Fisioterapeuta. Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS).
Com o envelhecimento populacional brasileiro, é imprescindível que o fisioterapeuta esteja capacitado a atender esse contingente apropriadamente. Nosso país cada vez
Mestre em Gerontologia pela Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC), EUA.
mais alcança faixas etárias mais avançadas e, por isso, convém o preparo para cuidar do
Especialização acadêmica em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
preencher a lacuna da (ainda) escassa literatura voltada para o assunto.
Doutor em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS). Mestre em Gerontologia Biomédica pelo IGG/ PUCRS. Especialista em Cinesiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
de fisioterapia, geriatria, odontologia, biomedicina, educação física, nutrição, enfermagem, terapia ocupacional, medicina, farmácia, fonoaudiologia, assistência social e psicologia – áreas interligadas e fundamentais para um tratamento de excelência. Panorama da fisioterapia, saúde pública, atenção multiprofissional, cuidados paliativos, institucionalização, manejo pré- e pós-operatório, síndrome da fragilidade no idoso, adaptações funcionais no domicílio, conduta do paciente com doença de Parkinson e outros quadros graves são alguns dos conteúdos discorridos na obra. Didático e fisioterapeutas e demais profissionais da saúde que desejem realizar uma abordagem humanizada do idoso, sem deixar de lado o que a medicina oferece de mais moderno sobre o tema.
Residência Multiprofissional com ênfase em Saúde do Idoso pela PUCRS.
Ângelo José Gonçalves Bós Médico geriatra. Doutor em Saúde Comunitária pela Universidade de Tokai, Japão. Pós-doutor em Saúde e Participação Social pelo Instituto Metropolitano Gerontológico de Tóquio, Japão. Professor adjunto do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS).
Bizu o X da Questão – 2.500 Questões para Concursos de Fisioterapia Epidemiologia e Bioestatística – Fundamentos para a Leitura Crítica Petrônio Fagundes de Oliveira
Terapia Manual nas Disfunções da ATM, 2a ed. Marcelo Tenreiro Robson Santos
Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br
ilustrado, este trabalho é uma verdadeira fonte de conhecimento para estudantes,
Áreas de interesse Fisioterapia Gerontologia
Coordenador do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo em Porto Alegre, RS.
9 788584 110933
gerontologia
Especialista em Saúde da Família Instituto de Educação e Pesquisa – Hospital Moinhos de Vento (IEP-HMV), RS.
Antônio Biasoli Jr.
fisioterapia
Estruturado em 27 capítulos, o livro conta com a experiência de quase 50 colaboradores
Fisioterapeuta.
Atlas de Anatomia Radiográfica, 2a ed.
idoso com responsabilidade e estudos sólidos. Assim, Fisioterapia em Gerontologia vem
(UFRGS).
Gustavo Nunes Pereira
Outros títulos de interesse
Organizadores
Patricia Morsch
Morsch | Nunes Pereira Gonçalves Bós
Sobre os Organizadores
fisioterapia
gerontologia Organizadores
Patricia Morsch | Gustavo Nunes Pereira Ângelo José Gonçalves Bós
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Gustavo Nunes Pereira Fisioterapeuta. Doutor em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS). Mestre em Gerontologia Biomédica pelo IGG/PUCRS. Especialista em Cinesiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Saúde da Família Instituto de Educação e Pesquisa – Hospital Moinhos de Vento (IEP-HMV), RS. Residência Multiprofissional com ênfase em Saúde do Idoso pela PUCRS. Ângelo José Gonçalves Bós Médico geriatra. Pós-doutorado em Saúde e Participação Social pelo Instituto Metropolitano Gerontológico de Tóquio, Japão. Doutor em Saúde Comunitária pela Universidade de Tokai, Japão. Professor adjunto do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS). Coordenador do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo em Porto Alegre, RS.
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Organizadores Patricia Morsch Fisioterapeuta. Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS). Mestre em Gerontologia pela Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC), EUA. Especialização acadêmica em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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Fisioterapia em Gerontologia Copyright © 2018 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-8411-093-3 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes, sem a autorização por escrito da Editora. Produção Equipe Rubio Editoração Eletrônica Edel Capa Thaissa Fonseca Imagem de capa ©iStock.com / Spiritartist CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
F565 Fisioterapia em gerontologia / organização Patricia Morsch, Gustavo Nunes Pereira, Ângelo José Gonçalves Bós. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2018. 360 p.: il.; 24 cm. Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-8411-093-3 1. Fisioterapia para idosos. 2. Gerontologia. I. Morsch, Patrícia. II. Pereira, Gustavo Nunes. III. Bós, Ângelo José Gonçalves. 18-49771
CDD: 618.97062
CDU: 615.8-053.9
Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefone: 55 (21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil
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Adriana Netto Parentoni
Chefe do serviço de Fisioterapia do Hospital de
Fisioterapeuta.
Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Mestre e doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Adriane Dal Bosco Fisioterapeuta. Doutora em Ciências Médicas e especialista em Cinesiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Coordenadora do curso de graduação em Fisioterapia do Centro Universitário Metodista – (IPA).
Alexandre Simões Dias Fisioterapeuta. Pós-doutor em Fisiologia pela Universidade de León, Espanha. Doutor e mestre em Ciências Biológicas: Fisiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do
Andressa Alves da Silva Médica geriatra. Mestre em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Preceptora do Programa de Residência Médica em Geriatria do Hospital São Lucas da PUCRS. Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Residência em Geriatria pelo Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Andressa Lewandowski Cirurgiã-dentista formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Sul -americana (FTSA). Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade pelo Programa de Residência Multiprofissional e Saúde (Premus) da PUCRS.
Sul (UFRGS).
Especialista em Saúde Coletiva e da Família pelo
Docente do curso de graduação em Fisioterapia
Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande
e dos programas de pós-graduação em Ciências
do Sul (CRORS).
Pneumológicas e Ciências do Movimento Humano
Mestre em Gerontologia Biomédica pelo Instituto
pela UFRGS.
de Geriatria e Gerontologia da PUCRS.
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Colaboradores
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Angela Peña Ghisleni
Residência Multiprofissional em Saúde da Família
Fisioterapeuta.
e Comunidade Programa de Residência Multipro-
Doutora em Sociologia pela Universidade Federal
fissional e Saúde (Premus) da Pontifícia Universi-
do Rio Grande do Sul (UFRGS).
dade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Professora do curso de Fisioterapia da UFRGS.
Cristiane Carboni
Ângela Kemel Zanella
Fisioterapeuta.
Fisioterapeuta e Educadora Física.
Mestre em Reabilitação do Assoalho Pélvico pela
Doutora em Gerontologia Biomédica pela Ponti-
Universidade de Barcelona, Espanha.
fícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Mestre em Ciências da Reabilitação pela Universi-
(PUCRS).
dade Federal de Ciências da Saúde de Porto Ale-
Professora adjunta do curso de Fisioterapia da
gre (UFCSPA), RS.
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), cam-
Especialista em Saúde da Mulher pelo Conselho
pus Uruguaiana, RS.
Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Bárbara Gazolla de Macêdo Fisioterapeuta. Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Pre vidência dos Servidores do Estado de Minas Gerais.
(Crefito – 5), RS. Especialista em Sexualidade Humana na área da educação pela Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH).
Doutora em Medicina e Biomedicina pelo Instituto
Daniela Cristina Carvalho de Abreu
de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Hori-
Fisioterapeuta.
zonte (IEP-SCBH).
Doutora em Cirurgia, área de Pesquisa Experimental
Especialista em ortopedia e gerontologia pela Uni-
pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
versidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Bioengenharia pela Universidade de
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Bra-
São Paulo (USP), campus São Carlos.
sileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Professora-associada do curso de Fisioterapia da
Carmen Lúcia Rondon Soares Fisioterapeuta. Mestre em Ciências da Reabilitação pela Universidade Nove de Julho (Uninove), SP. Professora do curso de Fisioterapia da Faculdade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Cascavel, RS.
Cibele Cardenaz de Souza Fisioterapeuta. Mestre em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Dermatofuncional pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES).
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Coordenadora do Ambulatório de Equilíbrio do Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Coordenadora do Laboratório de Avaliação e Reabilitação do Equilíbrio (LARE) da FMRP-USP. Tutora da Liga de Fisioterapia em Gerontologia da FMRP-USP.
Diene Gomes Colvara Lopes Educadora Física. Doutoranda em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Claudine Lamanna Schirmer
Mestre em Gerontologia Biomédica pelo IGG da
Nutricionista.
PUCRS.
Mestre e doutoranda em Gerontologia Biomédica
Especialista em Gestão da Atenção à Saúde do
pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS.
Idoso pela Escola Grupo Hospitalar Conceição, RS.
Especialista em Gerontologia pela Sociedade de
Residência Multiprofissional com ênfase em Saúde
Geriatria e Gerontologia (SBGG).
do Idoso pela PUCRS.
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Gabriela Guimarães Oliveira
Fisioterapeuta.
Fisioterapeuta.
Doutoranda em Ciências do Movimento Humano
Doutoranda em Gerontologia Biomédica pela
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
(UFRGS).
Sul (PUCRS).
Mestre em Fisiologia do Exercício pela Universida-
Mestre em Gerontologia Biomédica pela PUCRS.
de Federal de São Paulo (Unifesp).
Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso
Professora adjunta do Curso de Fisioterapia da
do Hospital São Lucas da PUCRS.
Universidade Federal do Pampa (Unipampa), campus Uruguaiana, RS.
Iride Cristofoli Caberlon Enfermeira.
Érica Regina Ribeiro Sady
Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Institu-
Fisioterapeuta.
to de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Uni-
Especialista profissional em Fisioterapia Cardio-
versidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PU-
vascular pela Associação Brasileira de Fisioterapia
CRS).
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia In-
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Bra-
tensiva (Assobrafir) do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito). Aprimoramento em Fisioterapia Respiratória e Cardíaca do Hospital Socor. Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Cardiovascular – Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Aperfeiçoamento em Prescrição de Exercício para
sileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Especialista em Enfermagem Gerontológica pela ABEn Nacional. Representante titular no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa Gravataí (RS). Docente do curso de graduação em Enfermagem da Ulbra Gravataí (RS). Presidente da Associação Brasileira de Enferma-
Cardiopatas no Instituto do Coração (Incor) – Hos-
gem (ABEn – RS).
pital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Isabel Carriconde Colvara
Universidade de São Paulo (FMUSP).
Terapeuta Ocupacional pelo Centro Universitário
Fabiane Skopinski
Metodista IPA, RS.
Fisioterapeuta.
Joel Hirtz do Nascimento Navarro
Mestre em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Uni-
Fisioterapeuta. Doutorando em Saúde Coletiva pela Universidade
versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Federal do Espírito Santo (Ufes).
Professora do curso de Fisioterapia e do Curso Su-
Mestre em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia
perior de Tecnologia em Estética e Cosmética da
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Feevale, RS.
Membro do Núcleo de Pesquisa em Política, Ges-
Flávia Doná
tão e Avaliação em Saúde Coletiva da Ufes.
Fisioterapeuta.
Jorge Luiz de Andrade Trindade
Doutora, com pós-doutorado, em Ciências pelo
Fisioterapeuta.
Departamento de Neurologia e Neurociências da
Doutorando em Ciências do Movimento Humano
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pós-doutorado em Motricidade Humana na Especia-
(UFRGS).
lidade em Biomecânica na Faculdade de Motricida
Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Lute-
de Humana da Universidade de Lisboa, Portugal.
rana do Brasil (Ulbra).
Fisioterapeuta e professora no Centro de Fisiotera-
Professor adjunto do curso de Fisioterapia da Uni-
pia Neuromovimento, SP.
versidade Feevale, RS.
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Eloá Maria dos Santos Chiquetti
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José Eduardo Pompeu
Karina Simone de Souza Vasconcelos
Fisioterapeuta.
Fisioterapeuta.
Pós-doutorado em Neurologia e Neurociências
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Bra-
pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
sileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Doutor e mestre em Neurociências e Comporta-
Doutora e mestre em Ciências da Reabilitação pela
mento pela Universidade de São Paulo (USP).
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Especialista em Fisioterapia Neurológica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Professor do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Coordenador do Programa de Aprimoramento em Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia do HCFMUSP. Responsável pela disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso do curso de Fisioterapia da FMUSP. Coordenador do Laboratório de Estudos sobre Tecnologia, Funcionalidade e Envelhecimento da
Kelem Vedovelli Fisioterapeuta. Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Ins tituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Biologia Celular e Molecular pela PUCRS.
Letícia Farias Gerlack Farmacêutica. Doutora em Ciências e Tecnologias em Saúde pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Uni-
USP.
versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Josemara de Paula Rocha
tência Farmacêutica pela PUCRS.
Fisioterapeuta. Doutoranda em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Envelhecimento Humano do Programa de Pós-graduação em Envelhecimento Humano da Universidade de Passo Fundo (UPF), RS. Especialização em residência multiprofissional em Atenção à Saúde do Idoso pela UPF/Hospital São Vicente de Paulo/S. Municipal de Saúde (UPF/ HSVP/SMS).
Juliana Magalhães Machado Barbosa Fisioterapeuta. Mestre e doutoranda em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Especialista em Gerontologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-
Residência Multiprofissional com ênfase em Assis-
Lygia Paccini Lustosa Fisioterapeuta. Doutora e Mestre em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora do Departamento de Fisioterapia e do programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação da UFMG. Titulada especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Luciana Moreno Marques Fisioterapeuta. Mestre em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Aprimoramento Profissional em Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Minas).
Luiz Alberto Forgiarini Júnior
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Bra-
Fisioterapeuta.
sileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Doutor em Pneumologia pela Universidade Fede-
Professora do Centro Universitário de Belo Hori-
ral do Rio Grande do Sul (UFRGS).
zonte (UniBH).
Docente do Centro Universitário Metodista – IPA, RS.
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Michelle Bertóglio Clos
Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário
Assistente social.
Metodista – IPA, RS.
Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Instituto
Magda Aline Bauer Fonoaudióloga Doutoranda em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela
de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Castelo Branco (UCB), RJ.
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS.
Olívia Cardenaz de Souza
Especialista em Fonoaudiologia pela UFSM.
Terapeuta Ocupacional pelo Centro Universitário
Mara Regina Knorst
Metodista – IPA, RS.
Fisioterapeuta.
Pâmela Pissolato Schopf
Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Instituto
Fisioterapeuta.
de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Uni-
Mestre em Gerontologia Biomédica pelo Instituto
versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Uni-
Professora da PUCRS.
versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Mariane Borba Monteiro
Rodrigo Caetano Arantes
Fisioterapeuta. Doutora em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Fisioterapeuta. Pós-doutorado pela Cedeplar-UFMG com estágio pós-doutoral na Universidad de La Habana, Cuba,
Mestre em Medicina: Ciências Médicas pela UFRGS.
país modelo no Programa Estratégia de Saúde da
Margarete Diprat Trevisan
Doutorado em Demografia pela Universidade Fe-
Fisioterapeuta. Licenciada Low Pressure Fitness pela International Hypopressive Institute (LPF). Doutoranda em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Gerontologia Biomédica pela PUCRS.
Família e na Atenção Primária à Saúde (APS). deral de Minas Gerais (UFMG). Mestrado em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialização em Fisioterapia Geriátrica e Gerontológica pela UFMG. Especialização em Gestão em Redes de Atenção à Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
Especialista em Fisioterapia Respiratória pela Asso-
Conselheiro titular no Conselho Estadual da Pes-
ciação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória
soa Idosa (CEI) de Minas Gerais.
e Fisioterapia em Terapia Intensiva (Assobrafir).
Pesquisador visitante da Fundação João Pinheiro
Especialização em Gestão da Atenção à Saúde do
(FJP), MG.
Idoso pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) de Porto AlegreGHC. Residência Multiprofissional – Ênfase em Saúde do Idoso pela PUCRS.
Ruth Losada de Menezes Fisioterapeuta. Pós-doutorado com a temática Envelhecimento e Funcionalidade Humana pela Universidade Fede-
Mário César da Silva Pereira
ral de Goiás (UFG/ Programa de Pós-graduação
Fisioterapeuta.
em Enfermagem [PPGENF]).
Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Univer-
Doutora em Ciências da Saúde pela UFG.
sidade Católica de São Paulo (PUCSP).
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Bra-
Mestre em Gerontologia pela PUCSP.
sileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
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Coordenador do programa de pós-graduação em
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Mestrado em Ciências da Saúde Universidade de
Doutora e mestre em Ciências da Reabilitação pela
Brasília (UnB).
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professora adjunta do Departamento de Fisiotera-
Especialista em Gerontologia pela Sociedade Bra-
pia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências
sileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
e Tecnologias em Saúde da Universidade de Brasília (UnB). Líder do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento, Saúde e Funcionalidade (Nepesf) do CNPq. Integrante da diretoria executiva da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) – 2016-2018 e da Associação Brasileira de Fisioterapia em Gerontologia (Abrafige) – 2017-2019.
Telma de Almeida Busch Mendes Fisioterapeuta. Pós-doutorado em Radiologia: Correlação do Córtex Cerebral, Força e Destreza Manual e doutora em Ciências da Saúde (Medicina Preventiva) pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e em Pneumologia pela Universidade Federal de São
Sionara Tamanini de Almeida
Paulo (Unifesp).
Fisioterapeuta.
Mestre em Gerontologia pela Pontifícia Universi-
Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Instituto
dade Católica de São Paulo (PUCSP).
de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduação em Educação Física.
Valéria de Carvalho Fagundes Psicóloga. Mestre em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Taís Almeida Marra
Pesquisadora Clínica em Neurologia do Hospital
Fisioterapeuta.
de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
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Dedicamos este livro aos nossos familiares e amigos, pelo carinho e pelo apoio incondicional; e a todos os acadêmicos de fisioterapia, colegas fisioterapeutas e especialistas em gerontologia, com nossos votos de que este material possa auxiliar no processo de aprendizagem e nas escolhas das melhores condutas terapêuticas na abordagem do paciente idoso. Por fim, dedicamos este livro especialmente aos idosos, fonte de nossa inspiração e motivo maior de nosso empenho profissional. Os Organizadores
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Dedicatória
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O livro Fisioterapia em Gerontologia está estruturado em 27 capítulos divididos em dois eixos que nortearam o desenvolvimento da obra. O primeiro tem como objetivo relatar um panorama geral da fisioterapia em gerontologia e suas peculiaridades. O segundo eixo visa a detalhar o manejo técnico do paciente idoso, segundo a aplicação das subáreas da profissão. Nos primeiros três capítulos é contextualizada a importância da fisioterapia, tanto no contexto do envelhecimento populacional, quanto no de saúde pública, na rede assistencial do SUS e em sua atuação na atenção multiprofissional ao idoso. Em seguida, é abordado o papel do profissional de fisioterapia na atuação com idosos que necessitam de cuidados paliativos (Capítulo 4), pacientes longevos (Capítulo 5) e idosos institucionalizados (Capítulo 6). Estas três situações são contextos muito importantes cujo campo de atuação do fisioterapeuta tem crescido nos últimos anos. O Capítulo 7, A Fisioterapia na Síndrome da Fragilidade na Pessoa Idosa, aborda a atuação do fisioterapeuta na síndrome da fragilidade, condição relacionada com a propensão de quedas, mencionada no capítulo posterior, Abordagem Fisioterapêutica na Pessoa Idosa com Risco de Quedas, o qual antecede a discussão das adaptações funcionais no domicílio no Capítulo 9, Adaptações Funcionais no Domicílio. O livro passa, a partir do Capítulo 10, Abordagem Fisioterapêutica no Perioperatório: Atendimento Pré e Pós-operatório, a dedicar-se a questões mais classicamente abordadas na fisioterapia, mas no contexto do cuidado da pessoa idosa. Nesse capítulo, é discutida a importância do profissional fisioterapeuta na avaliação e no acompanhamento da pessoa idosa no pré-operatório e no pós-operatório. As disfunções geniturinárias na pessoa idosa são abordadas no Capítulo 11, Abordagens das Disfunções Geniturinárias da Pessoa Idosa: Introdução, que precede a abordagem de duas consequências importantes desses problemas clínicos: as incontinências urinária e fecal no Capítulo 12. Na sequência, é iniciada a discussão sobre as disfunções neurológicas apresentadas no Capítulo 13, Abordagens dos Idosos Portadores de Disfunções Neurológicas, que antecede abordagens mais específicas como no Capítulo 14, Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Quadro Demencial, no Capítulo 15, Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Doença de Parkinson e no Capítulo 16, Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Acidente Vascular Encefálico.
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Apresentação
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Iniciam-se, a partir do Capítulo 17, Abordagens das Modificações e Lesões Cutâneas do Envelhecimento, questões relacionadas com o envelhecimento cutâneo. Passam a ser tópicos de discussão também o tratamento fisioterapêutico nas ulcerações (Capítulo 18, Ulcerações no Idoso ‒ Varicose e Pressão) e a fisioterapia dermatofuncional propriamente dita no paciente idoso no Capítulo 19, Fisioterapia Dermatofuncional em Geriatria. O Capítulo 20, Abordagens dos Idosos Portadores de Dor Crônica e Doenças Reumatológicas, o Capítulo 21, Abordagem dos Idosos Portadores de Disfunções Traumato-ortopédicas, e o Capítulo 22, Abordagem Fisioterapêutica dos Procedimentos Protéticos Articulares, são dedicados ao tratamento de idosos portadores de dor crônica e doenças reumatológicas, bem como às disfunções traumato-ortopédicas, sem esquecer a fisioterapia em procedimentos protéticos articulares. O livro dedica seus últimos cinco capítulos às questões cardiorrespiratórias: Capítulo 23, Fisioterapia Respiratória na Pessoa Idosa; Capítulo 24, Pneumonia em Idosos; Capítulo 25, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica na Pessoa Idosa; Capítulo 26, Outras Complicações Respiratórias na Pessoa Idosa; e Capítulo 27, Reabilitação Cardíaca na Pessoa Idosa. Com o envelhecimento populacional, é fundamental que o fisioterapeuta esteja capacitado a atender esse contingente populacional de maneira adequada. A presente obra é uma ferramenta fundamental para que os fisioterapeutas se apropriem de instrumentos e abordagens efetivas no tratamento das pessoas idosas.
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Os Organizadores
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Livros são como filhos gestados com cuidado e carinho. É uma sensação maravilhosa quando recebemos nosso filho pela primeira vez nos braços, mas, recebermos nosso livro, dá um orgulho! Nosso país está cada vez mais envelhecido. Precisamos nos preparar para cuidar com responsabilidade e conhecimentos sólidos. A literatura voltada para esse público ainda é escassa. Este livro vem preencher tal lacuna. Claudia Marina Fló Fisioterapeuta. Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Reabilitação pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG. Presidente do Conselho Estadual do Idoso de São Paulo. Coordenadora da Área Técnica da Saúde do Idoso da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
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Prefácio
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1
Envelhecimento Populacional e Longevidade no Brasil: Perspectivas para a Atuação do Fisioterapeuta, 1 Rodrigo Caetano Arantes • Mário César da Silva Pereira • Ângelo José Gonçalves Bós
2
A Fisioterapia e as Políticas Públicas de Saúde na Rede Assistencial do Sistema Único de Saúde, 17 Joel Hirtz do Nascimento Navarro • Angela Peña Ghisleni
3
O Papel do Fisioterapeuta na Atenção Multiprofissional à Pessoa Idosa, 31 Andressa Alves da Silva • Andressa Lewandowski • Claudine Lamanna Schirmer • Diene Gomes Colvara Lopes • Isabel Carriconde Colvara • Iride Cristofoli Caberlon • Letícia Farias Gerlack • Magda Aline Bauer • Michele Bertóglio Clos • Valéria de Carvalho Fagundes
4
Abordagem Fisioterapêutica nos Cuidados Paliativos, 47 Margarete Diprat Trevisan • Telma de Almeida Busch Mendes
5
Especificidades na Atenção da Pessoa Idosa Longeva, 61 Gustavo Nunes Pereira • Ângelo José Gonçalves Bós
6
Abordagem Clínica na Pessoa Idosa Institucionalizada, 69 Taís Almeida Marra • Érica Regina Ribeiro Sady
7
A Fisioterapia na Síndrome da Fragilidade na Pessoa Idosa, 79 Adriana Netto Parentoni • Lygia Paccini Lustosa
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Sumário
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8
Abordagem Fisioterapêutica na Pessoa Idosa com Risco de Quedas, 93 Patricia Morsch • Bárbara Gazolla de Macêdo
9
Adaptações Funcionais no Domicílio, 107 Cibele Cardenaz de Souza • Olívia Cardenaz de Souza
10
Abordagem Fisioterapêutica no Peroperatório: Atendimento Pré e Pós-operatório, 113 Lygia Paccini Lustosa • Mariane Borba Monteiro
11
Abordagens das Disfunções Geniturinárias da Pessoa Idosa: Introdução, 125 Juliana Magalhães Machado Barbosa • Luciana Moreno Marques • Mara Regina Knorst
12
Incontinências Urinária e Fecal, 139 Ângela Kemel Zanella • Cristiane Carboni
13
Abordagens dos Idosos Portadores de Disfunções Neurológicas, 153 José Eduardo Pompeu
14
Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Quadro Demencial, 161 Kelem Vedovelli • Ruth Losada de Menezes
15
Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Doença de Parkinson, 169 Daniela Cristina Carvalho de Abreu • Flávia Doná
16
Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Acidente Vascular Encefálico, 187 José Eduardo Pompeu
17
Abordagens das Modificações e Lesões Cutâneas do Envelhecimento, 199 Cibele Cardenaz de Souza
18
Ulcerações no Idoso – Varicose e Pressão, 205 Ângela Kemel Zanella • Cibele Cardenaz de Souza
19
Fisioterapia Dermatofuncional em Geriatria, 215 Fabiane Skopinski
20
Abordagens dos Idosos Portadores de Dor Crônica e Doenças Reumatológicas, 221 Karina Simone de Souza Vasconcelos
21
Abordagem dos Idosos Portadores de Disfunções Traumato-ortopédicas, 235 Lygia Paccini Lustosa • Sionara Tamanini de Almeida
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Abordagem Fisioterapêutica nos Procedimentos Protéticos Articulares, 249 Eloá Maria dos Santos Chiquetti • Carmen Lúcia Rondon Soares
23
Fisioterapia Respiratória na Pessoa Idosa, 267 Gabriela Guimarães Oliveira • Adriane Dal Bosco • Luiz Alberto Forgiarini Júnior
24
Pneumonia em Idosos, 281 Gabriela Guimarães Oliveira • Jorge Luiz de Andrade Trindade • Alexandre Simões Dias
25
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica na Pessoa Idosa, 295 Josemara de Paula Rocha • Pâmela Pissolato Schopf
26
Outras Complicações Respiratórias na Pessoa Idosa, 309 Pâmela Pissolato Schopf • Josemara de Paula Rocha
27
Reabilitação Cardíaca na Pessoa Idosa, 319 Margarete Diprat Trevisan
Índice, 333
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Rodrigo Caetano Arantes • Mário César da Silva Pereira • Ângelo José Gonçalves Bós
Introdução O Brasil e muitos outros países vivenciam o advento do envelhecimento populacional e maior longevidade alcançada pelas pessoas.1-3 Nos mais diversos grupos etários, observam-se ganhos de longevidade ou maior número de anos vividos. Isso não é diferente para as pessoas dentro do grupo etário de 60 anos ou mais, consideradas idosas, que aumentam em número absoluto. Nessa perspectiva, o envelhecimento populacional é um fenômeno global e inexorável, almejado pela sociedade, por representar ganhos sociais, ao mesmo tempo que pressiona o direcionamento de políticas públicas cada vez mais específicas para os grupos etários mais envelhecidos, entre eles o de idosos. Para o delineamento dessas políticas existe a necessidade de identificar as peculiaridades desse contingente populacional, para assim endereçá-las de forma abrangente e adequada. O presente capítulo tem como objetivo traçar a epidemiologia do envelhecimento, demonstrando a perspectiva de um amplo campo de atuação para o fisioterapeuta.
O envelhecimento populacional
pessoas de 60 anos ou mais de idade para cada 100 pessoas menores de 15 anos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. O cálculo deste indicador para o Brasil evidencia o fenômeno do envelhecimento populacional e maior proporção de idosos ao longo dos anos (Figura 1.1). Este indicador é utilizado para acompanhar a evolução do ritmo de envelhecimento da população, comparativamente entre áreas geográficas e grupos sociais, além de contribuir para a avaliação de tendências da dinâmica demográfica no intuito de se subsidiar a formulação, a gestão e a avaliação de políticas públicas nas áreas de saúde e de previdência social.4 Outro indicador demográfico que também evidencia o aumento da população de idosos é a razão de dependência de idosos, calculada pelo quociente das pessoas residentes de 65 anos e mais de idade pela quantidade de pessoas residentes com idade de 15 a 64 anos. Quando comparada com a razão de dependência de jovens (quociente inverso), ela vem aumentando, como ilustra a Figura 1.2. Além disso, por esse indicador pode-se observar a mensuração da participação relativa do contingente populacional poten-
Calcula-se o índice de envelhecimento de uma
cialmente inativo. Este deve ser suportado pela
população pelo quociente entre a quantidade de
parcela da população potencialmente produtiva.
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250
206,2
Índice de envelhecimento
200
150
100
50 18,7 0 2000
2010
2020
2030
2040
2050
2060
2040
2050
2060
Anos (décadas)
Figura 1.1 Índice de envelhecimento no Brasil entre 2000 e 2060 Fonte: adaptada de IBGE, 2013.2
80 Total 70
Razão de dependência da população
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2 Fisioterapia em Gerontologia
Jovens (0-14/15-64) Idosos (65 ou mais/15-64)
60
50
40
30
20
10
0 2000
2010
2020
2030 Anos (décadas)
Figura 1.2 Razão de dependência da população no Brasil entre 2000 e 2060 Fonte: adaptada de IBGE, 2013.2
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Os valores elevados indicam que a população em
e Portugal. Já em outros países o diferencial por
idade produtiva deve sustentar uma grande pro-
sexo privilegia os homens, que podem esperar vi-
porção de dependentes, o que significa considerá-
ver mais tempo em Islândia, Suíça, Austrália, Israel,
veis encargos assistenciais e previdenciários para a
Cingapura, Nova Zelândia, Itália, Japão, Suécia e
sociedade nos próximos anos.4
Luxemburgo.3
Dada a conjuntura, tornam-se focos das inves-
No Brasil, os ganhos em expectativa de vida,
tigações demográficas os diferentes momentos
ao nascer, ao longo dos anos de 1980 e 2016 fo-
em que transcorre o fenômeno do envelhecimen-
ram maiores para as mulheres, conforme pode
to populacional, em geral, processo que acompa-
ser visto na Tabela 1.1. As mulheres vivem, em
nha o desenvolvimento socioeconômico dos paí
média, sete anos mais que homens. Possivelmen-
ses. Os ganhos em expectativa de vida e maior
te, este diferencial por sexo tende a diminuir fu-
número de idosos nos países mais desenvolvidos
turamente, pela consolidação de políticas públi-
economicamente se deram em um tempo maior,
cas direcionadas à saúde dos homens em geral
quando comparados com os países em desenvol-
e não somente os idosos. Em média, o brasileiro,
vimento. Os países europeus, como a França, le-
considerando-se homens e mulheres, que nas-
varam um século para a proporção de idosos na
ceu em 2016 pode esperar viver 75,7 anos (Tabe-
população passar de 7% a 14%. Enquanto isso,
la 1.1). Os estados do Brasil com maior expectati-
o Brasil, por exemplo, para alcançar essa mes-
va de vida são Santa Catarina, São Paulo, Espírito
ma proporção, levou um período bem menor,
Santo e Rio Grande do Sul, além do Distrito
de aproximadamente 20 anos.
5,6
Assim, os paí-
Federal.
ses mais desenvolvidos tiveram um tempo maior para se prepararem para o novo perfil demográfico que se desenhava. Já os países em desenvolvimento se veem no momento exato para a adoção
Dinâmica demográfica de fecundidade e mortalidade
de políticas públicas de saúde, sociais e previden-
Os ganhos em expectativa de vida, com aumen-
ciárias que contenham a demanda de uma estru-
to proporcional do número de idosos, têm alicer-
tura etária mais envelhecida com maior número
ce na transição demográfica advinda de efeitos
de idosos na população.
combinados de redução das variáveis das com-
Em contrapartida, a diferença do tempo decor-
ponentes da dinâmica demográfica de fecundida-
rido para alcançar melhores índices de expectati-
de e mortalidade. No que concerne à diminuição
va de vida também faz com que os ganhos dos
da fecundidade, de 202 países dos quais se tem
países mais pobres se tornem, quantitativamente,
informação, 80 já têm taxa de fecundidade total
mais expressivos. A Libéria, por exemplo, passou
(TFT). Esta representa a quantidade de filhos ti-
de 42 a 62 anos de idade; Etiópia, de 45 a 64; Mal-
dos pelas mulheres, abaixo do nível de reposição
divas, de 58 a 77; Camboja, de 54 a 72; Timor-Leste
populacional, que é de 2,1 filhos por mulher. Des-
de 50 a 66; e Ruanda, de 48 a 65 anos.3
tes, 50% estão na Europa e 18% na América Lati-
Os diferenciais em anos de expectativa de vida
na, com 14 países.9 No Brasil, a partir da década
ao nascer e por idade também são vistos ao se-
de 1970, os níveis da TFT começaram a diminuir.10
rem analisados por sexo. Nos mais diversos paí-
Os dados mostram que, em 2016, a TFT estava
ses, esse diferencial pode estar relacionado com as
em torno de 1,69 filho por mulher.8 Assim, nota-se
questões biológicas e/ou socioculturais. A exem-
que o Brasil também está abaixo do nível de repo-
plo, as mulheres com maior expectativa de vida
sição. Na Figura 1.3, pode-se observar a diminui-
vivem em Japão, Espanha, Suíça, Cingapura, Itá-
ção da fecundidade no Brasil ao longo dos anos
lia, França, Austrália, Coreia do Sul, Luxemburgo
2000 a 2014.
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4 Fisioterapia em Gerontologia
Tabela 1.1 Expectativa de vida ao nascer por sexo para o Brasil e unidades da federação em 1980 e 2016 Brasil e Unidades da Federação
1980
2016
Acréscimos 1980/2016
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
Total
Brasil
59,6
65,7
62,5
72,2
79,3
75,7
12,6
13,6
13,2
Rondônia
58,1
62,4
60,0
68,3
75,0
71,3
10,2
12,6
11,3
Acre
58,3
62,9
60,3
70,7
77,5
73,9
12,4
14,6
13,6
Amazonas
58,4
63,3
60,7
68,6
75,5
71,9
10,2
12,2
11,2
Roraima
56,3
62,1
59,0
69,1
74,3
71,5
12,8
12,2
12,5
Pará
58,1
64,1
60,9
68,4
76,3
72,1
10,3
12,2
11,2
Amapá
57,7
62,8
60,1
71,3
76,7
73,9
13,6
13,9
13,8
Tocantins
–
–
–
70,5
76,7
73,4
–
–
–
Maranhão
54,5
61,2
57,5
66,9
74,5
70,6
12,4
13,3
13,1
Piauí
55,6
61,8
58,6
66,9
75,3
71,1
11,3
13,5
12,5
Ceará
56,0
62,0
59,0
69,9
77,8
73,8
13,9
15,8
14,8
Rio Grande do Norte
55,5
61,0
58,2
71,7
79,8
75,7
16,2
18,8
17,5
Paraíba
54,1
59,9
57,0
69,3
77,1
73,2
15,2
17,2
16,2
Pernambuco
53,5
59,9
56,7
69,9
77,7
73,9
16,4
17,8
17,2
Alagoas
52,7
58,8
55,7
66,9
76,4
71,6
14,2
17,6
15,9
Sergipe
57,8
62,5
60,2
68,5
76,9
72,7
10,7
14,4
12,5
Bahia
57,3
62,3
59,7
69,0
78,2
73,5
11,7
15,9
13,8
Minas Gerais
61,1
66,1
63,5
74,3
80,2
77,2
13,2
14,1
13,7
Espírito Santo
61,9
68,5
64,9
74,3
82,2
78,2
12,4
13,7
13,7
Rio de Janeiro
60,3
68,2
64,2
72,7
79,5
76,2
12,4
11,3
12,0
São Paulo
62,7
69,4
65,9
74,9
81,1
78,1
12,2
11,7
12,2
Paraná
61,6
66,8
64,0
73,7
80,5
77,1
12,1
13,7
13,1
Santa Catarina
63,8
69,6
66,6
75,8
82,4
79,1
12,0
12,8
12,5
Rio Grande do Sul
64,8
71,0
67,8
74,3
81,1
77,8
9,5
10,1
10,0
Mato Grosso do Sul
61,8
66,2
63,8
72,1
79,2
75,5
10,3
13,0
11,7
Mato Grosso
58,1
63,2
60,3
71,1
77,8
74,2
13,0
14,6
13,9
Goiás
60,0
64,9
62,3
71,1
77,5
74,2
11,1
12,6
11,9
Distrito Federal
63,3
70,5
66,8
74,4
81,5
78,1
11,1
11,0
11,3
Nota: o Estado do Tocantins foi criado em 1988. Fonte: adaptada de IBGE, 2013; 2018.7,8
01 - 166 - Fisio em Gerontologia.indd 4
22/05/2018 11:55:59
2,4
Taxa de fecundidade total
1,8
1,2
0,6
0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Anos
Figura 1.3 Taxa de fecundidade total no Brasil de 2000 a 2014 Fonte: adaptada de IBGE, 2018.8
Entre os motivos para a diminuição da fecun-
em expectativa de vida ao nascer, pela redução da
didade ao longo dos anos, pontua-se a emanci-
mortalidade infantil, bem como ganhos em todas
pação feminina, com o aumento da escolaridade,
as idades, o que resulta em maior longevidade al-
bem como a maior participação no mercado de
cançada pelas pessoas. Embora tenha reduzido,
trabalho formal, concomitantemente aos avanços
a taxa de mortalidade infantil no Brasil que, em
na saúde sexual e reprodutiva, com o uso de mé-
2016, era de 13,3 por mil nascidos vivos, ainda é
todos contraceptivos.11-14 Atualmente, a contra-
considerada alta quando comparada com outros
cepção é usada por metade dos casais no mundo,
países, tendo que se direcionar políticas públi-
sendo que na década de 1960 apenas 10% usa-
cas a fim de decrescer ainda mais.2,8 Dados sobre
vam algum tipo de método para reduzir a prole,
mortalidade por faixa etária no Brasil desde 1980
segundo a instituição britânica Department for In-
mostram que a diminuição da mortalidade no país
ternational Development (DFID) (1997), citada por
foi muito mais expressiva justamente em crianças
Bloom et al. (2003).15 Outras correntes de estudos
com menos de 1 ano de idade e, hoje em dia, a
demográficos evidenciam a maior consciência das
mortalidade é maior em idosos, conforme ilustra
famílias em optarem por menor quantidade de fi-
a Figura 1.4.
lhos para investimentos qualitativos nos filhos ti-
Já no tocante ao envelhecimento da população
dos, sejam educacionais ou culturais, tendo em
pelo declínio da mortalidade em qualquer ida-
vista a maior quantidade e a menor capacidade de
de, com as pessoas vivendo mais, a mortalidade
investimentos.16,17
concentra-se em idades mais avançadas,21,22 fato
Por sua vez, a variável demográfica mortalida-
comprovado na análise das pirâmides etárias con-
de também contribui para a mudança da estrutu-
cebidas para o Brasil ao longo dos anos. Assim,
ra etária e o envelhecimento populacional.18,19 Em
pode-se observar o aumento do número absoluto
muitos países e, no Brasil, observam-se ganhos
de pessoas nas faixas etárias, em especial as de 60
01 - 166 - Fisio em Gerontologia.indd 5
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Envelhecimento Populacional e Longevidade no Brasil: Perspectivas para a Atuação do Fisioterapeuta 5
22/05/2018 11:56:00
anos adiante, além da redução da fecundidade, in-
principalmente HIV/AIDS (vírus da imunodeficiên-
dicada pelo estreitamento da base (Figura 1.5). A
cia humana/síndrome da imunodeficiência adqui-
estrutura das pirâmides etárias brasileiras com o
rida).23
passar dos anos ganha, cada vez mais, o formato
Dado o contexto da transição demográfica bra-
bojudo, denotando o aumento do número de pes-
sileira, na qual ocorre a mudança da estrutura etá-
soas em idades mais avançadas.
ria da população, tornando-se mais envelhecida e
A taxa de crescimento populacional de um país
com maior proporção de idosos, tem-se, também,
pode ser reduzida pela diminuição da taxa de fe-
a mudança do perfil epidemiológico, ou seja, das
cundidade ou pelo aumento da taxa de mortalidade, tendo diferentes efeitos socioeconômicos e na estrutura etária da população. Isso se deve ao fato de os nascimentos serem concentrados na base da pirâmide populacional, enquanto as mortes têm efeito difundido por toda a pirâmide. Dessa maneira, a transição demográfica começa com o declínio da mortalidade e resulta em uma população vivendo mais, permeando mudanças sociocul-
principais doenças que incidem na população. O perfil demográfico com maior número de idosos faz com que haja um aumento na incidência das doenças crônicas degenerativas (DCD), mais comuns em pessoas de idades mais avançadas. Assim, existe correlação direta entre a transição demográfica e a transição epidemiológica.5
investimentos em saúde e educação da família. A
Transição epidemiológica e mudança do perfil epidemiológico da população
exceção fica por conta de alguns países africanos,
O envelhecimento da população e o aumento
onde ainda há o predomínio de famílias extensas e
na proporção de idosos têm como consequência
alta mortalidade por doenças infectocontagiosas,
a mudança nos padrões de saúde e doença das
turais como a opção por menor número de filhos pelos casais, na tentativa de potencializarem os
60 Menor de 1 ano 1 a 4 anos 50 50 a 59 anos 60 anos ou mais
Taxas de mortalidade
40
30
20
10
2012
2010
2008
2006
2004
2002
2000
1998
1996
1994
1992
1990
1988
1986
1984
1982
0
1980
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6 Fisioterapia em Gerontologia
Anos
Figura 1.4 Taxas de mortalidade no Brasil entre 1980 e 2012, para crianças com menos de 1 ano de idade, 1 a 4 anos, adultos entre 50 e 59 anos e idosos Fonte: adaptada de Ministério da Saúde, 2015.20
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Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 1980
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 1991
80+
80+
75 a 79
Homens
75 a 79
Homens
70 a 74
Mulheres
70 a 74
Mulheres
65 a 69
65 a 69
60 a 64
60 a 64
55 a 59
55 a 59
50 a 54
50 a 54
45 a 40
45 a 40
40 a 44
40 a 44
35 a 39
35 a 39
30 a 34
30 a 34
25 a 29
25 a 29
20 a 24
20 a 24
15 a 19
15 a 19
10 a 14
10 a 14 5a9
5a9
0a4
0a4 10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 2000
85 a 89
Homens
80 a 84
Mulheres
80 a 84
Mulheres
75 a 79
75 a 79
70 a 74
70 a 74
65 a 69
65 a 69
60 a 64
60 a 64
55 a 59
55 a 59
50 a 54
50 a 54
45 a 40
45 a 40
40 a 44
40 a 44
35 a 39
35 a 39
30 a 34
30 a 34
25 a 29
25 a 29
20 a 24
20 a 24
15 a 19
15 a 19
10 a 14
10 a 14
5a9
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
5a9
0a4
0a4 8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 2020
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 2030
90+
90+
85 a 89
Homens
85 a 89
Homens
80 a 84
Mulheres
80 a 84
Mulheres
75 a 79
75 a 79
70 a 74
70 a 74
65 a 69
65 a 69
60 a 64
60 a 64
55 a 59
55 a 59
50 a 54
50 a 54
45 a 40
45 a 40
40 a 44
40 a 44
35 a 39
35 a 39
30 a 34
30 a 34
25 a 29
25 a 29
20 a 24
20 a 24
15 a 19
15 a 19
10 a 14
10 a 14
5a9
5a9
0a4
0a4 8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 2040
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 2050
90+
90+
85 a 89
Homens
85 a 89
Homens
80 a 84
Mulheres
80 a 84
Mulheres
75 a 79
75 a 79
70 a 74
70 a 74
65 a 69
65 a 69
60 a 64
60 a 64
55 a 59
55 a 59
50 a 54
50 a 54
45 a 40
45 a 40
40 a 44
40 a 44
35 a 39
35 a 39
30 a 34
30 a 34
25 a 29
25 a 29
20 a 24
20 a 24
15 a 19
15 a 19
10 a 14
10 a 14
5a9
5a9
0a4 10.000.000
0
90+
Homens
10.000.000
2.000.000
Pirâmide etária absoluta - Brasil - censo 2010
90+ 85 a 89
10.000.000
4.000.000
0a4 8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
10.000.000
8.000.000
Figura 1.5 Pirâmides etárias absolutas para o Brasil entre 1980 e 2050 Fonte: adaptada de IBGE, 2013.2
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6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
2.000.000
4.000.000
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Envelhecimento Populacional e Longevidade no Brasil: Perspectivas para a Atuação do Fisioterapeuta 7
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8 Fisioterapia em Gerontologia
pessoas, com o aumento das DCD de maior inci-
No que se refere às doenças crônicas, no Brasil,
dência em idades mais avançadas. O termo “doen-
já se observa o efeito de compressão da morbi-
ças crônicas degenerativas” ganhou notoriedade
dade.27-29 Com a maior longevidade e com a ado-
durante a Segunda Guerra Mundial, pelo declínio
ção de um melhor estilo de vida, o surgimento das
das doenças infectocontagiosas (DIC) e pelo au-
doenças crônicas e incapacidades funcionais dos
mento das DCD como causas primárias de morbi-
idosos tenderia a ocorrer em idades mais avan-
dade e mortalidade.24,25
çadas. Em estudo realizado com idosos do esta-
Tendo em vista os estágios da transição epide-
do de Minas Gerais, Arantes (2012)30 observou
o Brasil
que o avançar da idade, na maioria das vezes, é
encontra-se na fase em que a expectativa de vida
acompanhado de maior incidência de algum tipo
excede os 50 anos de idade, com aumento das DCD
de incapacidade funcional, corroborando acha-
e de muitas doenças ocasionadas pela “alienação
dos de Fries (1980),27 Cheung et al. (2005),28 Mar
24
social” ou pelos “males causados pelo homem”.
kides et al. (2007),29 Manton (1989),31 Johnson et
Estes últimos são, em sua maioria, doenças crônicas
al. (2007)32 e Guillot & Yu (2009).33 Em estudo com
advindas do estresse e do estilo de vida, que alguns
idosos norte-americanos, Manton (1989)31 e John-
autores denominam transição nutricional.
son et al. (2007)32 obtiveram resultados similares,
miológica propostos por Omran (2005),
25
Em decorrência, o sistema de saúde brasileiro sente as consequências do rápido processo de transição demográfica com o aumento das DCD e a mudança do perfil epidemiológico da população. No entanto, alguns trabalhos pontuam que, no Brasil, o processo de transição epidemiológica se diferencia dos outros países, por existir uma polarização epidemiológica, com a ocorrência simultânea das DCD, além de ainda persistirem DIC e doenças parasitárias.5 Assim, a situação de saúde no Brasil é complexa, coexistindo outros fatores agravantes com demanda por atendimentos de DIC, desnutrição e saúde reprodutiva, somando-se ao desafio das doenças crônicas e de seus fatores de riscos, como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo de álcool, drogas ilícitas e alimentação inadequada, bem como o impacto da mortalidade por causas externas.26 De acordo com o Ministério da Saúde (2015),20 as três primeiras causas de doenças e mortes, no Brasil, são as do aparelho circulatório; as neoplasias (cânceres); e os acometimentos por motivos
demonstrando, nos grupos etários a partir de 65 anos aumento de dependência leve, e nos grupos etários mais velhos, maior quantidade de idosos com dependência moderada/grave. Já na análise dos dados da National Health Interview Survey (NHIS), as doenças crônicas entre os idosos tiveram aumento significativo, mas se mostraram menos incapacitantes. A porcentagem de incapacidades funcionais declinou de 12,69% em 1997 para 11,24%, em 2004.34 Os dados imprimem a especificidade em que ocorre a transição epidemiológica nos diversos países, tendo em vista a dinâmica demográfica, além do contexto socioeconômico, cultural e ambiental. Especificamente, no Brasil, o aumento da incidência/prevalência das doenças crônicas apresenta nuances que devem ser detalhadas para o melhor direcionamento de políticas públicas emergenciais e preventivas na atenção à saúde dos idosos.
Concomitantemente, doenças infecciosas e para-
Panorama das doenças crônicas e incapacidades funcionais no Brasil e no mundo
sitárias, embora declinantes, ainda persistem (ma-
A prevalência de incapacidades está intimamen-
lária, doença de Chagas, HIV/AIDS, esquistosso-
te relacionada com a prevalência de doenças crô-
mose, dengue, chicungunha etc.).
nicas que, por sua vez, são mais frequentes nas
externos (acidentes automobilísticos, armas, acidentes domésticos e afogamentos, entre outros).
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22/05/2018 11:56:00
5
Gustavo Nunes Pereira • Ângelo José Gonçalves Bós
apresentam várias particularidades que devem ser
Introdução Nos últimos anos, observa-se que o número de pessoas com 80 anos de idade ou mais cresce de modo gradual. Estimativas de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que os longevos crescerão 2,2 vezes mais que todos os idosos. A Tabela 5.1 mostra que, em 2060, o Brasil terá mais de 19 milhões de longevos. Destes, cinco milhões serão nonagenários ou centenários, que crescerão quatro vezes mais que todos os idosos.1 Os longevos, também conhecidos por idosos muito idosos, idosos mais idosos, octogenários, nonagenários e centenários, caracterizam-se por ser um grupo distinto com características peculiares, especialmente em decorrência do maior tempo de exposição aos riscos e condições ambientais.2 Embora os idosos longevos constituam um grupo ainda reduzido, porém em expansão acelerada,
consideradas, principalmente no planejamento das estratégias de atenção à saúde, como a predominância do sexo feminino, devido à maior expectativa de vida das mulheres. Além disso, neste segmento etário, concentram-se os indivíduos mais frágeis e dependentes.3 Observamos que grupos etários mais idosos apresentam maior a frequência de deficiências tanto físicas quando mentais/ intelectuais e que essa frequência tem aumentado nos últimos anos no Brasil em todas as faixas etárias. Tal aumento do contingente de longevos traz à gerontologia um novo desafio para o atendimento dessa população, uma vez que, nessa faixa etária, os indivíduos podem apresentar características peculiares, como: maior frequência de doenças crônicas, tendência ao isolamento e vulnerabilidade a fatores de ordem social. No entanto, pouco se conhece sobre o perfil de saúde dessa faixa populacional.4
Tabela 5.1 Estimativas da população brasileira Estimativa
2010
2060
60 anos ou mais
19.601.854
80 anos ou mais
2.677.876
90 anos ou mais
394.087
Fonte: adaptada de IBGE, 2013.1
05 - 166 - Fisio em Gerontologia.indd 61
Assim, considerando o envelhecimento popu-
Diferença
lacional e o impacto social viabilizado por este,
73.551.010
275%
tornam-se imprescindíveis novas concepções de
19.111.509
614%
atenção à população longeva. Para tanto, é es-
5.024.073
1.175%
sencial fomentar as discussões e reflexões sobre o aumento da população longeva por parte da
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Especificidades na Atenção da Pessoa Idosa Longeva
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62 Fisioterapia em Gerontologia
sociedade em geral e, mais especificamente, no
musculoesquelética do longevo, bem como as es-
meio acadêmico, do qual se espera maior pro-
pecificidades do tratamento fisioterapêutico nessa
dução de conhecimento sobre o tema, especial-
faixa etária, de maneira ampla, sem entrar em mé-
mente quando pensamos sobre a possibilidade de
ritos já abordados em outros capítulos.
proporcionar maior qualidade de vida (QV) a esses indivíduos.5 Uma pesquisa realizada por Rosset et al. (2011)6 visou quantificar o número de produções bibliográficas com enfoque no longevo, tanto em nível nacional quanto internacional. Constatou-se que a produção não vem crescendo na mesma velocidade que o ritmo do envelhecimento populacional. Além disso, constatou-se que a maior parte da produção abrange os aspectos biomédicos relacionados com essa faixa etária, estando limitada à abordagem de outros fatores, como os ambientais, sociais e econômicos.6 Outro estudo, de Lima & Menezes (2011),7 aferiu o número de publicações referentes à população longeva nas bases de dados Scielo e Liliacs, no período de um ano, utilizando os seguintes descritores: longevos, octogenários, idosos de 80 anos de idade ou mais e muito idosos. Foram encontradas 4.381 publicações científicas, das quais 88 (2%) do total eram investigações referentes à pessoa idosa longeva. Seguindo a perspectiva do aumento exponencial de octogenários, fenômeno considerado global e evidenciado na realidade brasileira, esse estudo observou a necessidade de investigações científicas nesse universo temático por parte da comunidade acadêmica. Isso por-
Alterações funcionais no longevo O envelhecimento normal gera modificações em todos os sistemas do corpo humano, variando de indivíduo para indivíduo, mas sempre ocasionando perdas progressivas de função.8 Cabe ressaltar que, em idosos longevos, esse processo negativo para a preservação da funcionalidade ocorre de maneira mais intensa, gerando uma necessidade maior da atuação do fisioterapeuta, visando sempre atenuar as consequências desse processo contínuo. Entender essas alterações é parte importante do planejamento das mais diversas formas de prevenção das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), o que auxilia também na diferenciação entre os processos normais e patológicos de envelhecimento. A perda da força muscular e a diminuição da amplitude de movimento articular são as principais alterações que afetam o desempenho físico, gerando alterações ósseas e articulares e/ou dos tecidos moles. Isso promove modificações no posicionamento dos segmentos corporais durante a sustentação do corpo em bipedestação, no padrão de deambulação e, consequentemente, na biomecânica ventilatória.8 Alterações anatômicas observadas no envelhe-
que o resultado encontrado (2% de estudos) com-
cimento, como o aumento da cifose torácica, que
prova a escassez de publicações que abordam os
geram aumento anteroposterior do tórax, calcifi-
idosos longevos como tema central de pesquisa.
cação das cartilagens costais e horizontalização
Os resultados dessa pesquisa também demonstra-
do gradil costal, também tendem a provocar piora
ram que o Brasil, mesmo não se destacando com o
da função ventilatória, principalmente por causa-
maior índice de expectativa de vida entre os países
rem maior rigidez torácica e redução da mobilida-
de origem dos estudos, apresenta-se como o de
de do gradil costal, especialmente em longevos,
maior predomínio de pesquisas sobre a população
por estarem mais expostos a essas modificações.
longeva, com concentração de suas publicações
O peso corporal e a estatura sofrem alterações,
nas regiões Sudeste e Sul, mais especificamente
condicionando o desempenho ventilatório e a
nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.
substituição de tecido muscular por tecido adipo-
7
Assim, este capítulo abordará alguns tópi-
so, sobretudo ao redor do perímetro abdominal.
cos com características específicas da condição
As mudanças no índice de massa corporal (IMC)
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22/05/2018 12:13:59
também colaboram para um possível quadro de
independência do idoso, com ênfase na capacida-
fadiga e alteração na mecânica pulmonar.
de funcional. O conceito de envelhecimento ativo
9
Com o envelhecimento biológico, a morfolo-
preconizado pela Organização Mundial da Saúde
gia da parede torácica também sofre alterações. A
(OMS) tem como princípio possibilitar que os in-
perda da elasticidade dos tecidos pulmonares é a
divíduos percebam seu potencial para o bem-es-
alteração estrutural predominante no idoso, ocor-
tar físico, social e mental no desempenho de suas
rendo ainda o aumento da complacência pulmo-
atividades cotidianas. Esse potencial é alcançado
nar. Os bronquíolos tornam-se menos resistentes,
também com intervenções que criem ambientes
o que facilita o colapso expiratório. A diminuição
de apoio e promovam opções saudáveis em todos
do número de alvéolos, devido à ruptura dos sep-
os estágios da vida.2
tos interalveolares e à consequente fusão alveolar,
Uma elevada capacidade funcional do longevo
também é significativa nesse processo. Isso pro-
significa manter sua liberdade em viver sozinho e
move diminuição da capacidade respiratória to-
exercer suas atividades cotidianas. Também pode-
tal e aumento do volume residual e complacência pulmonar. Além disso, outros fatores contribuem diretamente para a perda da capacidade ventilatória, como o aumento do espaço morto e do volume dos ductos alveolares, a redução da área de superfície de volume e o achatamento dos sacos alveolares.10 Por uma condição natural, todos esses processos tendem a se tornar mais intensos e significativos no longevo.
mos entender como longevo capaz o idoso que consegue adaptar-se às dificuldades da vida diária, apesar de ter limitações na execução de tarefas, por questões físicas, mentais ou sociais. Desse modo, surge um novo conceito de capacidade funcional e saúde do idoso, o que proporciona uma possibilidade de cuidar de si mesmo, determinando e executando atividades, mesmo com comorbidades inerentes ou não ao processo de envelhecimento.12 Além disso, o grau de funciona-
Capacidade funcional no longevo
lidade é fundamental para o processo de avalia-
Devido ao maior percentual de idosos frágeis en-
ção clínica, funcionando como um importante in-
tre os longevos, estes indivíduos tendem a necessitar de cuidados mais complexos e por períodos maiores, apresentando naturalmente um índice elevado de incapacidade funcional. A incapacidade funcional pode ser entendida como a “presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e
dicador do processo saúde-doença, essencial para o planejamento das intervenções e a monitoração do estado clinico-funcional desta população. Assim, a avaliação funcional do idoso longevo passa a ser um importante marcador para a orientação e a direção dos profissionais que atendem
de certas atividades da vida cotidiana ou mesmo
a esta clientela em unidades de saúde, domicílios,
pela impossibilidade de desempenhá-las”.
instituições de longa permanência e serviços hos-
11
Tal cenário exige medidas sociais, como ado-
pitalares.2
ção de políticas públicas que sejam capazes de
Algumas pesquisas científicas buscaram com-
proporcionar aos indivíduos um envelhecimento
preender quais fatores seriam determinantes para
ativo e saudável. É necessário também, por parte
a perda da capacidade funcional nessa parcela da
dos profissionais de saúde, especialmente pelo fi-
população, incluindo variáveis clínicas e ambien-
sioterapeuta, maior atenção para os riscos de de-
tais, mas também com foco em características so-
clínio da independência prevalentes nesta faixa
ciais e demográficas. Um recente estudo nacional,
etária. Esse direcionamento profissional está pau-
de Nogueira et al. (2010),13 avaliou 129 longevos
tado na Política Nacional de Saúde da Pessoa Ido-
entre 80 e 96 anos, verificando, por meio de uma
sa do Ministério da Saúde (MS), que traz o mo-
análise multivariada, que o gênero feminino, a fai-
delo de promoção e manutenção da autonomia e
xa etária e a ausência de cônjuge se associaram
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Especificidades na Atenção da Pessoa Idosa Longeva 63
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64 Fisioterapia em Gerontologia
significativamente à perda da capacidade funcio-
de longevos devem estar atentos a esse compor-
nal. Com relação aos aspectos de saúde, a polifar-
tamento natural. A massa muscular é um com-
mácia e algumas morbidades, como a depressão
ponente corporal que corresponde a aproxima-
e as artropatias, além daquelas classificadas como
damente 35% do peso corporal total de adultos
doenças do sistema nervoso (incluindo acidente
jovens, e, com o envelhecimento, tem seu peso
vascular encefálico [AVE] e demências), foram sig-
reduzido em até 40%.16 Em indivíduos brasilei-
nificativamente associadas à perda da capacida-
ros, por exemplo, verificou-se que, a partir dos 40
de funcional. Já no bloco dos aspectos de relações
anos de idade, ocorre uma redução de aproxima-
sociais, verificou-se que o fator “não visitar paren-
damente 17% da massa muscular nas duas déca-
tes e/ou amigos pelo menos uma vez por semana”
das seguintes. Já entre os 50 e 80 anos de idade,
apresentou associação positiva à perda funcional,
essa perda torna-se mais significativa. O número
assim como “não participar de alguma obra social
de fibras sofre uma redução de 35%, enquanto o
e não participar de eventos sociais”. Também se observou associação positiva entre pior autopercepção da saúde em comparação com a de seus pares e pior capacidade funcional. O mesmo estudo demonstrou, por meio de uma regressão logística múltipla hierarquizada, que a chance de um longevo do sexo feminino apresentar perda funcional, em comparação com uma idosa, foi seis vezes maior. Já entre os homens, essa chance foi de três vezes.13 O maior risco de incapacidade entre as idosas pode ser atribuído à maior sobrevida e também à ligeira incapacidade apresentada por elas na vida adulta. Portanto, isso levaria ao maior risco de desenvolverem algum grau de incapacidade. Quando observada isoladamente a capacidade funcional do longevo, o estudo citado antes observou um alto grau de independência, com um percentual de 71%. Um estudo conduzido em Portugal por Sousa et al. (2003)14 encontrou índices de 62%.14 Já uma pesquisa longitudinal, realizada na China (Yi & Vaupel, 2002),15 identificou prevalência de capacidade funcional para realização de atividades básicas da vida diária de 83% em octogenários e 63% em nonagenários.15
tamanho das fibras é reduzido em cerca de 30%. Essa perda é mais significativa nos membros inferiores.17 Sabe-se, por exemplo, que o volume do músculo quadríceps é normalmente reduzido entre 24% e 27% entre a segunda e a sétima décadas de vida. Tal declínio da massa muscular e da potência de membros inferiores correlaciona-se com a QV e o desenvolvimento de atividades da vida diária (AVD) em idosos. Além disso, embora os estudos apontem que o envelhecimento gera uma redução no volume mitocondrial global, existem resultados contraditórios na literatura sobre os efeitos do envelhecimento e da capacidade oxidativa mitocondrial.18 Essa redução de volume, junto com a diminuição da força muscular, é denominada sarcopenia e ocasiona perda da funcionalidade, aumento do risco de quedas, fraturas, incapacidade física e, consequentemente, aumento da mortalidade. Por definição, a sarcopenia é uma síndrome caracterizada por progressiva e generalizada perda de massa e força muscular com risco de eventos adversos, como incapacidade física, perda de QV e morte.10 A sarcopenia no idoso longevo, além do pro-
Sarcopenia no longevo
cesso fisiológico, parece decorrer da interação
A perda da massa muscular, outro fator comum
complexa de distúrbios da inervação, alterações
no processo de envelhecimento, também se in-
hormonais, mediadores inflamatórios e ingestão
tensifica com o passar dos anos. Dessa maneira,
proteico-calórica, que ocorrem durante o enve-
os profissionais envolvidos no processo de rea-
lhecimento.19 Essa síndrome representa uma vul-
bilitação e manutenção da capacidade funcional
nerabilidade fisiológica relacionada com a idade,
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Patricia Morsch • Bárbara Gazolla de Macêdo
Introdução Não existe um consenso na literatura sobre a definição de quedas. No entanto, Ganança et al. (2006) a definem como:1 Um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível inferior em relação a sua posição inicial, sem que tenha havido um fator intrínseco determinante, como um acidente vascular cerebral ou uma síncope, ou um acidente inevitável.
Outra importante definição a ser citada é a
são comumente utilizadas com o mesmo significado, mas são eventos totalmente diferentes. Tais autores sugerem que os profissionais de saúde e os idosos muitas vezes focam no resultado negativo de uma queda. Por isso, as quedas sem fraturas ou lesões podem ser desconsideradas ou entendidas de outra maneira.4 No decorrer do capítulo, serão apresentados dados epidemiológicos, causas e consequências das quedas em idosos, a fim de se entender a importância da intervenção fisioterapêutica, tanto na prevenção das quedas quanto na reabilitação de idosos que sofreram consequências a elas relacionadas.
proposta por Lach et al. (1991), que descrevem equilíbrio do indivíduo resultando em vir a des-
Epidemiologia e consequências das quedas
cansar no chão ou em algum outro objeto abaixo
Aproximadamente 30% dos idosos caem a cada
as quedas como:2 “[...] uma inesperada perda de
do nível do joelho”. Outro exemplo é sugerido por Tideiksaar (2002), que define as quedas como:3
ano. Este percentual aumenta para 40% em idosos com idade acima de 80 anos e 50% nos idosos ins-
“[…] qualquer evento no qual a pessoa sem cui-
titucionalizados.5-8 As quedas na população idosa
dado ou atenção venha a descansar no chão ou
são consideradas um problema de saúde pública
algum outro nível mais baixo, como uma cadeira,
com consequências físicas, emocionais e socioe-
o vaso sanitário ou a cama”. A definição também
conômicas.9 Em indivíduos acima de 65 anos de
não se mostra clara para os idosos e os profissio-
idade, cair é considerado o mais grave e frequente
nais de saúde.3 Zecevic et al. (2006)4 explicam que
acidente doméstico e a principal causa de morte
palavras como “escorregar”, “tropeçar” e “quedas”
acidental.9,10
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Abordagem Fisioterapêutica na Pessoa Idosa com Risco de Quedas
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94 Fisioterapia em Gerontologia
As sequelas fisiológicas das quedas podem ser:
Cunha et al. (2006)16 conduziram um estudo com
■■ Lesões de partes moles.
idosos hospitalizados e em pós-operatório de fra-
■■ Lesões neurológicas.
tura proximal do fêmur. Os pacientes foram reava-
■■ Fraturas. ■■ Alterações na marcha e na mobilidade. As sequelas psicológicas referem-se a: ■■ Medo de cair. ■■ Ansiedade. ■■ Depressão. ■■ Redução da autoconfiança. As sequelas sociais são: ■■ Isolamento. ■■ Dependência. ■■ Institucionalização precoce. As sequelas econômicas são:11 ■■ Custo de medicamentos. ■■ Hospitalização. ■■ Gastos com reabilitação. ■■ Serviços de home care. O Sistema Único de Saúde (SUS) gasta aproximadamente R$ 51 milhões para tratar fraturas decorrentes de quedas em idosos anualmente. Tanto as fraturas quanto as internações hospitalares devido a quedas aumentaram.12,13 Do mesmo modo que as quedas elevam o número de internações hospitalares, elas também aumentam as admissões em instituições de longa permanência.14,15 Cerca de 40% a 60% dos idosos que caem apresentam algum tipo de lesão e, desses, 5% sofrem alguma fratura. As fraturas mais comuns são:10,11 ■■ Fêmur. ■■ Coluna vertebral. ■■ Costelas. ■■ Úmero. ■■ Fratura distal do rádio (fratura de Colles).
liados um ano após a fratura. A mortalidade após um ano foi de 25% e um terço apresentava algum grau de dependência funcional. O estudo mostrou o impacto negativo e as consequências da fratura de quadril na vida dos idosos.16 De acordo com Coimbra et al. (2010),7 entre os indivíduos que vivem em comunidade, os riscos de quedas são maiores nas mulheres idosas, especialmente aquelas com osteoporose e que se encontram no período pós-menopausa. O risco aumenta com a idade.7,12 Um estudo realizado por Duckham et al. (2013), em uma coorte de 743 idosos comunitários em 2013, investigou as diferenças existentes nas circunstâncias e consequências das quedas entre homens e mulheres. Homens e mulheres, além das diferenças físicas, podem apresentar hábitos e comportamentos diferentes. Ambos diferem onde e como gastam o tempo em suas atividades diárias. De acordo com o estudo, os homens apresentaram mais quedas em ambientes fora de casa durante atividades recreacionais e mais vigorosas. As mulheres caíram mais dentro de casa durante a realização de tarefas domésticas. Com base nesses achados, é importante que o fisioterapeuta e os demais profissionais tenham uma atenção diferenciada quanto ao gênero durante a avaliação e às estratégias de prevenção das quedas em idosos.17 Aproximadamente 60% a 70% dos idosos que já vivenciaram uma queda apresentam um risco maior de novas quedas. Idosos que já sofreram quedas podem restringir suas atividades diárias. Isso leva a imobilidade, declínio funcional e piora da qualidade de vida (QV).18 Além das consequências físicas, as emocionais podem ser tão ou mais importantes.19 O medo de cair relaciona-se com baixa autoeficácia ou con-
Entre essas, a fratura do quadril ou do colo do
fiança no próprio equilíbrio para evitar quedas.20
fêmur apresenta maior morbidade e mortalida-
Algumas síndromes foram descritas como fobias
de, o que leva a imobilização e hospitalização.10,11
de quedas. O termo “ptofobia” foi utilizado para
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descrever o medo ao assumir a posição ortostática. Já a “síndrome pós-queda” descreve um conjunto de características observadas em idosos com história recente de queda que, na ausência de qualquer anormalidade neurológica ou ortopédica, não conseguem ficar em posição ortostática ou deambular sem auxílio. Quando solicitados a deambular, manifestam medo e ansiedade, ten-
Fatores de risco As quedas costumam ser descritas como acidentes, mas existem diversas causas relacionadas com elas. Dessa maneira, não podem ser consideradas como uma ocorrência do acaso.26 De acordo com a literatura, um terço das quedas é provocado por algum fator ambiental bem específico, por um problema pontual na saúde do idoso ou
dendo a agarrar objetos como se fosse iminente o
por ambos os fatores. Geralmente, a queda iso-
risco de cair.18,21,22
lada é causada por algum fator ambiental. No
O medo de cair novamente é tão prevalente
entanto, quando os idosos vivenciam múltiplas
quanto a própria queda. É comum em idosos com
quedas, elas geralmente estão associadas a pro-
histórico de quedas, mas também pode estar pre-
blemas crônicos.27 Mais de 60% das quedas nos
sente naqueles que nunca caíram. A prevalência é
idosos são causados pela interação de diversos fa-
maior em mulheres e idosos longevos, com mobi-
tores de risco.28 Quanto mais frágil o idoso, maior
lidade reduzida ou frágeis.18-20
o risco de quedas com maior gravidade e maior
Idosos com medo de cair podem apresentar menor confiança em seu equilíbrio, pior desempenho na marcha e na mobilidade, dependência funcional e isolamento social.
20
Por vezes, como
forma de recuperarem a segurança e a autoconfiança, necessitam de algum auxílio para marcha, como andadores e bengalas, ou mesmo auxílio humano. Com frequência, quando há temor, os idosos podem apresentar alterações autonômicas com repercussão nas frequências cardíaca e respiratória e na pressão arterial (PA).23 Em idosos com medo ou ansiedade, o aumento da frequência respiratória (hiperventilação) ao assumir a posição ortostática está associado à queda da PaCO2 e, em consequência, ocorre diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Isso resulta em sintomas de pré-síncope e instabilidade postural.23,24 A mensuração do medo de cair em idosos é feita por testes que têm como objetivos avaliar a autopercepção, a confiança, o equilíbrio ou a preocupação com a possibilidade de cair durante a realização das atividades de vida diária (AVD). En-
probabilidade de fratura.29 De maneira geral, Bishop et al. (2007)14 sugerem que as causas mais comuns para as quedas são as doenças neurológicas, como a doença de Parkinson, e o acidente vascular encefálico (AVE), seguidas pelas enfermidades musculoesqueléticas. Além disso, sintomas depressivos e de ansiedade, quando o indivíduo não se sente calmo e relaxado, aumentam o risco de quedas.17,30 É importante lembrar que a idade e o sexo, por exemplo, são fatores de risco considerados não modificáveis para acidentes em idosos, mas existe diversos fatores de risco modificáveis. Portanto, eles são relevantes na prevenção de quedas e fraturas.31 Os fatores de risco para as quedas podem ser divididos em três categorias: intrínsecos, extrínsecos e comportamentais.32,33 ■■ Fatores de risco intrínsecos: são os fatores fisiológicos e biológicos que podem levar a quedas, como idade, gênero e raça, associados às mudanças decorrentes do envelhecimento (declínio das capacidades físicas, cognitivas e afetivas, diminuição da acuidade visual e audi-
tre os instrumentos traduzidos e validados para a
tiva, diminuição do equilíbrio e controle postu-
população brasileira, destaca-se a escala de eficá-
ral, depressão, doenças cardiovasculares (DCV)
cia de quedas – internacional – Brasil (FES-I-Bra-
e neurológicas e problemas musculoesqueléti-
sil),25 que será explicada no item sobre instrumen-
cos). Coimbra et al. (2010)7 sugerem que a as-
tos de avaliação deste capítulo.
sociação de fatores intrínsecos ao isolamento
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96 Fisioterapia em Gerontologia
social aumenta o risco de queda. Os autores
■■ É possível sugerir, ainda, uma quarta categoria,
também relatam que o diagnóstico de fatores
relacionada com os fatores de risco socioeco-
de risco intrínsecos faz parte de uma avaliação
nômicos, como baixa renda, pouca educação,
geriátrica global. Assim, estes devem ser iden-
habitações inadequadas, falta de interação so-
tificados por profissionais de saúde.7 Fasano et
cial, suporte social reduzido, acesso limitado
al. (2012)34 sugerem a “neurobiologia das que-
ao cuidado de saúde e assistência social e fal-
das”, explicando que os déficits motores e cog-
ta de recursos da comunidade.42,43 Há também
nitivos, a capacidade de evitar e se proteger de
muitos idosos considerados “caidores idiopáti-
obstáculos e as lesões vasculares reduzem a
cos”, ou seja, eles caem por fatores ou doen-
coordenação dos membros, especialmente du-
ças indefinidas.34 A ingestão de medicamen-
rante a marcha. Isso pode levar a um aumento do risco de quedas.34 Pesquisas sugerem que uma baixa autopercepção de saúde, considerada um indicador fidedigno da saúde do indivíduo, também é um importante fator de risco
tos é outro fator de risco importante, o qual pode atuar em fatores intrínsecos e/ou extrínsecos.32,39,44,45
para as quedas.35,36 Além disso, o medo de cair,
Controle postural e equilíbrio
citado anteriormente, é um importante fator de
O controle postural é uma habilidade motora
risco para as quedas.
complexa e depende da interação de vários pro-
37,38
■■ Fatores de risco extrínsecos: estão relacionados com o ambiente, como superfícies irregulares, pisos escorregadios, iluminação fraca, tapetes soltos, fios de telefone e escadas sem corrimão.39 Estes podem ser relacionados com os lugares públicos e também as residências.
cessos sensoriais e motores dinâmicos.46 Os dois principais objetivos do controle postural são: 1. Orientação postural: envolve o controle ativo do alinhamento corporal e do tônus com relação à gravidade, ao apoio na superfície e às referências internas e visuais do ambiente.
quisas sugerem que o consumo de álcool é um
2. Equilíbrio: envolve a coordenação das estratégias sensório-motoras para estabilizar o centro de massa corporal durante os distúrbios na estabilização postural. Em termos fisiológicos, para se manter o equilíbrio, em primeiro lugar deve-se adquirir informações sobre a posição e a trajetória corporal no espaço, utilizando o sistema sensorial. Em seguida, por meio do processamento central, o corpo deve antecipadamente determinar uma resposta efetiva e regulada no tempo. Por último, executa-se uma resposta do sistema efetor que se refere à força muscular e à resistência adequada, com amplitude de movimento e flexibilidade apropriadas.46-48
fator comportamental importante para o ris-
A alteração do equilíbrio é individual. Ou
co de quedas e deve ser melhor diagnosticado
seja, cada pessoa tem uma combinação
em idosos, especialmente os do sexo masculi-
de restrições ou limitações que afetam seu
no.40,41 Messias & Neves (2009) apontam a fal-
equilíbrio. Com frequência, essas limita-
ta de pesquisas brasileiras relacionadas com os
ções isoladamente não levam a perdas fun-
fatores de risco comportamentais.33
cionais ou do equilíbrio, pois podem ser
A maioria (85%) das quedas ocorre dentro de casa ou em seus arredores, durante o dia e geralmente na execução de atividades cotidianas, como caminhar, mudar de posição, ir ao banheiro, cozinhar, limpar a casa ou tomar banho.6,33 Já nas instituições de longa permanência, as quedas ocorrem mais à noite. Cerca de 10% das quedas acontecem em escadas, principalmente durante a descida.5 ■■ Fatores de risco comportamentais: são os que dizem respeito a ações humanas, emoções ou escolhas diárias, relacionadas com o uso e a percepção do espaço por parte do idoso. Pes-
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compensadas por algum outro sistema ou mecanismo. Idosos com distúrbios de equilí-
Estratégias sensoriais
brio podem apresentar perdas multissenso-
As informações sensoriais dos sistemas soma-
riais com déficits múltiplos (músculos, arti-
tossensorial, visual e vestibular devem estar inte-
culações, nervos e cognição, entre outros).
gradas. Elas possibilitam o entendimento do am-
Devido às causas multifatoriais de alteração
biente. Indivíduos saudáveis, quando estão em
do equilíbrio e a heterogeneidade dos ido-
ambientes bem iluminados e superfícies estáveis,
sos, apenas um teste funcional pode não ser
utilizam cerca de 70% das informações somatos-
capaz de avaliar e detectar tamanha complexidade.46-48
De acordo com Horak (2006),46 são necessários recursos importantes para estabilidade e orientação postural adequadas. Entender e analisar tais recursos nos possibilita predizer contextos específicos de instabilidade, nos quais cada indivíduo tem um risco de quedas em diferentes situações. Os recursos são: ■■ Orientação espacial. ■■ Estratégias sensoriais. ■■ Estratégias de movimento. ■■ Controle dinâmico.
sensoriais, 10% das visuais e 20% das vestibulares. À medida que há mudança para ambientes de contextos sensoriais diferentes, a demanda pelo sistema visual ou pelo sistema vestibular pode aumentar, a fim de manter a estabilidade postural.46 Um dos primeiros sistemas a sofrer o impacto do processo do envelhecimento fisiológico é o sistema sensorial e, particularmente, o visual.49-51 Além disso, doenças como catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada com idade aparecem conforme o envelhecimento. São frequentes as alterações visuais funcionais, como a diminuição da acuidade visual, que, após a sexta década de vida, sofre declínio gradual, podendo
■■ Limitações biomecânicas.
chegar até a 80% de perda próximo dos 90 anos
■■ Cognição.
de idade. Associada à diminuição da acuidade visual, há redução do campo visual periférico, da
Um distúrbio em qualquer um desses recursos
sensibilidade ao contraste, da discriminação das
ou sua combinação pode levar a quadros de insta-
cores, da capacidade de recuperação à exposição
bilidade postural e desequilíbrios, além de aumen-
à luz ofuscante, da adaptação ao escuro e da no-
tar o risco de quedas em idosos.46
ção de profundidade. Vários estudos têm identificado o déficit visual como um fator contribu-
Orientação espacial
tivo para a instabilidade postural e a ocorrência
É a habilidade para alinhar e adaptar os segmentos
da acuidade visual pode não ser suficiente para
corporais no espaço de acordo com a gravidade,
identificar idosos com risco de quedas. Outras
com o tipo de superfície de apoio, com o ambiente
medidas relacionadas com a função visual, como
visual e com as referências internas (representação
contraste e percepção de profundidade, podem
interna da geometria corporal). Para o equilíbrio, é
ser de importância igual ou maior do que a acui-
importante um bom alinhamento entre a cabeça e
dade e devem ser realizadas.53-57
de quedas em idosos.50-52 A mensuração somente
o tronco. Esse bom alinhamento possibilita avaliar
O envelhecimento do sistema vestibular está
algum deslocamento ou desvio da linha de gravi-
associado a vários sintomas otoneurológicos,
dade.46 Idosos, com frequência, apresentam des-
como vertigem e outras tonturas, perda auditi-
vios posturais, como processos degenerativos da
va, zumbido e alterações do equilíbrio e da mar-
coluna que levam a quadros de escolioses e hi-
cha, com maior risco de quedas. O sistema vesti-
percifoses.
bular perde cerca de 40% das células vestibulares
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98 Fisioterapia em Gerontologia
ciliares e nervosas por volta de 70 anos de ida-
■■ Estratégia do passo: quando a perturbação ul-
de e perde 37% do número total de axônios ves-
trapassa o limite da estabilidade corporal, é ne-
tibulares entre 75 e 80 anos de idade. A hipoativi-
cessário utilizar o passo para formar uma nova
dade do sistema contribui para a diminuição dos
base de suporte mais estável.46 Limitações na
estímulos sensoriais globais no idoso. Tais estímu-
amplitude de movimento dos membros infe-
los causam atraso ou menor eficácia das respostas
riores, na força ou na sensibilidade podem alte-
motoras para a manutenção de um equilíbrio cor-
rar as estratégias de equilíbrio.
poral adequado. Indivíduos com alterações vestibulares tendem a oscilar mais durante os testes de equilíbrio em comparação com os indivíduos normais. Esse efeito torna-se ainda maior na ausência ou na limitação dos recursos visuais ou proprioceptivos.46,47,49,55,56 Assim como os outros sistemas, o somatossensorial apresenta perda de fibras sensoriais e dos receptores de propriocepção. O sistema somatossensorial perde cerca de 70% dos seus receptores nos idosos de aproximadamente 70 anos de idade. Com frequência, os idosos queixam-se de parestesias nos membros inferiores, principalmente na planta dos pés. A sensação vibratória e a propriocepção profunda também estão diminuídas. Consequentemente, a capacidade de identificar o posicionamento de um membro no espaço é prejudicada. As polineuropatias periféricas e as osteoartrites dos membros inferiores são exemplos de doenças que podem alterar a sensibilidade e a propriocepção, além de aumentar o risco de quedas nos idosos.46,47,49
Controle dinâmico Refere-se ao controle do equilíbrio durante a marcha e enquanto há mudança de uma postura para outra. Um bom controle dinâmico requer um complexo controle do deslocamento do centro de massa corporal. Toda troca de postura desencadeia uma instabilidade que provocará um movimento (como o passo), para depois encontrar uma nova base de suporte.46
Limitações biomecânicas As alterações biomecânicas mais importantes que interferem no equilíbrio são o tamanho e a qualidade da base de suporte, ou seja, o pé. Qualquer limitação no tamanho, na força, na sensibilidade, na amplitude de movimento ou na dor poderá afetar o equilíbrio.46 Com o envelhecimento fisiológico, ocorre a sarcopenia, ou seja, a perda de massa muscular e a atrofia de fibras do tipo II (contração rápida), com
Estratégias de movimento
consequente diminuição na produção de força e
As três principais estratégias de equilíbrio (torno-
idade também afeta as propriedades de contração
zelo, quadril e passo) podem ser utilizadas para retornar o corpo a seu ponto de equilíbrio. ■■ Estratégia do tornozelo: utiliza-se para manter o equilíbrio durante oscilações posturais pequenas, e a base de suporte é grande e firme.
potência, além de aumento da fadiga muscular. A muscular com diminuição da coordenação motora e alteração da relação agonista/antagonista.58 Vários estudos sugerem que idosos caidores têm menos força e potência muscular nos membros inferiores em comparação com os não caidores.47,58 Os dorsiflexores, flexores plantares,
■■ Estratégia do quadril: utiliza-se quando a es-
flexores e extensores do joelho são identificados
tratégia do tornozelo é insuficiente e quando o
como grupos importantes para o controle postu-
centro de massa corporal deve ser movido rapi-
ral, bem como os abdutores e adutores do qua-
damente. Normalmente, ocorre em superfícies
dril, que atuam para manter a estabilidade lateral.
mais estreitas ou instáveis.
O reforço muscular desses grupos é importante.
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15
Daniela Cristina Carvalho de Abreu • Flávia Doná
Introdução Esse capítulo almeja fornecer ao leitor as principais características da doença de Parkinson (DP), o quadro clínico, as manifestações funcionais, as características da evolução clínica e o tratamento
sete a 10 anos antes do diagnóstico clínico da DP, sendo que a perda dos neurônios dopaminérgicos da via nigroestriatal é de cerca de 60% a 70% quando a doença se manifesta.1,2 Além disso, ocorre perda celular em outros núcleos sub-
fisioterapêutico, bem como os fatores que podem
corticais do sistema nervoso central (SNC) e no
comprometer o processo de reabilitação e as evi-
sistema nervoso autonômico periférico. Nas fases
dências científicas sobre a efetividade da fisiotera-
avançadas da DP, observa-se também comprome-
pia no tratamento de pacientes idosos com DP. O
timento no córtex cerebral. Tais alterações patoló-
leitor também encontrará os principais instrumen-
gicas difusas no SNC podem explicar os sintomas
tos de avaliação físico-funcional utilizados na prá-
motores e a maioria das manifestações clínicas
tica clínica e na área acadêmica.
não motoras.
Patologia, epidemiologia e diagnóstico
a 300/1.000.000 habitantes e de 2% a 3% nos in-
A prevalência mundial da DP é de cerca de 150
A DP é a causa mais comum das síndromes parkinsonianas, manifestada, principalmente, por distúrbios do movimento caracterizados por comprometimento significativo para iniciar o movimento (acinesia), bradicinesia, tremor em repouso, rigi-
divíduos com idade acima dos 65 anos, aumentando para 4% a 5% na população com mais de 85 anos de idade.3 Um estudo realizado na cidade de Bambuí no estado de Minas Gerais identificou que a prevalência de DP é de 3,3% em indivíduos com idade acima dos 65 anos.4 A sobrevida
dez muscular e alteração da postura e do equilí-
após o diagnóstico varia entre nove e 15 anos. A
brio corporal.
DP é uma doença idiopática (70% dos casos), po-
1
É uma doença neurodegenerativa crônica, de caráter progressivo, que acomete, sobretudo, in-
rém 10% a 30% dos casos têm história familiar de parkinsonismo.1,5,6
divíduos acima dos 60 anos de idade. Provavel-
Do ponto de vista clínico, o início dos sintomas
mente, o processo neurodegenerativo inicia-se
é gradual e assimétrico, e o paciente pode apre-
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Tratamento Fisioterapêutico na Pessoa Idosa com Doença de Parkinson
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170 Fisioterapia em Gerontologia
sentar os quatro componentes básicos denomina-
que parte desse declínio funcional também pode
dos sinais cardinais da doença: 1. Acinesia ou bradicinesia.
estar associada à rigidez muscular.8,9
2. Rigidez muscular.
Rigidez muscular: hipertonia plástica
3. Tremor de repouso. 4. Alteração da postura e do equilíbrio corporal. Em virtude da variabilidade fenotípica, a DP pode ser classificada em três formas distintas:7,8 ■■ Forma rígido-acinética: quando há predomínio de rigidez muscular e bradicinesia sem tremor de repouso.
A rigidez muscular é classificada como hipertonia plástica para diferenciá-la da hipertonia elástica ou espástica proveniente das lesões do trato corticoespinal. Na hipertonia plástica, os músculos agonistas e antagonistas de um segmento são afetados como um todo, de tal modo que, na ma-
■■ Predomínio de tremor: quando o tremor é o
nipulação passiva das articulações, observa-se o
sinal mais evidente, associado à bradicinesia.
sinal da “roda denteada”, caracterizado pela frag-
■■ Forma mista: na qual se observam os três si-
mentação do movimento, de modo similar ao que
nais cardinais.7,8
se vê quando se movimenta uma engrenagem com defeito ou sem lubrificação adequada.8,9
Caracterização clínica: motoras e não motoras
Tremor de repouso
A seguir, estão descritas as principais alterações
O tremor de repouso pode ser definido como um
motoras e não motoras que podem causar declí-
movimento involuntário estereotipado, rítmico,
nio na funcionalidade e na qualidade de vida (QV)
produzido por contrações alternadas ou sequên-
do paciente.
cias de músculos agonistas e antagonistas de um segmento corporal. O tremor na DP é observado
Bradicinesia, hipocinesia e acinesia
nos membros superiores com frequência habitual
A bradicinesia caracteriza-se como a lentidão para
comum nos membros inferiores e na mandíbula.
executar os movimentos com redução da ampli-
Nos membros superiores, normalmente, o tremor
tude e velocidade do movimento. A bradicinesia
desencadeia movimentos de “contar dinheiro” ou
faz parte de um quadro mais amplo denomina-
“rolar pílulas”, devido aos movimentos repetitivos
do hipocinesia, que inclui redução da motricida-
de anteposição do polegar com o indicador e de-
de automática e da expressividade facial (p. ex.,
mais dedos. Embora o tremor de repouso seja tí-
hipomimia facial, diminuição do piscamento e da
pico das síndromes parkinsonianas, ao longo da
dissociação de cinturas e do balanço dos mem-
evolução da DP, o paciente poderá apresentar tre-
bros superiores na marcha). A bradicinesia aumen-
mor postural e durante a realização de movimen-
ta quando o indivíduo realiza movimentos repe-
tos voluntários.8
entre quatro e seis ciclos/segundos, mas não é in-
titivos, de dupla tarefa (p. ex., motora-cognitiva e motora-motora) e tarefas complexas. Definese acinesia como a “ausência” de movimento, ou seja, o paciente apresenta dificuldade para iniciar
Controle postural: instabilidade postural e quedas
o movimento, e esta anormalidade pode ser um
Os problemas de equilíbrio corporal aumentam
problema para iniciar a marcha, a fala, vestir uma
com a progressão da doença e tornam-se as quei-
roupa e transferências posturais. Cumpre ressaltar
xas mais frequentes entre os pacientes e seus
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cuidadores. A instabilidade postural é decorrente
belecido. Todavia, os mecanismos fisiopatológicos
do declínio dos reflexos de readaptação postural.
propostos para explicar a camptocormia são mio-
Esse distúrbio não é comum nas fases iniciais da
patia de extensores de tronco, distonia axial18 e
DP. Costuma ser evidenciado nas mudanças brus-
disfunção na junção neuromuscular.19,20 Já para
cas de direção durante a marcha e, posteriormen-
a SP, alguns autores acreditam ser uma distonia
te, pode agravar-se e determinar quedas frequen-
axial, embora os estudos apresentem resultados
tes.10,11 Estima-se que 70% a 87% dos indivíduos
contraditórios.21-23
com DP apresentarão queda em algum momento durante o curso de sua doença.12 O paciente com declínio do equilíbrio corpo-
Bloqueios motores
ral tende a oscilar mais seu centro de massa, sen-
A dificuldade para iniciar um movimento é deno-
do incapaz de realizar movimentos compensató-
minada freezing ou “congelamento” ou “bloqueio
rios para readquirir a estabilidade postural, o que
motor”. O termo freezing é uma forma de acinesia,
favorece o medo e a prevalência de quedas. Na
sendo esta o sintoma mais incapacitante da doen-
marcha, observam-se velocidade reduzida, menor
ça.8 O paciente pode mencionar o freezing para
comprimento de passada, redução na amplitude
iniciar algumas atividades da vida diária (AVD),
do movimento (ADM) nas pernas, na rotação do
como ao iniciar a marcha, caminhar em lugares
tronco e na oscilação dos braços, passos curtos e
estreitos ou com obstáculos e ao levantar da ca-
desorganizados, aumento da variabilidade da pas-
deira. Do mesmo modo que as quedas, o freezing
sada e do tempo de duplo apoio e um padrão de
ocorre em fases mais avançadas da doença. To-
marcha em festinação. Muitas vezes, isso pode vir
davia, estudos têm revelado que esse fenômeno
associado ao congelamento (freezing) e ao risco
pode ocorrer nas fases iniciais e intermediárias da
de acidentes por quedas.13-15
doença.24,25
Anormalidades posturais
Outras anormalidades motoras
Os pacientes comumente apresentam uma postu-
O paciente poderá apresentar, ao longo da doen-
ra característica com a cabeça e o tronco superior
ça, outras complicações motoras, como fraqueza
fletidos anteriormente, além de flexão de quadril
muscular, disfagia, disartria, discinesias, distonia,
e joelhos. Além desse comprometimento postu-
distúrbios respiratórios e flutuação motora conhe-
ral típico, com a progressão da doença, o pacien-
cida como wearing-off, ou seja, o encurtamento
te pode apresentar anormalidades posturais mais
do efeito da levodopa. A levodopa é a principal
graves, denominadas camptocormia e síndrome
medicação para tratar os sintomas da DP, porém o
de Pisa (SP).16
comprometimento da marcha e do equilíbrio cor-
Define-se camptocormia como uma postu-
poral responde pouco à levodopaterapia. Isso re-
ra em flexão exagerada da coluna toracolombar
força a importância da reabilitação neurofuncional
de, no mínimo, 45º, que aparece na posição ere-
com treino específico do equilíbrio corporal e es-
ta, aumenta durante o caminhar e desaparece em
tratégias para evitar quedas.1,2
decúbito dorsal. A SP caracteriza-se por uma flexão lateral do tronco de, no mínimo, 10º, associada ou não à rotação, a qual pode ser quase
Sintomas não motores
completamente corrigida com mobilização pas-
Os pacientes podem apresentar depressão, sin-
siva ou em decúbito dorsal.16,17 O fator etiológi-
tomas psicóticos (alucinações e delírios, declínio
co destas anormalidades ainda não é bem esta-
cognitivo e demência, confusão mental, crises de
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172 Fisioterapia em Gerontologia
ansiedade, transtornos do sono, descontrole uri-
■■ Histórico de queda nos últimos seis meses.
nário (retenção ou incontinência), impotência se-
■■ Direção da queda.
xual, sudorese, hipotensão ortostática, constipação intestinal, sialorreia, dor difusa, parestesia, fadiga, diminuição da olfação e seborreia.8 Algumas dessas alterações clínicas podem ser agrava-
■■ Medo de cair. ■■ Histórico de cirurgia. ■■ Medicação em uso.
das pelo tratamento medicamentoso (p. ex., levo-
■■ Horário das medicações.
dopa, agonistas dopaminérgicos, anticolinérgicos
■■ Tempo que dura a medicação (períodos off e on).
e inibidores da MAO-B (enzima monoaminoxida-
■■ Prática de atividade física e/ou recreação.
se-B).
Estratégias para a avaliação físico-funcional do idoso com doença de Parkinson A avaliação fisioterapêutica é um processo siste-
■■ Grau de dependência ou independência. Os objetivos dos testes físico-funcionais são avaliar: ■■ Mobilidade articular.26-28 ■■ Força muscular.
mático que tem como objetivo identificar limita-
■■ Coordenação motora.
ções no desempenho e incapacidades físico-fun-
■■ Sensibilidade superficial e profunda.
cionais, assim como o potencial de recuperação
■■ Motricidade geral.
do paciente. É composta por anamnese detalhada e testes físico-funcionais específicos para a DP, a fim de guiar a seleção do programa de treinamento, monitorar a evolução do paciente, comparar o tratamento com evidências científicas, identificar áreas de necessidade de reabilitação, demonstrar o efeito do tratamento e acompanhar as mudanças clinico-funcionais ao longo da doença. É importante ressaltar que as reavaliações devem ser sempre realizadas no mesmo estado clínico que a avaliação inicial a fim de possibilitar comparações, o que se refere principalmente ao mesmo período da medicação, seja no estado on ou off. A anamnese é a entrevista inicial realizada com o paciente e o cuidador com o objetivo de registrar as informações necessárias para o diagnóstico físico-funcional e o tratamento. São pontos importantes: ■■ Principal queixa funcional. ■■ Tempo de início dos sintomas e do diagnóstico médico. ■■ Doenças associadas. ■■ Funcionalidade. ■■ Incapacidade funcional e social.
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■■ Equilíbrio corporal em posições semiestáticas e dinâmicas. ■■ Risco de quedas. ■■ Capacidade para realizar tarefas funcionais comuns como sentar-se, andar sem apoio e em superfícies irregulares, alongar-se à frente, tomar banho, sair da cama, subir escadas etc. Os principais instrumentos de avaliação físicofuncional utilizados em serviços de transtorno do movimento e que poderão ser utilizados no manejo clínico do idoso com DP são descritos a seguir.
Escala de Hoehn & Yahr A Escala de Hoehn & Yahr (HY) compreende cinco estágios de classificação para avaliar a gravidade da DP e abrange medidas globais de sinais e sintomas que possibilitam classificar o indivíduo quanto ao nível de comprometimento motor e do equilíbrio corporal e de incapacidade funcional. Na versão modificada, inclui dois estágios intermediários (Tabela 15.1). Para avaliar se o equilíbrio corporal está comprometido, utiliza-se o teste de “retropulsão” ou “pull test”.27,29-31
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Tabela 15.1 Classificação do paciente com doença de Parkinson de acordo com a Escala de Hoehn & Yahr modificada
tamente independente, capaz de realizar todas as atividades sem lentidão ou dificuldade). A Tabela 15.2 demonstra essa escala de avaliação.31,32
Escala de Hoehn & Yahr (HY)
■■ Estágio 1: comprometimento unilateral ■■ Estágio 1,5: comprometimento unilateral e axial ■■ Estágio 2: comprometimento bilateral, sem prejuízo do equilíbrio corporal ■■ Estágio 2,5: leve comprometimento bilateral, recuperação no teste de equilíbrio corporal (pull test) ■■ Estágio 3: comprometimento leve a moderado; alguma instabilidade postural; independente fisicamente ■■ Estágio 4: comprometimento grave; ainda capaz de caminhar ou permanecer em pé sem auxílio ■■ Estágio 5: em cadeira de rodas ou acamado, exceto se auxiliado Fonte: adaptada de Finkelsztejn et al., 2008.31
Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson A Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) avalia os sinais/sintomas da DP e determinadas atividades dos pacientes por meio do autorrelato e da observação clínica. É composta por 42 itens, divididos em quatro partes: 1. Atividade mental, comportamento e humor. 2. Atividades de vida diária. 3. Exploração motora. 4. Complicações da terapia medicamentosa.
Escala de Schwab-England
A parte III é a mais utilizada pelos clínicos, a
Esta escala avalia a funcionalidade e o grau de
fim de se obter um método uniforme de avaliação
dependência do paciente nas atividades de vida
longitudinal dos sinais/sintomas motores, além de
diária (AVD). O paciente responderá quanto ao
padronizar e direcionar o exame físico. Consiste
grau de sua dependência para realizar as AVD, que
nos seguintes itens: fala, expressão facial, tremor
pode variar de 0% (totalmente dependente, não
de repouso, tremor postural ou de ação, rigidez,
mantém funções vegetativas, como deglutir, con-
bradicinesia, postura, marcha e estabilidade pos-
trole vesical e intestinal) a 100% (paciente comple-
tural. A pontuação em cada item varia de 0 a 4,
Tabela 15.2 Avaliação do grau de dependência do paciente nas atividades de vida diária por meio da escala de Schwab-England Escala de Schwab-England
■■ 100%: completamente independente. Capaz de realizar atividades rotineiras sem lentidão, dificuldade ou prejuízo. Não percebe dificuldade. Essencialmente normal ■■ 90%: completamente independente. Capaz de realizar atividades rotineiras, porém com algum grau de lentidão, dificuldade e prejuízo funcional. As atividades podem tomar o dobro do tempo. Começa a perceber suas dificuldades ■■ 80%: independente para a maioria das atividades rotineiras. Leva cerca do dobro do tempo para realizá-las. É consciente das dificuldades e da lentificação ■■ 70%: não é totalmente independente. Maior dificuldade na realização de atividades rotineiras. Algumas atividades rotineiras tomam três a quatro vezes mais tempo. A realização dessas atividades pode tomar grande parte do dia ■■ 60%: alto grau de dependência. Pode realizar a maioria das atividades rotineiras, porém com muita lentidão, dificuldade e prejuízo funcional. Comete erros, e algumas atividades são impossíveis de serem realizadas ■■ 50%: mais dependente. Necessita de auxílio na metade das atividades rotineiras. Dificuldade em todas as atividades ■■ 40%: muito dependente. Pode realizar atividades rotineiras, porém necessita de auxílio em quase todas ■■ 30%: com esforço, ocasionalmente realiza ou inicia algumas atividades sozinho. Necessita de muito auxílio ■■ 20%: não realiza nada sozinho. Pode auxiliar muito pouco em algumas atividades rotineiras ■■ 10%: totalmente dependente, incapaz de auxiliar nas atividades rotineiras ■■ 0%: funções vegetativas, como deglutição e controle vesical e intestinal, não são funcionais. Restrito ao leito Fonte: adaptada de Finkelsztejn et al., 2008.31
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174 Fisioterapia em Gerontologia
sendo que o valor máximo indica maior comprometimento, e o mínimo, normalidade. É uma escala confiável (r-0,96) e válida (validade convergente e critério-relacionada), o que a qualifica como um instrumento adequado para a avaliação do paciente com DP.27,30,31
Testes de avaliação do equilíbrio corporal e marcha Testes clínicos e laboratoriais realizados em diferentes tarefas e contextos sensoriais são indicados para se obter uma avaliação mais abrangente do comprometimento do equilíbrio corporal e da predição de quedas. A Tabela 15.3 resume os principais testes de avaliação físico-funcional do equilíbrio corporal e da marcha que apresentaram
Tabela 15.3 Testes físicos e funcionais de avaliação do equilíbrio corporal e marcha para o idoso com doença de Parkinson Unified Parkinsons´ Disease Rating Scale (UPDRS)
Avalia o equilíbrio corporal nos seguintes testes: levantar-se da cadeira com braços cruzados em frente ao peito, postura, estabilidade postural e marcha30
Berg Balance Scale (BBS)
Avalia o equilíbrio corporal em 14 atividades representativas do dia a dia. Pontuação total: 0 a 5644,45
Dynamic Gait Index (DGI)
Avalia o equilíbrio corporal em oito tarefas de locomoção. Pontuação total: 0 a 2446,47
Functional Reach Test
Avalia o alcance funcional anterior e lateral48
Teste de Apoio Unipodal
Avalia a habilidade de manter o equilíbrio corporal sobre uma única perna49
Time Up Go Test (TUG)
Avalia o desempenho do paciente para transferir-se de uma cadeira para a postura ortostática, deambular 3m e regressar à cadeira50
Mini-BES Test
Avalia o equilíbrio corporal dinâmico, respostas posturais, orientação sensorial e a marcha, compreende 14 tarefas. Pontuação total: 0 a 3251,52
Posturagrafia estática e dinâmica
Mensura o deslocamento do centro de pressão (COP), a velocidade de oscilação do COP e o limite de estabilidade
correlação com a UPDRS e/ou escala de HY. Esses testes apresentam boa reprodutibilidade e têm a capacidade de distinguir pacientes caidores e não caidores, mas as notas de corte de predição de quedas diferem entre os estudos e devem ser avaliados pelo fisioterapeuta no uso em rastreamento do risco de quedas em indivíduos com DP.33-37 Já a posturografia computadorizada é um exame laboratorial e demanda maior custo financeiro e fornece resultados mais apurados sobre o controle postural por meio de plataforma de força. Atual-
a qual deve ser associada ao tratamento medica-
mente, há vários modelos de posturografia com-
mentoso. A fisioterapia tem o objetivo geral de
putadorizada estática e dinâmica, como o aparelho Equitest , Biodex ®
®
Balance System, Balance
Rehabilitation Unit (BRU), Chattecx Balance Sys®
tem e Tetrax Interactive Balance System (TetraxTM). O valor diagnóstico da posturografia computadorizada na identificação de alteração do equilíbrio corporal em pacientes com DP foi reconhecido por diversos autores.38-43
Reabilitação: estratégias para melhorar a função motora do idoso com doença de Parkinson
melhorar e manter a funcionalidade e a independência dos pacientes com DP por maior tempo possível, assim como diminuir os riscos de complicações secundárias, repercutindo positivamente na QV do paciente. Envolve a reabilitação físico-funcional, associada à orientação e à educação do paciente e familiares com relação à doença e ao comprometimento com a terapia, que inclui a abordagem domiciliar, a qual já deve ser realizada associada à reabilitação supervisionada. Os exercícios domiciliares possibilitam que o paciente se torne um agente ativo no processo de
A abordagem não farmacológica mais efetiva para
reabilitação, estabelecendo algum controle so-
a melhora dos sintomas da DP é a fisioterapia,53
bre a doença.
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Eloá Maria dos Santos Chiquetti • Carmen Lúcia Rondon Soares
Introdução O aumento da população de idosos no Brasil não está relacionado somente à melhora da qualidade de vida (QV), a qual ampliou a expectativa de vida dos brasileiros, que pulará de aproximadamente
Entre as condições mais comuns dessa demanda, estão:2,3 ■■ Sequela do acidente vascular encefálico (AVE). ■■ Complicações de fraturas pós-quedas. ■■ DCD.
75 anos em 2013 para 81 anos em 2060, com as
■■ Insuficiência cardíaca.
mulheres vivendo, em média, 84,4 anos, e os ho-
■■ Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
mens 78,03 anos, mas também à queda na taxa de
■■ Amputações causadas por diabetes melito (DM)
fecundidade dos últimos 50 anos.1 O conceito de “transição epidemiológica”, observada juntamente com o envelhecimento populacional, refere-se à modificação nos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população e que ocorre em conjunto com
e/ou doença vascular e/ou neoplasias. Em idosos, são muito frequentes os casos de osteoartrose (OA) grave, necrose avascular da cabeça do fêmur e fraturas do colo femoral. Nesses casos, o procedimento indicado é a artroplastia
outras transformações demográficas e sociais. O
total de quadril (ATQ).4,5 Além disso, a OA comu-
processo engloba três mudanças básicas: 1. Substituição das doenças transmissíveis por doenças crônicas.
mente acomete os joelhos. Desse modo, indicase a artroplastia total de joelho (ATJ). Um estudo
2. Deslocamento da taxa de morbimortalidade dos mais jovens para os mais idosos.
idosos brasileiros submetidos a ATQ ou ATJ, mos-
3. Transformação do predomínio da mortalidade para a morbidade.
os procedimentos. As próteses de quadril e joelho
A partir disso, há um predomínio de doenças
belecimento de seus movimentos, o mais próximo
crônico-degenerativas (DCD) e suas complicações,
possível de sua biomecânica normal. Consequen-
o que acarreta demandas sobre o sistema de saúde.
temente, melhoram a QV.6
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transversal realizado por Lenza et al. (2013),5 em trou que a OA foi a principal indicação para ambos têm o objetivo de aliviar a dor e restaurar a estabilidade e a função articular, promovendo o resta-
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Abordagem Fisioterapêutica nos Procedimentos Protéticos Articulares
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250 Fisioterapia em Gerontologia
De acordo com Carvalho et al. (2005),7 as pato-
Nessa fase, convém uma avaliação física deta-
logias vasculares são as grandes responsáveis pe-
lhada do paciente, com esclarecimentos sobre o
las amputações de membros inferiores nos idosos.
prognóstico funcional, as discussões sobre dor e a
As amputações são um grande desafio a ser su-
sensação fantasma (no caso das amputações) e as
perado. Sua ocorrência causa sérias mudanças no
metas de reabilitação a curto, médio e longo pra-
campo estético, na autoestima, na mobilidade,
zos. A capacidade funcional, principalmente dos pa-
na capacidade de realizar atividades de vida diá-
cientes que serão submetidos a ATQ/ATJ, pode ser
ria (AVD), no trabalho e no lazer, resultando no
monitorada por meio de um circuito funcional feito
desenvolvimento da dependência e na perda da
sob medida padronizada, no qual os pacientes de-
autonomia. Para os idosos, uma limitação física,
vem realizar atividades funcionais como caminhar,
seja ela causada por uma patologia ou resultante
subir escadas, sentar-se e levantar-se de uma cadei-
de uma amputação, representa uma ameaça para
ra. Deve-se medir o tempo necessário para concluir
sua autonomia, basicamente quando essa limita-
o circuito e/ou o esforço percebido. Os instrumen-
AVD.8
tos de medição podem ser o Test Timed Up & Go
Os idosos com próteses necessitam de grandes re-
(TUG), o Teste de Caminhada de Seis Minutos e a
cursos de saúde, o que exige extensa reabilitação e
Escala de Borg, para percepção subjetiva do esfor-
cuidados de longa duração. A mobilidade é funda-
ço. Além disso, é importante a aplicação de ques-
mental para readquirir a independência. No entan-
tionários que abordem a questão da dor e das AVD,
to, o impacto de várias comorbidades nesse grupo
como o Harris Hip Score (1969) modificado, citado
de pacientes pode fazer com que a recuperação da
por Patrizzi et al. (2004).11 Este consiste em uma es-
mobilidade seja particularmente difícil. Diante des-
cala de pontuação de 0 a 100 que avalia dor, função,
sas questões, o escopo deste capítulo é abordar as
amplitude de movimento articular e deformidades.
ção ocasiona dependência na realização das
principais fases do tratamento fisioterapêutico no
As amputações podem apresentar complica-
pré e no pós-operatório das artroplastias de qua-
ções de ordem geral ou local, como em qualquer
dril e joelho, bem como das amputações em idosos,
cirurgia de grandes proporções. As complicações
descrevendo objetivos e condutas a curto, médio e
gerais são as circulatórias (tromboses coronárias,
longo prazos e citando diferentes protocolos, o que
AVE, trombose da veia profunda) e respiratórias
auxilia na reabilitação e na readaptação das AVD.
(embolia pulmonar). As complicações locais podem ser infecções, hemorragias, obstrução de en-
Tratamento fisioterapêutico pré-operatório A fisioterapia pré-operatória pode agilizar a recuperação funcional no pós-operatório. Há evidências clínicas indicando que a reabilitação é mais rápida e eficaz em pacientes que estão em melhor condição física antes da cirurgia do que naqueles menos aptos.9,10 O treinamento deve ser adaptado para o paciente, em seu ambiente familiar, com exercícios que envolvam tarefas funcionais. A intensidade e o número de repetições dos exercí-
xerto e neuropatia periférica.12 Nos procedimentos fisioterapêuticos, além dos citados anteriormente, um programa de condicionamento cardiopulmonar deve ser iniciado, a menos que exista alguma contraindicação clínica prévia. Os objetivos principais resumem-se em prevenir as contraturas articulares, fortalecer e coordenar o controle muscular do membro que receberá a prótese e fortalecer e mobilizar a perna não afetada e o tronco.13
longo do tempo, com atividades funcionais mais
Tratamento fisioterapêutico pós-operatório
desafiadoras, combinando tarefas físicas e tarefas
Abordaremos neste tópico o tratamento fisiotera-
mentais.
pêutico no pós-operatório (PO) imediato (durante
cios devem ser progressivamente aumentados ao
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a estadia hospitalar) e o PO ambulatorial na ATQ, na ATJ e nas amputações transfemorais e trans tibiais.
Pós-operatório na artroplastia total de quadril
Tabela 22.1 Metas a serem alcançadas pela equipe de fisioterapia com pacientes submetidos a artroplastia total de quadril 1o pós-operatório
Sentar-se em cadeira rígida e alta
2o pós-operatório
Treino de marcha
3 pós-operatório
Realizar transferência independentemente
4o pós-operatório
Indivíduo transferir-se sozinho, realizando marcha, com bom estado geral
o
A ATQ é considerada uma cirurgia de grande porte, e, devido a isso, há riscos e/ou complicações que podem e devem ser minimizados com a fi-
favorecer essa posição), não flexionar o quadril
sioterapia. No PO imediato, as principais compli-
para além de 90 graus, não rodar internamen-
cações são dor, diminuição da amplitude de mo-
te o quadril e manter os dedos do pé alinhados
vimento (ADM), trombose venosa profunda (TVP),
para frente.
embolia pulmonar, pneumonia, luxação e lesão nervosa (principalmente do nervo ciático). Se um paciente apresentar, durante os primeiros dias de pós-operatório (PO), maior dor, edema excessi-
■■ Uso de crioterapia (se for indicado pelo médico). ■■ Exercícios metabólicos de tornozelos e isométricos de quadríceps.
vo, falta de ar súbita e diminuição da saturação de oxigênio, junto com o aumento dos batimentos cardíacos, as intervenções de fisioterapia devem ser interrompidas, e a equipe médica consultada.14 Em uma revisão sistemática realizada por Lemos et al. (2009),15 sobre os protocolos de fisioterapia mais utilizados na ATQ em idosos, observou-se que há vários disponíveis. O protocolo a ser descrito baseou-se no material desenvolvido pelo Brigham and Women’s Hospital Department of Rehabilitation Services e no protocolo do Hospital Israelita Albert Einstein. Tal protocolo é divi16
dido em fases PO imediato e após alta hospitalar
Primeiro dia pós-operatório (mobilização precoce no leito) ■■ Realizar exercícios passivos, ativo-assistidos e ativos de flexão de joelho em decúbito dorsal com pequena ADM, conforme a tolerância do paciente. ■■ Realizar exercícios isométricos do quadríceps (10 vezes de 10s). ■■ Realizar exercícios metabólicos de tornozelos, dorsiflexão e plantiflexão de tornozelos e alongamento de tríceps sural.
(ambulatorial). Cada protocolo deve ser moldado
■■ Treino de transferência para sentar-se no leito
para atender às necessidades de cada paciente,
pelo lado da cirurgia e transferência para cadei-
cumprindo com todas as precauções.
ra de banho ou cadeira rígida e alta.
A maioria dos pacientes permanece na fase de PO imediato por um período inferior a cinco dias,
■■ Não aduzir o quadril – nunca transpor a linha média, como no caso de cruzar as pernas.
a menos que haja complicações pós-operatórias. As metas para essa fase estão descritas na Tabela 22.1.
Segundo dia pós-operatório ■■ Manutenção dos exercícios do primeiro PO,
Protocolo de fisioterapia
exercícios passivos e ativo-assistidos para ga-
Pós-operatório imediato
do paciente.
■■ Posicionamento no leito em decúbito dorsal, abdução (uso de um triângulo de espuma para
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nho de ADM, sempre respeitando a tolerância ■■ Exercícios de flexão e extensão de quadril e joelho.
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252 Fisioterapia em Gerontologia
■■ Orientar quanto à distribuição de peso sobre os ísquios quando sentado. ■■ Exercícios de flexão e extensão de joelhos quando sentado. ■■ Treino de marcha no quarto (com carga liberada conforme orientação da equipe médica), com uso de dispositivos auxiliares de marcha (andador, muletas canadenses etc.).
Terceiro dia pós-operatório ■■ Manter os exercícios anteriores. ■■ Evoluir o treino de marcha no corredor do hospital. ■■ Cuidar quanto às posturas inadequadas durante a marcha.
Trendelenburg, realizar treino de marcha sem os dispositivos. ■■ Aumento da ADM. ■■ Aumento da força muscular. ■■ Retorno às atividades funcionais.
Exercícios terapêuticos da primeira à quar ta semana da fase ambulatorial ■■ Mobilização ativo-assistida e ativa de todos os movimentos do quadril. ■■ Exercícios isométricos de quadríceps, isquiotibiais e glúteos. ■■ Treino de equilíbrio, transferências de peso e atividades em cadeia cinética fechada. ■■ Treino de marcha. ■■ Bicicleta estática na terceira e na quarta sema-
Quarto dia pós-operatório ■■ Manter os exercícios anteriores. ■■ Acrescentar exercícios em ortostatismo para treino de equilíbrio. ■■ Evoluir o treino de marcha no corredor. ■■ Educar sobre as precauções nas atividades do dia a dia, com orientações sobre as transferên-
nas, se liberada pela equipe médica.
Exercícios terapêuticos da quar ta à sexta semana na fase ambulatorial ■■ Acrescentar exercícios de subir e descer de graus. ■■ Se possível, realizar hidroterapia.
cias em casa (entrada e saída do carro, como sair e retornar ao leito em casa). ■■ Orientar os familiares e/ou cuidadores sobre o posicionamento correto do membro e as precauções quanto à luxação do quadril.
Metas a longo prazo – critérios para progressão ■■ Amplitude de movimento ativo entre 0º e 110º de flexão. ■■ Bom controle voluntário de quadríceps.
Fase ambulatorial – uma a seis semanas Os objetivos dessa fase são: ■■ Fortalecimento muscular do quadril operado.
■■ Deambulação independente por 250m sem dispositivos auxiliares de marcha, alterações da marcha ou dor.
■■ Treino proprioceptivo para melhorar a consciência corporal para o treinamento funcional. ■■ Treino de resistência para aumentar a aptidão cardiovascular. ■■ Treino de marcha: usar os dispositivos auxiliares de marcha (andadores ou muletas canaden-
Pós-operatório na artroplastia total de joelho Os principais objetivos da cirurgia de ATJ são: ■■ Promover alívio da dor do paciente.
ses) por quatro a cinco semanas. Quando não
■■ Favorecer movimentos com estabilidade.
houver sinais de marcha antálgica ou sinal de
■■ Corrigir as deformidades provocadas pela OA.
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De acordo com a literatura especializada, há vários protocolos fisioterapêuticos no PO de ATJ.
17
joelho por meio de seus efeitos fisiológicos e metabólicos.
Assim, a escolha de qual protocolo a ser aplicado deve levar em conta as características do paciente quanto à motivação, à expectativa (do paciente
Primeiro dia pós-operatório
e da família), às comorbidades, ao contexto a ser
■■ Orientar o posicionamento no leito; o joelho
realizado e ao suporte familiar, entre outros. Para Silva (2006),18 o objetivo da fisioterapia de PO de ATJ é auxiliar na adaptação da funcionalidade e na recuperação da QV e no retorno precoce da função, que está relacionada principalmente com a ADM. A média de ADM alcançada após uma prótese de joelho é de 107º de flexão. A Tabela 22.2 descreve as principais atividades relacionadas com o grau de ADM necessário para realizá-las. O protocolo a ser citado baseou-se nos protocolos desenvolvidos pelo Insall Scott Kelly® Institute for Orthopaedics and Sports Medicine19 e pelo Brigham and Women’s Hospital Department of Rehabilitation Services,
20
além do protocolo
avançado proposto por Silva (2006).18 A maioria dos pacientes permanece na fase de PO imediato por um período inferior a cinco dias, a menos que haja complicações pós-operatórias.
deve permanecer em extensão, sem suporte na porção posterior, e elevado. ■■ Crioterapia por 30min a cada 2h; caso o paciente esteja com bandagem, aplicar por 40min seis vezes ao dia. ■■ Exercícios isométricos de quadríceps, isquiotibiais e glúteos. ■■ Exercícios ativo-assistidos de dorsiflexão e plan tiflexão do tornozelo (exercícios metabólicos) e glúteos (realizar báscula de pelve). ■■ Flexão passiva de joelho (0º a 45º), aplicando as escalas de dor para determinar o limite do paciente e realizar alongamento de tríceps sural. ■■ Sentar-se na beira da cama com a assistência necessária. ■■ Sentar-se em uma cadeira por 15min.
Segundo dia pós-operatório
Protocolo de fisioterapia
■■ Continuar com o protocolo descrito anterior-
Pós-operatório imediato
mente.
■■ Posicionamento no leito, membro inferior em elevação, com extensão total do joelho. ■■ Crioterapia por 30min a cada 2h; caso o paciente esteja com bandagem, aplicar por 40min seis vezes ao dia. O gelo é usado para controlar a inflamação, a dor e o edema na articulação do
■■ Crioterapia por 20min a cada 3h. ■■ Realizar sozinho exercícios no leito cinco vezes por dia. ■■ Mobilidade na cama e transferências com assistência mínima. ■■ Sentar-se em uma cadeira durante 30min, duas vezes por dia, além das refeições.
Tabela 22.2 Atividades relacionadas com a amplitude de movimento necessária Função
ADM necessária
Caminhar
60º a 70º
Subir escadas
80º a 90º
Descer escadas
90º a 100º
Levantar-se de uma cadeira baixa ou amarrar o sapato
105º
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■■ Flexão passiva do joelho de 0º a 60º.
Terceiro dia pós-operatório ■■ Manter conduta anterior (inclusive a crioterapia). ■■ Mobilização patelar. ■■ Alongamento passivo de isquiotibiais.
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254 Fisioterapia em Gerontologia
■■ Sentar-se em uma cadeira a maior parte do dia,
cícios ou quando houver dor), a marcha e os
inclusive às refeições. Nunca mais de 45min
exercícios metabólicos e dar continuidade ao
sem intervalos.
tratamento em nível ambulatorial.
■■ Começar com exercícios de flexão de quadril e de joelho em pé. ■■ Movimentação passiva de flexão-extensão de joelho de 0º a 70º. ■■ Ortostatismo com apoio com descarga parcial de membros inferiores.
Fase ambulatorial Primeira semana ■■ Mobilização patelar. ■■ Exercícios isométricos de quadríceps, isquiti-
■■ Mensuração do andador.
biais, adutores e abdutores (séries de 10 repe-
■■ Deambular 15m com andador e assistência
tições).
moderada.
■■ Progredir a marcha com andador. ■■ Treinar o equilíbrio estático e dinâmico.
Quarto dia pós-operatório ■■ Manter a conduta anterior (inclusive a crioterapia). ■■ Mobilização de flexão-extensão de joelho até 80º.
■■ Exercícios de alongamento de isquitibiais e tríceps sural, com o paciente sentado na cadeira com flexão de 90º de joelho, realizando dorsiflexão com o auxílio de uma faixa elástica (Theraband®). ■■ ADM de 90º.
■■ Sentar-se em uma cadeira permanecendo com flexão de joelho de, aproximadamente, 80º. ■■ Início de movimento ativo-assistido de flexãoextensão de joelho, conforme a tolerância do paciente. ■■ Deambular 50m com andador.
Segunda e terceira semanas ■■ Alongamento de isquiostibiais e tríceps sural (desde a primeira semana). ■■ Alongamento (quadríceps) – seguir ADM. ■■ Cadeia cinética aberta (quadril – flexão/extensão).
Quinto dia pós-operatório (alta hospitalar)
■■ Cadeia cinética aberta (quadril – adução/abdu-
■■ Manter conduta anterior (inclusive a criotera-
■■ Cadeia cinética aberta ( joelho – flexão/exten-
pia). ■■ Mobilização de flexão-extensão de joelho até 90º. ■■ Sentar-se em uma cadeira permanecendo com flexão de joelho de, aproximadamente, 90º. ■■ Realizar a mobilidade na cama e transferências de modo independente. ■■ Deambular 100m com andador/muletas canadenses de modo independente. ■■ Orientação quanto ao posicionamento no leito; manter a crioterapia (após a realização de exer-
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ção). são) – seguir ADM. ■■ Progressão na distância de marcha com andador (aumento de 100m a cada dia). ■■ Começar na bicicleta ergométrica com supervisão, 5 a 10min. ■■ Iniciar com agachamentos, com o paciente encostado na parede. Não deixar os joelhos ultrapassarem a frente dos dedos dos pés. ■■ Amplitude ativa de movimento do joelho 0 a 100°. ■■ Início de treino propriceptivo (solo instável).
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●● Evitar complicações cardiopulmonares e des
Quar ta e quinta semanas
condicionamento geral.
■■ Manter a conduta anterior. ■■ ADM de flexão de joelho 0º a 115º. ■■ Intensificar o treino proprioceptivo. ■■ Marcha apenas com muletas canadenses.
Programa terapêutico ■■ Posicionamento no leito para prevenir edemas ou bloqueios – evitar a flexão, a abdução, a rotação externa de coxa e a flexão de joelho quando
Sexta a oitava semana
o paciente for amputado da perna (transtibial).
■■ Progredir para marcha independente. ■■ Aperfeiçoar o equilíbrio estático e dinâmico até o normal sem dispositivo de apoio. ■■ Alcançar plena ADM (0º a 135º). ■■ Dominar as tarefas funcionais dentro do am-
●● Manter o membro inferior alinhado. ●● Não colocar travesseiro embaixo do coto e entre as pernas, para evitar contraturas musculares. ●● Evitar ficar na cama com o coto flexionado. ●● Evitar flexionar o joelho em amputações
biente doméstico. ■■ Oitava semana: alta fisioterapêutica.
transtibiais quando estiver sentado. Tais procedimentos evitam o aparecimento
Pós-operatório nas amputações transfemorais e transtibiais O programa de reabilitação no período PO de pacientes amputados é dividido em hospitalar e ambulatorial. Os objetivos gerais são:
21-23
■■ Evitar deformidades. ■■ Controlar edema do coto (enfaixamento). ■■ Manter força muscular, enfatizando o membro amputado. ■■ Manter mobilidade geral. ■■ Melhorar equilíbrio e transferências. ■■ Dessensibilizar o coto. ■■ Fazer massagem cicatricial. ■■ Tratar a dor e a sensação fantasma. ■■ Reeducar a marcha. ■■ Restaurar a independência funcional.
Pós-cirúrgico agudo
de contraturas em flexão, facilitando, com isso, a adaptação da prótese.25 ■■ Treinamento de transferência de mobilidade da cadeira de rodas e da marcha. ■■ Fortalecimento muscular dos membros superiores. ■■ Treinamento de mobilização no leito para evitar traumatismos no membro residual. ■■ Exercícios isométricos para todos os grupos musculares: devem ser iniciados com o coto 24h após a amputação, solicitando contração da musculatura da coxa, com a finalidade de ativar a circulação geral, reduzir volume residual e manter a força muscular. ■■ Exercícios respiratórios profiláticos (pressão expiratória positiva nas vias respiratórias [EPAP], Threshold®, Voldyne® etc.). ■■ Monitorização cardíaca em pacientes de risco. ■■ Treinamento das atividades funcionais (vestirse, higiene corporal etc.). ■■ Enfaixamento compressivo: logo depois da in-
Trata-se do período compreendido entre a ampu-
tervenção cirúrgica, realiza-se enfaixamento
tação e a remoção das suturas, em 14 a 21 dias.
compressivo, que tem três principais objetivos:26
■■ Objetivos:
●● Reduzir o edema do coto e evitar seu au-
24
●● Reduzir a dor e o edema, a fim de prevenir espasmos ou problemas secundários.
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mento. ●● Estimular o metabolismo do coto.
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256 Fisioterapia em Gerontologia
●● Modelar e preparar o coto para facilitar a adaptação da futura prótese. O primeiro enfaixamento deve ser realizado por um profissional especializado, que orientará o paciente e seus familiares a maneira correta de utilizá-lo. Algumas recomendações devem ser seguidas: –– as faixas devem ser elásticas; –– o enfaixamento não deve permanecer mais do que 12h na mesma posição. Em caso de parestesias, deve-se retirar o enfaixamento e refazê-lo com menor pressão. O enfaixamento deve ser trocado três vezes ao dia, proporcionando 15min sem faixa para massagear o coto com as próprias mãos. O uso do enfaixamento deve ser aconselhado até a protetização definitiva. Após essa fase, a faixa deve ser colocada somente à noite ou quando o indivíduo não fizer uso da prótese.27 Os tipos de enfaixamento estão ilustrados nas Figuras 22.1 e 22.2.
Passos para o enfaixamento do coto na amputação abaixo do joelho 1. Iniciar o enfaixamento no joelho e descer em diagonal com pressão maior distal e reduzindo a pressão em área proximal. 2. Subir em diagonais com pressão distal, aliviando para proximal. 3. Prender a faixa no joelho sem exercer pressão.
2. Levar o rolo através das pernas e sobre o fim da parte da frente da coxa. 3. Levar o rolo por trás e pela área mais baixa do estômago. 4. Continuar envolvendo-a em torno da coxa e pela área baixa do estômago até que o rolo seja suspenso. Prender o fim do rolo com clipes de metal que estão incluídos na atadura. 5. Com o segundo rolo de atadura elástica, começar envolvendo o coto diagonalmente pela superfície exterior mais alta em direção à superfície inferior interna. 6. Levar o rolo de atadura em torno do coto diagonalmente voltado para cima. 7. Levar o rolo por trás da parte superior do coto. 8. Continuar envolvendo o coto sobrepondo a atadura até tudo estar coberto. 9. Prender o fim do segundo rolo com o primeiro rolo.
Cuidados ambulatoriais na fase pré-protética Esta é uma fase na qual o idoso será preparado para receber a prótese definitiva. Ou seja, ele será treinado com a prótese provisória. Convém iniciar os seguintes procedimentos após a cicatrização das suturas:29 ■■ Cuidados com o coto. ■■ Programa de exercícios de fortalecimento global.
4. Não voltar sempre à ponta do coto. Construir diagonais, aliviando a pressão.
■■ Treino de equilíbrio estático e dinâmico.
5. O enfaixamento deve terminar perto da articulação acima da amputação, com pressão menor nesta área.
■■ Avaliação criteriosa do membro residual para
6. Prender bem a faixa elástica, sem garrotear o joelho.
Avaliação do membro residual
■■ Treino de atividades funcionais. verificação de possíveis lesões vasculares.29
■■ Medida do comprimento e circunferência do coto.
Passos para o enfaixamento do coto na amputação acima do joelho
■■ Descrição da forma do coto.
1. Começar colocando o fim do rolo de atadura de 10cm de largura na parte superior da coxa e envolvê-lo no coto em direção à parte de trás.
■■ Avaliação das funções perdidas.
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■■ Descrição da cicatrização do coto. ■■ Descrição de outros problemas observados.
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B
C
D
E
F
Figura 22.1 Enfaixamento de coto na amputação abaixo do joelho (transtibial) Fonte: adaptada de Guia do Amputado, 2016.28
Cuidados com o coto Nesta fase, os exercícios devem seguir uma evolução gradativa, iniciando com movimentos passivos, ativo-assistidos e, posteriormente, ativo-resistidos com o coto. Normalmente, nesta fase, o coto é muito sensível, e o paciente pode apresentar pa-
vegetais, esponjas de espumas lisas e ásperas, escovas de dente e de roupa, escovas de pentear cabelo de bebê, algodão, tecidos, lãs e toalhas, entre outros. Inicia-se sempre pelo material de textura mais áspera para a mais fina. Todos esses materiais devem ser colocados na pele do paciente de maneira suave e lenta. O aumento da frequência e da
restesias. Por isso, a manipulação do coto deve ser
duração dos movimentos deve se dar conforme a
incentivada, para reduzir a sensibilidade. Tal pro-
tolerância do paciente.27
cesso é conhecido por dessensibilização.26
Um bom coto de amputação deve ser firme,
A dessensibilização é realizada utilizando-se ma
sem aderências cicatriciais, contraturas articula-
teriais de texturas diferentes, como gelo, buchas
res e neuromas. No entanto, isso dependerá de
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Abordagem Fisioterapêutica nos Procedimentos Protéticos Articulares 257
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258 Fisioterapia em Gerontologia
A
B
D
C
E
Figura 22.2 Enfaixamento de coto na amputação acima do joelho (transfemoral) Fonte: adaptada de Guia do Amputado, 2016.28
alguns fatores, como: boa reinserção dos mús-
ser vistos espícula óssea, edema e grande cicatri-
culos e tendões, mioplastia (enxerto de tecido
zação. Um coto viável para protetização deve ter
muscular), hemostasia, neurectomia (extração de
formato de cone e boa cicatrização, sem excesso
uma parte de um nervo), tecidos ósseos, posicio-
de pele e com pouca flacidez.
namento e suturas. O ideal é um coto levemente cônico com cicatriz terminal, o que será obtido por meio de dois retalhos iguais, um anterior e um
Manejo e técnicas fisioterapêuticas
posterior. Quando o coto não é enfaixado ou posi-
Convém enfatizar que qualquer amputação do
cionado corretamente, ele pode desenvolver alte-
membro inferior implica a perda do pé, que é
rações anatômicas e/ou estéticas que inviabilizam
um membro altamente complexo, controlado por
sua protetização.26 Além disso, observa-se que o
um sistema de sinalização com origem em pele,
tipo de cirurgia não foi adequado. Assim, podem
músculos e tendões. A eficácia do pé depende
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Reabilitação Cardíaca na Pessoa Idosa Margarete Diprat Trevisan
atividades aeróbicas, por meio de caminhadas nos
Introdução Com o envelhecimento, diversos órgãos e sistemas sofrem alterações progressivas, entre elas mudanças na estrutura e na funcionalidade cardíaca. Dessa maneira, as principais causas de mortalidade em idosos são as doenças cardiovasculares (DCV) e respiratórias. Em 2006, tais patologias representaram 38% e 13%, respectivamente, das causas de morte em idosos brasileiros.1 Assim, prevê-se que um número crescente de idosos se torne candidato à reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM). O fisioterapeuta é um dos profissionais responsáveis pelo programa de RCPM, definido como o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as melho-
corredores do hospital e treino em escadas. Na fase 2, deve ser incluído um programa educacional para estimular a mudança dos hábitos de vida, com ênfase na reeducação alimentar e, no caso dos tabagistas, estratégias para a cessação do hábito. Geralmente, os protocolos neste período de intervenção costumam incluir exercícios aeróbicos em esteira ou bicicleta ergométrica. As sessões são supervisionadas pelo fisioterapeuta e/ou pelo educador físico.3 As fases 3 e 4 têm duração indefinida. A diferença entre ambas relaciona-se com a supervisão, pois a fase 4 pode ser realizada sem ela. Os exercícios prescritos nesta fase são atividades que devem ser adequadas à disponibilidade de tem-
res condições físicas, mentais e sociais, de modo
po para a manutenção do programa de exercícios
a conseguir, por seu próprio esforço, reconquis-
físicos e às preferências dos pacientes quanto às
tar uma posição na comunidade e levar uma vida
atividades desportivas recreativas.3
O principal objetivo da fisiote-
Neste capítulo, serão brevemente abordadas as
rapia na RCPM, etapa hospitalar (fase 1), é con-
alterações cardiovasculares decorrentes do enve-
tribuir para o retorno do paciente às suas ativi-
lhecimento, bem como as cardiopatias comuns a
dades sociais e laborais, nas melhores condições
esta faixa etária, indicadas à realização de fisiote-
físicas possíveis, aumentando a qualidade de vida
rapia, detalhando-se as particularidades na RCPM
(QV) do paciente.3 Em geral, os protocolos utiliza-
cabíveis a cada cardiopatia. Também serão abor-
dos na RCPM durante a fase hospitalar envolvem
dados aspectos da avaliação respiratória e os ob-
alongamentos, exercícios respiratórios para a hi-
jetivos e condutas fisioterápicos aplicáveis a cada
giene brônquica e reexpansão pulmonar, além de
fase da RCPM.
ativa e
produtiva.2
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Envelhecimento do sistema cardiovascular O sistema cardiovascular é composto principalmente por coração, artérias, veias, capilares e vasos linfáticos. As principais funções deste sistema são a nutrição e a oxigenação dos tecidos do orga-
e mortalidade no mundo.9 A doença arterial coronariana (DAC) é responsável por cerca de 75% de mortes em ambos os sexos.10 Já a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é a maior causa de internação hospitalar e de morbimortalidade em idosos.11
nismo. Durante o envelhecimento, ocorrem diverpeso, devido à hipertrofia do ventrículo esquerdo,
Indicações para a reabilitação cardíaca
o que gera um aumento em torno de 1 a 1,5g/
Devido às alterações fisiológicas inerentes ao pro-
sas alterações no coração, como aumento em seu
ano, a partir dos 30 anos de idade,4 espessamento das valvas aórtica e mitral, bem como calcificação e fibrose que geram aumento em sua espessura e sua rigidez, podendo interferir em seu fechamento5 e, consequentemente, no enchimento diastólico final. A função diastólica é prejudicada devido à redução da complacência ventricular, o que leva a um aumento no tempo de relaxamento ventricular. Em parte, isso explica a redução da frequência cardíaca máxima e do débito cardíaco máximo, observado no processo de envelhecimento. A redução do débito cardíaco máximo é um dos fatores que predispõem à redução do volume máximo de oxigênio (VO2máx), além das alterações vasculares periféricas que também influenciam a deterioração da capacidade funcional máxima.6 No entanto, a fração de ejeção e o volume sistólico de idosos hígidos em repouso é similar à dos jovens.7,8 Da mesma maneira, observa-se redução da relação entre o número de capilares por fibra muscular, bem como do diâmetro dos capilares e da função endotelial. Essas alterações vasculares con-
cesso de envelhecimento, cada vez mais idosos são diagnosticados como portadores de cardiopatias. No entanto, os homens têm maior risco para o desenvolvimento destas doenças do que as mulheres. Contudo, esta tendência vem se modificando ao longo dos anos, uma vez que o benefício cirúrgico é igual em ambos os sexos.12,13 As mulheres, por questões hormonais, estão protegidas contra a DCV até a chegada da menopausa. Isso se deve ao papel dos estrógenos, o que justifica a menor incidência de cardiopatias neste grupo, em diversos estudos relacionados com a cardiologia. Geralmente, a DCV manifesta-se dez anos mais tarde na mulher do que no homem e, ainda assim, associa-se à concomitância de diversos fatores de risco.14 Neste capítulo, abordaremos as principais cardiopatias relacionadas com o envelhecimento que têm indicação para a reabilitação cardiopulmonar e metabólica, bem como suas particularidades quanto às recomendações na atuação fisioterapêutica.
tribuem, de modo negativo, para a distribuição sistêmica do oxigênio. Além disso, durante o envelhecimento, também ocorre diminuição da dis-
Insuficiência cardíaca
tensibilidade da aorta e das grandes artérias, com-
A insuficiência cardíaca (IC) consiste em uma sín-
prometimento da condução cardíaca e redução na
drome clínica complexa, de caráter sistêmico, que
função barorreceptora.
causa diminuição do suprimento sanguíneo para
6
As modificações do sistema cardiovascular de-
prover as necessidades metabólicas teciduais, no
correntes do envelhecimento, somadas a fatores
retorno venoso normal, ou o faz apenas com altas
de estilo de vida, genética, condições sanitárias
pressões de enchimento. Geralmente, é a via final
e acesso ao sistema de saúde, contribuem para
comum das doenças cardíacas, sendo um proble-
que as DCV sejam a maior causa de morbidade
ma epidêmico em progressão.15
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Comumente, ocorre inapropriada perfusão tecidual (IC com débito cardíaco reduzido), que inicialmente se manifesta durante o exercício. No entanto, com a progressão da doença, também poderá ser observada em repouso. Os sintomas e sinais clínicos podem ocorrer devido a disfunção sistólica, diastólica ou a ambas, acometendo um ou ambos os ventrículos.15 Classifica-se a IC em quatro classes, fundamentadas na intensidade de sintomas de acordo com a New York Heart Association (NYHA). Esta classificação tem caráter funcional e também é um modo de avaliar a QV do paciente diante de sua doença. As quatro classes são as seguintes: 1. Classe I: ausência de sintomas (dispneia) durante atividades cotidianas. A limitação para esforços assemelha-se à esperada em indivíduos normais. 2. Classe II: sintomas desencadeados por atividades cotidianas. 3. Classe III: sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas ou pequenos esforços. 4. Classe IV: sintomas em repouso. A IC é uma frequente causa de morbimortalidade na população adulta. Sua prevalência aumenta progressivamente com a idade, chegando a alcançar 10% da população acima dos 75 anos. É a causa mais frequente de internações na população idosa dos países ocidentais.5 No Brasil, a principal causa de IC é a cardiopatia isquêmica crônica associada à hipertensão arterial sistêmica (HAS). São situações especiais de etiologia de IC a doença de Chagas, a endomiocardiofibrose e a cardiopatia valvular reumática crônica. A etiologia da IC está descrita na Tabela 27.1.15 Independentemente da origem fisiopatológica, a fisioterapia na IC descompensada deve iniciar-se assim que o paciente estiver clinicamente estável. Na fase hospitalar, a fisioterapia respiratória deve objetivar a reversão da congestão pulmonar por meio do uso de resistores expiratórios. Contudo, deve-se ficar atento nos casos de pressão arterial (PA) baixa, não utilizando resistências maiores que
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5cmH2O. A fisioterapia motora deve visar ao recrutamento muscular dinâmico e de baixa intensidade. Em âmbito hospitalar, costumam-se realizar duas sessões diárias de curta duração.3 Na fase ambulatorial, o fisioterapeuta deve ficar atento à motivação do paciente para evitar desistência, salientando a importância da adesão ao tratamento fisioterapêutico para que seja alcançada a melhora da capacidade funcional, um dos principais indicadores no prognóstico do indivíduo com IC.6 Diversos estudos revelam que a reabilitação cardíaca melhora a QV e a capacidade funcional. Além disso, estudos constatam que o treinamento físico supervisionado é seguro e reduz tanto a mortalidade quanto as internações por descompensação da IC crônica.16 A RCPM na fase crônica deve contar com prescrição personalizada, calculada com base no teste ergométrico convencional; avaliação das arritmias por meio das eletrocardiografias dinâmicas; e monitorização dos pacientes de alto risco. Com relação à intensidade e à frequência, os exercícios devem ser realizados entre 30% e 50% do VO2máx ou 51% a 60% da frequência cardíaca (FC) máxima. São realizadas três a cinco sessões semanais, incluindo treinamento isométrico nos normotensos, fases de aquecimento e desaquecimento mais prolongadas e avaliações, inicialmente, a cada três a seis meses e, depois, a cada seis a 12 meses, para acompanhamento da evolução.17
Transplante cardíaco O transplante cardíaco é reconhecido como tratamento de escolha para a IC refratária, mesmo diante da melhora na expectativa de vida com o tratamento clínico. Muitos avanços vêm surgindo nesta última década, como incorporação de novas técnicas cirúrgicas, novos imunossupressores, métodos diagnósticos e abordagens no pós-operatório precoce e tardio.18 Convém uma criteriosa seleção para a escolha do doador e do receptor, pois quando estes são bem definidos há um importante aumento na
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322 Fisioterapia em Gerontologia
Tabela 27.1 Etiologia da insuficiência cardíaca Etiologia
Situação clínica
Doença isquêmica
Especialmente na presença de fatores de risco cardiovasculares, angina ou disfunção segmentar
Hipertensão arterial
Frequentemente associada a hipertrofia ventricular e fração de ejeção preservada
Doença de Chagas
Especialmente em dados epidemiológicos sugestivos e BRD/BDAS
Cardiomiopatia
Hipertrófica, dilatada, restritiva e com displasia arritmogênica do ventrículo direito
Farmácos
Bloqueadores de canal de cálcio, agentes citotóxicos
Toxinas
Álcool, cocaína, microelementos (mercúrio, cobalto e arsênio)
Doenças endócrinas
Diabetes melito, hipo/hipertireoidismo, Cushing, insuficiência adrenal, feocromocitona, hipersecreção de hormônio do crescimento
Nutricional
Deficiência de selênio, tiamina, camitina, obesidade, caquexia
Infiltrativa
Sarcoidose, amiloidose, hemocromatose
Doença extracardíaca
Fístula arteriovenosa, beribéri, doença de Paget, anemia
Outras
Periparto, miocardiopatia do HIV, doença renal crônica
BRD: bloqueio de ramo direito; BDAS: bloqueio divisional anterossuperior esquerdo; HIV: vírus da imunodeficiência humana. Fonte: adaptada Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2009.15
sobrevida, na capacidade de exercício, no retor-
instável a um infarto agudo do miocárdio (IAM) e
no ao trabalho e na QV.19 Estudos comprovam que
à trombose total do vaso. As síndromes corona-
pacientes transplantados que realizam programas
rianas abrangem um amplo espectro de diferen-
de reabilitação cardíaca com duração de oito a 12
tes condições clínicas, como angina estável crôni-
meses podem aumentar em até 50% a capacidade
ca, que pode ser tratada com medicação oral e/ou
funcional.20,21 Além disso, os programas formais
procedimento transcutâneo; e angina instável, que
de exercício costumam ter melhores resultados do
ocorre na isquemia miocárdica, necessitando de
que a atividade física domiciliar, já que, além de
internação hospitalar e medicação intravenosa. Os
os pacientes recuperarem a capacidade funcional,
fatores que aumentam o risco imediato de morte
podem se beneficiar do suporte educacional, nu-
ou IAM são:12
tricional e do apoio psicológico do serviço de rea-
■■ Dor prolongada ao repouso (>20min).
bilitação.22-24
■■ Instabilidade hemodinâmica (edema agudo de
Doença arterial coronariana
■■ Angina em repouso com alteração do segmen-
A doença arterial coronariana (DAC) tem espectro
■■ Disfunção ventricular esquerda preexistente.
pulmão, hipotensão e insuficiência mitral). to ST-T.
clínico importante, devendo ser reconhecida adequadamente. Uma pequena lesão pode progredir
A cardiopatia isquêmica resulta de um longo
até limitar o fluxo sanguíneo e promover angina.
e progressivo processo aterosclerótico que leva à
A lesão pode acumular, progressivamente, lipídios,
redução do lúmen das coronárias. Ao ocorrer a es-
plaquetas e uma fina capa de fibrose, além de pro-
tenose das coronárias, há redução do fluxo san-
mover a inibição da síntese do colágeno e aumen-
guíneo, o qual causa o desequilíbrio entre a oferta
tar sua degradação, levando à formação do trom-
e a demanda por oxigênio. O principal sintoma de
bo que pode manifestar-se de diversas maneiras.
25
isquemia é a dor retroesternal de origem isquêmi-
Clinicamente, mostra-se de acordo com a exten-
ca (angina) que pode ser classificada em graus I,
são do trombo, podendo variar de uma angina
II e III, se ocorrer diante de esforço muito intenso,
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moderado ou nas atividades de vida diária (AVD),
isquemia induzida pelo esforço, aumentar a capa-
respectivamente. Até o grau III, a dor deve ceder
cidade funcional e controlar diversos fatores de
espontaneamente após o esforço, porém, quando
risco para DCV. Além disso, o exercício tende a re-
a dor se manifesta até no repouso, é classificada
duzir em 20% a mortalidade por todas as causas e
como grau IV e denomina-se angina instável.26
em 26% a mortalidade cardíaca.16
O IAM consiste no desfecho de maior gravidade da isquemia miocárdica.12 É praticamente a morte de cardiomiócitos devido a isquemia pro-
Revascularização do miocárdio
longada geralmente causada por trombose e/ou
Devido ao aumento na expectativa de vida, tam-
vasospasmo sobre uma placa aterosclerótica.27
bém há elevação na quantidade de cirurgias de re-
Há um grande índice de complicações pós-IAM
vascularização do miocárdio (CRM) em pacientes
devido ao curto tempo disponível para que ocorra
idosos.30 Isso porque a prevalência da DAC nesta
o adequado manejo da recanalização coronaria-
faixa etária está em constante crescimento.31
na. Dessa maneira, é imprescindível que o pacien-
Considera-se a CRM uma opção efetiva no tra-
te seja rapidamente atendido, pois, quanto maior
tamento de pacientes portadores de DAC. Ela tem
o tempo de espera, também maior será o risco de
como objetivo aumentar a sobrevida, evitar o IAM,
morte e maior o risco de perda da viabilidade mio-
o reinfarto, melhorar a função ventricular e aliviar
cárdica.16,28
os sintomas da isquemia miocárdica.9,29,32-34
A recanalização coronariana pode ser realiza-
A revascularização do miocárdio é a cirurgia
da quimicamente, mecanicamente ou por revascu-
cardíaca realizada com mais frequência no Bra-
larização. Independentemente da forma de reca-
sil, sendo, em sua maioria, por meio do Sistema
nalização, a RCPM fase 1 pode iniciar-se tão logo
Único de Saúde (SUS). Entre 2005 e 2007, foram
não haja as seguintes contraindicações caracterís-
realizadas pelo SUS 63.529 CRM, em 191 hospi-
ticas de angina instável, preconizadas pelo Ameri-
tais de todo o Brasil. A mortalidade hospitalar, no
can College of Cardiology e pela American Heart
período desses três anos, foi de 6,22%; e o tempo
Association:
médio de internação decorrente desta cirurgia, de
29
■■ Pressão arterial sistólica (PAS) >180mmHg e
12 dias. Nos hospitais públicos, a média foi ainda
pressão arterial diastólica (PAD) >110mmHg.
maior: aproximadamente 16 dias. No mesmo pe-
■■ Hipotensão ortostástica com queda sintomáti-
ríodo, o número de CRM no Brasil foi de 34 a cada
ca de PAS >20mmHg. ■■ Arritmias não controladas. ■■ Insuficiência cardíaca descompensada. ■■ Bloqueio atrioventricular de segundo grau ou mais avançado (sem marca-passo). ■■ Pericardite em atividade ■■ Tromboembolismo e trombose venosa recentes. ■■ Eletrocardiograma (ECG) sugestivo de isque-
cem mil habitantes. A região onde ocorreu o maior número de cirurgias foi a Sul.35 A revascularização do miocárdio é uma cirurgia altamente invasiva. São necessários enxertos da veia safena e a anastomose da artéria torácica inferior esquerda (ATIE), como forma de revascularizar as regiões isquêmicas do miocárdio. Tal procedimento ainda está frequentemente associado a um maior tempo de repouso no leito. Assim, gera redução da capacidade cardiorrespiratória, perda
mia.
de força e de massa muscular e condicionamento físico.8,10 Além disso, outro fator preocupan-
Com a reabilitação cardíaca, os pacientes por-
te é a alta frequência de atelectasias (entre 54%
tadores de cardiopatia isquêmica podem melho-
e 92%), comumente associadas à cirurgia cardía-
rar os sintomas de angina, atenuar a gravidade da
ca, que contribuem para a deterioração da função
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pulmonar, da força da musculatura ventilatória e
betabloqueados, porém a PA, a sensação de disp-
da oxigenação. Múltiplos fatores contribuem para
neia e a saturação periférica de oxigênio (SpO2)
o desenvolvimento de atelectasias:36-40
também devem ser observadas como indicado-
■■ Ventilação mecânica.
res da estabilidade hemodinâmica, da troca gaso-
■■ Anestesia prolongada.
sa e do transporte de O2 para a periferia. A FC deve
■■ Circulação extracorpórea (CEC). ■■ Invasão do espaço pleural. ■■ Disfunção diafragmática. ■■ Imobilização. ■■ Dor. As frequentes complicações pulmonares representam uma importante causa de morbidade e mortalidade para os pacientes no período pósCRM.26,41-43 Conforme demonstrado em estudo realizado por Iglézias et al. (2010),8 28,1% de 361 indivíduos que realizaram a cirurgia de revascularização de miocárdio tiveram infecção pós-operatória, sendo a pulmonar a mais prevalente, o correspondente a 86,1% dos pacientes operados.43 Os pacientes submetidos à revascularização do miocárdio tendem a desenvolver, principalmente no período pós-operatório, disfunção pulmonar com redução significativa nos volumes pulmonares, prejuízos na função respiratória, diminuição
ficar limitada a 30 batimentos por minuto (bpm) acima das medidas de repouso nesses pacientes. A duração da fisioterapia motora deve respeitar a tolerância do paciente, porém o recomendado é de, no máximo, 25min para evitar a exaustão. Isso porque, em nível hospitalar, a frequência de atendimentos costuma ser alta, de duas a três sessões diárias. Sinais e sintomas como fadiga, dispneia, cianose, palidez e náusea são indicadores de intolerância ao esforço. Portanto, deve-se interromper os exercícios até a completa estabilização do paciente, não esquecendo de relatar o ocorrido na ficha de evolução.6
Valvopatias As valvopatias são a terceira mais frequente causa de ICC no idoso, ficando atrás apenas da isquemia miocárdica e da HAS.46 As valvopatias, após sua instalação, costumam cursar com longo período sem manifestações clínicas. Quando aparecem
da complacência pulmonar e aumento do traba-
os sintomas, o paciente já é provável candidato à
lho respiratório. A redução nos volumes e capa-
intervenção cirúrgica.6 Realizada a cirurgia valvar,
cidades pulmonares contribui para alterações nas
as recomendações para a realização da fisioterapia
trocas gasosas, o que resulta em hipoxemia.44
são as mesmas que devem ser seguidas no pós-
Para minimizar tais efeitos deletérios, os pro-
operatório de CRM.
gramas de RCPM tornam-se fundamentais no pro-
As alterações na valva mitral decorrentes do
cesso de recuperação e devem ter início logo após
envelhecimento podem gerar graus variados de
a compensação clínica do paciente e liberação
repercussão funcional, desde simples achados na
médica.45 Leguisamo et al. (2005)39 demonstraram
ausculta ou constatação ecocardiográfica sem re-
que os pacientes submetidos a fisioterapia redu-
levância até situações de grande implicação clí-
ziram, em média, em três dias o tempo de inter-
nica. A insuficiência mitral traz sintomas relacio-
nação hospitalar.39 O tempo de internação após a
nados com dispneia progressiva, fraqueza, tosse,
CRM varia, porém a média é de sete dias para os
edemas de membros inferiores e, esporadica-
pacientes que evoluem sem complicações. Logo, a
mente, palpitações.47 O tratamento fisioterapêu-
partir do quarto e do quinto dia, deve-se intensifi-
tico deve levar em consideração os sintomas e a
car a deambulação nos corredores. Durante o per-
gravidade da insuficiência mitral, como jato regur-
curso, é necessário ter atenção especial à FC como
gitante, dilatação ventricular e função do ventrí-
parâmetro indicador da intensidade, mesmo nos
culo esquerdo, além de restringir-se ao exercício
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A
Absorvente, teste do, 134 Acapella, sistema, 277 Acidente(s), 19 - de trânsito, redução da morbimortalidade por, 19 - vascular encefálico, 187-197 - - classificação, 188 - - detecção do, 189 - - diagnóstico de, 189 - - - com limitações das atividades, 11 - - fatores de risco, 187 - - fisioterapia no, 190 - - - avaliação fisioterapêutica, 190 - - - instrumentos de avaliação específicos do, 191 - - - intervenções fisioterapêuticas no, 192 - - quadro clínico, 189 - - sinais e sintomas clínicos, 188 Acinesia, 170 Afasia, 84, 188 Agentes antimuscarínicos, 130 Agonistas alfa-adrenérgicos, 130 Agressividade, 164 Álcool, uso abusivo de, 19 Alimentação saudável, 19 Alterações, 154 - da fala, 164 - fisiológicas do sistema osteomuscular, 235 - funcionais no longevo, 62 - miofuncionais, 36 - na fisiologia do sistema nervoso, 154 - na marcha e na mobilidade, 94 - no sistema musculoesquelético, 85 - periodontais, 41
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Alzheimer, doença de, 161 Ambiente hospitalar, cuidados paliativos no, 49 Amputações transfemorais e transtibiais, tratamento pós-operatório nas, 255 - cuidados ambulatoriais na fase pré-protética, 256 - - avaliação do membro residual, 256 - - cuidados com o coto, 257 - - exercícios de equilíbrio e transferência de peso, 262 - - fase protética, 260 - - manejo e técnicas fisioterapêuticas, 258 - - - dispositivos auxiliares, 260 - - - exercícios de alongamento, 259 - - - exercícios de fortalecimento, 259 - - - exercícios terapêuticos, 260 - pós-cirúrgico agudo, 255 Analgesia, 119 Angiopatia amiloide cerebral, 154 Angiotensina, inibidores da enzima conversora da, 130 Anormalidades posturais, 171 Ansiedade, 94 Antagonistas alfa-adrenérgicos, 130 Antimuscarínicos, 130 Anuscopia, 148 Aparelhos utilizados na fisioterapia respiratória, 276 - expansão pulmonar, 277 - - espirômetros de incentivo, 277 - higiene brônquica, 276 - - Acapella, 277 - - flutter, 276 - sistemas de defesa, 282 Apraxia, 188
Aquiles, tendão de, 245 Artralgia(s), 38 - por meio de ondas curtas, 53 Artrite, 38, 227 - abordagens fisioterapêuticas, 228 - definição, 227 - epidemiologia, 227 - fisiopatologia, 227 Artropatia, 9 Artroplastia, tratamento pósoperatório na, 252 - de joelho, 252 - de quadril, 251 Asma, 121 Assistência fisioterapêutica, rede de, no SUS, 21 Atelectasia, 313 Atenção, 25 - da pessoa idosa longeva (v. Longevos, especificidades na atenção aos) - déficits de, e memória, 36 - domiciliar, 25 - multiprofissional na pessoa idosa, o papel do fisioterapeuta na, 31-46 - - educação física, 33 - - enfermagem, 43 - - farmácia, 37 - - fonoaudiologia, 35 - - medicina, 31 - - nutrição, 39 - - odontologia, 40 - - psicologia, 39 - - serviço social, 41 - - terapia ocupacional, 34 Atividade(s), 19 - física(s), 66 - - envelhecimento e saúde, 33 - - práticas corporais e, 19
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Índice
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334 Fisioterapia em Gerontologia
- habituais, limitações de (v. Limitação de atividades habituais) Atleta idoso, 243 - estenose lombar , 245 - osteoartrite, 244 - ruptura do tendão do calcâneo, 245 - tendinopatias, 244 Audição, 35
B
Barra de Ling, 11 Bastões, 11 Bexiga neurogênica, 140 Bloqueio(s), 171 - motores, 171 - torácico ou redirecionamento de fluxo, 275 Bradicardia, 38 Bradicinesia, 170 Broncoaspiração, 51 Broncopneumonia, 288
C
Calcâneo, ruptura do tendão do, 245 Camptocomia, 171 Capacidade, 63 - aeróbica, perda da, 65 - funcional no longevo, 63 Cardiopatia(s), 9 - com limitações, 11 Cavidade oral, 41 Cefaleia, 188 Células gliais, 154 Ciclo ativo da respiração, 273 Cinesioterapia, 12, 291 - motora, 291 - respiratória, 291 Cirurgia e complicações respiratórias, 119 Cognição, 32, 97, 99 Colinesterase, inibidores da, 130 Colles, fratura de, 94 Coluna cervical, fratura da, 94 Complicações respiratórias, 309-317 - aspectos relacionados com a cirurgia que contribuem para, 119 - atelectasia, 313 - decorrentes da permanência no leito e dos procedimentos cirúrgicos, 310 - - relacionadas com a lesão do nervo frênico, 312 - - relacionadas com anestesia geral e anestésicos, 311 - - relacionadas com as incisões cirúrgicas, 312 - - relacionadas com hipoxemia, 312 - derrame pleural, 314 - fatores de risco para, 116 - pneumonia, 313 - pneumotórax, 315 Compressão, 53 - do tórax, brusca, 302
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- tumoral nervosa ou muscular, dor por, 53 Comunicação, déficit na, 41 Condicionamento físico, envelhecimento e saúde, 33 Cones vaginais, 146 Coniômetro, 237 Consciência, avaliação do nível de, e intervenção da fisioterapia, 51 Constipação intestinal, 125 Contratura muscular, 218 Controle postural e equilíbrio, 96 - cognição, 99 - controle dinâmico, 98 - estratégias, 97 - - de movimento, 98 - - sensoriais, 97 - limitações biomecânicas, 98 - orientação postural, 97 Corpos de Levy, demência por, 163 Corrente(s), 12 - diadinâmicas, 12 - russa, 12 Costelas, fratura de, 94 Crianças, taxa de mortalidade entre 1980 e 2012 de, 6 Cuidados paliativos, abordagem fisioterapêutica nos, 47-59 - em domicílio, 50 - intervenção da fisioterapia, 51 - - avaliação, 52 - - - da dispneia, 53 - - - da dor, 52 - - - da tosse, 54 - - - das medidas ventilatórias, 52 - - - do nível de consciência, 51 - - escalas de avaliação de sintomas, 55 - no ambiente hospitalar, 49
D
Débito urinário, aumento do, 132 Defecografia, 148 Deficiência(s), 140 - auditiva, 9 - da função motora, 9, 41 - da função muscular da cavidade oral, 41 - de estrogênio, 140 - percentagem de, observadas nos censos de 2000 e 2010, no Brasil, 9 - visual, 9, 41 Déficit(s), 36 - cognitivos e intervenção fisioterapêuticas para quedas, 102 - de atenção e memória, 36 - de comunicação, 41 - de marcha, 84 Degeneração granulovacuolar, 154 Delirium, 132 Demência (v. Quadro demencial) Depressão, 41, 94, 225 - e limitação das atividades, 11
Dermatoses bolhosas, 201 Derrame pleural, 314, 273 Desidratação, 84 Deslizamento miofascial, 53 Desnutrição, 289 Desregulação neuroendócrina, 82 Desvio conjugado do olhar, 188 Diabéticos, 11 Diário miccional, 132, 141 Diarreia, 148 Diplopia, 188 Disartria, 188 Discinesia tardia, 38 Disfagia, 35, 51, 84, 189 Disfunção(ões), 82 - imunológica, 82 - geniturinárias, 125-137 - - fisiologia, 127 - - incontinência urinária, 132 - - - ambiental, 136 - - - anamnese, 131 - - - avaliação da, 130 - - - diário miccional, 132 - - - exame físico, 132 - - - exames laboratoriais, 135 - - - fisiopatologia da, 128 - - - identificação do idoso, 131 - - - qualidade de vida, 135 - - - teste do absorvente, 134 - - - urodinâmica, 134 - - prevalência, 125 - neurológicas, 153-160 - - abordagens preventivas, 158 - - alterações na fisiologia do sistema nervoso, 154 - - avaliação, 157 - - - clínica da marcha, 158 - - - da força muscular, 157 - - - da mobilidade, 158 - - - da motricidade voluntária, 157 - - - da sensibilidade, 156 - - - do equilíbrio, 157 - - - do tônus muscular, 156 - - - dos reflexos miotáticos, 156 - - - neurológica, 155 - traumato-ortopédicas, 235-247 - - alterações fisiológicas do sistema osteomuscular, 235 - - atleta idoso, 243 - - - estenose lombar , 245 - - - osteoartrite, 244 - - - ruptura do tensão do calcâneo, 245 - - - tendinopatias, 244 - - doenças mais relevantes, 239 - - fraturas, 242 - - lesão dos tecidos moles, 239 - - - ligamentos, 239 - - - tendões, 240 - - osteopenia, 241 - - osteoporose, 241 - - síndrome de dor miofascial, 240
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- - testes diagnósticos do sistema osteomuscular, 237 Dispneia, 51 - avaliação da, e intervenção da fisioterapia, 53 - tratamento da tosse e, 54 Distonia, 38 Distúrbios, 268 - funcionais provocados por reações adversas a medicamentos, 38 - psíquicos, 132 - respiratórios e avaliação pulmonar, 268 Diuréticos, 130 Doença(s), 161 - arterial coronariana, 322 - crônicas, 10 - - panorama das, e incapacidades funcionais no Brasil e no mundo, 8 - - percentual de pessoas com diagnóstico de, por faixa etária, 10 - de Alzheimer, 161 - - fases da, 162 - de Parkinson, 169-185 - - abordagem fisioterapêutica, 176 - - - observações, 180 - - caracterização clínica, motoras e não motoras, 170 - - - anormalidades posturais, 171 - - - bloqueios motores, 171 - - - bradicinesia, hipocinesia e acinesia, 170 - - - instabilidade postural e quedas, 170 - - - rigidez muscular, hipertonia plástica, 170 - - - sintomas não motores, 171 - - - tremor de repouso, 170 - - diagnóstico, 169 - - epidemiologia, 169 - - estratégias para avaliação físico-funcional, 172 - - - escala de Hoehn & Yahr, 172 - - - escala de Schwab-England, 173 - - - escala unificada de avaliação, 173 - - - testes de avaliação do equilíbrio corporal e marcha, 174 - - patologia, 169 - - reabilitação: estratégias para melhorar a função motora, 174 - - tratamento fisioterapêutico, 175 - infecciosas de pele, 201 - pulmonar obstrutiva crônica, 295-307 - - abordagem do paciente hospitalizado, 297 - - - emergência, 297 - - - leito hospitalar comum, 303 - - - unidade de terapia intensiva, 299 - - abordagem do paciente no ambulatório, 305 - - tratamento de modo incisivo, 120 - respiratórias, 9
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- reumatológicas e dor crônica, 221-233 - - artrite reumatoide, 227 - - fibromialgia, 225 - - osteoartrite, 222 - virais de pele, 201 Domicílio, 50 - abordagem fisioterapêutica nos cuidados paliativos em, 50 - adaptações funcionais no, 107-112 - - avaliação da acessibilidade, 109 - - fatores de risco ambientais mais frequentes para as quedas, 108 - - processo de envelhecimento, 108 - - teleassistência, 110 Dor, 51, 119 - avaliação da, e intervenção da fisioterapia, 52 - crônica e doenças reumatológicas, 221-233 - - artrite reumatoide, 227 - - - abordagens fisioterapêuticas, 228 - - - definição, 227 - - - epidemiologia, 227 - - - fisiopatologia, 227 - - fibromialgia, 225 - - - abordagens fisioterapêuticas, 226 - - - definição, 225 - - - epidemiologia, 225 - - - fisiopatologia, 225 - - osteoartrite, 222 - - - abordagens fisioterapêuticas, 223 - - - definição, 222 - - - epidemiologia, 222 - - - fisiopatologia, 222 - miofascial, síndrome de, 240 - por compressão tumoral nervosa ou muscular, 53 - tipos de, e características, 52 Drenos, 119 Drogas, uso abusivo de, 19
E
Edentulismo, 41 Edmonton, escala de, 56 Educação física, 33 Eletrocardiograma sugestivo de isquemia, 323 Eletromiografia anorretal, 148 Eletroterapia, 217 - corrente russa, 218 - luz intensa pulsada, 218 - radiofrequência não ablativa, 217 Eletrotermoterapia, 11 Embolia pulmonar, 273 Enfermagem, 43 Enovelamentos neurofibrilares, 154 Enurese contínua, 125 Envelhecimento, 215 - atividade física, saúde e, 33 - condicionamento físico, saúde e, 33 - cutâneo, 215 - - lesões e modificações do, 199-203
- - - alterações no processo de cicatrização, 202 - - - doenças de pele associadas ao, 201 - - - fatores extrínsecos, 200 - - - fatores intrínsecos, 200 - do sistema cardiovascular, 320 - populacional e longevidade no Brasil, 1-15 - - breve histórico da fisioterapia no Brasil e a especialidade em geriatria e gerontologia, 12 - - dinâmica demográfica de fecundidade e mortalidade, 3 - - expectativa de vida ao nascer por sexo para o Brasil e unidades da federação em 1980 e 2016, 4 - - fisioterapia, definição, campo de atuação e perspectivas de atuação, 11 - - índice entre 2000 e 2060, 2 - - panorama das doenças crônicas e incapacidades funcionais no Brasil e no mundo, 8 - - percentual de pessoas, 10 - - - com deficiências observadas nos censos de 2000 e 2010, 9 - - - com diagnóstico médico de doenças crônicas, por faixa etária, 10 - - - quanto a limitação de atividades habituais por problema específico de saúde por faixa etária, 11 - - - quanto a situação de saúde por faixa etária, 10 - - pirâmides etárias absolutas entre 1980 e 2050, 7 - - razão de dependência da população entre 2000 e 2060, 2 - - taxa da fecundidade total de 2000 a 2014, 5 - - taxa de mortalidade entre 1980 e 2012, 6 - - - adultos entre 50 e 59 anos e idosos, 6 - - - crianças com menos de 1 ano, 6 - - - crianças de 1 a 4 anos, 6 - - transição epidemiológica e mudança do perfil epidemiológico da população, 6 - processo de, e adaptações funcionais no domicílio, 108 - treinamento físico no, 33 Enxaqueca, 225 Enzima conversora da angiotensina, inibidores da, 130 Equilíbrio, 36, 96 - avaliação do, 157 - controle postural e, 96 - - cognição, 99 - - controle dinâmico, 98 - - limitações biomecânicas, 98
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336 Fisioterapia em Gerontologia
- - orientação postural, 97 - corporal e marcha, testes físicos e funcionais de avaliação do, 174 - estratégias de, 98 - - de movimento, 98 - - do passo, 98 - - quadril, 98 - - sensoriais, 97 - - tornozelo, 98 - intervenções fisioterapêuticas para o, 101 Eritemas, 218 Escada com rampa, 11 Escala, 172 - ambiental do risco de quedas, 73 - da terapia respiratória peroperatória, 117 - de Edmonton, 56 - de Hoehn-Yahr, 172 - de Ortiz, 143 - de Oxford, 145 - de Schwab-England, 173 Esforço, incontinência urinária de, 125, 140 Espasmos musculares, 53 Espirometria, 117 Espirômetros de incentivo, 277 Estado, 117 - confusional agudo, 51 - nutricional, 117 Estenose lombar , 245 Estimulação elétrica nervosa transcutânea, 12, 53 Estresse, 54 Estrogênio, 126 - deficiência de, 140 - queda dos níveis de, na menopausa, 126 Exame de urina, 141 Exercício(s), 259 - de alongamento, 259 - de equilíbrio e transferência de peso, 262 - de fortalecimento, 259 - de Kegel, 145 - de propriocepção, 145 - e saúde do idoso, 33 - físico, 67 Expansão, técnicas de, 275 - pulmonar, 277, 291 - torácica, 275 - - bloqueio torácico ou redirecionamento de fluxo, 275 - - manobra de compressão, descompressão abrupta ou de Farley Campos, 275
F
Fala, alterações da, 164 Farley Campos, manobra de, 275 Farmácia, 37 Fármacos psicotrópicos, 130
28 - 166 - Fisio em Gerontologia Indice.indd 336
Fecundidade, 3 - dinâmica demográfica de, e mortalidade no Brasil, 3 - taxa de, total de 2000 a 2014, no Brasil, 5 Fêmur, fratura de, 94 Feridas, tratamentos convencionais para as, 210 - abordagens complementares, 212 - - curativos e coberturas especiais, 212 - - educação do paciente, 213 - - suporte nutricional, 213 - fisioterapia dermatofuncional, 210 - - cinesioterapia, 212 - - laser, 210 - - LED, 211 - - microcorrente, 211 Fezes, consistência das, 148 Fibromialgia, 225 - abordagens fisioterapêuticas, 226 - definição, 225 - epidemiologia, 225 - fisiopatologia, 225 Fisioterapeuta, 23, 31-46, 65 - atuação do, com o longevo, 65 - - atividades físicas, 66 - - continuidade do exercício físico, 67 - - perda da capacidade aeróbica, 65 - - prevenção de quedas, 66 - cenários possíveis de inserção do, no SUS, 27 - na atenção básica, 23 - o papel do, na atenção multiprofissional a pessoa idosa, 31-46 - - educação física, 33 - - enfermagem, 43 - - farmácia, 37 - - fonoaudiologia, 35 - - medicina, 31 - - nutrição, 39 - - odontologia, 40 - - psicologia, 39 - - serviço social, 41 - - terapia ocupacional, 34 Fisioterapia, 11, 121, 215-220, 267-280 - de longa permanência do idoso institucionalizado, 70 - dermatofuncional, 210, 215-220 - - envelhecimento cutâneo, 215 - - fotoenvelhecimento, 216 - - possibilidades terapêuticas, 217 - - - corrente russa, 218 - - - eletroterapia, 217 - - - luz intensa pulsada, 218 - - - microdermoabrasão ou peeling de cristal e peeling de diamante, 219 - - - radiofrequência não ablativa, 217 - - - terapia por meio da emissão de luz por diodo ou fotomodulação, 218 - no Brasil, 11 - - breve histórico da, e a especialidade em geriatria e gerontologia, 12
- - definição, campo de atuação e perspectivas de atuação, 11 - pós-operatória, 121 - pré-operatória, 121 - respiratória, 267-280 Fístula broncopleural, 273 Flacidez tecidual, 218 Flatulência, 148 Flutter, 276 Fluxo expiratório, aumento do, 274 Foliculite, 219 Fonoaudiologia, 35 - educacional, 35 - neurofuncional, 36 Força muscular, 126, 157 - avaliação da, 157 - pélvica, 126 Fotodepilação, 218 Fotoenvelhecimento, 216, 219 Fotomodulação, terapia por meio da emissão de luz por diodo ou, 218 Fragilidade, síndrome da, a fisioterapia na, 79-91 - definições e triagem para identificar a fragilidade, 79 - desregulação neuroendócrina e disfunção imunológica, 82 - imobilidade, 83 - - alterações no sistema musculoesquelético, 85 - - úlcera de pressão, 84 - impacto da fragilidade na saúde, causa e consequência, 81 - perda funcional, 83 - sarcopenia, 86 - tratamento fisioterapêutico, 87 - - atividades, 88 - - - domiciliares, 88 - - - em âmbito hospitalar, 89 - - - na clínica, 88 Fraturas, 94, 242 Função, 41, 326 - motora, deficiência da, 41 - muscular da cavidade oral, deficiência da, 41 - ventilatória, avaliação da, 326
G
Geriatria, breve histórico da fisioterapia no Brasil e a especialidade em, e gerontologia, 12 Gravidez, 125 Guillain-Barré, síndrome de, 38
H
Halteres de mão, 11 Hemianopsia, 188 Hemiparesia unilateral ou bilateral, 188 Hemoptise ativa, 273 Hemorragia, 188 - intracerebral, 188 - subaracnóidea, 188
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Hidroterapia, 12 Higiene, 164, 272-276 - brônquica, 276 - - Acapella, 277 - - flutter, 276 - - técnicas de, 272 - - - aspiração, 275 - - - aumento do fluxo expiratório, 274 - - - ciclo ativo da respiração, 273 - - - drenagem autógena, 274 - - - drenagem postural, 273 - - - técnica de expiração forçada, 272 - - - terapia expiratória manual passiva, 274 - - - tosse, 272 - - - vibrocompressão torácica, 274 - cuidados pessoais de, 164 Hiperglicemia, 38 Hipersecreção, 51 Hipertensão, 9 - arterial sistêmica, 9, 41, 289, 325 - com limitações de atividades, 11 Hipertonia plástica, 170 Hipocinesia, 170 Hipoglicemia, 38 Hipotensão, 38 Histerectomia, 125 Hoehn & Yahr, escala de, 172 Home care, serviços de, 94 Hospital, 49
I
Iatrogenia medicamentosa, 41 Idoso(s), 101, 102 - hospitalizados e intervenções fisioterapêuticas para quedas, 102 - institucionalizados (v. Institucionalização da pessoa idosa) - longevo (v. Longevo) - residentes em comunidade e intervenções fisioterapêuticas para quedas, 101 Imobilidade, 32, 83 - alterações no sistema musculoesquelético, 85 - níveis de, 71 - - I, 71 - - II, 73 - - III, 74 - úlcera de pressão, 84 Impactação fecal, 132 Imunizações, 44 Incapacidade(s), 8, 32, 75 - cognitiva(s), 32 - - intervenção de fisioterapia em idosos com, 75 - comunicativa, 32 - funcionais, panorama das doenças crônicas e, no Brasil e no mundo, 8 - postural, 32 Incontinência(s), 32, 84 - coital, 125
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- contínua, 125 - fecal, 146-150 - - avaliação fisioterapêutica na, 147 - - - anamenese, 148 - - - exame físico, 148 - - - exame funcional, 149 - - - inspeção, 149 - - encaminhamento e acesso direto a fisioterapia, 147 - - intervenção fisioterapêutica, 149 - insensível, 125 - urinária, 139-146 - - avaliação da, 130 - - - ambiental, 136 - - - anamnese, 131 - - - biofeedback, 145 - - - cones vaginais, 146 - - - de esforço, 125, 140 - - - de urgência, 125 - - - diagnóstico, 141 - - - diário miccional, 132 - - - exame físico, 132 - - - exames laboratoriais, 135 - - - exercícios de Kegel, 145 - - - exercícios de propriocepção, 145 - - - fatores de risco, 140 - - - fisiopatologia, 128 - - - funcional, 140 - - - identificação do idoso, 131 - - - intervenção fisioterapêutica, 143 - - - manobra bidigital, 143 - - - perineômetro, 145 - - - qualidade de vida, 135 - - - terapia comportamental, 146 - - - teste do absorvente, 134 - - - urodinâmica, 134 - - mista, 125, 140 - - objetivos terapêuticos na, 141 - - por tranbordamento, 140 - - postural, 125 - - quadro clínico, 141 Infecção do trato urinário, 132 Infravermelho, 11 Inibidores, 130 - da colinesterase, 130 - da enzima conversora da angiotensina, 130 Instabilidade postural e quedas, 170 Institucionalização da pessoa idosa, 69-78 - abordagem clínica, 69 - avaliação fisioterapêutica, 70 - - de imobilidade, 71 - - - nível I, 71 - - - nível II, 73 - - - nível III, 74 - - intervenção em idosos com incapacidades cognitivas, 75 - - roteiro de, 72 - e intervenções fisioterapêuticas para quedas, 102 - fisioterapia de longa permanência, 70
- perfil, 70 - tópicos especiais, 76 - - comunicação eletiva, 76 - - equipe de apoio, 76 - - fatores ambientais, 76 Instrumentos, 99 - para avaliação do risco de quedas, 99 - para avaliação pré-operatória, 119 Insuficiência cardíaca, 320 - descompensada, 323 Intervenção da fisioterapia, 51, 101 - avaliação, 51 - - da dispneia, 53 - - da dor, 52 - - da tosse, 54 - - das medidas ventilatórias, 52 - - do nível de consciência, 51 - escalas de avaliação de sintomas, 55 - incapacidades cognitivas, 75 - para o equilíbrio, 101 - para quedas, 101 - - de idosos hospitalizados, 102 - - de idosos institucionalizados, 102 - - déficits cognitivos, 102 - - idosos residentes em comunidade, 101 - - para o medo de cair, 102 Isolamento, 94
K
Kanavel, mesa de, 11 Kaposi, sarcoma de, 201 Kegel, exercícios de, 145
L
Labilidade emocional, 164 Laser, 11, 210 Latência motora terminal do nervo pudendo, 148 Lesão(ões), 94, 199-203 - de pele comuns, 201 - dos tecidos moles, 239 - - ligamentos, 239 - - tendões, 240 - e modificações do envelhecimento cutâneo, 199-203 - - alterações no processo de cicatrização, 202 - - doenças de pele associadas ao, 201 - - fatores, 200 - - - extrínsecos, 200 - - - intrínsecos, 200 - neurológicas, 94 - por partes moles, 94 Levy, corpos de, demência por, 163 Ligamentos, 239 Limitações, 11, 97, 135 - biomecânicas, 97, 98 - de atividades habituais, 11 - - cardiopatias com, 11 - - depressão e, 11 - - diabéticos com grau intenso ou muito intenso de, 11
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338 Fisioterapia em Gerontologia
- - diagnóstico de acidente vascular encefálico com, 11 - - hipertensão com, 11 - - percentual de pessoas quanto a, 11 - físicas, 135 - sociais, 135 Ling, barra de, 11 Linguagem, 35 Lipofuscina, 154 Longevidade, envelhecimento populacional e, no Brasil, 1-15 - breve histórico da fisioterapia no Brasil e a especialidade em geriatria e gerontologia, 12 - dinâmica demográfica de fecundidade e mortalidade, 3 - expectativa de vida ao nascer por sexo para o Brasil e unidades da federação em 1980 e 2016, 4 - fisioterapia, definição, campo de atuação e perspectivas de atuação, 11 - índice entre 2000 e 2060, 2 - panorama das doenças crônicas e incapacidades funcionais no Brasil e no mundo, 8 - percentual de pessoas, 10 - - com deficiências observadas nos censos de 2000 e 2010, 9 - - com diagnóstico médico de doenças crônicas, por faixa etária, 10 - - quanto a limitação de atividades habituais por problema específico de saúde por faixa etária, 11 - - quanto a situação de saúde por faixa etária, 10 - pirâmides etárias absolutas entre 1980 e 2050, 7 - razão de dependência da população entre 2000 e 2060, 2 - taxa da fecundidade total de 2000 a 2014, 5 - taxa de mortalidade entre 1980 e 2012, 6 - - adultos entre 50 e 59 anos e idosos, 6 - - crianças com menos de 1 ano, 6 - - crianças de 1 a 4 anos, 6 - transição epidemiológica e mudança do perfil epidemiológico da população, 6 Longevos, especificidades na atenção aos, 61-68 - alterações funcionais, 62 - atuação do fisioterapeuta, 65 - - atividades físicas, 66 - - continuidade do exercício físico, 67 - - perda da capacidade aeróbica, 65 - - prevenção de quedas, 66 - capacidade funcional, 63 - sarcopenia, 64 Luz intensa pulsada, 218
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M
Manobra, 143 - bidigital, 143 - de compressão, descompressão abrupta ou de Farley Campos, 275 Mão, halteres de, 11 Marca-passo, 325 Marcha, 84, 158 - alterações na, e na mobilidade, 94 - avaliação clínica da, 158 - déficit de, 84 Massoterapia, 53 Mecanoterapia, 11 Medicamentos, 132 - reações adversas a, distúrbios funcionais provocados por, 38 Medicina, 31 Medidas ventilatórias, avaliação das, e intervenção da fisioterapia, 52 Memória, 36 - comprometimento da, 164 - déficits de atenção e, 36 Menopausa, queda dos níveis de estrogênio na, 126 Mesa, 11 - de Kanavel, 11 - de tração cervical e lombar, 11 Microcorrente, 211 Microdermoabrasão, 219 Micro-ondas, 11 Miocárdio, revascularização do, 323 Mobilidade, 94, 132 - alterações na marcha e na, 94 - avaliação da, 158 - restrição da, 132 Morbimortalidade, redução da, 19 - em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas, 19 - por acidentes de trânsito, 19 Mortalidade, 3, 6 - dinâmica demográfica de fecundidade e, no Brasil, 3 - taxa de, entre 1980 e 2012 - - adultos entre 50 e 59 anos e idosos, 6 - - crianças, 6 - - - com menos de 1 ano, 6 - - - de 1 a 4 anos, 6 Motricidade, 35, 157 - orofacial, 35 - voluntária, avaliação da, 157
N
Nervo pudendo, latência motora terminal do, 148 Neurônios, 154 Neuropatia(s), 140 - periférica, 38 Neuropsicologia, 36 Nutrição, 39
O
Odontologia, 40 Ombro, roda de, 11
Ondas curtas, 11 - artralgias por meio de, 53 Opioides, 130 Orientação postural, 96 Ortiz, escala de, 143 Osteoartrite, 222, 244 - abordagens fisioterapêuticas, 223 - definição, 222 - epidemiologia, 222 - fisiopatologia, 222 Osteopenia, 241 Osteoporose, 38, 241 Oxford, escala de, 145
P
Paratendinites, 240 Paratendinoses, 240 Parkinson, doença de, 169-185 Partes moles, lesões por, 94 Parto vaginal, 125, 140 Passo, estratégia do equilíbrio, 98 Peeling, 219 - de cristal, 219 - de diamante, 219 Pele, lesões comuns de, 201 Perda, 65, 141 - da capacidade aeróbica, 65 - funcional, 83 - urinária, teste da, 141 Perineometria, 141 Perineômetro, 145 Peroperatório, abordagem fisioterapêutica no, 113-124 - particularidades do paciente cirúrgico, 113 - pós-operatório, 120 - pré-operatório, 115 - transoperatório, 119 - tratamento fisioterapêutico, 121 - - pós-operatória, 122 - - pré-operatória, 121 Pessoa idosa longeva (v. Longevos) Pneumonia, 281-293, 313 - aspectos epidemiológicos, 284 - avaliação diagnóstica, 288 - classificação, 283 - - ambiente ou local de contágio, 283 - - - adquirida em instituições de longa permanência, 284 - - - adquirida na comunidade, 283 - - - adquirida no hospital, 283 - - - associada aos serviços de saúde, 284 - - localização, 283 - conceitos e etiologias, 281 - diagnósticos, 287 - fatores de risco, 289 - fisiopatologia, 282 - instrumentos de avaliação, 286 - morbidade e riscos de hospitalização, 285 - quadro clínico, 287 - tratamento fisioterapêutico, 290
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- - cinesioterapia, 291 - - - motora, 291 - - - respiratória, 291 - - técnicas, 290 - - - de desobstrução crônica, 290 - - - de expansão pulmonar, 291 - tratamento, 290 - vias de infecção, 282 Pneumotórax, 315 Polias de parede e teto, 11 Polifarmácia, 41 Políticas públicas de saúde na rede assistencial do SUS, a fisioterapia e as, 17-30 Prática fisioterapêutica humanizada, princípios para a, 23 Presbifagia, 36 Presbifonia, 36 Pressão, 84, 140 - expiratória positiva final, 278 - intra-abdominal, 140 - úlcera de, 84 Propriocepção, exercícios de, 145 Prótese, 41 Próteses articulares, procedimentos, 249-266 - tratamento pós-operatório, 250 - - na artroplastia total, 251 - - - de joelho, 252 - - - de quadril, 251 - - nas amputações transfemorais e transtibiais, 255 - - - cuidados ambulatoriais na fase pré-protética, 256 - - - pós-cirúrgico agudo, 255 - tratamento pré-operatório, 250 Psicologia, 39 Psicotrópicos, 130 Pulmão, 282 Pusher, síndrome de, 188
Q
Quadril, 98 Quadro demencial, 161-167 - doença de Alzheimer, 161 - frontotemporal, 164 - por corpos de Levy, 163 - tratamento fisioterapêutico, 164 - vascular, 163 Quedas, 66, 108 - prevenção de, 66 - risco de, 73 - - escala ambiental do, 73 - - fatores ambientais mais frequentes, 108 Quedas, risco de, abordagem fisioterapêutica, 93-105 - controle postural e equilíbrio, 96 - - cognição, 99 - - controle dinâmico, 98 - - estratégias, 97 - - - de movimento, 98 - - - sensoriais, 97
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- - limitações biomecânicas, 98 - - orientação postural, 97 - epidemiologia e consequências, 93 - fatores de risco, 95 - instrumentos para avaliação, 99 - intervenções fisioterapêuticas, 101 - - para o equilíbrio, 101 - - para quedas, 101 - - - déficits cognitivos, 102 - - - idosos hospitalizados, 102 - - - idosos institucionalizados, 102 - - - idosos residentes em comunidade, 101 - - - para o medo de cair, 102 - percepção, 100 Questionário genérico de avaliação de qualidade de vida, 141
R
Rádio, fratura do, 94 Radiofrequência não ablativa, 217 Rampa, escada com, 11 Reabilitação, 94 - cardíaca, 319-331 - - avaliação da função ventilatória, 326 - - envelhecimento do sistema cardiovascular, 320 - - indicações, 320 - - - doença arterial coronariana, 322 - - - hipertensão arterial sistêmica, 325 - - - insuficiência cardíaca, 320 - - - marca-passo, 325 - - - revascularização do miocárdio, 323 - - - transplante cardíaco, 321 - - - valvopatias, 324 - cardiopulmonar e metabólica, 326 - - fase 1, 327 - - fase 2, 328 - - fase 3, 328 - - fase 4, 329 - - particularidades, 329 - estratégias para melhorar a função motora, 174 Reações adversas a medicamentos, 38 Rede de assistência fisioterapêutica, SUS, 21 Reexpansão pulmonar, 302 Reflexos miotáticos, avaliação dos, 156 Relaxamento, 53 - muscular, 53 - técnicas de, 53 Respiração, fisioterapia da, 267-280 - alterações fisiológicas do sistema respiratório, 267 - distúrbios respiratórios e avaliação pulmonar, 268 - técnicas, 269 - - aparelhos utilizados na fisioterapia, 276 - - - expansão pulmonar, 277 - - - higiene brônquica, 276 - - de expansão torácica, 275
- - - bloqueio torácico ou redirecionamento de fluxo, 275 - - - manobra de compressão, descompressão abrupta ou de Farley Campos, 275 - - de higiene brônquica, 272 - - - aspiração, 275 - - - aumento do fluxo expiratório, 274 - - - ciclo ativo da respiração, 273 - - - drenagem autógena modificada, 274 - - - drenagem postural, 273 - - - técnica de expiração forçada, 272 - - - terapia expiratória manual passiva, 274 - - - tosse, 272 - - - vibrocompressão torácica, 274 - - padrões ventilatórios desinsuflantes, 269 - - - inspiração abreviada, 269 - - - retardo expiratório ou frenolabial, 269 - - padrões ventilatórios reexpansivos, 270 - - - expiração abreviada, 272 - - - inspiração fracionada ou inspiração em tempos, 271 - - - inspiração máxima sustentada, 271 - - - inspiração profunda DEEP inspiration I, 270 - - - inspiração profunda DEEP inspiration II, 270 - - - soluços inspiratórios, 271 - - pressão expiratória positiva final, 278 - - - nas vias respiratórias, 278 - - - subaquática, 279 Retardo, 38 - expiratório ou frenolabial, 269 - psicomotor, 38 Revascularização do miocárdio, 323 Rigidez muscular, hipertonia plástica, 170 Risco de quedas (v. Quedas, risco de) Roda de ombro, 11 Ruptura do tendão do calcâneo, 245
S
Sarcoma de Kaposi, 201 Sarcopenia, 86 - no longevo, 64 Schwab-England, escala de, 173 Sensibilidade, avaliação da, 156 Serviço social, 41 Síndrome, 38, 79-91, 188 - da fragilidade, a fisioterapia na, 79-91 - - definições e triagem para identificar a fragilidade, 79 - - desregulação neuroendócrina e disfunção imunológica, 82 - - imobilidade, 83 - - impacto da fragilidade na saúde, causa e consequência, 81 - - perda funcional, 83 - - sarcopenia, 86
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340 Fisioterapia em Gerontologia
- - tratamento fisioterapêutico, 87 - de dor miofascial, 240 - de Guillain- Barré, 38 - de Pusher, 188 Sistema, 85, 154, 282, 320 - cardiovascular, envelhecimento do, 320 - de defesa do aparelho respiratório, 282 - musculoesquelético, alterações no, 85 - nervoso, alterações na fisiologia do, 154 - osteomuscular, 235 - - alterações fisiológicas do, 235 - - testes diagnósticos do, 237 - respiratório, alterações fisiológicas do, 267 - Único de Saúde (v. SUS) Sobrepeso, 125 Sofrimento cutâneo, sinais de, 84 Soluços inspiratórios, 271 Sondas, 119 SUS, políticas públicas de saúde na rede assistencial do, a fisioterapia e as, 17-29
T
Tabagismo, 126, 140, 289 - interrupção do, 120 - prevenção e controle do, 19 Taquicardia, 38 Taxa, 5 - da fecundidade total de 2000 a 2014, no Brasil, 5 - de mortalidade entre 1980 e 2012, no Brasil, 6 - - adultos entre 50 e 59 anos e idosos, 6 - - crianças, 6 - - - com menos de 1 ano, 6 - - - de 1 a 4 anos, 6 Tecidos moles, lesão dos, 239 - ligamentos, 239 - tendões, 240 Técnica(s), 53, 119, 269, 290 - anestésica, 119 - de desobstrução crônica, 290 - de expansão pulmonar, 291 - de expiração forçada, 272 - de fisioterapia respiratória, 269 - - aparelhos utilizados na fisioterapia, 276 - - - Acapella, 277 - - - espirômetros de incentivo, 277 - - - expansão pulmonar, 277 - - - flutter, 276 - - - higiene brônquica, 276 - - expansão torácica, 275 - - - bloqueio torácico ou redirecionamento de fluxo, 275 - - - manobra de compressão, descompressão abrupta ou de Farley Campos, 275
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- - higiene brônquica, 272 - - - aspiração, 275 - - - aumento do fluxo expiratório, 274 - - - ciclo ativo da respiração, 273 - - - drenagem autógena, 274 - - - drenagem postural, 273 - - - técnica de expiração forçada, 272 - - - terapia expiratória manual passiva, 274 - - - tosse, 272 - - - vibrocompressão torácica, 274 - - padrões ventilatórios desinsuflantes, 269 - - - inspiração abreviada, 269 - - - retardo expiratório ou frenolabial, 269 - - padrões ventilatórios reexpansivos, 270 - - - expiração abreviada, 272 - - - inspiração fracionada ou inspiração em tempos, 271 - - - inspiração máxima sustentada, 271 - - - inspiração profunda DEEP inspiration I, 270 - - - inspiração profunda DEEP inspiration II, 270 - - - soluços inspiratórios, 271 - - pressão expiratória positiva final, 278 - - - nas vias respiratórias, 278 - - - subaquática, 279 - de relaxamento, 53 Telangiectasia, 218 Tendinite, 240 Tendinopatias, 244 Tendinose, 240 Tendões, 240 TENS (v. Estimulação elétrica nervosa transcutânea) Terapia, 34, 53, 117, 146 - comportamental, 146 - física por meio de, 53 - - calor, 53 - - frio, 53 - ocupacional, 34 - respiratória peroperatória, escala da, 117 Teste(s), 134, 141, 237 - da perda urinária, 141 - de avaliação do equilíbrio corporal e marcha, 174 - diagnósticos do sistema osteomuscular, 237 - do absorvente, 134 - físicos e funcionais de avaliação do equilíbrio corporal e marcha, 174 Tônus muscular, avaliação do, 156 Tórax, compressão brusca do, 302 Tornozelo, estratégia do equilíbrio, 98 Tosse, 51, 272 - avaliação da, e intervenção da fisioterapia, 54
- tratamento da, e dispneia, 54 Tração cervical e lombar, mesa de, 11 Transição epidemiológica e mudança do perfil epidemiológico da população, no Brasil, 6 Transplante cardíaco, 321 Transtornos cognitivos, 164 Trato urinário, infecção do, 132 Traumatismo cirúrgico, 119 Treinamento físico no envelhecimento, 33 Tremor de repouso, 170 Tromboembolismo, 323 Tumores de pele, 201 - benignos, 201 - malignos, 201 - pré-malignos, 201
U
Úlcera(s), 84, 205-214 - de pressão, 84, 201, 205 - - conceito, 205 - - etiologia, 206 - - locais mais frequentes, 206 - - prevenção, 208 - tratamentos convencionais para as feridas, 210 - - abordagens complementares, 212 - - - curativos e coberturas especiais, 212 - - - educação do paciente, 213 - - - suporte nutricional, 213 - - fisioterapia dermatofuncional, 210 - - - cinesioterapia, 212 - - - laser, 210 - - - LED, 211 - - - microcorrente, 211 - varicosas, 208 - - avaliação, 209 - - causas, 208 - - conceito, 208 - - sinais clínicos, 209 Ultravioleta, 11 Úmero, fratura de, 94 Uretrite, 132 Urgência, incontinência urinária de, 125 Urina, exame de, 141 Urocultura, 141 Urodinâmica, 134
V
Vaginite atrófica, 132 Valvopatias, 324 Vertigem, 188 Vias de acesso do agente ao pulmão, 282 Vibrocompressão torácica, 274, 291 Visita domicilar, 44 Voz, 36
X
Xerostomia, 225
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Fisioterapeuta. Doutora em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS).
Com o envelhecimento populacional brasileiro, é imprescindível que o fisioterapeuta esteja capacitado a atender esse contingente apropriadamente. Nosso país cada vez
Mestre em Gerontologia pela Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC), EUA.
mais alcança faixas etárias mais avançadas e, por isso, convém o preparo para cuidar do
Especialização acadêmica em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
preencher a lacuna da (ainda) escassa literatura voltada para o assunto.
Doutor em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS). Mestre em Gerontologia Biomédica pelo IGG/ PUCRS. Especialista em Cinesiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
de fisioterapia, geriatria, odontologia, biomedicina, educação física, nutrição, enfermagem, terapia ocupacional, medicina, farmácia, fonoaudiologia, assistência social e psicologia – áreas interligadas e fundamentais para um tratamento de excelência. Panorama da fisioterapia, saúde pública, atenção multiprofissional, cuidados paliativos, institucionalização, manejo pré- e pós-operatório, síndrome da fragilidade no idoso, adaptações funcionais no domicílio, conduta do paciente com doença de Parkinson e outros quadros graves são alguns dos conteúdos discorridos na obra. Didático e fisioterapeutas e demais profissionais da saúde que desejem realizar uma abordagem humanizada do idoso, sem deixar de lado o que a medicina oferece de mais moderno sobre o tema.
Residência Multiprofissional com ênfase em Saúde do Idoso pela PUCRS.
Ângelo José Gonçalves Bós Médico geriatra. Doutor em Saúde Comunitária pela Universidade de Tokai, Japão. Pós-doutor em Saúde e Participação Social pelo Instituto Metropolitano Gerontológico de Tóquio, Japão. Professor adjunto do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG/PUCRS).
Bizu o X da Questão – 2.500 Questões para Concursos de Fisioterapia Epidemiologia e Bioestatística – Fundamentos para a Leitura Crítica Petrônio Fagundes de Oliveira
Terapia Manual nas Disfunções da ATM, 2a ed. Marcelo Tenreiro Robson Santos
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Áreas de interesse Fisioterapia Gerontologia
Coordenador do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo em Porto Alegre, RS.
9 788584 110933
gerontologia
Especialista em Saúde da Família Instituto de Educação e Pesquisa – Hospital Moinhos de Vento (IEP-HMV), RS.
Antônio Biasoli Jr.
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Estruturado em 27 capítulos, o livro conta com a experiência de quase 50 colaboradores
Fisioterapeuta.
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idoso com responsabilidade e estudos sólidos. Assim, Fisioterapia em Gerontologia vem
(UFRGS).
Gustavo Nunes Pereira
Outros títulos de interesse
Organizadores
Patricia Morsch
Morsch | Nunes Pereira Gonçalves Bós
Sobre os Organizadores
fisioterapia
gerontologia Organizadores
Patricia Morsch | Gustavo Nunes Pereira Ângelo José Gonçalves Bós