7 minute read
Como Artur Grynbaum tem transformado o Grupo Boticário em uma potência do mercado mundial de beleza
O DRESS CODE NÃO É MAIS AQUELE
De Wall Street a Columbus Circle, executivos e empresários de Nova York parecem ter entrado em um acordo: ninguém coloca mais a camisa para dentro da calça. Se isso soar absurdo, afrouxe a gravata e leia esta matéria...
Advertisement
POR CAROLINE MENDES
Se uma meia colorida também já não são mais os mesmos. aqui ou uma gravata “Empresas de todos os portes e dife- divertida ali é o máxi- rentes indústrias vêm buscando não mo de casualidade que só diversificar seu pessoal (culturas, seu look business pode etnias, idades etc.) como vêm incen- aguentar, meu caro, você está por tivando seus funcionários a se expres- fora. Coisa que, aliás, a sua camisa sarem – e roupas e acessórios, sem deveria estar. Confuso? Calma, vai dúvida, são ferramentas essenciais pa- ficar tudo bem mais confortável. ra a autoexpressão”, explica Sylvie di
Com o Vale do Silício impulsio- Giusto, especialista em personal bran- nando mudanças na forma de se fa- ding e autora do bestseller The Image zer negócios, o ambiente de trabalho of Leadership, ainda sem tradução para e o guarda-roupa dos businessmen o português. “É claro que alguns am-
bientes de trabalho seguem mais conservadores que outros (bancos e startups, respectivamente, por exemplo), mas, no geral, um dress code menos restritivo é um caminho sem volta, seja por decisão da empresa ou iniciativa da própria equipe.”
Sylvie está certa: de acordo com um estudo conduzido no ano passado pela consultoria de recursos humanos americana Robert Half, 50% dos gerentes dizem que os funcionários se vestem menos formalmente do que cinco anos antes.
DESLEIXADO NÃO, DESCOLADO
Nova York vem assistindo a seus engravatados abandonarem as gravatas, afrouxarem os cintos e... tirarem as camisas de dentro da calça. Uma das principais fashion trends do mundo coorporativo nova-iorquino começou em 2010 com Chris Riccobono, um sujeito comum de Nova Jersey que teve uma ideia simples demais para dar certo: fazer camisas para serem usadas exclusivamente para fora da calça. “Mas toda camisa pode ser usada para fora da calça!”, vem à cabeça. A UNTUCKit, marca criada por Riccobono, vem provando o contrário. As camisas são alguns centímetros mais curtas do que o padrão, trazem um acabamento arredondado na barra, vestem caras descolados em comerciais igualmente descolados feitos especialmente para a internet ao lado de mensagens como “untuck it and relax” e “untuck yourself” (“tire a camisa de dentro da calça e relaxe” e “se solte”, em tradução livre). Parece o suficiente para cobrar, no mínimo, cerca de R$ 350 pelo modelo mais simples.
“A sacada do Riccobono foi observar que muitos caras usam a camisa para fora da calça, criar um produto específico para isso e, por meio de uma estratégia de branding e marketing eficaz, fazer disso uma necessida
DOS & DON’TS Perguntamos para a autora best-seller e especialista em personal branding Sylvie di Giusto como mandar o dress code care- tinha para a casa do chapéu.
1. Autoconfiança é a melhor estilista – ninguém sabe vestir melhor do que ela.
2. A moda está aí para ser seguida, sim, mas seja esperto! Quer embarcar na tendência de tons pastel do próximo verão? Vá com fé, mas não gaste tanto – deixe os investimentos para peças que não saem de moda.
3. Ser descolado não significa ser deslei- xado. Se você se vestir bem, vai passar a impressão de que cuida de si e, passando a impressão de que cuida de si, vai fazer o cliente pensar que você também vai cuidar dele.
4. E por falar em cliente, deixe para “ser você mesmo” com o look de clientes já conquistados. Tem uma reunião de prospecção? Melhor passar a imagem de conservador do que correr o risco de ser mal interpretado.
5. Quebre as regras uma a uma. Um dia, abra mão da gravata; no outro, use meias coloridas; no seguinte, deixe a camisa para fora da calça. Nunca tudo junto! 6. É chefe? As coisas estão mudando e já faz tempo... Aceita que dói menos.
de consoante com a tendência de um dress code menos rígido nos escritó- rios”, explica Diana Rojas, brand stra- tegist e professora da Universidade de Nova York. O próprio Chris Riccobo- no é um deles. Em entrevista ao The New York Times, o empresário contou que sua ideia de milhões de dólares veio durante uma viagem para Las Ve- gas, quando ele usou a mesma cami- sa quatro dias seguidos porque era a única que caia bem para fora da cal- ça. O negócio cresceu tanto que a UN- TUCKit hoje vale cerca de US$ 200 milhões, possui 25 lojas – entre os en- dereços estão Quinta Avenida, Soho e West Village, em Nova York, e as ci- dades de São Francisco, Los Angeles, Boston e Chicago – e deve abrir outras 25 até o fim de 2018.
UMA TRAMA JUSTA
De um lado temos a Goldman Sachs decretando o fim do terno obri- gatório e o JPMorgan Chase abraçan- do a causa do casual; do outro (na verdade vindo de todas as direções), estão os famigerados millennials, que já compõem mais da metade da força de trabalho dos Estados Unidos e que simplesmente não vão deixar ninguém dizer o que eles podem ou não vestir. Mas será que são as empresas que estão incentivando, permitindo ou, no mínimo, fazen- do vista grossa para a casualidade dos looks dos funcionários, ou são os próprios funcionários que es- tão, pouco a pouco, mudando as regras? E será que se trata de uma mudança positiva?
Para Sylvie di Giusto, um dress code menos restritivo pode, sim, aumentar a produtividade de uma empresa. Mais confiante, o funcio- nário vai performar melhor, gerar mais resultados.”Quem nunca se sentiu orgulhoso da imagem que viu no espelho ao colocar uma rou- pa assim ou assado?”, questiona Sylvie. E, se pegarmos a UNTUCKit como exemplo, fica ainda mais fá- cil entender o auê. “A mensagem ‘untuck yourself ’ é uma ideia que o consumidor procura conceber sobre si mesmo, é um objetivo que ele quer alcançar e que pode fazê-lo com o produto e, nesse caso, principalmente no ambiente de trabalho”, acrescenta Diana Rojas. Ah, o marketing... n
Rooftop com obra de Vik Muniz com 20m x 2,5m*
PODER INDICA
UMA NOVA ALAMEDA
NO JARDINS
A Tishman Speyer aproveitou toda sua expertise no segmento de imóveis comerciais de alto padrão – só no Brasil são mais de 20 anos – e, desde 2005, vem investindo em edificações residenciais. Atualmente a empresa financia projetos em grandes capitais como Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, sempre privilegiando áreas nobres. Depois de condomínios luxuosos em São Paulo, como o Reserva Granja Julieta, Flórida Penthouses (Brooklin) e o Metropolitan, em frente ao Parque do Ibirapuera, a Tishman Speyer se volta para um projeto ambicioso nos Jardins, que vai unir as melhores soluções em edificações residenciais e comerciais em um único lugar: o Alameda Jardins.
Com o savoir-faire de quem já adquiriu, desenvolveu e operou mais de 406 projetos – como os icônicos Rockefeller Center e o Estádio Yankee, em Nova York –, a Tishman Speyer traz para o Alameda Jardins uma série de inovações em relação ao que já existe na região; o que inclui as plantas em diferentes metragens – de 91 a 268 metros quadrados – com o intuito de acolher famílias em diferentes momentos da vida. Ademais, trata-se de um terreno de 3.858 metros quadrados cujas torres residencial e comercial serão interligadas por praças e uma alameda – um espaço verde aberto ao público, que surge com a proposta de construir uma área de transição única entre o empreendimento e o bairro.
O Alameda Jardins torna-se uma opção preciosa para quem se preocupa com mobilidade urbana, pois permite fácil acesso às ciclovias, corredores de ônibus da avenida Rebouças e à estação de metrô Oscar Freire. Soma-se a isso um sistema de bikesharing exclusivo para moradores. Parece difícil, mas existe um jeito de tornar tudo isso ainda mais bonito e funcional: com projeto arquitetônico do escritório Aflalo/Gasperini e a parceria com as galerias Nara Roesler e Carbono, que trazem para a integração da área verde com lobby e lounge trabalhos de Laura Vinci e obras exclusivas de Raul Mourão e Vik Muniz.