Endocrinologia Pediátrica – Guia Prático, 3ª edição

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Sobre os Organizadores

Outros títulos de interesse:

Professora-associada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em 2002, era lançada a primeira edição de Endocrinologia

Doutora e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ.

Pediátrica – Um Guia Prático, obra rápida e direta elabora-

Maria Alice Neves Bordallo

Tamanho foi o sucesso que chegamos a esta 3a edição, após

Professora-associada da Faculdade de Medicina do Estado do Rio de Janeiro.

da por profissionais de larga experiência clínica e didática. quinze anos ajudando diversos profissionais da área. Nesta nova versão, totalmente revisada e atualizada, o leitor

Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

conta com a inclusão de capítulos sobre síndromes genéti-

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

mento do câncer, além de um glossário genético. Além disso,

Kássie Regina Neves Cargnin

Professora e Diretora do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, RJ.

cas com repercussões endócrinas e efeitos tardios do trataé contemplado com mais autores, que enriquecem o texto com sua bagagem adquirida no dia a dia de atuação profissional.

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Em formato de livro de bolso, trata-se de uma obra de fácil

Honomar Ferreira de Souza

manuseio e acessível a qualquer momento. Pediatras, endo-

Professor Titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutor e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Cláudia Braga Monteiro

mãos um livro de grande auxílio no cotidiano médico.

Carlos Eduardo Schettino Azevedo

Manual de Alergia Alimentar, 3a ed. Aderbal Sabra

Medicina Neonatal, 2a ed. Adauto Dutra Organizadores

Marilia Martins Guimarães | Maria Alice Neves Bordallo Kássie Regina Neves Cargnin | Honomar Ferreira de Souza Cláudia Braga Monteiro

Endocrinologia pediátrica

Endocrinologia Pediatria

Semiologia Pediátrica Adauto Dutra

Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br

Guia Prático

Áreas de interesse

Edição

Doutora e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 9 788584 110643

capa-final-endocrinologia 2.indd 1

Doenças Exantemáticas em Pediatria, 2a ed.

3a

Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

crinologistas e demais especialistas relacionados têm em

Carlos Eduardo Schettino Azevedo

Endocrinologia pediátrica

Médica do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Bases da Pediatria

Guimarães | Bordallo | Cargnin de Souza | Monteiro

Marilia Martins Guimarães

3

a

Edição

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A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a medicina uma ciência em permanente evolução, recomendamos aos nossos leitores recorrer à bula dos medicamentos e a outras fontes fidedignas, bem como avaliar, cuidadosamente, as recomendações contidas no livro em relação às condições clínicas de cada paciente.

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Copyright © 2017 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-8411-064-3 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização por escrito da Editora. Produção: Equipe Rubio Capa: Thaissa Fonseca Fotos de capa: ©iStock.com / Ugreen / MarkHatfield / GeorgeRudy / goir Editoração eletrônica: Elza Maria da Silveira Ramos CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ E46

Endocrinologia pediátrica: guia prático / Marilia Martins Guimarães ... [et al.]. – 3. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2017. 328 p.: il.; 17cm Inclui índice ISBN 978-85-8411-064-3 1. Endocrinologia pediátrica. 2. Sistema endócrino – Doenças – Diagnóstico. 3. Sistema endócrino – Doenças – Tratamento. I. Guimarães, Marilia Martins. II. Bordallo, Maria Alice Neves. III. Cargnin, Kássie Regina Neves. IV. Souza, Honomar Ferreira de. V. Monteiro, Cláudia Braga. 16-33074

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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CDD: 618.924 CDU: 616.4-053.2

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Endocrinologia Pediátrica – Guia Prático – 3a edição

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MARILIA MARTINS GUIMARÃES Professora-associada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutora e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ. MARIA ALICE NEVES BORDALLO Professora-associada da Faculdade de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. Médica do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). KÁSSIE REGINA NEVES CARGNIN Professora e Diretora do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, RJ. Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). HONOMAR FERREIRA DE SOUZA Professor Titular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutor e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). CLÁUDIA BRAGA MONTEIRO Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutora e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Organizadores

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Ana Paula Neves Bordallo Médica do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE-UERJ). Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Bruna Santiago Pugliese Médica do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE-RJ). Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Gustavo Guida Godinho da Fonseca Médico do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Especialista pela Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM).

Izabel Calland Ricarte Beserra Chefe do Serviço de Endocrinologia do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPMG-UFRJ). Professora-associada da Faculdade de Medicina UFRJ. Doutora em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ.

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Colaboradores

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Médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPMG-UFRJ). Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ.

Marcus Vinicius Leitão de Souza Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ.

Micheline Abreu Rayol de Souza Médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPMG-UFRJ). Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ.

Rosangela Ribeiro Paiva Professora do Curso de Especialização no Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Karina de Ferran

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Recebi com orgulho o convite para prefaciar a terceira edição deste guia. O fato de o livro estar sendo publicado novamente mostra o sucesso e o interesse do público por este recurso. A obra foi desenvolvida para ser uma ajuda rápida e direta aos interessados na área de Endocrinologia Pediátrica e elaborada por profissionais de grande experiência clínica e didática. Esta edição traz duas novidades. A primeira é a inclusão de novos capítulos de grande utilidade para a prática da Endocrinologia Pediátrica: Síndromes

genéticas com repercussões endócrinas, Glossário genético para o endocrinologista e Efeitos tardios do tratamento do câncer. Estes novos temas estão cada vez mais presentes no dia a dia do endocrinologista pediátrico. E a segunda novidade, que me deixa muito feliz, é a nova geração de autores revendo e relançando assuntos, o que garante a atualização deste guia e de futuras edições. É muito importante vermos os autores das versões iniciais passarem “o bastão” para a geração mais jovem da Endocrinologia Pediátrica. Aproveitem a leitura e que este guia continue a ajudar médicos e seus pacientes. Paulo Ferrez Collett-Solberg Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutor em Medicina (Endocrinologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Prefácio

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ACTH

hormônio adrenocorticotrófico

GH

AD

autossômico dominante

GH-RH

hormônio liberador de GH

aGnRH

análogo de GnRH

GIG

grande para a idade gestacional

AH

adeno-hipófise

GnRH

hormônio liberador de gonadotrofina

AHH

adeno-hipófise hipoplásica

HAC

hiperplasia adrenal congênita

AIG

adequado para a idade gestacional

HACPS

Anti-TG

antitireoglobulina

hiperplasia adrenal congênita perdedora de sal

Anti-TPO

anticorpos antitireoperoxidase

HACVS

AR

autossômico recessivo

hiperplasia adrenal congênita virilizante simples

CIUR

crescimento intrauterino retardado

HAD

hormônio antidiurético

CMO

conteúdo mineral ósseo

HAM

hormônio antimülleriano

CPT

carcinomas papilíferos da tireoide

HBA1C

hemoglobina glicosada

CRH

hormônio liberador de corticotrofina

HC

hipotireoidismo congênito

CT

colesterol total

hCG

gonadotrofina coriônica humana

DDS

distúrbios do desenvolvimento sexual

HDL

lipoproteína de alta densidade

DHT

di-hidrotestosterona

HHRH

distúrbio hipofosfatêmico hereditário com hipercalciúria

IAA

autoanticorpos para insulina

IBGE

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICA

autoanticorpos anticélula da ilhota

IDL

lipoproteína de densidade intermediária

IGF-1

fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1

DM

diabetes melito

DM1

diabetes melito tipo 1

DM2

diabetes melito tipo 2

DMO

densidade mineral óssea

EAS

elementos anormais e sedimento

EV

via endovenosa

FDA

Food and Drug Administration

FISH

hibridização in situ fluorescente

FSH

hormônio foliculoestimulante

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hormônio do crescimento

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Lista de siglas e abreviaturas

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proteína ligadora do fator de crescimento similar à insulina tipo 3

SCPS

síndrome cerebral de perda de sal

SDHEA

sulfato de deidroepiandrosterona

IM

via intramuscular

SHBG

proteína ligadora de esteroides sexuais

IMC

índice de massa corporal

SIC

sistema de infusão contínua

LDL

lipoproteína de baixa densidade

SNC

sistema nervoso central

LH

hormônio luteinizante

SSIHAD

LHRH

hormônio liberador de gonadotrofinas

síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético

LPL

lipase lipoproteica

T3

tri-iodotironina

NEM

neoplasia endócrina múltipla

T3L

T3 livre

NHE

neuro-hipófise ectópica

T4

tiroxina

PAAF

punção aspirativa com agulha fina

T4L

T4 livre

TC

tomografia computadorizada

TCTH

transplante de células-tronco hematopoéticas

PCR

reação em cadeia da polimerase

PIG

pequeno para a idade gestacional

PNTN

Programa Nacional de Triagem Neonatal

TG

tireoglobulina

PRL

prolactina

TRAB

PSA

antígeno prostático específico

PTH

paratormônio

anticorpo antirreceptor de hormônio tireoestimulante (thyrotropin receptor antibody)

PTHrp

peptídio relacionado ao paratormônio

TRH

QM

quilomícron

hormônio liberador de hormônio tireoestimuloante

rhGH

hormônio do crescimento humano recombinante

TSH

hormônio tireoestimulante

US

ultrassonografia

VHS

velocidade de hemossedimentação

VLDL

lipoproteína de muito baixa densidade

VO

via oral

RLH

receptor do hormônio luteinizante

RM

ressonância magnética

SC

via subcutânea

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IGFBP-3

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1 Triagem Neonatal ...............................................................1 Definição ........................................................................................................................1 Triagem neonatal para hipotireoidismo congênito .........................................2 Triagem neonatal para hiperplasia adrenal congênita ...................................4 Triagem neonatal para outras doenças ...............................................................7

2 Crescimento .....................................................................13 Crescimento normal ............................................................................................... 13 Crescimento anormal ............................................................................................. 17

3 Distúrbios da Puberdade ..................................................29 Puberdade precoce ................................................................................................. 29 Sinais e sintomas da puberdade precoce ...................................................... 32 Variantes normais do desenvolvimento puberal .......................................... 36 Puberdade atrasada ................................................................................................ 38

4 Ginecomastia....................................................................45 Definição ..................................................................................................................... 45 Ginecomastia no recém-nascido ....................................................................... 45 Ginecomastia puberal ............................................................................................ 46

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Sumário

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Distúrbios do desenvolvimento sexual ............................................................ 55 Investigação diagnóstica ........................................................................................ 58 Designação do sexo de criação .......................................................................... 63 Tratamento ................................................................................................................. 65

6 Doenças da Hipófise .........................................................69 Etiologia ...................................................................................................................... 69 Classificação quanto à função ........................................................................... 71 Doenças da Hipófise anterior ............................................................................ 72

7 Doenças da Tireoide .........................................................93 Hipotireoidismo ........................................................................................................ 93 Hipertireoidismo.....................................................................................................100 Bócios.........................................................................................................................109 Câncer de tireoide .................................................................................................117

8 Doenças da Adrenal .......................................................129 Insuficiência adrenal .............................................................................................129 Síndrome de Cushing ..........................................................................................134 Hiperplasia adrenal congênita ...........................................................................137 Hiperaldosteronismo ............................................................................................142 Feocromocitoma e paraganglioma ..................................................................143 Incidentalomas........................................................................................................145

9 Doenças do Metabolismo Mineral .................................149 Distúrbios do metabolismo de cálcio, fósforo, magnésio e vitamina D ...........................................................................................................149 Doenças metabólicas e genéticas intrínsecas do esqueleto .................166

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5 Alterações do Desenvolvimento Sexual ...........................55

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Síndrome de Turner ..............................................................................................171 Síndrome de Klinefelter.......................................................................................174 Síndrome de Down...............................................................................................177 Síndrome de Noonan ..........................................................................................179 Síndrome de Prader-Willi ....................................................................................182 Síndrome de Silver-Russell .................................................................................184

11 Efeitos Tardios do Tratamento do Câncer .......................189 Alterações do crescimento .................................................................................190 Alterações da função gonadal ...........................................................................191 Alterações da função tireoidiana ......................................................................193 Alterações do metabolismo ósseo ..................................................................194

12 Diabetes Melito ..............................................................197 Critérios diagnósticos do diabetes melito .....................................................197 Classificação do diabetes melito ......................................................................198 Hipoglicemia ........................................................................................................... 206 Cetoacidose ............................................................................................................ 206

13 Hipoglicemia...................................................................215 Definição ...................................................................................................................217 Quadro clínico .........................................................................................................218 Investigação diagnóstica ......................................................................................219 Diagnóstico diferencial .........................................................................................221 Tratamento ...............................................................................................................221

14 Dislipidemias ..................................................................229 Lipídios e proteínas ...............................................................................................230 Avaliação diagnóstica das dislipidemias ........................................................232

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10 Síndromes Genéticas com Repercussões Endócrinas.....171

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Tratamento ...............................................................................................................237

15 Obesidade na Infância ....................................................243 Quem é obeso?..................................................................................................... 243 Índice de massa corporal ................................................................................... 243 Percentual do peso em relação ao peso ideal .......................................... 244 Prevalência .............................................................................................................. 244 Diagnóstico clínico ................................................................................................ 245 Exame físico ............................................................................................................ 246 Exames complementares .................................................................................. 248 Tratamento .............................................................................................................. 249

16 Anorexia e Bulimia .........................................................255 Anorexia nervosa ....................................................................................................255 Bulimia nervosa ......................................................................................................259

Anexos

I Glossário Genético para o Endocrinologista ..................267 Conceitos relevantes da genética humana ..................................................267

II Provas Funcionais Utilizadas Rotineiramente.................277 Provas de estímulo do hormônio do crescimento ....................................277 Prova de estímulo com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas ...................................................................................................278 Prova de restrição hídrica ....................................................................................278 Prova da vasopressina..........................................................................................279 Teste de supressão noturna com dexametasona ......................................279 Baixa e alta dose de dexametasona .............................................................. 280 Teste de estímulo com hormônio adrenocorticotrófico sintético ....... 280 Teste de estímulo com gonadotrofina coriônica ........................................281

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Etiologia e classificação das dislipidemias ....................................................234

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Cálculo da superfície corporal .......................................................................... 283 Compatibilidade da idade óssea ..................................................................... 286 Curvas do National Center for Health Statistics (NCHS).........................287 Curvas da Organização Mundial da Saúde.................................................. 293 Medida de pressão arterial ................................................................................ 302 Índice ......................................................................................................................... 305

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III Gráficos e Tabelas Úteis .................................................283

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Triagem Neonatal Cláudia Braga Monteiro

DEFINIÇÃO Triagem neonatal refere-se à pesquisa de doenças cujo diagnóstico é necessário em razão da ausência de sinais clínicos significativos nessa fase da vida, o que requer tratamento precoce. Isso evita graves sequelas após o nascimento. Os testes de triagem neonatal são realizados por vários serviços no Brasil desde a década de 1980 e, em junho de 2001, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Sua meta é a triagem de 100% dos nascidos vivos em todo o território nacional para as seguintes doenças: hipotireoidismo congênito (HC), fenilcetonúria, fibrose cística, doença falciforme e outras hemoglobinopatias. Em cada Estado existem serviços credenciados pelo Ministério da Saúde para a realização dos exames, visando a detecção precoce dos casos suspeitos, confirmação diagnóstica, acompanhamento e tratamento dos casos identificados. Em dezembro de 2012, o Ministério da Saúde ampliou o programa, e atualmente os serviços de referência devem estar habilitados para a realiza-

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ção dos procedimentos também nos casos de hiperplasia adrenal congênita (HAC) e deficiência de biotinidase. A idade ideal para a coleta de sangue é após 48 horas de vida, ainda na primeira semana. Não há necessidade de aguardar ganho de peso ou melhora da icterícia para a coleta.

TRIAGEM NEONATAL PARA HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO O HC tem incidência de 1 em 3.500 a 4.000 nascidos vivos. A triagem neonatal e a reposição precoce com levotiroxina têm uma alta relação custo-benefício pelo considerável impacto no desenvolvimento neurológico e na qualidade de vida dos pacientes acometidos.

Método ■ Dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) por método ultrassensível a partir do sangue total coletado do calcanhar e impregnado em papel-filtro. ■ Ponto de corte para o TSH: o PNTN recomenda um valor de corte de 10mUI/L para o TSH em sangue total (método imunofluorimétrico). Entretanto, existe uma tendência atual em reduzir esse valor para 5 a 6mcU/L, o que possibilita o diagnóstico de casos mais leves de HC. Essa estratégia aumentaria o número de reconvocações e de resultados falso-positivos, porém ainda não existe consenso para a sua prática.

Protocolo Se o TSH for maior que o ponto de corte, convém reconvocar o recém-nascido para consulta médica e coleta de sangue para dosagens séricas de tiroxina (T4), T4 livre e TSH.

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Interpretação ■ TSH em sangue total (papel-filtro) superior a 20mcU/mL: iniciar tratamento imediatamente enquanto aguarda resultado das dosagens séricas. ■ Dosagens séricas: ● T4 livre abaixo do valor de referência: iniciar tratamento independentemente do valor do TSH. ● TSH entre 6 e 20mcU/mL com T4 livre normal: repetir em 2 semanas – se persistir TSH elevado, iniciar tratamento. ● TSH inferior a 10mcU/mL com T4 total e T4 livre baixos: considerar a possibilidade de hipotireoidismo central – iniciar tratamento.

Avaliação médica ■ História e exame físico: atenção à história de uso de substâncias iodadas e antitireoidianos; avaliar doença tireoidiana materna. ■ Radiografia dos joelhos: avaliação da idade óssea. ■ Iniciar o tratamento imediatamente, mesmo sem o resultado definitivo. Caso não se confirme o diagnóstico, suspender o tratamento. ■ O tratamento deve ser iniciado com doses altas de levotiroxina: 10 a 15µg/ kg/dia o mais precocemente possível. A idade ideal para o início do tratamento é até 15 dias de vida.

Considerações importantes ■ Prematuros extremos (menos de 27 semanas de gestação) podem apresentar elevação tardia do TSH na vigência de HC primário pela imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. Recomenda-se repetição do exame com quatro semanas de vida. ■ Em caso de transfusão, coletar imediatamente antes ou, pelo menos, quatro dias após.

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Triagem NeoNaTal

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

■ Não há interferência de alimentação parenteral/enteral ou uso de medicamentos (exceto dopamina, que pode diminuir os níveis de TSH – coletar normalmente e informar o laboratório). ■ Coletas precoces (antes de 48 horas) aumentam o número de falso-positivos em virtude do pico fisiológico do TSH; coletas tardias atrasam o início do tratamento. ■ Embora alguns serviços ainda utilizem primariamente a dosagem do T4, atualmente recomenda-se a dosagem de TSH. A dosagem isolada do T4 pode ocasionar falso-negativo, já que, em mais de 10% dos casos, ainda existe função tireoidiana residual (ectopias, hipoplasias). ■ O HC central isolado é muito raro. Dados que sugerem deficiências associadas de hormônios da hipófise: hipoglicemia, déficit ponderoestatural acentuado e criptorquia. ■ Filhos de mãe com doença tireoidiana: solicitar TRab (thyrotropin receptor antibody) e dosagens hormonais da mãe e da criança. ■ Ultrassonografia de tireoide/cintilografia: apenas se for possível a realização no mesmo dia, considerando que não há necessidade de confirmar a etiologia do HC imediatamente. ATENÇÃO! Não postergar o tratamento para realizar exames de imagem.

TRIAGEM NEONATAL PARA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA A triagem neonatal para HAC teve início em 1977, quando foi desenvolvida a técnica para dosagem da 17-OH-progesterona mediante radioimunoensaio a partir de sangue impregnado em papel-filtro. Atualmente se utiliza um método sensível (imunofluorimétrico). A pesquisa de HAC na triagem neonatal foi incluída no PNTN em dezembro 2012, e vários Estados já estão habilitados para iniciar o programa.

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Alterações do Desenvolvimento Sexual

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Izabel Calland Ricarte Beserra

DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL Os distúrbios do desenvolvimento sexual (DDS) comumente são evidenciados ao nascimento pelo aspecto incomum da genitália externa (genitália ambígua). São consequentes a múltiplas causas (anomalias cromossômicas, mutações gênicas, fatores ambientais, idiopática) que podem afetar uma das seguintes fases do desenvolvimento: determinação do sexo cromossômico, determinação das gônadas, diferenciação dos genitais internos e externos ou diferenciação sexual secundária (resposta dos tecidos aos hormônios produzidos pelas gônadas).

Classificação Os DDS são classificados em três categorias de acordo com a causa: ■ DDS 46, XX: ● Distúrbios do desenvolvimento ovariano: disgenesia gonadal, DDS ovotesticular e DDS testicular. ● Excesso androgênico: hiperplasia adrenal congênita (HAC), causas maternas (ingestão de progestágenos ou andrógenos, doenças virili-

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático estruturas müllerianas. Muitos casos são identificados apenas na época da puberdade, quando não desenvolvem características sexuais secundárias. ● Parcial: podem apresentar subvirilização, com micropênis ou hipospadia.

■ Deficiência da enzima 5-alfarredutase tipo 2: enzima responsável pela conversão de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), que é necessária para a virilização da genitália externa. Assim, a deficiência causa ambiguidade genital externa em pacientes 46, XY, mas sem alterações na genitália interna. ■ Insensibilidade androgênica: a mutação do receptor androgênico impede as ações teciduais dos andrógenos em graus variáveis nos pacientes com cariótipo 46, XY. A histologia testicular é normal, e os derivados müllerianos são ausentes. ● Completa: a genitália externa é feminina, e os pacientes apresentam amenorreia primária na adolescência. Na infância, pode ser descoberta pela existência de testículos palpáveis em região inguinal ou grandes lábios. ● Parcial: podem aparecer fenótipos variados, dependendo da atividade do receptor androgênico. Em 70% dos casos, a herança é autossômica recessiva ligada ao X, e geralmente há história familiar de tias maternas com amenorreia ou infertilidade. ■ Síndrome de Klinefelter (47, XXY), síndrome de Turner (45, X) e cariótipos mosaicos como 45, X/46, XY ou 46, XX/46, XY: a maioria dos pacientes não tem ambiguidade genital, e a apresentação clínica é mais tardia na infância ou na adolescência, com hipogonadismo hipergonadotrófico. Frequentemente, há atraso puberal e infertilidade. Alguns indivíduos mosaicos 45, X/46, XY ou 46, XX/46, XY podem apresentar ambiguidade genital, conforme o grau de desenvolvimento da função testicular.

INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA A apresentação clínica, em sua maioria, ocorre ao nascimento, quando se observa alguma alteração ou atipia na genitália externa que impede a determinação imediata do sexo da criança. Pode manifestar-se como:

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■ Ambiguidade genital óbvia. ■ Genitália aparentemente feminina com: ● Hipertrofia de clitóris (comprimento superior a 9mm ou diâmetro superior a 6mm no recém-nascido a termo). ● Fusão labial posterior. ● Massa inguinal ou labial palpável. ■ Genitália aparentemente masculina com: ● Criptorquidia bilateral. ● Micropênis (comprimento do pênis esticado inferior a 2,5cm no recém-nascido a termo). ● Hipospadia perineal isolada ou hipospadia leve associada à criptorquidia. Convém investigar também genitália discordante com o cariótipo pré-natal. Cerca de 10% a 20% são diagnosticados mais tardiamente por queixas como atraso puberal, puberdade incompleta, virilização nas meninas, amenorreia primária, hematúria cíclica ou infertilidade.

Diagnóstico clínico A avaliação inicial da criança deve começar com anamnese e exame físico. A anamnese deve conter informações como: ■ História familiar: consanguinidade entre os pais, ambiguidade genital, mortes neonatais não explicadas, amenorreia primária e infertilidade feminina. ■ História materna: uso de medicamentos no primeiro trimestre de gestação, virilização materna durante a gestação e resultados dos exames pré-natais.

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático No exame físico geral, é importante:

■ Determinar o estado de saúde geral do bebê. O grau de hidratação e a pressão arterial devem ser monitorados, já que os defeitos da esteroidogênese adrenal podem se manifestar com perda de sal a partir da segunda semana de vida. ■ Verificar se há outras dismorfias, especialmente do trato urinário, que possam sugerir uma síndrome genética. ■ Observar se há anormalidades de linha média, como fenda palatina e lábio leporino, sugerindo uma causa hipotálamo-hipófise-gonadal. O exame físico detalhado da genitália é fundamental na avaliação clínica. O primeiro passo é a inspeção cuidadosa e a palpação. Convém atentar para: ■ A localização, o tamanho e a consistência das gônadas. ■ A assimetria nas pregas labioescrotais ou na região inguinal. Podem significar hérnias ou gônadas palpáveis, que necessariamente são testículos ou ovotestis. ■ O comprimento do falo em sua face dorsal esticada. Deve-se medir cuidadosamente. ■ A presença de um orifício (seio urogenital) ou dois (uretral e vaginal). Além disso, deve-se avaliar bem a localização da abertura uretral. ■ Características da pele da genitália (pregueamento, pigmentação). Fornecem informações sobre o grau de androgenização. Vale ressaltar que se deve ter cuidado no exame da genitália de um recém-nascido prematuro, já que normalmente o clitóris pode parecer proeminente nas pacientes do sexo feminino. Além disso, os testículos não são palpáveis antes de 34 semanas de idade gestacional no sexo masculino.

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A classificação de Prader, criada originalmente para avaliar o grau de virilização genital em pacientes com HAC, mostrou-se uma ferramenta útil e bastante descritiva para qualquer DDS, variando de 1 a 5, conforme o apresentado na Figura 5.1. O Grau 1 corresponde a clitoromegalia; e o Grau 2, a pequena fusão labial posterior. Já no Grau 3 há falo com aspecto peniano e abertura perineal única (seio urogenital). Por fim, o Grau 4 corresponde a hipospadia sem gônadas palpáveis; e o Grau 5, a criptorquidia bilateral.

Feminina

Grau 1

Grau 2

Grau 3

Grau 4

Masculina

FIGURA 5.1 Classificação de Prader

Exames complementares Na primeira etapa da investigação, devem ser realizados os seguintes exames: ■ Cariótipo. ■ Ultrassonografia pélvica ou ressonância magnética: são fundamentais para a investigação da existência de estruturas müllerianas. Vale lembrar que a ultrassonografia é um método que depende do operador. Assim, a experiência na realização desse exame é importante.

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

■ Dosagem sérica da 17-OH-progesterona (diagnóstico de HAC por deficiência da 21-hidroxilase). ■ Eletrólitos séricos: a hiponatremia ou a hiperpotassemia sugerem HAC, forma perdedora de sal. ■ O teste de estímulo com hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) deverá ser realizado se os valores de 17-OH-progesterona não forem conclusivos e permanecer a suspeita diagnóstica de HAC. ■ Dosagem sérica de hormônio luteinizante (LH), hormônio foliculoestimulante (FSH), testosterona, DHT, androstenediona e, quando possível, hormônio antimülleriano (HAM). A concentração de HAM no soro é um indicador da existência e da função dos testículos. Valores indetectáveis indicam ausência de tecido testicular, enquanto valores normais ou elevados sugerem defeito na síntese de andrógenos ou um defeito do receptor. As dosagens de LH, FSH, testosterona, DHT, androstenediona e HAM somente têm valor quando realizadas até os 4 meses de vida, época de estimulação fisiológica do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.

Com os resultados dos exames laboratoriais, além das informações sobre a existência ou não de gônadas palpáveis e de estruturas müllerianas, normalmente já se tem um guia razoável sobre o manejo prático desses pacientes e a possibilidade de definição do sexo de criação. Os exames em uma segunda etapa, estabelecidos a partir dos resultados dos exames da primeira, servem para a definição etiológica, mas nem sempre são necessários para determinar o sexo de criação. Nessa situação, são incluídos: ■ Teste de estímulo com gonadotrofina coriônica humana (hCG) para dosagem de testosterona e DHT pré- e pós-estímulo (diagnóstico de deficiência de 5-alfarredutase tipo 2).

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Doenças do Metabolismo Mineral

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Micheline Abreu Rayol de Souza

DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE CÁLCIO, FÓSFORO, MAGNÉSIO E VITAMINA D As doenças relacionadas com o metabolismo mineral podem ser congênitas ou adquiridas, ligadas à falta ou ao excesso desses minerais. Elas podem surgir no período neonatal ou mais tardiamente, produzindo manifestações clínicas diversas, inclusive parte do quadro de doenças esqueléticas, como raquitismo, osteoporose e displasias ósseas.

Hipocalcemia Os valores considerados hipocalcêmicos variam conforme a faixa etária (Tabela 9.1).

Quadro clínico Em razão da interrupção abrupta do suprimento de cálcio ao nascimento associado a outros fatores próprios desse período de adaptação, os recém-nascidos são mais propensos a apresentar hipocalcemia. O quadro clínico é

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Tabela 9.1 Hipocalcemia (valores de acordo com a faixa etária) Cálcio total mg/dL

Cálcio ionizado

mmol/L

mg/dL

nmol/L

RN prematuros <1.500g

<7,0

<1,75

<4,0

<1,0

RN a termo ou prematuros >1.500g

<8,0

<2,0

<4,4

<1,1

Crianças e adolescentes

<7,5

<1,9

<2,5

<1,2

RN: recém-nascidos.

variável, desde alguns casos assintomáticos diagnosticados em exames de rotina até sintomas inespecíficos (irritabilidade, abalos, letargia, movimentos mastigatórios) que podem se confundir com outras condições neonatais, como hipoglicemia. Sua prevalência pode ser elevada, com predomínio no sexo masculino. Somente a partir do primeiro mês costumam surgir sinais de tetania, hiperexcitabilidade muscular, tremor e convulsão. Sinais de Trousseau e Chvostek são mais tardios.

Diagnóstico Cálcio iônico baixo ou cálcio total baixo em presença de albumina sérica normal. A confirmação diagnóstica, porém, somente é dada pela reversão dos sintomas após normalização do cálcio sérico. A hipocalcemia neonatal pode acompanhar a hipomagnesemia no pós-parto de mães diabéticas ou em recém-nascidos acometidos por deficiência absortiva seletiva de magnésio. O eletrocardiograma pode mostrar alongamento do intervalo QT, além de alterações dos segmentos QRS e ST.

Causas As causas variam de acordo com o início dos sintomas: ■ Precoce: menos de 3 dias de vida. ■ Tardia: mais de 3 dias de vida.

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■ Hipocalcemia neonatal precoce: ● Materna: – Diabetes melito tipo 1. – Toxemia gravídica. – Medicamentos (antiácidos, anticonvulsivantes). – Hiperparatireoidismo. – Deficiência de vitamina D ou magnésio. ● Neonatal: – Prematuridade, baixo peso, crescimento intrauterino retardado. – Asfixia, desconforto respiratório. – Sepse. – Hipomagnesemia. – Hiperbilirrubinemia/fototerapia. ■ Hipocalcemia tardia: ● Má absorção: doença celíaca, fibrose cística. ● Hipoparatireoidismo. ● Pseudo-hipoparatireoidismo. ● Mutação ativadora do receptor sensível ao cálcio (CaSR). ● Hiperfosfatemia: inadequado aporte alimentar de cálcio ou excesso de fosfato (lactentes alimentados com leite de vaca). ● Hipomagnesemia. ● Deficiência de vitamina D. ● Insuficiência renal. ● Medicamentos: anticonvulsivantes, quimioterápicos. ● Síndromes.

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Doenças Do MetabolisMo Mineral

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Hipercalcemia É mais rara na infância que em adultos, sendo diagnosticada quando o cálcio total está superior a 2,75mmol/L (11mg/dL) e o cálcio iônico, acima de 1,4mmol/L (5,6mg/dL). Considera-se a hipercalcemia grave com valor superior a 3,5mmol/L. Frequentemente, é iatrogênica por dieta pobre em fosfato. É familiar em alguns casos.

Quadro clínico Pode variar de assintomática, diagnosticada em exames, até casos graves com insuficiência renal e sequelas neurológicas. Geralmente, tem início insidioso com sintomas e sinais inespecíficos, como: letargia, hipotonia, irritabilidade, dificuldade de alimentação, perda de peso, constipação, dor abdominal, polidipsia, poliúria, vômito e desidratação. Com os sintomas inespecíficos, a incidência de nefrocalcinose e nefrolitíase ao diagnóstico é maior em crianças. Os casos graves podem apresentar insuficiência renal, pancreatite e perda da consciência.

Causas

Relacionada com o paratormônio (aumentado) ■ Hiperparatireoidismo primário: adenoma, hiperplasia ou carcinoma. Na infância, aumenta a probabilidade de causa genética. ■ Hiperparatireoidismo neonatal grave: mutação inativadora do CaSR. Apresentação nas primeiras semanas de vida. ■ Hiperparatireoidismo neonatal: mutação heterozigota do CaSR com hipercalcemia mais leve e sintomas transitórios. Pode ser associado a mucolipidose tipo II, sem relação com o CaSR. ■ Hiperparatireoidismo primário familiar. ■ Neoplasia endócrina múltipla I, IIa, IV. ■ Síndrome do tumor mandibular.

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■ Depleção de fosfato na prematuridade. ■ Hipocalcemia materna na gestação.

Não relacionada com o paratormônio (normal ou suprimido) ■ Hipercalcemia hipocalciúrica familiar ou hipercalcemia benigna familiar: mutação inativadora heterozigota do CaSR, que eleva o set point para manter a calcemia. PTH normal ou levemente aumentado. Assintomáticos com hipercalcemia leve a moderada. ■ Superprodução de 1,25(OH)2D3: doenças granulomatosas, necrose de gordura subcutânea. ■ Alteração do catabolismo de 1,25(OH)2D3: hipercalcemia idiopática infantil. Mutação no gene CYP24A1, que codifica a 24-hidroxilase, enzima importante para degradação de 1,25(OH)2D3. Ocorre entre 6 e 12 meses, com resolução até os 2 anos de idade. Pode apresentar nefrocalcinose na apresentação. ■ Intoxicação por vitamina D. ■ Doença maligna: menos hiperpotassemia na infância. Mecanismos variáveis: atividade osteoclástica aumentada, produção de peptídio relacionado com o paratormônio (PTHrp) ou 1,25(OH)2D3 pelo tumor. ■ Imobilização aguda. ■ Síndrome de Williams-Beuren. ■ Intoxicação por vitamina A. ■ Tiazídico. ■ Suplementação inadequada de fosfato na nutrição parenteral: ● Suplementos ou complementos de medicina alternativa. ● Outras. ■ Hipofosfatasia infantil grave.

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Doenças Do MetabolisMo Mineral

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

■ Defeitos da vitamina D: ● A calcemia normaliza-se em dias. ● A radiografia normaliza-se em 2 a 3 meses. ● Cura em 9 a 10 meses. ■ Síndromes hipofosfatêmicas: ● Objetivos do tratamento: – Corrigir ou minimizar raquitismo – anormalidades radiográficas. – Reduzir deformidades ósseas. – Minimizar distúrbios metabólicos. – Não precisa normalizar fosfatemia. – Melhorar velocidade de crescimento e altura adulta.

DOENÇAS METABÓLICAS E GENÉTICAS INTRÍNSECAS DO ESQUELETO Síndromes osteoporóticas A osteoporose é a redução da matriz proteica e mineral do osso. Na osteopenia, ocorre baixa densidade do mineral esquelético, mas não o suficiente para causar sintomas ou provocar perda de função.

Critérios para diagnóstico de osteoporose na criança e no adolescente ■ Baixa densidade mineral óssea (DMO) ou baixo conteúdo mineral ósseo (CMO) = escore z <–2,0 para idade, sexo e altura na densitometria (DXA, dual-energy X-ray absorptiometry) associado a: ● História de fratura importante: considerar apenas fraturas resultantes de traumatismos de leve a moderado: – Uma fratura de compressão vertebral.

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I Glossário Genético para o Endocrinologista .................................................267 II Provas Funcionais Utilizadas Rotineiramente ................................................ 277 III Gráficos e Tabelas Úteis ........................................................................................283

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Anexos

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Glossário Genético para o Endocrinologista

I

Gustavo Guida Godinho da Fonseca

CONCEITOS RELEVANTES DA GENÉTICA HUMANA ■ Alelo: nome atribuído a cada forma alternativa de um determinado gene. Considera-se o gene selvagem o alelo mais frequente em uma dada população. ■ Alterações epigenéticas: modificações na expressividade ou no fenótipo de um gene, sem que este seja diretamente mutado. Geralmente, há metilação ou alteração das histonas envolvidas na transcrição do gene. Ocorrem em diversos processos intrínsecos do organismo humano e em algumas doenças de interesse do endocrinologista. Uma característica marcante delas é a baixa herdabilidade. ■ Aneuploidias: grosso modo, indicam todas as situações não euploides. Aplicam-se principalmente a perda ou ganho de cromossomos, inteiros ou parciais, como marcadores ou translocações. ■ Aneuploidias do par sexual: casos específicos, descrevem as aneuploidias envolvendo os cromossomos X e Y. São avaliadas em separado das aneuploidias autossômicas, em razão das consequências distintas em sobrevida e efeito.

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ANEXO

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

■ Autossomos: pares de cromossomos numerados de 1 a 22. Exclui-se o par de cromossomos sexuais. ■ Bandeamento: técnica de coloração para microscopia que possibilita a identificação dos pares cromossômicos e das anomalias menores presentes neles. ■ Cariótipo: técnica de citogenética, utilizando microscopia óptica, na qual se determina o número e a forma dos cromossomos das células de uma amostra. É realizada mediante interrupção do ciclo de replicação celular, após a duplicação das cromátides e antes de sua separação (durante a metáfase). A notação internacional utiliza a fórmula (número de cromossomos contados) (,) (par sexual) – 46, XY ou 46, XX, em casos normais. ■ Centrômero: estrutura responsável pela manutenção da junção entre as cromátides irmãs até o término do crossover. ■ Citogenética: ramo da genética que estuda as manifestações funcionais e estruturais da célula relacionadas com a herdabilidade – os cromossomos, sua integridade, suas quebras e suas alterações morfológicas. ■ Codominância: quando alelos diferentes entre si são dominantes frente a um terceiro alelo, mas ambos são manifestos quando ocorrem em conjunto. O exemplo mais comum é o sistema sanguíneo AB0. ■ Códons: grupo de 64 combinações possíveis entre as quatro bases nitrogenadas (adenina, guanina, citosina e timina); os códons são utilizados para representar os 20 aminoácidos e a sinalização de parada de transcrição. Diante da disparidade entre o número de informações (21) e de códigos possíveis (64), nomeia-se o código genético como “degenerado”, já que conjuntos diferentes podem representar a mesma informação. ■ Cromátides: braços longo (q) e curto (p) – nome dado às regiões divididas pelo centrômero. Todo cromossomo normal tem um braço longo. Alguns cromossomos, denominados acrocêntricos, têm seu centrômero na extremidade, com somente o braço longo. A maioria dos cromosso-

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mos apresentará um braço longo e um braço curto, distintos entre si pelo tamanho de sua representação íntegra (deleções do braço longo não o transformam em curto, mesmo que ele se torne menor do que o curto). ■ Cromossomo: estrutura do núcleo celular na qual se encontra a maior parte do DNA, organizado de forma constante e regular entre as gerações. O número habitual de cromossomos é 46, divididos em 22 pares, comuns aos dois sexos chamados de autossomos e um par característico do sexo denominado sexual. Todos os cromossomos são compostos de cromátides e centrômero. ■ Cromossomo derivativo: cromossomo derivado de um rearranjo complexo entre dois ou mais cromossomos ou da ocorrência de múltiplas anomalias envolvendo apenas um cromossomo. Considera-se para nomeá-lo sempre o cromossomo de origem do centrômero. ■ Cromossomo em anel: rearranjo complexo em que há fusão dos braços longo e curto em suas porções terminais e uma organização circular do cromossomo. Geralmente, estes envolvem a perda de telômeros e, muitas vezes, compreendem grandes deleções ou duplicações de material. Anota-se como r(cromossomo) – r(18), por exemplo. ■ Cromossomo marcador: presença de um cromossomo estruturalmente anormal, cuja identificação não é possível pelo bandeamento. Pode não ter efeito clínico, sendo apenas um achado, porém frequentemente é patológico. É de especial interesse na síndrome de Turner. ■ Cromossomos sexuais: denominação dada aos cromossomos X e Y, que são responsáveis pela determinação do sexo. ■ Deleção: perda de uma ou mais bases nitrogenadas em determinada sequência de DNA. ■ Diploide: célula que conta em seu núcleo com duas cópias homólogas de cada cromossomo, habitualmente uma de cada genitor, perfazendo um par de cada cromossomo e 46 cromossomos no total. As células somáticas são diploides.

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■ Dissomia uniparental: situação na qual as duas cópias de um mesmo cromossomo são herdadas do mesmo progenitor – em algumas regiões cromossômicas (principalmente de imprinting), esse evento já é patogênico; em outras regiões (genes ligados a doenças recessivas), pode não ser patogênico. ■ DNA (ácido desoxirribonucleico): ácido nucleico polimérico, presente em dois tipos distintos de bases – purinas (adenina e guanina) e pirimidinas (timina e citosina). As 64 combinações possíveis entre essas quatro bases formam os códons, a base do código genético. Assim, é o meio no qual as informações de hereditariedade humana são codificadas. ■ Euploidia: situação na qual as células de um humano apresentam um par homólogo de cada cromossomo. Excepcionalmente, o par de cromossomos sexuais X e Y é considerado homólogo. ■ Exoma: conjunto dos éxons de um ser vivo. No caso dos humanos, há cerca de 180 mil éxons distintos, que darão origem ao mRNA e ao proteoma. O sequenciamento do exoma consiste em sequenciamento de todos os éxons, detecção de mutações neles presentes e análise de significado de cada uma destas mutações. A rigor, um sequenciamento do exoma fornecerá como resultado tão somente as mutações relevantes para o quadro clínico de indicação. ■ Éxon: sequência de nucleotídios que é preservada no RNA após a retirada dos íntrons durante o processo de splicing. De maneira simplificada, é descrito como a região efetivamente transcrita do DNA. Oitenta e cinco por cento das mutações relevantes encontram-se nos éxons. ■ Fenótipo: expressão clínica, morfológica, bioquímica ou celular de um genótipo. ■ FISH (hibridização fluorescente in situ): técnica de citogenética que possibilita a identificação rápida de regiões predeterminadas de um cromossomo. Não substitui o cariótipo, mas é de extrema utilidade para casos de mais difícil definição à citogenética convencional.

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A Acetato de hidrocortisona, 76 Acidemias orgânicas, 9 Ácido - desoxirribonucleico, 270 - nicotínico, 240 - ribonucleico, 275 - úrico, 248 Acne, 246 Adamantinomas, 80 Adenoma(s) - autônomo, 112 - foliculares, 112 - hipofisário secretor de GH, 23 - hipofisários, 79 Alelo, 267 Alta estatura, 22 - familiar, 22 - - tratamento da, 27 Alterações epigenéticas, 267 Aminoacidopatias, 9 Anastrozol, 53 Androgênicos, 52 Aneuploidias, 267

- do par sexual, 267 Anorexia nervosa, 255 Antagonistas beta-adrenérgicos, 106 Anticorpos bloqueadores maternos, 94 Antiestrogênicos, 52 Antitireoglobulina, 98 Antitireoperoxidase, 98 Aplasia das células de Leydig, 57 Apoproteínas, 230 Atraso constitucional do crescimento e da puberdade, 18, 38, 41 Autossomos, 268

B Baixa estatura, 17 - acompanhamento da, 21 - desproporcional, 20 - familiar, 18 - proporcional, 20 Bandeamento, 268 Bicarbonato de sódio, 210 Bócio(s), 109, 246 - difuso tóxico, 101, 109

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- difusos, 109, 115 - idiopático, 111 - nodulares, 102, 111, 115 Bociogênicos, 111 Bulimia nervosa, 259

C Calcitonina, 122 Câncer - de tireoide, 117 - tratamento do, 189 Captação de I-123, 98 Carcinoma(s) - anaplásico, 120 - diferenciados, 117 - folicular, 119 - insular, 119 - medular, 120 - metastático, 121 - papilífero, 118 Cariótipo, 268 - mosaicos, 56, 58 Centrômero, 268 Cetoacidose, 206 Cintilografia da tireoide, 98 Cirurgia bariátrica, 252 Cistinose, 163

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Índice

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

Cistos - da bolsa de Rathke, 80 - ovarianos produtores de estrogênio, 31 Citogenética, 268 Citrato de clomifeno, 52 classificação de Prader, 61 Codominância, 268 Códons, 268 Colesterol, 230 Complexo de Carney, 121 Comprimento ao nascer, 18 Compulsão alimentar, 259 Cortisol livre urinário, 248 Craniofaringioma, 80 Crescimento - alterações do, 190 - anormal, 17 - avaliação do, 15 - avanço constitucional do, 23 - de recuperação (catch-up growth), 15 - desvios fisiológicos do, 15 - fetal, 13 - normal, 13 - pós-natal, 14 - pré-puberal, 15 Cretinismo endêmico, 95 Cromátides, 268 Cromossomo(s), 269 - derivativo, 269 - em anel, 269 - marcador, 269 - sexuais, 269

D Danazol, 52 Defeitos - da betaoxidação dos ácidos graxos, 9 - da homeostase do fosfato, 162 - metabólicos e funcionais da vitamina D, 162 Deficiência - da enzima 5-alfarredutase tipo 2, 58 - de ACTH, 72, 74 - de biotinidase, 9 - de FSH, 74 - de GH, 72, 74 - de gonadotrofinas, 72 - de iodo, 111 - de LH, 74 - de TSH, 72, 74 - do eixo somatotrófico, 72 - hormonais, 226 Deleção, 269 Desenvolvimento puberal, 36 Designação do sexo de criação, 63 Dexametasona, 280 Di-hidrotestosterona gel, 52 Diabetes - insípido, 71, 84 - - central, 85, 86 - - nefrogênico, 85, 87 - - permanente, 83 - - transitório, 83 - melito, 197 - - classificação do, 198

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- - tipo 1, 197, 198 - - tipo 2, 204 Diploide, 269 Disgenesia - gonadal 46, XY, 57 - tireoidiana, 93 Dislipidemias, 229 - avaliação diagnóstica das, 232 - etiologia e classificação das, 234 Disormonogênese, 95, 111 Dissomia uniparental, 270 Distúrbios - da puberdade, 29 - do ciclo da ureia, 9 - do desenvolvimento sexual, 55 - - 46, XX, 55 - - 46, XY, 56 - - cromossomos sexuais, 56 - - ovotesticular, 56 - - testicular, 56 DNA (ácido desoxirribonucleico), 270 Doença(s) - associadas ao carcinoma de tireoide, 121 - da adrenal, 129 - da hipófise, 69 - - anterior, 72 - - posterior, 84 - da tireoide, 93 - de Basedow-Graves, 101 - de Dent, 163 - de Graves, 101, 109

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- - na infância e na adolescência, 102, 103 - - neonatal, 101, 103 - de Plummer, 112 - do metabolismo mineral, 149 - hepáticas, 217 - hipofisárias, 69 - metabólicas, 217 - - ósseas, 161 Dosagem - de cortisol sérico na manhã do dia seguinte, 248 - de IGF-1, 26

E Edema cerebral, 213 Eixo somatotrófico, avaliação do, 21 Endocrinopatias, 217 Erros inatos do metabolismo, 217 Estatinas, 240 Esteroides sexuais, 27, 77 Estirão puberal, 15 Estrogênios, 77 Euploidia, 270 Exoma, 270 Éxon, 270 Ezetimibe, 240

F Fenilalanina, 8 Fenilcetonúria, 7 Fenótipo, 270 Feocromocitoma, 143 Fibrose cística, 10

FISH (hibridização fluorescente in situ), 270 Função - gonadal, alterações da, 191 - tireoidiana, alterações da, 193

G Galactosemia, 9 Gene, 271 - do Y, 271 - selvagem, 271 - SHOX, 271 Genética - clássica, 271 - humana, 267 - mendeliana, 271 Genitografia, 63 Genótipo, 271 Germinomas, 79 Ginecomastia, 45 - no recém-nascido, 45 - puberal, 46 Glicocorticoides, 76, 130 Glicose, 248 Gonadotrofina(s), 40 - coriônica, 281

H Hamartomas, 79 Haploide, 271 Hemizigose, 271 Hemoglobina glicada, 248 Heptanoato de di-hidrotestosterona, 52 Herança - autossômica - - dominante, 272

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- - recessiva, 272 - ligada ao X, 272 - mendeliana, 272 Heterozigose, 272 - composta, 272 Hibridização fluorescente in situ, 270 Hidrocortisona, 76 Hiperaldosteronismo primário, 142 Hiperandrogenismo, 246 Hipercalcemia, 154 - agudo, 156 - crônico, 157 - não relacionada com o paratormônio, 155 - relacionada com o paratormônio, 154 Hipercalciúria, 157 Hipercolesterolemia familiar, 235 Hipercortisolismo, 247 Hiperinsulinismo, 216, 221, 225 Hiperlipidemia combinada familiar, 236 Hipermagnesemia, 160 Hiperplasia adrenal congênita, 4, 23, 30, 35, 57, 137 - forma clássica perdedora de sal, 139 - forma clássica virilizante simples, 139 - forma não clássica, 139 Hipertireoidismo, 23, 100 Hipertrigliceridemia, 236

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

- endógena, 240 - grave, 236 - leve, 236 - moderada, 236 Hipocalcemia, 149 - neonatal precoce, 151 - tardia, 152 Hipófise, 69 - anterior, 71 - posterior, 71 Hipofosfatêmico hereditário com hipercalciúria, 163 Hipofunção hipofisária, 72 Hipoglicemia, 206, 215 - assintomática, 221 - cetótica, 217 - em crianças diabéticas em uso de insulina, 227 - na infância, 216 - sintomática, 225 Hipomagnesemia, 158 Hipoparatireoidismo, 152 Hipopituitarismo, 71 Hipoplasia das células de Leydig, 57 Hipotireoidismo, 32, 74, 93, 246 - adquirido, 96, 97 - congênito, 2, 93, 96, 100 - primário, 94 - secundário, 94, 96 - subclínico, 100 - terciário, 94, 96 Hirsutismo, 246 Homocistinúria, 24 Homozigose, 272 Hormônio(s)

- do crescimento, 77 - - humano recombinante, 22 - hipofisários, 40 - tireoestimulante, 102, 248 - tireoidianos, 76, 248 Hot spots, 272

I Idade - cronológica, 16 - estatural, 17 - óssea, 16, 20, 26 - peso, 17 Inativação do cromossomo X, 273 Incidentalomas, 145 Índice de massa corporal, 243 Indução puberal, 65, 66 Inibidores - da absorção do colesterol, 240 - da aromatase, 53 Inibina B, 40 Insensibilidade androgênica, 58 Insuficiência adrenal, 129 - aguda, 131 - crônica, 132 - primária, 130 Insulina, 200, 248 Insulinoterapia, 211 Íntron, 273 Inversão cromossômica, 273 Iodo, 94 Isocromossomo, 273

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L Leptina, 248 Letrozol, 53 Levotiroxina, 76 Linfoma, 121 Lipídios, 230 - de origem endógena, 231 - metabolismo dos, 230

M Medidas antropométricas, 15, 20 - métodos de aferição das, 15 Metabolismo ósseo, alterações do, 194 Metformina, 251 Metimazol, 94, 104 Micropênis, 65 Mineralocorticoide, 130 Monossomia, 273 Mosaico, 274 Mutação(ões) - de ponto, 274 - do gene APC, 121 - do gene PPKAR1A, 121 - do gene PTEN, 121 - frameshift, 274 - missense, 274 - no receptor do TSH, 95 - nonsense, 274 - silenciosa, 274

N Neoplasia endócrina múltipla tipo 2B, 25 Nulissomia, 274

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O Obesidade, 23 - na infância, 243 Orlistat, 251 Osteogênese imperfeita, 168 Osteomalácia induzida por tumor, 162

P Paraganglioma, 143 Parâmetros auxológicos, 16 Paratormônio, 152 PCR, 274 Perfil lipídico, 248 Peso - ao nascer, 18 - ideal, 244 Polidipsia psicogênica, 85 Polimorfismo de nucleotídio único, 275 Polipose adenomatosa familiar, 121 Potássio, 210 17-OH-progesterona, 5 Progesterona, 78 Propiltiouracil, 94, 104 Proteínas, 230 Prova(s) - da vasopressina, 279 - de estímulo com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas, 278 - de estímulo do hormônio do crescimento, 277 - de restrição hídrica, 278

Pseudo-hipoparatireoidismo, 247 Pubarca precoce, 37 Puberdade - atrasada, 38 - precoce, 23, 29 - - central, 29, 30, 34 - - dependente de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), 29 - - heterossexual, 30 - - incompleta, 30 - - independente de GnRH, 29, 30 - - isossexual, 30 - - periférica, 29, 30 - - sinais e sintomas da, 32

R Radioiodo, 107 Radioiodoterapia, 123 Radioterapia, 193 Raloxifeno, 52 Raquitismo, 161 - hipofosfatêmico, 165 - por defeito no receptor de vitamina D, 165 - por deficiência da 1-alfa-hidroxilase, 165 Recém-nascidos PIG, 14 - assimétricos, 14 - simétricos, 14 Região pseudoautossômica, 275 Resistência à insulina, 246 Ressonância magnética de crânio, 26

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RNA (ácido ribonucleico), 275

S Sanger, sequenciamento de, 275 Sela túrcica, 249 Sibutramina, 252 Síndrome - cerebral de perda de sal, 71, 84, 87 - de Beckwith-Wiedemann, 24 - de Berardinelli, 25 - de Cowden, 121 - de Cushing, 134 - de Down, 177 - de Fanconi, 163 - de Klinefelter, 25, 39, 56, 58, 174 - de Lawrence-Moon-Biedl, 247 - de Marfan, 24 - de McCune-Albright, 31, 35, 163 - de Noonan, 179 - de Prader-Willi, 182, 247 - de resistência hormonal, 95 - de secreção inapropriada de hormônio antidiurético, 71, 83, 84, 87 - de Silver-Russell, 184 - de Sotos, 23 - de Turner, 39, 56, 58, 171 - de Weaver, 25

C o p y r i g h t©2 0 1 7E d i t o r aR u b i oL t d a . Gu i ma r ã e se ta l . E n d o c r i n o l o g i aP e d i á t r i c a–Gu i aP r á t i c o , 3 ª e d i ç a o . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

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Índice

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Endocrinologia PEdiátrica – guia Prático

- do “desaparecimento dos testículos”, 39 - hipofosfatêmicas, 162 - hipofosfatêmicas, 166 - osteoporóficas, 166 SNP (snipes), 275 Splicing, 275 STKr, 276 Substâncias citotóxicas, 192 Supressão - com hormônio tireoidiano, 123 - noturna com dexametasona, 248

T Tamanho ao nascer, classificação do, 13 Tamoxifeno, 52 Telarca precoce isolada, 37 Teste - de estímulo - - com gonadotrofina coriônica, 62, 281 - - com hormônio adrenocorticotrófico sintético, 280

- de supressão noturna com dexametasona, 279 Testolactona, 35, 53 Testosterona, 40 Testotoxicose familiar, 32 Tionamidas, 104 Tireoidectomia, 107, 123 Tireoidite(s), 102, 110 - aguda supurativa, 110 - autoimune, 96, 110 - de De Quervain, 110 - de Hashimoto, 110 - subaguda, 110 Tireotoxicose, 100 - factícia, 102 Tiroxina livre, 248 Translocação, 276 Triagem neonatal, 1 - para deficiência de biotinidase, 9 - para fenilcetonúria, 7 - para fibrose cística, 10 - para galactosemia, 9 - para hiperplasia adrenal congênita, 4 - para hipotireoidismo congênito, 2

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Triglicerídios, 230 Triploidia, 276 Trissomia, 276 Tumores - da adrenal produtores de androgênios, 31 - da região hipofisária, 78 - de testículo, 31 - não funcionantes, 80 - ovarianos produtores de estrogênio, 31 - produtores de gonadotrofina coriônica, 31

U Ultrassonografia - da tireoide, 98 - testicular, 34

V Velocidade de crescimento, 14, 20

X Xantomas - eruptivos, 232 - tendinosos, 233 - tuberosos, 233

C o p y r i g h t©2 0 1 7E d i t o r aR u b i oL t d a . Gu i ma r ã e se ta l . E n d o c r i n o l o g i aP e d i á t r i c a–Gu i aP r á t i c o , 3 ª e d i ç a o . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

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Sobre os Organizadores

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Professora-associada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em 2002, era lançada a primeira edição de Endocrinologia

Doutora e Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela UFRJ.

Pediátrica – Um Guia Prático, obra rápida e direta elabora-

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conta com a inclusão de capítulos sobre síndromes genéti-

Mestre em Medicina (Endocrinologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

mento do câncer, além de um glossário genético. Além disso,

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Professora e Diretora do Instituto de Endocrinologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, RJ.

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3

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11/05/2017 09:32:23


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