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Altos e baixos

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Portugal

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Edison Silva Lima43

Eram dez e meia da manhã de uma terça feira em Porto Alegre. Olhava com inveja quem embarcava no voo da TAP para Lisboa, quando peguei o voo para Guarulhos. Queria o voo da TAP direto para Lisboa, mas o gestor do programa europeu que havia me concedido a vaga para fazer o doutorado sanduíche na Universidade do Porto só tinha convênio com a Lufthansa, portanto eu teria que viajar algumas horas a mais para chegar na cidade do Porto. Cheguei em Guarulhos uma hora depois e fui procurar minha bagagem. Tudo certo. Era só esperar por mais 7 horas e embarcar no terminal dos voos internacionais.

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Depois de decorar todas as vitrines das lojinhas de aeroporto, eu finalmente entrei na fila para embarque.

Despacha bagagem. Mostra documentos. Uma agente do aeroporto solicita que eu aguarde um pouco para verificar meus documentos. Um sujeito que eu achei que já conhecia me pede para acompanhá-lo até uma salinha. Verificação de rotina. Sento na salinha onde estava escrito Polícia Federal – Interpol. Achei estranho, mas tudo bem, porque achei que alguma dívida que deixei de pagar em alguma companhia telefônica ou coisa que o valha não deveria ter sido tão importante a ponto de acionar a Interpol.

43 Professor do IFRS Campus Canoas. Participou das 8ª e 9ª edições da Feira das Cidades. E-mail: edison. lima@canoas.ifrs.edu.br

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Passados cerca de quarenta minutos um agente da polícia federal, que ostentava um distintivo pendurado no pescoço por uma corrente, que então reconheci da série “aeroporto”, me explica que tem outro sujeito com o mesmo nome que o meu que é procurado pela Interpol. Ele levou um tempo até confirmar que não era eu, mas que estava tudo certo comigo. Ele verificou nos arquivos do governo e via SIGEPE teve certeza de que eu não era o bandido. Mostrou-me que no passaporte não constava o nome da mãe, primeira verificação de rotina para desmistificar homônimos.

Saindo dali, tive que correr pois o embarque estava finalizando, já pensando que poderia perder o voo, pois as coisas estavam meio complicadas para meu lado. Chegando no balcão da Lufthansa, apresento minha passagem e passaporte e o atendente me dá a seguinte informação: temos um problema com sua passagem!

Claro! Eu “tenho” um problema. Ele “não tem” um problema.

Me diz sorridente que eu havia ganhado um upgrade de classe, e viajaria na classe executiva. Fiquei finalmente feliz com a viagem, pois acreditei que poderia ao menos esticar os pés, pois achei que as poltronas desta tal classe executiva deveriam ter mais espaços entre elas.

Classe executiva. Fonte: Lufthansa (www.lufthansa.com)

Embarco no avião, enorme, um Boeing 747-8. A comissária me fala, em inglês, que eu deveria subir as escadas. Nem sabia que tinham escadas em um avião. Subo e sou recebido por outro comissário, que me oferece espumante e solicita minha jaqueta para guardar em algum lugar. Apresenta meu assento. Creio que daria para colocar umas 6 poltronas da classe econômica no espaço que eu ocuparia nas próximas 12 horas.

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Cardápio para a janta. Espumante e outras bebidas a vontade. Lanches à vontade. Televisão com inúmeros canais. Poltrona com mais de uma dezena de controles que permitiam transformá-la até em cama de quase dois metros de comprimento.

Achei que dormi demais para uma viagem de avião, pois já estava amanhecendo. Sobrevoávamos Paris. Verifiquei pelo mapa da TV que mostrava a posição da aeronave no globo terrestre. Aproveitei mais algumas mordomias e achei que agora estava tudo muito bem. Chegaria em Frankfurt, pegaria o voo para o Porto duas horas depois do desembarque e chegaria por volta de uma hora da tarde na Universidade do Porto, ponto de encontro de todos os 42 brasileiros selecionados para a edição Erasmus Mundus EBW 2016.

O pouso em solo alemão foi suave e tranquilo. Taxiamento tranquilo.

Espera... preocupante. Quarenta minutos de espera e o piloto avisa que teremos que descer na pista porque o terminal de desembarque estava com um problema.

Um dos maiores aeroportos do mundo com problemas nos finger não é nada tranquilo.

Uma fila de ônibus aguardava o desembarque de todos os 386 passageiros e a tripulação. Todos descem para a pista, embarcam nos ônibus que andam por uns 15 minutos até chegar ao terminal de desembarque. Assim que passamos a porta de entrada do terminal nos deparamos com o caos. Acho que todos os países do mundo estavam ali representados. O salão era grande, mas a quantidade de pessoas era enorme. Um italiano gritava, reclamando de tudo. Soldados alemães com cães tão sérios como eles faziam uma barreira nos portões que davam acesso ao terminal de voos para dentro da Europa. Uma alemã gritava em um megafone, dando notícias em vários idiomas, que o terminal A e seus 44 postos de embarque estava interditado.

Uma hora depois, quando já não era mais possível se movimentar de tanta gente apertada no salão do aeroporto, os policiais e seus cães sumiram. Uma grande porta foi aberta, dando acesso ao desejado terminal A. Conseguimos andar não mais que 100 metros e encontramos

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novamente os cães e os policiais, guardando outro portão enorme. Depois de 4 horas, alguns portões e o italiano já não conseguir gritar mais alto que o megafone, recebemos a notícia de que o aeroporto havia sido fechado devido a uma falha de segurança: uma mulher e sua filha conseguiram acessar a sala de embarque sem fazer check in. Meu voo que deveria sair às 11 da manhã já era. Mais de 50 voos cancelados. O caos instalado. Muitos contêineres com copos d’água mineral espalhados pelos corredores. Policiais e agentes distribuindo bolachinhas. Filas intermináveis para entrar nas filas intermináveis para pedir informações de como proceder.

Às 6 horas da tarde consigo chegar a um balcão de atendimento da Lufthansa, companhia que deveria ter me levado 6 horas atrás até a cidade do Porto. Converso com a atendente, tão exausta como todos ali naquele aeroporto. Ela me dá duas opções: colocar meu nome em uma lista de espera para o próximo voo que sairia as 23:30, mas que eu não tinha garantias de que haveria lugar para embarcar, porque a fila de espera era extensa, ou ir para um hotel e pegar na próxima manhã um voo com assento marcado para meu destino. Peço uma sugestão com cara de quem não quer mais esperar. Ela me diz, simpática: pega estes vouchers de transfer, janta, estadia e café da manhã, e vai para o Hotel Intercity. Eu aceito sem hesitar, enquanto ela remarca minha passagem para o voo do dia seguinte. No hotel eu lembrava que havia saído de casa às 9 horas da manhã do dia anterior, e que meu destino final ainda estava a mais de 16 horas de “distância”. Na televisão imagens do aeroporto de Frankfurt fechado por ameaça a bomba. Eu estava lá no meio daquela confusão.

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Outro dia. Novas esperanças. A janta, o banho, a cama e o café da manhã fizeram bem para o ânimo, e era hora de voltar para o aeroporto. Certo de que os alemães e sua organização tinham dado conta do caos. Mas nem mesmo eles conseguiram o inevitável. O aeroporto estava abarrotado de gente. Afinal tantos voos cancelados não se resolvem da noite pro dia – literalmente. Mas consegui embarcar para o Porto com apenas duas horas de atraso.

Chegando finalmente no meu destino me dei conta da bagagem que havia despachado no Brasil. Em que lugar do mundo deveria estar agora. Mas sou brasileiro... sou teimoso. Fui à esteira onde deveriam estar as bagagens dos passageiros daquele avião. Surpresa: a minha mala já estava lá me esperando.

Alfândega: em Frankfurt não fiz alfândega devido ao caos do aeroporto. Embarquei para Portugal sem carimbo de entrada na Europa. Vai ser cansativo explicar isto tudo para a alfândega portuguesa!

Mas não foi preciso. Também não tinha alfândega em Portugal porque eu estava num voo doméstico. Dois carimbos a menos no passaporte, e imaginando muitas preocupações e explicações a mais na imigração de Portugal pela falta deles.

Estava livre em território português. Mas não fazia ideia para onde deveria ir. Se fosse ontem alguém da Universidade do Porto teria me recepcionado, junto com tantos outros brasileiros.

Saindo da sala de desembarque vejo uma jovem segurando um cartaz com meu nome. Vou falar com ela para ver de que se trata. Uma italiana, bolsista da universidade, veio me recepcionar, acompanhada pelo motorista do reitor, que me leva em seu espaçoso Mercedes preto até o alojamento onde estavam acontecendo às reuniões de recepção dos brasileiros. Um português muito simpático me informa que a reunião da tarde ia demorar um bocadinho para terminar, e que eu aproveitasse e almoçasse um bacalhau à moda que ele preparou para a ocasião.

Olhando para aquele prato farto de um excelente bacalhau, tive certeza de que minha estadia seria como a pulsação do coração: altos e baixos, para me lembrar de que isto é estar vivo.

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Finda a reunião da tarde, saem todos fazendo algazarra. Lembrei-me do recreio dos tempos do colégio. Um rapaz muito simpático vem em minha direção: – Edison, já estávamos preocupados contigo. Que bom que chegou bem!

Meu futuro grande amigo já me conhecia. Dos folhetos do intercâmbio, das notícias da minha viagem e porque eu era o único retardatário. Todos já estavam ali há dois dias ou mais. Rapidamente Tiago me apresenta às pessoas. Me pergunta se eu já havia ido na imigração, pois tinha 48 horas de prazo para validar o visto. Certamente não, pois havia recém-chegado em Portugal. Ele me apresenta o Sandro. Achei que já tinha visto ele no filme Auto da Compadecida – um dos cangaceiros do Lampião. Sandro também precisava ir à imigração. Não podia imaginar que estes dois se tornariam, em muito pouco tempo, meus amigos tão próximos e queridos. A distância de casa e a solidão dos nossos amores faz isto conosco: nos possibilita novos encontros.

Os dias passam, as atividades do programa de intercâmbio enchem os dias e as noites. Mas ainda faltava conhecer a cidade do Porto. Lembro da primeira vez que estive aqui, indo de Coimbra para Paris. Vim de trem até a estação São Bento. Peguei um taxi até o aeroporto. Achei a cidade feia, cheia de subidas e descidas. Não gostei. E agora iria morar por meses nesta cidade, que já não me parecia tão feia.

Os arranjos entre os colegas do intercâmbio acabaram por me levar a alugar um apartamento com o Tiago e com o Sandro perto da Casa da Música. Tiago no programa de doutorado em Engenharia e Sandro no doutorado em Artes Cênicas. Parecia bom, mas eu nem imaginava que seria tão bom.

Preocupações com a família que ficara no Brasil, com meu trabalho na Universidade do Porto, com a Tese, coisas que sobressaiam a despeito da cidade que se apresentava sorridente para quem vinha de fora.

Finalmente um dia sem atividades acadêmicas nos permitiu dar um passeio. Dentre tantos, decidimos sair caminhando em direção ao Palácio de Cristal– nome sugestivo. O lugar é um parque com muitas coisas interessantes para se olhar. Uma feira do livro. Dali finalmente consegui

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ver o Rio d'Ouro e a ponte da Arrábida, majestosa, alta, que separa a parte de cima, mais nova, e a parte de baixo, mais antiga, de uma cidade que se perdeu nas datas de aniversário. Um muro com aparência muito antiga chama nossa atenção. Circunda os limites do Parque. A curiosidade nos leva a uma escadaria também de pedra, aparentemente tão ou mais antiga que o muro. Ao pé desta escadaricomo uma gruta se abre: paredes de grandes pedras, pedras no alto formando uma caverna, e o chão polido por milhares de solas de calçados, por quase dois mil anos. Estávamos em uma das primeiras ruas pavimentadas da cidade, que dava acesso ao interior do muro da vila, e vinha do cais do d'Ouro. Fiquei imaginando quantas pessoas já passaram por ali. Será que Pedro Alvares Cabral? Algum soldado Romano? Mouros? Soldados medievais indo lutar nas Cruzadas? As pedras falavam conosco, num sussurrar de mil vozes pedidas no tempo. Tocar o muro que já sentiu o passar das pessoas e do tempo nos dá uma sensação de pequenez e finitude, ao mesmo tempo que nos traz a lembrança de que somos todos da mesma tribo chamada Terra.

Vista da ponte Arrábida. Fonte: arquivo pessoal

A vista da margem do rio é linda: casarios centenários, coloridos, com roupas penduradas nas janelas – tradição da cidade. Uma igreja de pedra, certamente com quase mil anos, nos lembra de que estamos no país mais católico da Europa. Miragaia - olhe para Gaia, do outro lado do rio. Nomes evidentes para lugares evidentes: bem Portugal. Caminhamos na margem subindo o d'Ouro. Chegamos no Cais da Ribeira. Lugar badalado, cheio de restaurantes e turistas. A Ponte Don Luiz lembra muito a arquitetura da Torre Eiffel, ambas de projetistas da mesma escola. Dalí era possível ir até Vila Nova de Gaia, atravessando o rio pelo

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tabuleiro inferior, mas tinha muito do Porto para desvelar e Gaia ficaria para outro dia.

Rua milenar. Fonte: arquivo pessoal

Tiago queria provar a “Francesinha”. Um sanduíche de entrevero de carnes, recoberto com queijo gratinado, servido dentro de um prato fundo com molho picante. Não achei grandes coisas, mas afinal ainda éramos turistas, precisávamos provar! Como o lugar mais famoso, Café Santiago, ficava perto – ou achávamos que ficava – fomos caminhando. Depois de uns 30 minutos caminhando morro a cima, exaustos, chegamos à rua do Café. Uma extensa fila nos aguardava. Lembrei-me do aeroporto de Frankfurt. Parece que o lugar era realmente famoso: todos estavam na fila para provar o sanduíche de carne e queijo. Olho para o lado e numa porta fechada estava escrito: Restaurante Escondidinho. Nome adequado. Mal dava para ver que estava ali. Chamei Tiago e Sandro e entramos no restaurante. Lindo. Pareciam aqueles restaurantes de filme de 1930. Na verdade, acho que nem em filme eu havia visto um restaurante tão bem decorado. Sentamo-nos à mesa perto da lareira. Faianças enfeitavam as paredes, juntamente com outras tantas peças de decoração antigas. Pedimos alguns pratos. Serviço impecável.

Louças, talheres, garção, mètre. Poderia escrever uma página de elogios e não conseguiria ser justo. Talvez a palavra impressionante fosse mais adequada para a sensação que senti. Saímos dali muito satisfeitos, entendendo que não só o que comemos alimenta o corpo. O lugar e o ambiente importam em muito na experiência gastronômica.

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Queríamos caminhar mais. A tarde ensolarada com seus 25 graus, início de outono, me lembrava do clima de Porto Alegre, que estava a quase 10 mil quilômetros de distância. Uma saudade triste invadia meu coração, pois todos estes metros me separavam naquele momento da minha esposa e de meu filho, que não podiam estar ali comigo. Vi umas senhoras de lenço preto na cabeça. Imediatamente lembrei-me de minha avó paterna, de descendência portuguesa – Marques da Silva – que nunca abandonou os hábitos de sua mãe, Maria, que provavelmente herdou-os por gerações.

Ruas estreitas levam a ruas largas, que por sua vez se bifurcam em outras tantas ruas estreitas. Um grupo de estudantes, trajando capas de Harry Potter chama a atenção, com suas músicas e performances. O traje se chama Praxe, e as principais universidades de Portugal fazem questão de manter esta tradição milenar.

Muitas coisas para ver, ouvir, sentir. Decidimos voltar para perto do Rio d'Ouro, mas sem descer o morro. Devagar chegamos à igreja de São Francisco, e logo vislumbramos a Estação São Bento. Trens indo e vindo de todos os lugares de Portugal. Caminhamos mais um pouco e chegamos no alto da Ponte Dom Luis. Fizemos a travessia pelo tabuleiro superior até Vila Nova de Gaia, onde é possível ver toda a margem do d'Ouro de ambos os lados. Impressionante! O pôr do sol, as luzes, o dourado das águas do rio causado pelo sol. Na volta resolvo eternizar algumas imagens de tudo aquilo. Uma foto do Cais da Ribeira, iluminado. Outra foto da Estação São Bento ao cair da noite:

Tantos momentos e caminhadas pediam combustível. Nós três decidimos que um boteco seria a melhor pedida. Perto dali estava a reitoria da Universidade do Porto. E perto da reitoria, vários botecos. Sentamos

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junto às mesas na parte de fora do restaurante. Tiago pede um “fino”: um copo de cerveja servida na torneira como nossos chopes no Brasil. O garção cobra 20 cêntimos a mais do que ele achou que ia pagar. Por quê? Na rua é mais caro. Dentro do bar é mais barato! Entramos apressadamente. Estávamos no Piolho, como é conhecido pelos locais o Café Ancora d'Ouro. Lugar muito agradável, mas ao mesmo tempo agitado - as pessoas que lá estavam todas pareciam se conhecer há muito. Pareciam todos alunos da mesma classe – diriam os Lusitanos. Chamamos o garção que se identifica como André. Conta-nos que quando a faculdade de medicina era no prédio ao lado, os alunos viam sempre neste café estudar para as provas, comemorar as vitórias ou afogar os fracassos. Mas o resultado sempre era o mesmo: muita cerveja. E isto acontecia desde 1909, quando o café foi aberto, e pelo que ele sabia muito pouco mudou desde então. Olhando as placas nas paredes notei uma datada de 1938 que dizia “Comemoração dos 20 anos de formatura da turma de medicina...” De novo impressionante! Qualquer coisa no Brasil com mais de 100 anos é uma relíquia. Aqui é bem comum.

Pedi bolinhos de bacalhau e um fino. O André rapidamente providenciou bolinhos recém-fritos e uma cerveja bem gelada. Talvez não fosse o melhor bolinho de bacalhau que eu já tenha comido. Certamente não foi a melhor cerveja. Mas o conjunto da obra merece ser classificado como uma das melhores experiências de viagem que já tive. E tive certeza de que meu aniversário de 50 anos, quando minha esposa e meu filho já estariam ali comigo, seria neste boteco – com todo o carinho que se deve ao termo “boeco”.Depois de alguns finos, muitas conversas com pessoas que nunca havia visto antes, com o André, que nestas alturas já havia se tornado nosso amigo garção do Piolho, decidimos voltar para nosso apartamento.

Caminhar pela rua Cedofeita a uma da manhã é tarefa fácil e agradável. E nunca estamos sozinhos, pois vários transeuntes se estacionam nas calcadas e arredores para conversar, ou só para ficar pensando na vida. Uma placa explica o nome da rua: Cedofeita, pois a pavimentação da rua foi concluída antes do previsto. Cedo feita. Bem Portugal!

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Aquele caminho que me levava até nossa casa provisória, com minha família substituta Tiago e Sandro, me lembrava que nunca estamos sozinhos. Sempre trazemos conosco, em nossos corações, nossos amores. E nunca estamos inteiros, pois sempre deixamos parte do nosso coração com quem amamos.

E isso é bom!

Sandro, Tiago e Edison. Fonte: arquivo pessoal

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