Alberto K. Arbex
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ORGANIZADOR
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C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o . A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a Medicina uma ciência em permanente evolução, recomendamos aos nossos leitores recorrer à bula dos medicamentos e a outras fontes fidedignas – inclusive documentos oficiais –, bem como avaliar cuidadosamente as recomendações contidas neste livro em relação às condições clínicas de cada paciente.
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Alberto K. Arbex Médico Endocrinologista. Professor Coordenador da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed) – Belo Horizonte, MG. Professor Convidado da Harvard T.H. Chan School of Public Health da Universidade de Harvard, Boston – EUA. Doutorando pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), RJ. Mestre em Clínica Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Médico Convidado Malteser Hospital Franziskus Krankenhaus, Flensburg, Alemanha. Revisoras Técnicas Larissa Bianca Paiva Cunha de Sá Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed), SP. Preceptora da Residência Médica de Endocrinologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE). Mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mirella Hansen de Almeida Preceptora da Residência Médica de Endocrinologia do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), RJ. Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médio (Ipemed), RJ. Membro da Sociedade Americana de Endocrinologia, EUA.
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ORGANIZADOR
Médica Visitante do Joslin Diabetes Center da Harvard Medical School de Boston, EUA. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Embriologia (Sbem). Mestre em Diabetes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Endocrinologista pela UFRJ.
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia Copyright © 2018 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-8411-060-5
Produção e Capa Equipe Rubio Editoração Eletrônica Elza Maria da Silveira Ramos
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ A694e Arbex, Alberto Krayyem Endocrinologia clínica no dia a dia / Alberto Krayyem Arbex. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2017. 408 p.: il.; 17cm. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8411-060-5 1. Endocrinologia. 2. Sistema endócrino I. Título. 17-44746
CDD: 616. CDU: 616.4
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora.
Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil
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ALESSANDRA PERES DE MELO Endocrinologista do Hospital Beneficente Português e do Hospital Santa Júlia – Manaus, AM. Preceptora da Residência de Clínica Médica, módulo de Endocrinologia, da Fundação Hospital Adriano Jorge de Manaus, AM. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM).
ALINE MARCADENTI Professora Adjunta do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia, do Instituto de Cardiologia da Fundação Universitária de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC-FUC). Doutora em Ciências Cardiovasculares e Mestre em Ciências Médicas (Cardiologia) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Nutricionista pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), RS.
CARLOS ROBERTO MORAES DE ANDRADE JUNIOR Residência médica em Endocrinologia e Metabolismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Título de especialista em endocrinologia. Médico da Universidade Federal Fluminense (UFF).
DANIEL BARRETO KENDLER Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Residência médica pela UFRJ. Médico Endocrinologista do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), RJ. Professor da Universidade Estácio de Sá (Unesa).
DANIELA DE MAIA FERNANDES Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed). Mestranda em Endocrinologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Endocrinologista pelo Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), RJ.
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Colaboradores
DEBORA NAZATO Professora do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed), SP. Pós-graduanda da unidade de Neuroendocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Médica especialista em Endocrinologia e Metabologia.
DENISE ROSSO T. W. ROCHA Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed Rio de Janeiro). Mestre em Clinica Médica (Nutrologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
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DIANA ARISTOTELIS ROCHA DE SÁ Chefe da Unidade de Clínica Médica do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) – Brasília, DF. Secretaria de Saúde do DF. Professora no Instituto de Pesquisa e Ensino Médico da Pós graduação em Endocrinologia e Metabologia, em Brasília-DF. Residência médica em Clínica Médica, pelo Hospital das Forças Armadas (HFA – Brasília, DF). Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
ELAINE MARIA DOS SANTOS GOMES Mestrado em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
EVERLAYNY FIOROT COSTALONGA Professora Adjunta de Endocrinologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade de Vila Velha (UVV), ES. Doutora em Endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Certificado de Atuação em Endocrinologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia/ Sociedade Brasileira de Pediatria (Sbem/SBP).
FLÁVIA REGINA PINHO BARBOSA Graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, (UFRJ). Residência em Clínica Médica pela UFRJ. Endocrinologia pelo Instituto Estadual de endocrinologia e diabetes (Iede). Mestrado em Neuroendocrinologia pela UFRJ. Doutorado em Neuroendocrinologia pela UFRJ. Preceptora da Residência Médica em Endocrinologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
FERNANDO VALENTE Professor Afiliado de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), SP. Editor-chefe dos Podcasts da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
GIOVANNA APARECIDA BALARINI LIMA Graduada em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Residência médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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Residência Médica na UFRJ.
Mestrado em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ. Doutorado em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ. Professora adjunta de Endocrinologia da Universidade Federal Fluminense (UFF).
HAMILTON JUNQUEIRA JÚNIOR Médico-assistente da Clínica de Endocrinologia e Metabologia do Hospital Universitário São José de Belo Horizonte, MG. Membro-titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Membro da Sociedade Latino-americana de Tireoide (LATS).
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JANICE SEPÚLVEDA REIS Coordenadora do Mestrado Profissional em Educação em Diabetes pelo Instituto de Especialidades Pediátricas (IEP) da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, MG. Coordenadora do Ambulatório de Diabetes Tipo 1 da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, MG. Doutora em Clínica Médica pelo Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, MG. Endocrinologista pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), MG.
LARISSA BIANCA PAIVA CUNHA DE SÁ Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed), SP. Preceptora da Residência Médica de Endocrinologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE). Mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
LARISSA SIMÕES NAZARENO Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed Brasília). Especialista em Clínica Médica. Residência em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG). Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Residência em Endocrinologia na Universidade de Brasília (UnB), DF.
LUCIANA VALADARES FERREIRA Preceptora do Ambulatório da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed), BH. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Residência Médica em Endocrinologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, (HSPM).
MÁRCIA HELENA SOARES COSTA Professora Adjunta da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Médica do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), RJ. Médica do Grupo Fleury Medicina Diagnóstica, RJ.
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JULIO CESAR SALLES Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), RS. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Pós-graduação lato sensu e especialização em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina de Valença – Fundação Educacional D. Andre Arcoverde (FMVFAA). Membro titular da SBEM.
MARIA DEOLINDA FIGUEIREDO NEVES Mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
MICHELE DREHMER Professora Adjunta nível III do Departamento de Nutrição e do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-doutora em Epidemiologia Nutricional pela School of Public Health, Division of Epidemiology & Community Health, da Universidade de Minnesota, EUA. Doutora em Epidemiologia pela UFRGS. Nutricionista pela UFRGS.
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MICHELLE ELKA GROSSMAN BRODSKYN Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Pós-graduanda de Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Endocrinologista.
PEDRO WESLLEY ROSÁRIO Professor Permanente do Curso de Pós-graduação stricto sensu da Santa Casa de Belo Horizonte, MG. Doutor em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, MG.
RAFAEL MACHADO MANTOVANI Especialista em Pediatria, com atuação em Endocrinologia Pediátrica em Minas Gerais. Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Endocrinologista Pediátrico do Hospital das Clínicas da UFMG.
RAMIRO BARCOS NUNES Doutor e Mestre em Ciências da Saúde Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ. Educador Físico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
RENATA MAKSOUD BUSSUAN Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médico (Ipemed). Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
RODRIGO MENDES DE CARVALHO Especialista em Pediatria pelo Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), RJ. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pelo Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede), RJ.
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MIRELLA HANSEN DE ALMEIDA Preceptora da Residência Médica de Endocrinologia do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), RJ. Professora da Pós-graduação lato sensu em Endocrinologia do Instituto de Pesquisa e Ensino Médio (Ipemed), RJ. Membro da Sociedade Americana de Endocrinologia, EUA. Médica Visitante do Joslin Diabetes Center da Harvard Medical School de Boston, EUA. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Embriologia (Sbem). Mestre em Diabetes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Endocrinologista pela UFRJ.
VAGNER ROSA BIZARRO Membro Associado da Sociedade Americana de Endocrinologia, EUA. Membro Internacional da Sociedade Americana de Endocrinologistas Clínicos, EUA. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
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Esta obra é dedicada a todos os que compreendem a necessidade de atualização em sua área de trabalho. Não há profissional pronto e completo. A excelência é um caminho; não um ponto de chegada. A cada aluno e aluna, a cada colega que traz uma nova pergunta: este livro é para ser utilizado no dia a dia de quem lida com a Endocrinologia Clínica, ramo complexo e dinâmico. O conhecimento não pertence a ninguém. Ele só tem valor quando é dividido e repassado.
O Organizador
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Dedicatória
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Aos colegas médicos que acreditaram neste projeto e no ensino médico de qualidade, focado no aprendizado clínico. Aos meus familiares, que compreendem a necessidade de dedicação ampla ao estudo da Medicina. A todos os que nos apoiaram neste projeto de ensino e de crescimento profissional. Sigamos buscando a excelência profissional.
O Organizador
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Agradecimentos
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Este trabalho nasceu de uma demanda crescente dos alunos e colegas da Endocrinologia por atualização clínica. “Queremos um guia prático, professor!” – é o que sempre ouvimos nas salas de aula e nos ambulatórios de atendimento clínico. O formato deste livro é para a aplicação no dia a dia. É adequado para o aprendizado e funciona muito bem para quem necessita de um suporte rápido e preciso na tomada de decisão clínica em qualquer canto do país. O objetivo é ser um manual de consultas rápidas para dúvidas clínicas, nossas companheiras da rotina de atendimento. “Qual exame pedir agora?”, “Como examinar?”, “Quais são as condutas terapêuticas disponíveis?”. Esta primeira edição, de 2017, está atualizada com as novidades médicas, mediante uma revisão dinâmica e competente. O prefácio foi escrito pelo mundialmente reconhecido professor de Medicina da Harvard Medical School, Doutor James Hennessey, nosso querido amigo e colega endocrinologista, que avaliza este projeto. Tal suporte dá pertinência ao trabalho realizado. Que esta obra seja uma fonte prática de consultas às suas dúvidas diárias! Bons estudos e boa prática clínica! O Organizador
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Apresentação
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Sinto-me honrado por escrever o prefácio deste este livro, intitulado Endocrinologia Clínica no Dia a Dia. Este trabalho é bastante abrangente e cobre temas como diabetes tipo 1 e 2 melito, dislipidemia, tratamento da obesidade, doenças da tireoide (hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos e câncer) e disfunções das adrenais, além de temas de endocrinologia masculina e feminina. Além disso, há informações sobre a avaliação e o tratamento de neuroendocrinologia, doenças ósseas, pediatria e endocrinologia gestacional. São descritas as abordagens das emergências endócrinas, bem como esclarecimentos amplos sobre as provas funcionais de todo o sistema endócrino. Este manual tem um conteúdo relevante para o clínico que atua atendendo a casos de Endocrinologia, uma vez que utiliza as melhores diretrizes baseadas em evidências, advindas de sociedades de Endocrinologia mundialmente reconhecidas, a conduta de professores que são as referências em ensino e práticas clínicas na Endocrinologia, para construir um conteúdo adequado de orientações. Estou especialmente entusiasmado com este trabalho, pela Coordenação a cargo do meu colega Alberto K. Arbex, com quem trabalhei em vários projetos de educação médica ao longo dos últimos anos aqui na Harvard Medical School (Faculdade de Medicina de Harvard). O professor Arbex tem defendido os melhores programas educacionais em Endocrinologia para os médicos brasileiros, moldando o currículo e garantindo pessoalmente a qualidade dessas excelentes experiências. Reconheço o zelo com que ele exerce sua missão de trazer as mais recentes informações e condutas sobre todos os temas da Endocrinologia para a comunidade médica brasileira. Sua dedicação em elaborar este livro para todos vocês é admirável, e certamente irá resultar em um recurso valioso para todos os seus leitores. Parabéns, Alberto, tal esforço trará grandes resultados na elevação dos níveis de atendimento clínico disponível para os pacientes brasileiros.
James V. Hennessey, M. D. Director, Clinical Endocrinology
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Prefácio
Division of Endocrinology Beth Israel Deaconess Medical Center Associate Professor of Medicine Harvard Medical School
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I am honored to write the forward to this book entitled Clinical Endocrinology on the daily practice. This work will be very comprehensive and will cover topics such as Type 1 and 2 diabetes mellitus, dyslipidemia, obesity treatment, thyroid diseases (hypothyroidism, hyperthyroidism, nodules and cancer), adrenal problems, woman’s and men’s endocrinology issues. In addition, there will be information about the evaluation and treatment of neuroendocrinology, bone diseases, pediatric and gestational endocrinology. There is coverage of endocrine emergencies and a comprehensive approach to functional testing of the endocrine system. This handbook will be a great value to the practicing clinician as it is committed to using the best evidence-based guidelines from internationally recognized organizations, well recognized as leaders in endocrinology thought and education, to build a vetted set of clinical practice guidance. I am especially enthusiastic about this work as it is being overseen by my colleague Alberto Arbex with whom I have worked on several medical education projects over the past few years here at Harvard Medical School. Dr. Arbex has advocated for the very best endocrine educational programs for Brazilian physicians, shaping the curriculum and assuring the quality of these experiences personally. I have recognized the zeal with which he pursues his mission to bring the latest information and thought on all topics endocrine to the Brazilian physician community. His efforts in assembling this book for all of you is admirable and will surely result in a valuable resource to all of its readers. Congratulations Alberto, this effort should go a long way to enhancing the clinical care available to Brazilian patients. James V. Hennessey, M. D. Director, Clinical Endocrinology Division of Endocrinology Beth Israel Deaconess Medical Center Associate Professor of Medicine Harvard Medical School
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Preface
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1,25(OH)2D
1,25-di-hidroxi-vitamina D
AGS
ácidos graxos saturados
7-DHC
7-desidrocolesterol
AGT
ácidos graxos trans
17-OHP
17-hidroxiprogesterona
AHA
American Heart Association
25(OH) D
25-OH-vitamina D
AI
angina instável
131
iodo 131
AIDS
AACE
American Association of Clinical Endocrinologists
acquired immunodeficiency syndrome − síndrome da imunodeficiência adquirida
ALD
adrenoleucodistrofias
AAS
ácido acetilsalicílico
ALS
ACC
American College of Cardiology
acid-labile subunit − subunidade acidolábil
ACCM
atraso constitucional do crescimento e da maturação
Anti-tG
antitireoglobulina
Anvisa
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes
AP
aldosterona plasmática
APR
atividade plasmática de renina
atraso constitucional do crescimento e puberdade
ARV
antirretroviral
AS
aldosterona sintase; análogos da somatostatina
I
ACCORD ACCP ACNF
adenoma clinicamente não funcionante
ACO
anticoncepcionais orais
AVE
acidente vascular encefálico
ACOG
American College of Obstetricians and Gynecologists
BEF
baixa estatura familiar
ACTH
adrenocorticotropic hormone – hormônio adrenocorticotrófico
BID
duas vezes ao dia
BIG
balão intragástrico
BIPSS
bilateral inferior petrosal sinus sampling – amostragem bilateral do seio petroso inferior
BMNT
bócio multinodular tóxico
BP
Bayley-Pinneau (método)
antidepressivos tricíclicos
BRA
bloqueador do receptor da angiotensina
atividade física
BRC
bromocriptina
antral follicle count – contagem de ovário folículo antral
CA
circunferência abdominal; carcinoma
CAB
cabergolina
AFP
altura final prevista
CAD
cetoacidose diabética
AG
ácidos graxos
CBG
AGE
advanced glycation end-products − produtos finais de glicação avançada
cortisol binding globulin – globulina transportadora do cortisol
CDC
Centers for Disease Control and Prevention
AGI
ácidos graxos insaturados
CHD
coronary heart disease – doença coronariana
AGL
ácidos graxos livres
aGLP-1
agonista do peptídio semelhante a glucagon 1
CHO
carboidrato
CIUR
crescimento intrauterino restrito
AGMI
ácidos graxos monoinsaturados
Cl–
cloro
aGNRH
análogos de hormônio liberador de gonadotrofinas
CMT
carcinoma medular de tireoide
CMV
citomegalovírus
AD
agonistas dopaminérgicos
ADA
American Diabetes Association; American Dietetic Association
ADH
antidiuretic hormone – hormônio antidiurético
ADT AF AFC
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Lista de Abreviaturas
18-10-2017 15:17:44
dual X-ray absorptiometry – absormetria por dupla energia de raios X
EBDG
Estudo Brasileiro do Diabetes Gestacional
EC
estrogênio conjugado
ECA
enzima conversora de angiotensina
ECG
eletrocardiograma
comprimento peniano à máxima tração
EDIC
CSII
continuous subcutaneous insulin infusion – bomba de infusão contínua de insulina
Epidemiology of Diabetes Interventions and Complications
EGIR
CT
colesterol total
European Group for Study of Insulin Resistence
CV
cardiovascular; campimetria visual
D2R
dopamine D2 receptor − receptor D2 de dopamina
D21OH
deficiência de 21-hidroxilase
DAC DAEM
catecolamina plasmática
cp
comprimido
CPK
creatinofosfoquinase
Cr
creatinina
CRH
corticotropin-releasing factor – hormônio liberador de corticotrofina
CRTmáx
EHH
estado hiperglicêmico hiperosmolar
EN
estado nutricional
EPT
estrogen-progestin therapy – terapia terapia estrogênica combinada com progestágeno
doença arterial coronariana
ET
estrogen therapy – terapia estrogênica
distúrbio androgênico do envelhecimento masculino
EV
endovenoso
EVA
escala visual analógica
EVC
eventos cardiovasculares
F
fecromocitomas
FA
fosfatase alcalina
FAO
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
FC
frequência cardíaca
FCmáx
frequência cardíaca máxima
DASH
Dietary Approaches to Stop Hypertension
DAT
doença autoimune da tireoide
DBP
vitamin D binding protein − proteína ligadora de vitamina D
DCCT
Diabetes Control and Complications Trial
DCV
doença cardiovascular
DDAVP
1-deamino-8-D-arginina vasopressina
DDS
distúrbios do desenvolvimento sexual
DEQAS
International Vitamin D External Quality Assessment Scheme
DGH
deficiência de hormônio de crescimento
FE
fração de ejeção
DGYR
derivação (by-pass) em Y de Roux
FePG
feocromocitomas e paragangliomas
DHA
docosahexaenoic acid – ácido docosa-hexaenoico
FGFR3
DHL
desidrogenase láctica
fibroblast growth facter receptor-3 − fator de crescimento fibroblástico do receptor 3
DHT
deidroepiandrosterona
FGV 23
fibroblast growth factor 23 − fator de crescimento fibroblástico 23
DI
diabetes insípido
FOP
falência ovariana primária
DICC
diabetes insípido central completo
FR
frequência respiratória
DICP
diabetes insípido central parcial
FRAX
DINC
diabetes insípido nefrogênico completo
DINP
diabetes insípido nefrogênico parcial
fracture risk assessment model – estimativa do risco de fratura osteoporótica
DIU
dispositivo intrauterino
FS
fator de sensibilidade
DM
diabetes melito
FSH
follicle-stimulating hormone − hormônio foliculoestimulante
DM1
diabetes melito tipo 1
GAD
DM2
diabetes melito tipo 2
glutamic acid decarboxilase – decarboxilase do ácido glutâmico
DMG
diabetes melito gestacional
Gama-GT
gamaglutamiltransferase
DMO
densidade mineral óssea
GE
gasto energético
DNA
deoxyribonucleic acid – ácido desoxirribonucleico
GH
growth hormone – hormônio do crescimento
DOCA
11-deoxicorticosterona
GHRH
DP
desvio padrão
DPP-4
dipeptidil peptidase-4
growth hormone releasing hormone – hormônio liberador do hormônio do crescimento
DRC
doença renal crônica
GJ
glicemia de jejum
DRCT
doença renal crônica terminal
GJA
glicemia de jejum alterada
DRD
doença renal diabética
GLP1
glucagon-like peptide-1 − peptídio semelhante a glucagon 1
156 – Endocrinologia no Dia a Dia - Caderno 00 - 16x23.indd 20
FDA
Food and Drug Administration (EUA)
FDG
fluordeoxiglicose
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DXA
CP
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hormônio liberador de gonadotrofinas
IMAO
inibidores da monoamina oxidase
HAC
hiperplasia adrenal congênita
IMC
índice de massa corporal
HAI
hiperaldosteronismo idiopático
IO
idade óssea
HAM
hormônio antimülleriano
IOF
International Osteoporosis Foundation
HAP
hiperaldosteronismo primário
IOM
Institute of Medicine
HAPO
Hyperglycemiaand Adverse Pregnancy Outcomes
IP
inibidores de protease
IRC
insuficiência renal crônica
HAS
hipertensão arterial sistêmica
iSGLT-2
HbA1c
hemoglobina glicada
cotransportador renal de sódio-glicose tipo 2
HCG
human chorionic gonadotropin – gonadotrofina coriônica humana
ISRS
inibidores seletivos de recaptação da serotonina
HCO3–
bicarbonato
ISRSN
HDL
high density lipoprotein – lipoproteína de alta densidade
inibidores seletivos de recaptação da serotonina e da noradrenalina
ITRNN
HHG
eixo hipotálamo – hipófise – gônada
inibidores da transcriptase reversa não nucleotídeos
HIIT
high intensity interval training – treinamento intervalado de alta intensidade
ITT
insulin tolerance test – teste de tolerância à insulina
JNC
Joint National Committee
K+
potássio
LADA
latent autoimune diabetes of adults – diabetes autoimune latente em adultos
HIV
human immunodeficiency virus – vírus da imunodeficiência humana
HMG-CoA
3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA
HOMA-IR
homeostasis model assessment-insulin resistance
LC
liquid chromatography – cromatografia líquida
HPLC
high performance liquid chromatography – cromatografia líquida de alta performance
LDL
low density lipoprotein – lipoproteína de baixa densidade
HT
hormônios tireoidianos
LES
lúpus eritematoso sistêmico
HU
unidades Hounsfield
LH
hormônio luteinizante
IA
insuficiência adrenal
LN
linfonodos
anticorpos anti-insulina
LP-X
lipoproteína X
International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups
LT4
levotiroxina
LUTS
lower urinary tract symptoms – sintomas e obstrução do trato urinário inferior macroprolactinoma
IAA IADPSG IAM
infarto agudo do miocárdio
IAP
insuficiência adrenal primária
MAC
IAS
insuficiência adrenal secundária
MAO
monoamina oxidase
IBP
inibidor de bomba de prótons
MDP
metileno difosfonato
ICC
insuficiência cardíaca congestiva
MEV
ICMA
quimioluminescência
mudança (ou modificação) no estilo de vida
IDF
International Diabetes Federation
MIBG I123
cintilografia miocárdica com metaiodobenzilguanidina – iodo 123
IDL
intermediate-density lipoproteins – lipoproteínas de densidade intermédia
MIC
microprolactinoma
MMI
metimazol
MMII
membros inferiores
MODY
maturity-onset diabetes of the young – diabetes familiar com idade de diagnóstico precoce
MPA
medroxyprogesterone acetate – acetato de medroxiprogesterona
MS
mass spectrometry – espectometria de massa
MTF
metformina
Na+
sódio
iDPP-4
inibidor de dipeptidil peptidase-4
IECA
inibidor da enzima conversora de angiotensina
IFMA
ensaio imunofluorimétrico
IG
índice glicêmico
IgA
imunoglobulina A
IGF-1
insulin-like growth fator 1 – fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1
IGFBP
IGF binding proteins − proteínas transportadoras de IGF
IgG
imunoglobulina G
NaCl
cloreto de sódio
IL
interleucina
NC
não clássica
IM
intramuscular
NCEP
National Cholesterol Education Program
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GnRH
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PTH
parathyroid hormone – hormônio da paratireoide
ND
neuropatia diabética
PTT
NEM-1
neoplasia endócrina múltipla tipo 1
partial thromboplastin time – tempo de tromboplastina parcial
NEM-2
neoplasia endócrina múltipla tipo 2
PTU
propiltiouracila
NGSP
National Glycohemoglobin Standardization Program
QID
quatro vezes ao dia
QTC
NNH
numbers needed to harm – numero necessário de pacientes a serem tratados para causar um dano
quantitative computed tomography – tomografia computadorizada quantitativa
QV
qualidade de vida
NNT
numbers needed to treat – número necessário de pacientes a serem tratados para evitar um evento
RANK-L
receptor ativador do fator nuclear kappa B
RAR
relação aldosterona/atividade plasmática de renina
RCCP
retardo constitucional do crescimento e da puberdade
NPA
protamina neutra asparte
NPH
protamina neutra Hagedorn
NPL
protamina neutra lispro
RCIU
retardo do crescimento intrauterino
NYHA
New York Heart Association
RCQ
relação cintura/quadril
OH
hidroxila
RCV
risco cardiovascular
OMS
Organização Mundial da Saúde
REM
Qm
quilomícron
rapid eye movement – movimento rápido dos olhos
PA
pressão arterial
RH
restrição hídrica
PAD
pressão arterial diastólica
rhGH
recombinant human growth hormone – hormônio de crescimento humano recombinante
RHHT
resistência hipofisária aos hormônios tireoidianos
RI
resistência à insulina
RM
ressonância magnética
RN
recém-nascidos
RT
radioterapia
PAAF
punção aspirativa por agulha fina
PAS
pressão arterial sistólica
PC
peptídio de conexão
PCI
pesquisa de corpo inteiro
PC-R
proteína C-reativa
PEG
pegvisomanto
PET
positron emission tomography – tomografia por emissão de pósitrons
PET-FDG
tomografia por emissão de pósitrons com fluordeoxiglicose
PFH
plasma free hemoglobin – hemoglobina livre no plasma
PG
paraganglioma
pH
potencial hidrogeniônico
Sat O2
saturação arterial de oxigênio
SBD
Sociedade Brasileira de Diabetes
Sbem
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
SC
subcutâneo
SCC
side-chain cleavage enzyme – enzima de clivagem da cadeia lateral
PIG
pequeno para idade gestacional
SCPS
síndrome cerebral perdedora de sal
Pio
pioglitazona
SDHB
PP
polidipsia primária
succinate dehydrogenase, subunit B – sucinato desidrogenase subunidade B
PPAR-alfa
peroxisome proliferator-activated receptor alpha – receptores alfa ativados por proliferação de peroxissomas
SDHEA
sulfato de deidroepiandrosterona
SERM
PPC
puberdade precoce central
selective estrogen receptor modulator – modulador seletivo do receptor de estrogênio
PPDG
puberdade precoce dependente de gonadotrofinas
SF
soro fisiológico
SG
soro glicosado
PPIG
puberdade precoce independente de gonadotrofinas
SGLT-2
sodium-glucose cotransporter type 2 – cotransportador renal de sódio-glicose tipo 2
SHBG
sex hormone binding globulin – globulina transportadora de hormônio sexual
SIADH
secreção inapropriada do hormônio antidiurético
SNC
sistema nervoso central
SNG
sonda nasogástrica
PPP
puperdade precoce periférica
pQTC
tomografia computadorizada quantitativa periférica
PRL
prolactina
PS
perdedora de sal
PSA
prostate-specific antigen – antígeno prostático específico
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National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III
NCEP-ATP III:
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SOP
síndrome dos ovários policísticos
TOC
SSTR5
somatostatin receptor 5 – receptor subtipo 5 da somatostatina
TOTG
teste oral de tolerância à glicose
TPO
tireoperoxidase
TRAb
thyroid stimulating hormone receptor antibody – anticorpo antirreceptor do hormônio estimulador da tireoide
TRH
terapia de reposição hormonal
TSH
thyroid-stimulating hormone – hormônio estimulador da tireoide
síndrome de Turner
StAR
steroidogenic acute regulatory enzyme – proteína de regulação aguda da esteroidogênese
SU
sulfonilureias
T
testosterona
T3
tri-iodotironina
T4
tiroxina
T4L
tiroxina livre
TAP
TSHomas
tireotropinomas
TTG
teste de tolerância à glicose
tempo e atividade de protrombina
TVP
trombose venosa profunda
TARV
terapia antirretroviral
TXT
TB
tuberculose
total-body resistance exercise − exercício de resistência do corpo inteiro
TBG
tireoglobulina
TZD
tiazolidinedionas
TC
tomografia computadorizada
UI
unidade internacional
TCE
traumatismo craniencefálico
UKPDS
TDAH
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
United Kingdom Prospective Diabetes Study
US
ultrassonografia
TDG
tolerância diminuída à glicose
VDR
TEV
tromboembolismo venoso
vitamin D receptor – receptores da vitamina D
TFG
taxa de filtração glomerular
VET
valor energético total
TFGe
taxa de filtração glomerular estimada
VFA
TG
triglicerídios
vertebral fracture assessment – avaliação de fratura vertebral
Tg
tireoglobulina
VHS
velocidade de hemossedimentação
transaminase glutâmico oxalacética
VIP
vasoactive intestinal peptide – peptídio intestinal vasoativo
VLDL
very low density lipoproteins – lipoproteínas de muito baixa densidade
VO
via oral
VR
valor de referência
VS
virilizante simples
WHI
Women’s Health Initiative
TGO TGP
transaminase glutâmico pirúvica
TH
terapia hormonal
THM
terapia hormonal na menopausa
TID
três vezes ao dia
TMB
taxa de metabolismo basal
TNF
tumor necrosis factor – fator de necrose tumoral
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ST
transtorno obsessivo-compulsivo
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Parte I Simplificando o Diabetes 1 Classificação do Diabetes Melito..................................................................... 3 Classificação................................................................................................................ 3 Bibliografia.................................................................................................................. 4
2 Diabetes Melito – Diagnóstico........................................................................ 5 Diagnóstico.................................................................................................................. 5 Bibliografia.................................................................................................................. 5
3 Abordagem do Pré-diabetes........................................................................... 6 Introdução................................................................................................................... 6 Rastreamento.............................................................................................................. 6 Diagnóstico.................................................................................................................. 6 Tratamento.................................................................................................................. 7 Bibliografia.................................................................................................................. 9
4 Guia de Insulinização do Diabetes Melito Tipo 1........................................... 10 Introdução................................................................................................................. 10 Marcadores imunológicos do diabetes melito tipo 1................................................ 10 Diagnóstico clínico do diabetes melito tipo 1........................................................... 10 Tratamento do diabetes melito tipo 1....................................................................... 10 Perfil insulínico de 24h.............................................................................................. 11 Hipoglicemia............................................................................................................. 15 Outros tratamentos para diabetes melito tipo 1....................................................... 16 Bibliografia................................................................................................................ 17
5 Alterações Cardiovasculares no Diabetes Melito........................................... 18
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Sumário
Introdução................................................................................................................. 18 Fatores de risco e alvos terapêuticos........................................................................ 18 Rastreamento do paciente assintomático................................................................. 19 Bibliografia................................................................................................................ 22
6 Doença Renal Diabética................................................................................ 23 Introdução................................................................................................................. 23 Patogênese................................................................................................................ 24 Fatores de risco......................................................................................................... 24 Diagnóstico e rastreamento...................................................................................... 25
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Tratamento................................................................................................................ 26 Seguimento da doença renal diabética..................................................................... 30 Bibliografia................................................................................................................ 30 Introdução................................................................................................................. 32 Manifestações clínicas.............................................................................................. 32 Avaliação neurológica............................................................................................... 35 Diagnóstico diferencial.............................................................................................. 35 Tratamento................................................................................................................ 37 Bibiliografia............................................................................................................... 39
8 Cetoacidose Diabética................................................................................... 40 Introdução................................................................................................................. 40 Causas....................................................................................................................... 40 Fisiopatologia............................................................................................................ 41 Quadro clínico........................................................................................................... 41 Diagnóstico e classificação........................................................................................ 41 Tratamento................................................................................................................ 43 Estado hiperglicêmico hiperosmolar......................................................................... 47 Bibliografia................................................................................................................ 50
Parte II Tratamento do Diabetes Melito Tipo 2 9 Tratamento do Diabetes Melito Tipo 2.......................................................... 53 Introdução................................................................................................................. 53 Escolha do antidiabético........................................................................................... 58 Bibliografia................................................................................................................ 59
10 Exercícios Físicos na Prevenção e no Tratamento do Diabetes Melito............ 60 Introdução................................................................................................................. 60 Avaliação antes do início do programa de exercícios................................................ 60 Prescrição de exercícios e cuidados especiais com o paciente diabético................. 60 Elaboração de programas de treinamento físico para pacientes com diabetes melito..................................................................................................... 62 Bibliografia................................................................................................................ 62
Parte III Obesidade
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7 Neuropatia Diabética.................................................................................... 32
11 Obesidade.................................................................................................... 65 Introdução................................................................................................................. 65 Importância da circunferência abdominal................................................................ 65 Avaliação clínica do paciente com obesidade........................................................... 66 Bibiliografia............................................................................................................... 67
12 Tratamento Farmacológico da Obesidade..................................................... 68 Introdução................................................................................................................. 68 Medicamentos disponíveis para o tratamento da obesidade................................... 68
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Medicamentos recentemente aprovados para o tratamento da obesidade............ 73 Bibliografia................................................................................................................ 74
13 Tratamento Cirúrgico da Obesidade.............................................................. 75
14 Síndrome Metabólica.................................................................................... 81 Introdução................................................................................................................. 81 Critérios de diagnóstico............................................................................................ 82 Bibliografia................................................................................................................ 83
Parte IV Dislipidemia 15 Classificação das Dislipidemias...................................................................... 87 Conceito.................................................................................................................... 87 Apresentação laboratorial das dislipidemias............................................................ 87 Classificação.............................................................................................................. 87 Principais dados clínicos............................................................................................ 88 Fatores de risco para desenvolver doença cardíaca.................................................. 89 Terapêutica das dislipidemias................................................................................... 89 Bibliografia................................................................................................................ 91
16 Tratamento das Dislipidemias....................................................................... 92 Introdução................................................................................................................. 92 Recomendações dietéticas para as hipercolesterolemias......................................... 92 Tipos de fármacos..................................................................................................... 92 Quando instituir tratamento farmacológico............................................................. 94 Bibliografia................................................................................................................ 95
17 Dislipidemias e Vírus da Imunodeficiência Humana...................................... 96 Introdução................................................................................................................. 96 Terapia antirretroviral e dislipidemia........................................................................ 96 Tratamento da dislipidemia no paciente portador de HIV........................................ 97 Bibliografia................................................................................................................ 98
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Introdução................................................................................................................. 75 Cirurgias restritivas.................................................................................................... 75 Cirurgias mistas (restritivas e disabsortivas)............................................................. 76 Preparo pré-operatório............................................................................................. 77 Complicações............................................................................................................ 78 Bibliografia................................................................................................................ 80
Parte V Tireoide 18 Hipotireoidismo.......................................................................................... 101 Introdução............................................................................................................... 101 Quem deve ser investigado para hipotireoidismo primário.................................... 101 Diagnóstico de hipotireoidismo primário................................................................ 102 Critérios para diagnóstico de hipotireoidismo primário subclínico........................ 102 Etiologia do hipotireoidismo primário.................................................................... 103
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Quando tratar o hipotireoidismo primário............................................................. 103 Bibliografia.............................................................................................................. 104
19 Hipertireoidismo......................................................................................... 105
20 Tireoidites.................................................................................................. 110 Glândula tireoide: considerações gerais................................................................. 110 Tireoidites: considerações gerais............................................................................ 110 Tireoidite pós-parto................................................................................................ 112 Tireoidite silenciosa................................................................................................ 112 Tireoidite fibrosa (tireoidite de Riedel)................................................................... 112 Bibliografia.............................................................................................................. 114
21 Nódulo Tireoidiano..................................................................................... 115 Introdução............................................................................................................... 115 História clínica......................................................................................................... 115 Exames laboratoriais............................................................................................... 115 Condutas................................................................................................................. 115 Bibliografia.............................................................................................................. 117
22 Câncer Diferenciado de Tireoide................................................................. 118 Introdução............................................................................................................... 118 Diagnóstico.............................................................................................................. 118 Abordagem inicial................................................................................................... 118 Avaliação de controle.............................................................................................. 121 Abordagem de recorrência locorregional............................................................... 122 Abordagem de metástases a distância.................................................................... 122 Bibliografia.............................................................................................................. 122
Parte VI Doenças Ósseas 23 Diagnóstico de Osteopenia e Osteoporose e Medidas de Massa Óssea....... 125 Introdução............................................................................................................... 125 Diagnóstico da osteoporose.................................................................................... 125 Estimativa do risco de fratura osteoporótica (fracture risk assessment model – FRAX)..................................................................................................... 130 Bibliografia.............................................................................................................. 130
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Introdução............................................................................................................... 105 Etiologia.................................................................................................................. 105 Abordagem para diagnóstico diferencial................................................................ 106 Tratamento ............................................................................................................. 106 Hipertireoidismo subclínico.................................................................................... 108 Bibliografia.............................................................................................................. 109
24 Tratamento da Osteoporose....................................................................... 131 Introdução............................................................................................................... 131 Medidas não medicamentosas............................................................................... 131 Tratamento farmacológico...................................................................................... 131 Bibliografia.............................................................................................................. 136
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25 Indicações da Vitamina D............................................................................ 137 Introdução............................................................................................................... 137 Fisiologia da vitamina D.......................................................................................... 137 Definição de hipovitaminose D............................................................................... 138 Epidemiologia......................................................................................................... 139 Tratamento de hipovitaminose D............................................................................ 139 Ações extraesqueléticas da vitamina D................................................................... 141 Bibliografia.............................................................................................................. 141 Introdução............................................................................................................... 142 Quando suspeitar.................................................................................................... 142 Diagnóstico.............................................................................................................. 143 Tratamento.............................................................................................................. 143 Complicações.......................................................................................................... 144 Monitoramento de atividade da doença de Paget.................................................. 144 Bibliografia.............................................................................................................. 144
Parte VII Adrenais 27 Incidentalomas Adrenais............................................................................. 147 Introdução............................................................................................................... 147 Causas..................................................................................................................... 147 Avaliação................................................................................................................. 147 Indicações de cirugia............................................................................................... 148 Acompanhamento clínico....................................................................................... 149 Bibliografia.............................................................................................................. 149
28 Hiperaldosteronismo Primário.................................................................... 150 Introdução............................................................................................................... 150 Causas..................................................................................................................... 150 Diagnóstico.............................................................................................................. 150 Tratamento.............................................................................................................. 153 Bibliografia.............................................................................................................. 153
29 Feocromocitomas e Paragangliomas........................................................... 154 Introdução............................................................................................................... 154 Paroxismos ............................................................................................................. 154 Etiologia.................................................................................................................. 154 Diagnóstico.............................................................................................................. 154 Tratamento.............................................................................................................. 157 Bibliografia.............................................................................................................. 158
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
26 Doença de Paget Óssea............................................................................... 142
30 Síndrome de Cushing.................................................................................. 159 Introdução............................................................................................................... 159 Etiologia.................................................................................................................. 159 Diagnóstico.............................................................................................................. 160 Tratamento.............................................................................................................. 163 Bibliografia.............................................................................................................. 164
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31 Insuficiência Adrenal................................................................................... 165
Parte VIII Endocrinologia Masculina 32 Hipogonadismo Masculino.......................................................................... 177 Introdução............................................................................................................... 177 Classificação ........................................................................................................... 177 Causas..................................................................................................................... 178 Quadro clínico......................................................................................................... 179 Diagnóstico.............................................................................................................. 179 Tratamento ............................................................................................................. 180 Bibliografia.............................................................................................................. 181
33 Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino – DAEM ou
“Andropausa”......................................................................................... 182
Introdução............................................................................................................... 182 Aumento da prevalência de doenças crônicas........................................................ 182 Sinais e sintomas..................................................................................................... 183 Regulação: eixo hipotálamo-hipófise-gonadal ....................................................... 184 Biossíntese de testosterona ................................................................................... 184 Fatores de risco para disfunções gonadais e disfunção erétil................................. 184 Diagnóstico laboratorial.......................................................................................... 186 Tratamento.............................................................................................................. 186 Monitoração e acompanhamento.......................................................................... 189 Bibliografia.............................................................................................................. 189
Parte IX Endocrinologia Feminina 34 Amenorreia................................................................................................ 193 Introdução............................................................................................................... 193 Causas de amenorreia............................................................................................. 193 Diagnóstico.............................................................................................................. 194 Tratamento.............................................................................................................. 196 Considerações finais................................................................................................ 197 Bibliografia.............................................................................................................. 197
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Introdução............................................................................................................... 165 Classificação............................................................................................................ 165 Quadro clínico......................................................................................................... 167 Diagnóstico laboratorial.......................................................................................... 168 Exames de imagem................................................................................................. 171 Tratamento.............................................................................................................. 171 Bibliografia.............................................................................................................. 173
35 Síndrome dos Ovários Policísticos............................................................... 198 Introdução............................................................................................................... 198 Diagnóstico.............................................................................................................. 198 Diagnósticos diferenciais de aumento de produção androgênica.......................... 200
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Tratamento.............................................................................................................. 200 Bibliografia.............................................................................................................. 201
36 Hirsutismo.................................................................................................. 202 Introdução............................................................................................................... 202 Características clínicas............................................................................................. 202 Classificação............................................................................................................ 203 Tratamento ............................................................................................................. 203 Bibliografia.............................................................................................................. 205 Introdução............................................................................................................... 206 Manifestações clínicas............................................................................................ 206 Perimenopausa....................................................................................................... 207 Menopausa............................................................................................................. 207 Diagnóstico.............................................................................................................. 208 Consequências do hipoestrogenismo a longo prazo............................................... 209 Avaliação................................................................................................................. 209 Tratamento.............................................................................................................. 210 Tratamento alternativo para menopausa................................................................ 215 Considerações finais................................................................................................ 216 Bibliografia.............................................................................................................. 217
Parte X Endocrinologia Pediátrica 38 Baixa Estatura............................................................................................. 221 Introdução............................................................................................................... 221 Avaliação do crescimento somático........................................................................ 221 Variantes normais do crescimento.......................................................................... 229 Crescimento anormal.............................................................................................. 230 Diagnóstico.............................................................................................................. 237 Tratamento.............................................................................................................. 238 Bibliografia.............................................................................................................. 240
39 Puberdade Precoce..................................................................................... 242 Introdução............................................................................................................... 242 Conceitos fundamentais......................................................................................... 242 Puberdade precoce................................................................................................. 246 Tratamento.............................................................................................................. 255 Considerações finais................................................................................................ 257 Bibliografia.............................................................................................................. 258
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37 Menopausa................................................................................................ 206
40 Puberdade Atrasada................................................................................... 259 Introdução............................................................................................................... 259 Etiologia e classificação........................................................................................... 259 Avaliação clínica...................................................................................................... 261 Investigação laboratorial......................................................................................... 262 Exames de imagem................................................................................................. 262 Tratamento.............................................................................................................. 262 Bibliografia.............................................................................................................. 266
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Introdução............................................................................................................... 267 Mecanismos causadores de ginecomastia.............................................................. 267 Causas de ginecomastia fisiológica......................................................................... 267 Causas de ginecomastia patológica ........................................................................ 268 Ginecomastia secundária ao uso de medicamentos............................................... 269 Ginecomastia idiopática.......................................................................................... 270 Avaliação na anamnese........................................................................................... 270 Avaliação no exame clínico..................................................................................... 270 Investigação laboratorial......................................................................................... 271 Exames de imagem................................................................................................. 271 Outras investigações endocrinológicas e/ou exames de imagens.......................... 272 Diagnóstico diferencial............................................................................................ 272 Tratamento clínico .................................................................................................. 272 Tratamento cirurgico............................................................................................... 273 Bibliografia.............................................................................................................. 274
42 Hiperplasia Adrenal Congênita.................................................................... 275 Introdução............................................................................................................... 275 Definição................................................................................................................. 275 Classificação das HAC.............................................................................................. 275 Fisiopatologia da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH)......................... 275 Classificação clínica da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH)................. 276 Manifestações clínicas da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH)............ 278 Principais diagnósticos diferenciais da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH).............................................................................................................. 280 Diagnóstico de HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH)............................. 281 Tratamento da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH)............................. 283 Prevenção da crise adrenal..................................................................................... 285 Tratamento da crise adrenal................................................................................... 286 Tratamentos especiais............................................................................................. 286 Bibliografia.............................................................................................................. 287
43 Idade Óssea ............................................................................................... 288 Homens................................................................................................................... 288 Mulheres................................................................................................................. 291
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
41 Ginecomastia.............................................................................................. 267
Parte XI Neuroendocrinologia 44 Hiperprolactinemias e Prolactinomas.......................................................... 297 Introdução............................................................................................................... 297 Etiologia.................................................................................................................. 297 Quadro clínico......................................................................................................... 298 Diagnóstico ............................................................................................................. 299 Tratamento.............................................................................................................. 300
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Prolactinoma na gravidez........................................................................................ 303 Bibliografia.............................................................................................................. 304 Introdução............................................................................................................... 305 História natural....................................................................................................... 305 Etiologia.................................................................................................................. 306 Quadro clínico......................................................................................................... 306 Investigação............................................................................................................ 306 Tratamento e acompanhamento............................................................................. 308 Bibliografia.............................................................................................................. 309
46 Adenomas Hipofisários Clinicamente Não Funcionantes............................. 311 Introdução............................................................................................................... 311 Manifestações clínicas............................................................................................ 311 Diagnóstico.............................................................................................................. 312 Diagnóstico diferencial............................................................................................ 312 Tratamento.............................................................................................................. 313 Acompanhamento dos pacientes............................................................................ 316 Bibliografia.............................................................................................................. 316
47 Acromegalia................................................................................................ 317 Introdução............................................................................................................... 317 Manifestações clínicas............................................................................................ 317 Diagnóstico.............................................................................................................. 318 Tratamento.............................................................................................................. 318 Bibliografia.............................................................................................................. 322
48 Diabetes Insípido e Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético....... 324 Introdução............................................................................................................... 324 Diabetes insípido..................................................................................................... 324 Secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).................................... 327 Bibliografia.............................................................................................................. 331
49 Tireotropinoma.......................................................................................... 332 Introdução............................................................................................................... 332 Manifestações clínicas............................................................................................ 332 Diagnóstico.............................................................................................................. 332 Tratamento.............................................................................................................. 333 Bibliografia.............................................................................................................. 335
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45 Incidentalomas Hipofisários........................................................................ 305
50 Hipopituitarismo......................................................................................... 336 Introdução............................................................................................................... 336 Causas..................................................................................................................... 336 Manifestações clínicas............................................................................................ 336 Diagnóstico.............................................................................................................. 336 Tratamento.............................................................................................................. 337 Bibliografia.............................................................................................................. 340
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Parte XII Endocrinologia da Gestação 51 Abordagem Nutricional no Diabetes Melito Gestacional............................. 343 Introdução............................................................................................................... 343 Avaliação nutricional no diabetes gestacional........................................................ 343 Terapia nutricional do diabetes gestacional............................................................ 346 Bibliografia.............................................................................................................. 349 Introdução............................................................................................................... 351 Recomendações e contraindicações....................................................................... 351 Considerações finais................................................................................................ 352 Bibliografia.............................................................................................................. 352
53 Diabetes Melito Gestacional....................................................................... 353 Introdução............................................................................................................... 353 Riscos materno-fetais.............................................................................................. 353 Critérios diagnósticos.............................................................................................. 353 Alvos glicêmicos na gravidez................................................................................... 354 Tratamento medicamentoso................................................................................... 355 Bibliografia.............................................................................................................. 355
54 Alterações Tireoidianas na Gestação........................................................... 356 Introdução............................................................................................................... 356 Mudanças fisiológicas na função tireoidiana durante a gestação........................... 356 Hipertireoidismo e gestação................................................................................... 356 Hipotireoidismo e gestação..................................................................................... 358 Bibliografia.............................................................................................................. 361
Parte XIII Emergências Endócrinas 55 Hipoglicemia............................................................................................... 365 Introdução............................................................................................................... 365 Quadro clínico......................................................................................................... 365 Etiologia.................................................................................................................. 366 Tratamento.............................................................................................................. 369 Bibliografia.............................................................................................................. 371
56 Crise Tireotóxica......................................................................................... 372
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52 Exercícios Físicos na Gestação..................................................................... 351
Introdução............................................................................................................... 372 Causas..................................................................................................................... 372 Incidência................................................................................................................ 372 Quadro clínico......................................................................................................... 373 Diagnóstico.............................................................................................................. 375 Tratamento.............................................................................................................. 375 Evolução e prognóstico........................................................................................... 377 Bibliografia.............................................................................................................. 378
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57 Crise Adrenal..............................................................................................379
Parte XIV Provas Funcionais 58 Miscelânea de Provas Funcionais na Endocrinologia...................................389 Introdução............................................................................................................... 389 Testes para avaliação do hipocortisolismo.............................................................. 389 Testes para avaliação do hipercortisolismo............................................................. 390 Testes para avaliação da célula betapancreática..................................................... 392 Testes para avaliação da deficiência de hormônio do crescimento (GH) ............... 392 Bibliografia.............................................................................................................. 393
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Introdução e epidemiologia.................................................................................... 379 Quadro clínico......................................................................................................... 379 Fisiopatologia.......................................................................................................... 380 Diagnóstico.............................................................................................................. 381 Tratamento.............................................................................................................. 382 Prevenção da crise adrenal..................................................................................... 383 Bibliografia.............................................................................................................. 385
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Obesidade
Simplificando o Diabetes
Classificação do Diabetes Melito, 3 Diabetes Melito – Diagnóstico, 5 Abordagem do Pré-diabetes, 6 Guia de Insulinização do Diabetes Melito Tipo 1, 10 Alterações Cardiovasculares no Diabetes Melito, 18 Doença Renal Diabética, 23 Neuropatia Diabética, 32 Cetoacidose Diabética, 40
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PA R T E
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Classificação do Diabetes Melito
Classificação A classificação atual do diabetes melito (DM) baseia-se na etiologia e não no tipo de tratamento. Desse modo, não são mais utilizados os antigos termos “DM insulinodependente” e “DM não insulinodependente”, que são imprecisos e levam a confusão na terapêutica. Na Tabela 1.1, consta a classificação etiológica atual do DM. Tabela 1.1 Classificação etiológica do diabetes melito ■■ Diabetes melito tipo 1 (DM1) ■■ Diabetes melito tipo 2 (DM2) ■■ Diabetes autoimune latente em adultos (LADA) ■■ Diabetes melito gestacional (DMG) Outros tipos específicos de DM Defeitos genéticos na função das células beta
Induzido por medicamentos ou agentes químicos
■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■
■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■
MODY 1 (defeitos no gene HNF4A) MODY 2 (defeitos no gene GCK) MODY 3 (defeitos no gene HNF1A) MODY 4 (defeitos no gene IPF1) MODY 5 (defeitos no gene HNF1B) MODY 6 (defeitos no gene NEUROD1) Diabetes neonatal transitório Diabetes neonatal permanente DM mitocondrial Outros
Determinadas toxinas Pentamidina Ácido nicotínico Glicocorticoides Hormônio tireoidiano Diazóxido Agonistas beta-adrenérgicos Tiazídicos Interferon Outros
Doenças do pâncreas exócrino
Defeitos genéticos na ação da insulina
■■ Pancreatite
■■ Resistência à insulina do tipo A
■■ Pancreatectomia ou traumatismo
■■ Leprechaunismo
■■ Neoplasia
■■ Síndrome de Rabson-Mendenhall
■■ Fibrose cística
■■ DM lipoatrófico
■■ Pancreatopatia fibrocalculosa
■■ Outros
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Diana Aristotelis Rocha de Sá
■■ Outros Formas incomuns de DM autoimune
Infecções
■■ Síndrome de Stiff-Man
■■ Rubéola congênita
■■ Anticorpos antirreceptores de insulina
■■ Citomegalovírus
■■ Outros
■■ Outros (Continua)
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2
Diabetes Melito – Diagnóstico
Diagnóstico Observe na Tabela 2.1 os critérios atuais de diagnóstico do diabetes melito (DM). Tabela 2.1 Diagnóstico de diabetes melito Categoria
Glicemia de jejum1 (mg/dL)
Glicemia 2h após 75g de glicose (mg/dL)
Glicemia casual2 (mg/dL)
HbA1c4
Glicemia normal
<100
<140
–
–
Tolerância à glicose diminuída
>100 a <126
≥140 a <200
–
5,7% a 6,4%5
Diabetes melito
≥126
≥200
≥2003
≥6,5%
Jejum: falta de ingestão calórica por, no mínimo, 8h. 2 A qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo de jejum. 3 Associado a sintomas clássicos (poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicáveis). 4 Pelo método HLPC e pelo laboratório de certificação NGSP. 5 Alto risco para o desenvolvimento de diabetes. HbA1c: hemoglobina glicada. Fonte: Oliveira & Vencio, 2015. 1
O diagnóstico de DM deve ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios da doença.
Bibliografia Oliveira JEP, Vencio S. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2014-2015. São Paulo: AC Farmacêutica; 2015. p. 9-11.
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Vagner Rosa Bizarro
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Guia de Insulinização do Diabetes Melito Tipo 1
Introdução O diabetes melito tipo 1 (DM1) cursa com destruição maior que 80% das células betapancreáticas na ocasião de seu diagnóstico, necessitando de terapia com insulina. Atualmente, são 0,5 novos casos de DM1 diagnosticados a cada ano, para cada 100 mil habitantes. Aproximadamente, 80% a 90% dos casos são diagnosticados antes dos 10 anos de idade. A insulinização no DM1, conforme mostrado no estudo norte-americano Diabetes Control and Complications Trial (DCCT), tem melhor resposta no controle glicêmico e na prevenção de complicações micro- e macrovasculares quando feita de modo intensivo, no esquema basal-bolus (correção e refeição), devendo-se evitar a ocorrência de hipoglicemias.
Marcadores imunológicos do diabetes melito tipo 1 Os marcadores do DM1 (um ou mais anticorpos podem estar presentes na ocasião do diagnóstico) são: ■■ ICA512: anticorpos anti-ilhotas de Langerhans. ■■ Anti-GAD: anticorpos anti-GAD (descarboxilase do ácido glutâmico, GAD, em português). ■■ IAA: anticorpos anti-insulina. ■■ Anti IA2: antitirosina fosfatase. ■■ ZnT8: antitransportador de zinco.
Diagnóstico clínico do diabetes melito tipo 1 ■■ Poliúria. ■■ Polifagia e polidipsia.
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Denise Rosso T. W. Rocha | Diana Aristotelis Rocha de Sá
■■ Perda de peso, com ou sem associação de cetoacidose.
Tratamento do diabetes melito tipo 1 ■■ Insulinoterapia basal/bolus (correção + alimentação). ■■ Dieta. ■■ Atividade física aeróbica regular (150min/semana). ■■ Atividade autorizada somente se glicemia capilar >100 e <300mg/dL. ■■ Automonitoração domiciliar (no mínimo 6×/dia).
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Insulina
Tipo
Início de ação (h)
Pico (h)
Duração total (h)
NPH
Humana
2a4
4 a 12
12 a 24
Glargina
Análoga de longa duração
2a4
Sem pico
24
Detemir
Análoga de longa duração
1a2
1a2
20 a 24
Degludeca
Análoga de longa duração
2a4
Sem pico
24 a 48
NPH: protamina neutra Hagedorn.
Tabela 4.3 Mudança da reação de cobertura de acordo com o peso do paciente Peso corporal (kg)
1UI/carboidrato (g)
27
20
50
15
73
12
100
7
kg: quilos; g: gramas de carboidrato; U: unidade. Fonte: Piwernetz et al., 1982.
Tempo de ação das insulinas ■■ Insulina rápida: administrada meia hora antes das refeições: ●● Regular (humana). ■■ Insulina ultrarrápida: administrada antes das refeições, podendo também ser feita logo após as refeições, principalmente em crianças imprevisíveis em sua alimentação. ●● Asparte (Novorapid). ●● Glulisina (Apidra). ●● Lispro (Humalog). ●● Caneta Luxura: também conta a cada 0,5UI.
Observação: as canetas Novopen Demi e Luxura contam a cada 0,5UI. É interessante definir doses fixas nas refeições principais (café, almoço e jantar) de insulina regular ou ultrarrápida de 0,05UI/kg ou 3UI. A Tabela 4.4 apresenta os perfis de ação das insulinas rápidas. Já as Tabelas 4.5 a 4.8 mostram quais são as insulinas disponíveis atualmente no Brasil: ultrarrápidas (Tabela
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Tabela 4.2 Perfis de ação das insulinas
4.5); rápidas (Tabela 4.6); intermediárias (Tabela 4.7) e lentas (Tabela 4.8). Tabela 4.4 Perfis de ação das insulinas rápidas Insulina
Tipo
Início de ação (min)
Pico (h)
Duração total (h)
Regular
Humana
30 a 60
2a4
5a8
Asparte
Análoga ultrarrápida
10 a 15
1a3
3a5
Glulisina
Análoga ultrarrápida
10 a 15
1a3
3a5
Lispro
Análoga ultrarrápida
10 a 15
1a3
3a5
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Neuropatia Diabética
Introdução Define-se neuropatia diabética (ND) como dano neurológico em pacientes com diabetes melito (DM) após exclusão de outras causas. Ela representa a complicação mais prevalente, afetando 30% a 50% dos pacientes com DM. O acometimento do sistema nervoso periférico pode ser focal ou difuso, sensório e/ou motor e anatômico.
Manifestações clínicas ■■ Polineuropatia sensoriomotora distal. ■■ Mononeuropatia focal/mononeurite múltipla. ■■ Radiculopatia/plexopatia. ■■ Neuropatia autonômica.
Observe as manifestações clínicas da ND apresentadas na Figura 7.1.
Tipos Polineuropatiasensoriomotora distal ■■ Forma mais frequente. ■■ Os sintomas podem ser positivos (ardor, queimação, pontadas, cãibras, choques, dormência, alodínia ou hiperalgesia) ou negativos (sensação de pé frio ou perda de sensibilidade).
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Julio Cesar Salles
■■ Frequentemente, pioram à noite e melhoram com atividade física, podendo ser transitórios.
Mononeuropatia focal/mononeurite múltipla ■■ Forma menos frequente. ■■ Acomete mais idosos. ■■ Manifestações sensoriomotoras na distribuição de um nervo craniano ou periférico. ■■ Início agudo e doloroso. ■■ Autolimitado.
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7 | Neuropatia Diabética
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D
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A
Figura 7.1 (A a D) Manifestações clínicas da neuropatia diabética. Polineuropatia sensoriomotora distal (A); radiculopatia/plexopatia (B); mononeuropatia focal/mononeurite múltipla (C); neuropatia autonômica (D) ■■ Resolução do quadro entre seis a oito semanas. ■■ A mais frequente é a do nervo mediano levando à síndrome do túnel do carpo. ■■ Outros nervos periféricos: ulnar, radial, peroneal comum, femoral lateral cutâneo e, raramente, sural e isquiático. Os pares cranianos mais comuns são III, IV, VI e VII.
Radicular/plexopatia ■■ Contempla as neuropatias com acometimento de raiz ou plexo nervoso. ■■ Dor intensa, podendo associar-se a paresias e plegias. ■■ Uni- ou bilaterais. ■■ Comuns em idosos, acompanhadas de anorexia e perda de peso. ■■ A amiotrofia é decorrente do comprometimento plexo-radicular lombossacro (dor abrupta ou gradual, intensa, nas coxas, nádegas e quadril, com evolução para os membros inferiores). Início unilateral e evolução para ambos os lados.
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■■ A percussão da musculatura pode evidenciar fasciculação muscular. ■■ A disfunção muscular costuma ter remissão espontânea dentro de um a dois anos. Em casos autoimune ou vascular, pode ser necessário terapia específica.
Neuropatia autonômica ■■ Manifestações clínicas sutis. ■■ Aumento de mortalidade. ■■ Risco aumentado de queda (principalmente em idosos). ■■ Risco de hipoglicemias assintomáticas. ■■ Manifestações clínicas: ●● Cardiovascular: disfunção do fluxo sanguíneo periférico; denervação cardíaca; hipotensão postural; comprometimento da adaptação autonômica da frequência cardíaca (FC). ●● Digestiva: gastroparesia ou lentificação do esvaziamento gástrico; supercrescimento bacteriano. ●● Geniturinária: bexiga neurogênica; disfunção sexual. ●● Glândulas sudoríparas: sudorese gustatória; anidrose. ●● Metabólica: comprometimento da resposta contrarregulatória autonômica e hormonal à hipoglicemia. ●● Ocular: anormalidade na acomodação da pupila. A Tabela 7.1 indica as técnicas que são utilizadas para se avaliar clinicamente a neuropatia autonômica no DM. Tabela 7.1 Técnicas utilizadas para avaliação de neuropatia autonômica do diabetes Testes cardiovasculares 1. Testes da função autonômica durante consulta clínica ■■ Hipotensão postural: queda da PAS >20mmHg e da PAD ≥10mmHg em 2min. Após ortostatismo, é anormal ■■ Resposta da PA ao exercício isométrico: avaliar a resposta pressórica à compressão máxima exercida pelo paciente em um dinamômetro de mão. O paciente deve sustentar 30% dessa pressão máxima por 5min, durante os quais se mede a PA no braço contralateral. Anormal é um incremento inferior a 10mmHg na PAD do braço contralateral. O aumento de 11 a 15mmHg é limítrofe ■■ FC em repouso: ●● A taquicardia >100bpm é anormal ■■ Avaliação do intervalo QT e em ECG de repouso: ●● O intervalo QT corrigido (QTc) >440ms é anormal 2. Teste de variação da FC medida pelo intervalo R-R em monitoração dinâmica com ECG ■■ Inspiração profunda: variação da FC durante ciclo respiratório lento de seis movimentos respiratórios/min com o paciente deitado
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
■■ A manobra de Grower (dificuldade para se levantar da posição sentada) auxilia no diagnóstico.
■■ Anormal: diferença da FC na expiração e da FC na inspiração ≤10bpm ●● Limítrofe: 11 a 14bpm ■■ Mudança de decúbito: máximo/mínimo (30/15). Razão entre o maior intervalo RR (30o batimento) e o menor intervalo RR (15o batimento) após assumir o ortostatismo ■■ Anormal: ●● Razão 30/15: ≤1,0. Limítrofe: 1,01 a 1,03 ●● Manobra de Valsalva ●● Razão entre intervalo RR mínimo e intervalo RR máximo alcançada durante a manobra de Valsalva com pressão de 40mmHg sustentada por 15 segundos ●● Razão RR≤. Limítrofe: 1,11 a 1,2. 34
PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PA: pressão arterial; ECG: eletrocardiograma; FC: frequência cardíaca.
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B
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Figura 7.2 Monofilamento: áreas de avaliação
C Figura 7.3 (A a C) Exemplos de manifestações de deformidades nos pés por neuropatia diabética. Dedo em martelo (A). Sobreposição de dedos (B). Artropatia de Charcot (C) 36
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7 | Neuropatia Diabética
Pior dor possível
Sem dor
0
1
2
3
4
5
6
7
8
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Figura 7.4 Escala visual analógica (EVA) para dor, frente e verso
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■■ Quadros inflamatórios. ■■ Síndromes de compressão neural.
Tratamento ■■ Ácido alfalipoico. ■■ Analgésicos simples. ■■ Antidepressivos tricíclicos (ADT). ■■ Inibidores seletivos de recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN). ■■ Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS). ■■ Anticonvulsivantes. ■■ Opioides. A Tabela 7.3 mostra as medicações disponíveis para o tratamento da polineuropatia sensória sintomática.
Tratamento da neuropatia autonômica Cardiovascular ■■ Para hipotensão postural: aumento da ingesta de sal; dieta fracionada, meias elásticas, elevação da cabeceira à noite. Em casos refratários e sintomáticos, pode-se empregar a fludrocortisona (0,05 até 0,2mg/dia). ■■ Em casos de taquicardia sinusal por disautonomia: usar betabloqueadores cardiosseletivos, como carvedilol ou metoprolol.
Digestória ■■ Dieta fracionada, redução de gorduras e medicações procinéticas (metoclopramida 5 a 20mg, domperidona 5 a 20mg) ou eritromicina 40 a 250mg antes das refeições. ■■ Casos refratários, considerar o uso de octreotida (2µg/kg/dia). ■■ Casos de diarreia grave, antibióticos como metronidazol (250mg 8/8h), amoxicilina-clavulanato (500mg 8/8h) ou norfloxacina (400mg 12/12h)
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Tratamento do Diabetes Melito Tipo 2, 53 Exercícios Físicos na Prevenção e no Tratamento do Diabetes Melito, 60
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Tratamento do Diabetes Melito Tipo 2
Tratamento do Diabetes Melito Tipo 2
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Tratamento do Diabetes Melito Tipo 2
Introdução O tratamento do diabetes melito tipo 2 (DM2) visa ao bem-estar do paciente e ao alcance de valores de glicemia e hemoglobina glicada (HbA1c) próximos aos normais (Tabela 9.1). Nesse sentido, objetivando-se retardar a evolução para complicações e prolongar a vida do paciente, é de fundamental importância individualizarmos as metas de glicemia e de HbA1c, levando-se em conta diversas características do indivíduo (Figura 9.1).
Tabela 9.1 Metas para o controle do diabetes Parâmetro
Metas laboratoriais Metas terapêuticas
Hemoglobina glicada
■■ Em torno de 7% em adultos ■■ Entre 7,5% e 8,5% em idosos, dependendo do estado de saúde
Níveis toleráveis As metas devem ser individualizadas de acordo com: ■■ Duração do diabetes ■■ Idade/expectativa de vida ■■ Comorbidades ■■ Doença cardiovascular ■■ Complicações microvasculares ■■ Hipoglicemia não percebida
Glicemia de jejum
<100mg/dL
<130mg/dL
Glicemia pré-prandial
<100mg/dL
<130mg/dL
Glicemia pós-prandial
<160mg/dL
<180mg/dL
Fonte: adaptada de American Diabetes Association, 2014.
De maneira geral, o tratamento do DM2 deve englobar a mudança de estilo de vida e a introdução de
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Fernando Valente | Debora Nazato
metformina (MTF) já ao diagnóstico (Figura 9.2), ajustando-se a dose de MTF até 2g (ou até a dose máxima tolerada). Não havendo o alcance de metas glicêmicas de HbA1c em três meses, faz-se necessário adicionar um segundo fármaco, que poderá ser uma sulfonilureia (SU), uma glinida, a pioglitazona (Pio), um inibidor de dipeptidil peptidase-4 (iDPP-4), um inibidor do cotransportador renal de sódio-glicose tipo 2 (iSGLT-2), a acarbose, um agonista do peptídio semelhante a glucagon 1 (aGLP-1) ou a insulina (Figuras 9.2 e 9.3). A escolha de determinada medicação ocorrerá levando-se em conta a HbA1c inicial (Figura 9.4), a potência em reduzir a HbA1c de cada medicamento (Tabela 9.2), o principal mecanismo fisiopatológico do DM do paciente (Figura 9.5) – como se há predomínio de resistência à insulina ou de falência pancreática – e as vantagens e desvantagens de cada classe de antidiabéticos (Tabela 9.3).
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Amaryl, Glimepil Bioglic, Azulix, Glimeprid
Glimepirida
Onglyza
Saxagliptina
Trayenta
Galvus
Vildagliptina
Linagliptina
Januvia
Sitagliptina
Inibidor de DPP-4
5mg (comprimido de 5mg)
2,5 a 5mg (comprimido de 2,5 a 5mg, 1×/dia)
50 a 100mg (comprimido de 50mg, 1 a 2×/dia)
25 a 100mg (comprimido de 25, 50 e 100mg, 1×/dia)
15 a 45mg (comprimido de 15, 30 e 45mg, 1×/dia)
120 a 360mg (comprimido de 120mg, 1 a 3×/dia)
0,5 a 16mg (comprimido de 0,5, 1 e 2mg, 1 a 3×/dia)
1 a 8mg (comprimido de 1, 2, 3, 4 e 6mg, 1 a 2×/dia)
30 a 120mg (comprimido de 30 a 60mg, 1 a 2×/dia)3
2,5 a 20mg (comprimido de 5mg, 1 a 3×/dia)
2,5 a 20mg (comprimido de 5mg, 1 a 3×/dia)
■■ ■■ ■■ ■■ ■■
■■ ↑ da massa de células beta em modelos animais ■■ Segurança e tolerabilidade ■■ Efeito neutro no peso corporal
■■ Aumento da sensibilidade à insulina
■■ ↑ do GLP-1 ■■ ↑ da síntese e secreção de insulina ■■ ↓ de glucagon
Baixo risco de hipoglicemia ↓ da espessura da carótida ↓ da gordura hepática Prevenção do DM2 Melhora no perfil lipídico
■■ Reduz glicemia pós-prandial pela duração rápida (1 a 3h), causa menor risco de hipoglicemia que sulfonilurelas ■■ ↓ da espessura da carótida (repaglinida)
Retenção hídrica ↑ do peso Anemia Fraturas ■■ Custo
■■ ■■ ■■ ■■
■■ Hipoglicemia ■■ ↑ de peso discreto ■■ Interferem no mecanismo de pré-condicionamento cardíaco
■■ Hipoglicemia ■■ ↑ de peso ■■ Interferem no mecanismo de pré-condicionamento cardíaco (exceto gliclazida MR)
■■ Baixo custo
■■ ↑ da secreção de insulina
125 a 500mg (comprimido de 250mg, 1×/dia)
■■ ↑ da secreção de insulina (repaglinida mais potente que a nateglinida)
■■ Sintomas gastrintestinais (reduzidos com a metformina XR) como desconforto abdominal e diarreia ■■ Risco de acidose láctica
■■ Baixo custo ■■ Baixo risco de hipoglicemia neutra ou ↓ do peso ■■ ↓ de eventos cardiovasculares ■■ Prevenção do DM2 ■■ Melhora no perfil lipídico
■■ ↓ da produção hepática de glicose e, em menor grau, da resistência periférica à insulina
500 a 2.500mg (comprimido de 500, 850mg e 1g1, 2 a 3×/dia) 500 a 2.000mg (comprimido de 500, 750mg2 e 1g2, 1×/dia)
Desvantagens (efeitos colaterais)
Vantagens
Ação fisiológica
Dose mínima e máxima
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Actos, Piotaz, Pioglit, Stanglit
Ploglitazona
Starlix
Diamicron MR, Azukon MR
Gliclazida MR
Nateglinida
Minidiab
Glipizida
Posprand
Daonil
Glibenclamida
Repaglinida
Diabinese
Glifage XR, Metta SR
Metformina XR (tem liberação lenta)
Clorpropamida
Glifage, Glucoformin, Dimefor
Nomes comerciais
Metformina
Componentes
TZD
Glinidas
Sulfonilureias
Biguanidas
Classe
Tabela 9.3 Características dos antidiabéticos no mercado brasileiro
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■■ Hipersensibilidade aos componentes do medicamento
■■ Insuficiência cardíaca (III-IV NYHA) e hepática ■■ Gravidez
■■ Gravidez
■■ Insuficiência renal ou hepática ■■ Gravidez
Insuficiência renal (TFG <30mL/min), cardíaca (III-IV NYHA), hepática, pulmonar e acidose grave, gravidez
Contraindicações
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Redução de HbA1c (%)
Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Dislipidemia
Classificação das Dislipidemias, 87 Tratamento das Dislipidemias, 92
Dislipidemia
Dislipidemias e Vírus da Imunodeficiência Humana, 96
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Classificação das Dislipidemias
Conceito Dislipidemia significa altos níveis de colesterol e triglicerídios no organismo.
Apresentação laboratorial das dislipidemias A apresentação laboratorial das dislipidemias se resume a quatro situações: 1. Valores aumentados do CT ou hipercolesterolemia isolada. 2. Valores aumentados dos TG ou hipertrigliceridemia isolada. 3. Valores aumentados do CT e dos TG ou hiperlipidemia mista. 4. Valores diminuídos do HDL-c isoladamente ou em associação a alterações do LDL-c e/ou dos TG.
Classificação A Tabela 15.1 mostra a classificação das hiperlipidemias, de acordo com Fredrickson & Lees (1965). Tabela 15.1 Classificação fenotípica das hiperlipidemias Fenótipo
Lipoproteínas (principal alteração) Qm
I
VLDL
IDL
IIa ↑ a ↑↑
IIb
↑↑ a ↑↑↑
III IV V
LDL
↑↑↑
↑ a ↑↑↑
Lipídios plasmáticos (valores mais comuns) CT (mg/dL)
Aparência do plasma ou soro
TG (mg/dL)
160 a 140
1.500 a 5.000
Sobrenadante cremoso
↑ a ↑↑
>240
<200
Transparente
↑ a ↑↑↑
240 a 500
200 a 500
Turvo
300 a 600
300 a 600
Turvo
↑ a ↑↑↑
<240
300 a 1.000
Turvo
↑ a ↑↑↑
160 a 400
1.500 a 5.000
Camada superior cremosa, inferior turva
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Daniel Barreto Kendler
Qm: quilomícron; VLDL: lipoproteína de muito baixa densidade; IDL: lipoproteína de densidade intermédia; LDL: lipoproteína de baixa densidade; CT: colesterol; TG: triglicerídios. Fonte: Fredrickson & Lees, 1965.
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Hipotireoidismo, 101 Hipertireoidismo, 105 Tireoidites, 110 Nódulo Tireoidiano, 115
Tireoide
Câncer Diferenciado de Tireoide, 118
Tireoide
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Hipotireoidismo
Introdução As doenças tireoidianas acometem todas as idades e interferem no metabolismo de todo o organismo. O hiper- e o hipotireoidismo devem ser devidamente diferenciados clinicamente, o que não é tarefa complexa, exceto nos casos em que se coadunam, que são as exceções. A abordagem clínica das doenças tireoidianas é uma das principais tarefas do médico que atua no diagnóstico e tratamento das doenças endócrinas.
Quem deve ser investigado para hipotireoidismo primário O hipotireoidismo deve ser suspeitado na presença de sinais e/ou sintomas: ■■ Diminuição do reflexo aquileu. ■■ Pele seca e espessa. ■■ Edema periorbitário. ■■ Bradicardia. ■■ Intolerância anormal ao frio. ■■ Ganho de peso inexplicável. ■■ Parestesias. ■■ Constipação intestinal. ■■ Rouquidão. ■■ Movimentos lentos. ■■ Hipoacusia.
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Pedro Weslley Rosário
■■ Edema facial. ■■ Edema pré-tibial. ■■ Sonolência excessiva. ■■ Diminuição da memória. O hipotireoidismo deve ser excluído em casos de: ■■ Crianças com baixa estatura. *As considerações deste capítulo não se aplicam a gestantes, hipotireoidismo congênito, hipotireoidismo central e pacientes submetidos à terapia supressiva do TSH após tireoidectomia por câncer de tireoide.
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■■ Pacientes com depressão, demência, apneia do sono, insuficiência cardíaca congestiva (ICC), hiperprolactinemia, aumento inexplicável de creatinofosfoquinase (CPK), hipercolesterolemia, hiponatremia euvolêmica e anemia de doença crônica sem causa aparente. O hipotireoidismo primário deve ser rastreado em populações de risco, como: ■■ Mulheres acima de 60 anos de idade. ■■ Indivíduos com história de disfunção tireoidiana, previamente tratados com iodo radioativo, expostos à radiação ionizante ou radioterapia cervical e submetidos à cirurgia tireoidiana. ■■ Com diabetes melito tipo 1 (DM1) ou outras doenças autoimunes. ■■ Síndrome de Down. ■■ Síndrome de Turner. ■■ História familiar de doença tireoidiana. ■■ Com bócio e/ou antitireoperoxidase (anti-TPO) positivo. ■■ Em uso de fármacos, como lítio, amiodarona, interferon alfa e sorafenibe.
Diagnóstico de hipotireoidismo primário Hormônio estimulador da tireoide elevado O hormônio estimulador da tireoide (TSH) normal descarta o hipotireoidismo primário. A definição de TSH “elevado”, ou seja, acima do limite superior da faixa de referência, varia de acordo a idade (sendo maior acima dos 70 anos de idade, principalmente acima dos 80 anos). Um TSH elevado deve ser confirmado em nova dosagem (associada à medida de tiroxina livre [T4L] e anti-TPO, se indicado). Tal repetição pode ser dispensada em adultos com alta suspeita de hipotireoidismo, TSH >20mUI/L e doença tireoidiana conhecida. A repetição costuma ser feita com intervalo de, aproximadamente, 12 semanas, mas pode ser abreviada em pacientes sintomáticos com TSH >10mUI/L. No hipotireoidismo primário, quando T4L está baixa, espera-se um TSH bastante elevado (>10 a 15mUI/L).Para muitos autores, o TSH >20mUI/L, mesmo com T4L normal, já pode ser considerado hipotireoidismo primário clínico.
Tiroxina livre (T4L baixo) São as concentrações de T4L e não a presença de sintomas que diferenciam o hipotireoidismo primário clínico (T4L baixo) de subclínico (T4L normal). A presença dos sinais, sintomas ou achados laboratoriais citados anteriormente corrobora o diag-
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
■■ Mulheres com amenorreia ou infertilidade.
nóstico do hipotireoidismo primário, mas alguns pacientes podem ser assintomáticos. A causa do hipotireoidismo primário (tireoidite de Hashimoto, tratamento prévio com iodo radioativo, radioterapia cervical, cirurgia tireoidiana, medicamentos como lítio, amiodarona, antitireoidianos, interferon alfa, sorafenibe) quase sempre é identificada.
Critérios para diagnóstico de hipotireoidismo primário subclínico Hormônio estimulador da tireoide persistentemente elevado Convém excluir outras causas de “TSH elevado” (p. ex., uso de medicamentos como antidopaminérgicos, insuficiência adrenal primária não tratada, recuperação de doença aguda, interferentes analíticos na 102
medida do TSH).
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Doenças Ósseas
Diagnóstico de Osteopenia e Osteoporose e Medidas de Massa Óssea, 125 Tratamento da Osteoporose, 131 Indicações da Vitamina D, 137
Doenças Ósseas
Doença de Paget Óssea, 142
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C AP ÍT U LO
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Tratamento da Osteoporose
Introdução Os principais objetivos no tratamento da osteoporose são: ■■ Reverter os processos de elevada reabsorção e insuficiente formação ósseas. ■■ Garantir fornecimento de minerais para a recuperação óssea.
Medidas não medicamentosas ■■ Dietas ricas em cálcio e vitamina D. ■■ Exposição solar adequada para a síntese de vitamina D. ■■ Prática de atividade física (exercícios aeróbicos e treinos de resistência), com o objetivo de alcançar maior pico de massa óssea na infância e na adolescência e, no indivíduo adulto, regularizar a força muscular para a manutenção da massa óssea conquistada. ■■ Suspensão do álcool e do tabagismo. ■■ Evitar imobilização prolongada.
Tratamento farmacológico São indicados para o tratamento farmacológico as mulheres pós-menopausa e os homens com 50 anos de idade ou mais velhos que apresentam os sintomas a seguir: ■■ Fratura de quadril ou fratura vertebral (clinicamente aparente ou encontrada na imagem vertebral); o T-score não é tão importante quanto a possibilidade de uma nova fratura. ■■ T-score ≤−2,5 no colo do fêmur, fêmur total ou coluna lombar.
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Alessandra Peres de Melo
■■ Baixa massa óssea (T-score entre −1 e −2,5 no colo do fêmur ou coluna lombar) e probabilidade de uma fratura de quadril em 10 anos ≥3% ou probabilidade de uma grande fratura relacionada com a osteoporose em 10 anos ≥20% com base no algoritmo FRAX (estimativa do risco de fratura osteoporótica).
O resumo das indicações para o tratamento farmacológico está esquematizado na Figura 24.1.
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Fratura por fragilidade independente do T-score
Osteoporose (T-score<–2,5 DP)
T-score entre –1,0 e –2,4 DP com risco aumentado de fraturas
Figura 24.1 Indicações para o tratamento farmacológico DP: desvio-padrão.
Cálcio e vitamina D O aporte de cálcio e vitamina D deve vir, preferencialmente, da dieta do paciente. A Tabela 24.1 exemplifica a quantidade de cálcio e vitamina D em alguns alimentos.
Tabela 24.1 Conteúdo de cálcio e vitamina D nos alimentos Alimento
Quantidade
Cálcio (mg)
Vitamina D (UI)
Leite integral
236mL
278
−
Leite desnatado
236mL
288
−
Iogurte
150g
243
−
Figo
220g
506
−
Sardinha em lata
100g
500
−
Margarina
20g
−
278
Cereal
30g
−
283
Ovo
50g
−
288
Fígado
100g
−
243
Atum
100g
−
296
UI: unidades internacionais. Fonte: adaptada de Maeda & Silva, 2014.
A dose diária recomendada destes elementos baseia-se na faixa etária do indivíduo, conforme mostra a Tabela 24.2.
Tabela 24.2 Recomendações diárias de cálcio e vitamina D Idade
Cálcio (mg)
Vitamina D (UI)
0 a 6 meses
200
400 a 1.000
6 a 12 meses
260
400 a 1.000
1 a 3 anos
700
600 a 1.000
4 a 8 anos
1.000
600 a 1.000
9 a 18 anos
1.300
600 a 1.000
19 a 50 anos
1.000
1.500 a 2.000
Mulheres
1.200
1.500 a 2.000
Homens
1.000
1.500 a 2.000
>70 anos
1.200
1.500 a 2.000
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Indicações
51 a 70 anos
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UI: unidades internacionais. Fonte: adaptada de Maeda & Silva, 2014.
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Tabela 24.3 Tipos e doses de sais de cálcio Tipo
Quantidade em mg do sal para obter, aproximadamente, 500mg de cálcio elementar
Cálcio elementar (%)
Observações
Carbonato
1.250mg
40%
Ingerir após as refeições; pode causar constipação
Citrato
2.380mg
21%
Indicado para pacientes com acloridria, submetidos à gastroplastia ou em uso de inibidores de bomba de prótons (IBP)
Fosfato
1.300mg
38%
Ingerir após as refeições; causa menos constipação
Gluconato
5.555mg
9%
Raramente usado na prevenção de fraturas
Lactato
3.850mg
13%
Raramente usado na prevenção de fraturas
Fonte: adaptado de Maeda & Silva, 2014.
Efeitos adversos com a reposição de cálcio e vitamina D ■■ Hipercalcemia e hipercalciúria com o aumento no risco de desenvolvimento de cálculos renais. ■■ Define-se hipercalciúria como a excreção renal de cálcio superior a 4mg/kg/24h ou 250mg/dia na mulher e 275 a 300mg/dia no homem. Pode ser decorrente de aumento da absorção intestinal ou da taxa de excreção renal. ■■ Embora rara como complicação do tratamento com cálcio, a hipercalcemia deve ser investigada, pois pode decorrer de intoxicação concomitante com vitamina D, insuficiência renal, malignidade, hiperparatireoidismo ou uso concomitante de outras medicações.
Bisfosfonatos São os fármacos mais utilizados no tratamento da osteoporose. Agem principalmente na redução da osteoclastogênese e no aumento da apoptose de osteoclastos, sendo classificados como fármacos antirreabsortivos Devem ser administrados em jejum, 30 a 40min (alendronato e risedronato) e uma hora (ibandronato) antes do café da manhã. O paciente deve permanecer na posição ereta durante esse período para
24 | Tratamento da Osteoporose
elementar em cada uma das diferentes formulações.
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Devem ser usados comprimidos de cálcio para suplementar as necessidades diárias, não alcançadas com a dieta. A Tabela 24.3 mostra os principais tipos de sais de cálcio disponíveis e a quantidade de cálcio
minimizar sintomas dispépticos. A Tabela 24.4 resume os principais bisfosfonatos utilizados no tratamento da osteoporose.
Efeitos adversos com o uso dos bisfosfonatos ■■ Efeitos colaterais gastrintestinais (esofagite, refluxo e úlceras gastresofágicas). Não devem ser utilizados em pacientes portadores de esôfago de Barret, doença dispéptica moderada a grave e doenças inflamatórias intestinais. ■■ Sintomas flu-like, como cefaleia, artralgia, dores no corpo e febre. Ocorrem, principalmente, com os bisfosfonatos de uso endovenoso e nas primeiras aplicações, tendendo a melhorar com o tempo.
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Incidentalomas Adrenais, 147 Hiperaldosteronismo Primário, 150 Feocromocitomas e Paragangliomas, 154 Síndrome de Cushing, 159
Adrenais
Insuficiência Adrenal, 165
Adrenais
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Insuficiência Adrenal
Introdução Insuficiência adrenal (IA) é o comprometimento da função adrenal, com redução da síntese de esteroides adrenais. Pode acometer a produção de cortisol, andrógenos e aldosterona..
Classificação ■■ Primária: lesão na glândula adrenal, também conhecida como doença de Addison. Ocorre quando há comprometimento de 90% ou mais do córtex adrenal. Na Tabela 31.1, são listadas algumas das causas da doença de Addison. ■■ Secundária: ocorre quando há algum comprometimento central, com diminuição do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Pode ser decorrente de lesão hiposifária ou hipotalâmica, nesse caso por redução do hormônio liberador de corticotrofina (CRH). A inibição do eixo corticotrófico também pode ser decorrente do uso crônico de corticosteroides, que talvez leve à atrofia do córtex adrenal. As principais causas para a insuficiência adrenal secundária encontram-se na Tabela 31.2. Tabela 31.1 Etiologia da insuficiência adrenal primária Adquiridas
Congênitas
Adrenalite autoimune (principal)*
Adrenoleucodistrofia (ALD)
Doenças granulomatosas: tuberculose, sarcoidose, hanseníase
Hiperplasia adrenal congênita
Micoses: paracoccidioidomicose, histoplasmose, criptococose, blastomicose
Hipoplasia adrenal congênita (mutações DAX-1, SF-1)
Vírus: vírus da imunodeficiência humana (HIV), citomegalovírus (CMV)
Deficiência familiar de glicocorticosteroide
Hemorrágica: traumatismo, uso de anticoagulantes, cirurgia
Síndrome do tríplice A
Metástase (mama, pulmão, rim, melanoma) e linfoma
Síndrome de Kearns-Sayre
Sepse
Síndrome de Smith-Lemli-Opitz
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Michelle Elka Grossman Brodskyn
Doenças infiltrativas: hemocromatose, amiloidose Medicamentos (ação adrenolítica): cetoconazol, mitotano, etomidato, fenobarbital, rifampicina, ciproterona etc. Adrenalectomia bilateral *Pode fazer parte da síndrome poligrandular autoimune. Fonte: adaptada de Kater et al., 2013.
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Adquirida Iatrogênica
■■ Pelo uso crônico de glicocorticosteroides (mais comum)
Neoplasias
■■ Adenomas hipofisários ■■ Tumores hipotalâmicos (craniofaringiomas, germinoma, ependimoma, glioma, gangliocitoma etc.) ■■ Metástases para hipófise ou hipotálamo ■■ Meningioma ■■ Tumores do terceiro ventrículo ■■ Linfomas e leucemias
Infecciosa
■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■
Meningite Encefalite Tuberculose Infecções por Pneumocystis carinii Toxoplasmose Neurocisticercose Sífilis
Infiltrativa ou inflamatória
■■ ■■ ■■ ■■ ■■
Sarcoidose Histiocitose X Granulomatose de Wegener Doença de Takayasu Hemocromatose
Vascular
■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■
Síndrome de Sheehan (necrose hipofisária pós-parto) Apoplexia hipofisária Hipotensão Arterite Aneurismas Trombose Anticoagulação
Autoimune
■■ Hipofisite linfocitária
Cirúrgica
■■ Hipofisectomia ■■ Lesão de haste hipofisária
Funcional
■■ Anorexia nervosa: ●● Doenças críticas ●● Hipotireoidismo
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Tabela 31.2 Causas de insuficiência adrenal secundária
Porfiria intermitente aguda Traumatismo craniano Radioterapia Sela vazia Idiopática Causas genéticas Deficiência isolada congênita de ACTH (mutações do gene TPIT) Pan-hipopituitarismo congênito (mutações dos fatores de transcrição RIEG, HesX1, LHX4, LHX3, Prop1 ou POU1F1/ Pit-1) Associadas à síndrome de Prader-Willi ACTH: hormônio adrenocorticotrófico. Fonte: adaptada de Kater et al., 2013.
A IA também pode ser: ■■ Crônica: insidiosa, levando meses a anos para se desenvolver (Figura 31.1). ■■ Aguda: também denominada crise adrenal (ver os capítulos pertencentes à Parte XIII – Emergências 166
Endócrinas).
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Hipogonadismo Masculino, 177 Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino – DAEM ou “Andropausa”, 182
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Endocrinologia Masculina
Endocrinologia Masculina
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VIII
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Amenorreia, 193 Síndrome dos Ovários Policísticos, 198 Hirsutismo, 202 Menopausa, 206
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Endocrinologia
Endocrinologia Feminina C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .Feminina
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Síndrome dos Ovários Policísticos
Introdução A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma patologia frequente em mulheres na idade fértil, associada a alterações metabólicas e disfunção reprodutiva. Consiste na expressão morfológica da anovulação crônica.
Diagnóstico O diagnóstico clínico é feito a partir dos critérios de Rotterdam. É necessário ter dois entre os três critérios descritos na Tabela 35.1. Tabela 35.1 Critérios de Rotterdam Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial
■■ Aumento de androgênios circulantes e/ou manifestações clínicas como hirsutismo em áreas androgênio-dependentes (pelos terminais), acne e alopecia androgenética ■■ Laboratório mostrando elevação dos níveis séricos de testosterona total, biodisponível ou livre de acordo com a metodologia utilizada pelo laboratório
Irregularidade menstrual, histórico de infertilidade/ anovulação
■■ Oligomenorreia/amenorreia
Morfologia de ovários policísticos ao ultrassom
■■ 12 ou mais folículos com 2 a 9mm, ovários >10cm3 sem a presença de folículo dominante
■■ Pode haver anovulação por sangramento excessivo com intervalos menores do que 21 dias ou oligomenorreia com intervalos maiores do que 35 dias
A Tabela 35.2 descreve as apresentações clínicas presentes na SOP.
Tabela 35.2 Apresentações clínicas da síndrome dos ovários policísticos SOP clássica com hiperandrogenismo
SOP ovulatória com hiperandrogenismo
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Renata Maksoud Bussuan
SOP sem hiperandrogenismo
Oligomenorreia/anovulação
Ovulação
Anovulação/irregularidade menstrual mínima
Com ou sem alteração ultrassonográfica
Alteração ultrassonográfica
Alteração ultrassonográfica
Maior grau de hiperandrogenismo
Menor grau de hiperandrogenismo
Ausência de hiperandrogenismo
Alta prevalência de síndrome metabólica, diabetes melito e maior risco cardiovascular
Menor prevalência de síndrome metabólica
Prevalência de síndrome metabólica igual a uma mulher normal
SOP: síndrome dos ovários policísticos.
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■■ Irregularidade menstrual: 79%; a partir dessa porcentagem, temos: ●● 60% de oligomenorreias e amenorreias secundárias. ●● 31% de oligomenorreia. ●● 9% de amenorreia. ■■ Hirsutismo: 79%. ■■ Obesidade: 28%. ■■ Acne: 21%. ■■ Hipertensão arterial sistêmica (HAS): 10%. ■■ Mastalgia: 10%. ■■ Abortamentos: 9%. ■■ Infertilidade primária: 8,5%. ■■ Acantose nigricans: 4%.
Diagnóstico por imagem Alterações ultrassonográficas dos ovários: ■■ 31% normais. ■■ 31% aumentados e micropolicísticos. ■■ 21% micropolicísticos. ■■ 17% aumentados.
O volume ovariano é inversamente proporcional ao hormônio foliculoestimulante (FSH) e diretamente proporcional ao sulfato de desidroepiandrosterona (SDHEA).
Diagnóstico laboratorial Hormonal ■■ LH/FSH >2 no período folicular: presente em 50% das pacientes. ■■ LH: aumentado em 38% das pacientes. ■■ Prolactina: hipeprolactinemia presente em 15% a 25%; ajuda no diagnóstico diferencial de prolactinomas, outra causa de amenorreia.
35 | Síndrome dos Ovários Policísticos C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Manifestações clínicas mais comuns
Dosagem de androgênios ■■ 17-OH-progesterona: aumentada em 67% das pacientes, aproximadamente 30% acima da normalidade. Ajuda no diagnóstico diferencial de hiperplasia adrenal congênita (HAC). Quando acima de 200ng/ dL, deve ser feito o teste de estímulo com hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) sintético para descartar forma não clássica (teste da cortrosina com dosagem da 17-OH-progesterona basal e 60min após administração de 250µg de Synacthen endovenoso (EV) – teste positivo para HAC não clássica se 17-OH-P for >1.000ng/dL). ■■ Testosterona total e livre: aumentada em 10% das pacientes. 199
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Endocrinologia Pediátrica
Baixa Estatura, 221 Puberdade Atrasada, 259 Ginecomastia, 267 Hiperplasia Adrenal Congênita, 275 Idade Óssea, 288
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Endocrinologia
Puberdade Precoce, 242
Pediátrica C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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Baixa Estatura
Introdução A criança apresenta baixa estatura quando sua altura encontra-se abaixo de −2 desvios-padrão (DP) da média, ou seja, no percentil 2,3%, para a idade e sexo. A rigor, deve-se comparar a criança com a população de mesma etnia e características demográficas. As curvas de crescimento são os instrumentos utilizados para tal avaliação, sendo as mais comuns e indicadas no Brasil as publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2007 (para crianças de até 5 anos de idade) e as curvas do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) 2000 (até 20 anos de idade). Considera-se, ainda, a estatura dos pais (idealmente medidos), já que a probabilidade de haver patologia em uma criança cujos pais são baixos (mas normais) difere de quando uma criança de mesma altura é filha de pais altos. O cálculo da estatura-alvo está detalhado a seguir.
Estatura-alvo = média da estatura dos pais + 6,5cm (meninos) ou −6,5cm (meninas) O intervalo de variabilidade aceitável de +/− 8,5cm equivale a +/− 1,5 DP e deve ser aplicado ao resultado.
O crescimento é um processo dinâmico, que demanda o acompanhamento longitudinal em todas as suas fases, com suas conhecidas variações, e não somente a avaliação transversal da estatura. A velocidade de crescimento (VC), elevada no primeiro ano de vida pós-natal, desacelera-se gradualmente até alcançar padrão estável por volta dos 4 aos 5 anos de idade. Na puberdade, há novo período de
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Rafael Machado Mantovani | Everlayny Fiorot Costalonga
elevação da VC (estirão), com posterior desaceleração conforme a maturação esquelética se completa. Portanto, deve-se sempre valorizar as variações da VC, com base em referências publicadas. A Tabela 38.1 mostra as indicações para a avaliação de baixa estatura, com base em parâmetros clínicos e suspeita de deficiência de hormônio do crescimento (GH).
Avaliação do crescimento somático Anamnese A investigação inicial da criança com baixa estatura inicia-se no período pré-natal. Devem-se avaliar as condições maternas, clínicas e ambientais, assim como os sinais de restrição ao crescimento intrauterino fetal. Os exames ultrassonográficos com evidências de desaceleração do crescimento fetal podem forne-
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38 | Baixa Estatura
Peso e estatura de 2 a 20 anos de idade: Meninos
NOME RECORD#
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Estatura paterna Idade
Peso
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Idade (anos) 95 90 75
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Figura 38.1 Gráfico de criança com atraso constitucional do crescimento. Nos primeiros anos de vida, há desaceleração do crescimento, com manutenção da VC normal até a adolescência, quando se nota atraso no desenvolvimento puberal e do estirão. A estatura-alvo (em vermelho) é atingida mais tardiamente e o tórax “em escudo”, entre outras alterações, devem levar à suspeita diagnóstica. Membros curtos e alterações esqueléticas (como a deformidade de Madelung) podem indicar outras doenças genéticas (como a haploinsuficiência do gene SHOX, responsável por até 5% dos quadros de baixa estatura idiopática).
COONG (cabeça, olhos, ouvidos, nariz, garganta) Devem-se investigar a acuidade visual, a ocorrência de cefaleia (e suas características), a obstrução das
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58
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P E S O
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E S T A T U R A
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50 * Para calcular IMC: Peso (kg) ¸ Estatura (cm) ¸ Estatura (cm) ´ 10.000 ou Peso (lb) ¸ Estatura (pol) ¸ Estatura (pol) ´ 703
in 76 74
vias respiratórias superiores (suspeita de hipertrofia de amígdalas, adenoides e cornetos nasais) e o padrão de sono (ronco, apneia). Convém perguntar sobre a presença de quadros alérgicos e, sobretudo, sobre o uso de medicamentos de modo crônico, como os glicocorticosteroides (tópicos e sistêmicos). A anosmia e a hiposmia devem ser questionadas, como parte da investigação de possíveis quadros hipogonádicos que se relacionam com a baixa estatura (síndrome de Kallmann).
Aparelho respiratório Pneumopatias, tal qual a asma, podem ter grande impacto no crescimento de crianças e adolescentes, caso as crises sejam frequentes e graves – soma-se ainda o uso rotineiro de glicocorticosteroides sistêmicos, com conhecida influência negativa sobre a estatura (entre outras consequências).
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NOME RECORD#
12 13 14 15 16 17 18 19 20 Estatura materna Data
Estatura paterna Idade
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Idade (anos) 95 90 75
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Figura 38.2 Gráfico de criança com baixa estatura familiar. Nos primeiros anos de vida, há desaceleração do crescimento, assim como nos casos de atraso do crescimento, com manutenção da VC normal. Na adolescência, a estatura-alvo (em vermelho) é atingida normalmente
Aparelho cardiovascular Deve-se também investigar se há história de sopros ou cardiopatias congênitas diagnosticadas, além de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Tais dados podem representar uma influência direta sobre o crescimento, mas também sugerir síndromes genéticas. Estas, por sua vez, podem evoluir com baixa estatura.
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Peso e estatura de 2 a 20 anos de idade: Meninos
Aparelho digestório Convém perguntar sobre o hábito intestinal (características das fezes e frequência de evacuação), o que pode levantar uma suspeita clínica de má digestão alimentar. A doença celíaca pode ter um impacto negativo sobre o crescimento, mesmo sem sintomas gastrintestinais clássicos (diarreia, distensão abdominal e restos alimentares nas fezes).
Aparelho geniturinário Malformações da genitália externa podem caracterizar quadros de disgenesia gonadal e estar associadas a alterações do crescimento somático. Micropênis e criptorquidia podem ser sinais precoces de hipogona224
dismo hipogonadotrófico, como parte de um possível quadro de hipopituitarismo. É também importante
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M2
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Figura 38.3 Progressão puberal, segundo os critérios de Tanner
Peso (kg)
Estatura (cm)
Fonte: adaptada de Carel & Léger, 2008.
58 56 54 53 50 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30
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+2DP 0DP -2DP
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
M1
42
Feminino
Figura 38.4 Curvas de peso e comprimento fetais para a idade gestacional, de acordo com o sexo DP: desvio-padrão. Fonte: adaptada de Freeman et al., 1995.
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C AP ÍT U LO
42
Hiperplasia Adrenal Congênita
Introdução As hiperplasias adrenais congênitas (HAC) são doenças endócrinas complexas, que envolvem aspectos fisiopatológicos, clínicos, moleculares, cirúrgicos e psicológicos importantes a serem discutidos. Considerando-se que o objetivo deste livro é oferecer uma abordagem prática diária para o endocrinologista já familiarizado com o tema, será focada a discussão nos aspectos relacionados com o diagnóstico e o tratamento clínico da deficiência de 21-hidroxilase, que é, de longe, a HAC mais comum. Dessa maneira, recomendamos que, para um primeiro contato com o assunto, assim como para a obtenção de detalhes relacionados com a fisiopatologia, aspectos moleculares e cirúrgicos e revisões mais extensas em livros-texto e/ou artigos sejam consultados.
Definição A HAC refere-se ao grupo de erros inatos causados por mutações, de herança autossômica recessiva, em genes codificadores de enzimas envolvidas na esteroidogênese adrenal. A perda total ou parcial da função de uma ou mais enzimas envolvidas na cascata de produção do cortisol (Figura 42.1) leva ao comprometimento do mecanismo de feedback negativo sobre hipófise e hipotálamo, com consequente hipersecreção de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e hiperestímulo sobre as adrenais. As manifestações clínicas decorrem tanto da falta de produção de determinados hormônios (cortisol, aldosterona) quanto do excesso de produção das substâncias que precedem o defeito enzimático em questão (precursores dos andrógenos).
Classificação das HAC Os principais tipos de HAC estão resumidamente apresentados na Tabela 42.1. Como 95% dos casos
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Everlayny Fiorot Costalonga | Rafael Machado Mantovani
correspondem às formas virilizantes secundárias à deficiência de 21-hidroxilase, este capítulo se limitará à discussão da abordagem clínica deste tipo de HAC, incluindo seus principais diagnósticos diferenciais.
Fisiopatologia da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH) Como pode ser observado na Figura 42.1, esta enzima está envolvida em duas principais etapas de conversão enzimática: ■■ Progesterona Æ 11-deoxicorticosterona (DOCA): passo importante da síntese de aldosterona. ■■ 17-OH-progesterona (17OHP) Æ 11-deoxicortisol: passo importante da síntese de cortisol.
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P450C17 = CYP17A1
17-alfa-hidroxilase/ 17,20-liase (17-alfa-OH)
<1%
–
Corticosterona
DOCA
Progesterona
Pregnenolona
SDHEA
17 OH-pregnenolona
Pregnenolona
DOCA
“Composto S”
Androstenediona
17-OH-progesterona
Principais precursores acumulados
DDS 46 XY (feminilizada)
DDS 46 XY (feminilizada)
DDS 46 XY (submasculinização)
DDS 46 XX (virilização leve)
DDS 46 XX (masculinizada)
DDS 46 XX (masculinizada)
Genitália externa ao nascer
Hipogonadismo hipergonadotrófico
Ausência de pubarca
Hipogonadismo hipergonadotrófico
Hipogonadismo hipergonadotrófico
Virilização
Virilização
↓ /desidratação
↑
↓ /desidratação*
↑
↓ /Desidratação*
Pressão arterial
Principais manifestações clínicas Caracteres sexuais no período pós-natal
↑
↓
↑
↓
↑
K
↑
↓
↑
↓
↑
APR
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*Formas perdedoras de sal. StAR: proteína de regulação aguda da esteroidogênese; DOCA: 11-deoxicorticosterona; “Composto S”: 11-deoxicortisol ; DDS 46 XX: distúrbio da diferenciação sexual em feto XX (genitália externa masculinizada); DDS 46 XY: distúrbio da diferenciação sexual em feto XY (genitália externa feminilizada); K: potássio; APR: atividade de renina plasmática; SDHEA: sulfato de desidroepiandrosterona.
StAR
<2%
HSD3B2
3-beta-hidroxiesteroide Desidrogenase-2 (3-beta)
StAR
5% a 8%
P450C11 = CYP11B1
11-beta-hidroxilase (11-beta)
1% a 5%
90% a 95%
Frequência relativa
P45021 = CYP21A2
Gene
21-hidroxilase (21OH)
Enzima deficiente
Tabela 42.1 Principais formas de hiperplasia adrenal congênita
Virilizantes
Não virilizantes
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277
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Tabela 42.2 Formas de apresentação clínica da HAC por D21OH Forma clínica
Clássica perdedora de sal (PS)
Clássica virilizantes simples (VS)
Atividade enzimática
0%
Época de manifestação
Neonatal ou nos primeiros anos de vida
Sinais de virilização
Tratamento
DDS 46 XX
Hipotensão
Glicocorticoide +
Virilização
Desidratação
mineralocorticoide +
Avanço de idade óssea
Vômitos
dose de estresse
<2%
Não clássica (NC) 20% a 50%
Sinais de deficiência mineralocorticoide (perda de sal)
↓Na /↑K /↑APR Ausentes
Glicocorticoide + dose de estresse +/-mineralocorticoide
Puberdade/
Pubarca precoce
idade adulta
Hirsutismo
Ausentes
Sintomático na maioria das vezes
Infertilidade Na: sódio; K: potássio; APR: atividade plasmática de renina.
As chamadas formas clássicas são as que apresentam maior grau de deficiência enzimática (atividade enzimática <2%) e, assim, se manifestam clinicamente ao nascimento ou nos primeiros anos de vida. São subclassificadas nas formas clássica perdedora de sal (PS), quando há defeito enzimático quase total, com redução significativa da produção de aldosterona, manifestando-se habitualmente nas primeiras semanas de vida); e na forma clássica virilizante simples (VS), quando existe alguma atividade enzimática, em torno de 1% a 2%, não apresentando crise perdedora de sal neonatal. A terceira forma clínica, denominada forma não clássica (NC), caracteriza-se por defeito enzimático leve (atividade enzimática de 20% a 50%), que tende a se manifestar na puberdade (ou um pouco antes) e na idade adulta.
Manifestações clínicas da HAC por deficiência de 21-hidroxilase (D21OH) As manifestações clínicas da D21OH podem ser didaticamente classificadas em manifestações de excesso de andrógenos e manifestações de insuficiência glico- e mineralocorticoide.
Manifestações hiperandrogênicas Virilização de genitália externa ao nascer (formas clássicas) ■■ Recém-nascido 46,XX: ●● Clitoromegalia.
C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Didaticamente, a doença é classificada em três formas clínicas (Tabela 42.2).
●● Fusão parcial de grandes lábios. ●● Orifício perineal único. ●● Genitália externa semelhante à masculina, exceto pela ausência de gônadas palpáveis (“criptorquidia bilateral”).
O espectro de gravidade da virilização da genitália externa é habitualmente representado pela Escala de Prader (Figura 42.2). 278
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1
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Figura 42.2 Classificação de Prader para o grau de masculinização da genitália externa. Prader 1: feminina, somente com o aumento do falo. Prader 2: maior aumento do falo, com fusão parcial (posterior) das saliências labioescrotais, sem seio urogenital (dois orifícios perineais). Prader 3: importante aumento do falo, com fusão completa das saliências labioescotais e presença de seio urogenital com abertura única perineoescrotal. Prader 4: falo de aspecto peniano, fusão completa de saliências labioescrotais, seio urogenital com abertura perineal na base do falo. Prader 5: falo bem desenvolvido, fusão completa de saliências labioescrotais, seio urogenital com abertura no corpo do falo ou balânica Fonte: adaptada de Tonetto-Fernandes et al., 2006.
É importante destacar que não há comprometimento da formação de gônadas nem de genitália interna. Assim, os recém-nascidos 46,XX mantêm a presença de ovários, útero e o 1/3 superior da vagina. Portanto, o potencial de fertilidade é mantido, mesmo quando existe alto grau de virilização da genitália externa. ■■ Recém-nascido 46,XY: ●● Manifestações ausentes ou muito sutis ao nascer. ●● Discreta macrogenitossomia. ●● Hiperpigmentação de escroto.
Virilização pós-natal progressiva na infância (formas clássicas) ■■ Pubarca precoce. ■■ Aumento peniano na ausência de aumento testicular (que caracteriza puberdade precoce independente de gonadotrofinas isossexual, ou “pseudopuberdade precoce” em meninos). ■■ Acne. ■■ Odor axilar. ■■ Voz grave.
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Normal
■■ Hipertrofia muscular. ■■ Aceleração do crescimento. ■■ Avanço de idade óssea (desproporcional à idade estatural e, portanto, com redução da altura final prevista). ■■ Puberdade precoce dependente de gonadotrofinas (secundária à exposição prolongada ao excesso de androgênios). ■■ Restos adrenais testiculares, os quais podem causar redução de fertilidade. ■■ Redução de altura final (tanto pela doença em si quanto pelo excesso de glicocorticoide durante o tratamento).
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279
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Idade Óssea
Homens
9 meses
1 ano
1 ano e 6 meses
2 anos
2 anos e 6 meses
3 anos
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Diana Aristotelis Rocha de Sá
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11 anos
12 anos
13 anos
14 anos
15 anos
16 anos
17 anos
18 anos
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
10 anos
290
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1 ano
1 ano e 6 meses
2 anos
2 anos e 6 meses
3 anos
3 anos e 6 meses
4 anos
4 anos e 2 meses
4 anos e 6 meses
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43 | Idade Óssea
Mulheres
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Neuroendocrinologia
Hiperprolactinemias e Prolactinomas, 297 Incidentalomas Hipofisários, 305 Adenomas Hipofisários Clinicamente Não Funcionantes, 311 Acromegalia, 317 Diabetes Insípido e Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético, 324 Tireotropinoma, 332
Neuroendocrinologia
Hipopituitarismo, 336
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PA R T E
44 45 46 47 48 49 50
XI
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C AP ÍT U LO
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Hiperprolactinemias e Prolactinomas
Introdução A hiperprolactinemia, definida como elevação persistente dos níveis séricos de prolactina (PRL), é o distúrbio endócrino mais comum do eixo hipotálamo-hipofisário, ocorrendo mais frequentemente nas mulheres. Sua prevalência varia de 0,4% em uma população adulta não selecionada, chegando até 9% a 17% em mulheres com distúrbios reprodutivos. A PRL é um hormônio bastante heterogêneo e apresenta três principais formas circulantes: ■■ Little PRL (monômero de 23KDa). ■■ Big PRL (dímero de 45KDa). ■■ Big big PRL ou macroprolactina (polimérica e geralmente formada pelo complexo PRL monomérica e imunoglobulina G [IgG], com peso molecular de 150 a 170KDa).
Em indivíduos normais, as duas últimas formas encontram-se na circulação em geral em concentrações inferiores a 10% da PRL circulante, predominando a forma monomérica (>90% PRL). O prolactinoma, adenoma hipofisário secretor de PRL, é o subtipo mais frequente dos adenomas hipofisários, correspondendo a aproximadamente 40% de todos os casos. A prevalência estimada na população adulta é de 130 casos por 100 mil. Ocorre predominantemente no sexo feminino, entre 20 e 50 anos de idade, sendo mais comuns tumores pequenos denominados microprolactinomas (tumores ≤1cm). Após a quinta década de vida, a frequência é semelhante em ambos os sexos. Na infância e na adolescência, são raros, apesar de representarem metade dos casos de adenomas hipofisários. Em pacientes do sexo masculino, os macroprolactinomas (tumores >1cm) são mais frequentes. O atraso no diagnóstico, que pode chegar a 10 anos, e o aumento de marcadores de proliferação celular
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Flávia Regina Pinho Barbosa
seriam as principais razões para esta diferença entre os sexos. O prolactinoma pode se manifestar de forma esporádica ou como parte da neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM-1), parecendo apresentar um comportamento mais agressivo quando encontrado nestas síndromes familiares.
Etiologia As causas de hiperprolactinemia podem ser fisiológicas, patológicas ou idiopáticas (Tabela 44.1). A gravidez e a amamentação são as causas mais frequentes de hiperprolactinemia. O estrogênio aumenta a síntese de PRL por meio da secreção de polipeptídio intestinal vasoativo (VIP) pelo hipotálamo e também age diretamente na hipófise nas células lactotróficas, estimulando a liberação de PRL.
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da e impotência. ■■ Doenças na mama: aumento do volume mamário, displasia e risco potencial de neoplasia de mama. ■■ Anormalidades associadas a hipogonadismo crônico: diminuição da densidade mineral óssea, sobretudo em osso trabecular; osteoporose e aumento do risco cardiovascular. ■■ Alterações no humor: ansiedade, depressão, déficit de memória e psicose. A galactorreia pode estar presente em ambos os sexos, mais comumente em mulheres em idade reprodutiva. Quando ocorre em homens, pode ser considerada quase patognomônica de prolactinoma. O hipopituitarismo pode decorrer da expansão intra- e extrasselar da massa tumoral. A cefaleia é um sintoma frequente e independe do tamanho do tumor (Tabela 44.3). O prolactinoma na infância e na adolescência é muito raro e caracteriza-se por baixa estatura, atraso puberal, cefaleia e distúrbios visuais.
Diagnóstico ■■ Na vigência de suspeição clínica de hiperprolactinemia, solicita-se a dosagem sérica de PRL. ■■ Em pacientes com amenorreia na menacme e sem uso de métodos contraceptivos, a dosagem de betagonadotrofina coriônica humana (beta-hCG) sanguínea é fundamental. Tabela 44.3 Quadro clínico dos prolactinomas Manifestações de hiperprolactinemia
Manifestações neuro-oftalmológicas
■■ Galactorreia ■■ Ginecomastia
■■ Cefaleia ■■ Hemianopsia bitemporal
■■ Irregularidade menstrual ■■ Amenorreia
■■ Hipertensão intracraniana ■■ Rinorreia liquórica
■■ Densidade mineral óssea baixa ■■ Osteoporose
■■ Oftalmoplegia ■■ Ptose palpebral
■■ Aumento de peso ■■ Alterações no humor
■■ Dor facial
■■ Oligospermia ■■ Diminuição da libido ■■ Disfunção erétil ■■ Impotência ■■ Diminuição do orgasmo ■■ Infertilidade ■■ Atraso puberal ■■ Baixa estatura
44 |. Hiperprolactinemias e Prolactinomas C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o
■■ Disfunção sexual: diminuição da libido e orgasmo, disfunção erétil, ejaculação dolorosa ou retrógra-
■■ Com níveis menores que 150ng/mL, deve-se excluir o uso de fármacos que elevem a PRL, além de diversas outras condições clínicas relacionadas (ver Tabela 44.1). Na ausência destas patologias, o microprolactinoma é a principal hipótese diagnóstica. Assim, a ressonância magnética (RM) de sela túrcica deve ser solicitada para confirmação diagnóstica. Se a RM de sela túrcica mostrar um adenoma hipofisário maior que 1cm, o diagnóstico diferencial com pseudoprolactinoma deve ser realizado. ■■ Com valores da PRL maiores que 150ng/mL, o diagnóstico é compatível com macroprolactinoma. Nessa situação, são importantes a avaliação global da função adeno-hipofisária e a realização de campimetria visual manual. O roteiro de investigação na hiperprolactinemia está resumido na Figura 44.1. 299
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de níveis falsamente normais de PRL quando são usados ensaios imunométricos contendo dois sítios (imunorradiométrico por quimioluminescência ou enzima-imunoensaios). Nestes ensaios, são utilizados dois anticorpos que formam “complexos sanduíches” com o antígeno (no caso, a PRL), o anticorpo de fase sólida (captura) e o de fase líquida (sinalizador). Quando há níveis muito elevados de PRL, após a ligação da PRL ao anticorpo de captura, o excesso de PRL impede a formação dos “complexos sanduíches”, devido à sua ligação ao anticorpo sinalizador aleatoriamente. A macroprolactinemia deve ser pesquisada nos pacientes assintomáticos com hiperprolactinemia “idiopática” e nos casos de persistência da hiperprolactinemia, a despeito de uma melhora clínica em pacientes com diagnóstico de prolactinoma ou supostamente “resistentes” aos agonistas dopaminérgicos (AD). O método de triagem usado é por meio da precipitação em gel de polietilenoglicol com recuperação da PRL monomérica no sobrenadante. Recuperações menores que 40% indicam presença de macroprolactinemia e valores maiores que 60% mostram a presença de PRL monomérica. Com resultados entre 40% e 60%, é necessária a avaliação por cromatografia líquida em coluna de gel filtração (ver Figura 44.1).
Tratamento Na hiperprolactinemia não tumoral, o tratamento do distúrbio primário leva a normalização dos níveis de PRL (reposição de levotiroxina no hipotireoidismo, de glicocorticoide na insuficiência adrenal, retirada do fármaco causador etc.). A macroprolactinemia, em geral, não requer tratamento. Quanto aos prolactinomas, todos os pacientes com macroprolactinoma e a maioria com microprolactinoma necessitam de tratamento (Figura 44.2). Devido ao baixo risco de crescimento tumoral nos pacientes com microprolactinoma, o tratamento é indicado na presença de sinais e sintomas, e complicações secundárias à hiperprolactinemia. Em mulheres na pós-menopausa, indica-se o tratamento quando há macroadenoma ou sintomas que tragam desconforto ao paciente. PRL
Sintomas de hiperprolactinemia
+
Sim
Não
PRL<150ng/mL
PRL 150ng/mL
Confirmar doenças sistêmicas ou drogas
RM de sela túrcica
Sim
Não
Tratamento específico
RM de sela túrcica
MIC
MAC
Pesquisa de macroPRL
<40%
Entre 40% e 60%
>60%
MacroPRL+
Pesquisa de macroPRL por cromatografia líquida
Individualizar tratamento
Positiva Adenoma 1cm
Adenoma >1cm
MIC
ACNF (pseudoprolactinoma)
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Nos pacientes com tumores maiores ou iguais a 3cm, a dosagem de PRL com diluição prévia do soro deve ser realizada para pesquisa de “efeito gancho”. O efeito gancho caracteriza-se pela presença
Negativa
Finalizar investigação
Figura 44.1 Roteiro de investigação na hiperprolactinemia PRL: prolactina; macroPRL: macroprolactina; RM ressonância magnética; MIC: microprolactinoma; MAC: macroprolactinoma; ACNF: adenoma clinicamente não funcionante.
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Diabetes Insípido e Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético
Introdução O diabetes insípido é um distúrbio pouco frequente, que causa um desequilíbrio de água no corpo. Tal alteração leva a uma intensa poliúria, com urina diluída e um quadro de polidipsia, que pode inicialmente ser confundida com o diabetes melito (DM) e merece um diagnóstico diferencial cuidadoso.
Diabetes insípido Definição ■■ Diabetes insípido (DI): excreção de volume excessivo de urina diluída. ■■ Poliúria: ●● Em adultos: diurese >3L/dia (ou >40mL/kg). ●● Em crianças: >100mL/kg/dia. ■■ Osmolalidade urinária diminuída (Uosm): <300mOsm/kg. ■■ Osmolalidade plasmática normal (Posm): 285 a 295mOsm/kg ou elevada.
Causas As causas do DI estão listadas na Tabela 48.1.
Diagnóstico Clínico Poliúria e polidipsia, durante o dia e a noite. Se o paciente não tiver acesso à agua, ocorre aumento da osmolalidade plasmática, o que pode levar a alterações neurológicas (irritabilidade, confusão mental,
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Larissa Bianca Paiva Cunha de Sá
ataxia, hipertermia e coma).
Laboratorial ■■ Baixa densidade urinária (<1.010). ■■ Osmolalidade urinária (UOsm) <300mOsm/kg. ■■ Osmolalidade plasmática (POsm) normal ou levemente elevada. ■■ Sódio sérico ligeiramente elevado (>143mEq/L). ■■ Formas parciais podem ter exames pouco alterados.
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Hipopituitarismo
Introdução Hipopituitarismo é a deficiência parcial ou completa de um ou mais hormônios hipofisários: ■■ LH/FSH (hormônio luteinizante/hormônio foliculoestimulante). ■■ GH (hormônio de crescimento). ■■ TSH (hormônio estimulador da tireoide). ■■ ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). ■■ PRL (prolactina). ■■ Pode haver ou não deficiência de ADH (hormônio antidiurético).
Causas As causas do hipopituitarismo estão listadas na Tabela 50.1.
Manifestações clínicas A clínica apresenta-se de maneira variável, conforme a causa, o tipo e a gravidade da deficiência hormonal. Depende também da época da vida em que a doença surgiu. Observe a Tabela 50.2, que descreve os sinais e sintomas de hipopituitarismo.
Diagnóstico Convém solicitar dosagens séricas basais dos hormônios (Tabela 50.3) e exame de imagem da região
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Larissa Bianca Paiva Cunha de Sá
hipotalâmica hipofisária (ressonância magnética [RM], preferencialmente). A Figura 50.1 mostra o fluxograma de investigação. Em casos de dúvida, devem ser solicitados testes de estímulo (Tabela 50.4). Pode ser necessário teste de restrição hídrica para a confirmação do diabetes insípido (mais detalhes no Capítulo 48, Diabetes Insípido e Secreção Inapropriada de Hormônio Antidiurético).
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■■ Sintomas compressivos (em caso de lesões hipotalâmicas hipofisárias): ●● Cefaleia ●● Alteração de campo visual ●● Paralisia de nervos periféricos ■■ Deficiência de LH/FSH: ●● Atraso puberal ●● Amenorreia ●● Diminuição de libido ●● Infertilidade ●● Hipotrofia testicular ■■ Deficiência de GH: ●● Em crianças: –– baixa estatura –– atraso na velocidade de crescimento –– hipoglicemia ●● Em adultos: –– depressão –– fraqueza –– redução de massa magra –– aumento de massa gorda ■■ Deficiência de TSH: ●● Fraqueza ●● Astenia ●● Depressão ●● Constipação intestinal ■■ Deficiência de ACTH: ●● Fraqueza ●● Astenia ●● Perda ponderal ●● Hipotensão postural ●● Náuseas e vômitos ●● Diarreia ●● Mialgia ■■ Deficiência de prolactina: ●● Incapacidade para lactação ■■ Deficiência de ADH: ●● Poliúria ●● Polidipsia
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Tabela 50.2 Sinais e sintomas de hipopituitarismo
LH: hormônio luteinizante; FSH: hormônio foliculoestimulante; GH: hormônio do crescimento; TSH: hormônio estimulador da tireoide; ACTH: hormônio adrenocorticotrófico; ADH: hormônio antidiurético.
Tabela 50.3 Exames laboratoriais no hipopituitarismo ■■ GH e IGF-1: baixos ou normais. Convém ter atenção, pois IGF-1 normal não exclui a deficiência de GH ■■ T4L baixo. TSH normal, baixo ou elevado ■■ Cortisol baixo ou normal. ACTH normal ou baixo ■■ LH, FSH: baixos ou normais. Testosterona total ou estradiol: baixos ■■ Prolactina: baixa ou normal ou elevada ■■ Baixa densidade urinária (<1.010), osmolalidade urinária <300mOsm/kg ■■ Osmolalidade plasmática (POsm) normal ou levemente elevada ■■ Sódio sérico ligeiramente elevado (>143mEq/L) GH: hormônio do crescimento; IGF-1: fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1; T4L: tiroxina livre; TSH: hormônio estimulador da tireoide; ACTH: hormônio adrenocorticotrófico; ADH: hormônio antidiurético LH: hormônio luteinizante; FSH: hormônio foliculoestimulante.
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velocidade de crescimento.
Deficiência de FSH/LH – hormônio foliculoestimulante/hormônio luteinizante ■■ Em mulheres: ●● Estrógeno + progesterona (se houver útero). Por exemplo, estrogênios conjugados (Premarin) – 0,3 a 0,625mg/dia via oral (VO). ●● Medroxiprogesterona (Provera) – 5 a 10mg/dia VO. ●● Cicloprimogina (estradiol + levonorgestrel), VO. ●● Natifa Pro (estradiol 1mg+ noretisterona 0,5mg, VO, contínuo). ●● Angeliq (estradiol 1mg + drospirenona 2mg, VO, contínuo). ●● Estradot (adesivo transdérmico de 17 betaestradiol). ●● Systen sequi (adesivo transdérmico – mantém ciclos menstruais). ●● Systen conti (adesivo transdérmico – contínuo). ■■ Em homens: ●● Deposteron (cipionato de testosterona) 200mg. Aplicar uma ampola intramuscular (IM) a cada duas a quatro semanas. ●● Nebido (undecanoato de testosterona) 1.000mg. Aplicar uma ampola IM a cada 10 a 14 semanas. ●● Androgel (testosterona em gel a 1%) 10mg/g. Aplicar um sachê de 5g pela manhã, bem cedo. ●● Axeron (testosterona solução tópica a 2%) 30mg/1,5mL. Aplicar 1,5mL em cada axila cedo. ●● Monitorizar níveis de testosterona.
Deficiência de ADH – hormônio antidiurético ■■ Desmopressina − DDAVP. ■■ Intranasal (10µg/mL), spray nasal (10µg/puff), comprimidos (0,1 e 0,2mg) e ampolas (4µg/mL). ■■ Iniciar com 5 a 10µg por via intranasal à noite, ao deitar. Ajustar dose de forma que paciente não precise acordar à noite para urinar. Se houver poliúria durante o dia, dar dose pela manhã também. ■■ Dose: 5 a 10µg à noite até 20µg 3×/dia.
Bibliografia
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
■■ Monitorar IGF-1 (entre valor médio e superior da normalidade). Em crianças, também acompanhar
Abucham J, Vieira TCA, Barbosa ER et al. Terapia de reposição hormonal no hipopituitarismo. Arq Bras Endocrinol Metab. 2003; 47(4):492-508. Melmed S, Kleinberg D, Ho K. Pituitary physiology and diagnostic evaluation. In: Melmed S, Polonsky KS. Larsen PR, Kronenberg HM (eds.). Williams textbook of endocrinology. 12. ed. Philadelphia: Elsevier Saunders; 2011. p 175-228. Nunes VS, Naves LA, Ribeiro-Oliveira A Jr et al. Hipopituitarismo: diagnóstico e tratamento. Vilar L (ed.) Endocrinologia clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013. p. 24-38.
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Endocrinologia da Gestação
Abordagem Nutricional no Diabetes Melito Gestacional, 343 Exercícios Físicos na Gestação, 351 Diabetes Melito Gestacional, 353
Endocrinologia da
Alterações Tireoidianas na Gestação, 356
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Gestação C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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Abordagem Nutricional no Diabetes Melito Gestacional
Introdução A hiperglicemia na gestação tem implicações imediatas e a longo prazo para a mãe e a criança. Após o estudo Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcomes (HAPO), a definição de diabetes melito gestacional (DMG) foi revista pela International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG). As diretrizes, com pequenas modificações, foram aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2013 e pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) em 2014. Elas determinaram que o diagnóstico de DMG, em qualquer período durante a gravidez, baseia-se nos seguintes pontos de corte para o jejum, em uma hora e duas horas pós-sobrecarga de glicose de 75g: ≥92mg/dL, ≥180mg/dL e ≥153mg/dL, respectivamente. Segundo esses novos critérios, um valor anormal já leva ao diagnóstico de DMG. Considerando os novos critérios diagnósticos, a prevalência de DMG em gestantes brasileiras aumentou para 18% (IC95% 16,9% a 19%) de acordo com dados do Estudo Brasileiro do Diabetes Gestacional (EBDG).
Avaliação nutricional no diabetes gestacional O DMG é considerado uma complicação comum da gravidez. Sua prevalência está aumentando em função do aumento da carga de obesidade entre as mulheres em idade reprodutiva.
Ganho de peso gestacional As recomendações de ganho de peso gestacional no DMG seguem as mesmas orientações propostas para gestantes sem diabetes gestacional. Para a avaliação do estado nutricional (EN) e a adequação do ganho de peso na gravidez, o Ministério da Saúde (MS) associa duas metodologias: as recomendações do Institute of Medicine (IOM) dos EUA e a curva de Atalah et al. de 1997.
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Michele Drehmer
As recomendações do IOM baseiam-se na utilização do índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional para direcionar o ganho ponderal adequado, conforme a Tabela 51.1. Conforme o IMC pré-gestacional ou do início do pré-natal, o ganho de peso total deverá ser estimado até o fim da gestação (Tabela 51.1). Para o primeiro trimestre, o ganho ponderal é agrupado para todo o período. Enquanto isso, para o segundo e o terceiro trimestres, o ganho é previsto por semana. Portanto, já na primeira consulta de pré-natal, convém estimar quantos gramas a gestante deverá ganhar no primeiro trimestre, assim como o ganho por semana até o fim da gestação. Para a previsão do ganho, faz-se necessário calcular quanto a gestante já ganhou de peso e quanto ainda deve ganhar até o fim da gestação em função da avaliação clínica. Para calcular o ganho de peso semanal a partir do segundo trimestre (no intervalo entre as consultas), deve-se proceder da seguinte maneira:
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IMC pré-gestacional
Ganho de peso total recomendado no primeiro trimestre (IOM, 2013)
Ganho de peso médio por semana e limites mínimo e máximo a partir do segundo trimestre (IOM, 2013)
Ganho de peso total final na gestação
Baixo peso (<18,5 kg/m2)
1 a 3kg/primeiro trimestre
0,51kg/semana (0,44 a 0,58)
12,5 a 18kg
Peso normal (18,5 a 24,9kg/m2)
1 a 3kg/primeiro trimestre
0,42kg/semana (0,35 a 0,50)
11,5 a 16kg
Sobrepeso (25 a 29,9kg/m2)
1 a 3kg/primeiro trimestre
0,28kg/semana (0,23 a 0,33)
7 a 11,5kg
Obesidade (≥30kg/m2)
0,2 a 2kg/primeiro trimestre
0,22kg/semana (0,17 a 0,27)
5 a 9kg
IMC: índice de massa corporal; IOM: Institute of Medicine (EUA).
Cálculo do ganho de peso por semana (segundo e terceiro trimestres) = (peso na consulta atual – peso na última consulta) ÷ número de semanas entre as consultas Já a curva de Atalah é útil para a avaliação do acompanhamento do EN, utilizando-se o gráfico de IMC por semana gestacional. O gráfico é composto por um eixo horizontal, com valores de semana gestacional, e por um eixo vertical, com valores de IMC. O interior do gráfico apresenta o desenho de três curvas, que delimitam as quatro faixas para classificação do EN: 1. Baixo peso (BP). 2. Adequado (A). 3. Sobrepeso (S) 4. Obesidade (O). Assim, o ganho cumulativo de peso é verificado em unidades de IMC por semana gestacional, com a vantagem de ser monitorado facilmente por meio da visualização do traçado dos valores de IMC no gráfico (Figura 51.1). Após o diagnóstico de DMG, as mulheres que ganham peso acima das recomendações do IOM têm maior risco de uso de insulina na gravidez e de cesárea. Para cada 453,6g/semana de aumento de peso após o diagnóstico de DMG, aumenta de 36% a 85% o risco de pré-eclâmpsia, cesárea, uso de insulina, macrossomia e bebês grandes para a idade gestacional, sem diminuir o risco de prematuridade e pequeno para idade gestacional (PIG).
Avaliação do consumo alimentar
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Tabela 51.1 Recomendações para ganho de peso total e por trimestre durante a gestação de acordo com o IMC pré-gestacional
A cada consulta de pré-natal, o profissional deve questionar a alimentação de maneira detalhada. O recordatório alimentar de 24h pode ser aplicado, e devem ser observados a composição das refeições, os grupos de alimentos presentes, o número de refeições e a distribuição ao longo do dia, objetivando-se evitar episódios de hiperglicemia, hipoglicemia e cetose. Deve-se avaliar cuidadosamente a dosagem de insulina e os horários de administração, além do conteúdo de nutrientes fornecidos em cada refeição. Os registros ou diários alimentares trazidos pelo paciente devem ser analisados quanto à presença de três grandes refeições e três pequenas. A presença da ceia deve ser enfatizada em especial para as mulheres que fazem uso de insulina à noite. Além disso, na avaliação do consumo alimentar, atenta-se para a ingestão excessiva de adoçantes artificiais e presença de álcool. 344
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8
40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 O 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 S 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 A 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 BP 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 Semana de gestação
BP Baixo peso
A
Adequado
S
Sobrepeso
O
Obesidade
Figura 51.1 Gráfico de acompanhamento nutricional da gestante, segundo IMC por idade gestacional IMC: índice de massa corporal.
Controle glicêmico
51 |n Abordagem Nutricional no Diabetes Melito Gestacional C o p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
IMC (kg/m2)
40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 6
O tratamento do DMG começa com modificação de estilo de vida, nutrição, exercício e monitoramento de glicose. Um total de 70% a 85% das mulheres diagnosticadas com DMG, sob critérios anteriores aos do IADPSG, pode controlar a DMG apenas com a modificação de estilo de vida. Há previsão de que esse número aumente utilizando-se os novos critérios. A DMG deve ser tratado primeiramente com dieta e exercício. Medicamentos devem ser prescritos, se necessário. O alvo glicêmico para mulheres com DMG, com base no Fifth International Workshop – Conference on Gestational Diabetes Mellitus é: ■■ Pré-prandial ≤95mg/dL (5,3mmol/L). ■■ Uma hora pós-refeição ≤140mg/dL (7,8mmol/L). ■■ Duas horas pós-refeição ≤120mg/dL (6,7mmol/L).
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Exercícios Físicos na Gestação
Introdução A prática regular de exercícios físicos durante a gestação traz inúmeros benefícios para a gestante, principalmente pela redução dos fatores de risco associados ao desenvolvimento de diabetes melito gestacional (DMG), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, tal prática contribui para uma rápida recuperação no pós-parto e influencia positivamente no desenvolvimento e na saúde do bebê. De modo geral, todas as diretrizes vigentes em vários países da Europa e das Américas acerca deste tema recomendam que todas as gestantes, sedentárias ou não, devem realizar exercícios físicos durante a gestação. Exercícios aeróbios, exercícios de força e flexibilidade devem ser desenvolvidos de acordo com o nível de aptidão física da gestante. É importante: ■■ Incentivar a futura gestante a iniciar um programa de exercícios preferencialmente antes da gestação. Este deve ser mantido durante todo o período, o que não impede o início dos exercícios em qualquer momento. Da mesma maneira, o programa de exercícios físicos deve ser mantido após o período de recuperação pós-parto. ■■ Mesmo que a gestante tenha um histórico de sedentarismo, o programa de exercícios pode ser realizado, desde que esteja adequado ao nível de condicionamento físico individual.
Recomendações e contraindicações A Tabela 52.1 resume as principais recomendações e cuidados para a prática segura de exercícios físicos. Já a Tabela 52.2 apresenta as principais contraindicações para a realização de exercícios físicos na gestação. Tabela 52.1 Recomendações e cuidados para a prática segura de exercícios físicos Tipos de exercícios
Recomendações
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Ramiro Barcos Nunes
Cuidados
Exercícios aeróbios Exercícios de caminhada, trote, bicicleta ergométrica, elíptico, natação e dança
■■ Frequência: três a cinco dias por semana (totalizando 150min/semana) ■■ Intensidade: moderada (60% a 75% FCmáx) ou nível 12 a 14 da escala de Borg ■■ A FC não deve ultrapassar 140 a 150bpm ■■ Duração da sessão: 20 a 60min
■■ Respeitar o nível atual de aptidão física e aumentar progressivamente a frequência, intensidade e duração ■■ Evitar esportes de contato para evitar impactos e quedas ■■ Evitar ambientes abafados e exposição ao calor excessivo ■■ Estado nutricional adequado para a realização da sessão de exercício (Continua)
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Diabetes Melito Gestacional
Introdução Define-se diabetes melito gestacional (DMG) como qualquer grau de redução da tolerância à glicose, cujos início ou detecção ocorrem durante a gravidez. Sua prevalência é variável, dependendo dos critérios diagnósticos empregados e da população estudada. No Brasil, em torno de 7% das gestações são complicadas pela hiperglicemia gestacional. O diagnóstico realizado por busca ativa, com testes provocativos – sobrecarga de glicose –, é realizado a partir do segundo trimestre. Recomenda-se a triagem precoce de gestantes de alto risco na primeira consulta pré-natal, o que possibilita identificar casos de diabetes preexistentes e que não devem, portanto, ser rotulados como diabetes gestacional.
Riscos materno-fetais As complicações mais frequentes são: ■■ Mãe: ●● Cesariana. ●● Pré-eclâmpsia. ●● Maior risco de DM futuro. ■■ Feto: ●● Prematuridade. ●● Macrossomia. ●● Distocia de ombro. ●● Hipoglicemia.
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Mirella Hansen de Almeida | Elaine Maria dos Santos Gomes
●● Morte perinatal.
Critérios diagnósticos Os testes diagnósticos devem ser realizados, preferencialmente, entre 24 e 28 semanas de gestação. Duas diferentes abordagens podem ser utilizadas, de acordo com as diferentes sociedades. Os testes diagnósticos estão descritos na Tabela 53.1.
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Estratégia em um passo (one-step) ■■ Teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com 75g após jejum mínimo de 8h, medindo a glicemia de jejum, 1 e 2h após 75g de glicose ■■ O diagnóstico é feito se um dos pontos for igual ou maior do que os seguintes critérios: ●● Jejum: 92mg/dL ●● 1h: 180mg/dL ●● 2h: 153mg/dL Estratégia em dois passos (two-step) ■■ Passo 1: TOTG com 50g (sem jejum), medindo a glicemia 1h após 50g de glicose ●● Caso haja glicemia 1h após sobrecarga ≥140mg/dL,* prossegue-se para o teste com 100g de glicose ■■ Passo 2: TOTG com 100g em jejum medindo a glicemia de jejum e após 1, 2 e 3h da sobrecarga com 100g de glicose ●● O diagnóstico é feito se ao menos duas das medições encontradas forem iguais ou maiores do que os pontos de corte propostos ■■ Critérios de Carpenter/Coustan ou Critérios NDDG: Critérios de Carpenter/Coustan
Critérios NDDG
Jejum: 95mg/dL
Jejum: 105mg/dL
1h: 180mg/dL
1h: 190mg/dL
2h: 155mg/dL
2h: 165mg/dL
2h: 155mg/dL
3h: 145mg/dL
*O American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomenda 135mg/dL para grupos étnicos de risco e outros autores recomendam 130mg/dL.
Alvos glicêmicos na gravidez ■■ O tratamento inicial do DMG consiste em dieta e atividade física. ■■ Gestantes que não alcançarem os alvos glicêmicos preconizados após duas semanas de modificação do estilo de vida deverão iniciar tratamento medicamentoso. ■■ A glicemia capilar deve ser monitorada antes e 1h após as três principais refeições (café, almoço e jantar), ou seja, no mínimo seis vezes por dia. ■■ Os alvos glicêmicos durante a gestação estão descritos na Tabela 53.2, tanto para as pacientes com DMG quanto para aquelas com DM prévio à gestação (tipo 1 ou tipo 2). ■■ Recomenda-se hemoglobina glicada (HbA1c): 6% a 6,5%, mas, dependendo do risco de hipoglicemia, este alvo pode ser mais ou menos rigoroso. ■■ A HbA1c pode ser útil, porém deve ser usada com medida secundária, após a automonitorização da glicemia capilar. ■■ Devido às alterações na cinética das hemácias durante a gestação e às mudanças fisiológicas nos parâmetros glicêmicos, pode ser necessária a monitoração mais frequente dos níveis de HbA1c do
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Tabela 53.1 Testes diagnósticos para diabetes melito gestacional
que o habitual. Tabela 53.2 Alvos glicêmicos na gravidez Alvos da glicemia capilar no DMG:* ■■ Pré-prandial: ≤95mg/dL ■■ 1h: ≤140mg/dL ■■ 2h: ≤120mg/dL
Diabetes pré-gestacional (tipos 1 ou 2) – recomendações da ACOG: ■■ Pré-prandial: ≤90mg/dL ■■ 1h: ≤130 a 140mg/dL ■■ 2h: ≤120mg/dL
*Se não for possível alcançar tais alvos sem hipoglicemias significantes, a American Diabetes Association (ADA) recomenda busca de alvos menos rigorosos. DMG: diabetes melito gestacional. Fonte: ACOG − American College of Obstetricians and Gynecologists; ADA – American Diabetes Association.
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Hipoglicemia, 365 Crise Tireotóxica, 372 Crise Adrenal, 379
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Emergências Endócrinas
Emergências Endócrinas Co p y r i g h t©2 0 1 8E d i t o r aR u b i oL t d a . Ar b e x . E n d o c r i n o l o g i aC l í n i c an oDi aaDi a . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .
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Provas Funcionais
Provas Funcionais
Miscelânea de Provas Funcionais na Endocrinologia, 389
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XIV
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Miscelânea de Provas Funcionais na Endocrinologia
Introdução Este capítulo apresenta as provas funcionais mais importantes na endocrinologia e sua interpretação para: ■■ Avaliação do hipocortisolismo: ●● Teste de estimulação rápida com hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) – teste da cortrosina. ●● Teste de tolerância à insulina com hipoglicemia induzida – ITT cortisol. ■■ Avaliação do hipercortisolismo: ●● Liddle 1: teste de supressão com 1mg de dexametasona. ●● Liddle 2: teste de supressão com dexametasona – dose alta – 8mg/2 dias. ■■ Avaliação da célula betapancreática: ●● Dosagem do peptídio C. ●● Teste de refeição padrão. ●● Teste do glucagon. ■■ Avaliação da deficiência de hormônio do crescimento (GH): ●● Teste de tolerância à insulina com hipoglicemia induzida – ITT GH. ●● Teste do glucagon. ●● Teste da clonidina.
Testes para avaliação do hipocortisolismo Teste de estimulação rápida com ACTH – teste da cortrosina
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Mirella Hansen de Almeida
■■ 250µg intramuscular (IM) ou endovenoso (EV) (Synacthen – 1 ampola = 250µg).
Interpretação ■■ Cortisol >20µg/dL: exclui insuficiência adrenal primária (IAP) e insuficiência adrenal secundária (IAS) com atrofia adrenal. ■■ Cortisol ≤20µg/dL – insuficiência adrenal (IA).
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■■ 0,05 a 0,1UI/kg de insulina regular EV. ■■ Medidas da glicemia e GH nos tempos basal, 15, 30, 45, 60, 90min.
Interpretação ■■ Resposta do cortisol normal (incremento >8mg/dL e/ou pico >18mg/dL) – exclui IA. ■■ Contraindicações: crianças menores do que 20kg, cardiopatas e idosos. ■■ Risco em potencial: convulsões.
Testes para avaliação do hipercortisolismo Considerações gerais ■■ Para a confirmação do hipercortisolismo: diagnóstico da síndrome de Cushing: ●● Teste de supressão com baixa dose de dexametasona. ●● Ritmo circadiano: cortisol à meia-noite (sérico ou salivar). ●● Cortisol livre urinário. ■■ Para confirmação da causa do hipercortisolismo: ●● ACTH basal. ●● Teste do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) ou DDAVP (1-deamino-8-D-arginina vasopressina). ●● Teste de supressão com altas doses de dexametasona. ●● Imagem radiológica. ●● Cateterismo de seio petroso inferior. ■■ Causas: ●● Doença de Cushing. ●● ACTH ectópico. ●● Tumor adrenal. ●● Pseudo-Cushing.
Teste de supressão com 1mg de dexametasona – Liddle 1 ■■ Indicação: diagnóstico de síndrome de Cushing. ■■ Protocolo: ●● Jejum de 8h – administração de 1mg de dexametasona às 23h do dia anterior à coleta da amos-
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Endocrinologia Clínica no Dia a Dia
Teste de tolerância à insulina com hipoglicemia induzida – ITT cortisol
tra (crianças: 10µg/kg). ●● Coleta de sangue para dosagem de cortisol (7 às 8h da manhã seguinte). ●● Interpretação. ●● Resposta normal: cortisol <1,8µg/dL. ●● Falso-negativo: 3%. ●● Falso-positivo: 30% (obeso, depressão, alcoolismo). ■■ Interferentes: ●● Fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, rifampicina e outros indutores de enzimas microssomais 390
hepáticas que acelerem o metabolismo da dexametasona.
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De formato prático e conciso, ele apresenta um conteúdo atualizado da Endocrinologia, atentando para doses, posologia, indicações clínicas e exames diagnósticos. Desse modo, facilita o uso e a interpretação do complexo conhecimento relativo a especialidade. Elaborada por especialistas que atuam diariamente no atendimento clínico, esta obra oferece uma visão prática das informações necessárias para um diagnóstico e uma conduta ágeis. Assim, atende às demandas de consulta do médico estando atualizada com as melhores evidências disponíveis na Endocrinologia.
Área de interesse Endocrinologia
9 788584 110605
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