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Em cartaz no teatro em peça de Arthur Miller e na TV como um dos carcereiros da série global baseada no livro de Drauzio Varella, o irrequieto Rodrigo Lombardi vive a vida do único jeito que sabe: sem parar nem por um segundo por aline vessoni fotos maurício nahas styling juliano pessoa e zuel ferreira
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izem que a primeira impressão é a que fica, mas no caso do ator Rodrigo Lombardi é a segunda. Pois a primeira, a simpatia que seu sorriso escancara, é, digamos, hors concours. A segunda impressão, a que realmente fica, é a inquietude. Alguns minutos de conversa e o veredito se confirma: “Não consigo parar. Se eu fico parado em casa, minha mulher diz que eu me torno insuportável”, brinca. Algo dessa inquietude é evidenciada na trajetória profissional desse ator de 41 anos, vivida em ritmo frenético. Neste ano, por exemplo, Lombardi já protagonizou série, novela e peça de teatro.
No dia seguinte ao término das gravações de Carcereiros, série da TV Globo baseada no livro do médico e escritor Drauzio Varella, ele estava em São Paulo para começar a ensaiar a peça Um Panorama Visto da Ponte, do dramaturgo americano Arthur Miller, que está em cartaz no Teatro Raul Cortez. Em cena, Lombardi dá vida ao personagem Eddie Carbone, um estivador do porto do Brooklyn nova-iorquino que, com a morte da irmã, fica incumbido de criar a sobrinha. A vida
sofrida de quem trabalha nas docas logo transparece na body language do ator. As dificuldades, que se avolumam ao longo do espetáculo, vão encurvando-o e empapando-o de suor.
A potência do personagem no palco é compatível com o da televisão, o de Adriano, de Carcereiros. “É [um papel] difícil, porque se trata de um universo com uma energia que não queremos, mas somos obrigados a mergulhar nela.” O trabalho foi exaustivo, muito diferente das novelas: 12 horas diárias de gravação durante dez semanas. Tudo isso sem pausas, sem descanso entre uma cena e outra. “Eu estava em todas as cenas e isso pesa psicologicamente, mas também no físico.”
Mas o ano está acabando, a temporada no teatro também e ele sonha em dar uma desacelerada com a família e seu filho, Rafael, de 10 anos. Mas o perfil irrequieto de Lombardi indica outra situação, mesmo durante as férias. “No fim do ano, viajo com a família para os Estados Unidos, mas não tem essa de só viajar. Rafa e eu vamos estudar inglês e praticar esporte. Acho que toda pessoa deve ter um processo evolutivo constante. O ator tem também de estudar coisas do mundo que não tenham nada a ver com sua profissão.” n
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Beleza: Marcos Padilha Arte: David Nefussi Produção executiva: Ana Elisa Meyer Assistente de styling: Guilherme Klein Produção de moda: Renata Bonvino Assistentes de fotografia: Daniel Omaki e Debora Freitas Agradecimento: Teatro Raul Cortez