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pouco sobre Virgínia Bicudo?

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CARTAS

CARTAS

O SONHO DE

MARLON BRANDO

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Em 1962, durante as filmagens de O Grande Motim, o astro de Hollywood se encantou por Tetiaroa, na Polinésia Francesa. Brando desembolsou US$ 250 mil, arrendou o pequeno pedaço do paraíso por 90 anos e transformou o local no primeiro resort pós-carbono do mundo. Como se não bastasse, ainda conheceu na ilha o grande amor da vida

texto e fotos pico garcez

Abordo de um monomotor é possível avistar a ilha privada de Tetiaroa, na Polinésia Francesa – um atol composto por 12 ilhas ao redor de uma lagoa cintilante a 48 km a nordeste do Taiti. Bem-vindos ao The Brando, o paraíso imaginado por Marlon Brando e amparado pela natureza. São 35 vilas em praias de areia branca, frequentadas por tartarugas marinhas, arraias e famosos como Leonardo DiCaprio e Barack Obama – o ex-presidente dos EUA passou quatro semanas no local escrevendo seu livro após deixar a Casa Branca. Brando conheceu a região bem antes. O ator esteve pela primeira vez em Tetiaroa durante as filmagens de Mutiny on the Bounty (O Grande Motim, em português), de 1962, e ficou encantado com a beleza rara da ilha. Entusiasmado pelo modo de vida polinésio e pela atriz local Tarita Teriipaia, que viria a ser o amor de sua vida, encontrou uma maneira de possuir um pedaço do éden três anos depois ao desembolsar US$ 250 mil para usar o atol durante 90 anos. O Godfather estava convencido de que o arquipélago poderia trazer o bem para o mundo. Inicialmente, transformou Tetiaroa em um centro de pesquisa e educação. Em 1999, pediu então a Richard Bailey, um residente de longa data na Polinésia que compartilhava a paixão de Brando pelo meio ambiente e que havia criado alguns dos melhores resorts do planeta, a ajudá-lo a conceber um sonho. Juntos, eles perseguiram a ideia de projetar o primeiro e mais importante resort pós-carbono do mundo – uma ilha onde tecnologias inovadoras permitiriam um ambiente de luxo autossustentável para hóspedes, residentes e alta pesquisa científica. Assim nasceu The Brando, o legado dessa fantasia.

AMOR DE CINEMA Nascida em Bora Bora, Ta- rita Teriipaia atuou com Marlon Brando em O Grande Motim (1962). O casal teve dois filhos, Simon Teihotu e Tarita Cheyenne, e se divorciou em 1972. Após a morte de Brando, em 2004, Tarita nunca mais pisou em Te- tiaroa e publicou suas memórias, intituladas Marlon, My Love, My Suffering.

GREEN ENERGY O resort utiliza uma série de tecnologias inovadoras para atingir a meta de neutralidade de carbono, entre elas o sistema de ar condicionado com água do mar que aproveita o frio das profundezas oceânicas para fornecer resfriamento altamente eficiente e de baixo consumo de energia para todas as vilas.

RELAX

Consciente da necessidade de preservar seu habitat puro e intocado, o Varua Te Ora Polynesian Spa oferece tratamen tos holísticos inspirados em técnicas polinésias ancestrais. E o cenário do espaço é deslumbrante.

HARMONIA A principal meta de Brando era proteger e preservar Tetiaroa para sempre em seu estado natural. Por isso, todas as vilas foram concebidas sem obstruções de praia, para se misturarem harmoniosamente às árvores, e 100% do material utilizado na construção é de origem local ou certificado.

ESTRELAS MICHELIN A gastronomia premiada do chef Guy Martin, do restaurante duas es- trelas no Guia Michelin Le Grand Véfour, em Paris, pode ser saboreada nos dois restaurantes do resort. Martin funde a clássica cozinha francesa com pratos po- linésios usando alimentos produzidos organicamente na ilha. Destaca-se também a impressionante ade- ga do The Brando.

COMO CHEGAR

O trajeto de tirar o fôlego começa na sala vip do aeroporto in- ternacional Fa’a’a, em Papeete, no Taiti, onde os hóspedes do The Brando são recebidos com quitutes e cocktails. De lá, um voo de 20 minutos leva à pista de pouso particular do resort cinco-estrelas – somente de avião se chega ao éden.

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