADA À SEGURANÇA PORTUÁRIA O SIMULADOR 3D É A NOVA FERRAMENTA A SER DESENVOLVIDA VISANDO À MODERNIZAÇÃO DOS TREINAMENTOS DOS OPERADORES DE SEGURANÇA PORTUÁRIA Durante a visita da Guarda Costeira Americana ao Complexo Portuário de Itajaí (Porto de Itajaí e terminais da APM, Portonave e Teporti) a Comitiva Americana revelou estar satisfeita com o padrão de segurança portuária em Santa Catarina. Porém, uma sugestão por parte da Comitiva foi feita: a realização de mais treinamentos de ações para respostas aos incidentes de segurança nas instalações portuárias no Estado. Diante desta situação, a Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis de Santa Catarina – CESPORTOS/SC começou a buscar alternativas que pudessem conciliar qualidade e eficiência nos treinamentos desses profissionais, que geralmente possuem pouco tempo disponível para realizar uma capacitação de grandes proporções. Foi então que surgiu a ideia, após uma Reunião com o Diretorsócio da HNS, Hans Kunchenbecker, de se criar um “game” em “3D”, numa plataforma interativa, onde os funcionários da área da segurança portuária tivessem condições de realizar um treinamento num software, com imagens 3D da própria
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instalação portuária, um projeto denominado inicialmente de STPS - 3D (simulator training in port security – 3D). Duas empresas se apresentaram para desenvolver o Projeto: a Qualiall, especializada em plataforma para games e a Visom especializada na criação de Sofware com imagens 3D, ambas da cidade de Lages. Segundo o Coordenador da CESPORTOS/SC a ideia é que os Portos e Terminais possam ter uma ferramenta atraente aos funcionários que necessitam estar bem treinados e com constantes capacitações. “Por tudo isso, a ideia de montar a ferramenta numa plataforma de game foi essencial. Além de aliar a interatividade, a ferramenta servirá para que os funcionários da área de segurança possam treinar, realizar simulados e até 'exercícios de mesa', no seu próprio ambiente de trabalho”, revela Reinaldo Garcia Duarte, Coordenador da CESPORTOS/SC. Com imagens tridimensionais da própria instalação portuária, o Supervisor de Segurança poderá monitorar os treinamentos e emitir avaliações. Tudo devidamente registrado no Simulador
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NAUTISSIM NAUTISSIM
com acesso, às informações pela CESPORTOS/SC, através de uma senha. Com os resultados em mãos, a Comissão poderá homologar eletronicamente os treinamentos, simulados e exercícios permitindo, inclusive, a expedição de certificação dos treinamentos aplicados. “Será possível também um 'diagnóstico' constante da capacidade de resposta das nossas instalações portuárias, facilitando a comprovação desses treinamentos no momento das auditorias da CESPORTORTOS|ANTAQ|CONPORTOS”, diz Reinaldo. De acordo com Hans Kunchenbecker, o assunto ISPS Code é relativamente novo no Brasil e no mundo e, por isso, não há muitos materiais de apoio, leitura, pesquisa e de informação específica sobre o ISPS Code, por isso a ideia do projeto é disponibilizar ao supervisor uma ferramenta de treinamento e consequentemente de avaliação. “Os cenários que estaremos propondo será sempre o da própria instalação portuária em treinamento/avaliação. Será criado o cenário interativo em 3D da instalação, onde criaremos diversas situações no game/simulador em que o agente de segurança deverá demonstrar que tem conhecimento dos procedimentos previstos no Plano de Segurança. Os cenários retratarão desde um simples acesso não autorizado, invasão de perímetro, greve com tumulto até cenários mais complexos como invasão de embarcação atracada, sequestro ou tentativa de atentado com bomba contra a instalação”, explica Hans. O Diretor da Qualiall, Giovani Letti, explica que o simulador funciona com um conjunto de tecnologias, agregadas sob uma interface desenvolvida pelas empresas. “Essas tecnologias são compostas de vídeos em alta definição, animações em 3D, estruturas de interação e testes. Podem ser disponibilizadas na web, bem como em tablets e smartphones”, diz Giovani. ‘‘Segundo o Coordenador da CESPORTOS/SC, assim que a primeira etapa do Projeto, que é a criação de um protótipo virtual básico, estiver pronta, buscaremos na comunidade portuária catarinense parceiros para que as empresas HNS Port, Qualiall e Vision possam ter uma garantia mínima para iniciarem o desenvolvimento do 'Simulador'. A ideia é buscar financiadores para o projeto, já que a CESPORTOS/SC não é gestora de recursos e os grandes beneficiados serão as instalações portuárias’’, conclui Reinaldo.
NAUTISSIM
CABOTAGEM NO BRASIL
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FERROVIA
FERROVIA LITORÂNEA EM PAUTA O PROJETO EXECUTIVO DA FERROVIA LITORÂNEA FICARÁ PRONTO EM MAIO DE 2014. A INFORMAÇÃO É DOS ENGENHEIROS DAS EMPRESAS QUE ESTÃO REALIZANDO OS ESTUDOS. A Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, atendendo a uma solicitação da comissão do modal ferroviário de Santa Catarina, reuniu empresários, autoridades e especialistas para discutir o futuro da malha ferroviária no Estado. Em pauta, a Ferrovia Litorânea, que liga Imbituba (Sul) a Araquari (Norte do Estado) possui aproximadamente 250km de extensão. Para os técnicos ela esta sendo dividida em dois lotes. O lote 1 compete a empresa Magna/Astep, com 128km e vai de Imbituba a Rio Tijucas e o lote 2, da empresa Vega/Prosul, vai do Rio Tijucas a Araquari com 119km. As autoridades e técnicos presentes reforçaram a necessidade de investimentos também em estruturas
FERROVIA LESTE-OESTE Itajaí a Chapecó EXTENSÃO: 700 quilômetros
FERROVIA LITORÂNEA Imbituba a Araquari EXTENSÃO: 500 quilômetros
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intermodais. Para o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, a malha ferroviária irá impulsionar o desenvolvimento no sul e baratear o escoamento dos produtos da região. “Precisamos agilizar o tempo perdido. Estamos preocupados, pois, o Sul está isolado, os recursos não chegam para nós. Ainda somos deficientes pelo porto, aeroporto, ferrovia e BR-101 é preciso interligar toda esta infraestrutura”, pontua. O deputado federal Ronaldo Benedet, também salientou a importância da ferrovia para o desenvolvimento do Sul do estado. “Precisamos nos unir e buscar alternativas para fomentar a economia da nossa região. Para isso acontecer, devemos investir em transportes alternativos que irão ligar o Sul
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ao norte do país”, assegura. De acordo com o engenheiro Mogli Carlos Veiga, o projeto ainda está em fase de estudos, mas, o prazo contratual do projeto executivo deverá ser entregue em maio de 2014. “Se não tivermos impedimentos entregaremos o projeto base até dezembro deste ano”, garantiu. O valor da obra e prazo para abertura de licitações ainda não foram divulgados, conforme os técnicos, esta é uma etapa que será realizada após a conclusão dos projetos base e executivo, porém, eles acreditam que após a obra licitada, a execução tem um tempo aproximado de quatro anos. O coordenador de obras ferroviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), Gean Carlos Trevisolo, disse que o prazo para a entrega do Projeto Base é até dezembro, e que a partir dele já será possível lançar o edital da obra. “Temos até maio de 2014 para finalizar o Projeto Executivo, mas a partir do Base, já teremos condições jurídicas para lançar o edital de licitação”, revela Trevisolo. Ainda de acordo com o Coordenador, a Ferrovia Litorânea, que futuramente pode se ligar a Ferrovia do Frango, no Norte do Estado, é a “menina dos olhos” do Departamento, justamente por ser a primeira a ser planejada pelo Órgão. Questionado sobre o transporte de passageiros, Trevisolo afirmou que no Projeto não está previsto esse tipo de transporte, porém que é possível
realizar um estudo de demanda. “Temos que saber se vale ou não investir nesse tipo de transporte. Se o Estudo indicar que é viável poderemos sim, no futuro, investir em terminais e realizar esse tipo de operação”, diz o Coordenador.
AS ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS DE CRICIÚMA, TUBARÃO, IÇARA E O DEPUTADO FEDERAL RONALDO BENEDET, OS ENGENHEIROS DOS CONSÓRCIOS MAGNA/ASTEP, MOGLI CARLOS VEIGA E VEGA/PROSUL OSVALDO KOGURI, APRESENTARAM O PROJETO DA FERROVIA LITORÂNEA DE SANTA CATARINA.
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PESQUISA
EXPORTADORAS DE SC ESPERAM VENDER MAIS EM 2013 UMA PESQUISA REALIZADA PELA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SANTA CATARINA – FIESC, APONTA QUE 55% DAS EMPRESAS ACREDITAM NO CRESCIMENTO NAS VENDAS EXTERNAS ESSE ANO O levantamento, realizado em julho, faz parte da Análise do Comércio Internacional Catarinense e integra o Programa Estratégico para a Internacionalização da Indústria Catarinense, lançado recentemente pela FIESC. A iniciativa trabalha em cinco eixos: promoção comercial, atração de investimentos, capacitação e infraestrutura, fomento de parcerias e inteligência competitiva. Está focado nas pequenas e médias empresas, que em Santa Catarina têm participação maior nas transações internacionais do que a média nacional. Quando perguntadas sobre o desenvolvimento de produtos voltados à exportação nos últimos anos, 37,9% das empresas disseram que têm priorizado a criação para o mercado interno, realizando adaptações posteriores para exportar. 34,5% afirmam que estão diversificando a produção e a comercialização, com a inclusão de novos produtos ao portfólio, para alcançar novos nichos de mercado. 21,6% continuam trabalhando com uma linha de produtos para a exportação relativamente estável. Somente 6% reduziu a linha de produtos voltados à exportação. Conforme o levantamento, os motivos mais citados para a internacionalização são o crescimento da empresa, acesso a novos mercados e aumento da competitividade. Quanto aos obstáculos encontrados durante o processo de internacionalização, 75% das empresas pesquisadas destacaram a burocracia excessiva em órgãos governamentais brasileiros, a acirrada concorrência internacional, a falta de incentivos fiscais por parte do governo brasileiro, política cambial desfavorável às exportações, elevado custo de transporte internacional e a recessão em alguns países. A conclusão do estudo destaca que o comércio mundial
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continuará sendo impulsionado pelos países em desenvolvimento, em especial pelo crescimento da China, cujo PIB, em 2013, deverá se manter forte em comparação com o resto do mundo. PERFIL DO GRUPO PESQUISADO 59% das empresas participantes são exportadoras e importadoras; 23% são só importadoras e 18% só exportadoras. 150 companhias de mais de 30 setores de todas as regiões de Santa Catarina participaram do levantamento, sendo 79,6% da indústria; 15,1% comércio e 5,3% serviços. EXPECTATIVAS
25% esperam obter alta de até 10% 24% estimam que os embarques aumentarão de 11% a 30% 3,5% das empresas ouvidas projetam aumento superior
a 50%
2,7% acreditam que a expansão será de 31% a 50% O TRABALHO MOSTRA AINDA QUE 36,3% DO GRUPO PESQUISADO PREVÊ ESTABILIDADE NOS VALORES EXPORTADOS. SOMENTE 8,5% DAS EMPRESAS PROJETAM QUEDA NAS VENDAS AO EXTERIOR EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO.
DIVULGAÇÃO PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL
PORTOS E TERMINAIS
PORTO DE SÃO FRANCISCO DO SUL MANTÉM CRESCIMENTO GRADUAL As exportações seguem aquecidas no Porto de São Francisco do Sul. Em julho foi registrado um aumento de 38% se comparado ao mesmo mês do ano passado, de 567.577 para 784.954 toneladas. No acumulado (de janeiro a julho), o acréscimo foi de 28%, de 3.799.191 para 4.859.708 toneladas. Entre as principais mercadorias que se destacaram em resultados percentuais, estão: o milho em grãos com acréscimo de 218%, de 242.229 para 770.600 toneladas; a soja em grãos
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com 37%, de 2.567.089 para 3.528.055 toneladas; e os refrigeradores com 30%, de 5.850 para 7.605 toneladas. As importações, tanto no mês de julho como no acumulado, avançaram 25%, de 163.367 para 204.064 toneladas e de 825.064 para 1.033.183 toneladas, respectivamente. No total geral, o porto registra números expressivos na movimentação de cargas com uma vantagem de 19% sobre o período, de 6.153.980 para 7.349.948 toneladas.
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PORTONAVE CRESCE 19% NOS SETE PRIMEIROS MESES DE 2013 TERMINAL PORTUÁRIO DE NAVEGANTES JÁ MOVIMENTOU MAIS DE 400 MIL TEUS
importância do Complexo Portuário de Itajaí – hoje o 2º maior movimentador de cargas conteinerizadas do país”, comenta o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas. A exportação também teve excelente desempenho, com crescimento de 14% na comparação com julho de 2012. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os dados acompanharam o superávit da Região Sul, que cresceu 10,21% sobre julho do ano passado (US$ 4,009 bilhões), e com participação de 21,24% nas exportações brasileiras. Fazendo uma avaliação dos sete primeiros meses de 2013, a Portonave manteve a liderança na movimentação de cargas conteinerizadas no Estado, respondendo por 45% do total. DIVULGAÇÃO PORTONTAVE
A Portonave movimentou 68.655 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) em julho – 4.422 TEUs a mais que o mês anterior (7%). Se comparado com o mesmo período de 2012, o crescimento foi de 20%. No acumulado do ano o Terminal Portuário de Navegantes soma 402.157 TEUs – um aumento de 19% em comparação com o ano passado. Os números positivos de movimentação são fruto tanto da importação quanto da exportação. Comparando o mês de julho de 2012 com 2013 o volume de mercadorias importadas cresceu 28%. Se levar em conta o período entre janeiro e julho, o crescimento na movimentação de importação foi de 19,2% comparado com o mesmo período do ano passado. “Este resultado mostra a força de Santa Catarina como estado produtor de riquezas e reforça a
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IPT
PORTO BELO MAIS PRÓXIMO DE TER
O município deu mais um passo para que seja aprovada a Instalação Portuária de Turismo.
A PRIMEIRA IPT DO PAÍS
Porto Belo teve a documentação aprovada para obter a outorga para a instalação da IPT - Instalação Portuária de Turismo, pela Antaq - Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Dos 50 projetos cadastrados, apenas 20 atenderam todas às exigências do órgão. Agora, a documentação será enviada para o órgão portuário avaliar se o pedido da FUMTUR - Fundação Municipal de Turismo, atende às diretrizes da política nacional do setor portuário. O Prefeito de Porto Belo, Evaldo Guerreiro, destaca que a prefeitura está apresentando toda a documentação exigida pela Antaq. “É uma legislação nova e sempre surgem novas exigências a serem cumpridas. Estamos no caminho certo, mas precisamos fazer uma atuação política junto com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que é uma das nossas principais aliadas”, ressaltou Evaldo. A proposta de Porto Belo credencia o píer como IPT. Na prática, a avaliação da proposta da adequação do projeto é o último passo para a obtenção da outorga. A regularização qualifica o Município para brigar por um mercado de R$ 50 milhões por ano. Atualmente, 118 navios passam pela costa catarinense sem parar devido a questões burocráticas. Ainda segundo Evaldo, a prefeitura tem recebido apoio de alguns órgãos de Brasília. “Temos recebido apoio do Ministério das Relações Institucionais, que está a cargo da catarinense Ideli Salvatti. Como o caso de Porto Belo é pioneiro ele está sendo tratado como prioridade por todos órgãos envolvidos”, comenta.
O
município, geogra camente, é um porto natural e por suas características genuínas, e beleza, ganha maior movimento na alta temporada de verão, se consolidando como um destino de embarcações e transatlânticos (navios de cruzeiros), além de possuir diversas marinas que proporcionam ao viajante um excelente apoio para a atividade náutica.
FOTOS EVERTON PALAORO
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BACIA DE EVOLUÇÃO
COMPLEXO PORTUÁRIO DIVULGAÇÃO
APRESENTA PROJETO DA NOVA BACIA DE EVOLUÇÃO
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Orçada em R$ 300 milhões, a obra vai garantir a competitividade do Complexo Portuário, segundo maior movimentador de contêineres do País, e todas as atividades econômicas relacionadas ao segmento – despachantes, portos secos, transportadoras, além dos negócios comuns, como farmácias, mercados e serviços em geral, que são impulsionados pela força econômica gerada da movimentação de cargas. RISCO DE REDUÇÃO DE MOVIMENTAÇÃO O IMPACTO DA NÃO REALIZAÇÃO DA OBRA SERÁ BRUTAL PARA TODA A REGIÃO QUE ENVOLVE O COMPLEXO PORTUÁRIO. ESTIMA-SE A PERDA DE R$ 30 MILHÕES MENSAIS A PARTIR DO PRÓXIMO ANO, COM A QUEDA DE APROXIMADAMENTE 75% NO MOVIMENTO DE ENTRADA E SAÍDA DE NAVIOS E A DEBANDADA DOS ARMADORES PARA OUTROS PORTOS QUE COMPORTEM EMBARCAÇÕES MAIORES. DIVULGAÇÃO
O Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes apresentou em agosto o projeto da nova bacia de evolução, necessária para que navios maiores manobrem e atraquem nos terminais do Complexo. O projeto prevê uma nova bacia de 530 metros de diâmetro nas proximidades da foz do rio Itajaí-Açu, em frente ao Saco da Fazenda. A atual bacia, com 400 metros de diâmetro, permite que apenas navios de até 294 metros alcancem os terminais locais. Com a obra, o Complexo, que inclui as empresas APM Terminals e Portonave, Terminais Portuários de Navegantes, poderá receber as maiores embarcações que circulam na costa brasileira, com 366 metros. A proposta de localização da nova bacia de evolução levou em consideração a segurança da operação, os estudos da engenharia, o baixíssimo impacto social e a possibilidade de redução do prazo de execução da obra. Os estudos para a definição do projeto devem ser concluídos até outubro. “Vários estudos estão sendo analisados há meses e esse projeto é o que menos impacta na comunidade”, afirma Antônio Ayres, superintendente do Porto de Itajaí. A empresa holandesa Arcadis realizou uma série de estudos para definição do melhor local para a nova bacia de evolução. O local escolhido agora é o que apresenta o menor impacto social. A alternativa só pode ser apresentada após o aval dos práticos. Para eles, que atuam no Complexo, a localização da nova bacia é considerada segura para a realização da manobra dos navios. A posição da praticagem foi informada ao Complexo Portuário após treinamentos e simulações realizados pelos práticos.
COLUNA
DEMURRAGE VIROU NEGÓCIO CLAUDIO CÉSAR SOARES INTERNACIONALISTA E DIRETOR EXECUTIVO DA REDE DR. COMEX
econômico, custo de oportunidade. Na teoria econômica isto é São quatro os fatores que tornam a demurrage um negócio melhor que o qualificado de superlucro. Mas, para proteger o patrimônio do armador frete para armadores e agentes de carga, setor em que os “profits” estão pode, e deve, ser considerada multa, limitada ao valor do equipamento, cada vez mais espremidos entre os armadores e a pulverização da como é a limitação de responsabilidade do armador em relação às cadeia logística: cargas, isto é, limitada ao valor da mesma. 1. O contrato de transporte adaptou a prática da demurrage da carta 3. O valor da demurrage em muitos casos ultrapassa o valor do partida, considerada indenização ao transportador pelo atraso do navio, equipamento. Esta é a prova jurídica cabal de que a demurrage deixou ao contrato de transporte em navios de linha regular. de ser uma indenização para tornar-se um adicional ao frete. As cartas partidas são livremente pactuadas. Já os contratos de 4. Os tribunais brasileiros interpretam a demurrage a partir do que restou transporte marítimo regular, em que o Bill of Lading é a evidência, são do Código Comercial, da época do império. A Lei imperial brasileira contratos de adesão em que o contratante não negocia qualquer segue os costumes das cartas partidas de antanho. O contrato de cláusula. É razoável que o contrato de transporte marítimo liner seja de transporte liner forma-se a partir de um documento denominado adesão. Os contêineres tornaram a logística ágil e eficiente, com booking. Na maioria das vezes, o booking prevê o free time, mas não o carregamentos e descarregamentos medidos em horas, não em dias. valor da demurrage. Da mesma forma, o Bill of Lading fixa no Porém, as práticas internacionalmente adotadas para verso que o atraso na devolução dos equipamentos resultará em o mundo do contêiner são as mesmas da época em indenização mas raramente no anverso consta o valor da que era necessário limitar a responsabilidade do demurrage ou uma indicação de onde encontrá-la, previamente armador e proteger o seu negócio de discussões pactuada, como estabelece a legislação. jurídicas sob pena de torná-lo economicamente É ESTRATÉGICO AS inviável e,desta forma, desinteressar a existência da COMPANHIAS MARÍTIMAS O contrato de transporte marítimo tem início quando as “aventura” do transporte marítimo. É neste sentido que GLOBAIS INVESTIREM mercadorias estão à disposição do armador para carregamento vieram as Regras de Roterdã. EM TERMINAIS PRÓPRIOS e finaliza quando a carga é colocada no terminal. Quando o Enquanto as antigas regras não forem atualizadas EM PORTOS PELO MUNDO contrato, para todos os efeitos, acabou, eis que surge um adendo ao Contrato: O Termo de Responsabilidade de Devolução do para reequilibrar a relação transportador-embarcador, Contêiner, apresentado não pelo transportador, mas em geral armadores e seus acólitos irão escapelar os pelo agente de carga ao despachante aduaneiro obrigando-o a embarcadores com taxas, sobretaxas, multas e assinar com preços e cláusulas que extrapolam o contrato de indenizações combinando convenientemente a transporte, como condição para que o Bill of Lading, que é título tecnologia hodierna com o arcabouço jurídico do de propriedade da mercadoria, seja entregue. passado distante. Não é apenas um completo abuso. É ilegal. Seguindo o Código 2. No passado o transporte marítimo era artesanal. No mundo dos Comercial ou seguindo os costumes, a demurrage, seus prazos e seus contêineres e dos navios de alta escala o transporte marítimo é indústria valores deveriam estar estabelecidas anteriormente à contratação e automatizada. A operação em contêineres é medida em horas, não em durante a sua execução, não depois de concluído o transporte. dias. Faz parte do negócio ter “pulmões” de contêineres para evitar o “imbalance” e perder carga nas linhas em que a companhia de Importadores e exportadores devem limar das procurações a transporte opera. É estratégico as companhias marítimas globais despachantes aduaneiros poderes para assinar Termos de investirem em terminais próprios em portos pelo mundo. O custo de Compromissos de Devolução para poderem discutir tal prática em juízo oportunidade destes contêineres já está computado na operação, logo a se for o caso, incluindo aí a indenização por não ter colocado o Bill of demurrage enquanto indenização não é mais, do ponto de vista Lading à disposição no destino depois que o transporte foi executado.
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COLUNA
SEGURANÇA PÚBLICA PORTUÁRIA ANDERSON ARIAS MOREIRA RESPONSÁVEL PELA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA DO NEPOM/SC COORDENADOR SUPLENTE DA CESPORTOS/SC
Polícia Federal exercer as atividades de polícia marítima, dentre as A atividade portuária é responsável por uma parcela significante da quais está o policiamento dos portos brasileiros. movimentação de produtos que entram e saem do país. Em função disso existe um grande fluxo de navios e toda uma estrutura voltada O órgão central responsável pela atividade de polícia marítima da para o embarque e desembarque dos produtos transportados. Polícia Federal é o Serviço de Polícia Marítima - SEPOM. De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Sediado em Brasília, cabe ao SEPOM coordenar as operações Aquaviários - ANTAQ, no ano de 2012, considerando apenas o nacionais nesse segmento e também fomentar o desenvolvimento transporte de contêineres em navegação de longo curso, os portos da atividade de polícia marítima no âmbito da Polícia Federal por brasileiros movimentaram um total de 71.161.489 toneladas de meio de planejamento de cursos, estudo para a aquisição de produtos, utilizando para isso 4.039.758 contêineres. equipamentos e embarcações. Nesta modalidade de transporte por contêineres os Portos e os A relevância do tema levou o governo federal a criar a Comissão Terminais de Santa Catarina, segundo relatórios estatísticos da Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias ANTAQ, em 2012, movimentaram um total de 13.154.539 toneladas Navegáveis - CONPORTOS, por meio do Decreto 1.507 de nas importações e exportações, o que 30 de maio 1995, alterado pelo Decreto nº 1.972 de 30 de corresponde a cerca de 18,5% de toda a julho de 1996, composta pelos Ministérios da Justiça, da movimentação brasileira, tendo o complexo EM SANTA CATARINA, A Fazenda, das Relações Exteriores e dos Transportes, portuário de Itajaí movimentado 9.221.966 SINTONIA ENTRA A cabendo presidência do colegiado ao Ministério da Justiça toneladas de produtos (Porto de Itajaí - 3.629.244 através do Secretário Nacional de Segurança Pública. CESPORTOS/SC E AS ton., Portonave - 5.592.616 ton. e Teporti - 106 ton.). O Complexo Portuário de São Francisco do Sul UNIDADES DE POLÍCIA Cabe a CONPORTOS elaborar e implementar o sistema de movimentou 3.735.857 toneladas de cargas (Porto MARÍTIMA DA POLÍCIA prevenção e repressão a atos ilícitos nos Portos, Terminais e de São Francisco do Sul - 1.165.773 ton. e o FEDERAL, TEM TRAZIDO Vias navegáveis, nas unidades da federação esta responsabilidade é das Comissões Estaduais de Segurança Terminal de Itapoá - 2.570.084 ton.) e, o Porto de BONS RESULTADOS Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis Imbituba movimentou 196.716 toneladas. NA ÁREA DA SEGURANÇA CESPORTOS, que devem ter, no mínimo, representantes da PORTUÁRIA Da mesma forma que possibilita essa grande Polícia Federal a quem cabe a coordenação do colegiado, comércio de produtos entre diversos países, os da Capitania dos Portos, da Receita Federal, das portos também são vistos por grupos criminosos, administrações portuárias e do governo estadual. como um universo propício para atividades ilegais. Esses grupos Em Santa Catarina, a sintonia entre a CESPORTOS/SC e as tentam utilizar os portos para a prática de ilícitos transnacionais, Unidades de Polícia Marítima da Polícia Federal, tem trazido bons com destaque para o contrabando e descaminho e o tráfico de resultados na área da segurança portuária, porém, foi a grande drogas e de armas, isso demonstra que a especificidade das integração entre a CESPORTOS/SC e comunidade portuária atividades portuárias demanda uma atenção especial por parte das catarinense que está levando a segurança portuária a se firmar autoidades de segurança pública. Nesse sentido, a Constituição como referência nacional no seguimento. Federal em seu art, 144, par. 1°, inc. III estabelece que cabe a
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