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DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO
MADE IN BRAZIL
A empresária Luiza Helena Trajano foi o centro de todas as reverências em evento da Câmara do Comércio Brasil-Estados Unidos, que aconteceu no mês de maio, em Nova York. Nomeada ao prêmio Person of the Year, ela recebeu a honraria frente a uma plateia repleta de empresários e integrantes do Grupo Mulheres do Brasil, presidido por ela. Em seu discurso, a presidente do Conselho do Magazine Luiza agradeceu às brasileiras: “Vocês não imaginam o quanto elas se sentem representadas”.
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LUIZA HELENA TRAJANO, COM O FILHO FRED E O NETO PEDRO
PREMIAÇÃO DE LUIZA HELENA TRAJANO
BRUNO GARFINKEL, BRUNO SENA E BRUNO SETUBAL
DANIEL GOLDBERG CHIEKO AOKI E ALCIONE ALBANESI
FOTOS JOYCE PASCOWITCH; COMITÊ DE PRÊMIOS PERSON OF THE YEAR AWARDS
BATE-PAPO DE PODEROSOS LUIZA HELENA COM CONVIDADAS DO EVENTO
FAFÁ DE BELÉM CAROLINA E BENJAMIN STEINBRUCH
ANDRÉ ESTEVES ALICE COUTINHO E JOYCE PASCOWITCH
ANTOINE E PEDRO TRAJANO GERAL DA MESA ANTES DO JANTAR
JUNIA HERMONT
ELEAZAR DE CARVALHO E SONIA QUINTELLA ANA LUIZA E LUCIANA TRAJANO
CONEXÃO
DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO
Com gestão pautada por colaboração e empatia, o empresário Sandi Adamiu transforma o Sandi Hotel, ícone de tradição e hospitalidade em Paraty, em grife de charme internacional
TEXTO ALINE VESSONI FOTOS PAULO FREITAS
Atrajetória profissional do empresário Sandi Adamiu, hoje à frente do Sandi Hotel, um ícone em Paraty, se mistura com a história de sua família, e certamente poderia ser contada como um filme dos anos 1960. Tudo começou com a visita de seu avô materno, Joviro Foz, à cidade colonial com o amigo Jamil Klink (ele mesmo, pai do navegante Amyr Klink). Joviro se apaixonou pela natureza paratiense e comprou seu pedacinho de terra – onde hoje é a Villa Bom Jardim, primeiro negócio da família na região e uma das mais charmosas propriedades à beira-mar. A paixão se estendeu para todos os descendentes e os Foz passaram a veranear por aquelas bandas. Foi assim que Alexandre Adamiu, filho do imigrante judeu Sandi Adamiu (de quem o neto, hoje responsável pelo hotel, herdaria o nome) e fundador da lendária distribuidora Paris Filmes, também se encantou pelo paraíso.
O ano era 1986. Alexandre, empolgado pela arte de receber, e ao lado de Sandra Foz, sua esposa, decidiu ampliar as posses do casal e transformá-las em negócio: comprou dez imóveis no centro da cidade, fez uma bela reforma e inovou profundamente o setor hoteleiro de Paraty. O casal costumava receber muitos amigos, incluindo artistas internacionais. “Minha mãe sempre recebeu muito bem, ela é a rainha do negócio. O DNA do hotel vem dessa propriedade inicial que era o refúgio da nossa família”, conta Sandi.
Alexandre, no entanto, morreu jovem e o filho Sandi teve que assumir os negócios antes do previsto. “Fui apadrinhado por um grande amigo do meu pai, Lírio Parisotto – a quem eu devo muito. Ele me ajudou a estruturar os negócios e foi muito importante na minha vida”, diz. Mas o empresário estava acostumado com desafios e a se dedicar ao trabalho desde cedo, algo que atribui à origem judaica. “Desde os 13 anos já fazia estágio nas empresas da família”, conta. “Passei por várias áreas, sempre observando como meu pai tocava os negócios.” Inspirado, portanto, pelo pai e capacitado por tudo que observou ao longo dos anos, Sandi Adamiu seguiu com a empresa, sempre com uma dose extra de inovação.
Corta para 2020. Pandemia de coronavírus: cinemas e hotéis fechados, os dois negócios da família em xeque. “Com a pandemia, os cinemas fechados, concentrei todo meu esforço no hotel para uma virada de marca. E eu só poderia contar nossos 35 anos de história se conseguisse beneficiar outras pessoas. Assim, arrisquei fazer algo grande, trazendo muita gente comigo para essa transformação”, revela.
Uma das estratégias foi a mudança da cara do negócio, que passou de uma pousada de luxo simpática para um hotel-butique de padrão internacional. Sandi costuma dizer que se Trancoso tem o Quadrado, agora é a vez de Paraty também ter o seu Quadrado Mágico. “Com esse