(Des)Encontro do médico com o paciente: o que pensam os médicos? – Maurício de Assis Tostes

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Organizador (Des)Encontro do Médico com o Paciente: O Que Pensam os Médicos? é um livro sobre a relação entre o médico e o paciente (RMP), que tem como base entrevistas com profissionais de diversas especialidades. A obra tem como público-alvo estudantes de Medicina, médicos e demais envolvidos na área da saúde. Também pode despertar o interesse do público leigo, pois a RMP diz respeito a todas as pessoas. Eventualmente, todos somos pacientes, e, sem exceção, queremos ser bem atendidos pelos médicos, estabelecendo uma boa relação para ambos. O cerne da prática do médico é a sua relação com o paciente. Entrar em contato com o que pensam sobre o assunto professores das principais instituições de ensino do país e de diferentes especialidades é muito estimulante. Além disso, trata-se de uma oportunidade de se aprofundar a reflexão entre o médico e o paciente. Foram entrevistados 47 experientes profissionais de várias áreas. A riqueza das entrevistas, sua diversidade, a profundidade das reflexões e a excelência técnica e cultural dos entrevistados tornam este livro muito agradável e interessante.

Maurício de Assis Tostes É psiquiatra. Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1983, concluiu a Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ) em 1986. Possui os títulos de Mestre (1991) e Doutor (1998) pelo Programa de Psiquiatria e Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. É Médico do IPUB desde 1986, com lotação no Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ. Sua atuação profissional foi, desde o início, no Hospital Universitário da UFRJ, em Interconsulta Psiquiátrica e como preceptor da Residência em Psiquiatria. As áreas em que mais atua como interconsultor são as de Doenças Infecciosas e Parasitárias (infecção pelo HIV/AIDS) e Hepatologia. É professor da Disciplina Psicologia Médica na Faculdade de Medicina da UFRJ.

Como os médicos entrevistados refletem sobre a RMP? Quais são os principais problemas que eles identificam? Quais demandas relacionadas com essa área? Quais as propostas para a formação do estudante de Medicina? A obra contribui para estimular tais questões sobre o assunto, possibilitando ao leitor ter acesso ao pensamento de alguns dos médicos mais experientes do Brasil.

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Maurício de Assis Tostes é psiquiatra. Formado em Medicina pela Faculdade de ciências Médicas da universidade do estado do Rio de Janeiro (ueRJ) em 1983, concluiu a Residência em psiquiatria no instituto de psiquiatria da universidade Federal do Rio de Janeiro (ipuB/uFRJ) em 1986. possui os títulos de Mestre (1991) e doutor (1998) pelo programa de psiquiatria e Saúde Mental do instituto de psiquiatria da uFRJ. é Médico do ipuB desde 1986, com lotação no Serviço de psiquiatria e psicologia Médica do hospital universitário clementino Fraga Filho (hucFF), da uFRJ. Sua atuação profissional foi, desde o início, no hospital universitário da uFRJ, em interconsulta psiquiátrica e como preceptor da Residência em psiquiatria. as áreas em que mais atua como interconsultor são as de doenças infecciosas e parasitárias (infecção pelo hiV/aidS) e hepatologia. é professor da disciplina psicologia Médica na Faculdade de Medicina da uFRJ.

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o RG A N i ZADoR


Copyright © 2014 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-64956-77-3 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora. Produção Equipe Rubio Capa Bruno Sales Projeto Gráfico e Diagramação Estúdio Castellani

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ D484 (Des)encontro do médico com o paciente: o que pensam os médicos? Organização, Maurício de Assis Tostes. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2014.

364 p.; 23cm.

Inclui índice ISBN 978-85-64956-77-3

1. Médico e paciente. 2. Medicina. I. Tostes, Maurício de Assis. II. Título.

14-08992 CDD: 610.696 CDU: 614.253.8

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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(Des)Encontro do médico com o paciente: o que pensam os médicos?


À Rosana, ao Vitor e à Isabel, pela vida compartilhada.

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Aos meus queridos e saudosos pais, José Carlos e Maria da Glória.


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Sonho que se sonha só É só um sonho que se sonha só Mas sonho que se sonha junto É realidade. R au l S ei x as

A todos os colegas que aceitaram participar deste projeto abrindo seus corações. Ao meu irmão Roberto, pelas inúmeras contribuições em todas as fases de elaboração deste livro, e à minha irmã Raquel, pelo apoio e pelo carinho. A Marco Antônio Brasil, pelo apoio desde o início deste projeto, pela generosidade em compartilhar seu conhecimento e sua sabedoria, e por sua amizade. Sou grato a todos que me estimularam durante a elaboração deste livro, especialmente a Gisela Cardoso, José Henrique Figueiredo, Maria Teresa Moraes Tostes, Miriam Menna Barreto, Nelson Caldas, Neury Botega e Paulo Sampaio. Aos colegas e amigos do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica e da disciplina Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com quem venho convivendo e refletindo sobre a relação médico-paciente (RMP) desde 1986 especialmente a Amaury Queirós, e a Lúcia Spitz (in memorian). A Julio de Mello Filho, Paulo Roberto Chaves Pavão, Malvine Zalcberg, João Bosco Calábria de Oliveira (in memoriam) e aos demais professores, colegas e amigos da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A Jacques Engel, Jeremias Ferraz, João Romildo Bueno, Jorge Adelino Rodrigues da Silva, Theodor Lowenkron e aos demais professores, colegas e amigos do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Aos meus colegas e amigos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ, com quem tenho a honra e a satisfação de trabalhar diariamente. A Maria Inês Escosteguy Carneiro, pela decisiva ajuda no meu encontro comigo mesmo e pelo incentivo a este projeto. A Teresa Vasconcelos e Irismar Nascimento da Silva, pela transcrição das entrevistas, pelo incentivo e pelos comentários, sempre construtivos.

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Agradecimentos


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À Academia Nacional de Medicina, aos Conselhos Regionais de Medicina do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, a Bruna Caetano, Camila Spiller, Daniela Menna Barreto e Jonathan Assis, pela ajuda na elaboração do capítulo referente às pessoas citadas. À Editora Rubio, por acreditar neste projeto. Aos meus alunos da Faculdade de Medicina da UFRJ, com quem aprendo a cada dia. A todas as pessoas que me incentivaram ao longo desses quatro anos na elaboração deste livro. A todos os meus pacientes, inclusive àqueles com quem tive dificuldades no nosso relacionamento, que diariamente me ensinam a ser médico.


Este é um livro sobre a relação entre o médico e o paciente (RMP), que tem como base entrevistas com médicos de diversas especialidades. As entrevistas são apresentadas na íntegra e, a partir delas, fazem-se considerações sobre o tema da RMP. Há um capítulo com a lista de todas as pessoas citadas e suas publicações. Esta primeira edição recebe prefácio do Prof. Marco Antônio Brasil, psiquiatra, Professor Adjunto de Psicologia Médica na Faculdade de Medicina da UFRJ e ex-presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. A obra tem como público-alvo estudantes de Medicina, médicos e demais profissionais da área da saúde, mas poderá despertar o interesse do público leigo. O que melhor caracteriza este livro é o fato de abordar a RMP, tema central na Medicina, por meio de entrevistas com médicos. A estratégia adotada pode favorecer a aproximação dos leitores com o assunto já que as entrevistas se baseiam na vivência dos médicos selecionados. O cerne da prática do médico é a sua relação com o paciente. Entrar em contato com o que pensam sobre o assunto professores de algumas das principais instituições de ensino do nosso país e de diferentes especialidades é muito estimulante, e poderá vir a ser uma oportunidade única de se aprofundar a reflexão sobre a relação do médico com o paciente. O público leigo, por sua vez, demonstra particular curiosidade por esse tópico, que interessa a todos. Uma boa relação com o médico que nos atende é uma preocupação universal, e poder refletir a respeito e buscar soluções para as dificuldades com que todos se deparam nesse campo é muito importante. A riqueza das entrevistas, sua diversidade, a profundidade das reflexões, a excelência técnica e cultural dos entrevistados tornam a leitura deste livro agradável e estimulante. O Organizador

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Apresentação


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Este livro é a realização de um sonho. Um sonho longamente acalentado pelo Prof. Maurício Tostes. No exercício da Medicina, como médico assistente e professor, ele sempre reconheceu e valorizou a importância da relação médico-paciente (RMP), “o mais singular de todos os encontros”, nas palavras de Henry Ey. Certamente ele teria muito a dizer a partir da sua própria experiência; no entanto, preferiu, fazendo jus a uma de suas muitas qualidades, a generosidade, ouvir colegas que, como ele, valorizam esse importante encontro. Entre aqueles que ele entrevistou estão figuras maiores da Medicina brasileira, bem como colegas que dividem com ele o dia a dia da prática médica. Nos depoimentos desses médicos há de se ressaltar a importância que eles conferem às figuras significativas que lhes serviram de modelo em sua formação médica. Da mesma forma, a lembrança, implícita ou explícita, em todos os relatos, de que a boa RMP continua sendo o núcleo da prática médica. É ela que irá construir a base e a sustentação de tudo mais que se pode realizar no exercício prático da Medicina. Na verdade, o médico é mais avaliado pelos seus pacientes com base na sua capacidade de estabelecer uma boa relação com eles e de bem lidar com os conflitos que às vezes essa relação pode suscitar do que pela sua habilidade e seus conhecimentos técnicos, os quais, na maioria das vezes, o paciente não é capaz de julgar. Podemos ver nessas entrevistas a mensagem que perpassa todas elas sobre a importância do conhecimento humanístico para a formação médica e a obediência à frase atribuída a Ambroise Paré: “Guérir quelquefois, soulager souvent, consoler toujours” (“Curar às vezes, aliviar frequentemente e consolar sempre”). Marco Antônio Alves Brasil Chefe do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF-UFRJ).

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Prefácio


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[...] não é raro que a relação entre o paciente e seu médico seja tensa, incômoda, e mesmo desagradável. [...] o paciente tem verdadeira necessidade de ajuda, o médico tenta honestamente tudo que pode, mas, apesar dos esforços de ambas as partes, as coisas tendem obstinadamente a andar mal. Michae l B al i n t*

O conflito é um aspecto inevitável de todos os relacionamentos importantes e, manejado apropriadamente, pode aprofundá-los e fortalecê-los. No relacionamento médico-paciente, o conflito pode surgir de muitas fontes e pode também prejudicar o relacionamento ou proporcionar uma oportunidade para melhorar a comunicação, a aliança e o compromisso. C hris t o pher Go rdon , M arg ot P hi l ips e E uge n e V . B eresi n †

A relação médico-paciente (RMP) é um tema que me interessa, e intriga, desde os tempos da Faculdade de Medicina, quando fui aluno e colaborador do Prof. Júlio de Mello Filho, uma das maiores autoridades no Brasil nesse assunto. Minha trajetória profissional e acadêmica sempre se deu predominantemente em hospitais gerais, particularmente no Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O contato com alunos, residentes e colegas de diversas especialidades estimulou-me a aprofundar as reflexões sobre o tema da RMP, na medida em que uma demanda frequente pela atuação do psiquiatra no hospital geral está associada aos conflitos nesse campo. Pude acompanhar um interesse crescente por este assunto nos últimos anos. Questões relacionadas à comunicação médico-paciente, à adesão ao tratamento, aos modelos de decisão, ao papel da equipe multidisciplinar, à relação estudante-paciente, à comunicação de notícias difíceis, ao paciente

* O Médico, o Paciente e sua Doença. Rio de Janeiro: Atheneu; 2005. † Stern TA, Fricchione GL, Cassem NH. (Eds.). The Doctor-Patient Relationship. Massachusetts General Hospital Handbook of General Hospital Psychiatry. 6. ed. Philadelphia: Elsevier; 2010.

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Introdução


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dito difícil, entre outras, têm sido objeto de atenção e reflexão pelos médicos das várias especialidades e pelos demais profissionais de saúde. Se, por um lado, trata-se de um tema reconhecidamente importante na prática médica e no dia a dia das pessoas em geral, por outro parece haver certo desgaste em sua abordagem, como se tudo de importante já tivesse sido pensado e dito sobre ele. Muitos pensam que estabelecer uma boa RMP é só uma questão de bom senso do médico, e de boa vontade do paciente. Será que na prática essa é uma relação que se estabelece sem problemas? A RMP permeia o tempo todo o trabalho do médico. Trata-se de uma questão que, na verdade, diz respeito a todas as pessoas. Mais dia, menos dia, todos somos pacientes, e, sem exceção, queremos ser bem atendidos pelos médicos, e que a relação que estabelecemos com eles seja satisfatória para ambos. Basta conversarmos com as pessoas em geral e com os médicos para percebermos que a questão está longe de estar equacionada. São muito frequentes as queixas das pessoas sobre os médicos com quem se consultaram. Já no dia a dia dos médicos a relação com os pacientes está longe de ser um mar de rosas. Por outro lado, não é muito fácil falar com franqueza das tensões, dos conflitos e, de certa forma, dos desencontros presentes nessa relação. Se quisermos avançar na compreensão da complexidade desse assunto, precisaremos refletir sobre os seus aspectos mais difíceis. Há algum tempo, vinha me perguntando como poderia encaminhar de uma forma diferente uma reflexão sobre esse tema. Perguntava-me se a melhor estratégia seria organizar um seminário reunindo especialistas, ou realizar uma pesquisa sobre os estudos mais recentes nesse campo e também recorrer aos autores clássicos, tentando perceber o quanto ainda continuavam atuais. Em determinado momento, indaguei-me: por que não entrevistar médicos sobre esse assunto? Por que não perguntar a médicos de diferentes especialidades o que pensam sobre as suas dificuldades na relação com os pacientes? E por que não reunir esse material em um livro? Essa ideia estimulou-me desde o início, pois sempre gostei muito de entrevistas, seja assistindo-as, lendo-as em jornais, revistas e livros ou fazendo algum trabalho que envolvesse esse recurso. Percebi que talvez aquele material pudesse vir a ser de interesse para os alunos de Medicina, para os médicos mais jovens e para o público em geral. Selecionei um grupo abrangente de excelentes profissionais de diversas áreas, a maioria do Hospital Universitário da UFRJ, o que reflete também meu vínculo institucional. Convidei também colegas de outras instituições universitárias para que o trabalho ganhasse maior abrangência e alcance mais amplo. Algumas especialidades importantes não foram contempladas, assim como diversas instituições de excelência. Procurei obter um panorama mais geral de questões relacionadas à RMP a partir dos depoimentos desse grupo de médicos. Dei ênfase especial a alguns pontos de tensão na RMP, a saber: não adesão ao tratamento, o paciente considerado difícil, e as emoções negativas na relação com os pacientes. Outro ponto que mereceu


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uma maior atenção foi a RMP em Psiquiatria, devido às mudanças que a especialidade vem passando nos últimos anos. Como os médicos entrevistados refletem sobre a RMP? Quais são os principais problemas que eles identificam? Quais as suas demandas relacionadas a essa área? Quais as suas propostas para a formação do estudante de Medicina? Vários livros abordam esse tópico de diferentes perspectivas, todas igualmente válidas e complementares. Minha hipótese é a de que este livro, contendo estas entrevistas, pode vir a contribuir para estimular o debate sobre esta questão, na medida em que possibilita ao leitor, seja ele estudante de Medicina, médico ou o público em geral, ter acesso às reflexões de uma ampla gama de médicos. Meu foco foi o depoimento dos entrevistados, e trazê-los à luz foi a principal contribuição deste trabalho. Além das entrevistas, constam no livro um capítulo com as pessoas citadas, algumas informações sobre elas, além dos artigos, livros e trabalhos mencionados pelos entrevistados, e também meus Comentários Finais. Por intermédio das pessoas citadas e de seus respectivos trabalhos, os leitores que tiverem interesse poderão aprofundar-se no estudo da RMP.


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En t re vi st ad os 1

Ademar Valadares Fonseca

2

Adib Domingos Jatene

3

Alice Reis Rosa

4

Carlos Henrique Fernandes Castelpoggi

5

Cláudio Eizirik

6

Clementino Fraga Filho

7

Daniel Almeida Gonçalves

8

Dilma Loureiro Borba

9

Eduardo Rocha

(Nefrologista) 56

10

Eliana Calazans

(Pediatra) 65

11

Eloá Pereira Brabo

12

Eustachio Portella Nunes

13

Henrique Sérgio Moraes Coelho

14

Ivo Pitanguy

15

Joaquim Ribeiro Filho

16

Jorge André de Segadas Soares

17

Jorge Marcondes

18

José Eduardo de Siqueira

(Cardiologista e Bioeticista) 114

19

José Marcus Raso Eulálio

(Cirurgião) 128

20

José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres

21

Juraci Ghiaroni de Albuquerque e Silva

(Homeopata) 1

(Cirurgião Cardiovascular) 8

(Clínica Geral, área de interesse: Educação Médica) 16 (Clínico Geral) 23

(Psiquiatra e Psicanalista) 31 (Clínico) 38 (Médico de Família) 42

(Médica de Família) 49

(Oncologista) 72 (Psiquiatra e Psicanalista) 79 (Clínico Geral e Hepatologista) 86

(Cirurgião Plástico) 93 (Cirurgião Geral) 98 (Clínico Geral e Hepatologista) 102

(Neurocirurgião) 108

(Sanitarista) 136

(Ginecologista) 146

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Sumário


Leonel dos Santos Pereira

23

Lúcio Pereira de Souza

24

Luiz Alberto Hetem

25

Luiz Antônio Alves de Lima

26

Marcelo Santos Cruz

(Psiquiatra) 180

27

Marco Antônio Brasil

(Psiquiatra) 188

28

Maria Isabel Dutra Souto

(Clínica Geral) 194

29

Maria Tavares Cavalcanti

(Psiquiatra e Psicanalista) 201

30

Mario Alfredo De Marco

(Psiquiatra e Psicanalista) 208

31

Miguel Chalub

32

Neury José Botega

33

Nurimar Conceição Fernandes

34

Paulo Albuquerque da Costa

35

Paulo Feijó Barroso

36

Paulo Niemeyer Filho

37

Renério Fráguas Jr.

38

Ricardo Caminha

39

Roberto Bueno de Paiva

40

Ronaldo Nascentes da Silva

41

Rosalie Branco Correa

42

Sandra Lúcia Correia Fortes

43

Sergio Zaidhaft

44

Silvia Reis dos Santos

45

Sylvia da Silveira Mello Vargas

46

Valéria Ribeiro Gomes

47

Winston Marques de Andrade

(Anestesiologista) 152

(Cardiologista) 160

(Psiquiatra) 167 (Infectologista) 173

(Psiquiatra e Psicanalista) 214 (Psiquiatra) 220 (Dermatologista) 229

(Pneumologista) 235

(Infectologista) 242 (Neurocirurgião) 248

(Psiquiatra e Psicanalista) 254

(Clínico Geral) 260 (Clínico Geral e Cardiologista) 268 (Pneumologista) 275

(Neurologista) 280 (Psiquiatra e Psicanalista) 285

(Psiquiatra e Psicanalista) 292 (Pediatra) 300 (Clínica Geral) 307

(Infectologista) 313 (Radiologista) 319

Comentários Finais 325 Índice Onomástico 328

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22


Ademar Valadares Fonseca

Meu nome é Ademar Valadares Fonseca. Sou médico, formado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1983, com especialização em Homeopatia, que exerço desde então, atendendo adultos e crianças.

Quais são os principais problemas que você observa na relação entre médicos e pacientes?

O principal problema ocorre quando existe uma diferença entre os objetivos do médico e os do paciente. Ou seja, quando o paciente está procurando alguma coisa que não é exatamente aquilo que o médico pode oferecer. Existe aí um desequilíbrio que gera uma tensão na relação. Eu trabalho na rede pública e em consultório particular. Na Medicina pública o principal problema é a dificuldade de acesso ao médico, porque é um volume muito grande de pessoas. Na rede privada, considero a principal questão essa que mencionei, quando existe uma divergência de objetivos. Na rede pública, quais são as dificuldades mais frequentes?

Quando falo em dificuldade de acesso na rede pública, não me refiro apenas a acesso ao médico. Refiro-me às situações em que o paciente precisa falar com o médico. Essa disponibilidade é muito complicada de se conseguir, e só eventualmente se consegue. Esse é um problema, porque muitas vezes o paciente começa a pro­ curar outros médicos. Não dá tempo de ele esperar um novo atendimento, então é comum que, na rede pública, o paciente tenha uma gama enorme de médicos, de várias especialidades, atendendo-o. Esses médicos não se comunicam entre si, e isso às vezes gera conflitos, no sentido de você dar uma orientação e outro médico dar outra. É um problema complicado, porque o paciente fica meio fatiado. Muitas vezes, é ele mesmo quem tende a se fatiar. Porque ele lida com a Medicina como se fosse um cardápio de especialidades. Então, o que ele quer? Uma consulta com o ortopedista, com a homeopata, com o clínico ou com o reumatologista. E vai de um para outro, o que também pode gerar tensão, porque as orientações e as abordagens podem ser diferentes.

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Capítulo 1


( D es ) E ncontro do M é dico com o P aciente

Há alguma dificuldade na relação médico-paciente em Homeopatia?

A maioria das pessoas normalmente

Talvez sim, já que a Homeopatia tem chega ao homeopata com uma abordagem muito diferente. A conceitos que não são os da maioria das pessoas normalmente chega Homeopatia em relação ao que seja ao homeopata com conceitos que não doença, saúde, sintoma ou cura. são os da Homeopatia em relação ao que seja doença, saúde, sintoma ou cura. E existe um período de adaptação, em que você tem que orientar o paciente sobre esses conceitos. Precisamos abordar como ele deve se portar diante das situações, discutir com ele essas variáveis e essas outras possibilidades. E às vezes não é isso que o paciente quer, não é o que ele pretende do tratamento. Este é um dado a mais, nesse rol de problemas que podem acontecer na relação do médico com o paciente. No caso específico da Homeopatia, uma característica dessa especialidade é ter conceitos e abordagem diferentes quanto aos problemas que acontecem. O que você considera um paciente difícil?

Para mim, o paciente mais difícil é aquele que não tem sintoma. Ou, melhor dizendo, o que relata poucos sintomas. Não é que ele não os tenha; às vezes ele tem, mas não os reconhece como sintomas. A Homeopatia trabalha muito com a individualização, ou seja, o sintoma mais comum naquela pessoa! O sintoma comum da doença é menos importante do que o sintoma peculiar da doença. Então é preciso observação, é preciso que a pessoa se observe, tenha a percepção do que é peculiar a ela. Às vezes isso não é muito comum, uma vez que as pessoas não estão acostumadas a dar importância à percepção de si mesmas. Elas estão acostumadas com o relato daquilo que é comum, porque normalmente é isso que interessa ao médico. Em geral o médico quer saber se a pessoa tem uma tosse, para eventualmente diagnosticar um problema pulmonar. Agora, como é a tosse? Em que horário acontece, que som ela provoca? Enfim, as peculiaridades mais específicas as pessoas não estão acostumadas a revelar, nem mesmo a observar. E há também a questão dos sintomas mais sutis, mais emocionais e psicológicos, que para a Homeopatia são muito importantes, e sobre os quais muitas vezes as pessoas também se resguardam. Elas não conseguem perceber a importância de falar a respeito para o tratamento de uma rinite alérgica. Então, para a Homeopatia o paciente mais difícil é aquele que aparentemente não tem muitas queixas nem muitos sintomas, aquele que não fala muito, e não está disposto a se revelar por inteiro. Evidentemente, existem técnicas para você tentar lidar com isso. Esse é, a meu ver, o paciente mais difícil. Você destacaria mais alguma dificuldade na relação com os pacientes?

Pessoalmente, tenho dificuldades com os pacientes terminais; na verdade, lido muito pouco com pacientes nessa condição, por causa das características da evolução

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Fale um pouco sobre como se deu a sua escolha pela Homeopatia na Medicina.

Fui aos poucos me decepcionando com a abordagem que a alopatia tinha das doenças. Nos tempos de faculdade, participei do AMI (Ambulatório de Medicina Integral do Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ), onde havia algo que se aproximava um pouco do que eu estava buscando, que era uma visão integral do ser, da pessoa e do doente. O que me desgostava na abordagem da alopatia era a segmentação do sofrimento, do corpo e da pessoa. A pessoa era estudada e entendida de forma segmentada, e isso era uma coisa que se chocava um pouco com as minhas ideias. Não era assim que eu via o paciente. Fui então procurando, dentro da Medicina, alguma alternativa que me possibilitasse ter essa visão integral, essa visão holística da pessoa e não estava encontrando. Tentei na Medicina Integral, mas ali também havia limitações. No quinto ano, tive contato com a Homeopatia porque fui me tratar com um homeopata. Percebi na abordagem dele alguma coisa que se aproximava do que eu estava imaginando. A partir dali, busquei me informar sobre Homeopatia. Coincidentemente, havia na época um curso de especialização em Homeopatia no Rio de Janeiro, que já estava em seu segundo ano. Era ministrado por homeopatas que haviam se formado na Escola Argentina. Fui fazer o curso para me informar e ver como era, e percebi que era aquilo que eu queria fazer. A Ho­meopatia então se encaixou numa visão que eu, de alguma forma, intuitivamente já tinha, sobre o que era doença, saúde e sofrimento.

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A d em a r V a l a d a r es F o n sec a


Adib Domingos Jatene

Sou Adib Domingos Jatene, nasci no Acre e me formei em 1953, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Naquela época, tínhamos um residente por enfermaria, e quem fazia o papel de residente eram os estudantes, nos intervalos das aulas, de noite, no fim do dia ou nos finais de semana. Eu, como todos os estudantes da época, comecei a trabalhar no Hospital das Clínicas já no terceiro ano, em Clínica Médica. No quarto ano, fui trabalhar no grupo de cirurgia do Prof. Zerbini,4 porque a minha proposta de vida era terminar o curso médico, fazer um ano de saúde pública e voltar para o Acre. Eu não fiz Medicina para fazer Cirurgia Cardíaca.

Quais são os principais problemas que o Senhor observa na relação entre o médico e o paciente?

O principal problema que ocorreu é consequência do avanço científico e tecnológico. No momento em que se incorporou toda a tecnologia que foi desenvolvida desde o final da Segunda Guerra Mundial, o médico foi transformado em técnico. E há uma diferença muito grande entre o médico e o técnico. Porque o técnico está interessado na doença, nos mecanismos e no tratamento da doença. E o médico está interessado no doente. Essa é a grande mudança. Hoje, a grande maioria dos médicos não tem tempo para conversar com o doente. Eles baseiam o diagnóstico nos exames e não na análise dos sintomas e dos achados do exame físico, que continua sendo o mesmo do passado. Apesar de todo esse avanço científico e tecnológico, o homem é igual. Toda vez que ele se sente doente, ele é um ser fragilizado, angustiado, aflito e com medo. Digo sempre que o oposto do medo não é a coragem, é a fé. E por isso é preciso acreditar em quem o trata. Se o paciente não tem interação, não conversa com quem o trata, ele não consegue adquirir a confiança necessária. Cria-se então um ambiente que eu diria não ser exatamente de conflito, mas de certa dificuldade. Porque o médico, ao invés de procurar conhecer a vida do doente, seus problemas familiares e pessoais, para formar um juízo em torno de sua situação, limita-se a pedir exames. Isso significa transformar a profissão em uma coisa técnica, em que quem vai fazer o diagnóstico são os aparelhos, não o profissional. Essa distorção acaba sendo endossada pelas próprias Faculdades de Medicina, que têm dificuldade para ensinar a Medicina Humanista. E o exercício profissional, com as suas distorções, com a obrigatoriedade de o médico ter vários empregos, por causa da remuneração insuficiente, não permite ao médico tempo

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Capítulo 2


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suficiente para que possa exercer esta Medicina, que é a Medicina-arte, a Medicina humana, em que você trata a pessoa, não a doença da pessoa. Esse é, a meu ver, o grande problema que a Medicina moderna enfrenta. O que é um paciente difícil?

Essa é uma questão que eu sempre discuto. Não acho que exista paciente difícil, mas sim o paciente que não foi suficientemente esclarecido e que tem dúvidas. Hoje em dia, com todos os recursos disponíveis, o indivíduo vai procurar informações na Internet. Quando chega à consulta, discute com o médico sobre seu problema de saúde e sobre os tratamentos, e se o médico não estiver atualizado, não consegue conquistar a confiança do doente. Se existe desconfiança entre o doente e o médico, esse doente passa a ser difícil, porque ele passa a questionar o médico. Obviamente, não estou falando de indivíduos neuróticos ou psicóticos, que existem e têm que ser tratados por especialistas. O que fazer quando o paciente desperta no médico sentimentos como irritação, raiva e desconfiança?

O médico é o condutor do processo da inter-relação com o paciente. Cabe a ele entender as dificuldades do doente, e contribuir para dissipá-las. Se ele não fizer isso, não conquista a confiança do doente e a relação fica conflituosa. Isto ocorrendo, não permite que você exerça a profissão de maneira adequada. Eu digo para os meus doentes: “Toda vez que você está com medo, é porque você é ignorante. Não é uma ignorância intelectual, mas do fato que está acontecendo consigo. Então eu preciso explicar o que está acontecendo, para você entender”. E, uma vez que ele entende, eu consigo a colaboração. Para cada doente, para cada nível intelectual, há um tipo de conversa, e de abordagem. É importante que o doente se dê conta daquilo que ele tem. E hoje o próprio código de ética estabelece que o doente tem direito de ser esclarecido. O que fazer com o paciente que não segue as suas prescrições e recomendações?

Esse é o problema de sempre. Se você tem o doente na mão, ou seja, se explicou e ele entendeu, geralmente ele segue o que foi recomendado. Agora, se você simplesmente manda fazer e não explica, ele certamente não vai seguir. Você faz a receita e ele joga fora. O que um estudante de Medicina e um médico recém-formado devem saber sobre a relação médico-paciente?

Esse é o problema mais crítico que estamos enfrentando hoje. Porque os professores de Medicina não têm mais tempo para o estudante. Eles dão aulas mas não convivem com o estudante. Essa é a grande dificuldade que temos no ensino médico. Uma Faculdade de Medicina devia ter seu próprio corpo clínico, os seus médicos, os seus professores, exclusivos da Faculdade, para que o estudante, o residente, o interno, tivessem uma convivência mais próxima e mais permanente com eles. Para

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A d i b Dom i n g os J a te n e


Clementino Fraga Filho*

Médico formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]), instituição da qual fez parte por longo tempo de sua vida, como médico, Professor Titular de Clínica Médica e, posteriormente, Professor Emérito, Vice-Reitor, Reitor – tendo sua administração marcada pela incorporação do campus da Praia Vermelha ao patrimônio da Universidade –, diretor da Faculdade de Medicina, presidente da Comissão de Implantação do Hospital Universitário, do qual foi diretor-geral. É titular da Academia Nacional de Medicina. Foi presidente da Associação Brasileira de Educação Médica e vice-presidente da Federação Pan-Americana de Escolas Médicas. Integrou a Comissão de Ensino Médico do MEC, como membro e, depois, presidente. Dedicou-se aos problemas relacionados à educação médica e à prestação de serviços na área de saúde, tendo publicado mais de duas dezenas de trabalhos, e teve seu nome dado ao Hospital Universitário. Entre outras, publicou as seguintes obras: Ideias e Ideais (José Olympio, 1983); Ensino Médico: Atualidade de uma Experiência, em colaboração com Alice Reis Rosa e José de Paula Lopes Pontes (Editora UFRJ, 1995); Temas de Educação Médica (Editora MEC); Medicina e Humanismo (Guanabara, 1942); Evocações (Atheneu, 2009); Implantação do Hospital Universitário (Editora Fundação José Bonifácio, 2000); e Clementino Fraga Filho: Depoimento de um Médico Humanista, de autoria de Flavio Coelho Edler (Editora Fiocruz, 2009).

Quais os principais problemas que o Senhor observa na relação entre médicos e pacientes?

Afastado há cerca de seis anos do exercício da clínica, o problema, para mim, hoje, é a falta do paciente. Minha clientela, composta de pessoas de gerações e classes sociais várias, de humildes serviçais a Presidentes da República, me possibilitou um conjunto de experiências também variadas. Guardo a melhor recordação da minha longa prática no trato com os pacientes. Recordo, mais uma vez, o que disse Paul Milliez,45 médico e professor francês, por ocasião de sua aposentadoria: “Muitos creem dever algum reconhecimento ao médico que sou; de fato, sou apenas seu devedor. Dar-me a eles me permitiu dar a mim mesmo a impressão de ter sido útil, e minha vida ganhou o sentido que não teria se não fossem eles”. Daí, a falta que me fazem os pacientes. Deles, conservo a lembrança, a saudade. Procurei exercer a profissão em observância dos princípios que sustentam e dignificam a Medicina. Há muitos anos, escrevi que todos parecemos estar de acordo * Esta entrevista contou com a inestimável colaboração da Dra Alice Reis Rosa.

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Capítulo 6


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com os conceitos relativos à relação médico-paciente, mas estes, na prática, frequenHá muitos anos, escrevi que temente são esquecidos. Durante minha todos parecemos estar de acordo vida de clínico e professor, em diversos com os conceitos relativos à relação momentos, até o ano 2000, escrevi acerca médico-paciente, mas estes, do assunto. Em Evocações, livro publicado na prática, frequentemente em 2009, distingui o relacionamento médico-paciente entre os valores permanensão esquecidos. tes da Medicina. Sou, agora, estimulado a voltar ao tema. Aliás, aqui sobre minha mesa está o último número da publicação do Conselho Federal de Medicina, que contém matéria sobre a influência da tecnologia na relação com o paciente. A perenidade do tema significa que ele faz parte da melhor tradição do exercício profissional. Tenho observado a diminuição, por vezes o desaparecimento, do componente afetivo no ato médico. Por séculos, esse componente, do qual fazem parte a empatia, a paciência, a compreensão dos sentimentos e emoções do paciente, foi o principal, ou o único auxílio prestado pelo médico ao doente. Assim se explica o prestígio dos grandes clínicos de todos os tempos, quando não dispunham dos recursos da ciência médica atual. Médicos, atraídos pelos progressos do conhecimento e da técnica, deixaram de conservar os atributos que fizeram a honra da arte médica. Desse modo, os progressos trouxeram dificuldades ao relacionamento do médico com o paciente. A máquina se colocou entre eles, afastou-os. Os métodos armados devem servir como complemento da coleta de dados por meio da anamnese e do exame físico, hoje tão desvalorizados na educação médica e, em consequência, no exercício profissional. O saber ouvir o doente, a mão que o toca, o gesto que o afaga, o olhar que inspira esperança, o sorriso que conforta, a palavra que tranquiliza não podem ser abandonados. Não ignoro a influência das mudanças sociais e culturais nesse relacionamento. Por isso mesmo, é necessário maior empenho dos professores de Medicina e dos médicos em preservar a meta na prática da profissão: a aliança do dever do conhecimento e da técnica com o dever do humanismo, indispensável para levar a bom termo o processo de diagnóstico, de tratamento e de cuidado dos pacientes. Durante uma entrevista à época da inauguração do Hospital da UFRJ, o jornalista, surpreso pela qualidade das instalações, perguntou-me: “Qual o lugar mais nobre do Hospital?”. “O Ambulatório, onde, em geral, se dá o primeiro encontro do paciente com o médico”, respondi. O que é um paciente difícil?

Entendo que falar de paciente difícil evoca a ideia da inobservância de prescrições e recomendações, da existência de dificuldades no seu acompanhamento. Mas, considerar um paciente difícil depende do ângulo de visão. Em princípio, todos são difíceis. A gravidade de um problema o torna intrinsecamente difícil. O fato de não ser grave, entretanto, não equivale a dizer que não seja difícil.

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C leme n t i n o F r a g a F i lho


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Eustachio Portella Nunes

Psiquiatra e psicanalista. É Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Professor Titular de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFRJ. Foi Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. É membro emérito da Academia Nacional de Medicina. membro efetivo didata da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro. Autor entre outros dos livros: Obsessão e Delírios: neurose e psicose (Imago, 1976); Psiquiatria e Saúde Mental, em colaboração com João Romildo Bueno e Antônio Egídio Nardi (Atheneu, 1996); e Um Século de Freud, como Organizador (Imago, 1990).

Gostaria que o Senhor se apresentasse e falasse do seu interesse pelo tema da relação médico-paciente.

Sou um velho professor de Psiquiatria; estou com 80 anos de idade e aposentado há 10 anos. Sempre fui muito interessado na relação médico-paciente. Meu primeiro investimento em ensino da Medicina foi na Psicologia Médica. Fui Professor Titular, quando o Prof. Leme Lopes77 era o Diretor do Instituto de Psiquiatria. Naquela época, procurei dar ênfase à relação médico-paciente. A Psiquiatria e a Psicologia Médica eram ministradas no 4o ano, por meio de seminários, e as discussões com os alunos foram muito úteis. O objetivo básico era mostrar como a Medicina, fundamentalmente, só pode ser ensinada e praticada na relação médico-paciente. A Medicina tem sempre esses dois lados, o médico e o paciente. Para podermos exercer uma Medicina mais satisfatória para os pacientes, que é o que importa, temos que conhecê-los melhor. O que deve interessar aos médicos é o que é bom para os pacientes. É fundamental que os médicos procurem ver esse ângulo da Medicina. Em alguns períodos se observa um grande interesse dos próprios médicos por esses tópicos. Curiosamente, passam-se outros anos em que os médicos começam a não mais se interessar por esse tipo de abordagem, que precisa ser feita durante todo o tempo, não pode ser descurada nem esquecida. Meu empenho, quando ensinei Psicologia Médica, era exatamente para dar aos alunos a ideia de que não há prática médica sem que haja um médico e um paciente e, consequentemente, não podemos fazer uma boa Medicina sem que essas duas figuras sejam objeto de atenção durante a relação que estabelecem.

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Capítulo 12


( D es ) E ncontro do M é dico com o P aciente

Em sua opinião, quais seriam os principais problemas que existem na relação entre médicos e pacientes?

O principal problema na relação entre o médico e o paciente é o pouco interesse que o comum dos médicos empresta ao paciente como pessoa. De maneira geral, o médico tem a ideia de que ele deve dar as ordens e o paciente deve cumpri-las. A ideia do médico é essa: “sou o médico, sei o que é bom para o paciente, e então vou dizer a ele o que ele deve fazer”. Ou seja, o paciente tem que obedecer ao que lhe é proposto, mas na prática isso não sucede. Todo paciente é uma pessoa frágil, que está se sentindo ameaçado pela dor, pela doença ou pela morte. Ele precisa de um médico que dê atenção a ele, como pessoa, e aos problemas que ele naturalmente tem como paciente. Por isso mesmo, espera dos médicos muito mais que uma mera prescrição de medicação. Os médicos julgam que basta fazer a anamnese, um exame físico, para depois receitar e o paciente não precisa de mais nada. Mas nós, que nos interessamos mais pelo outro lado, que é o dos pacientes, sabemos que o mero discurso do médico sobre o que é bom para o paciente – que, obviamente, é uma coisa boa e indispensável, não é suficiente. É necessário que o médico também crie um relacionamento com o paciente e seja afetuoso. Os doentes seguem mais as prescrições e orientações dos médicos quando percebem que eles estão interessados nos seus problemas, e não só na sua doença e nos seus sintomas. Mas desse outro lado os médicos não cuidam bem. Um problema muito presente na prática médica atual é a questão do tempo, seja na rede pública, no setor dos convênios ou na Medicina privada. Como pode haver uma relação de qualidade com essa premência do tempo?

É obvio que, na situação atual, a Medicina nem sempre é de boa qualidade. Sabemos que hoje o médico vive oprimido pelo tempo. Em geral, o tempo das consultas é insuficiente para a anamnese e os exames que o médico tem que fazer. E o médico acaba por se descuidar do paciente como um todo. O paciente, que está em uma situação difícil, de ameaça, quer e precisa sentir a simpatia do médico, para que possa confiar nele. Se o paciente não percebe no médico esse interesse ou essa simpatia, mesmo que exercida durante pouco tempo, não se estabelece um bom relacionamento. É cada vez menor o tempo que o médico tem para atender o paciente. No entanto, é fundamental que o médico julgue valioso o trato do paciente como pessoa humana, não apenas como um corpo a ser examinado e a se tratar. O que o Senhor considera um paciente difícil?

Nunca falo em paciente difícil, mas em relação médico-paciente difícil. Por que essa pergunta não cita o médico difícil, e só o paciente difícil? Vi muitas vezes médicos difíceis. É importante que tenhamos bem presente isso, que o paciente difícil encontra-se numa relação com um médico que é difícil. O paciente que não se sente bem-aceito, que não sente simpatia pelo médico, tende a se fechar. Não quero dizer que o médico precise estar bajulando o paciente, não é isso; ele precisa respeitá-lo. Os pacientes percebem quando são respeitados e quando não o são. Alguns pacientes que têm já certas dificuldades internas, quando não se sentem

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o desenvolvimento de uma relação que ele estabeleceu com o seu psicanalista, Nunca falo em paciente difícil, mas essa experiência vai servir para todos os em relação médico-paciente difícil. outros relacionamentos. Mas nunca dePor que essa pergunta não cita o vemos dar muita ênfase a isso, porque médico difícil, e só o paciente difícil? o número de pessoas que fazem análise Vi muitas vezes médicos difíceis. dentro da profissão médica sempre vai ser pequeno. Os médicos não têm um interesse peculiar pela Psicanálise. Quem faz psicanálise é quem pretende fazer Psiquiatria, Psicologia Médica, ou médicos que tenham sintomas, e que procuram a análise para melhorará-los, mas não com o objetivo de conhecer melhor o outro ser humano. O objetivo da análise é exatamente este: você se conhecer melhor. E, à medida que você se conhece melhor, está mais qualificado para conhecer o outro. Qual é o papel dos psicanalistas no ensino da relação médico-paciente e no trabalho dentro do hospital geral?

De maneira geral, os psicanalistas são qualificados para isso, quando não pretendem ensinar Psicanálise, porque não é esse o objetivo. Psicanálise não se pode ensinar em aula. É fundamental que o médico que é analisado possa transmitir essa posição privilegiada para outras pessoas. O psicanalista ajuda na medida em que mostre os aspectos mais profundos da sua própria personalidade e um conhecimento melhor daquilo que ele está percebendo dos alunos, mas sem querer convertê-los à Psicanálise.

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E ust a ch i o P o r tell a Nu n es


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Ivo Pitanguy

Minha trajetória pessoal é bastante simples, porque sou mineiro e por isso não complico muito as coisas. Nasci em Belo Horizonte. Meu pai era cirurgião, e eu vim para o Rio, para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), para servir no regimento de cavalaria durante a guerra, e para fazer o Curso Médico. Matriculei-me na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]), onde me formei em 1946, tendo também o diploma da Faculdade de Minas Gerais. Apaixonei-me pelo Rio, senti que era aqui que eu gostaria de ficar. Depois de formado, ganhei uma bolsa de estudos e fui para os Estados Unidos, onde passei dois anos, e posteriormente, após breve estada no Rio, fui à Europa, onde passei mais de três anos entre França e Inglaterra. Nessa época percebi algo que foi muito positivo e importante na minha vida: a dificuldade de adquirir conhecimento e a vontade de transmiti-lo.

Como foi que o Senhor escolheu a Cirurgia Plástica?

A escolha da Cirurgia Plástica nasceu de meu trabalho no Pronto-Socorro há 50 anos. Naquela época, era comum achar que os pacientes podiam voltar para casa cheios de cicatrizes, um pouco deformados. Notei que as pessoas davam muita importância quando você conseguia atenuar ou melhorar esses problemas, representando um efeito maior do que se ensinava na época. Essa foi, e é, uma das razões por que nunca separei a Cirurgia Estética da Cirurgia Reparadora. Sempre ressaltei, tanto no ensino quanto na minha prática, esse conceito de que elas são uma só. Eu já tinha essa percepção quando fui para o exterior estudar Cirurgia Plástica, já tinha uma base em Cirurgia Geral. A circunstância é que pode variar, dependendo do tipo do sofrimento, se é provocado por um traumatismo, por uma moléstia congênita ou por uma disformia. A maior parte dos casos é por disformia, uma pessoa que tem uma mama muito grande, ou muito pequena, ou um nariz muito grande. Naquela época, tínhamos que explicar a importância social da Cirurgia Plástica. Hoje em dia, temos que explicar o que não é Cirurgia Plástica, porque há uma tendência a banalizá-la. Trata-se de uma especialidade que lida com o ser humano, com sua identidade e em profundidade. O indivíduo com uma deformidade tem dificuldade em seu convívio social. Se pudermos melhorar ou curar essa deformidade, estamos dando a esse indivíduo uma oportunidade de se sentir igual aos outros. Essa identidade com seu par, essa busca por não chamar a atenção pelo

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Capítulo 14


( D es ) E ncontro do M é dico com o P aciente

lado do defeito, sempre existiu no ser humano, e poder corrigir isso proporciona à pessoa um sentido de bem-estar. O sentido de beleza, para nós, está muito mais associado ao senso de bem-estar do que ao sentido de estética e beleza somente. Para entender tudo isso, tive que fazer uma longa peregrinação pelo mundo. Ao retornar ao Brasil, criei o primeiro Serviço de Cirurgia para formação de Cirurgiões Plásticos, que já conjugava a Cirurgia Estética e a Reparadora. Até hoje, ainda são relativamente pouco frequentes esses serviços.

Acho que todo paciente é difícil. Todo paciente diante do médico tem medo. Não há nenhum paciente que chegue diante do médico sem nenhum receio. O paciente é uma pessoa que necessita de aconselhamento, apoio, e não só de tratamento, e nesse sentido são todos parecidos.

Quais são as principais dificuldades que o Senhor observa hoje na relação entre médicos e pacientes?

Nos últimos anos, a Medicina passou a ser um pouco mais corporativista e terceirizada. Hoje em dia, com todos os recursos disponíveis, os pacientes são mais informados, mas de uma forma muitas vezes superficial. Eles têm a necessidade de uma conversa íntima com o médico para que possam ser compreendidos. A minha relação médico-paciente é muito parecida com a de vocês na Psiquiatria. Em um primeiro momento, uma história clínica é feita por um dos meus colaboradores. A partir daí, já sei com quem estou lidando e, em meu contato, complemento essas informações. Em muitas cirurgias, muito mais importante do que a indicação técnica pura é a indicação naquele paciente, naquela faixa etária ou naquele grupo ético. Tudo varia, então é muito complexo. A relação com o paciente não precisa ser longa, mas tem que ser profunda e verdadeira. O que o Senhor considera um paciente difícil?

Acho que todo paciente é difícil. Todo paciente diante do médico tem medo. Não há nenhum paciente que chegue diante do médico sem nenhum receio. O paciente é uma pessoa que necessita de aconselhamento, apoio, e não só de tratamento, e nesse sentido são todos parecidos. O paciente que eu considero mais difícil é o que está sublimando outros problemas dentro de uma deformidade menor, e que só com a experiência e com o tempo aprendemos a perceber. Muitas vezes, o problema que ele está sublimando é tão ou mais importante do que a deformidade de que ele se queixa. O paciente chega, com muita frequência, com o rosto parecido com o de vocês, não tem nada de extraordinário para chamar a atenção, no entanto já chega relatando problemas, querendo mudar isso ou aquilo. Ele me procurou porque eu sou médico, então, tenho que ouvi-lo primeiro. Depois de ouvi-lo, devo refletir sobre se devo ou não fazer o que ele me solicita. Muitas vezes indico que ele precisa de uma preparação. Digo ao paciente que, com base em nossa entrevista,

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sobre o ser humano, e ligado ao que se passa no mundo ao seu redor. Alguma observação final para os mais jovens sobre a relação médico-paciente?

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O conselho principal é sentir que, quando atuamos como médicos, temos diante de nós uma pessoa

que está esperando que possamos O conselho principal é sentir que, quanajudá-la nesse longo caminho do atuamos como médicos, temos diante de nós uma pessoa que está esperando pela vida ou pela doença. que possamos ajudá-la nesse longo caminho pela vida ou pela doença. O médico não é obrigado a fazer aquilo que ele não sabe. É muito importante que ele veja o paciente e procure aconselhá-lo e tratá-lo da melhor maneira possível na sua área de atuação. Algum conselho especial para um jovem cirurgião?

Para o cirurgião, o fundamental é que ele conheça o máximo que puder de Medicina e, para o especialista, é imprescindível que ele conheça o mais que ele puder sobre Cirurgia Geral. Para o especialista é importante que ele tenha um bom conhecimento do todo antes de se especializar em uma determinada área. E essa especialização deve ser um ofício natural, representando aquilo de que realmente o indivíduo gosta. Na vida é importante fazer o que se gosta.

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I v o P i ta n g u y


Marco Antônio Brasil

Formei-me pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Fiz minha formação em Psiquiatria inicialmente cursando a Residência Médica no Serviço de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ e, em seguida, fui fazer mestrado e doutorado no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o nosso conhecido IPUB. Sou Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFRJ e Chefe do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da UFRJ.

Quais são os principais problemas que você observa na relação entre médicos e pacientes?

A relação médico-paciente atualmente é muito influenciada pelos rumos que a Medicina vem tomando nos últimos anos. A Medicina vem se voltando cada vez mais para a prestação de serviços, como se nós, médicos, fôssemos apenas mecânicos prontos a consertar as partes defeituosas de um carro. A relação médico-paciente é, antes de tudo, uma atenção à pessoa do paciente, o que não tem sido valorizado ultimamente. Hoje em dia, o que mais se valoriza são os recursos tecnológicos, como, por exemplo, os exames de ressonância magnética, que atraem muito a atenção dos jovens médicos. A própria recompensa financeira é, em grande parte, um estímulo para que os médicos optem por essa Medicina feita a partir de exames complementares, e não por uma Medicina em que a principal referência seja a relação médico-paciente. Essa questão ganha um aspecto particular nos serviços públicos?

Creio que sim. Em grande parte, pela pressão a que o médico, hoje em dia, é submetido para o atendimento de um número cada vez maior de pacientes em curto espaço de tempo. Os médicos sofrem uma pressão muito grande para que atendam cada vez mais pacientes, o que acaba inviabilizando um atendimento mais personalizado, em que possam não só ouvir as queixas físicas dos pacientes, mas também as questões pessoais, emocionais e a história desses pacientes. É como se a Medicina hoje estivesse mais a serviço do tempo (ou da produtividade) do que a serviço do paciente. Atualmente, há uma preocupação maior com o número de

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Capítulo 27


atendimentos feitos na semana, no mês, como se a quantidade significasse qualidade. Temos que nos esforçar para que o volume de atendimentos não seja o único parâmetro para se medir a qualidade dos serviços que são oferecidos à população nas instituições públicas e nas privadas.

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É importante que o paciente possa sempre ter uma referência, saber qual é o médico que está cuidando dele, quem é o responsável pelo seu tratamento, mesmo que esse

médico tenha uma equipe que Um aspecto que você costuma lhe dê apoio no tratamento. destacar muito é a questão do conluio do anonimato, particularmente no atendimento de pacientes internados nos hospitais gerais...

Sem dúvida. Esse é, a meu ver, um aspecto cada vez mais presente nas relações das equipes médicas com os pacientes. Muitas vezes os pacientes não sabem quem é o médico responsável pela condução do seu tratamento. A referência que ele tem é a equipe do “Doutor Fulano”, sendo que muitas vezes nem mesmo o “Doutor Fulano” o paciente conhece. Esse fenômeno dilui as responsabilidades, e acaba criando uma relação impessoal do paciente com essa equipe. É importante que o paciente possa sempre ter uma referência, saber qual é o médico que está cuidando dele, quem é o responsável pelo seu tratamento, mesmo que esse médico tenha uma equipe que lhe dê apoio no tratamento. O que estamos vendo hoje em dia é uma tendência crescente a se despersonalizar a relação da equipe com o paciente, de modo que ele acaba por perder totalmente o referencial na sua relação com aqueles que dele tratam. O que você considera um paciente difícil?

O paciente difícil é aquele que desperta no médico um sentimento de desafio à sua onipotência, por várias razões. Talvez o paciente que mobilize mais o médico seja aquele que tem uma boa adesão ao tratamento, que segue todas as suas orientações, e que, mesmo assim, não melhora. Em relação a esse paciente, o médico não tem nenhum argumento para dizer que ele não melhora porque não segue a orientação do que ele prescreveu. Nesse sentido, o médico tem que reconhecer as suas limitações pessoais, da sua especialidade e da Medicina, e aceitar que nem sempre consegue ter sucesso na sua atividade profissional. Temos também aquele paciente que desperta reações contratransferenciais no médico, e é muito importante que o médico esteja atento a essas situações que são muito comuns no dia a dia de qualquer médico. Reconhecer essas reações é uma etapa fundamental no processo de superá-las de maneira satisfatória. Alguns pacientes, por vários motivos, são capazes de despertar sentimentos desagradáveis em nós. O médico tem que ser capaz de reconhecer que, em certos casos, mais do que difícil, a relação com o paciente torna-se impossível. O melhor a fazer nessas situações é encaminhar esse paciente para outro colega, que possa conduzir o tratamento de forma mais satisfatória. É muito importante reconhecer que, muitas vezes, a dificuldade está na relação, e não

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M a r co A n t ô n i o B r a s i l


Paulo Niemeyer Filho

Sou Paulo Niemeyer Filho, me formei na Faculdade Nacional de Medicina, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1975. Fiz Residência com meu pai, o Dr. Paulo Niemeyer, na Casa de Saúde Dr. Eiras. Depois fui para a Inglaterra, onde fiquei por um ano, fazendo Neurologia Clínica. Quando voltei para o Brasil, fiquei mais dois anos fazendo Neurorradiologia, e depois comecei meu treinamento em Neurocirurgia. Tive, nos primeiros anos, a oportunidade de viajar muito, ficando um ou dois meses em países diferentes, vendo assuntos específicos de Neurocirurgia. Mais tarde, fiz doutorado na Escola Paulista de Medicina. Sou Professor Titular da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio e Chefe do Serviço de Neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Quais são os principais problemas que você observa atualmente na relação médico-paciente?

Existem inúmeras dificuldades, mas a dificuldade maior é o sistema de saúde atual, que desvinculou o médico do paciente. O paciente, hoje em dia, é muito mais vinculado ao plano de saúde e à instituição do que ao médico. Como eu trabalho a maior parte do tempo na clínica privada, isso facilita a relação, porque o doente me procura diretamente. É uma relação de confiança mútua. Mas existem alguns doentes que já passaram por dez médicos, e não se apegam a nenhum, não confiam em ninguém. Esses são pacientes mais difíceis, porque se cria uma situação em que não há confiança nem de um lado nem do outro. Considero que o fato de o médico trabalhar em vários serviços diferentes faz com que ele acabe não se apegando a lugar nenhum, e nem criando vínculo com o doente. Cada vez que esse doente volta, ele está nas mãos de um médico diferente. Por isso o doente fica muito mais ligado à instituição do que ao médico. O médico, por sua vez, sente-se descompromissado de qualquer responsabilidade com aquele doente. Na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro você observa alguma peculiaridade?

Na Santa Casa, o funcionamento é diferente, sendo um pouco mais personalizado. Cada enfermaria tem na porta o nome do Chefe do Serviço. O doente chega lá e sabe que vai ser tratado pela equipe do Dr. Paulo Niemeyer. É diferente de ele chegar à Universidade ou a um hospital público, onde não tem a quem reclamar.

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Capítulo 36


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Ele vai falar com quem? Com o Prefeito, com o Reitor? No nosso serviço, mesmo O médico precisa ter uma boa que ele não me conheça, e não me veja, relação, não só com o paciente, sabe que está sob minha responsabilidamas com as outras pessoas em geral. de. Isso cria uma segurança para o doenO paciente é mais uma pessoa na te, e é um tipo de relação diferente. Meus vida do estudante ou do médico. doentes têm essa prerrogativa, eles já vão para lá como se estivessem vindo ao meu consultório. Vão para a Santa Casa porque não podem pagar, mas eles sabem que estão indo ao serviço do Dr. Paulo Niemeyer, porque, por exemplo, têm um vizinho que já se tratou lá. Já chegam com uma confiança muito grande, e isso aumenta a nossa responsabilidade, porque sabemos que aqueles doentes estão ali por nossa causa, confiando em nós. Isso cria um vínculo maior entre as partes. O que você considera um paciente difícil?

O paciente difícil é aquele que não estabelece uma ligação com o médico. Ou seja, é um doente em quem o médico não pode confiar. Em uma especialidade muito difícil como a Neurocirurgia, em que qualquer coisa que se faça existe risco, não basta o doente confiar no médico: o médico também tem que confiar no doente. Se o doente já chega dizendo que passou por vários médicos, muitas vezes falando mal de colegas nossos, esse doente é um caso difícil. Fomos treinados para fazer a parte técnica, mas sabemos que existe o risco de uma complicação. Ou seja, a qualquer coisa que não corra bem, o doente vai nos chatear e reclamar. Enfim, não é um caso bom, no sentido de resultados. Você acaba mudando o que faria, deixa às vezes de fazer uma manobra mais arriscada por não confiar no paciente. Como você lida com o insucesso na sua prática como médico?

O insucesso faz parte da prática médica, e nunca podemos prometer o sucesso. De uns tempos para cá, a relação médico-paciente mudou um pouco, com a obrigatoriedade de o paciente assinar o Termo de Consentimento Informado. É muito comum, após muitas conversas que tivemos, duas ou três vezes seguidas, o doente dizer, por exemplo, ao assinar o consentimento: “mas eu não sabia que podia acontecer isso, que eu podia ter uma paralisia”. Isso ocorre antes da cirurgia. Esclareço que eu já havia explicado anteriormente, mas ele não ouviu, e só na hora em que lê o documento é que ele se dá conta. Esse procedimento mudou um pouco a relação médico-paciente. Com o doente assinando esse documento, transferimos um pouco da responsabilidade para ele. O paciente fica ciente de todos os riscos envolvidos no tratamento a que se submeterá. Em relação ao insucesso, é uma casualidade, algo que faz parte da vida, é como atravessar a rua e ser atropelado. Em certo sentido é estatística, mas é muito ruim quando ocorre. Saber escolher o doente que se vai operar é uma das principais tarefas do cirurgião, para que ele não tenha o insucesso, o que é algo muito frustrante tanto para o paciente como para o médico.

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P a ulo N i eme y e r F i lho


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Winston Marques de Andrade

Sou Winston Marques de Andrade, filho de um piloto de aviação civil e de uma professora primária. Nasci em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais. Formei-me em 1978 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e fui da primeira turma da Ilha do Fundão. Fiz Residência em Radiologia, também na UFRJ.

Quais os principais problemas que você observa atualmente, na sua área de atuação e de modo geral, na relação entre médicos e pacientes?

Os problemas que podem advir da relação médico-paciente não são muito diferentes daqueles que se observam na relação entre as pessoas em geral. Penso que quando um médico não consegue, por alguma razão, ser verdadeiro aos olhos do paciente, já se criou uma situação problemática. Por exemplo, se duas pessoas entram juntas dentro de um elevador, e uma não sentiu confiança na outra, na hora em que o elevador enguiçar, ou a luz se apagar, ali vai se gerar uma angústia ou um medo. Dependendo das características de personalidade do médico ou do paciente, as dificuldades na relação podem se acentuar. Quando você encontra um médico, começa a relação com ele em uma fração de segundos. Gera-se ali, no paciente, uma impressão que certamente é a mais forte e que domina todas as outras impressões subsequentes. Por isso considero o primeiro contato com o paciente muito importante. Se o médico conseguiu passar para o paciente segurança, confiança, ou, em última análise, mostrar-se afetuosamente honesto, creio que o restante do relacionamento tem a chance de ir muito bem. Por mais óbvio que possa parecer, para atingir plenamente o objetivo final, de cuidar de gente, é necessário gostar de gente. Quem não gosta muito de gente não pode ser médico. Na Radiologia, quais são os principais problemas que você observa na relação médico-paciente?

Quanto a essa questão, os radiologistas podem ser divididos em dois grupos. Existe um grupo que gosta muito de Radiologia, mas que escolheu a especialidade porque, nos seus primórdios, não se tinha um contato maior com o paciente. Ou seja, escolheram a especialidade em parte devido à dificuldade que tinham na relação

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Capítulo 47


( D es ) E ncontro do M é dico com o P aciente

com o paciente. E existe outro grupo, no qual me incluo, que gosta da relação méQuando ficamos mais experientes dico-paciente e que escolheu a Radiologia na relação médico-paciente, por gostar também da especialidade. Há, passamos a não sentir tanto na área, uma tendência a especialização desconforto e ameaça por não e superespecialização. Existem algumas sabermos algo que o paciente nos áreas da Radiologia nas quais o médico tem maior contato com o paciente. Na indaga, e podemos falar abertamente maior parte do meu tempo, faço ultrassobre isso com o paciente. sonografia, que é uma modalidade do diagnóstico por imagem que me permite ter maior contato com o paciente. Eu gosto do contato com o meu paciente. Sou um médico que gosta de gente. Sinto-me muito feliz por ser médico. Eu encontro muitas pessoas por dia, e posso conversar com elas. Como você definiria um paciente difícil?

Para mim, paciente difícil é o paciente interessante e aquele com quem eu mais gosto de lidar. O paciente difícil é como aquela décima pergunta de um tema que estudamos: é a mais difícil e desafiadora de todas. Paciente difícil pode ser também aquele que nos questiona. Nós, médicos, pelo menos no início da nossa profissão, achamos que devemos ter todas as respostas para as perguntas que os pacientes nos trazem. Perceber que não sabemos tudo nos incomoda e ameaça. Por isso não é fácil dizer para um paciente que não sabemos responder àquela pergunta que ele formula. Isso só vem com a maturidade, com os anos de experiência. Sou médico há 33 anos, e só depois de muitos anos é que fui adquirir isso. Costumo dizer que é com o passar do tempo que você aprende a ser verdadeiro com o seu paciente, e, ao ter coragem de assumir ser verdadeiro na relação, suas dificuldades diminuem. Quando ficamos mais experientes na relação médico-paciente, passamos a não sentir tanto desconforto e ameaça por não sabermos algo que o paciente nos indaga, e podemos falar abertamente sobre isso com o paciente. Como lidar com um paciente que desperta no médico sentimentos como raiva, irritação e desconfiança?

Depois de um tempo sendo médico, e também por esta visão de aprendizado na relação médico-paciente, fui percebendo que é muito valioso o conhecimento de outras áreas além da Medicina. Cada vez mais pude me abrir e aprender com essas outras áreas e com as outras pessoas. De um tempo para cá, comecei a procurar o conhecimento nas áreas empresariais, onde existe uma ênfase na questão do cliente. Para mim, atualmente o cliente tem uma conotação muito importante e muito mais ampla. Desse ponto de vista, todas as pessoas que me procuram na minha clínica são meus clientes. Cabe então a mim, não importa a maneira como eles chegaram, a competência de fazer com que, ao se despedirem, eles o façam satisfeitos com o encontro que tiveram comigo. Esse é o meu desafio. Isso é o que eu me

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O objetivo deste índice é fornecer algumas informações sobre todas as pessoas citadas nas entrevistas, seja para que o leitor possa conhecê-las, seja para facilitar o acesso à sua produção técnica ou científica. Foi feito um grande esforço para se obterem informações sobre cada um dos indivíduos citados, junto a familiares, colegas, universidades, Conselhos Regionais de Medicina, hospitais ou em sites de busca da Internet. Sou muito grato a todos que contribuíram para que este índice fosse elaborado. Infelizmente, em alguns casos obtivemos menos informações do que almejávamos. Todas as sugestões para aprimorá-lo em futuras edições deste livro serão bem-vindas e podem ser enviadas para o seguinte e-mail: mtostes@ uol.com.br.   1. Euzenir Sarno. Patologista e pesquisadora. Foi Professora Titular de Patologia Geral e Fisiopatologia

da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É Pesquisadora Titular da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Nos últimos anos tem se dedicado à pesquisa na área de Imunopatologia e Neuropatologia da Hanseníase.   2. Flora Dabbah. Homeopata argentina. Participou como conferencista convidada das Jornadas Homeopáticas patrocinadas pelo Instituto de Homeopatia James Tyler Kent, na década de 1980 no Rio de Janeiro.    3. Erasto Luiz de Souza. Médico graduado (1978) pela Universidade Gama Filho, com formação homeopática (em 1980) pela Escola Médica Homeopática Argentina. Atualmente é diretor do Instituto de Homeopatia James Tyler Kent.    4. Euryclides de Jesus Zerbini (1912-1993). Cirurgião Cardiovascular, um dos criadores do Incor. Foi Professor de Cardiologia da Universidade de São Paulo (USP), foi pioneiro na realização de transplantes cardíacos.   5. Odair Pacheco Pedroso (1909-1981). Médico, formado pela Faculdade de Medicina de São Paulo em 1932. Foi membro da Comissão de Organização e Instalação do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, do qual foi superintendente. É considerado um dos pioneiros na área de organização hospitalar no Brasil.    6. Luiz Venere Décourt (1911-2007). Médico. Professor Titular de Clínica Médica da Universidade de São Paulo. Um dos idealizadores do Instituto do Coração (InCor), foi também seu diretor científico. Professor Emérito da Universidade de São Paulo. Considerado um grande mestre da Medicina, influenciou diversas gerações de médicos. Um artigo do Prof. Luiz Protásio da Luz sobre o Prof. Decóurt (Professor Luiz Venere Décourt – um legado) foi publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia (vol. 89, no 2. São Paulo, Ago. 2007). Muitos dos seus artigos e discursos estão reunidos no livro A Didática Humanística do Professor Luiz Venere Décourt (Rio de Janeiro: Atheneu, 2005).   7. Dante Pazzanese (1900-1975). Cardiologista. Participou da fundação da Sociedade Brasileira de Cardiologia e do Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo, posteriormente denominado Instituto Dante Pazzanese.   8. Nise da Silveira (1905-1999). Psiquiatra. Contribuiu com a introdução e divulgação no Brasil da Psicologia Junguiana. Foi crítica dos tratamentos psiquiátricos tradicionais. Trabalhou no Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro, onde fundou a Seção de Terapêutica Ocupacional. Foi a fundadora do Museu das Imagens do Inconsciente e da Casa das Palmeiras. Publicou diversos livros, entre eles: Jung: Vida e Obra (Rio de Janeiro: José Álvaro, 1968); Imagens do Inconsciente (Rio de Janeiro: Alhambra, 1981); Casa das Palmeiras. A Emoção de Lidar. Uma Experiência em Psiquiatria (Alhambra, 1986); O Mundo das Imagens (São Paulo: Ática, 1992); Cartas a Spinoza (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995).

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Índice Onomástico


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9. Oliver Sacks. Neurologista, professor de neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de

New York e da Universidade de Warwick. Autor de livros de grande divulgação: Despertando (Rio de Janeiro: Imago, 1988), O Homem que confundiu sua esposa com um chapéu (Imago, 1988), Um perna para se apoiar (Imago, 1988), Um antropólogo em Marte (São Paulo: Companhia das Letras, 1995), Enxaqueca (Companhia das Letras, 1996), A Ilha dos Daltônicos (Companhia das Letras, 1997), Vendo Vozes (Companhia das Letras, 2000), Tio Tungstênio: Memórias de uma Infância Química (Companhia das Letras, 2002), Alucinações musicais (Companhia das Letras, 2007), O olhar da mente (Companhia das Letras, 2010), Diário de Oaxaca (Companhia das Letras, 2012), A Mente Assombrada (Companhia das Letras, 2013) e Hallucinations (New York: First Vintage Books Edition, 2012).   10. Clementino Fraga (1880-1971). Médico. Professor Catedrático de Clínica Médica da Faculdade Nacional de Medicina (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro[UFRJ]). Foi Membro da Academia Brasileira de Letras.   11. Armand Trousseau (1801-1867). Médico francês considerado um grande professor de Medicina fez diversas contribuições na área clínica. Teve também atuação na política. Propôs novos tratamentos para difteria, enfisema, pleurisia, malária e bócio. Foi o primeiro médico francês a fazer uma traqueostomia. Escreveu diversos livros entre outros: Clinique médicale de l’Hôtel-Dieu de Paris, 2 volumes. Paris: J. B. Baillière, 1861-1862 que foi traduzido em vários idiomas.   12. Clementino Fraga Filho. Ver p. 38.   13. Danilo Perestrello (1916-1989). Psiquiatra e Psicanalista. Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Dedicou sua vida ao estudo e ao ensino da Medicina Psicossomática. Foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática e seu primeiro Presidente. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Alguns de seus livros: Medicina da Pessoa (Rio de Janeiro: Atheneu, 1974); Trabalhos Escolhidos: Psicologia Médica, Psicossomática e Psicanálise (Atheneu, 1987).   14. Edmund Pellegrino. Médico norte-americano especializado em Bioética. Professor Emérito de Medicina e Ética Médica e Professor Adjunto de Filosofia da Universidade de Georgetown. Autor, entre outros, dos seguintes livros: The Philosophy of Medicine Reborn: a Pellegrino Reader (H. Tristram Engelhardt Jr. e Fabrice Jotterand [Eds.]. Indiana: Notre Dame University, 2008); Virtues in Medical Practice (New York: Oxford University Press, 1993); For the Patient’s Good: the Restoration of Beneficence in Health Care (em colaboração com David C. Thomasma, Toledo: Oxford University Press, 1988); A Philosophical Basis of Medical Practice: toward a Philosophy and Ethic of the Healing Professions (em colaboração com David C. Thomasma, New York: Oxford University Press, 1981); Helping and Healing: Religious Commitment in Health Care (em colaboração com David C. Thomasma, Washington: Georgetown University Press, 2007).   15. Gregório Marañon (1887-1960). Foi um médico, filósofo e escritor espanhol. Considerado um dos principais intelectuais espanhóis do século XX. Entre suas contribuições encontra-se o estudo das correlações entre a Psicologia e a Endocrinologia.   16. Rita Charon. Médica, Fundadora e Diretora do Programa de Narrativas em Medicina da Columbia University. Professora de Clínica Médica do College of Physicians and Surgeons da Columbia University. Publicou, entre outros, os seguintes livros: Narrative Medicine: Honoring the Stories of Illness (Oxford University Press, 2006); Stories Matter: The Role of Narrative in Medical Ethics (Reflective Bioethics), em colaboração com Martha Montello (New York: Taylor & Francis, 2004).   17. Júlio de Mello Filho. Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Professor Adjunto de Psicologia Médica na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Rio de Janeiro. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática. Livre-docente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, membro fundador da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática (ABMP). Entre outros livros, publicou: Concepção Psicossomática: Visão Atual (São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002); Psicossomática Hoje (em coedição com Miriam Burd. 2. ed.; Porto Alegre: Artes Médicas, 2010); Grupo e Corpo: Psicoterapia de Grupo com Pacientes Somáticos (Casa do Psicólogo, 2007); O Ser e o Viver: uma Visão da Obra de Winnicott (Casa do Psicólogo, 2001).   18. Rodolpho Paulo Rocco (1934-1999). Professor Titular e Ex-Chefe do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre outros textos, escreveu: Relação Estudante de Medicina-Paciente (In: Julio de Mello Filho e Miriam Burd [Eds.], Psicossomática Hoje. Porto Alegre: Artmed, 2010). Um livro sobre o Prof. Rocco: Rodolpho Rocco: Médico da Pessoa e Coração de Estudante, de Emilio Mira y Lopez (Rio de Janeiro: Achiamé, 2011).

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19. Sergio Zaidhaft. Ver p. 292.   20. Ana Borralho. Médica. Professora Adjunta de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Univer-

sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).   21. Almir Fraga Valladares. Médico. Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculda-

de de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  22. Paulo Rodrigues de Oliveira. Professor Adjunto de Clínica Médica na Faculdade de Medicina da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro Titular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro.   23. Gennaro de Castro Ciotola. Médico. Professor Adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  24. José de Paula Lopes Pontes (1912-1992). Médico. Foi Membro Titular da Academia Nacional de Medicina. Ex-Livre-Docente em Clínica Propedêutica Médica. Ex-Professor Catedrático e depois Emérito de Clínica Médica na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]). Ex-Diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ. Membro Honorário da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.   25. Armando Pimenta. Médico. Professor Adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).   26. Eponina Maria Lima de Oliveira. Médica. Professora-Associada de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Chefe da Unidade de Esôfago e do Ambulatório de Esôfago do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ.   27. Jorge André de Segadas Soares. Ver p. 102.   28. Gil Fernando Salles. Médico. Professor Titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Chefe do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFRJ. Coordenador do Programa de Hipertensão Arterial do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ).   29. Ana Cristina de Gouveia Magalhães. Infectologista da Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Doenças Infecciosas pela UFRJ.   30. Carmem Rodrigues Messina. Cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital do Andaraí (Rio de Janeiro).   31. Willy Baranger (1922-1994). Nascido na Argélia, formou-se em Filosofia. Foi membro da Associação Psicanalítica Argentina e fundador da Associação Psicanalítica do Uruguai.   32. Madeleine Baranger. Professora de Letras Clássicas, Psicanalista de origem francesa radicada na Argentina, considerada uma das maiores psicanalistas da Argentina e do Uruguai.   33. Paulo Luiz Vianna Guedes (1916-1969). Psiquiatra e Psicanalista. Foi Professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS). Analista-Didata da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre. Professor Catedrático no Instituto de Artes da UFRGS.   34. David Zimerman (1917-1998). Psiquiatra e Psicanalista. Professor de Clínica Psiquiátrica na Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Foi fundador e Presidente da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre e vice-presidente da Associação Psicanalítica Internacional. Alguns de seus livros: Psicanálise em Perguntas e Respostas (Porto Alegre: Artmed, 2005); Vivências de um Psicanalista (Artmed, 2008); Fundamentos Básicos da Grupoterapia (Artmed, 2000); Manual de Técnica Psicanalítica: uma Revisão (Artmed, 2003).   35. Roberto Pinto Ribeiro (1922-1989). Psiquiatra e Psicanalista. Professor Titular de Medicina Legal na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).   36. Carlos Candal dos Santos (1914-1989). Médico. Professor Titular de Patologia Geral da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).  37. Oly Lobato. Professor Titular do Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Publicou, entre outros textos: O Problema da Dor (In: Julio de Mello Filho e Miriam Burd [Eds.], Psicossomática Hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010).   38. César Amaury Ribeiro da Costa. Nefrologista. Professor Titular de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina, Membro Honorário Nacional da Academia Nacional de Medicina.  39. Donald Winnicott (1876-1971). Pediatra e Psicanalista inglês. Além de escrever textos dirigidos a médicos, psiquiatras e psicanalistas, teve uma importante produção dirigida ao público em geral,

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abordando temas relacionados às crianças e suas famílias. Alguns de seus livros: A Criança e seu Mundo (Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2005); O Brincar e a Realidade (Rio de Janeiro: Imago, 1975).   40. Abram Eksterman. Médico e Psicanalista. Fundador da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática. Diretor do Centro de Medicina Psicossomática da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Professor Titular de Psicologia Médica e de Antropologia Médica na Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (FTESM) e Professor Titular de Psicologia Médica no Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas. Algumas de suas publicações: Medicina Psicossomática no Brasil (In: Mello Filho J, Burd M. [Eds.]. Psicossomática Hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010); Interlúdios em Veneza: os diálogos quase impossíveis entre Freud e Thomas Mann (Rio de Janeiro: Rubio; 2010).   41. Veikko Tähkä (1923-2012). Psiquiatra, Psicanalista e Professor finlandês. Alguns de seus livros: O Relacionamento Médico-Paciente (Porto Alegre: Artes Médicas, 1988); Mind and its Treatment: a Psychoanalytic Approach (International Universities Press, 1993); The Alcoholic Personality: a Clinical Study (Rutgers University Center of Alcohol Studies, 1966).   42. Luiz Antônio Nogueira Martins. Psiquiatra. Doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica e Livre-Docente pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Professor-Associado do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Autor de diversos artigos e capítulos de livros, como: Interconsulta Psiquiátrica: Formação Profissional e Organização de Serviços (In: Botega N.J. [Org.] Prática Psiquiátrica no Hospital Geral: Interconsulta e Emergência. Porto Alegre: Artmed, 2006, 2. ed., p. 131-9 2); Saúde Mental dos Profissionais de Saúde (In: Botega, N.J. [Org.] Prática Psiquiátrica no Hospital Geral: Interconsulta e Emergência. Porto Alegre: Artmed, 2006, 2. ed., p. 141-54).   43. Neury José Botega. Ver p. 220.   44. Roosevelt Cassorla. Psicanalista, Professor Titular Colaborador do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanalise de São Paulo. Membro do Conselho Editorial do International Journal of Psychoanalysis. Publicou diversos artigos e livros, entre os quais: Como Lidamos com o Morrer (In: Cassorla RMS [Org.], Da Morte: Estudos Brasileiros. Campinas, SP: Papirus, 1991); Considerações sobre o Suicídio (In: Cassorla RMS [Org.], Do Suicídio: Estudos Brasileiros. Papirus, 1991).   45. Paul Milliez (1912-1994). Médico francês. Participou da resistência à ocupação nazista e teve intensa atuação política e social.   46. Hélio Fraga (1911-1982). Médico, segundo filho do Prof. Clementino Fraga. Professor Adjunto de Tisiologia e Pneumologia na Faculdade Nacional de Medicina, teve destacada atuação nacional e internacional no campo da Tuberculose.   47. Paulo de Góes. (1913-1982). Professor de Microbiologia da UFRJ, pioneiro na área da Microbiologia. Foi adido científico da Embaixada Brasileira em Washington, EUA.   48. Jesse Pandolpho Teixeira (1914-1993). Médico-Cirurgião. Considerado um dos maiores nomes da Cirurgia Torácica no Brasil, atuou boa parte da vida no Hospital Santa Maria, no Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Nacional de Medicina.   49. Pedro Clóvis Junqueira (1917-2011). Médico, formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro [(UFRJ]), Renomado especialista em Hematologia e Hemoterapia, foi membro da Academia Nacional de Medicina.   50. Jean Hamburger (1909-1992). Médico francês. Foi Professor de Clínica Nefrológica na Faculdade de Medicina de Paris.   51. Jean Bernard (1907-2006). Hepatologista francês. Foi Professor de Hematologia Clínica na Universidade de Paris VII.   52. Ana Luiza Vessoni. Psiquiatra. Professora de Psicologia Médica na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).   53. Mário Roberto Garcia Tavares. Médico de família e comunidade do Serviço de Saúde Comunitária, Grupo Hospitalar Conceição. Professor no Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).  54. Carlos Grossman. Médico. Preceptor de Medicina Interna da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade do Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS.  55. Moira Stewart. Professora do Departamento de Medicina de Família e Diretora do Centro para Estudo em Medicina de Família da Universidade de Western Ontario (UWO), Canadá. Epidemiologista, realiza pesquisas sobre serviços de atendimento primário em saúde e sobre comunicação

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entre pacientes e médicos. Publicou, entre outros, os livros: Communicating with Medical Patients (em colaboração com Debra Roter; Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 1989); Challenges and Solutions in Patient-Centered Care: a Case book (em coautoria com Judith Belle Brown e Thomas R. Freeman; Radcliffe Medical Press Ltd., 2002); Medicina Centrada na Pessoa (2. ed.; em coautoria com Judith Belle Brown e Thomas R. Freeman e outros; Porto Alegre: Artmed, 2012).   56. Ian R. Mcwhinney. Médico de família, inglês, radicado no Canadá. Site do Dr. Ian Mcwhinney na Internet: www.uwo.ca/fammed/ian/cvmcwh.htm. Autor do livro: Manual de Medicina de Família e Comunidade (em colaboração com Thomas Freeman; Porto Alegre: Artmed, 2010).  57. Cecil Helman (1944-2009). Médico e Antropólogo. Professor da Brunel University e da University College London, pioneiro na área de antropologia médica, e nos estudos transculturais sobre saúde. Alguns de seus livros: Cultura, Saúde e Doença (Porto Alegre: Artmed, 2009); The Body of Frankenstein’s Monster: Essays in Myth and Medicine (New York: Paraview, 2004); Suburban Shaman: Tales from Medicine’s Frontline (Londres: Hammersmith Press, 2004).   58. Michael Balint (1896-1970). Médico e Psicanalista húngaro radicado na Inglaterra. Dedicou-se ao estudo da relação médico-paciente, entre outros temas. Iniciou seu trabalho em 1950 na Clínica Tavistock, em Londres, onde trabalhou até 1961 na supervisão de grupos clínicos e desenvolveu os grupos Balint: reuniões regulares de médicos coordenados por psicanalistas em que se discutia a prática médica. Entre outros livros, publicou: O Médico, o Paciente e sua Doença (Rio de Janeiro: Atheneu, 2005); Tecnicas Psicoterapeuticas en Medicina (em colaboração com Enid Balint. México: Siglo Veintiuno, 1966).   59. Eustachio Portella Nunes. Ver p. 79.   60. Francisca Loureiro Borba (1927-1999). Clínica Geral e Ginecologista. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1947 e, em seguida, voltou para sua terra natal, Cuiabá. Lá, trabalhou até os anos 1990, quando se aposentou. Faleceu poucos anos depois. Foi a primeira médica do Estado de Mato Grosso.  61. Navantino Ignácio Borba (1916-1973). Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especializou-se em Clínica Médica e Obstetrícia. Radicou-se em 1947 em Cuiabá, onde trabalhou como anestesista e hemoterapeuta.  62. Nelson Albuquerque de Souza e Silva. Professor Titular de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Diretor do Instituto do Coração Edson Saad, da UFRJ. Coordenador do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina (Cardiologia) da Faculdade de Medicina e do Instituto do Coração Edson Saad.   63. Edson Saad (1936-2005). Cardiologista. Ex-Professor Titular de Cardiologia das Faculdades de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Emérito da Faculdade de Medicina da UFRJ. Foi Membro da Academia Nacional de Medicina. (Ver entrevista do Dr. Evandro Tinoco Mesquita com o Prof. Edson Saad em 11/3/2004 nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, disponível no endereço: http://www.arquivosonline.com.br/entrevistas/default.asp. Ver também a entrevista do Prof. Edson Saad com o Prof. Luiz Venere Décourt: http://educacao.cardiol.br/pec/aterosclerose/fasciculos/2002a1f2m1/entrevista.htm).   64. Sérgio Novis. Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Professor Titular de Neurologia na Faculdade de Medicina da UFRJ, na Escola de Medicina Souza Marques e na PUC. É membro titular da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Neurologia, entidade da qual foi presidente.   65. Halley Pacheco (1925-2000). Hematologista. Professor Titular de Hematologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Emérito da Faculdade de Medicina da UFRJ. Ex-Chefe dos Serviços de Hematologia do Hospital dos Servidores do Estado e do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Foi Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.   66. Adolpho Milech. Médico. Professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFRJ.   67. Wolmar Pulcheri. Professor-Assistente de Hematologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ex-Chefe do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ.   68. Newton Bethlem (1916-1998). Professor Titular de Pneumologia na Escola de Medicina e Cirurgia, Professor do Instituto de Tisiologia e Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entidade por ele dirigida até 1968. Membro da Academia Nacional de Medicina.

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69. José Augusto Barbosa de Aguiar (1924-1988). Nefrologista. Ex-Professor Titular de Nefrologia na

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ex-Chefe do Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ).   70. Pedro Maria Maduro Paes Leme (1933-1993). Pediatra. Obteve o título de Especialista em Pediatria em 1967.   71. Ana Maria Miranda. Médica. Professora do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).   72. Reinaldo de Menezes Martins. Professor Titular de Pediatria no Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas. Assessor de Estudos Clínicos do Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, da qual é, atualmente, Consultor Científico. Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Membro da Academia Brasileira de Pediatria, editou, com Álvaro Aguiar, o livro História da Pediatria Brasileira (Rio de Janeiro: Serviço de Informações Científicas, 1996).   73. Herbert Praxedes. Hematologista. Professor Titular do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor Emérito da Faculdade de Medicina da UFF. Membro Emérito e Sócio Fundador da Academia Fluminense de Medicina.   74. Odair de Matos. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).   75. Jamie H. Von Roenn. Oncologista, especialista em Cuidados Paliativos. Professora de Medicina na Northwestern University Feinberg School of Medicine e Codiretora do Cancer Control Program at the Lurie Cancer. Coautora, com Charles F. von Gunten, do artigo: Setting Goals to Maintain Hope (Journal of Clinical Oncology. 2003; 21 [3]).  76. Charles F. Von Gunten. Oncologista, especialista em cuidados paliativos. Diretor do Institute for Palliative Medicine no San Diego Hospice, centro de ensino e pesquisa ligado à University of California, San Diego. Editor-chefe do Journal of Palliative Medicine. Coautor, com a Dra Jamie H. Von Roenn, do artigo: Setting Goals to Maintain Hope (Journal of Clinical Oncology. 2003; 21 [3]).   77. José Leme Lopes (1904-1990). Formou-se em Medicina em 1926, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo sido discípulo de Miguel Couto. Professor Titular de Psiquiatria na Faculdade Nacional de Medicina, da Universidade do Brasil. Professor Catedrático da Universidade Federal Fluminense (UFF). Diretor do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil (IPUB), posteriormente Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi o Primeiro Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e por duas vezes Presidente da Academia Nacional de Medicina. Publicou, entre outros, os livros: Diagnóstico em Psiquiatria (Cultura Médica, 1980); A Psiquiatria de Machado de Assis (Rio de Janeiro: Agir, 1974); Das Interpretações Claro-Escuro no Psicodiagnóstico de Rorchach (Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1943); Tarda Poesia (Rio de Janeiro: José Olympio, 1985).   78. Augusto Luiz Nobre de Mello (1909-1984). Psiquiatra. Livre-Docente de Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Autor de livros como: Psiquiatria, Vols. I e II (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979).   79. Maurício Campos de Medeiros (1895-1966). Psiquiatra. Professor de Psicologia na Escola Normal do Distrito Federal, Professor Catedrático de Fisiologia e Patologia Geral na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi Diretor do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil, deputado estadual e federal, e Ministro da Saúde no Governo de Juscelino Kubitschek.   80. Amaury Queiroz. Médico e Psicanalista. Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ex-Chefe do Serviço de Psicologia Médica e Saúde Mental do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ. Membro da Associação Psicanalítica do Estado do Rio de Janeiro (Rio-4). Algumas de suas publicações: O médico diante do doente crônico e da morte, artigo escrito em colaboração com Julio de Mello Filho (In: Jornal Brasileiro de Medicina, v. 31, no 15, 1976). Aids: Aspectos Psicossomáticos. (In: Julio de Mello Filho e Miriam Burd [Eds.]. Psicossomática Hoje. Porto Alegre: Artmed, 2010); Aspectos psicossomáticos e sociais da Aids: 20 anos de experiência, em colaboração com Gisela Cardoso, Marlene Zornitta e Maurício Tostes (In: Julio de Mello Filho e Miriam Burd [Eds.]. Psicossomática Hoje. Porto Alegre: Artmed, 2010).  81. João Issa. Médico. Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).   82. José Galvão Alves. Gastrenterologista. Chefe da 18a Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Serviço de Clínica Médica, Professor Titular de Clínica Médica na Faculdade de

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Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, na Universidade Gama Filho e de Gastrenterologia na PUC-Rio. Membro da Academia Nacional de Medicina.   83. Gisela Pitanguy. Médica e Psicoterapeuta. Diretora da Clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro.   84. Antônio de Campos Pitanguy (1890-1961). Médico-Cirurgião Geral. Nasceu em Curvelo, MG. Formado na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro em 1913. Pai do Prof. Ivo Pitanguy.   85. José Baeta Vianna (1894-1967). Médico, Professor Catedrático em Química e Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. É considerado o primeiro bioquímico brasileiro.   86. Ary Pires de Souza. Médico-Cirurgião. Ex-Chefe dos Serviços de Cirurgia do Hospital Cardoso Fontes e Ex-Diretor do Hospital da Polícia Militar, do Rio de Janeiro.   87. Bernard Nordlinger. Médico. Cirurgião do Centro de Cirurgia Digestiva do Hospital Saint-Antoine, Paris, França.   88. Laurent Hannoun. Médico-Cirurgião Geral. Chefe do Serviço de Cirurgia Digestiva do Grupo Hospitalar Pitié-Salpêtrière, em Paris, França.   89. Rolland Parc. Médico-Cirurgião. Ex-Chefe do Serviço de Cirurgia do Hospital Saint-Antoine, Paris, França.   90. Mário Vaisman. Professor Titular de Endocrinologia no Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Chefe do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ.   91. Cleber Vargas. Médico. Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).   92. Octávio Benjamim Tourinho. Professor Adjunto no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ex-Chefe do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ.   93. Aloysio Franchini Mello (1922-1982). Formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil em 1946. Foi da primeira turma de médicos do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, onde ingressou por concurso em 1947. Foi Chefe da Divisão Médica do Hospital dos Servidores do Estado, Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor de Clínica Médica da Universidade Gama Filho e o Primeiro Diretor do Hospital Universitário da Universidade Gama Filho.  94. Bento Candido Coelho (1919-2007). Médico. Graduou-se na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]), em 1945. Ingressou no Hospital dos Servidores do Estado (Rio de Janeiro) em 1947, onde criou um Ambulatório para assistência de Patologias da Tireoide.   95. Alda Gaspar Alvaréz. Médica do Inamps, colega, na década de 1980, no PAM da Ilha do Governador (Rio de Janeiro), do Dr. Jorge André Segadas, exemplo de dedicação à Medicina pública.   96. Jorge Toledo (1920-1985). Médico. Ex-Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi o primeiro Chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ).   97. William Osler (1849-1919). Médico canadense naturalizado britânico, considerado um dos nomes mais ilustres da história da Medicina. Foi Professor da Faculdade de Medicina da McGill University (1874), da University of Pennsylvania (1884), da Johns Hopkins University Medical School (1889) e da Universidade de Oxford (1904). Além de grande médico e pesquisador, é reconhecido por suas profundas reflexões sobre a Medicina e por seu humanismo. Publicou livros clássicos, como: Aequanimitas with Other Addresses to Medical Students, Nurses and Practitioners of Medicine (2. ed. Philadelphia, EUA: Blakiston Company 1914); The Principles and Practice of Medicine: designed for the use of practitioners and students of Medicine (1915), em colaboração com: Thomas McCrae (New York: D. Appleton, 1915); A Way of Life: An Address Delivered to Yale Students on the Evening of Sunday, April 20th, 1913 (New York and London: Paul B. Hoeber Inc., Medical Book Department of Harper & Brothers). Alguns livros sobre Osler: Sir William Osler — Aphorisms from his bedside teachings and writings, de Robert Bennett Bean, 1950; The Life of Sir William Osler. Harvey Cushing. Oxford: Clarendon Press, 1925; William Osler. Michael Bliss. A Life in Medicine (Oxford University Press, 1999); Osler o Moderno Hipócrates, de Raul Marino Jr. (São Paulo: Balieiro, 1999).   98. Jerome Groopman. Médico. Professor da Harvard School of Medicine e do Beth Israel Deaconess Medical Center. Escreve artigos sobre Medicina e Biologia para a revista The New Yorker. Autor dos

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livros: Como Pensam os Médicos (Rio de Janeiro: Agir, 2008); The Measure of Our Days (New York: Penguin Books, 1997); Second Opinions: Stories of Intuition and Choice in the Changing World of Medicine (Viking Penguin, 2000).   99. Alice Reis Rosa. Ver p. 16. 100. Enid Balint. Psicanalista. Membro da British Psycho-Analytical Society. Autora dos livros: Seis Minutos para o Paciente (em colaboração com J. S. Norell; São Paulo: Manole, 1986); Tecnicas Psicoterapeuticas en Medicina (em colaboração com Michel Balint, México: Siglo Veintiuno, 1966). 101. Maria Lúcia Pimentel. Professora Adjunta de Clínica Médica na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 102. Gianni Maurélio Temponi. Professor Titular de Neurocirurgia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Ex-Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Instituto de Neurologia da UFRJ. 103. Flávio Assad Garcia. Médico. Neurocirurgião do Serviço de Neurocirurgia do Hospital do Andaraí, Rio de Janeiro. 104. Leonard Kranzler. Professor de Neurocirurgia da University of Chicago. Diretor do Programa de Residência em Neurocirurgia no Illinois Masonic Medical Center, EUA. 105. Diego Gracia. Psiquiatra. Professor de História da Medicina e Bioética e diretor de pós-graduação dessa disciplina na Complutense Universidade de Madri e do Instituto de Bioética da Fundação para Ciências em Saúde de Madri, Espanha. Autor, entre outros, do livro Pensar a Bioética: Metas e Desafios (São Paulo: Loyola, 2010). 106. Luc Montagnier. Médico virologista francês. Em 1983, foi, junto com o norte-americano Robert Gallo, um dos descobridores do vírus da síndrome da imunodeficiência adquirida. Laureado, em 2008, com o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. 107. José de Letamendi (1828-1897). Médico espanhol. Foi professor de Anatomia e Patologia Geral. Escreveu obras médicas e também sobre Literatura, Direito e Economia. É atribuída a ele a seguinte frase: “O médico que só Medicina sabe, nem Medicina sabe”. 108. Pedro Laín Entralgo (1908-2001). Médico, historiador e ensaísta espanhol. Autor de vários livros, como: Historia Universal de la Medicina (Barcelona: Masson, 1998); La Relación Médico-Enfermo. Historia y Teoría (2. ed. Madri: Alianza, 1983); Antropología Médica para Clínicos (3. ed. Barcelona: Salvat, 1986). 109. Elizabeth Roudinesco. Psicanalista e historiadora francesa. Professora e pesquisadora da Universidade de Paris VII. Publicou no Brasil, entre outros, os livros: Por que a Psicanálise? (Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2000); Em Defesa da Psicanálise. Ensaios e Entrevistas (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009); A Parte Obscura de Nós Mesmos. Uma História dos Perversos (Jorge Zahar Editor, 2008). 110. Immanuel Kant (1724-1804). Considerado um dos maiores filósofos de todos os tempos. Foi Professor Catedrático da Universidade de Königsberg. Alguns de seus livros: Crítica da Razão Pura (São Paulo: Ícone Editora, 2007); A Religião nos Limites da Simples Razão (São Paulo: Escala, 2010). Um livro sobre Kant: O Pensamento Vivo de Kant, de Julien Benda (São Paulo: EdUSP, 1976). 111. Hipócrates (460 a.C.-370 a.C.). Considerado o Pai da Medicina Moderna. Nasceu na Grécia, na ilha de Kos. A ele é atribuído o Corpus Hippocraticum, um conjunto de sessenta obras. Um dos textos mais famosos é o juramento, até hoje prestado pelos formandos na cerimônia de formatura em Medicina. Para mais informações, ver: Hipócrates. A Medicina Racional (In: Médicos e Descobridores. Vidas que Guiaram a Medicina de Hoje. John Galbraith Simmons. Rio de Janeiro: Record, 2002). 112. Hannah Arendt (1906-1975). Filósofa alemã. Perseguida pelos nazistas, emigrou para os EUA. Autora de vários livros, entre os quais: Homens em Tempos Sombrios (São Paulo: Companhia de Bolso, 2008); Sobre a Violência (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009); A Condição Humana (Rio de Janeiro: Forense Universitária); Eichmann em Jerusalém, um Relato sobre a Banalidade do Mal (São Paulo: Companhia das Letras, 1999); Origens do Totalitarismo – Antissemitismo, Imperialismo, Totalitarismo (São Paulo: Companhia das Letras, 1989). 113. Platão (428 a.C.-328 a.C.). Filósofo da Grécia antiga, considerado, junto com Aristóteles e Sócrates, um dos maiores pensadores da história da Humanidade. Autor de livros como: Diálogos (São Paulo: Cultrix, 1976). 114. Charles M. Culver. Médico do Physician Assistant Program, Barry University, Miami Shores, EUA. Autor de livros como: Bioethics: a Return to Fundamentals (em colaboração com Bernard Gert e K. Danner Clouser; New York: Oxford University Press, 1979); Philosophy in Medicine – Conceptual and Ethical Issues in Medicine and Psychiatry (em colaboração com Bernard Gert; Oxford University Press, 1982). 115. Daniel Wikler. Filósofo. Professor de Ética Populacional e de Ética e Saúde Populacional do Departamento de Saúde Global e População da Harvard School of Public Health em Boston. Coautor

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do livro From Chance to Choice, Genetics and Justice (em colaboração com Allen Buchanan, Dan W. Brock e Norman Daniels; Cambridge: University Press, 2001). 116. Edgar Morin. Antropólogo, sociólogo e filósofo francês. Pesquisador emérito do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos grandes teóricos da complexidade. Autor de muitos livros, entre eles: Introdução ao Pensamento Complexo (5. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 2003); Ciência com Consciência (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010); Os Sete Saberes Necessários para a Educação do Futuro (Rio de Janeiro: Cortez, 2011). 117. José Roberto Goldim. Biólogo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, atualmente é chefe do Serviço de Bioética do Hospital. É Professor Colaborador da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sendo Professor Responsável pelas disciplinas de Bioética. Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). 118. José Ramos de Oliveira Júnior. Professor Titular de Clínica Propedêutica Médica. Professor Titular de Oncologia Clínica da Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC-SP). Autor do livro: Semiotécnica da Observação Clinica, Volume 1 (São Paulo: Sarvier, 1976). 119. Walter Edgar Maffei (1905-1991). Médico. Professor de Anatomia Patológica. Titular e emérito da Academia de Medicina de São Paulo, catedrático de Patologia Geral e de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 120. Reinaldo Chiaverini. Médico. Trabalhou no Hospital dos Servidores Públicos de São Paulo, onde foi Chefe do Serviço de Clínica Médica. 121. Xavier Zubiri (1898-1983). Filósofo espanhol. Alguns de seus livros: Cinco Lições de Filosofia (São Paulo: É Realizações, 2012); Inteligência e Razão (É Realizações, 2011); Naturaleza, Historia, Dios (Buenos Aires: Poblet, 1948). 122. José Ortega y Gasset (1883-1955). Filósofo e jornalista espanhol. Autor de livros como: La Deshumanización del Arte (Revista de Occidente, 1956); O Homem e a Gente – Intercomunicação Humana (Rio de Janeiro: Livro Ibero Americano, 1973). Um dos livros escritos sobre Ortega y Gasset: Ortega y Gasset: a Aventura da Razão, de Gilberto de Mello Kujawski (São Paulo: Moderna, 1994). 123. Eduardo Marcondes (1930-2005). Pediatra. Ex-Professor Titular de Pediatria e da disciplina Pediatria Preventiva e Social na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Presidente do Conselho Diretor do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, Coordenador do Colegiado de Escolas Médicas do Estado de São Paulo. Idealizador do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP. Autor do livro: Educação Médica (São Paulo: Sarvier, 1998). 124. Leo Pessini. Doutor em Teologia Moral e Bioética. Publicou, juntamente com o bioeticista estadunidense James Drane, o livro Bioética, Medicina e Tecnologia (São Paulo: Loyola, 2005). 125. James Drane. Filósofo e Teólogo. Professor de Bioética da Edinboro University (Pensilvânia), Diretor do Instituto de Bioética James F. Drane em Edinboro. Autor de alguns livros, entre os quais: Bioética, Medicina e Tecnologia – Desafios Éticos na Fronteira do Conhecimento Humano... (em colaboração com Leo Pessini; São Paulo: São Camilo/Loyola, 2005); Becoming a Good Doctor: The Place of Virtue and Character in Medical Ethics (Kansas City: Sheed & Ward 1995); El Cuidado del Enfermo Terminal: Etica Clinica y Recommendaciones Practicas para Instituciones de Salud y Servicios de Cuidados Domiciliarios (Pan American Health Organization, 1999). 126. Elma Lourdes Campos Pavone Zoboli. Enfermeira. Professora-Associada da Universidade de São Paulo (USP), Professora Visitante do Programa de Doutoramento em Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa, Membro da Diretoria da International Association of Bioethics e Assessora da Rede Latino-Americana de Bioética da Unesco. 127. Délio José Kipper. Pediatra. Professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), médico do Ministério da Saúde e Presidente do Departamento de Bioética da Sociedade Brasileira de Pediatria. 128. Bernard Lown. Cardiologista. Professor Emérito da Harvard School of Public Health. Desenvolveu o cardiodesfibrilador. Ativista pela paz, trabalha no Iowa Cardiovascular Center. Entre outros livros, publicou: A Arte Perdida de Curar (São Paulo: Plantarum, 2009). 129. Michel Foucault (1926-1984). Filósofo e professor do Collège de France de 1970 a 1984. Autor de vários livros, entre eles: Nascimento da Clínica: uma Arqueologia do Saber Médico (Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004); Vigiar e Punir (Petrópolis: Vozes, 2012); História da Loucura (São Paulo: Perspectiva, 2012).

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130. Herbert Marcuse (1898-1979). Sociólogo e filósofo alemão naturalizado norte-americano, perten-

cente à Escola de Frankfurt. 131. José de Ribamar Neiva Eulálio. Cardiologista do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras.

Formado pela Universidade do Brasil em 1958. 132. José Gonçalves Veloso. Médico-Cirurgião. Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Facul-

dade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 133. Aluizio Soares de Souza Rodrigues. Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de

Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 134. Célio Pacheco Alves (1934-2000). Médico-Cirurgião. Professor Titular do Departamento de Cirurgia

da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 135. João Grandino Rodas. Professor Titular da Faculdade de Direito e Reitor da Universidade de São

Paulo (USP). 136. Alexandre Adler (1949-2003). Professor de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina

da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 137. Evelyn Eisenstein. Médica. Professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Atualmente, Coordenadora de Telemedicina da FCM-UERJ e Coordenadora do SIG de Saúde de Crianças e Adolescentes da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), para todo o território nacional. Alguns de seus trabalhos publicados: Fortalecendo a Rede de Proteção da Criança e do Adolescente (em colaboração com Williams LA, Padovani RC, Araujo EAC, Stelko-Pereira AC, Ormeno GR; São Paulo: Pedro e João Editores e Laprev, 2010); Geração Digital (em colaboração com Estefenon SGB; Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2008); Fala Sério! Perguntas e Respostas sobre Adolescência e Saúde (em colaboração com Matheus AT, Rio de Janeiro: Vieira & Lent, 2006). 138. Maria Cecília Donnangelo (1940-1983). Formada em Pedagogia. Pioneira na implantação de um programa de ciências sociais em cursos de Medicina, ingressou em 1967 no Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP). Autora dos livros: Medicina e Sociedade. O Médico e seu Mercado de Trabalho (São Paulo: Pioneira, 1975); Saúde e Sociedade (em colaboração com Luís Pereira; São Paulo: Duas Cidades, 1976). 139. Luiz Pereira (1933-1985). Sociólogo da Universidade de São Paulo (USP). Coautor, com Maria Cecilia Donnangelo, do livro Saúde e Sociedade (São Paulo: Duas Cidades, 1976). 140. Ricardo Bruno Mendes Gonçalves (1946-1996). Médico, Professor no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Foi discípulo da Profa Cecília Donnagelo. Publicou os livros: Medicina e Historia: Raices Sociales del Trabajo Médico (Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 1984); Tecnologia e Organização Social das Práticas de Saúde: Características Tecnológicas do Processo de Trabalho na Rede Estadual de Centros de Saúde de São Paulo (Hucitec, 1994). 141. Georges Canguilhem (1904-1995). Filósofo e Médico francês. Especialista em Epistemologia e História da Ciência, publicou obras importantes sobre Biologia, Medicina, Psicologia, ideologias científicas e a Ética. Entre outros, publicou os livros: O Normal e o Patológico (7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011); Conhecimento da Vida (Forense Universitária, 2012). 142. Hans-Georg Gadamer (1900-2002). Filósofo alemão, considerado um dos maiores expoentes da hermenêutica filosófica. Publicou, entre outros, o livro: Verdade e Método, Vols. 1 e 2 (Petrópolis: Vozes, 2008). 143. Adolpho Hoirisch. Psiquiatra e Psicanalista. Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Professor Titular de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da UFRJ. É membro da Academia Nacional de Medicina. Algumas de suas publicações: Orientação psicopedagógica no ensino (Rio de Janeiro: Cortez, 1993); Identidade Médica (In: Mello Filho J, Burd M. [Eds.]. Psicossomática Hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010); Iatrogenias (Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1993); Perspectiva em Psicologia Médica (Anais da Academia Nacional de Medicina. 1995; 155(2): 111-3. 144. Marco Antônio Brasil. Ver p. 188. 145. Orlando Augusto Soares. Médico. Foi Preceptor de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 146. Márcia dos Santos Curvello de Araújo (1950-2004). Ex-Professora Adjunta de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 147. Leonardo Anatólio Lins Ribeiro Sanches. Professor Adjunto do Instituto de Ginecologia e do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ex-Chefe do Serviço de Ginecologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ).

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148. Jaime Iglesias Júnior (1934-1996). Ginecologista. Professor Titular do Instituto de Ginecologia

e do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 149. Luiz Bomfim Pereira Cunha. Anestesista. Foi Chefe do Serviço de Anestesiologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF-UFRJ), e Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro na gestão de 2011 a 2012. 150. Gentil Luiz João Feijó (1909-1994). Cardiologista. Professor Catedrático da Terceira Cadeira de Clínica Propedêutica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de Clínica Propedêutica Médica da Universidade Federal Fluminense e da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 151. Antônio Ledo. Pediatra. Professor Titular da Faculdade de Medicina, Departamento de Pediatria, e Vice-Reitor (2011-2015) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 152. Protásio Lemos da Luz. Professor Titular de Cardiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Autor, entre outros, dos livros: Nem só de Ciência se Faz a Cura. O que os Pacientes me Ensinaram (Rio de Janeiro: Atheneu, 2001); Medicina: Olhando para o Futuro (Atheneu, 2009). 153. Luiz Roberto Londres. Médico. Diretor da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Autor de livros como: Sintomas de uma Época – Quando o Ser Humano se Torna um Objeto (Rio de Janeiro: Bom Texto, 2007); Iátrica – A Arte da Clínica (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997). 154. Vladimir Kourganoff (1912-2006). Astrofísico russo naturalizado francês, autor de um livro em que faz reflexões sobre a educação e o ensino superior: A Face Oculta da Universidade (São Paulo: Editora Unesp, 1990). 155. Eymard Mourão Vasconcelos. Médico, com Mestrado em Educação (1986), Doutorado em Medicina Tropical (1997) pela Universidade Federal de Minas Gerais e Pós-Doutorado em Saúde Pública pela ENSP/FioCruz. É professor do Departamento de Promoção da Saúde do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba e atua no Programa de Pós-Graduação em Educação e no Projeto de Extensão Educação Popular e a Atenção à Saúde da Família. Autor entre outros dos livros: A Medicina e o Pobre – Saúde e Comunidade (São Paulo: Paulinas, 1987); Educação Popular e a Atenção a Saúde da Família (São Paulo: Hucitec, 2001); A Espiritualidade no Trabalho Em Saúde (Hucitec, 2006); Perplexidade na Universidade: Vivencias nos Cursos de Saúde, Organizador em colaboração com Lia Haikal Frota (Hucitec, 2006); Educação Popular e Atenção à Saúde da Família (Hucitec, 2010); Educação Popular na Formação Universitária, em colaboração com Pedro José Santos (Hucitec, 2011). 156. Paulo Freire (1921-1997). Educador. É considerado um dos maiores pensadores na história da Pedagogia mundial. Dedicou-se especialmente à área da educação popular. Autor de vários livros, entre os quais: Educação como Prática da Liberdade (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967); Pedagogia do Oprimido (Paz e Terra, 1970). 157. Nelson Gonçalves Pereira. Professor-Associado do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professor-Assistente da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, auxiliar de ensino da Universidade Federal Fluminense e Professor-Assistente da Faculdade de Medicina de Campos, RJ. 158. Sylvia da Silveira Mello Vargas. Ver p. 307. 159. José Ananias Figueira da Silva. Cardiologista. Professor de Cardiologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ. 160. Waldemar Decache (1916-2008). Cardiologista. Professor Adjunto de Cardiologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pesquisador do Curso de Pós-Graduação em Cardiologia da UFRJ. 161. Luiz Paulo de Campos Bechelli. Psiquiatra, com curso de especialização em Psiquiatria na Universidade Claude Bernard em Lyon (França), onde se tornou Assistente Estrangeiro. Foi o responsável pelo Pavilhão de Agudos Masculino do Hospital Psiquiátrico de Ribeirão Preto, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. 162. Frederico Graeff. Médico. Professor Titular da Universidade de São Paulo (USP), especialista em Psicofarmacologia, tem importantes contribuições na área de Neurociência Comportamental no Brasil. 163. Guido Hetem (1937-2008). Psiquiatra. Formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) em 1960. Especializou-se em Psiquiatria na Clínica Psiquiátrica Bel Air em Genebra, Suíça. Foi pioneiro em atendimento psiquiátrico em clínica privada em Ribeirão Preto, onde, além de psiquiatria clínica, trabalhava com psicoterapia de grupo.

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164. Luiz Marino Bechelli (1912-2004). Ex-Professor Catedrático de Dermatologia na Faculdade de Medi-

cina de Ribeirão Preto (USP) e Ex-Chefe da Unidade de Hanseníase da Organização Mundial da Saúde, em Genebra (Suíça), de 1961 a 1972. 165. Othon Bastos. Professor Titular de Psiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Estadual de Pernambuco. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Autor de diversos trabalhos, entre eles: História da Psiquiatria em Pernambuco e Outras Histórias (Rio de Janeiro: Lemos, 2002). 166. Valentim Gentil Filho. Professor Titular de Psiquiatria na Universidade de São Paulo (USP). 167. Gerald L. Klerman (1928-1992). Psiquiatra norte-americano. Um dos criadores da Psicoterapia Interpessoal. Publicou, entre outros livros: Psicoterapia Interpessoal – Guia Prático do Terapeuta (em coautoria com Myrna Weissman e John C. Markowitz; Porto Alegre: Artmed, 2009). 168. Myrna Weissman. Professora de Epidemiologia e Psiquiatria do College of Physicians and Surgeons and the School of Public Health da Universidade de Columbia. Autora de vários livros, como: Interpersonal Psychotherapy of Depression (Tennessee: Basic Books, 1984); Psicoterapia Interpessoal: Guia Prático do Terapeuta (em colaboração com John C. Markowitz, Gerald L. Klerm: Porto Alegre: Artmed, 2009). 169. Roger A. Mackinnon. Psiquiatra. Professor Emérito de Clínica Psiquiátrica do College of Physicians and Surgeons da Universidade de Columbia em New York, EUA. Autor do livro: Entrevista Psiquiátrica (em colaboração com Robert Michels e Peter J. Buckley; Porto Alegre: Artmed, 2008). 170. Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior. Professor Titular da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande, MS. Chefe do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa de Campo Grande. Publicou, entre outros, o livro: Fundamentos de Psicopatologia – Bases do Exame Clínico (Rio de Janeiro: Atheneu, 1988). 171. Harry Stack Sullivan (1892-1949). Psiquiatra norte-americano. Propôs um tipo de psicoterapia denominada Psicoterapia Interpessoal. Publicou, entre outros, o livro: La Teoria Interpersonal de La Psiquiatría (Buenos Aires: Psique, 1974). 172. Arthur K. Shapiro. Psiquiatra. Professor do Departamento de Psiquiatria da Mount Sinai School of Medicine, em New York. Coautor, com Elaine Shapiro, do livro The Powerful Placebo from Ancient Priest to Modern Physician (Johns Hopkins University Press, Baltimore, 1997). 173. Seymor Fisher (1922-1996). Psicólogo. Professor da Divisão de Pesquisa em Psicologia da State University of New York Health Science Center em Syracuse, New York. 174. Jerome Frank (1909-2005). Psiquiatra norte-mericano. Professor de Psiquiatria na Johns Hopkins University Medical School. Fundou a Associação dos Médicos pela Responsabilidade Social. Ativista contra a Guerra Nuclear. Sua atuação profissional e acadêmica contribuiu para a ampliação do campo da psicoterapia além das fronteiras da psicanálise. Autor dos livros: Persuasion and Healing. A Comparative Study of Psychotherapy (em colaboração com Julia B. Frank; The John Hopkins University Press, 1993). The Anatomy of Hope: How People Prevail in the Face of Illness (New York: Random House, 2004). 175. Karl Jaspers (1883-1969). Médico alemão. Dedicou-se à Psiquiatria e, posteriormente, à Filosofia. Publicou em 1913 um livro clássico: Psicopatologia Geral (Rio de Janeiro: Atheneu, 1979). 176. Edino Jurado. Cardiologista e Clínico Geral. Livre-Docente de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Livre-Docente de Clínica Propedêutica Médica da UERJ. Professor Titular de Diagnóstico Clínico da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), RJ. 177. Dirce Bonfim de Lima. Infectologista. Professora-Associada de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Médica de referência do Ministério da Saúde, assessora ad hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Autora de diversas publicações científicas, entre elas: A Assistência para Além da Distribuição de Medicamentos: o Desafio do Envolvimento (In: Juan Carlos Raxach et al. [Orgs.] Reflexões sobre Assistência à AIDS: Relação Médico-Paciente, Interdisciplinaridade e Integralidade. ABIA, 2003). 178. Francisco Barbosa Neto. Médico. Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Diretor da Faculdade de Medicina da Unigranrio. Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). 179. Ricardo Donato Rodrigues. Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Faculdade de Ciências Médicas; ex-chefe desse Departamento Acadêmico. Coordenador do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade. Ex-Diretor Geral do Hospital Universitário Pedro Ernesto da UERJ.

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180. Gustavo Magalhães, L. Médico. Professor Adjunto de Doenças Infecciosas e Parasitárias na Faculda-

de de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Médico da Coordenação DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. 181. Vera Cordeiro. Clínica Geral, com especialização em Psicossomática, e empreendedora social. Fundadora e Diretora da Associação Saúde da Criança (Rio de Janeiro). 182. Roberto Luiz de Magalhães. Clínico Geral e Nefrologista. Foi Chefe do Serviço de Clínica Médica do Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro. 183. João Ferreira da Silva Filho (1949-2008). Psiquiatra. Ex-Professor Titular do Instituto de Psiquiatria. Foi Decano do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publicou, entre outros, os livros: Psicopatologia Hoje (Editora UFRJ, 2006); 1968 e a Saúde Mental (Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2008); Duzentos Anos de Psiquiatria (em colaboração com Jane Russo; Editora UFRJ, 1993). 184. A. Thomas McLellan. Pesquisador especialista em consumo de drogas. Diretor executivo e cofundador do Treatment Research Institute e consultor científico do governo norte-americano sobre o uso de drogas ilícitas em 2009 e 2010. Foi Editor-Chefe do Journal of Substance Abuse Treatment. Em cooperação com pesquisadores do Center for the Studies of Addiction da Universidade da Pensilvânia, participou da elaboração dos instrumentos Addiction Severity Index e Treatment Services Review. 185. Geraldo Brasil (1916-2002). Psiquiatra. Foi o primeiro psiquiatra da região Centro-Oeste do Brasil. Fundador e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG). 186. Delta Madureira Filho. Cirurgião. Professor-Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Membro da Academia Nacional de Medicina. 187. Sigmund Freud (1856-1939). Médico austríaco considerado o Pai da Psicanálise. Em português sua obra foi publicada pela Editora Imago: Sigmund Freud: 24 Volumes – Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Mais recentemente, a Editora Companhia das Letras iniciou a publicação de uma nova edição das obras completas de Freud traduzidas do alemão. 188. José Ângelo de Souza Papi. Reumatologista. Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professor Titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFRJ, responsável pelo setor de Doenças Autoimunes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ. Professor Emérito da UFRJ. 189. Henrique Sérgio Moraes Coelho. Ver p. 86. 190. César Pernetta (1906-1993). Pediatra. Professor Titular de Pediatria e Chefe do Instituto de Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de 1969 a 1976. É considerado um dos mais ilustres pediatras brasileiros. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Admirado Professor e autor de clássicos da Pediatria como: Amor e Liberdade na Educação da Criança (Rio de Janeiro: Imago, 1988); Diagnóstico Diferencial em Pediatria (São Paulo: Sarvier, 1987); Alimentação da Criança (São Paulo: Byk Procienx, 1980) e Semiologia Pediátrica (São Paulo: Interamericana, 1980); Terapêutica Pediátrica (Rio de Janeiro: Atheneu, 1987). 191. Irvin D. Yalom. Psiquiatra e Escritor. Autor de vários livros, entre os quais: O Carrasco do Amor e Outras Histórias (Rio de Janeiro: Ediouro, 2007); Quando Nietzsche Chorou (Ediouro, 2005); A Cura de Schopenhauer (Ediouro, 2005); Mentiras no Divã (Ediouro, 2006); Os Desafios da Terapia (Ediouro, 2007). 192. Luiz Fernando Chazan. Psiquiatra e Psicanalista. Professor-Assistente da Unidade Docente-Assistencial de Psicologia Médica e Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 193. Paulo Roberto Chaves Pavão. Professor-Associado de Psiquiatria na Faculdade de Ciências Médicas, Chefe da Unidade Docente Assistencial de Psiquiatria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e médico do Ministério da Saúde. 194. Octavio Domont de Serpa Júnior. Psiquiatra. Professor Adjunto do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 195. Júlio Verztman. Psiquiatra e Psicanalista do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 196. Ricardo Vaz Duarte. Psiquiatra. Especialista em Psicanálise (Cepcop/USU). Trabalhou como consultor no projeto Comunicação de Notícias Difíceis e Atenção ao Vínculo (parceria do INCA com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein). 197. Manoel Olavo Loureiro Teixeira. Psiquiatra. Professor nos cursos de especialização do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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198. Luiz Eduardo Lagoeiro. Psiquiatra com Residência em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 199. Jean Oury. Psiquiatra e Psicanalista francês. Fundador e diretor do Hospital La Borde em Cour-Che-

verny, França. Foi um dos criadores da Psicoterapia Institucional e do movimento antimanicomial. 200. Franco Basaglia (1924-1980). Psiquiatra italiano. Responsável por uma reformulação do sistema de

assistência psiquiátrica em seu país. É considerado um dos nomes da luta antimanicomial. Entre outros livros, publicou: A Instituição Negada (Rio de Janeiro: Graal, 1985); A Psiquiatria Alternativa: contra o pessimismo da razão, o otimismo da prática. (São Paulo: Brasil Debates, 1982); A Instituição da Violência (Centelha Viva). 201. Philippe Jeammet. Médico. Professor Titular de Psiquiatria da Criança e do Adolescente na Universidade de Paris VI, diretor clínico do Institut Mutualiste Montsouris. Membro da Sociedade Psicanalítica de Paris. No Brasil, é autor dos livros: Psicologia Médica (em coautoria com Michel Reynaud e Silla M. Consoli; 2. ed. São Paulo: Masson, 1999); Novas Problemáticas da Adolescência: Evolução e Manejo da Dependência (com Mônica G. T. do Amaral [Org. ed. bras.]; São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005). 202. Pierre Schneider (1916-2005). Psiquiatra. Professor Honorário de Psiquiatria Ambulatorial na Faculdade de Medicina da Universidade de Lausanne. Autor do livro: Psychologie Médicale (Paris: Payot, 1971). 203. Francesc Borrell Carrió. Médico de família do Centro de Salud la Gavarra ICS, Barcelona. Professor Titular de Medicina Familiar y Comunitaria da Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona. Programa Comunicación y Salud de SEMFYC. Autor do livro Entrevista Clínica. Habilidades de Comunicação para Profissionais de Saúde (Porto Alegre: Artmed, 2012). 204. Fernando Orozco. Psiquiatra. Psiquiatra do Serviço de Psiquiatria e do Departamento de Psiquiatria e Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Zaragoza Espanha. 205. Ana Sobrino Lopez. Médica de Família. Centro de Saúde Dávila. Servicio Cántabro de Salud (SCS), Santander, Cantabria, Espanha. Coordenadora Nacional do Grupo Comunicação e Saúde, Espanha. 206. Debra Roter. Socióloga. Professora da Johns Hopkins Blomber School of Public Health, no Department of Health, Behavior and Society. Livros publicados: Communicating with Medical Patient. (em coedição com Moira Stewart; Michigan: Sage Publications, 1989); Doctors Talking to Patients/ Patients Talking to Doctors: Improving Communication in Medical Visits (em colaboração com Hall JA; Westport, CT: Praeger Publishing, 2006); Understanding Health Literacy: Implications for Medicine and Public Health (em coedição com C. Schwartzberg J, Van Geest J, Wang C, Gazmararian J, Parker R, Rudd R, Schillinger D; American Medical Association, Atlanta, 2005). 207. Larry Wissow. Psiquiatra com especialização em Psiquiatria Infantil. Professor-Associado da Johns Hopkins School of Public Health, Baltimore, EUA. Atua nas áreas de serviços de saúde mental para crianças, na interface da Psiquiatria com a atenção primária, na comunicação médico-paciente, e HIV/AIDS em crianças. 208. Carl Gustav Jung (1875-1961). Psiquiatra suíço, um dos principais discípulos de Freud, de quem posteriormente se afastou. Autor de vários livros, entre eles: Memórias, Sonhos e Reflexões (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006); O Homem e Seus Símbolos (Nova Fronteira, 2012). 209. Wilfred Bion (1897-1979). Psiquiatra e Psicanalista. Trabalhou na Clínica Tavistock, em Londres. Deu importantes contribuições à teoria e técnica psicanalíticas em geral e à psicoterapia de grupo. Publicou entre outros os livros: Os Elementos da Psicanálise (Rio de Janeiro: Zahar, 1966); Atenção e Interpretação (Rio de Janeiro: Imago, 1973); Conferências Brasileiras 1 São Paulo, 1973 (Imago, 1975). 210. Melaine Klein (1882-1960). Psicanalista, nascida em Viena, deu importantes contribuições à teoria e prática da Psicanálise. Publicou, entre outros, os livros: Inveja e Gratidão e Outros Trabalhos (Rio de Janeiro: Imago, 2006); Narrativa da Análise de uma Criança (Imago, 2008). 211. Rogério de Jesus Pedro. Professor Titular da Disciplina de Infectologia na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp). 212. Mauricio Knobel (1927-2008). Médico, Psicanalista com formação em Buenos Aires. Em 1976 veio para o Brasil e assumiu a chefia do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 1993 recebeu o título de Professor Emérito da Unicamp. 213. Zeferino Vaz (1908-1981). Médico, Professor Catedrático de Zoologia Médica e Parasitologia na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP). Foi Reitor da Universidade de Brasília, Presidente e, posteriormente, Reitor da Comissão Organizadora da Unicamp. Foi diretor-fundador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP).

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214. David Malan. Psicoterapeuta britânico. Deu grandes contribuições à técnica da psicoterapia breve.

Alguns de seus livros publicados em português: Psicoterapia Dinâmica Intensiva Breve (Porto Alegre: Artmed, 2008); As Fronteiras da Psicoterapia Breve (Porto Alegre: Artes Médicas, 1981). 215. Héctor Ferrari. Médico. Professor Titular da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires. Autor de livros como La Interconsulta Médico-Psicológica en el Marco Hospitalário (em colaboração com Isaac L. Luchina e Noemí Luchina, Editora Nueva Visión, 1980); Asistencia Institucional: Nuevos Desarrollos de la Interconsulta Médico-Psicologica (em colaboração com Isaac L. Luchina e Noemí Luchina, Editora Nueva Visión, 1979); Una contribución del Psicoanálisis al campo de la Salud (Buenos Aires: La Prensa Médica Argentina, 2002); Desafíos al Psicoanálisis en el Siglo XXI, Salud Mental, Sexualidad y Realidad Social (em colaboração com Sara Zac de Filc; Buenos Aires: Editorial Polemos, 2002); Salud Mental en Medicina. Una contribución del Psicoanálisis al Campo de la Salud (Buenos Aires: La Prensa Médica Argentina, 2002); Aportes del Psicoanálisis a la Medicina (em colaboração com Y. Basile, R. E. de Duek, O. Elvira, S.G. de Notrica, C. M. de Braverman, M. T. de Manson, E. Venere, H.Z. de Levinas, D. Zalzman, Editorial Corpus, 2009). 216. Isaac Luchina. Médico, Psicanalista e Cardiologista argentino. Membro da Associação Psicanalítica Argentina. Desenvolveu importante contribuição para o trabalho de psiquiatras, psicólogos e psicanalistas nos hospitais gerais. Dois de seus livros: La Interconsulta Médico-Psicológica en el Marco Hospitalario (em colaboração com Ferrari H, Luchina N. Buenos Aires: Ediciones Nueva Vision, 1977); Assistência Institucional. Nuevos Desarollos de la Interconsulta Médico-Psicológica (em colaboração com Ferrari H, Luchina N. Ediciones Nueva Vision, 1979). 217. Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004). Psiquiatra. Pioneira nas investigações sobre a morte e o morrer, que tiveram grande impacto na abordagem dos pacientes terminais. O livro em que descreve sua experiência intitula-se: Sobre a Morte e o Morrer (São Paulo: Martins Fontes, 1981). 218. Jose Schavèlson. Médico-Cirurgião Oncologista argentino. Aos 58 anos iniciou estudos em Psicanálise, área a que se dedicou a partir daí. Publicou, entre outros, os livros: Psicología y Psicofarmacología en Cancerología (Buenos Aires: Interamericana, 1992); Freud, un Paciente con Cáncer (Buenos Aires: Paidós, 1983); Paciente con Cáncer, Psicología y Psicofarmacología Aplicada (Interamericana, 1988). 219. Mary Langer (1910-1987). Psicanalista alemã, radicada na Argentina, foi ativista pelas causas da Psicanálise e dos direitos humanos. 220. José Bleger (1922-1972). Psiquiatra e Psicanalista argentino. Autor de vários livros, entre os quais: Temas de Psicologia, Entrevistas e Grupos (São Paulo: Martins Fontes, 2011); Psicologia da Conduta (Porto Alegre: Artes Médicas, 1989). 221. Enrique Pichon Rivière (1907-1977). Psiquiatra e Psicanalista. Nasceu em Genebra e nacionalizou-se argentino. Foi um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica Argentina. Desenvolveu a técnica dos Grupos Operativos e dedicou-se também à Psicologia Social. Publicou no Brasil: O Processo Grupal (7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005) e Teoria do Vínculo (Martins Fontes, 1986). 222. Carlos Alberto Seguin Escobedo (1907-1995). Psiquiatra peruano. Dedicou-se ao estudo da relação médico-paciente e de psiquiatria transcultural. Publicou, entre outros, os livros: Introducción a la Medicina Psicosomática e Tú y la Medicina Córdoba: Editorial Assandri, 1957. 223. Ginette Raimbault. Médica e Psicanalista francesa. Autora de vários livros, entre eles: A Criança e a Morte (Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979); El Psicoanalisis y las Fronteras de La Medicina (Barcelona: Ariel, 1985). 224. David Goldberg. Psiquiatra e Psicólogo britânico. Professor Emérito do Instituto de Psiquiatria Kings College London. Seus interesses especiais incluem epidemiologia psiquiátrica, psiquiatria social, e a melhora dos aspectos de saúde mental de medicina geral. Publicou, entre outros, os seguintes livros: Mental Illness in the Community: the Pathway to Psychiatric Care (em coeditoria com Peter Huxley; New York: Tavistock Press, 1980); The Origins and Course of common Mental Disorders (em colaboração com Ian Goodyer; New York: Routledge, 2005); The Maudsley Handbook of Practical Psychiatry (New York: Oxford Medical Publications, 1997). 225. Paulo Lopes. Professor de Doenças Infecciosas e Parasitárias na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Faculdade de Medicina Gama Filho. 226. Afrânio Kritski. Médico. Professor Titular de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vice-Diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ. 227. Roger Rohloff. Clínico Geral e Intensivista. Chefe do Serviço de Clínica Médica e da UTI Materno-Fetal do Instituto Municipal da Mulher – Fernando Magalhães desde 1989.

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228. Susan Sontag (1933-2004). Escritora norte-americana. Escreveu o livro: A Doença como Metáfora/

AIDS e suas Metáforas (São Paulo: Companhia de Bolso, 2007). 229. Paulo Niemeyer (1914-2004). Considerado um dos maiores nomes da Neurocirurgia e pioneiro da

microcirurgia no Brasil. Membro da Academia Nacional de Medicina, foi o primeiro médico da América Latina a realizar cirurgias para eliminar os movimentos involuntários nas vítimas do mal de Parkinson; também descreveu a cirurgia de epilepsia mais utilizada no mundo, e de melhores resultados, a amigdaloipocampectomia. Trabalhou desde 1931 na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Introduziu no Brasil a angiografia cerebral e a radiografia das artérias cerebrais. Pai do atual chefe do setor de Neurocirurgia da Santa Casa, Paulo Niemeyer Filho. 230. Edgar Magalhães Gomes (1901-1986). Foi Professor Catedrático da Primeira Cadeira de Clínica Médica da tradicional Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro [UFRJ]). Ex-Livre-Docente em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil (UFRJ) e da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense e foi também Chefe da 22a Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Membro da Academia Nacional de Medicina. 231. Renério Fráguas (1915-2000). Médico. Nas décadas de 1950 a 1970, atuou na área de administração psiquiátrica como Diretor do Hospital do Juqueri, São Paulo. Ex-Diretor do Departamento de Assistência aos Psicopatas, Ex-Coordenador de Saúde Mental do Estado de São Paulo e Ex-Diretor do Hospital Pinel em São Paulo. 232. Eurípedes Constantino Miguel Filho. Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1982). Doutorado pelo Departamento de Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1992). É Professor Titular e Chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Publicou entre outros os livros: Interconsulta Psiquiátrica no Brasil (São Paulo: Astúrias, 1990); Psiquiatria e Psicologia no Hospital Geral: a Clínica das Psicoses, em colaboração com Renério Fráguas (São Paulo: Asturias, 1992); Neuropsiquiatria dos Gânglios da Base (2. ed. São Paulo: Lemos, 1998) e Compêndio de Psiquiatria Clínica, em coeditoria com Orestes V. Forlenze (São Paulo: Manole, 2012). 233. Stela Maris Garcia Loureiro. Médica e Psicanalista. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. 234. Francis Berger Trudeau (1887-1956). Médico. Trabalhou em Saranac Lake, onde sucedeu ao pai, Edward L. Trudeau. Também se interessou, assim como seu pai, pelo estudo da tuberculose e foi presidente da Associação Nacional de Tuberculose nos EUA. Foi Presidente da Fundação Trudeau. 235. Amado Pedro Gonçalves Caminha (1920-1999). Clínico Geral. Foi Chefe da Clínica do Prof. Clementino Fraga Filho na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Professor da Faculdade de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques. 236. Mário Giorgio Marrano (1920-2013). Professor da Faculdade de Medicina da UFRJ. Membro honorário da Academia Nacional de Medicina. É considerado por muitos o Mestre da Semiologia no Brasil. 237. Affonso Berardinelli Tarantino. Pneumologista. Professor Titular de Pneumologia no Curso de Medicina da Universidade Gama Filho. Livre-Docente em Pneumologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Professor Titular de Pneumologia na Escola de Pós-Graduação Carlos Chagas. Membro Titular da Academia Nacional de Medicina. 238. Francis Peabody (1881-1927). Médico. Professor-Associado da Faculdade de Medicina de Harvard, pesquisador e educador brilhante, morreu precocemente aos 46 anos de idade. Autor do célebre artigo The Care of the Patient (JAMA. 1927; 88(12):877-82). Um resumo de sua biografia pode ser encontrado no artigo: Francis Weld Peabody (Journal of Clinical Investigation. 1927; V 5[1]). 239. Ben-Hur Carvalhaes de Paiva (1924-2012). Cardiologista. Membro Emérito da Academia de Medicina de São Paulo. Ex-Professor do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (depois FOP/Unicamp), Ex-Chefe de enfermaria e Coordenador da Cardiologia da Santa Casa de Piracicaba. 240. Alfredo Castro Neves. Clínico Geral. Trabalhou na Santa Casa de Misericórdia em Piracicaba, SP. 241. Alfredo José de Castro Neves Filho. Cardiologista. Formado na Faculdade de Medicina de Sorocaba, SP, com especialização em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo). Atua como cardiologista na Santa Casa de Piracicaba e é sócio da clínica cardiológica EmCor – Emergências do Coração. Tem como subespecialização arritmologia/clínica de marca-passo. 242. Ivo Pitanguy. Ver p. 93.

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( D es ) E ncontro do M é dico com o P aciente

243. Antônio Paes de Carvalho. Médico. Professor Titular de Biofísica e Fisiologia do Instituto de Bio-

física Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisador em biofísica celular do coração. Membro da Academia Nacional de Medicina. 244. Leopoldo de Meis. Médico. Professor Titular de Bioquímica e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro da Academia Brasileira de Ciências. 245. Henrique Wolfang Besser. Cardiologista. Professor-Associado de Cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 246. Carlos Alberto Barros Franco. Pneumologista. Professor Adjunto de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Professor Titular de Pneumologia da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, Membro da Academia Nacional de Medicina. 247. Maria do Carmo Borges de Souza. Professora Adjunta do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 248. João Gaspar Correa Meyer Neto. Médico do Departamento de Clínica Médica do Hospital Federal de Ipanema, Rio de Janeiro. 249. Stanislau Kaplan (1999-2013). Médico. Foi Chefe da Clínica Médica do Hospital Federal de Ipanema (Rio de Janeiro) e Membro da Academia de Medicina do Rio de Janeiro. Autor do livro (em colaboração com o Dr. José Augusto Fernandes Quadra): Diagnóstico Diferencial em Medicina Interna: com Ênfase no Aspecto Etiológico (Rio de Janeiro: Atheneu; 1983). 250. Amarino Carvalho de Oliveira. Radiologista do Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, Ex-Diretor Médico do Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, Membro da Academia Nacional de Medicina. 251. Pedro Henrique de Paiva. Foi Professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dedica-se atualmente à clínica privada. 252. Alfred Blalock (1899-1964). Cirurgião norte-americano, pioneiro no tratamento da tetralogia de Fallot, com o auxílio de seu assistente não médico, Vivien Thomas, e da cardiologista infantil Helen Taussig. 253. Vivien Thomas (1910-1985). Assistente não médico do Dr. Alfred Blalock, famoso cirurgião norte-americano pioneiro no tratamento da tetralogia de Fallot. Em 1976, recebeu da Universidade John Hopkins o prêmio de Doutorado Honorário. Sua história é contada no filme Quase Deuses (2004), dirigido por Joseph Sargent. 254. Helen Brooke Taussig (1898-1986). Cardiologista norte-americana. Pioneira no campo da Cardiologia Pediátrica. Trabalhou com o Dr. Alfred Blalock e o Dr. Vivien Thomas. 255. Alfred Lemle. Pneumologista. Professor Titular de Tiseopneumologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 256. José Aloysio de Andrade (1913-1995). Médico. Ex-Professor Titular de Propedêutica da Faculdade de Medicina de Sergipe, da qual foi um dos fundadores. 257. Hélio Araújo Oliveira. Médico Neurologista. Professor Adjunto de Neurologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). 258. Renato De Muggiati (1932-1996). Neurocirurgião. Trabalhou no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. 259. Ismar Fernandes (1914-1988). Neurologista. Foi Chefe do Departamento de Eletroencefalografia e de Métodos Gráficos do Instituto de Neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e implantou a unidade de Eletrofisiologia Clínica no Hospital Universitário da UFRJ. 260. Hélio Bello. Neurologista. Eletroencefalografista da Clínica Dr. Eiras, Rio de Janeiro. 261. Javier Garcia Campayo. Psiquiatra, com Doutorado em Medicina pela Universidad de Zaragoza (1993). Pesquisador na área de Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde. Autor, entre outros, dos livros: Usted No Tiene Nada: La Somatización (Santa Cruz de Tenerife, Espanha: Oceano, 2001); Psiquiatria Y Psicologia Diferencial de la Mujer (Barcelona: EdikaMed, 2008). 262. Therezinha Lucy Monteiro Penna. Médica. Foi Professora Convidada do Curso de Pós-Graduação em Psicologia Médica na Faculdade de Ciências Médicas da UERJ, no Curso de Pós-Graduação em Medicina Psicossomática e Psicologia Médica da Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, e na Escola de Medicina da Universidade de Columbia, New York. 263. Raffaelle Giovanni Giacomo Infante (1951-1998). Psiquiatra. Ex-Professor Adjunto na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ex-Diretor do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (gestão de 1986 a 1994). Dedicou-se à área de Psiquiatria Social. Idealizador do Grupo Teatral Andarilhos Mágicos, quando introduziu o Psicodrama como forma de tratamento. Autor do livro: Ecologia da Saúde Mental (Editora UFRJ, em parceria com o Istituto Italiano di Cultura, 1989).

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264. Jane Russo. Psicóloga. Professora-Associada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

do Instituto de Medicina Social, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Algumas de suas publicações: A Construção Social do Corpo: Desnaturalização de um Pressuposto Médico (In: Pitanguy, Jaqueline [Org.]; Saber Médico, Corpo e Sociedade. 1.ed. Rio de Janeiro: CEPIA, 1998, v. 1, p. 51-60); Do Desvio ao Transtorno: a Medicalização da Sexualidade na Nosografia Psiquiátrica Contemporânea (In: Adriana Piscitelli; Maria Filomena Gregori; Sergio Carrara [Orgs.]. Sexualidade e Saberes: Convenções e Fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. p. 95-114). 265. Benilton Carlos Bezerra Júnior. Psiquiatra e Psicanalista. Graduado em Direito e em Medicina, fez Mestrado em Medicina Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor Adjunto no Instituto de Medicina Social da UERJ. Alguns de seus livros: Winnicott e Seus Interlocutores (co-organizador, com Francisco Ortega. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2007); Pragmatismos, Pragmáticas e Produção de Subjetividades (com Arthur Arruda e Sílvia Tedesco. Rio de Janeiro: Garamond, 2008). 266. Jurandir Sebastião Freire Costa. Psiquiatra e Psicanalista. Professor Titular do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Publicou, entre outros, os livros: Ordem Médica e Norma Familiar (Rio de Janeiro: Graal, 2004); História da Psiquiatria no Brasil (Rio de Janeiro: Garamond, 2011); O Ponto de Vista do Outro (Garamond, 2010). 267. Claude Lévi-Strauss (1908-2009). Antropólogo e Filósofo francês. Professor Honorário do Collège de France, onde foi responsável pela cátedra de Antropologia Social entre 1959 e 1982. Autor de livros como: Antropologia Estrutural (São Paulo: Cosac Naify, 2012); Tristes Trópicos (São Paulo: Companhia das Letras, 2012); As Estruturas Elementares do Parentesco (Petrópolis: Vozes, 2012). 268. Walderedo Ismael de Oliveira (1917-2005). Psiquiatra e Psicanalista. Professor Adjunto no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um dos fundadores e ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Membro do Conselho Permanente de Consulta, que assessorou os tradutores da primeira edição das Obras Completas de Freud para o português (Rio de Janeiro: Imago, 1977). 269. Preci Haydée Grohmann. Médica clínica especializada em Imunologia. Foi instrutora de Semiologia na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 270. George Groddeck (1866-1934). Médico alemão. É considerado um dos precursores da Medicina Psicossomática. Chegou a corresponder-se com Freud. Alguns de seus livros: O Livro Disso (São Paulo: Perspectiva, 2012); Estudos Psicanalíticos sobre Psicossomática (Perspectiva, 2011). 271. Wilhelm Meyer Gross (1889-1961). Psiquiatra alemão que exerceu grande influência sobre a Psiquiatria europeia e britânica. Autor de diversos trabalhos, entre eles o livro Psiquiatria Clínica (em colaboração com Slater e Roth; São Paulo: Mestre Jou, 1976). 272. Kenneth Charles Calman. Médico-Cirurgião. Reitor da Universidade de Glasgow. Especialista em Oncologia, ocupou diversos cargos públicos e acadêmicos. Alguns de seus livros: The Potential for Health. How to Improve the Nation’s Health (Oxford University Press, 1998); Ethical Issues in Public Health (Leeds: University of Leeds, 1993); Medical Education: Past, Present and Future: Handing on Learning (Edinburgh: Churchill Livingstone/Elsevier, 2007); Manual of Clinical Oncology (em colaboração com Charles D. Sherman e Sándor Eckhardt; Geneva: Springer-Verlag, 1987). 273. Antônio Celso Calçado (1952-2009). Pediatra. Professor de Pediatria do Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ex-chefe do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do IPPMG-UFRJ. 274. Bruno Alípio Lobo (1913-1995). Médico. Professor Titular de Histologia da Faculdade de Medicina, Decano do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de 1975 a 1981. Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina. Autor dos livros Embriologia Humana (em coautoria com George Doyle Maia, Gerson Cotta e Eliasz Engelhardt. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1973) e A Faculdade dos Meus Dias (Rio de Janeiro: Access, 1994). 275. George Doyle Maia. Médico. Professor Livre-Docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina. Ex-Vice-Reitor da UFRJ. Autor de Biografia de uma Faculdade: História e Estórias da Faculdade de Medicina da Praia Vermelha (Editora UFRJ, 1995); A Nacional de Medicina, 200 Anos: do Morro do Castelo à Ilha do Fundão (Rio de Janeiro: Atheneu, 2008) e Embriologia Humana (Atheneu, 2001).

C o p y r i g h t ©2 0 1 4E d i t o r aR u b i oL t d a . T o s t e s . ( De s ) E n c o n t r od omé d i c oc o mop a c i e n t e : oq u ep e n s a mo smé d i c o s ?Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

Í n d i ce O n om á st i co


( D es ) E ncontro do M é dico com o P aciente

276. Maria de Lourdes O’Donnell (1921-2008). Médica e Psicanalista. Participava das reuniões de discus-

são de casos clínicos no Serviço do Prof. Clementino Fraga Filho na Santa Casa da Misericórdia, coordenadas pelo Prof. Danilo Perestrello. 277. Adrelírio José Rios Gonçalves (1934-2000). Infectologista. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Gama Filho. Médico do Hospital dos Servidores do Estado e do Instituto de Infectologia São Sebastião, ambos no Rio de Janeiro. 278. Adilson Sarmet Moreira. Médico. Professor de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), RJ. 279. Ivo de Souza Marques (1928-1992). Clínico Geral. Trabalhou em Mirador, cidade situada no Noroeste do Paraná, na década de 1950. Posteriormente estabeleceu-se no município de Duque de Caxias-RJ.

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Organizador (Des)Encontro do Médico com o Paciente: O Que Pensam os Médicos? é um livro sobre a relação entre o médico e o paciente (RMP), que tem como base entrevistas com profissionais de diversas especialidades. A obra tem como público-alvo estudantes de Medicina, médicos e demais envolvidos na área da saúde. Também pode despertar o interesse do público leigo, pois a RMP diz respeito a todas as pessoas. Eventualmente, todos somos pacientes, e, sem exceção, queremos ser bem atendidos pelos médicos, estabelecendo uma boa relação para ambos. O cerne da prática do médico é a sua relação com o paciente. Entrar em contato com o que pensam sobre o assunto professores das principais instituições de ensino do país e de diferentes especialidades é muito estimulante. Além disso, trata-se de uma oportunidade de se aprofundar a reflexão entre o médico e o paciente. Foram entrevistados 47 experientes profissionais de várias áreas. A riqueza das entrevistas, sua diversidade, a profundidade das reflexões e a excelência técnica e cultural dos entrevistados tornam este livro muito agradável e interessante.

Maurício de Assis Tostes É psiquiatra. Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1983, concluiu a Residência em Psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ) em 1986. Possui os títulos de Mestre (1991) e Doutor (1998) pelo Programa de Psiquiatria e Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. É Médico do IPUB desde 1986, com lotação no Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ. Sua atuação profissional foi, desde o início, no Hospital Universitário da UFRJ, em Interconsulta Psiquiátrica e como preceptor da Residência em Psiquiatria. As áreas em que mais atua como interconsultor são as de Doenças Infecciosas e Parasitárias (infecção pelo HIV/AIDS) e Hepatologia. É professor da Disciplina Psicologia Médica na Faculdade de Medicina da UFRJ.

Como os médicos entrevistados refletem sobre a RMP? Quais são os principais problemas que eles identificam? Quais demandas relacionadas com essa área? Quais as propostas para a formação do estudante de Medicina? A obra contribui para estimular tais questões sobre o assunto, possibilitando ao leitor ter acesso ao pensamento de alguns dos médicos mais experientes do Brasil.

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