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e econômicos

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ESTANTE

Danilo Santos de Miranda, o homem à frente do Sesc do Estado de São Paulo, tornou-se um aficionado por literatura desde muito cedo. Na década de 1950, muitas casas brasileiras tinham a

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Tesouro da Juventude, enciclopédia que também levou o pequeno Miranda ao mundo das letras. Depois de espremer os volumes da coleção, foi a vez dos clássicos infantis, “sobretudo os de

Monteiro Lobato”. “Outros livros da escola começaram a despertar em mim o gosto pela leitura”, diz.

De Lobato para Machado foi só uma questão de tempo, e ambos se tornaram importantes na construção intelectual de Miranda, que é diretor do Sesc

São Paulo desde 1984. “Além deles li

Guimarães [Rosa], Jorge Amado...

Todos os grandes nomes da nossa literatura me interessam muito porque refletem de maneira muito completa e dão muita força à expressão artística brasileira”, afirma. Por conta das atividades incessantes de seu cargo – outra unidade do Sesc, agora na avenida Paulista, acaba de ser inaugurada, por exemplo –, Miranda confessa que nem sempre consegue ler como gostaria. Se o trabalho permitisse, seria um devorador de livros. “Sou um leitor voraz quando posso. Minha jornada de trabalho muitas vezes invade a noite e acabo não podendo me dedicar tanto à leitura”, revela. Assim, as férias ou viagens são os momentos em que ele se reencontra com os livros.

“Se pudesse, eu parava tudo e ficava lendo o tempo todo. Sou totalmente seduzido pela leitura.”

por aline vessoni

A PEDRA DO REINO - ARIANO SUASSUNA

“Estou relendo a nova edição recémlançada, que é muito completa e bemfeita. Meu mergulho no Suassuna tem algumas interrupções, mas sigo lá.”

GRANDE SERTÃO: VEREDAS - GUIMARÃES ROSA

“É um trabalho básico. Uma forma de entender o Brasil de maneira mais profunda.”

GETÚLIO - LIRA NETO

“A biografia que Lira Neto escreveu sobre Getúlio logo depois de sua grande pesquisa sobre a vida do Padre Cícero é fundamental para compreender nossa sociedade.”

OS LOUCOS DA RUA MAZUR - JOÃO PINTO COELHO

“Este autor português me impressionou muito quando o li nas minhas últimas férias. É um livro curioso, pois tematiza a presença do nazismo na Polônia e a relação entre nazistas, cristãos e judeus no país na época da Segunda Guerra.”

PERGUNTEM A SARAH GROSS - JOÃO PINTO COELHO

“Tanto Os Loucos da Rua Mazur quanto esta obra são livros que refletem um momento muito interessante da Segunda Guerra. Ainda que haja contestações, são títulos elaborados a partir de uma pesquisa muito sólida.”

PADRE CÍCERO: PODER, FÉ E GUERRA NO SERTÃO - LIRA NETO

“A obra reflete os séculos 19 e 20 no Nordeste, e com Getúlio, uma figura nacional, forma um quadro bem completo da realidade brasileira do ponto de vista político-cultural desse período.”

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