Endocrinologia Pediátrica – Guia Prático, 4ª ed.

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A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a Medicina uma ciência em permanente evolução, recomendamos aos nossos leitores recorrer à bula dos medicamentos e a outras fontes fidedignas – inclusive documentos oficiais –, bem como avaliar cuidadosamente as recomendações contidas neste livro em relação às condições clínicas de cada paciente.

Organizadores

Marilia Martins Guimarães

Maria Alice Neves Bordallo

Kássie Regina Neves Cargnin

Honomar Ferreira de Souza

Cláudia Braga Monteiro

Endocrinologia Pediátrica – Guia Prático, 4a edição

Copyright © 2025 Editora Rubio Ltda.

ISBN 978‑65‑88340 74 5

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora.

Produção

Equipe Rubio

Capa

Bruno Sales Imagens de Capa ©iStock.com/PeopleImages/SDI Productions/stockdevil

Editoração Eletrônica

Estúdio Castellani

CIP‑BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

E46

4. ed.

Endocrinologia pediátrica: guia prático / organização: Marilia Martins Guimarães [et al.]. – 4. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2024.

304 p.; 17cm.

Inclui bibliografia e índice

ISBN 978 65 88340 74 5

1. Endocrinologia pediátrica. I. Guimarães, Marilia Martins. 24 92762

CDD: 618.924

CDU: 616.4 053.2

Gabriela Faray Ferreira Lopes – Bibliotecária – CRB‑7/6643

Editora rubio ltda. Av. Franklin roosevelt, 194 s/l. 204 – Centro 20021‑120 – Rio de janeiro – rj Telefone: 55(21) 2262‑3779

E‑mail: rubio@rubio.Com.Br Www.Rubio.Com.Br

Impresso no brasil

Printed in brazil

Organizadores

Marilia Martins Guimarães

Mestre e Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Professora-associada da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Professora do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Maria Alice Neves Bordallo

Mestre em Endocrinologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Professora Associada de Endocrinologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Kássie Regina Neves Cargnin

Mestre em Endocrinologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Professora e Diretora do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Honomar Ferreira de Souza

Mestre e Doutor em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Professor Titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Cláudia Braga Monteiro

Mestre e Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Colaboradores

Ana Paula Neves Bordallo

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Médica Endocrinologista Pediátrica do Hospital Federal da Lagoa, RJ.

Bruna Santiago Pugliese

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE‑RJ).

Daniel Luis Schueftan Gilban

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Médico do Hospital Federal de Bonsucesso, RJ.

Gustavo Guida Godinho da Fonseca

Mestre em Medicina pelo Programa de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Genética (SBG).

Consultor Médico do Diagnósticos da America S.A. (Dasa).

Isla Aguiar Paiva

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica Endocrinologista Pediatra do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia.

Izabel Calland Ricarte Beserra

Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Professora Associada da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Vice diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Karina de Ferran

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Karinne Condack Mafort Branco

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica Pediatra Intensivista do Instituto Nacional de Traumato e Ortopedia (Into), RJ.

Marcus Vinicius Leitão de Souza

Mestre e Doutor em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Professor Adjunto da UFRJ.

Micheline Abreu Rayol de Souza

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da UFRJ.

Paulo Alonso Garcia Alves Junior

Mestre e Doutor em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médico Endocrinologista Pediátrico do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Prefácio

Recebi, novamente honrado, o convite para escrever o prefácio da nova edi‑ ção deste guia. Poucos livros alcançam a necessidade de uma segunda edi ção. E agora já estamos na quarta edição. Sinal do valor e da importância deste material que está sendo novamente atualizado.

Mais de 20 anos se passaram desde a primeira edição, lançada em 2002, e 7 anos desde a última, lançada em 2017. Na edição de 2017, capítulos foram acrescentados e, na edição atual, novamente os editores sentiram a necessidade da inclusão de um novo capítulo, desta vez sobre transgeneri dade, uma questão antiga, mas que vem ganhando destaque e importância nos dias de hoje.

Uma outra característica da edição de 2017 foi a inclusão de uma nova geração de autores, o que foi mantido nesta. Quatro novos autores, porém com grande experiência, foram convidados a participar. Temos que manter essa “tradição” de emponderar as próximas gerações e estimulá las a assu mirem a liderança na transmissão de conhecimento para as futuras gerações.

Que este guia continue a ajudar médicos e seus pacientes.

Paulo Ferrez Collett-Solberg Doutor em Medicina área Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Chefe da Disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Uerj.

1 Triagem Neonatal

Cláudia Braga Monteiro

2 Crescimento

Izabel Calland Ricarte Beserra 3

Bruna Santiago Pugliese 4

Karinne Condack Mafort Branco

Kássie

Izabel Calland Ricarte Beserra

Isla Aguiar Paiva

Marilia Martins Guimarães

7

Kássie Regina Neves Cargnin

Ana Paula Neves Bordallo

9

Gustavo

Paulo

Triagem Neonatal

DeFINIção

Triagem neonatal refere‑se à pesquisa de doenças cujo diagnóstico é neces‑ sário em razão da ausência de sinais clínicos significativos nessa fase da vi‑ da, o que requer diagnóstico e tratamento precoce. Isso evita graves sequelas após o nascimento.

A idade ideal para a coleta de sangue é após 48h de vida, ainda na pri meira semana. Não há necessidade de aguardar ganho de peso ou melhora da icterícia para a coleta.

Os testes de triagem neonatal são realizados por vários serviços no Brasil desde a década de 1980 e, em junho de 2001, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Sua meta é a triagem de 100% dos nascidos vivos em todo o território nacional para as seguintes doenças:

ƒ Hipotireoidismo congênito (HC).

ƒ Fenilcetonúria.

ƒ Fibrose cística.

ƒ Doença falciforme e outras hemoglobinopatias.

Em cada Estado existem serviços de referência de triagem neonatal (SRTN) credenciados pelo Ministério da Saúde para a realização dos exames, visan do à detecção precoce dos casos suspeitos, à confirmação diagnóstica, ao acompanhamento e ao tratamento dos casos identificados.

Em dezembro de 2012, o Ministério da Saúde ampliou o programa, e atualmente os serviços de referência devem estar habilitados para a realização

Cláudia Braga Monteiro

dos procedimentos também nos casos de hiperplasia adrenal congênita (HAC) e deficiência de biotinidase.

Em abril de 2021, o Plenário do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei (PL) no 5.043/2020, que amplia o número de doenças rastreadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da utilização da espectrometria de massas em tandem e de outras tecnologias. Com a mudança o exame pas sará a contemplar 14 grupos de doenças cuja implementação será escalo nada da seguinte forma:

ƒ Primeira etapa: incluir a pesquisa da toxoplasmose congênita às doenças já contempladas.

ƒ Segunda etapa: incluir a pesquisa da galactosemia, aminoacidopatias, disúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos e do ciclo da ureia.

ƒ Terceira etapa: pesquisa de doenças lisossômicas.

ƒ Quarta etapa: pesquisa de imunodeficiências primárias.

ƒ Quinta etapa: pesquisa da atrofia muscular espinhal.

A lista de doenças a serem rastreadas pelo teste deverá ser revisada perio ‑ dicamente, com base em evidências científicas e priorizando‑se as doenças com maior prevalência no país, com protocolo de tratamento aprovado e in‑ corporado ao SUS (Lei no 14.154 de 26 de maio de 2021). A implementação plena dessas etapas depende, entretanto, do financiamento público pleno, do treinamento e da capacitação das equipes dos SRTN, além da disponibi‑ lização de medicamentos e fórmulas metabólicas.

tRIAGeM NeoNAtAL PARA HIPotIReoIDISMo CoNGêNIto

O HC tem incidência de 1 em 3.500 a 4.000 nascidos vivos. A triagem neo natal e a reposição precoce com levotiroxina têm alta relação custo‑benefício pelo considerável impacto no desenvolvimento neurológico e na qualidade de vida dos pacientes acometidos.

Método

ƒ Dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) por método ultrassensível a partir do sangue total coletado do calcanhar e impregnado em papel‑filtro.

ƒ Ponto de corte para o TSH: o PNTN recomenda um valor de corte de 10mUI/L para o TSH em sangue total (método imunofluorimétrico). Entretanto, existe uma tendência atual em reduzir esse valor para 5 a 6µU/L, o que possibilita

Diferenças do Desenvolvimento Sexual

DIFeReNçAS No DeSeNVoLVIMeNto SexuAL

As diferenças no desenvolvimento sexual (DDS) comumente são evidenciadas ao nascimento pelo aspecto incomum da genitália externa (genitália atípi‑ ca). São consequentes a múltiplas causas (anomalias cromossômicas, mu tações gênicas, fatores ambientais, idiopática) que podem afetar uma das seguintes fases do desenvolvimento: determinação do sexo cromossômico, determinação das gônadas, diferenciação dos genitais internos e externos ou diferenciação sexual secundária (resposta dos tecidos aos hormônios produ zidos pelas gônadas).

Classificação

As DDS são classificadas em três categorias de acordo com a causa:

1. DDS 46,XX:

y Distúrbios do desenvolvimento ovariano: disgenesia gonadal, DDS ovotesticular e DDS testicular.

y Excesso androgênico: hiperplasia adrenal congênita (HAC), causas maternas (ingestão de progestágenos ou androgênios, doenças virili zantes), deficiência da aromatase placentária e deficiência da p450 oxidorredutase.

y Outros: p. ex., associados às síndromes e à agenesia mülleriana.

2. DDS 46,XY:

y Distúrbios do desenvolvimento testicular: disgenesia gonadal com‑ pleta ou parcial, DDS ovotesticular e síndrome da regressão testicular.

Izabel Calland Ricarte Beserra

y Defeitos na síntese ou ação dos androgênios: grupo mais extenso, com destaque para hipoplasia ou aplasia das células de Leydig, deficiência da enzima 5 alfarredutase tipo 2, formas raras de HAC e insensibili dade androgênica completa ou parcial.

y Outros: esses defeitos estão associados à síndrome da persistência dos ductos müllerianos e à regressão testicular ou síndrome dos tes tículos evanescentes.

3. DDS cromossomos sexuais:

y Síndrome de Turner (45,X).

y Síndrome de Klinefelter (47,XXY).

y Cariótipos mosaicos (p. ex., 45,X/46,XY, 46,XX/46,XY).

Os principais diagnósticos etiológicos e suas características são:

ƒ DDS ovotesticular: trata se da existência de ambos os tecidos, ovariano e testicular, no mesmo indivíduo, separados ou juntos (ovotestis). O diag‑ nóstico é histológico. Na maioria, o cariótipo é 46,XX (60%), seguido de mosaicismo contendo os cromossomos Y (25%) e 46,XY (15%).

ƒ DDS testicular: nesta condição, embora o cariótipo do paciente seja 46,XX, na maioria ocorre translocação do gene SRY para o braço curto de um dos cromossomos X durante a meiose paterna, acarretando diferenciação das gônadas em testículos e fenótipo semelhante à síndrome de Klinefelter. Em 10% dos casos o gene SRY não está presente (duplicação do gene SOX9).

ƒ HAC: é a causa mais comum de DDS no cariótipo 46,XX e deve ser a pri meira hipótese diagnóstica em pacientes com genitália ambígua e gônadas impalpáveis, não somente pela frequência, mas também pelo potencial de morbimortalidade (perda de sal). Três formas de HAC causam virilização no feto feminino: deficiência da enzima 21 hidroxilase (95% dos casos de HAC), deficiência da 11 beta hidroxilase e deficiência da 3 beta hidro xiesteroide desidrogenase. Outras formas mais raras de HAC podem cau sar ambiguidade genital no sexo masculino (mutação da proteína StAR; deficiência da p450scc, 3 beta hidroxiesteroide desidrogenase ou 17 alfa‑ hidroxilase/17,20‑liase).

ƒ Disgenesia gonadal 46,XY: o fenótipo depende do grau de desenvolvi mento gonadal e pode estar associada a vários distúrbios, como displasia campomélica, síndrome de Denys Drash e síndrome de Frasier.

y Completa: não ocorre desenvolvimento gonadal, e os indivíduos apre sentam fenótipo completamente feminino, estruturas müllerianas nor mais e gônadas em fita bilateralmente. Na adolescência, evoluem com

Figura 5.1 Classificação de Prader

Exames Complementares

Na primeira etapa da investigação, devem ser realizados os seguintes exames:

ƒ Cariótipo.

ƒ Ultrassonografia (USG) pélvica ou ressonância magnética (RM): são fun‑ damentais para a investigação da existência de estruturas müllerianas. Vale lembrar que a USG é um método que depende do operador. Assim, a experiência na realização desse exame é importante.

ƒ Dosagem sérica da 17 OH progesterona (diagnóstico de HAC por defi ciência da 21 hidroxilase).

ƒ Eletrólitos séricos: a hiponatremia ou a hiperpotassemia sugerem HAC, forma perdedora de sal.

ƒ O teste de estímulo com hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) deverá ser realizado se os valores de 17 OH progesterona não forem conclusivos e permanecer a suspeita diagnóstica de HAC.

ƒ Dosagem sérica de hormônio luteinizante (LH), hormônio foliculoestimu lante (FSH), testosterona, Dihidrotestosterona (DHT), androstenediona e, quando possível, hormônio antimülleriano (HAM). A concentração de HAM no soro é um indicador da existência e da função dos testículos. Valores in‑ detectáveis indicam ausência de tecido testicular, enquanto valores normais

Grau 1
Feminina
Grau 2
Grau 3Grau 4Grau 5
Masculina

ou elevados sugerem defeito na síntese de androgênios ou um defeito do receptor. As dosagens de LH, FSH, testosterona, DHT e androstenediona somente têm valor quando realizadas até os 4 meses de vida, época de estimulação fisiológica do eixo hipotálamo hipófise gônadas.

Com os resultados dos exames laboratoriais, além das informações sobre a existência ou não de gônadas palpáveis e de estruturas müllerianas, nor‑ malmente já se tem um guia razoável sobre o manejo prático desses pacien‑ tes e a possibilidade de definição do sexo de criação. Os exames em uma segunda etapa, estabelecidos a partir dos resultados dos exames da primeira, servem para a definição etiológica, mas nem sem pre são necessários para determinar o sexo de criação. Nessa situação, são incluídos:

ƒ Teste de estímulo com gonadotrofina coriônica humana (hCG) para dosa gem de testosterona e DHT pré e pós estímulo (diagnóstico de deficiência de 5 alfarredutase tipo 2).

ƒ Dosagem sérica de outros precursores androgênicos (diagnóstico das for mas raras de HAC, como deficiências das enzimas 11 beta hidroxilase, 3 beta hidroxiesteroide desidrogenase tipo 2, 17 alfa hidroxilase/17,20 lia se, 17 beta hidroxiesteroide desidrogenase tipo 3 e p450 oxidorredutase).

ƒ Avaliação in vitro da ligação dos androgênios a seu receptor e análises genéticas e moleculares. Quando disponíveis, ajudam na confirmação diagnóstica de cerca de 20% dos casos de DDS.

Outros Exames Complementares

A genitografia é importante para a avaliação pré operatória e a programação cirúrgica. As informações obtidas a partir dela complementam as dos achados da genitália interna.

A avaliação histológica mediante biópsia de gônadas pode ser necessária para a confirmação diagnóstica das disgenesias gonadais e do DDS ovotes ticular. Além disso, a biópsia de pele com cultura de fibroblastos ajuda na confirmação de casos de insensibilidade androgênica e deficiência da 5 al farredutase tipo 2.

DeSIGNAção Do Sexo De CRIAção

A decisão quanto à designação do sexo deve ser tomada pela equipe multiprofis‑ sional (endocrinologista, geneticista, cirurgião/urologista, psicólogo e assistente

Capítulo 5

Diabetes Melito

INtRoDução

O diabetes melito (DM) é a doença endocrinometabólica mais comum em crianças e, com a asma e a obesidade, uma das doenças crônicas mais fre quentes na infância. Embora rara no período neonatal, sua incidência é maior até a puberdade, diminuindo após o estirão puberal.

O diabetes melito tipo 1 (DM1), de etiologia autoimune, mostra se ainda o mais frequente na infância e na adolescência. No entanto, estudos recen tes apontam a crescente ocorrência de diabetes melito tipo 2 (DM2), uma disfunção na ação ou na secreção da insulina, relacionada ao aumento pro ‑ gressivo da prevalência de obesidade em crianças e adolescentes. Dessa for ma, o paradigma histórico de que DM1 consiste em uma doença da infância e DM2, uma doença da vida adulta não é mais completamente acurado.

CRItéRIoS DIAGNóStICoS

A avaliação laboratorial para a confirmação do diagnóstico está na Tabela 12.1. Pacientes com quadro infeccioso, traumatismo, uso de medicamen tos hiperglicemiantes e outras substâncias que causem hiperglicemia devem realizar mais de uma avaliação. Os critérios baseiam se na demonstração da hiperglicemia significativa e persistente. Os sintomas típicos de diabetes (poliúria, polidipsia e perda de peso) são mais comuns nos pacientes com DM1, e cerca de 50% dessas crianças desenvolvem cetoacidose diabética ao diagnóstico. Se não houver quadro clínico típico e dosagem aleatória de

Daniel Luis Schueftan Gilban

tabela 12.1 Valores utilizados para o diagnóstico de diabetes melito e pré diabetes, segundo a American Diabetes Association

Categoria

Glicemia de jejum*

Glicemia 2h após 1,75g/kg de glicose (máximo 75g)

100mg/dL

Pré diabetes: glicemia de jejum alterada ≥100mg/dL e <126mg/dL –

Pré diabetes: intolerância à glicose – ≥140mg/dL e <200mg/dL

Glicemia plasmática casual**

5,7% a 6,4%

a 6,4%

Diabetes melito ≥126mg/dL ≥200mg/dL ≥200mg/dL (com sintomas clássicos)*** ≥6,5%

*Define se jejum como a falta de ingesta calórica por, no mínimo, 8h.

**Define se glicemia plasmática casual como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se obser var o intervalo desde a última refeição.

***Os sintomas clássicos de DM são poliúria, polidipsia e perda inexplicável de peso.

HbA1c: hemoglobina glicada; HPLC: cromatografia líquida de alta eficiência (do inglês, high perfor mance liquid chromatography).

Fonte: adaptada de ADA, 2023b.

glicemia plasmática maior que 200mg/dL, o diagnóstico requer dois testes, que podem ser feitos, inclusive, na mesma amostra. O teste oral de tolerân cia à glicose (TOTG) pode ser evitado na infância, a não ser que a principal suspeita seja de DM2, já que nesse contexto apresenta maior sensibilidade, enquanto a hemoglobina glicada (HbA1c) pode ter menor sensibilidade nos quadros de início abrupto.

CLASSIFICAção Do DIABeteS MeLIto

A classificação do DM baseia‑se nos conhecimentos fisiopatológicos atuais, in‑ cluindo quatro classes clínicas: DM1, DM2, outros tipos específicos de diabetes e DM gestacional (Tabela 12.2). Os critérios mais utilizados no diagnóstico de DM1 são idade abaixo de 10 anos, baixo IMC, perda não intencional de peso, cetoacidose e glicemia sérica acima de 360mg/dL ao diagnóstico. As formas oligossintomáticas, em adolescentes com excesso de peso, história familiar forte de DM2 e evidências de resistência insulínica sugerem o diagnóstico de DM2.

A NEXO III

Modelo de Carta de Urgência/ Cartão de Corticoterapia de Estresse, Gráficos e Tabelas Úteis

CARtA De oRIeNtAção PARA PACIeNte CoM

INSuFICIêNCIA ADReNAL

A paciente, (nome completo do paciente), é portadora de insuficiência adre nal, atualmente em uso de glicocorticosteroide (tipo e dose total diária).

Em razão do quadro da insuficiência adrenal, necessita de cuidados es peciais em situações de estresse (febre, quadro infeccioso, cirurgia, trauma etc.). Quando não houver restrições para ingestão via oral, é recomendado administrar o dobro da dose do glicocorticosteroide (tipo e dose total diária).

Se houver sintomas de insuficiência adrenal aguda (hipotensão, náu seas, vômitos, torpor, desidratação, diarreia, dor abdominal etc.) existe a necessidade de iniciar imediatamente expansão com soro fisiológico 0,9% e reposição de glicocorticosteroide com: hidrocortisona 100mg/m² endovenosa (EV) em bolus , seguida por manutenção de hidrocortisona 25mg/m² EV a cada 6h.

Caso necessite de procedimento cirúrgico, orientamos hidrocortisona 100mg EV na indução anestésica, seguida de 50mg EV, a cada 6h, no pós operatório imediato. Após: deixar a dose dobrada de hidrocortisona ou prednisolona (do se total diária), usada previamente, por 2 a 5 dias. E na alta hospitalar retor nar para a dose fisiológica (adaptado de Cartilha de orientação, prevenção e gestão na emergência de pacientes com insuficiência adrenal, da Associação Brasileira Addisoniana – https://www.abaddison.org.br/).

GRáFICoS e tABeLAS úteIS

Cálculo da Superfície Corporal

Superfície corporal (m2) =

(Peso em kg × 4) +7

Peso + 90

0,25 0,20 0,19 0,18 0,17 0,16 0,15 0,14 0,13 0,12 0,11 0,10 0,09 0,08 0,074m²

Figura A3.1 Nomograma para cálculo da superfície corporal na criança

Criança

Adulto

0,95 0,90 0,86m²

Figura A3.2 Nomograma para cálculo da superfície corporal no adulto

Curvas do National Center for Health Statistics (NCHS)

Estatura materna_____________

Estatura paterna

Idade Peso

Idade gestacional:______semanas

Altura Perímetro cefálico Nascimento

Comentários

Figura A3.3 Meninas – peso e comprimento: do nascimento até 36 me ses de vida

Índice

AAberrações cromossômicas, 21

Acetato de hidrocortisona, 64

Acidemias orgânicas, 8

Ácido

bempedoico, 209 ribonucleico interferente, 211 úrico, 219

Adeno hipófise, 57 Adenomas

foliculares, 97 hipofisários, 66

Agonista(s)

duplo GLP 1/GIP, 223 GLP 1, 223

Alelo, 251

Alta estatura, 19 causas de, 19

‑ familiar, 19

Alterações da função gonadal, 163 da função tireoidiana, 164 do crescimento, 162 do metabolismo ósseo, 165 epigenéticas, 251

Aminoacidopatias, 8

Androgênicos, 43

Aneuploidias, 251 do par sexual, 251

Anorexia nervosa, 227

Antagonistas beta‑adrenérgicos, 92

Anticorpos

‑ bloqueadores maternos, 80 monoclonais da proteína 3 semelhante à angiopoetina (ANGPTL3), 211

Antidepressivos, 223 Antiestrogênicos, 43

Atraso constitucional do crescimento e da puberdade, 15, 32, 34

Atrofia ovariana, 33

Aumento da secreção de hormônio tireoestimulante, 89

Autossomos, 251

Avaliação do crescimento, 13

Avanço constitucional do crescimento, 19

B Baixa

e alta dose de dexametasona, 261 estatura, 14 16 causas de, 16 familiar, 15

Bandeamento, 251

Bicarbonato de sódio, 181

Bloqueio de puberdade, 241

Bócio(s), 94 difuso(s), 95, 99 tóxico, 95 idiopático, 96 nodulares, 88, 96, 100

Bociogênicos, 96

Bulimia nervosa, 229

Burosumab, 141

C

Câncer de tireoide, 100, 102

Carcinoma(s) anaplásico, 103 diferenciados, 101 folicular, 103 indiferenciados, 103 insular, 103 medular, 103 metastático, 104 papilífero, 97, 102 pouco diferenciados, 103

Cariótipo(s), 47, 251 mosaicos, 47

Carta de orientação para paciente com insuficiência adrenal, 263

Centrômero, 252

Cetoacidose diabética, 179

Cirurgia bariátrica, 224

Cistinose, 139

Cistos da bolsa de Rathke, 67

Citogenética, 252

Citrato de clomifeno, 43

Classificação do tamanho ao nascer, 11

Codominância, 252

Códons, 252

Complexo de Carney, 104

Conduta diagnóstica, 15

Cortisol livre urinário, 219

Craniofaringioma, 67

Crescimento

‑ anormal, 14 de recuperação (catch-up growth), 13 fetal, 11

‑ normal, 11 pós‑natal, 12

Cretinismo endêmico, 81

Cromátides, 252

Cromossomo(s), 252, 253 derivativo, 252 em anel, 252 marcador, 253

‑ sexuais, 253

D

Danazol, 43

Defeitos da betaoxidação dos ácidos graxos, 8 da homeostase do fosfato, 138 metabólicos e funcionais da vitamina D, 138

Deficiência(s) da enzima 5 alfarredutase tipo 2, 47 de ACTH, 62

‑ de biotinidase, 9 de FSH e LH, 62 de GH, 62 e do eixo somatotrófico, 59

de gonadotrofinas, 59 de iodo, 96 de TSH, 62

familiar de glicocorticosteroide, 20 hormonais, 196

isoladas de ACTH e de TSH, 59 ou resistência aos hormônios sexuais, 20

Deleção, 253

Designação do sexo de criação, 51

Desvios fisiológicos do crescimento, 12

Diabetes insípido, 70 central, 73

‑ ‑ nefrogênico, 73 melito, 169 classificação do, 170 complicações crônicas, 182 critérios diagnósticos, 169 tipo 1, 171 tipo 2, 176

Diferenças no desenvolvimento sexual, 45, 46 46,XX, 45 46,XY, 45 cromossomos sexuais, 46 ovotesticular, 46 testicular, 46

Dihidrotestosterona, 43

Diploide, 253

Disbetalipoproteinemia, 207

Disforia/incongruência de gênero, 236

Disgenesia gonadal 46,XY, 46 tireoidiana, 79

Dislipidemias, 199

‑ avaliação diagnóstica das, 201

etiologia e classificação das, 205 secundárias, 207 tratamento, 208

Disormonogênese, 81, 96

Dissomia uniparental, 253

Distúrbios da puberdade, 25 do ciclo da ureia, 8 endócrinos, 19 metabólicos, 19 DNA (ácido desoxirribonucleico), 253

Doença(s) associadas ao carcinoma de tireoide, 104 da adrenal, 111 da hipófise, 57 59, 70 anterior, 59

‑ ‑ classificação quanto à função, 58 etiologia, 57 posterior, 70

‑ da tireoide, 79 de Dent, 139 de Graves, 95 na infância e na adolescência, 88, 89 neonatal, 88, 89 do metabolismo mineral, 127 metabólicas

‑ ‑ e genéticas intrínsecas do esqueleto, 142 ósseas, 137

EEdema cerebral, 182

Efeitos da radioterapia, 165 tardios do tratamento do câncer, 161

Esteroides sexuais, 23, 64

Estirão puberal, 12

Euploidia, 253

Evinacumabe, 211

Exoma, 253

Éxon, 253

F

Fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1, 220

Fenilalanina, 7

Fenilcetonúria, 7

Fenótipo, 254

Feocromocitoma, 122

Fibrose cística, 9

FISH (hibridização in situ fluorescente), 254

G

Galactosemia, 8

Gene(s), 254 do Y, 254 selvagem, 254

SHOX, 254

Genética mendeliana, 254

Genótipo, 254

Germinomas, 66

Ginecomastia, 37 no recém nascido, 37 puberal, 37

Glicocorticosteroides, 64

Glicose, 219

H

Hamartomas, 66

Haploide, 254

Hemizigose, 254

Hemoglobina glicada, 219

Heptanoato de dihidrotestosterona, 43

Herança

‑ autossômica dominante, 254 recessiva, 255 ligada ao X, 255

‑ mendeliana, 255

Heterozigose, 255 composta, 255

Hiperaldosteronismo, 121

Hipercalcemia, 131

Hipercalciúria, 134

Hipercolesterolemia familiar, 206

Hiperinsulinismo, 190, 195

Hiperlipidemia(s) familiar combinada, 206 primárias, 206

Hipermagnesemia, 137

Hiperplasia adrenal congênita, 4, 19 forma clássica

perdedora de sal, 118 virilizante simples, 119 forma não clássica, 119

Hipertireoidismo, 86

Hipertrigliceridemia primária, 207

Hipoalfalipoproteinemias, 207

Hipocalcemia, 127

Hipofunção hipofisária, 59

Hipoglicemia, 178

‑ assintomática, 195 definição, 185 diagnóstico diferencial, 190 em crianças diabéticas em uso de insulina, 196 investigação diagnóstica, 189 quadro clínico, 188 sintomática, 195 tratamento, 190

Hipomagnesemia, 135

Hipoparatireoidismo, 129

Hipoplasia ou aplasia das células de Leydig, 47

Hipotireoidismo

adquirido, 82 congênito, 2, 82, 84 primário, 79, 81, 165 adquirido, 81 congênito, 79 secundário e terciário, 82 subclínico, 85

Homocistinúria, 21

Homozigose, 255

Hormônio(s) do crescimento, 64

‑ ‑ humano recombinante, 18 tireoestimulante, 219 tireoidianos, 64, 219

Hormonização cruzada, 243

Hot spots, 255

I

Idade

cronológica, 13 estatural, 14 gestacional, 11 óssea, 14 peso, 14

Identidade de gênero, 235

Inativação do cromossomo X, 255

Incidentalomas, 124 Índice de Capurro, 11

‑ de massa corporal, 215

Indução puberal, 53, 54

Inibidor(es)

Apo C3, 212

‑ da aromatase, 43

Insensibilidade androgênica, 47

Inserção, 256

Insuficiência adrenal, 111, 263 aguda, 112 crônica, 114 primária, 112

Insulina, 219

Insulinização, 173, 181 Íntron, 256

Inversão cromossômica, 256

Isocromossomo, 256

L

Leptina, 219, 223

Levotiroxina, 84

Linfoma, 104

Lipídios, 199, 201 de origem endógena, 201

Liraglutida, 222

Lojuxta, 212

Lomitapida, 212

M

Medida de pressão arterial, 283

Metabolismo dos lipídios, 200

Metformina, 223

Metimazol, 90

Métodos de aferição das medidas antropométricas, 13

Micropênis, 53

Monossomia, 256

Mosaico, 256

Mounjaro, 223

Mutação de ponto, 256 do gene

APC, 105

PPKAR1A, 104 PTEN, 104

frameshift, 256

‑ missense, 256 no receptor do hormônio tireoestimulante, 81 nonsense, 256 silenciosa, 257

N

Neoplasia endócrina múltipla tipo 2B, 21

Neuro hipófise, 57

Nulissomia, 257

O

Obesidade diagnóstico clínico, 217

‑ exame(s) físico, 217 complementares, 218 na infância, 215 prevalência, 216 tratamento, 220

Oftalmopatia de Graves, 94

Orlistat, 222

Osteogênese imperfeita, 144

Osteomalácia induzida por tumor, 138

Osteoporose, 142

Ozempic, 223

P

Padrão genético, 15

Parada ou diminuição fisiológica do crescimento pré‑puberal, 12

Paraganglioma, 122

Parâmetros auxológicos, 13

PCR, 257

Peso e comprimento ao nascer, 15

Polimorfismo de nucleotídio único, 257

Polipose adenomatosa familiar, 105

Propiltiouracil, 90

Proteínas, 199

Prova(s) da vasopressina, 261 de estímulo com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas, 259 do hormônio do crescimento, 259 de restrição hídrica, 260

Pseudo hipoparatireoidismo, 218

Pubarca precoce, 31

Puberdade atrasada, 32

‑ precoce, 19, 25‑27, 29 central ou completa ou dependente de hormônio liberador de gonadotrofina, 26

‑ ‑ dependente de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), ou central, 25 heterossexual, 25

‑ ‑ independente de GnRH, ou periférica, 25 isossexual, 25 periférica ou incompleta ou independente de hormônio liberador de gonadotrofina, 26 sinais e sintomas da, 27 tratamento, 29

R

Radioiodo, 93

Radioiodoterapia, 106

Raloxifeno, 43

Raquitismo, 137

‑ hipofosfatêmico, 141

hereditário com hipercalciúria (HHRH), 139 por acelerada inativação da vitamina D, 141 por defeito no receptor de vitamina D, 141 por deficiência da 1‑alfa‑hidroxilase ou 25‑hidroxilase, 141

Recém‑nascidos PIG, 11 assimétricos ou desproporcionais, 12 simétricos ou proporcionais, 11

Região pseudoautossômica, 257

RNA (ácido ribonucleico), 257

S

Sanger (sequenciamento de), 257

Sibutramina, 222

Síndrome de Beckwith‑Wiedemann, 21 de Berardinelli, 21 de Cowden, 104 de Cushing, 115 de Down, 152 de Fanconi, 139 de Klinefelter, 21, 33, 47, 150 de Laurence Moon Biedl, 218 de Lowe, 139 de Marfan, 21 de McCune‑Albright, 139

‑ de Noonan, 154 de Prader‑Willi, 156, 218 de resistência hormonal, 81 de secreção inapropriada de hormônio antidiurético e de perda cerebral de sal, 73 de Silver‑Russell, 158 de Sotos, 20

‑ de Turner, 33, 47, 147

de Weaver, 21 do “desaparecimento de testículos”, 33 do X frágil, 21 genéticas com repercussões endócrinas, 147 hipofosfatêmicas, 138, 141 osteoporóticas, 142

SNP (snipes), 257

Splicing, 257

STKr, 257

Substâncias

antitireoidianas ou de iodo, 80 citotóxicas, 164

Supressão com hormônio tireoidiano, 106

T

Tamoxifeno, 43

Telarca precoce isolada, 31

Terapia afirmativa de gênero, 243

Teste

de estímulo com gonadotrofina coriônica, 262 hormônio adrenocorticotrófico sintético, 262 de supressão noturna com dexametasona, 261

Testotoxicose familiar, 27

Tionamidas, 90

Tireoidite

aguda supurativa, 95 autoimune, 81, 95 de De Quervain, 95 de Hashimoto, 95 subaguda, 95

Tireoidites, 89, 95

Tireotoxicose, 86 factícia, 89

Tiroxina livre, 219

Tirzepatida, 223

Topiramato, 223

Transgeneridade, 235 abordagens terapêuticas, 238 desafios, 247

estimativas populacionais, 238 intervenções cirúrgicas, 247

Transição social de gênero, 240

Translocação, 258

Tratamento da alta estatura familiar, 23 pré natal da hiperplasia adrenal congênita, 121

Triagem neonatal

‑ definição, 1 para deficiência de biotinidase, 9 para fenilcetonúria, 7 para fibrose cística, 9 para galactosemia, 8 para hiperplasia adrenal congênita, 4 para hipotireoidismo congênito, 2

para outras doenças, 7

Triploidia, 258

Trissomia, 258

Tumores da região hipofisária, 65

‑ funcionantes, 66

‑ não funcionantes, 67

‑ produtores de gonadotrofina coriônica humana, 27

VVariação na velocidade de crescimento, 12

Variantes da normalidade, 15 normais do desenvolvimento puberal, 31

Velocidade de crescimento, 15

Volanesorsen, 212

WWaylivra, 212

Mais de 20 anos se passaram desde o lançamento da primeira edição da obra Endocrinologia Pediátrica – Guia

Prático, em 2002, e 7 anos desde a última, publicada em 2017. Para esta nova edição, além de todos os capítulos terem sido revisados e atualizados, os editores sentiram a necessidade de acrescentar um novo capítulo sobre uma questão antiga, mas que vem ganhando destaque e importância nos dias de hoje: transgeneridade. Outra característica mantida nesta quarta edição foi a inclusão de uma nova geração de autores. Foram convidados a participar e enriquecer o livro com seus conhecimentos, quatro autores com ampla experiência na área.

Pediatras, endocrinologista e especialistas relacionados têm em mãos uma obra de fácil manuseio, acessível a qualquer momento e que servirá de grande auxílio no cotidiano.

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