Assistência Domiciliar - Atualidades dos serviços de enfermagem

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William Malagutti (Organizador) Coordenador e Docente da Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Gama Filho (UGF), SP. Docente convidado da Pós-Graduação do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição (CEEN) da Universidade Católica de Goiás (UCG). Consultor da área de saúde da Consultoria e Planejamento de Saúde, SP Assessor do Periódico Enfermagem Brasil, SP. Enfermeiro da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Mestre em Educação, Administração e Comunicação pela Universidade São Marcos (Unimarco), SP. Especialista em Educação em Enfermagem pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FioCruz), RJ. Especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto de Pesquisas Hospitalares (IPH), SP. Graduado em Enfermagem pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), SP. Licenciado em Enfermagem pela UMC. Enfermeiro colaborador da Câmara Técnica do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP).

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Assistência Domiciliar – Atualidades da Assistência de Enfermagem Copyright © 2012 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-64956-27-8 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora. Produção e Capa Equipe Rubio Editoração eletrônica EDEL

Assistência Domiciliar – Atualidades da Assistência de Enfermagem / William Malagutti (organizador) – Rio de Janeiro: Rubio, 2012.

336p.; 16 cm

Vários colaboradores. Inclui bibliografia e índice. ISBN 978-85-64956-27-8

1. Cuidados domiciliares de saúde. 2. Serviços de Assistência Domiciliar. 3. Qualidade de vida. I. Malagutti, William. CDD 614.4

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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Colaboradores

Adriana Hillesheim

Professora de Enfermagem da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), SC. Mestranda em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo (UPF), RS. Especialista em Saúde da Família pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), BA. Graduada em Enfermagem pela UPF, RS.

Analucia de Lucena Torres

Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mestre em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduada em Psicologia pela UFPB. Graduada em Enfermagem pela Faculdade Santa Emilia de Rodat (Faser), PB.

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Ana Karina Bezerra Pinheiro

Coordenadora da Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutora em Enfermagem pela UFC. Pesquisadora CNPq.

Ana Maria Duarte Dias da Costa

Coordenadora do Programa de Mestrado em Saúde da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), MG. Professora Titular da Unifenas, MG. Doutora em Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), SP. Mestre em Farmacologia pela Unicamp, SP. Especialista em Endodontia pelo Conselho Federal de Odontologia. Graduada em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), MG. Compõe o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Basis), do Ministério da Educação (MEC). Membro de Grupos de Pesquisa na Unifenas, MG.

Ana Paula Hermann

Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Enfermagem pela UFPR. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Cuidar Humano e Enfermagem (Nepeche).

Andre Luis Cortez Minchillo

Presidente do Núcleo Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços em Domicílio (Nead). Atua no Grupo Ideal Care. Médico formado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA), SP. Especialista em Negócios para Executivos pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ángela Sanjuán Quiles

Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade de Alicante, Espanha. Doutora em Enfermagem pela Universidade de Alicante, Espanha.

Antônia Maria da Silva Santos

Professora e Chefe do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Saúde do Adulto e do Idoso da UFPE. Especialista em Enfermagem em Saúde Mental pela UFPE. Graduada em Enfermagem pela UFPE.

Augusto Ferreira

Doutor em Enfermagem pela Universidade Católica do Uruguai (UCU). Secretário Acadêmico e Professor Adjunto da Faculdade de Enfermagem pela UCU. Coordenador do Serviço de Atendimento Domiciliar do Hospital Evangélico do Uruguai.

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Carlos Leonardo Figueiredo Cunha

Professor da Faculdade Laboro/Universidade Estácio de Sá, MA. Doutorando em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Saúde Materno-Infantil pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Especialista em Planejamento, Programação e Políticas de Saúde pela Faculdade Laboro/ Universidade Estácio de Sá. Especialista em Saúde da Família pela UFMA. Especialista em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem, pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Pesquisador do Laboratório de Situações Endêmicas Regionais (Laser/ENSP/FioCruz). Certificador dos Hospitais de Ensino pelo Ministério da Saúde. Graduado em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

Cecília Maria Brondani

Enfermeira do Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM), RS. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS. Especialista em Educação Profissional na área de Enfermagem pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FioCruz). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem da UFSM, RS.

Ednaldo Cavalcante de Araújo

Professor do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do Departamento de Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pós-Doutorado pela Université René Descartes, Departement des Sciences Sociales, Faculté des Sciences Humaines et Sociales − Sorbonne/Paris, França. Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Enfermagem Pediátrica pela UFPB. Graduado em Enfermagem pela UFPB.

Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos

Professora-Doutora do Departamento de Enfermagem e Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialista em Enfermagem do Trabalho pela UFPE. Graduada em Enfermagem pela UFPE.

Fabia Alexandra Pottes Alves

Professora do Departamento de Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Mestre em Saúde Coletiva pela UFPE. Especialista em Saúde Pública pela UFPE.

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Fábio de Souza Terra

Professor Adjunto da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), MG. Doutor em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem Fundamental, pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Saúde pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), MG. Graduado em Enfermagem pela Unifal, MG. Membro de Grupos de Pesquisa na Unifal (MG) e na USP (SP).

Gleice A. Elali

Professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutora em Estruturas Ambientais Urbanas pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Estruturas Ambientais Urbanas pela USP. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRN. Graduada em Psicologia pela UFRN. Participa da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (Anpepp-GT Psicologia Ambiental).

Hellen Roehrs

Chefe do Departamento de Enfermagem e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutoranda em Enfermagem pela UFPR. Mestre em Enfermagem pela UFPR. Especialista em Saúde Coletiva pela UFPR. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFPR. Membro e pesquisadora do grupo Tecnologia e Inovação em Saúde (TIS/UFPR). Ex-Conselheira e Diretora do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná. Gestão 2008-2011.

Inês Gimenes Rodrigues

Coordenadora do Grupo de Pesquisa Dor e Cuidados Paliativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), PR. Professora Adjunta na UEL, PR. Doutora em Enfermagem Fundamental pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Enfermagem pela USP. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UEL, PR.

Iracema da Silva Frazão

Professora-Doutora do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutora em Serviço Social pela UFPE. Mestre em Nutrição pela UFPE. Especialista em Gestão da Qualidade e Produtividade pela Universidade de Pernambuco (UPE). Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Ivana Varela Feitosa

Integrante do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Saúde da Criança, vinculado ao Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza (Unifor), CE. Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Janislei Giseli Dorociaki Stocco

Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFPR.

José Luis Tato

Chefe do Departamento de Enfermagem do Hospital Vilardebó de Montevidéu, Uruguai. Professor Adjunto de Enfermagem em Psiquiatria da Faculdade de Enfermagem na Universidade Católica do Uruguai (UCU). Especialista em Enfermagem em Saúde Mental pela UCU.

José Ramón Martínez Riera

Professor Titular do Departamento de Enfermagem Comunitária, Medicina Preventiva e Saúde Pública e História da Ciência. Universidade de Alicante, Espanha. Doutor em Saúde Pública pelo Departamento de Saúde Pública da Universidade de Alicante, Espanha. Mestre em Ciências da Enfermagem pela Universidade de Alicante, Espanha.

Juliana Rique

Enfermeira do Programa de Saúde da Família do município de Recife, PE. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Karla Crozeta

Professora-Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutoranda em Enfermagem pela UFPR. Mestre em Enfermagem pela UFPR. Especialista em Gestão Pública em Saúde pela UFPR. Graduada e Licenciada em Enfermagem pela UFPR.

Kátia Lilian Sedrez Celich

Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), RS. Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), RS.

Laíse Conceição Caetano

Professora-Doutora pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Enfermagem Obstétrica pela USP. Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Graduada em Enfermagem pela UFMG.

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Leomar Albini

Coordenadora do Sistema de Hemovigilância do Hospital das Clinicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR). Enfermeira do Comitê Transfusional do HC da UFPR. Doutoranda em Enfermagem pela UFPR. Mestre em Enfermagem pela UFPR. Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela UFPR. Graduada em Enfermagem pela UFPR. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Cuidado Humano de Enfermagem (Nepeche).

Leoni Terezinha Zenevicz

Professora Titular da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), SC. Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), RS. Graduada em Enfermagem pela Fundação Educacional do Alto Uruguai Catarinense (Feauc), SC.

Liza Manuelle Batista Moreira da Silva

Médica-Residente no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Graduada em Enfermagem pela UFPE.

Luciane Favero Basegio

Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Enfermagem pela UFPR. Especialista em Enfermagem Pediátrica com ênfase em UTI Pediátrica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFPR. Professora na Universidade Positivo, PR.

Luísa Canestraro Kalinowski

Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Enfermagem pela UFPR. Membro do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem (Nepeche/UFPR).

Luiza Jane Eyre de Souza Vieira

Professora do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza (Unifor) e do Doutora em Saúde Coletiva na modalidade Associação Ampla entre a Universidade Estadual do Ceará (UFC) e a Unifor (UECE). Doutora em Enfermagem pela UFC. Mestre em Enfermagem pela UFC. Pesquisadora CNPq. Graduada em Enfermagem pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), BA.

Márcia Maria Fontão Zago

Consultora da Capes do CNPq e da Fapesp e de conselhos editoriais de vários periódicos. Doutora em Enfermagem Fundamental pela Universidade de São Paulo (USP).

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Mestre em Enfermagem Fundamental pela USP. Graduada em Enfermagem pela USP. Professora-Associada (MS-5) de Enfermagem na USP.

Maria Ribeiro Lacerda (Prefaciadora)

Professora Adjunta da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da UFPR. Coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem (Nepeche). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Enfermagem pela UFSC. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), PR.

Marilene Rodrigues Portella

Professora do Programa de Pós-Graduação e Mestrado em Envelhecimento Humano da Universidade de Passo Fundo (UPF), RS. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Gerontóloga pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Líder do Grupo de Pesquisa Vivencer UPF/CNPq. Tutora, no biênio 2010-2011, do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) em convênio entre Ministério da Saúde e Prefeitura Municipal de Passo Fundo.

Marineli Joaquim Meier

Professora Adjunta da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Graduação e no Programa de Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado em Enfermagem. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Graduada em Enfermagem com Habilitação em Licenciatura pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Margrid Beuter

Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS. Coordenadora Substituta do Curso de Graduação em Enfermagem de Santa Maria da UFSM. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem da UFSM, RS. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela UFSM, RS.

Mirna Albuquerque Frota

Vice-Presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE). Professora Adjunta do Curso de Graduação em Enfermagem e do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza (Unifor). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Saúde da Criança, vinculado ao Mestrado em Saúde Coletiva da Unifor. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Enfermagem pela UFC.

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Editora-Chefe da Revista Tendências da Enfermagem Profissional (ReTEP). Autora do livro Desnutrição Infantil na Família: Causa Obscura. Líder do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Saúde da Criança (Nupesc/CNPq/Unifor). Especialista em Enfermagem em Saúde Pública pela UFC. Graduada em Enfermagem pela UFC.

Mônica Elinor Alves Gama

Diretora Acadêmica da Faculdade Laboro/Universidade Estácio de Sá, MA. Professora Adjunta da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Doutora em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora-colaboradora da USP. Parecerista da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). Consultora Temporária do Ministério da Saúde.

Osvaldo Albuquerque Sousa Filho (Posfaciador)

Vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Enfermeiro do Instituto Dr. José Frota (IJF) e da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA/CGTES). Mestre em Educação em Saúde pela Universidade de Fortaleza (Unifor), CE. Especialista em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduado em Enfermagem pela UECE.

Raimunda Magalhães da Silva

Coordenadora e Professora Titular do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza (Unifor). Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Regina Zanella Penteado

Professora do curso de Fonoaudiologia da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), SP. Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Saúde Pública pela USP. Especialista em Fonoaudiologia pela Unimep, SP. Graduada em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), SP.

Regina Yoshie Matsue

Professora do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza (Unifor). Pós-Doutorado pela Universidade Nacional de Cingapura. Doutora em International Political Economy pela Universidade de Tsukuba, Japão. Mestre em Master of Arts in Area Studies pela Universidade de Tsukuba, Japão. Mestre em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB). Graduada em Antropologia Social pela UnB.

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Thânia Maria Rodrigues Figueiredo

Graduada em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Membro do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Promoção da Saúde de Pessoas com Hipertensão Arterial (Nuespha), Fortaleza, CE.

Vanessa Gomes Silveira

Professora das Faculdades Nordeste (Fanor), CE. Mestranda em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes/Prosup). Integrante do Núcleo de Pesquisa e Estudo em Saúde da Criança (Nupesc). Graduada em Ciências da Nutrição pela Unifor.

Viviane Lima de Farias Rissi

Mestre em Educação em Saúde pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Membro da Organização Educacional Farias Brito, CE.

Zélia Maria de Sousa Araújo Santos

Professora Titular do Curso de Enfermagem e do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza (Unifor). Líder do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão na Promoção da Saúde de Pessoas com Hipertensão Arterial (Nuespha), Fortaleza, CE. Pós-Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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Agradecimentos

A Deus, pela “força” que une e ilumina as pessoas. À minha mãe, Odete Amábile Malagutti (in memoriam), uma incrível pessoa com quem tive o privilégio de conviver por algumas décadas. A Elaine, Mariana, Leticia e Gabriel, minha estimada família, com que tenho a enorme alegria de conviver. À Dra. Maria Ribeiro Lacerda e a Rita de Cássia Chamma, competentes profissionais e seres iluminados a quem estimo. Aos colaboradores desta obra, os quais não pouparam esforços individuais e coletivos para que este trabalho fosse concretizado. Aos leitores, que, após contato com as informações, poderão agregar mais subsídios técnicos às suas competências e, por conseguinte, prestar melhor assistência a seus pacientes. William Malagutti

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Apresentação

O cenário de saúde no Brasil vem sofrendo modificações estruturais, desde a implantação do SUS na década de 1980 até o presente, com o objetivo de atender a população na diversidade de agravos que a acometem nos tempos atuais, no tratamento de doenças infecciosas e doenças e agravos não transmissíveis entre outros. A atenção primária em saúde tem sido responsável pela grande maioria de atendimentos a esse grupo populacional, e nem sempre oferece um serviço de qualidade capaz de minimizar a demanda de atendimento por esses usuários, seja pelo grande contingente de pessoas a serem atendidas nestes serviços, ou pela escassez de profissionais capacitados e aptos ao atendimento. Nesse cenário, surge o Programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF), com o objetivo de cuidar da saúde dessa clientela e com uma proposta de serviços focados na Atenção Primária em Saúde, a serem prestados antes que esses sujeitos

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adoeçam e evoluam com complicações que onerem os serviços de saúde. Este serviço tem como suporte o Núcleo Atenção de Saúde da Família (NASF), que complementa os atendimentos quando se requer maior complexidade para o estabelecimento de um diagnóstico mais preciso de alguns pacientes. Surgem também na Atenção Primária em Saúde, algumas propostas de atuação denominadas Atenção Domiciliar, que possui ampla diversidade de atuações no Atendimento Domiciliar, nos serviços de Internação Domiciliar e na Visita Domiciliar; e ainda a Vigilância Domiciliar que, contribuindo para assistência à grandes grupos populacionais em alguns municípios brasileiros, vem reduzindo a incidência de complicações em algumas patologias. O objetivo desta obra, que reúne textos de especialistas neste campo de atuação, é mostrar suas experiências e vivências na área de Assistência Domiciliar, contribuindo assim para a formação de especialistas em Enfermagem e Medicina que atuam ou atuarão nesta área. O conjunto de temas aqui abordados irá estimular os profissionais da área de saúde, por meio de uma ampla diversidade de assuntos referentes ao atendimento domiciliar e aos usuários desses serviços, na Gestão de serviços de Assistência Domiciliar, bem como de posturas e condutas que devem caracterizar os profissionais que atuam neste segmento. Os profissionais envolvidos em atendimento domiciliar encontrarão neste livro melhores subsídios técnicos, que lhes agregarão competências e habilidades, com o que poderão oferecer uma assistência de melhor qualidade a esses usuários. Boa leitura a todos!

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Prefácio

O cuidado, a assistência, a atenção, a visita ou a internação domiciliares têm constituído uma continuidade dos cuidados em saúde em nosso país, e esta prática milenar se renova para atender demandas econômicas e sociais de nossa população. A realidade dessa práxis exige conhecimento específico, o que torna necessária a produção de conhecimento que sirva de ferramenta aos profissionais de saúde, em especial os profissionais de Enfermagem, categoria que sustenta a realização de todas as ações de saúde do Brasil. O domicílio não se expressa somente por um espaço físico, mas por um conjunto de coisas, pessoas e acontecimentos que influem e são influenciados pelos cuidados em saúde. É esse contexto rico em vida que impulsiona o profissional de saúde a prestar um cuidado adequado, eficiente e eficaz ao paciente, sua família e pessoas significativas. Um livro que trata de temas como sistematização do cuidado, à visita domiciliar no âmbito da atenção à saúde, impor­

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tância e metodologia da visita domiciliar, atendimento domiciliar ao paciente com transtorno mental, ao paciente renal crônico e ao portador de AIDS, cuidado domiciliar do idoso, tratamento de feridas, benefícios e riscos enfrentados pelo cuidador no cuidado domiciliar, cuidado domiciliar de pessoas idosas com a doença de Alzheimer, a visita domiciliar como importante ferramenta na assistência domiciliar, os cuidadores informais no cuidado domiciliar, a morte no domicílio, a ética no cuidado domiciliar, a educação permanente como suporte para o profissional que atua no domicílio, o uso da tecnologia, a privatização dos serviços de cuidado domiciliar e relato de experiência (extensão de cuidado domiciliar a criança desnutrida, cuidado no domicílio e na escola: estratégia de promoção da saúde auditiva da criança) com certeza representa um instrumento potencial de reflexão e aprendizagem para os profissionais que prestam o cuidado em domicílio. Maria Ribeiro Lacerda

Professora Adjunta da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da UFPR. Coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Cuidado Humano de Enfermagem (Nepeche). Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em Enfermagem pela UFSC. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), PR.

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Sumário

Capítulo 1 A Visão dos Serviços Privados de Assistência Domiciliar, 1 Capítulo 2 Cuidado Sistematizado de Enfermagem no Domicílio, 11 Capítulo 3 A Importância da Visita Domiciliar Como Ferramenta na Assistência Domiciliar, 19 Capítulo 4 A Visita Domiciliar no Âmbito da Atenção Primária em Saúde, 37 Capítulo 5 Importância e Metodologia da Visita Domiciliar, 49 Capítulo 6 O Cuidado Materno da Criança Desnutrida em seu Domicílio, 77 Capítulo 7 Atenção Domiciliar como Estratégia de Cuidado ao Adolescente Portador de Transtorno Mental, 85

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Capítulo 8 Atendimento Domiciliar ao Paciente com Transtornos Mentais, 97 Capítulo 9 Prevenção e/ou Controle da Doença Hipertensiva Específica da Gravidez – Análise do Saber da Gestante com Foco no Cuidado Domiciliar, 111 Capítulo 10 Cuidado Domiciliar do Paciente Renal Crônico, 125 Capítulo 11 Cuidado Domiciliar do Paciente com AIDS, 141 Capítulo 12 Cuidado Domiciliar do Idoso Portador de Diabetes, 155 Capítulo 13 Cuidado Domiciliar do Idoso, 165 Capítulo 14 Tratamento de Feridas no Domicílio, 175 Capítulo 15 Relato de Experiência do Acompanhamento de Cuidadores Familiares e a Assistência Domiciliar, 185 Capítulo 16 Benefícios e Riscos Enfrentados pelo Cuidador na Assistência Domiciliar, 195 Capítulo 17 Cuidado Domiciliar de Pessoas Idosas com Doença de Alzheimer, 207 Capítulo 18 Cuidadores Informais na Assistência Domiciliar, 225 Capítulo 19 A Morte do Paciente no Domicílio, 235 Capítulo 20 Ética no Cuidado do Paciente em Atendimento Domiciliar, 253 Capítulo 21 Educação Permanente: um Suporte Importante na Formação do Profissional que Atua no Domicílio, 265 Capítulo 22 O Uso da Tecnologia na Internação Domiciliar, 275 Capítulo 23 Cuidado no Domicílio e na Escola: Estratégia de Promoção da Saúde Auditiva da Criança, 285 Posfácio, 301 Índice, 303

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capítulo

1

A Visão dos Serviços Privados de Assistência Domiciliar

Andre Luis Cortez Minchillo

Introdução Acompanhando as tendências mundiais, que buscam caminhos para a sustentabilidade do setor de saúde, a atenção domiciliar no Brasil ganha destaque. Em sua moderna concepção, esse conceito de atendimento coloca-se como importante aliado nas ações de saúde. Englobando práticas gerenciais complexas e atividades clínicas abrangentes, a atenção domiciliar agrega ao ciclo de atendimento dos pacientes uma série de vantagens que contribuem positivamente para os indicadores financeiros e epidemiológicos. Esse setor ocupa importante papel em todas as discussões das políticas de saúde pública e privada em todo o mundo. Relativamente jovem no Brasil, essa modalidade assistencial encontra-se em franco crescimento, seja nos aspectos de demanda

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Assistência Domiciliar – Atualidades da Assistência de Enfermagem

de serviço, na velocidade com que se incorpora às práticas de estudo e pesquisa, e no desenvolvimento da indústria de saúde em nosso país. A organização do sistema social em regiões urbanas e a crescente evolução na expectativa de vida de nossa população, com consequente incremento na incidência de doenças crônico-degenerativas, contribuem para um olhar mais acurado na busca de soluções para os inúmeros desafios que o setor enfrenta.

Um pouco de história do atendimento domiciliar no Brasil Não existem muitos registros formais do aparecimento do atendimento domiciliar no Brasil. As primeiras referências remetem ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (Samdu), criado em 1949 no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o Hospital do Servidor Público Estadual inicia, a partir de 1968, a implantação de um serviço estruturado de atenção domiciliar com o objetivo de diminuir a taxa de permanência naquele hospital. Na década de 1990, o Ministério da Saúde cria o Programa de Saúde da Família (PSF), e a Universidade de São Paulo (USP) inaugura o Núcleo da Assistência Domiciliar Interdisciplinar (NADI). No setor privado surgem as primeiras empresas privadas organizadas especificamente para o atendimento domiciliar, levando a uma forte expansão desse segmento econômico. Organizam-se nos anos seguintes inúmeros eventos direcionados para a discussão da atenção domiciliar, contribuindo de forma eficiente para a criação e o aprimoramento do pensamento acadêmico e gerencial, necessários para a consolidação da atividade. Como consequência direta da prática assistencial, identificou-se a necessidade de parametrizações legais, com normas e regras específicas para se garantir a qualidade dos serviços prestados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cria, em 2006, a Norma Regulatória (RDC) no 11, em que estabelece os parâmetros para a regulamentação técnica do funcionamento das empresas prestadoras de serviço. Estabelece ainda as definições das diferentes modalidades de atendimento e os recursos mínimos necessários por tipo de atividade. Marco reconhecidamente importante, tem-se nessa regulamentação a possibilidade de avaliação de resultados por meio de indicadores por ela estabelecidos. Surgem as entidades representativas do setor, como o Núcleo Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Atenção Domiciliar (NEAD), com o firme propósito de auxiliar no desenvolvimento da atividade com base nas boas práticas de gestão, no aprimoramento dos diversos profissionais e no fomento à pesquisa. Observa-se o aparecimento de novas empresas em vários Estados da Federação.

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A Visão dos Serviços Privados de Assistência Domiciliar

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Alguns conceitos A execução dos serviços de atendimento em domicílio, em seu início, revestiu-se de caráter mais prático, sem as preocupações com o estabelecimento de referências técnicas estabelecidas por consenso que auxiliariam na parametrização desejada. Com o tempo, encontrava-se uma vasta sinonímia para as mesmas modalidades assistenciais, gerando dúvidas em todos os envolvidos. Novamente, a RDC no 11 contribui para aclarar essas definições.1 Nessa norma são estabelecidos os seguintes conceitos: Alta da atenção domiciliar: ato que determina o encerramento da prestação de serviços de atenção domiciliar em função de: yy Internação hospitalar. yy Estabilização clínica. yy Cura. yy A pedido do paciente e/ou responsável. yy Óbito. Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio. Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e desenvolvidas em domicílio. Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar capacitada para auxiliar o paciente em suas necessidades e atividades da vida cotidiana. Equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD): profissionais que compõem a equipe técnica de atenção domiciliar com a função de prestar assistência clinicoterapêutica e psicossocial ao paciente em seu domicílio. Internação domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas por atenção em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo que requer tratamento com tecnologia especializada. Plano de Atenção Domiciliar (PAD): documento que contempla um conjunto de medidas que orienta a atuação de todos os profissionais envolvidos de maneira direta ou indireta na assistência a cada paciente em seu domicílio desde sua admissão até a alta. Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): instituição pública ou privada responsável pelo gerenciamento e pela operacionalização de assistência e/ou internação domiciliar. A partir da publicação da RDC no 11, as instituições prestadoras de serviços, os financiadores e o consumidor puderam estabelecer uma linguagem única, agente

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facilitador nos diferentes momentos da assistência ao paciente, nos acordos comerciais e no estabelecimento de indicadores quantitativos e qualitativos.

Modalidades de atendimento Na evolução da prestação de serviços, vários fatores contribuem para que seja possível uma atuação assistencial mais ampla. As experiências adquiridas pelas empresas privadas, aliadas ao fortalecimento dos modelos de gestão operacionais e técnicos, permitem ações mais integrais na rede de cuidados. A inclusão de tecnologias cada vez mais acessíveis e de menor custo contribui para melhorar os resultados assistenciais. O uso de ferramentas na internet facilita a comunicação entre a equipe multiprofissional e o paciente em sua residência. Como consequência, o portfólio de produtos e serviços adapta-se às necessidades do mercado de saúde brasileiro, cada vez mais exigente e com necessidades diversas. Atendendo ao ciclo natural das doenças, a atenção domiciliar leva até o domicilio programas que contemplam a prevenção e gestão de risco em saúde. Na busca da detecção precoce de possíveis agravos são propostas ações educativas e de orientação sobre fatores de risco e medidas de prevenção. O foco são doenças crônico-degenerativas, que atingem aproximadamente um terço da população adulta. A modalidade de atenção domiciliar, com caráter estritamente assistencial, divide-se em dois grandes grupos: a internação domiciliar e o atendimento domiciliar. O primeiro, com atividades mais complexas, é indicado para pacientes que requerem acompanhamento mais integral em decorrência da complexidade do quadro clínico. Já o atendimento domiciliar é reservado para os casos em que o paciente requeira acompanhamento médico domiciliar, mas sem a necessidade de permanência em tempo integral da equipe multiprofissional em sua residência. A correta indicação, com critérios de elegibilidade precisos, pode ser amparada por escores de avaliação, embora caiba ao profissional que acompanha o paciente a decisão sobre o melhor planejamento assistencial para a continuidade do acompanhamento. Nos últimos anos, a inserção do atendimento pré-hospitalar (APH), que se caracteriza pela prestação de serviço de emergência ou urgência fora do ambiente hospitalar, tem-se mostrado de importância primordial. Integrado à cadeia de valores assistenciais, o APH favorece ações emergenciais para os pacientes em atendimento domiciliar, de modo que, no caso de haver a possibilidade de estabilização do quadro clínico, promove a permanência do paciente em casa. Quando necessário, devido a risco iminente, o encaminhamento a instituições hospitalares é feito por decisão da equipe da empresa que está prestando o serviço e do profissional que está realizando o atendimento em domicílio, respeitando-se a ética e as competências de cada um.

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capítulo

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A Visita Domiciliar no Âmbito da Atenção Primária em Saúde

Carlos Leonardo Figueiredo Cunha Mônica Elinor Alves Gama

Introdução Na sociedade contemporânea, tem sido crescente a busca por estratégias que visem à redução de custos, refletindo o enfoque da política neoliberal de redução dos gastos estatais, até mesmo nas ações de saúde.1 Nesse contexto, a assistência prestada por meio da visita domiciliar (VD) constitui um instrumento de atenção à saúde que possibilita, a partir do conhecimento da realidade do indivíduo e sua família in loco, fortalecer os vínculos do paciente, da terapêutica e do profissional, assim como atuar na promoção de saúde, prevenção, tratamento e reabilitação de doenças e agravos. A VD tem sido apontada como importante veículo de operacionalização de parte de um programa ou de uma política de assistência à saúde presente na sociedade em dado momento

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histórico, possibilitando a concretização da longitudinalidade, integralidade, acessibilidade e a interação entre o profissional e o usuário/família.2 No Brasil, o enfoque da intervenção domiciliária foi introduzido no início do século XX, por meio de práticas sanitárias trazidas da Europa, em especial por Oswaldo Cruz, Emilio Ribas e Carlos Chagas. A VD constituiu estratégia eficaz no combate às doenças transmissíveis naquela época.1 A VD vem ganhando visibilidade, e sua prática tem-se tornado indispensável no Brasil desde a década de 1990 com a progressiva efetivação de um novo modelo de atenção à saúde, com enfoque na promoção da saúde individual e coletiva, inicialmente por meio do Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e, por fim, com a institucionalização da Estratégia Saúde da Família (ESF), na última década.3 De acordo com a Portaria GM no 648, de 29/3/2006,4 que aprova a Política Nacional de Atenção Básica e estabelece diretrizes e normas para a organização desse nível de atenção, é atribuição comum a todos os profissionais da equipe da saúde da família realizar o cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente, no âmbito da unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários, quando necessário. Para a ESF, a VD é uma tecnologia de interação no cuidado à saúde, sendo de fundamental importância quando adotada pela equipe de saúde no conhecimento das condições de vida e saúde das famílias sob sua responsabilidade. Estabelece o rompimento do modelo hegemônico, centrado na doença, no qual predomina uma postura profissional tecnocrática e de pouca interação com o usuário, voltando-se à nova proposta de atendimento integral e humanizado do indivíduo inserido em seu contexto familiar.5 A VD configura-se como uma das modalidades da atenção domiciliar à saúde, abrangendo a atenção, o atendimento e a internação domiciliares. Cada uma dessas atividades tem finalidades, objetivos e práticas específicas. A visita fornece subsídios para a execução das demais modalidades (Figura 4.1).6 A VD só se configura como instrumento de trabalho intervencionista das equipes de saúde da família quando previamente planejada e realizada de forma sistematizada, iniciando-se antes e continuamente após o ato da visitação.7 Nem toda ida do profissional ao domicílio do usuário pode ser considerada VD, pois para se caracterizar como tal deve estar pautada em objetivos claros e ser previamente delineada pela equipe de profissionais.

Visita domiciliar

Objetivos Para a execução da VD, o primeiro passo é definir seu foco, que pode abranger um ou mais dos seguintes8 objetivos:

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A Visita Domiciliar no Âmbito da Atenção Primária em Saúde

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Figura 4.1 Representação esquemática da atenção à saúde domiciliar e suas respectivas modali­dades Fonte: adaptada de Takahashi, 2001.7

Conhecer o domicílio e suas características ambientais, identificando condições socioeconômicas e culturais. Verificar a estrutura e a dinâmica familiares com elaboração do genograma ou familiograma e o ecomapa. Identificar fatores de risco individuais e familiares. Prestar assistência ao paciente no seu próprio domicílio, especialmente em caso de acamados. Auxiliar no controle e prevenção de doenças transmissíveis, agravos e doenças não transmissíveis, estimulando a adesão ao tratamento, medicamentoso ou não. Promover ações de promoção à saúde, incentivando a mudança de estilo de vida. Propiciar ao indivíduo e à família a participação ativa no processo saúde-doença. Adequar o atendimento às necessidades e expectativas do indivíduo e de seus familiares. Intervir precocemente na evolução para complicações e internações hospitalares. Estimular a independência e a autonomia do indivíduo e de sua família, incentivando práticas para o autocuidado. Aperfeiçoar recursos disponíveis, no que tange a saúde pública, promoção social e participação comunitária.

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Organização Na organização da VD, alguns itens devem ser observados para se garantir o alcance do objetivo proposto com a priorização de indivíduos e/ou famílias de maior risco. A sistematização da visita dá-se por meio do planejamento, execução e avaliação conjunta da equipe de profissionais.7

Planejamento As visitas devem ser programadas rotineiramente pela equipe de saúde da família, devendo a seleção do indivíduo e/ou das famílias ser pautada nos critérios definidores de prioridades, por conta de especificidades individuais ou familiares.9 Assim, deve-se considerar como critérios gerais: Situações ou problemas novos na família relacionados à saúde ou que constituem risco à saúde (morte súbita do provedor, abandono de um dos genitores, situação financeira crítica etc.). Situação ou problema crônico agravado. Situação de urgência. Problemas de imobilidade e/ou incapacidade que impedem o deslocamento até a unidade de saúde. Problemas de acesso à unidade (condições da estrada, ausência de meios de transporte etc.). Entre os adultos são priorizadas visitas domiciliares quando da identificação: do problema de saúde agudo que necessite de internação domiciliar. das ausências no atendimento programado. dos portadores de doenças transmissíveis de notificação obrigatória. dos hipertensos, diabéticos, portadores de tuberculose e hanseníase que não estão aderindo ao tratamento. Para o grupo de idosos, crianças e gestantes são consideradas prioritárias situações que são mostradas na Figura 4.2. Para garantir a priorização das situações de maior risco deve-se aplicar uma escala de risco familiar, pautada nas informações presentes na ficha de cadastro da família (Tabela 4.1) do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), implantado em 2008.10 Elegem-se informações da Ficha A como sentinelas para avaliação das situações a que as famílias possam estar expostas, pontuando-se o Risco Familiar e estabelecendo-se estratégias para priorizar a visita às famílias que tenham maiores escores. Algumas situações podem representar riscos específicos à saúde da família ou de seus componentes, devendo ser observadas as especificidades em relação às áreas de

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capítulo

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Importância e Metodologia da Visita Domiciliar

José Ramón Martínez Riera Ángela Sanjuán Quiles

Introdução A visita domiciliar tem sido ao longo do tempo o principal elo entre os profissionais da saúde e a família. O domicílio é identificado como o melhor lugar terapêutico e desejável para trabalhar com a família, já que oferece a oportunidade de observar as interações familiares, os padrões de adaptação e os estilos de vida. Porém, tanto os objetivos quanto sua importância como atividade profissional têm variado em função de fatores demográficos, sociais, culturais ou organizacionais. Atualmente, as mudanças demográficas, centralizadas principalmente no envelhecimento progressivo da população (sobretudo nos países mais desenvolvidos e industrializados), e o aumento das doenças crônico-degenerativas estão gerando novas e massivas demandas de cuidados que exigem dos

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sistemas de saúde o planejamento de estratégias eficientes e eficazes que permitam a sustentabilidade das prestações e a sua qualidade. Entre as necessidades sócio-sanitárias mais importantes no momento encontra-se o cuidado de idosos, já que o crescimento da população nessa idade está provocando uma mudança no perfil epidemiológico da população. Essas pessoas têm características especiais: padecem mais de patologias (normalmente de natureza crônica e degenerativa), estão polimedicadas, com alto grau de incapacitação, dependentes de cuidadores familiares ou do sistema de saúde e, geralmente, estão confinadas em domicílios e instituições. Embora não se possa associar envelhecimento com doença, é nas pessoas mais idosas e, mais acentuadamente, naquelas com mais de 75 anos de idade que se dão a incidência e a prevalência de muitas enfermidades e sua progressiva limitação funcional, incidindo de forma direta no aumento da demanda sanitária, em especial sobre a necessidade de cuidados de enfermagem. Aos fatores demográficos acrescentam-se os seguintes fatores sociais: Em muitos países aumenta o número de idosos que vivem sozinhos. Importantes mudanças na família tradicional (novas estruturas familiares) geram novas dinâmicas familiares e novas demandas de saúde das famílias. Progressiva e necessária incorporação da mulher ao mercado de trabalho, o que muda a prestação de cuidados no âmbito familiar − até há pouco tempo centrada quase exclusivamente nos cuidados prestados pela mulher. Tudo isso provoca mudança importante na prestação de cuidados no âmbito familiar quanto a estrutura, composição e tamanho das unidades familiares. Por outro lado, vão desaparecendo as redes de apoio de parentesco e os sistemas de apoio informais,* prestados principalmente por vizinhos, amigos etc., que estão se debilitando ao modificarem-se os padrões e as normas de convivência, o que somado ao crescimento da demanda de cuidados implica considerável aumento dos custos que o Estado deve assumir. Em muitas ocasiões, o sistema de saúde não pode responder às necessidades das pessoas mais idosas após um período de hospitalização. Em muitos casos, a falta de recursos leva a família a assumir esses cuidados, com o previsível impacto na qualidade de vida dos cuidadores e de todos os membros da família. *Embora a literatura científica essencialmente recorra ao termo informal para se referir ao cuidado não remunerado prestado por pessoas vinculadas aos sistemas de saúde, preferimos utilizar a expressão cuidados familiares (se for prestado por um familiar) ou os termos externo e/ou remunerado (se for prestado por uma pessoa de fora do ambiente familiar e/ou se ela receber compensação financeira pelo trabalho). Isso se justifica pelo fato de o dicionário definir como informal a pessoa que não cumpre aquilo que se espera dela; por isso acreditamos que não é a melhor maneira de definir aqueles que o fazem, na maioria das vezes, com total dedicação e abnegação.

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Tudo isso indica que estamos diante de uma mudança na demanda assistencial, em que o cuidado domiciliar das pessoas com deficiência, em geral, e do adulto mais idoso e debilitado, em particular, é uma necessidade reconhecida pela comunidade, sendo por isso um de seus objetivos manter a pessoa em seu entorno e/ou domicílio e nas melhores condições possíveis. Hoje, a visita domiciliar não é uma atividade única, concreta e isolada; faz parte do processo de cuidado, que pode se dar tanto no começo, quanto na continuação ou no final de um processo de saúde.

Cuidado em domicílio e seus conceitos É preciso delimitar claramente determinados conceitos em relação ao cuidado em domicílio que, sendo complementares, não significam possuem mesmos objetivos. Podemos resumi-los em: Auxílio domiciliar. Atenção ou atendimento domiciliar. Visita domiciliar.

Auxílio domiciliar O auxílio domiciliar define-se como um cuidado de caráter complementar e transitório realizado no domicílio que proporciona, por meio de pessoal qualificado e supervisionado, uma série de cuidados preventivos, instrutivos, assistenciais e reabilitadores a indivíduos e famílias com dificuldades para permanecer em seu meio habitual. Esse tipo de auxílio pode ser prestado por instituições públicas (p. ex., por meio dos serviços sócio-sanitários municipais), por voluntariado (organizações não-governamentais [ONG], associações etc.) ou por empresas privadas. Sua definição abrange um serviço complementar ao cuidado domiciliar, prestado pelo sistema de saúde, que realiza as seguintes funções básicas de caráter: Doméstico: relacionadas com o vestuário, a alimentação, a manutenção da casa etc. Pessoal: visam promover e manter o bem-estar pessoal e social. Educativo: visam estimular hábitos comportamentais e aquisição de habilidades básicas. Sociocomunitário: visam fomentar a participação do usuário em sua comunidade e em atividades de lazer e tempo livre, tais como cinema, teatro, férias, festas, excursões, leitura, entre outras.

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Técnicos e adaptativo do lar: são aquelas atividades de adaptação funcional do domicílio necessárias para resolver situações concretas e específicas das dificuldades. Relativo a serviço de refeições em domicílio: é uma prestação complementar do auxílio domiciliar, pela qual pessoal treinado e supervisionado provê diariamente almoço a pessoas que por sua condição especial assim o requeiram. É imprescindível que o auxílio domiciliar esteja perfeitamente coordenado com a assistência domiciliar realizada pelos profissionais do Sistema de Saúde a fim de aumentar sua eficácia e evitar duplicidades e solapamentos que causam desconfiança nos pacientes e nas famílias. Para tal, é muito importante que se estabeleçam canais de comunicação e reuniões de planejamento e acompanhamento das quais participem todos os envolvidos (prefeituras, empresas privadas, centros de saúde e até mesmo associações de voluntariado).

Atenção ou atendimento domiciliar A atenção ou o atendimento domiciliar é uma expressão ampla utilizada para descrever a prestação de todo tipo de serviços no domicílio das pessoas imobilizadas, incluindo os proporcionados pela família, pelos amigos e vizinhos (cuidadores informais), assim como os prestadores pagos (cuidadores formais), que podem incluir desde os profissionais preparados até os auxiliares leigos. A maioria dos cuidados domiciliares consiste em sua maior parte em cuidados informais desempenhados pela família, incluindo-se auxílios para desenvolver as atividades da vida diária (AVD) básicas e instrumentais, além do suporte psicossocial por meio das visitas ou das ligações telefônicas de parentes e amigos. A atenção domiciliar está integrada como uma das funções próprias das Equipes de Atenção Primária (EAP). Em muitos casos é um programa de saúde, e como tal deve reunir de maneira clara, explícita e realista (planejando um programa de atendimento de mínimos e não de máximos) o ambiente geral sobre o qual se vai realizar e que deve contemplar os seguintes elementos: População-alvo à qual esse programa está orientado e a carteira de serviços que ele oferece. É importante que não vise somente à população geriátrica, já que existem outros setores da população que requer atendimento em domicílio (convalescenças por intervenções cirúrgicas, jovens com deficiência, crianças etc.). Incorporação da utilização de guias de prática clínica sobre temas prioritários (demência, úlceras, idoso debilitado etc.). Utilização de instrumentos de avaliação geriátrica multidimensional validados para diferentes aspectos do cuidado (índices de Barthel, Katz, Pfeifer, Mini-Mental, Norton, Braden etc.).

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Elaboração, utilização e análise de indicadores que permitam a avaliação de resultados do programa (pacientes geriátricos atendidos, visitas domiciliares realizadas, intervenções familiares efetuadas etc.). Planejamento e desenvolvimento de linhas de pesquisa e de planos de formação específicos do atendimento domiciliar que permitam gerar evidências e capacitar os profissionais. Desenvolvimento e potencialização da inter-relação entre os diferentes recursos comunitários (tanto públicos como privados) e os níveis de atendimento (atenção primária, especializada e sócio-sanitária), ao mesmo tempo em que se favorece a participação comunitária, com o objetivo de alcançar um atendimento domiciliar coordenado, integral, integrado e contínuo. É preciso ressaltar que uma das características do atendimento domiciliar é sua heterogeneidade na dependência de países e comunidades, contribuindo para isso inúmeros fatores, entre os quais vale destacar: A organização dos sistemas de saúde, dos serviços sociais e do cuidado domiciliar de cada país. As pessoas para as quais o cuidado domiciliar é direcionado (cultura, história, idade, diagnóstico de saúde etc.). Os diferentes problemas de saúde que são atendidos, as atividades que se realizam, a tecnologia utilizada, os resultados esperados etc. As competências dos diferentes profissionais, a definição dos diferentes locais de trabalho por categorias profissionais, o grau de participação das pessoas ou das famílias na tomada de decisões, a rede de cuidados familiares e as redes sociais e comunitárias. As características da prestação do atendimento domiciliar, a quantidade de profissionais e/ou a população (relação de distribuição). O financiamento dos sistemas de saúde em geral e do atendimento domiciliar em particular. O grau de inter-relação ou coordenação entre os diferentes níveis de atenção, de serviços sociais ou de recursos comunitários. É importante destacar também as diferenças entre países quanto aos modos de prática profissional. Nesse sentido existem países onde o atendimento é administrado e praticado de maneira autônoma pelos enfermeiros e sem a mediação ou a demanda de um médico, que, em outros países, é imprescindível. Em qualquer caso, é uma constante em todos os países com programas desenvolvidos de atendimento domiciliar que sejam os enfermeiros os principais gestores e prestadores do serviço, coordenando-se com outros profissionais (assistentes sociais, médicos, fisioterapeutas etc.) (Figura 5.1). Esse

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Médico      

Exploração Diagnóstico médico Tratamento Exames complementares Definir riscos Resultados

Enfermeiro  Avaliação  Identificar problemas de saúde  Diagnóstico de enfermagem  Plano de cuidados consensual (enfermeiro, paciente ou família)  Identificar complicações  Abordar complicações  Coordenar atendimento  Supervisionar o programa  Resultados  Educação para saúde

Assistente social Avaliação da Intervenção  Familiar  Socioeconômica  Apoio social

Pessoa Família

Avaliação

Figura 5.1 Função dos profissionais de assistência domiciliar Fonte: arquivo do autor.

aspecto difere em países onde o atendimento é prestado exclusivamente por enfermeiros (qualificados, licenciados, formados ou graduados, de acordo com cada país) ou de modo compartilhado (com proporções diferentes de acordo com cada país) entre enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Por último, são cada vez mais frequentes nos programas de atendimento domiciliar, dada a heterogeneidade de demanda que existe, a incorporação de novos profissionais (terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, podólogos etc.) e o aumento de programas de apoio e assessoramento de cuidadores familiares por meio de workshops ou cursos em grupo e Educação para a Saúde (EpS) individual sobre enfrentamento de problemas, dinâmicas familiares, formação no cuidado etc. Em qualquer um dos casos é importante destacar que o atendimento domiciliar não deve ser confundido com a assistência domiciliar. O atendimento domiciliar é prestado basicamente no âmbito da atenção primaria à saúde (APS), embora não exclusivamente (existem serviços dependentes dos hospitais que também realizam o atendimento domiciliar e que recebem diferentes denominações dependendo do país – unidades de hospitalização em domicílio, hospitalização domiciliar, atenção domiciliar, home care etc.).

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Após a Declaração de Alma Ata pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1978,1 foram feitas importantes mudanças nos sistemas de saúde internacionais em resposta às propostas da Declaração e que se concentravam na APS. Passava-se de um modelo de assistência médica primária ao novo modelo de atenção. Nesse mesmo sentido, o atendimento domiciliar é o resultado da passagem da assistência domiciliar muito medicalizada e individualizada para o atendimento domiciliar mais holístico e dirigido tanto ao indivíduo como à família, entre outras diferenças (Tabela 5.1). Essa nova proposta facilitou o desenvolvimento gradativo de uma atenção domiciliar na qual a participação comunitária, a integração de atividades, o atendimento integral, os objetivos compartilhados e as expectativas e necessidades fossem incorporados como seus elementos definidores (Figura 5.2).

Tabela 5.1

Diferenças entre assistência e atenção domiciliares Assistência domiciliar

Atenção domiciliar

Atividade por demanda

Atividade programada

Trabalho individual

Trabalho em equipe

Abordagem do paciente com uma visão parcial

Abordagem do paciente com uma visão integral da pessoa

Resolve exclusivamente problemas pontuais

Tenta a resolução de situações globais

Voltada para a cura

Inclui promoção, proteção, cura, reabilitação e reinserção

Ignora o autocuidado

Potencializa o autocuidado

Escassa participação da família e do paciente

Importante papel da família e do paciente

Visita domiciliar Na atenção domiciliar a principal atividade é a visita domiciliar. Segundo Salazar (1993),2 dependendo da perspectiva de estudo e do objetivo que se propõe, a visita domiciliar pode ser definida como: Uma atividade desenvolvida no domicílio do grupo familiar por meio de um conjunto de tarefas específicas, transformando-a em um elo entre a família e o sistema de saúde. Uma intervenção técnica porque aplica conhecimentos técnico-científicos para produzir mudanças com relação a autorresponsabilidade e autonomia do cuidado das pessoas, famílias e comunidades. Um programa como a ferramenta que se desenvolve com base em objetivos, atividades e recursos específicos e em que organização, coordenação, supervisão e avaliação são elementos fundamentais a serem levados em conta.

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Atenção domiciliar

Alta hospitalar

Captação pelos enfermeiros

Resultado de outros profissionais

Demanda da pessoa ou da família

Estimular o autocuidado

Identificar necessidades

Técnicas para educação em saúde

Autocuidados

Continuidade do autocuidado

Intervenção familiar

Necessidade de atividades de enfermagem

Necessidade de cuidados

Intervenção comunitária

Organização (enfermeiros):

Objetivos gerais

Objetivos particulares Pacientes (pessoas, família ou comunidade):

Funções

Expectativas

Personalidade

Necessidades

Figura 5.2 Processo de atendimento domiciliar

Um serviço porque se trata de estabelecer a comunicação terapêutica, a atenção oferecida ao grupo familiar com o objeto de contribuir com a satisfação de suas necessidades e problemas de saúde. Embora a visita domiciliar seja, na maioria dos casos, uma combinação de todas essas atividades, são muitas as definições que podemos encontrar para ela, muitas se referindo à atividade profissional exercida no domicílio do paciente sem levar em consideração diferentes fatores que, em um momento ou outro, influenciam seu progresso. Essa visita é vista frequentemente apenas como a atividade que o profissional exerce fora do ambiente habitual de atendimento (centro de saúde, consultório, ambulatório etc.) limitada unicamente à atenção pontual de pessoas com algum tipo de dependência física ou psíquica que lhes impeça ou desaconselhe o deslocamento ao centro de saúde, mas sem que exista em nenhum caso maior interesse do profissional em tal visita, além daquele de atender o problema pontual pelo qual é solicitado. Trata-se então, nessas situações, de uma visita domiciliar a pedido do paciente ou da família ao se apresentar um problema grave ou de urgência para o qual não existe metodologia. Esse tipo de visita não se enquadra em nenhum programa de atenção domiciliar e, portanto, carece de objetivos, indicadores e, por conseguinte, não é calcu-

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lável, ao contrário do que acontece com as visitas domiciliares programadas nas quais se estabelece uma metodologia muito bem estruturada (Tabela 5.2). Tabela 5.2

Diferenças entre visita domiciliar sob demanda e programada

Visita domiciliar sob demanda

Visita domiciliar programada

A pedido do paciente ou da família

Inclusão no programa de Atenção Domiciliar por critérios preestabelecidos

Pontual e esporádica, sem continuidade

Contínua no tempo

no tempo Ausência de metodologia

Com metodologia e previsão de recursos

Problemas graves ou urgências

Problemas de saúde individuais e/ou familiares

Ausência de registros de atividade

Registros de atividade

Sem indicadores ou apenas com indicadores

Indicadores de processo e resultado

de atividade Não calculável

Calculável

Com base no que foi dito até agora, podemos definir a visita domiciliar como: A atividade que, fazendo parte do processo de atendimento domiciliar, permite a atenção integral, integrada, planificada e contínua − de promoção, prevenção, curativa, reabilitadora ou de reinserção − da enfermeira, sozinha ou com outros profissionais da equipe de saúde de atenção primária. É exercida no ambiente do domicílio familiar para: yy A identificação de problemas de saúde em qualquer etapa do ciclo vital – individuais e/ou familiares. yy A definição de objetivos e atividades consensuais e conjuntos. yy A avaliação dos mesmos – por meio da observação, a escuta ativa e a relação de auxílio. Além disso, facilita autorresponsabilidade, autonomia e autoestima dos diferentes membros da família no processo de saúde-doença, em local, contexto e tempo determinados, coordenando de forma eficaz e eficiente os diferentes recursos sociais e comunitários disponíveis.

Metodologia da visita domiciliar

Preparação prévia da visita É de extrema importância a preparação prévia da visita domiciliar, principalmente quando realizada pela primeira vez ou quando não acontece há muito tempo.

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Índice Remissivo

A Acidente vascular encefálico, 244 Adolescente portador de transtorno mental, atenção domiciliar como estratégia de cuidado ao, 85-95 - desafios para o cuidado de enfermagem, 87 - visita domiciliar, 92 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (v. Anvisa) AIDS, 239 - cuidado domiciliar do paciente com, 141-153 - - assistência domiciliar terapêutica, 144 - - contexto da assistência domiciliar, 143 - - e o preconceito, 147 - - o cuidador, 150

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- equipe de assistência domiciliar terapêutica em, 239 - panorama da, 141 Alginato, 182 Alimentação adequada e o paciente renal crônico, 133 Alta da atenção domiciliar, 3 Alteração(ões) - nos sinais vitais, 248 - respiratórias, 248 - sensorial, 248 Alzheimer, doença de, cuidados em domicílio de pessoas com, 207-224 - cuidar no domicílio, 213 - o cuidar e o cuidador, 210 - retrospectiva histórica, 209 Ambiente domiciliar, 280

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Anemia hemolítica, 113 Ansiedade, transtornos de humor e, 258 Anvisa, 278 Aspirador, 280 Assistência domiciliar, 55 - antecedentes históricos, 19 - diferenças entre, e atenção domiciliar, 55 - serviços privados de, a visão dos, 1-10 - - conceitos, 3 - - grandes desafios e boas expectativas, 6 - - hoje e amanhã, um setor dinâmico em busca de seu espaço, 7 - - modalidades de atendimento, 4 - - o modelo brasileiro, 6 - - sustentabilidade do setor, 5 - - um pouco da história no Brasil, 2 - - vantagens e benefícios, 9 - terapêutica em AIDS, equipe de, 239 Assistente social inserido na visita domiciliar, 30 Atenção - domiciliar, 52 - - alta da, 3 - - como estratégia de cuidado ao adolescente portador de transtorno mental, 85-95 - - - desafios para o cuidado de enfermagem, 87 - - - visita domiciliar, 92 - - como estratégia para abordar os processos de saúde mental, 104 - - definição e aspectos gerais da, na saúde mental, 105 - - diferenças entre assistência e, 55 - - plano de, 3 - primária em saúde, visita domiciliar no âmbito da, 37-48 - - avaliação, 47

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- - ficha-guia para realização das visitas, 46 - - formalização da visita, 45 - - objetivos, 38 - - organização, 40 - - planejamento, 40 Atividades diárias, avaliação de dependência do paciente para a realização das, 134 Audição, significado da, na vivência escolar, 289 Autonomia, 257 Auxílio domiciliar, 51 Avaliação física e emocional individualizada, 66 B Beneficência, 257 Bioética, princípios da, 257 Bom humor, relação com a família e, 71 Bradicardia, 248 Burnout, síndrome de, no cuidador domiciliar, 203 C Cadeiras de rodas, 280 Cama hospitalar, 280 Câncer, 239 Cardiopatias, 280 Carvão ativado, 182 Cianose, 113 Ciclo gravídico-puerperal, 112 Circulação, lentidão da, 248 CNS, 287 Código de ética (v. Ética) Comunicação assertiva e visita domiciliar, 71 Comunidade, saúde mental e, 103 Conflitos éticos (v. Ética)

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Conselho Nacional de Saúde (v. CNS) Consentimento Livre e Esclarecido, Termo de, 287 Criança - desnutrida, cuidado materno da, em seu domicílio, 77-84 - - participação da família, 81 - - por meio das necessidades básicas, 79 - em idade escolar (v. Escola) Cuidado domiciliar - ao adolescente portador de transtorno mental, atenção domiciliar como estratégia de, 85-95 - - desafios para o cuidado de enfermagem, 87 - - visita domiciliar, 92 - do paciente com AIDS, 141-153 - - assistência domiciliar terapêutica, 144 - - contexto da assistência domiciliar, 143 - - e o preconceito, 147 - - o cuidador, 150 - - panorama da AIDS, 141 - e seus conceitos, 51 - ética no, 253-263 - - humanização da saúde como direito do paciente, 254 - - papel dos profissionais, 255 - - principais conflitos éticos evidenciados na assistência de enfermagem, 258 - - - em situações de média e alta complexidades, 260 - - - na atenção básica, 258 - - principialista e sua aplicação, 256 - materno da criança desnutrida, 77-84 - - participação da família, 81 - - por meio das necessidades básicas, 79 - na insuficiência renal crônica, 125-139 - - alimentação adequada, 133

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- - aspectos gerais da insuficiência renal crônica e hemodiálise, 126 - - avaliação de dependência do paciente para a realização das atividades diárias, 134 - - avaliação do estado mental e emocional, 134 - - com a fístula arteriovenosa, 135 - - desestímulo ao tabagismo e ao etilismo, 134 - - educação em saúde, 135 - - estímulo à prática regular de exercícios, 134 - - uso correto dos medicamentos, 133 - sistematizado de enfermagem, 11-18 - - aspectos legais e éticos do, 14 - - estratégias, 15 Cuidado domiciliar ao idoso, 165-173 - assistência e particularidades do idoso, 171 - no contexto da atenção básica, 166 - - necessidades, 169 - - - do cuidador, 169 - - - do idoso, 168 - - - relacionadas à tarefa de cuidar, 169 - - - relacionadas ao autocuidado, 170 - - - relacionadas com a aprendizagem, 170 - portador de diabetes, 155-164 - - controle do diabetes, 162 - - epidemiologia do diabetes, 157 - - melito, conceitos, 158 - - - glicose, 159 - - - hiperglicemia, 160 - - - hipoglicemia, 161 - - - infecções, 161 - - - insulina, 159

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Cuidado domiciliar e na escola, 285-299 - aspectos revelados nas ações educativas com educadores e alunos, 293 - - atenção, memória, discriminação e análise, síntese auditiva, 294 - - localização e identificação auditiva, 293 - - promoção da saúde auditiva, 295 - estudo com abordagem qualitativa, 287 - - resultados e discussão, 289 - - - entraves em sala de aula, 291 - - - o problema existe, será que sei identificar, 292 - - - significado da audição na vivência escolar, 289 Cuidador(es), 3, 32 - benefícios e riscos enfrentados pelo, 195-206 - - aspectos positivos, 199 - - problemas enfrentados, 201 - e o paciente com AIDS, 150 - familiares, relato de experiência do acompanhamento de, e a assistência domiciliar, 185-194 - - doente terminal e o processo de morrer, 190 - - escolha do cuidado, 187 - - inquietações do enfermeiro quanto às atividades desenvolvidas pelos cuidadores familiares, 192 - - sobrecarga do cuidador, 189 - informal(is), 225-233 - - a enfermagem, a família e o cuidador, 229 - - a família e o cuidado, 226 - - no domicílio, 227 - - o homem e o cuidado, 225 Cuidados, 11 - em visita domiciliar, planejamento de, 67

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- paliativos oncológicos, 241 - - atividades da enfermagem na equipe domiciliar de, 241 - - - atividades dos auxiliares ou técnicos de enfermagem, 243 - - - na função assistencial, 242 - - - na função de coordenação de assistência, 241 - - - na função de educador, 242 - - equipe de, 239 - pós-cirúrgicos, 280 - pós-parto, 280 Curativos, coberturas para os, 179 - alginato, 182 - carvão ativado, 182 - hidrocoloide, 180 - hidrogel, 181 - papaína, 181 - película de poliuretano, 180 D Deficiência de interação, 231 Desnutrição, 77 Despersonalização, 203 Diabetes, cuidado domiciliar do idoso portador de, 155-164 - controle do diabetes, 162 - epidemiologia do diabetes, 157 - melito, conceitos, 158 - - glicose, 159 - - hiperglicemia, 160 - - hipoglicemia, 161 - - infecções, 161 - - insulina, 159 Dietas enterais, 280 Discriminação, síntese auditiva, 294 Distúrbios, 30 - neurológicos, 30 - ortopédicos, 30 - respiratórios, 30

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Diurese, 113 Doença(s) - crônicas, 244 - crônico-degenerativas, 280 - de Alzheimer, cuidados em domicílio de pessoas com, 207-224 - - cuidar no domicílio, 213 - - o cuidar e o cuidador, 210 - - retrospectiva histórica, 209 - hipertensiva específica da gravidez, prevenção e/ou controle da, 111-123 - - material e métodos, 114 - - - discussão, 118 - - - resultados, 114 - infectocontagiosas, 280 - neurocirúrgicas, 280 - neurológicas, 280 - obstrutivas crônicas, 244 - ortopédicas, 280 - pulmonares, 280 Doente terminal e o processo de morrer, 190 Dor(es), 113 - epigástrica, 113 - no hipocôndrio direito, 113 E Eclâmpsia, 112 Educação, 265-273 - em saúde e o paciente renal crônico, 135 - permanente, suporte importante na formação do profissional que atua no domicílio, 265-273 Educadores e alunos, aspectos revelados nas ações educativas com, 293 - atenção, memória, discriminação e análise, síntese auditiva, 294 - localização e identificação auditiva, 293

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- promoção da saúde auditiva, 295 Enfermagem, 11-18 - a família e o cuidador informal, 229 - atividades da, na equipe domiciliar de cuidados paliativos oncológicos, 241 - - atividades dos auxiliares ou técnicos de enfermagem, 243 - - na função assistencial, 242 - - na função de coordenação de assistência, 241 - - na função de educador, 242 - cuidado sistematizado de, 11-18 - - aspectos legais e éticos do, 14 - - estratégias, 15 - e a assistência domiciliar, 29 - no Brasil, 20 - principais conflitos éticos evidenciados na assistência de, 258 - - em situações de média e alta complexidades, 260 - - na atenção básica, 258 Enfermeiro, inquietações do, quanto às atividades desenvolvidas pelos cuidados familiares, 192 Entrevista da visita domiciliar, informações coletadas na, 66 Envelhecimento, era do, 22 Equipamentos, tipos de, 280 Equipes assistencial domiciliar, 239 - de cuidados paliativos oncológicos, 239 - - atividades da enfermagem na, 241 - - - dos auxiliares ou técnicos de enfermagem, 243 - - - na função assistencial, 242 - - - na função de coordenação de assistência, 241 - - - na função de educador, 242 - multidisciplinar, 28 - terapêutica em AIDS, 239

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Escola, cuidado no domicílio e na, 285-299 - aspectos revelados nas ações educativas com educadores e alunos, 293 - - atenção, memória, discriminação e análise, síntese auditiva, 294 - - localização e identificação auditiva, 293 - - promoção da saúde auditiva, 295 - estudo com abordagem qualitativa, 287 - - resultados e discussão, 289 - - - entraves em sala de aula, 291 - - - o problema existe, será que sei identificar, 292 - - - significado da audição na vivência escolar, 289 Estados - de saúde e hábitos de vida, 64 - físico, deterioração evidente e progressiva do, 248 - mental, avaliação do, e emocional, 134 Estatuto da Criança e do Adolescente, 87 Estímulo à prática regular de exercícios e o paciente renal crônico, 134 Estressores, 202 Ética, 14 - aspectos legais e éticos do cuidado sistematizado de enfermagem, 14 - no cuidado do paciente, 253-263 - - humanização da saúde como direito do paciente, 254 - - papel dos profissionais, 255 - - principais conflitos éticos evidenciados na assistência de enfermagem, 258 - - - em situações de média e alta complexidades, 260 - - - na atenção básica, 258 - - principialista e sua aplicação, 256

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Exaustão emocional, 203 Exercícios, estímulo à prática regular de, e o paciente renal crônico, 134 F Família, 280 (v.t. Unidade familiar) - e o cuidado, 226 - enfermagem e o cuidador informal, 229 - relação com a, e bom humor, 71 Feridas, tratamento de, no domicílio, 175-184 - coberturas para os curativos, 179 - - alginato, 182 - - carvão ativado, 182 - - hidrocoloide, 180 - - hidrogel, 181 - - papaína, 181 - - película de poliuretano, 180 - limpeza e desbridamento, 178 - terapia tópica, 178 Ficha-guia para realização das visitas domiciliar, 46 Fisioterapia, 30 Fístula arteriovenosa, cuidados com a, e o paciente renal crônico, 135 Fonoaudiologia, 32 Fundo das Nações Unidas para a Infância (v. Unicef) G Gestantes (v. Gravidez) - caracterização sociodemográfica das, 115 - conhecimento das, sobre prevenção e/ou controle dos fatores de risco de doença hipertensiva específica da gravidez, 112 Glicose, 159

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Gravidez, doença hipertensiva específica da, prevenção e/ou controle da, 111-123 - material e métodos, 114 - - discussão, 118 - - resultados, 114 H Hábitos de vida, estados de saúde e, 64 HELLP, síndrome, 113 Hemodiálise, aspectos gerais da insuficiência renal crônica e, 126 Hidrocoloide, 180 Hidrogel, 181 Hiperglicemia, 160 Hipertensão arterial sistêmica, 112 Hipoglicemia, 161 Hipotensão arterial, 248 HIV, 141 Humanização da saúde como direito do paciente, 254 Humor, transtornos de, e ansiedade, 258 I Icterícia, 113 Idoso(s), cuidado domiciliar do, 165-173 - particularidades da, 171 - com doença de Alzheimer, cuidado de quem cuida de, 207-224 - - cuidar no domicílio, 213 - - o cuidar e o cuidador, 210 - - retrospectiva histórica, 209 - no contexto da atenção básica, 166 - - necessidades, 168 - - - do cuidador, 169 - - - do idoso, 168 - - - relacionadas à tarefa de cuidar, 169 - - - relacionadas ao autocuidado, 170 - - - relacionadas com a aprendizagem, 170

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- portador de diabetes, 155-164 - - controle do diabetes, 162 - - epidemiologia do diabetes, 157 - - melito, conceitos, 158 - - - glicose, 159 - - - insulina, 159 - - - hiperglicemia, 160 - - - hipoglicemia, 161 - - - infecções, 161 Infecções, 105 - e diabetes, 161 - hospitalares, 105 Influências culturais, 66 Insuficiência renal crônica (v. Paciente renal crônico) Insulina, 159 Interação, deficiência de, 231 Internação domiciliar, 3, 26 - programa de, 27 - uso da tecnologia na, 275-284 J Justiça, 257 L Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 266 Lei Orgânica da Saúde, 26 M Medicamentos, uso de, 118 - correto, e o paciente renal crônico, 133 Médico no contexto domiciliar, 29 Memória, 294 Metodologia da visita domiciliar, 57 - andamento da visita, 63 - avaliação da visita, 68 - importância e, 49

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- informações, 59 - - coletadas na entrevista, 66 - - da visita, 58 - - - contexto, 60 - - - local, 60 - - - pessoas, 59 - - - tempo, 63 - preparação prévia, 57 Ministério da Saúde, 254 Morte do paciente no domicílio, 235-252 - atividades da enfermagem na equipe domiciliar de cuidados paliativos oncológicos, 241 - - atividades dos auxiliares ou técnicos de enfermagem, 243 - - na função, 241 - - - assistencial, 242 - - - de coordenação de assistência, 241 - - - de educador, 242 - contexto domiciliar e os cuidados paliativos, 239 - o enfermeiro e o paciente no processo de morrer, 244 - - as últimas horas de vida do paciente, 246 N NADI, 2 Não maleficência, 257 NEAD, 2 Neoplasias, 280 Núcleo - da Assistência Domiciliar Interdisciplinar (v. NADI) - Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Atenção Domiciliar (v. NEAD) Nutricionista, atuação do, na visita domiciliar, 31

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O Oligúria, 113 OMS, 111, 238 Oxigênio, torpedos de, 280 Oxigenoterapia, 280 P Paciente(s) - com AIDS, cuidado domiciliar do, 141-153 - - assistência domiciliar terapêutica, 144 - - contexto da assistência domiciliar, 143 - - e o preconceito, 147 - - o cuidador, 150 - - panorama da AIDS, 141 - com transtornos mentais, 97-110 - - atenção domiciliar como estratégia para abordar os processos de saúde mental, 104 - - definição e aspectos gerais da atenção domiciliar na saúde mental, 105 - - fatores que afetam a saúde mental, 101 - - indicadores de saúde mental, 102 - - mudanças nas políticas de saúde mental, 99 - - saúde mental e comunidade, 103 - idoso (v. Idoso) - renal crônico, cuidado do, 125-139 - - alimentação adequada, 133 - - aspectos gerais da insuficiência renal crônica e hemodiálise, 126 - - avaliação, 134 - - - de dependência do paciente para a realização das atividades diárias, 134 - - - do estado mental e emocional, 134

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- - cuidados com a fístula arteriovenosa, 135 - - desestímulo ao tabagismo e ao etilismo, 134 - - educação em saúde, 135 - - estímulo à prática regular de exercícios, 134 - - uso correto dos medicamentos, 133 Papaína, 181 Parto, 111 Pé diabético, 162 Película de poliuretano, 180 Perda do tônus muscular, 248 Plano de atenção domiciliar, 3 Política Nacional de Educação Infantil, 289 Políticas de saúde mental, mudanças nas, 99 Poliuretano, película de, 180 Pós-cirurgia, cuidados, 280 Pós-parto, cuidados, 280 Preconceito e o cuidado domiciliar do paciente com AIDS, 147 Pré-eclâmpsia, 112 Processo de atendimento domiciliar, 56 Profissional(is), 54 - de assistência domiciliar, função dos, 54 - e o código de ética, 255 - educação permanente e suporte importante na formação do, que atua no domicílio, 265-273 Programa(s), 27 - de internação domiciliar, 27 - Statistical Package for Social Science, 114 Promoção da saúde auditiva, 295 Protocolo e visita domiciliar, 69 Psicologia, 31 Q Qualidade de vida, 281

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R Realização pessoal e profissional, redução da, 203 Recém-nascidos, 280 Recursos extrafamiliares, 65 Relação(ões), 65 - com a família e bom humor, 71 - familiares, 65 S SAMDU, 2 Saúde - auditiva, promoção da, 295 - educação em, e o paciente renal crônico, 135 - estados de, e hábitos de vida, 64 - humanização da, como direito do paciente, 254 - mental, 65, 105 - - atenção domiciliar como estratégia para abordar os processos de, 104 - - definição e aspectos gerais da atenção domiciliar na, 105 - - e comunidade, 103 - - emocional e espiritual dos membros da unidade familiar, 65 - - fatores que afetam a, 101 - - indicadores de, 102 - - mudanças nas políticas de, 99 Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (v. SAMDU) Serviço Especial de Saúde Pública (v. SESP) Serviços privados de assistência domiciliar, a visão dos, 1-10 - conceitos, 3 - grandes desafios e boas expectativas, 6 - hoje e amanhã, um setor dinâmico em busca de seu espaço, 7 - modalidades de atendimento, 4

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- o modelo brasileiro, 6 - sustentabilidade do setor, 5 - um pouco da história no Brasil, 2 - vantagens e benefícios, 9 SESP, 21 Sinais vitais, alterações nos, 248 Síndrome(s) - da imunodeficiência adquirida (v. AIDS) - de burnout no cuidador domiciliar, 203 - HELLP, 113 Sistema Único de Saúde (v. SUS) Sonda nasogástrica, 248 Soro, suporte de, 280 SPSS (v. Statistical Package for Social Science) Statistical Package for Social Science, programa, 114 Suporte, 280 - de soro, 280 - nutricional, 280 SUS, 239, 265 T Tabagismo, desestímulo ao, e ao etilismo e o paciente renal crônico, 134 Técnicos de enfermagem, 243 Tecnologia, uso da, na internação domiciliar, 275-284 - ambiente domiciliar, equipe, família e cuidadores, 280 Terapia ocupacional no ambiente domiciliar, 32 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, 287 Tônus muscular, perda do, 248 Transtorno(s) - de humor e ansiedade, 258

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- mental, 97-110 - - cuidado ao adolescente portador de, atenção domiciliar como estratégia de, 85-95 - - - desafios para o cuidado de enfermagem, 87 - - - visita domiciliar, 92 - - paciente com, 97-110 - - - atenção domiciliar como estratégia para abordar os processos de saúde mental, 104 - - - definição e aspectos gerais da atenção domiciliar na saúde mental, 105 - - - fatores que afetam a saúde mental, 101 - - - indicadores de saúde mental, 102 - - - mudanças nas políticas de saúde mental, 99 - - - saúde mental e comunidade, 103 Trombocitopenia grave, 113 U Unicef, 111 Unidade familiar, 72 (v.t. Família) - saúde mental, emocional e espiritual dos membros da, 65 UTI, 236 V Vasculopatias, 280 Vigilância domiciliar, 26 Vírus da imunodeficiência humana (v. HIV) Visita domiciliar, 19, 23, 55 - assistente social inserido na, 30 - atuação do nutricionista na, 31 - características importantes da, 69 - - combinar protocolo com flexibilidade, 69

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- - compartilhar informações, 70 - - comunicação assertiva, 71 - - detectar possibilidades terapêuticas, 70 - - gestão criativa e eficaz do tempo, 71 - - mudanças no contexto físico, 70 - - necessidade de vínculos, 69 - diferenças entre, sob demanda e programada, 57 - estabelecer prioridades, 71 - importância e metodologia da, 49 - metodologia da, 57 - - andamento da visita, 63 - - avaliação da visita, 68 - - informações coletadas na entrevista, 66 - - informações, 58 - - - contexto, 60 - - - local, 60 - - - pessoas, 59 - - - tempo, 63

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- - preparação prévia, 57 - no âmbito da atenção primária em saúde, 37-48 - - avaliação, 47 - - ficha-guia para realização, 46 - - formalização, 45 - - objetivos, 38 - - organização, 40 - - planejamento, 40 - planejamento de cuidados em, 67 - relação com a família e bom humor, 71 - - compartilhar problemas, 72 - - evitar causar dependência, 72 - - reconhecer êxitos próprios e alheios, 72 - - transformar-se em referencial da unidade familiar, 72 - vantagens da, 73 Vivência escolar (v. Escola)

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