Ú LT I M A PÁ G I N A
DANI CALABRESA
Ela faz todo mundo rir à beça na televisão, mas também tem seus momentos de mau humor. Aliás, é no perrengue do dia a dia que encontra combustível para fazer piada. Para a J.P, a atual Dona Catifunda da Escolinha do Professor Raimundo e a comediante que ajudou a mudar de vez a audiência do Zorra revela um talento que ninguém conhece, fala de sua vontade de casar de novo e da maior mentira que já contaram sobre ela. Vem! J.P: Fazer rir cansa? DANI CALABRESA: Para cara...!
As gravações demoram, exigem muita energia e repetição. Sempre saio suada. J.P: Dá para fazer piada de tudo? DC: Sim, mas não quero oprimir nem humilhar ninguém. A intenção não é essa. Piada é uma brincadeira, e não uma verdade absoluta. J.P: A comédia ainda é machista? DC: Já foi mais. Antes só tinha mulher pelada em programa de humor, mas sempre teve mulher comediante boa e engraçada. Que bom que hoje a gente consegue brincar com isso. J.P: Qual a frase que você leva para a vida? DC: Adoro quando falam: “As pessoas enxergam as pingas que a gente toma, mas não sabem dos tombos que a gente leva”. J.P: Dani também tem momentos de drama? DC: Sou muito sensível! Até áudio de WhatsApp me faz chorar. Fazer comédia e conseguir brincar não significa que “não choramos” ou não levamos as coisas a sério, mas que buscamos alguma saída para ter leveza e sobreviver aos perrengues. J.P. Quem gostaria de ser? DC: Olha, não sei se eu gostaria de ser outra pessoa... Que medo, né? Conhecer Walt Disney eu gos-
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taria, Lucille Ball, Elvis, Vivien Leigh. Katy Perry eu conheci, mas queria ser amiga, parente de tomar banho junto. J.P: Uma extravagância consumista de Dani é... DC: Quando assinei o contrato com o CQC [programa da Band], entrei numa Louis Vuitton e comprei uma bolsa pra minha mãe e uma pra minha irmã. Aí, quando estava pagando, a mulher da loja falou: “E pra você?”. Comprei uma para mim também, só que eu sou criançona, não abro mão da minha mochila da Pequena Sereia. J.P: Talento que ninguém conhece. DC: Amo desenhar e cantar. Preciso de aulas e de técnica, mas faço com paixão. J.P: Com o que você compara o seu amor pela Disney? DC: Sinto de verdade que tenho uma ligação espiritual com a Disney. É um lugar que me emociona muito, me inspira e alegra. Me encontro lá, tem arte, música, crianças, famílias, mensagens de sonho, fé... Chega, se não vou chorar! J.P: Como é ser amiga do ex-marido [Marcelo Adnet]? DC: Antes de sermos marido e mulher, sempre fomos amigos e esse carinho permanece, assim como o carinho e admiração profissional. J.P: Quer casar de novo? DC: Vontade eu tenho, sim. Casar é uma delícia! E tenho vontade de ter filhos também, porque preciso repassar as minhas fantasias de princesas da Disney. J.P: Um momento de mau humor é... DC: Toda hora! Minha comédia vem muito dos meus momentos
de irritação ou sem paciência. Acho engraçado assumir que a gente se ferra, sabe? Dou risada de tombo, susto... J.P: Ri muito quando... DC: Não posso ver ninguém caindo, não tenho condições de ajudar. Primeiro eu faço stories e depois ajudo... Perdão, mundo! J.P: Se pudesse mudar alguma coisa em você o que seria? DC: Muitas coisas, mas queria ser mais saudável. Como muito doce, fritura, não tomo água. Estou sempre doente. Isso é um saco. Meu paladar é infantil. J.P: Uma mania? DC: De pôr música para tomar banho, me anima, inspira. E ouço Katy Perry para me maquiar. J.P: Vício? DC: Chocolate! Como toda hora, todos os dias. Às vezes eu janto chocolate, juro! J.P: A maior mentira que já contaram sobre você foi... DC: Já li que sou “estrela” e fiquei triste. Faço meu trabalho com amor e empolgação sempre. Chego no horário, decoro texto. Não sei por que quando querem desmerecer algum artista chamam de estrela... Deveria ser um elogio. J.P: Como gostaria de morrer? DC: Dormindo e bem velhinha... Mas que joguem as cinzas na Disney. Grata!
FOTOS VICTOR POLLACK/TV GLOBO; PAULO BELOTE/TV GLOBO; PEDRO CURI/TV GLOBO
por fernanda grilo