Outros títulos de interesse
Sobre os organizadores Antonio Lucio Teixeira ■ Médico Neurologista e Psiquiatra. ■ Doutor em Biologia Celular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). ■ Mestre em Biologia Celular pela UFMG. ■ Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. ■ Coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da UFMG.
Arthur Kummer ■ Médico Psiquiatra. ■ Doutor em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). ■ Mestre em Clínica Médica pela UFMG.
da UFMG.
■ Dependência, Compulsão e Impulsividade Analice Gigliotti Angela Guimarães ■ Diagnóstico de Neuroinfecção – com Abordagem dos Exames do Líquido Cefalorraquidiano e Neuroimagem Marzia Puccioni-Sohler ■ Diretrizes Gerais para o Tratamento da Dependência Química (ABEAD) Analice Gigliotti Angela Guimarães
O livro Neuropsiquiatria Clínica inicia-se com uma consideração histórica sobre o cérebro, compreendido como substrato para a cognição e o comportamento. Em seguida, detalha a avaliação neuropsiquiátrica e aspectos importantes da avaliação neuropsicológica, neurológica, radiológica e laboratorial. Discute, além disso, abordagens neurofarmacológicas, genéticas e de reabilitação no manejo de pacientes neuropsiquiátricos. Capítulos sobre delirium, sobre as mais importantes doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, sobre distúrbios de movimento, epilepsias, outras importantes condições neurológicas, núcleos da base, cerebelo e sobre os principais transtornos psiquiátricos facilitam a avaliação clínica e o tratamento. Tal conteúdo faz deste livro um valioso recurso que será referência no ambiente de trabalho tanto de clínicos quanto de pesquisadores.
■ Neurociências – Diálogos e Interseções Vanderson Esperidião Antonio Rodrigo Siqueira-Batista
A RTHUR K UMME R
A N T O N IO LU CIO TEI XE IR A
■ Professor Adjunto do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina
U
m neurologista atende um paciente que tem epilepsia e um transtorno psiquiátrico associado cuja gravidade suplanta, “sem dúvidas” para o neurologista, a gravidade do quadro epiléptico. Um psiquiatra atende um paciente com crises dissociativas “estranhas” que, segundo ele, só poderiam ser explicadas pela existência concomitante de epilepsia. Situações como essas são bastante comuns na prática clínica. Em busca de respostas para tais questões, há cerca de cinco anos os organizadores desta obra estabeleceram, na Universidade Federal de Minas Gerais, uma linha de pesquisa em Neuropsiquiatria Clínica cujo objetivo principal seria investigar transtornos psiquiátricos em doenças neurológicas.
■ O Exame Psiquiátrico Marcelo Caixeta Leonardo Caixeta Ciro Vargas Victor Melo Cedric Melo
ANTO NI O LUCIO TEIX EIRA • A RTH UR KUMMER
■ Psiquiatria em Ginecologia e Obstetrícia José Ramón R. A. Lopez Mário Gáspare Giordano
Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br
Áreas de interesse Neurologia Psiquiatria Neurociências
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A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a Medicina um saber em permanente evolução, recomendamos aos nossos leitores recorrer sistematicamente à bula dos medicamentos e a outras fontes fidedignas – incluindo documentos oficiais –, bem como avaliar cuidadosamente as recomendações contidas no livro em relação às condições clínicas de cada paciente.
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Antonio Lucio Teixeira Médico Neurologista e Psiquiatra. Doutor em Biologia Celular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Biologia Celular pela UFMG. Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. Coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da UFMG.
Arthur Melo e Kummer Médico Psiquiatra. Doutor em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Clínica Médica pela UFMG. Professor Adjunto do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG.
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Neuropsiquiatria Clínica Copyright © 2012 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-64956-25-4 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora.
Produção Equipe Rubio Capa Bruno Pimentel Editoração Eletrônica Elza Maria da Silveira Ramos
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ T264n Teixeira, Antonio Lucio, 1974 Neuropsiquiatria clínica / Antonio Lucio Teixeira, Arthur Melo e Kummer. - Rio de Janeiro : Rubio, 2012.
Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-64956-25-4
1. Neuropsiquiatria. I. Melo e Kummer, Arthur. II. Título. 12-2054. 02.04.12 09.04.12
CDD: 616.8 CDU: 616.8 034394
Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil
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Colaboradores
Antônio Carlos Pinheiro de Oliveira
Carolina Fiorin Anhoque
Farmacêutico.
Fonoaudióloga.
Doutor em Ciências Naturais pela AlbertLudwigs-Universität de Freiburg, Alemanha.
Doutora em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Fisiologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Professor Adjunto do Departamento de Farmacologia e do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Ariovaldo Alberto da Silva Júnior Médico Neurologista. Doutor em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Professora Adjunta de Fonoaudiologia da UFES. Cláudia Hara Médica Psiquiatra. Doutora em Saúde Pública/Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora da Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (FASEH), de Vespasiano, MG. Cristina Yumi Nogueira Sediyama
Breno Satler de Oliveira Diniz
Psicóloga.
Médico Psiquiatra.
Pesquisadora dos Laboratórios Integrados de Neuropsicologia (Lineu): Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP).
Doutor em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Bruno Cópio Fábregas Médico Psiquiatra. Doutorando em Ciências da Saúde (Infectologia e Medicina Tropical) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Ciências da Saúde (Infectologia e Medicina Tropical) pela UFMG.
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Eduardo Jardel Portela Médico Neurologista. Médico Residente do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Estefânia Harsányi
Fernando Silva Neves
Fonoaudióloga.
Médico Psiquiatra.
Doutora em Ciências da Saúde (Infectologia e Medicina Tropical) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Doutor em Biologia Celular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Ciências da Saúde (Infectologia e Medicina Tropical) pela UFMG.
Professor Adjunto do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina pela UFMG.
Fábio Lopes Rocha Médico Psiquiatra. Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Saúde Pública/Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Coordenador da Clínica Psiquiátrica e do Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG). Fabrício de Araújo Moreira Farmacêutico. Pós-Doutor na Johannes Gutenberg Universität em Mainz e no Max-Planck-Institut für Psychiatrie, Alemanha. Doutor em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Mestre em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Professor Adjunto do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Biologia Celular pela UFMG.
Flávia Costa de Proença Doyle Fisioterapeuta. Mestre em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Gerardo Maria de Araújo Filho Médico Psiquiatra. Doutor em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mestre em Neurologia pela Unifesp. Gilda Aparecida Ferreira Médica Reumatologista. Doutora em Reumatologia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências da Saúde (Infectologia e Medicina Tropical) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora Adjunta do Departamento de Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina da UFMG. Guilherme Nogueira Mendes de Oliveira Médico Psiquiatra. Doutor em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Neurociências pela UFMG.
Fernando Machado Vilhena Dias Médico Psiquiatra.
Helton José dos Reis
Doutorando em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Biólogo. Doutor em Farmacologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Neurociências pela UFMG.
Mestre em Farmacologia pela UFMG.
Professor-Assistente do Departamento de Enfermagem e Medicina, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Professor Adjunto do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas, da UFMG.
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Henrique Cerqueira Guimarães Médico Geriatra. Mestre em Medicina (Neurologia) pela Universidade de São Paulo (USP). Izabela Guimarães Barbosa Médica Psiquiatra. Doutoranda em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Neurociências pela UFMG. João Marcelo Lessa Médico Psiquiatra. Mestrando em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). João Vinícius Salgado Médico Psiquiatra. Doutor em Neurociências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), e pela Universidade Louis Pasteur, em Estrasburgo.
Doutor em Farmacologia Bioquímica e Molecular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG. Leonardo Cruz de Souza Médico Neurologista. Doutor em Neurociências pela Université Pierre et Marie Curie (Université Paris VI). Pesquisador do Institut de la Mémoire et de la Maladie d’Alzheimer, Hôpital de la PitiéSalpêtrière, em Paris. Leonardo Dornas de Oliveira Médico Neurologista Neurofisiologista Clínico. Mestre em Clínica Médica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Neurologista do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da UFMG.
Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Leonardo Franklin Fontenelle
Professor Adjunto do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas, da UFMG.
Pós-Doutor pelo Melbourne Neuropsychiatric Centre, Austrália.
Preceptor de Residência em Psiquiatria do Hospital de Ensino Instituto Raul Soares, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Jonas Jardim de Paula Psicólogo. Mestre em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisador dos Laboratórios Integrados de Neuropsicologia (Lineu): Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP). Leandro Fernandes Malloy-Diniz Psicólogo. Especialista em Neuropsicologia.
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Médico Psiquiatra.
Doutor em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Psiquiatria e Saúde Mental pela UFRJ. Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFRJ. Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense (UFF). Manoel Otávio da Costa Rocha Médico Infectologista. Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor Titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG.
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Maurício Viotti Daker
Peterson Marco de Oliveira Andrade
Médico Psiquiatra.
Fisioterapeuta.
Doutor em Medicina pela Universidade de Heidelberg, Alemanha.
Doutorando em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professor-Associado do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela UFMG.
Maya Yara Martins Brancaglion
Professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, MG.
Psicóloga. Pesquisadora dos Laboratórios Integrados de Neuropsicologia (Lineu): Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP). Melissa Guarieiro Ramos Médica Psiquiatra. Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG).
Rafael Ribeiro Santos Médico Psiquiatra. Mestrando em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ramon Moreira Cosenza Médico. Doutor em Morfologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professora da Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (FASEH), em Vespasiano, MG.
Professor Aposentado do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.
Orestes Vicente Forlenza
Renan Barros Domingues
Médico Psiquiatra. Doutor em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP). Professor-Associado do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Livre-Docente em Psiquiatria na USP.
Médico Neurologista. Doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP). Professor da Escola Superior de Ciências da Saúde da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM).
Médico Neurologista.
Professor do Programa de Pós-Graduação em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Doutor em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Renata Freire de Moraes
Paulo Caramelli
Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Médica Radiologista. Doutora em Radiologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Pedro Pinheiro-Chagas
Renato Luiz Marchetti
Psicólogo.
Médico Psiquiatra.
Mestre em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Doutor em Psiquiatria pela Universidade de São Paulo (USP).
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Rodrigo Barreto Huguet
Sarah Camargos
Médico Psiquiatra.
Médica Neurologista.
Mestre em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Doutora em Clínica Médica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Rodrigo de Almeida Ferreira
Mestre em Neurologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).
Médico Psiquiatra. Mestrando em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professora Adjunta do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG.
Rodrigo Ferretjans Alves
Tales Henrique Ulhôa
Médico Psiquiatra.
Médico Neurologista e Neurocirurgião.
Mestrando em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Médico-Residente do Serviço de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Rodrigo Nicolato
Vinícius Sousa Pietra Pedroso
Médico Psiquiatra.
Médico Psiquiatra.
Doutor em Farmacologia Bioquímica e Molecular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Mestre em Ciências da Saúde (Infectologia e Medicina Tropical) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Professor Adjunto do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG.
Vitor Geraldi Haase Médico Neurologista.
Rodrigo Santiago Gomez
Doutor em Psicologia Médica pela Universidade de Munique, Alemanha.
Médico Neurologista. Médico-Residente do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Professor-Associado do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Dedicatória
Para Ana Cláudia, Bernardo e Isabela (ALT). Para Estefânia e Lais (AK).
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Apresentação
Um neurologista atende um paciente com epilepsia e com um transtorno psiquiátrico associado cuja gravidade suplanta, “sem dúvidas” para o neurologista, a gravidade do quadro epiléptico. Um psiquiatra atende um paciente com crises dissociativas “estranhas” que, segundo ele, só poderiam ser explicadas pela existência de epilepsia concomitante. Situações como essas são bastante comuns na prática clínica. Em busca de respostas a questões como essas, há cerca de cinco anos estabelecemos na Universidade Federal de Minas Gerais uma linha de pesquisa em Neuropsiquiatria Clínica cujo objetivo primário seria investigar transtornos psiquiátricos em doenças neurológicas. O livro Neuropsiquiatria Clínica é fruto do trabalho do nosso grupo em colaboração com eminentes clínicos e pesquisadores na área. A primeira parte do livro (Capítulos 1 a 11) discute questões conceituais, históricas, metodológicas e terapêuticas na área. A segunda parte (Capítulos 12 a 31) é dedicada ao estudo de transtornos psiquiátricos em doenças neurológicas e de aspectos neurológicos de quadros psiquiátricos. A apresentação dos capítulos da segunda parte tem enfoque pragmático, explorando a clínica de sintomas cognitivos e comportamentais no contexto de cada doença e seus respectivos tratamentos. Os autores também abordam de que maneira as alterações fisiopatológicas da própria doença neurológica podem contribuir para a compreensão dos transtornos psiquiátricos em outros contextos. Nos últimos anos, foram publicados excelentes livros nas áreas de Neurologia e de Psiquiatria, mas poucos se dedicaram a discutir a interface dessas disciplinas tão próximas, especialmente na literatura nacional. O nosso Neuropsiquiatria Clínica almeja preencher em parte essa lacuna. Esperamos, assim, que o texto seja de utilidade não apenas na prática clínica, mas que também estimule a curiosidade do leitor para as implicações clínico-científicas dos estudos em Neuropsiquiatria. Antonio Lucio Teixeira Arthur Kummer
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Forward
When we see patients with a neurological disease, certain questions come to mind. Which psychiatric diagnoses is this patient at risk for? Which diseased brain structures or systems might explain the observed clinical manifestations? What possible neurological treatment-related iatrogenic psychiatric morbidities might be present? Will it be better to add a psychotropic treatment, or to instead suggest an alternative neurological treatment? How will this treatment affect the underlying disease? Which distinct treatment caveats should be thought of in devising a therapeutic regimen for this patient? Are there treatment synergies that can be attained by altering the treatment regimen? Is a special dosing procedure indicated? These are just some of the questions that the astute clinician will entertain and answer in the course of treating such patients. The clinician-scientist will wish to know: What is the relationship between disturbances of the neurological substrate and psychiatric presentation? Are there different comorbidities associated with distinct presentations of the same neurological disease? Do these tell us anything about the pathophysiology of psychiatric disorders? How do specific brain structures function as a substrate for or a modifier of psychiatric disorders? What are the key biopsychosocial determinants of psychiatric presentations within a given disease? What are the current key clinical issues? What generalizations can be made from psychiatric presentations across neurological diseases? And many other such questions. These are questions that I had coming into the field several decades ago, and they continue to be questions that I ponder daily. It was these questions that prompted me to write the book Psychiatric Management in Neurological Disease over a decade ago. It was these same questions that led me to my own investigations of psychiatric disorders in neurological diseases, as well as to studies of the clinical sequelae of basal ganglia, cerebellum, and other structural lesions. To date, much has been elucidated, and yet still much more needs to be understood and awaits investigation. Where can the astute clinician and researcher find the answers to these questions? It is only by continually updating our knowledge of these diseases and their manifestations that a complete picture will emerge. Neuropsiquiatria ClĂnica provides a much – needed and welcome compilation of information to address this need.
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This is the first neuropsychiatric text written in Portuguese, a book that will be valuable to student, expert, clinician, and researcher alike. As Editor, Professor Antonio Lucio Teixeira, Jr, MD, PhD, is one of world’s leading neuropsychiatrists and behavioral neurologists, with over 300 scientific contributions published on these very subjects. Professor Teixeira and his expert authors highlight diseases especially relevant to Brazil, including neuropsychiatric conditions attending infectious diseases and Sydenham’s chorea. Professor Teixeira’s university neuropsychiatry clinic and the clinical conditions seen therein constitute the driving impetus for developing this book, a clear indication of the clinical relevance of this work. I have much enjoyed my own research collaborations with Professor Teixeira and have found his clinical and scientific acumen to be very impressive. Neuropsiquiatria Clínica opens with a historical consideration of the brain as substrate for cognition and behavior. It then details the neuropsychiatric evaluation and important aspects of neuropsychological, neurological, radiological, and laboratory assessments. It further addresses neuropharmacological, genetic, and rehabilitation approaches in managing neuropsychiatric patients. Chapters on delirium, the most important neurodegenerative diseases such as Alzheimer’s and Parkinson’s, movement disorders, epilepsies, other leading neurological conditions, the basal ganglia, cerebellum, and major psychiatric disorders inform our clinical evaluation and treatment. The contents ensure that this book will be a valuable reference asset in the office of both clinicians and researchers. Each chapter comprehensively reviews the neurological disease and its pertinent neuropsychiatric conditions. Chapters cover the most relevant studies, including meta-analyses when available. While management and treatment issues are discussed in a general fashion, an entire chapter is devoted to the principles of clinical neuropsychopharmacology across these disorders. The degree of comprehensiveness and level of detail will be particularly useful in understanding neuropsychiatric conditions, their phenomenology, and substrate correlates of clinical presentations. Neuropsiquiatria Clínica provides a wealth of information and will be a valuable asset to clinicians and researchers at all levels of training and experience, with a focus on important major neuropsychiatric disorders, especially those seen in Portuguese-speaking countries. It considers the evaluation, comorbidities, correlates, and management of these conditions from every relevant angle, including the clinical, genetic, imaging, and pharmacological. If you see these types of patients, or conduct research in these illnesses, Neuropsiquiatria Clínica is a key reference to have on your bookshelf. It will answer many of our questions.
Edward C. Lauterbach, MD, FANPA, DFAPA Fellow of the American Neuropsychiatric Association. Distinguished Fellow of the American Psychiatric Association. Professor Emeritus of Psychiatry and Neurology. Founding Director, Center for Translational Studies in Neurodegenerative Disease, Mercer University School of Medicine Macon, GA, EUA.
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Prefácio
Quando vemos pacientes com uma doença neurológica, algumas questões vêm à mente: que transtornos psiquiátricos este paciente tem risco de desenvolver? Que estruturas ou sistemas cerebrais adoecidos podem explicar as manifestações clínicas observadas? Que possíveis morbidades psiquiátricas iatrogênicas, em virtude do tratamento neurológico, podem estar presentes? Será melhor adicionar um tratamento psicofarmacológico ou sugerir um tratamento neurológico alternativo? Como esse tratamento vai afetar a doença de base? Quais diferentes ressalvas ao tratamento devem ser pensadas durante a elaboração de um esquema terapêutico para esse paciente? Pode-se alcançar uma sinergia de tratamento ao se mudar o regime terapêutico? Um procedimento de dosagem especial está indicado? Essas são apenas algumas das perguntas que o médico astuto vai cogitar e responder no curso de tratamento desses pacientes. O clínico-cientista vai querer saber: qual é a relação entre os distúrbios do substrato neurológico e a apresentação psiquiátrica? Há diferentes comorbidades associadas a distintas apresentações de uma mesma doença neurológica? Elas nos dizem algo sobre a fisiopatologia dos transtornos psiquiátricos? De que modo as estruturas cerebrais específicas funcionam como um substrato ou como um modificador de transtornos psiquiátricos? Quais são os principais determinantes biopsicossociais dos transtornos psiquiátricos de uma determinada doença? Quais são as principais questões clínicas atuais? Que generalizações podem ser feitas acerca dos transtornos psiquiátricos em doenças neurológicas? E muitas outras questões como essas. Essas são perguntas que eu fazia ao adentrar nesse campo há várias décadas, e elas continuam a ser questões sobre as quais reflito diariamente. Foram essas questões que me levaram a escrever o livro Psychiatric Management in Neurological Disease mais de uma década atrás. Foram essas mesmas questões que me levaram a minhas próprias investigações sobre transtornos psiquiátricos em doenças neurológicas, bem como a estudos de sequelas clínicas das lesões dos núcleos da base, do cerebelo e de outras estruturas. Até o momento, muito foi elucidado, e muito ainda há que ser compreendido e aguarda investigação. Onde pode o clínico e pesquisador astuto encontrar respostas para essas perguntas? Apenas por meio de uma atualização contínua do nosso conhecimento sobre essas doenças e suas manifestações é que um completo panorama surgirá. Neuropsiquiatria Clínica oferece uma compilação necessária e extremamente bem-vinda de informações para atender a essa necessidade.
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Este é o primeiro texto de Neuropsiquiatria escrito em português. Um livro que será valioso para estudantes, especialistas, pesquisadores, médicos e afins. Como editor, o Professor Antonio Lucio Teixeira, MD, Ph.d., é um dos líderes mundiais em Neuropsiquiatria e Neurologia do Comportamento, com mais de 300 contribuições científicas publicadas sobre esses temas. O Professor Teixeira e seus colaboradores destacam doenças especialmente relevantes para o Brasil, inclusive as condições neuropsiquiátricas relacionadas com doenças infecciosas e com a coreia de Sydenham. A clínica neuropsiquiátrica universitária do Professor Teixeira e as condições clínicas nela observadas constituem o ímpeto motivador para o desenvolvimento deste livro, um indício claro da relevância clínica deste trabalho. Neuropsiquiatria Clínica se inicia com uma consideração histórica sobre o cérebro como substrato para a cognição e o comportamento. Em seguida, detalha a avaliação neuropsiquiátrica e aspectos importantes da avaliação neuropsicológica, neurológica, radiológica e de laboratório. Além disso, discute abordagens neurofarmacológicas, genéticas e de reabilitação no manejo de pacientes neuropsiquiátricos. Capítulos sobre o delirium, sobre as mais importantes doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, sobre distúrbios do movimento, epilepsias, outras importantes condições neurológicas, núcleos da base, cerebelo e sobre os principais transtornos psiquiátricos auxiliam nossa avaliação clínica e o tratamento. Os conteúdos garantem que este livro será um valioso recurso de referência no ambiente de trabalho tanto de clínicos quanto de pesquisadores. Cada capítulo analisa exaustivamente a doença neurológica e suas pertinentes condições neuropsiquiátricas. Os capítulos cobrem os estudos mais relevantes, incluindo metanálises, quando disponíveis. Embora as questões de manejo e tratamento sejam discutidas em termos gerais, um capítulo inteiro é dedicado aos princípios da neuropsicofarmacologia clínica. O grau de abrangência e o nível de detalhe serão particularmente úteis para a compreensão das condições neuropsiquiátricas, sua fenomenologia e substratos correlatos de apresentações clínicas. Neuropsiquiatria Clínica, ainda, oferece uma riqueza de informações e será um recurso valioso para clínicos e pesquisadores em todos os níveis de formação e experiência, com foco nos mais importantes transtornos neuropsiquiátricos, principalmente aqueles observados em países de língua portuguesa. O livro aborda a avaliação, as comorbidades, os fatores associados e o manejo dessas condições de todos os ângulos relevantes, incluindo as vertentes clínica, genética, neuroimagem e farmacológica. Se você lida com esses tipos de pacientes ou conduz pesquisa sobre essas doenças, Neuropsiquiatria Clínica é uma referência fundamental para você ter em sua estante. E irá responder muitas de nossas perguntas.
Edward C. Lauterbach, MD, FANPA, DFAPA Fellow of the American Neuropsychiatric Association. Distinguished Fellow of the American Psychiatric Association. Professor Emeritus of Psychiatry and Neurology. Founding Director, Center for Translational Studies in Neurodegenerative Disease, Mercer University School of Medicine Macon, GA, EUA.
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Sumário
Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo
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Introdução à Neuropsiquiatria....................................................... 1 Cérebro e Mente: Uma Perspectiva Histórica................................... 5 História da Neuropsiquiatria........................................................ 13 Avaliação Neuropsiquiátrica........................................................ 21 Neuropsicologia Aplicada à Neuropsiquiatria................................ 37 Sinais Neurológicos em Transtornos Neuropsiquiátricos................ 45 Exames Laboratoriais em Neuropsiquiatria.................................... 59 Imagem em Neuropsiquiatria....................................................... 77 Princípios de Neuropsicofarmacologia Clínica............................... 91 Neurogenética Clínica e Neuropsiquiatria ................................... 105 Reabilitação Cognitiva e Comportamental.................................. 115 Neuropsiquiatria do Delirium..................................................... 125 Neuropsiquiatria da Doença de Alzheimer................................... 135 Neuropsiquiatria da Demência Frontotemporal........................... 145 Neuropsiquiatria das Dependências Químicas............................. 155 Neuropsiquiatria dos Distúrbios do Sono.................................... 165 Neuropsiquiatria da Doença de Parkinson................................... 177 Neuropsiquiatria dos Transtornos de Tiques............................... 193 Neuropsiquiatria das Distonias .................................................. 205 Neuropsiquiatria das Epilepsias.................................................. 213 Neuropsiquiatria da Epilepsia do Lobo Temporal........................ 221 Neuropsiquiatria das Cefaleias................................................... 231 Neuropsiquiatria da Esclerose Múltipla....................................... 243
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Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo
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Neuropsiquiatria dos Tumores Intracranianos............................. 255 Neuropsiquiatria das Infecções do Sistema Nervoso Central......... 275 Neuropsiquiatria do Acidente Vascular Encefálico........................ 287 Neuropsiquiatria dos Núcleos da Base........................................ 295 Neuropsiquiatria do Cerebelo.................................................... 303 Neuropsiquiatria da Fadiga........................................................ 315 Neurologia das Psicoses............................................................. 323 Neurologia dos Sintomas Afetivos.............................................. 333
Índice Remissivo .................................................................................................345
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Introdução à Neuropsiquiatria 1
1 Introdução à Neuropsiquiatria CAPÍTULO
A história da Psiquiatria e da Neurologia é marcada por aproximações e rupturas. Ainda que haja explicações diversas sobre esse movimento pendular, a origem disso parece remontar a concepção dualista do ser humano e a subsequente divisão das doenças cerebrais em duas distintas especialidades médicas.1 As consequências desse processo incluem a estigmatização de pacientes psiquiátricos, uma visão reducionista de ambas as especialidades e os argumentos falaciosos de que ambas se diferenciam, por exemplo, em função da atitude empática do psiquiatra e da visão objetiva do neurologista, ou ainda, em razão da escuta cuidadosa do primeiro e da resistência em compreender a subjetividade do segundo. Médicos de ambas as especialidades podem ser exímios clínicos, dominar técnicas de psicoterapia e incorporar a noção atual de que a maioria das doenças é decorrente da interação complexa entre fatores genéticos e ambientais, incluindo a história de vida. Ainda assim, ambas as especialidades manterão especificidades que não são decorrentes de seu objeto de estudo, mas do domínio diferencial de técnicas propedêuticas (exame do estado mental na psiquiatria e exame neurológico, neurofisiológico e de
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Arthur Melo e Kummer Antonio Lucio Teixeira
neuroimagem na Neurologia) e terapêuticas (psicoterapia na Psiquiatria e alguns procedimentos invasivos na Neurologia).2,3 No entanto, algumas técnicas propedêuticas (como a avaliação de funções cognitivas) e terapêuticas (Psicofarmacologia) seriam compartilhadas por ambas as especialidades. Nesse sentido, alguns autores defendem que o treinamento necessário para ambas as disciplinas deve permanecer separado, e uma eventual fusão poderia diluir as duas disciplinas.2 Determinadas doenças permanecerão em um campo ou outro em virtude de as técnicas propedêuticas e terapêuticas estarem mais adequadas para sua abordagem. Por exemplo, transtornos de humor, transtornos ansiosos, transtornos somatoformes e psicoses são mais adequadamente abordados pelo profissional que seja capaz de realizar um bom exame do estado mental, que domine técnicas psicoterápicas e que realize intervenções psicossociais apropriadas. Contudo, epilepsias, doenças neuromusculares, doenças desmielinizantes e distúrbios de movimento devem ser abordados por quem execute um minucioso exame das funções motoras e sensitivas (exame neurológico) e seja capaz de interpretar resultados eletroencefalográficos, eletromiográficos e de
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neuroimagem, além de eventualmente realizar procedimentos invasivos, como a punção lombar. Ao menos nessas situações prototípicas, a espessura da parede erguida entre as duas disciplinas parece ser de fato maior do que em outras condições.4 Gostaríamos de ressaltar nossa visão de que os médicos de ambas as especialidades devem ter uma boa formação a respeito das técnicas utilizadas pela outra especialidade, dada a necessidade de realizar diagnósticos diferenciais e considerando a presença, por vezes elevada, de sinais neurológicos em doenças psiquiátricas e de comorbidades psiquiátricas nas doenças neurológicas. A Neuropsiquiatria também tem sido definida variavelmente conforme pressupostos, técnicas de investigação, tipo de paciente abordado, valor terapêutico ou suas combinações.5 Embora existam discordâncias sobre do que se trata realmente a Neuropsiquiatria, sua definição tem que incorporar a indissociabilidade indelével de mente-cérebro.1,5 Parece-nos inadequado defini-la por seus aspectos propedêuticos ou terapêuticos, como proposto para Psiquiatria e Neurologia. A Neuropsiquiatria,* tal como a expressão correlata Neurologia do Comportamento, parece delimitar seu espaço na interfac e em que a Psiquiatria estabelece com a Neurologia (ou na interface da Neurologia com a Psiquiatria, no caso da Neurologia do Comportamento). Nesse sentido,
O conceito aqui utilizado de Neuropsiquiatria não é consensual e possui suas limitações históricas. Para um maior conhecimento da evolução histórica do conceito de Neuropsiquiatria, e não da história da Neuropsiquiatria, sugerimos a leitura do excelente texto de German E. Berrios e Ivana S. Marková. Como bem apontado por esses autores, nem do ponto de vista transcultural, nem trans-historicamente, pode a Neuropsiquiatria ser considerada uma atividade unitária. Visto que não temos um conceito unitário de Neuropsiquiatria, o capítulo sobre a História da Neuropsiquiatria se torna uma história da relação entre a Psiquiatria e a Neurologia.
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parece mais adequado dizer que a Neuropsiquiatria possui um “território”, e que uma eventual “abordagem neuropsiquiátrica” seria decorrente de seu objeto demandar um conhecimento mais integrado de Neurologia e de Psiquiatria, justamente devido ao fato de estar na interface entre as duas disciplinas. Curiosamente, as limitações do neuropsiquiatra e do neurologista do comportamento continuam sendo as limitações do psiquiatra e do neurologista, respectivamente. Nessas situações de interface, Psiquiatria e Neurologia mantêm relação muito próxima, existindo uma excelente oportunidade para uma abordagem integrada e colaborativa. Ainda assim, cada especialidade manterá suas especificidades, sendo improvável que o avanço das neurociências provocará a fusão de ambas e que a Neuropsiquiatria venha a representar essa “superdisciplina”.2 A Neuropsiquiatria pode apenas representar a melhor via de diálogo entre a Psiquiatria e a Neurologia, não pretendendo o monopólio sobre determinada doença ou sobre determinada técnica. Cabe-nos questionar o que constitui a interface entre Psiquiatria e Neurologia. Visto que o pressuposto básico da Neuropsiquiatria (e o único ponto de consenso em seu conceito, ainda que possa haver diferentes interpretações dele) é que “toda doença mental é doença do cérebro”, essa interface não é definida pelo fato de determinada doença ter uma causa mais ou menos “orgânica”. Segundo Sachdev, o que caracteriza um transtorno “neuropsiquiátrico” é o fato de os princípios da Neurologia ou psiquiatria serem totalmente incapazes de encapsular esses transtornos, e a abordagem neuropsiquiátrica ser necessária para seu diagnóstico e manejo.2 Entretanto, considera-se complicada a proposta de definir um transtorno neuropsiquiátrico dessa forma, visto que o “encapsulamento” de um transtorno por uma especia-
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Introdução à Neuropsiquiatria 3
lidade é, na prática, virtual. Para exemplificar essa situação, basta lembrar os elevados índices de transtornos psiquiátricos em doenças que são consideradas prototípicas da Neurologia. Koponen et al. avaliaram, ao longo de 30 anos, transtornos psiquiátricos em pacientes que sofreram traumatismo cranioencefálico (TCE).6 O TCE foi de gravidade suficiente para resultar em sinais neurológicos que duraram pelo menos uma semana, bem como apresentar pelo menos um dos seguintes sintomas: perda de consciência de ao menos 1 minuto, amnésia pós-traumática de ao menos 30 minutos, ou dados de neuroimagem indicativos de lesão cerebral traumática.6 Quase metade dos participantes desenvolveu um transtorno psiquiátrico do eixo I após o TCE, incluindo depressão maior (26,7%), abuso ou dependência de álcool (11,7%), transtorno de pânico (8,3%), fobia específica (8,3%) e transtornos psicóticos (6,7%). Além disso, cerca de um quarto dos pacientes desenvolveu pelo menos um transtorno de personalidade após o traumatismo. Por sua vez, transtornos psiquiátricos também são observados em doenças cerebelares, doença de Huntington e doença de Parkinson, desde as descrições iniciais dessas doenças ainda no século XIX, sendo reiterados por trabalhos mais recentes.7,8 Além disso, pessoas com transtornos psiquiátricos como esquizofrenia e transtorno obsessivo-compulsivo podem exibir sinais neurológicos, mesmo quando não medicados.9,10 Os resultados dos estudos descritos compreendem bons exemplos do “território” da Neuropsiquiatria, ainda que esse território tenha limites pouco precisos. A interface entre Psiquiatria e Neurologia surge em situações que podem inclusive ser do domínio de uma especialidade, mas cuja participação da outra especialidade torna-se essencial. Além de enriquecimento da prática clínica, a Neuropsiquiatria traz contribuições cientí-
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ficas importantes ao estudar a associação de determinadas alterações psiquiátricas com o modelo fisiopatológico da doença neurológica de base, sem apegar-se ao reducionismo biologicista de outras épocas. Essa visão vem, de certo modo, ao encontro da definição de Neuropsiquiatria proposta por Yudofsky & Hales (2002; 2004).1,11 Segundo esses autores, a Neuropsiquiatria foca principalmente a avaliação e o tratamento dos sintomas cognitivos e comportamentais de pacientes com doenças neurológicas.1,11 Ainda segundo esses autores, um foco igualmente importante para neuropsiquiatras é o entendimento do papel da disfunção cerebral na patogênese de transtornos psiquiátricos primários. Portanto, a Neuropsiquiatria contribuiria para a avaliação e o tratamento psiquiátricos dos problemas cognitivos e de comportamento para a Neurologia, bem como estimularia que os psiquiatras realizassem exame físico cuidadoso e solicitassem exames complementares, muitas vezes esquecidos na prática psiquiátrica.
Referências 1. Yudofsky SC, Hales RE. Neuropsychiatry and the future of psychiatry and neurology. Am J Psychiatry. 2002; 159(8):1261-4. 2. Sachdev PS. Whither neuropsychiatry? J Neuropsychiatry Clin Neurosci. 2005; 17(2):140-4. 3. Teixeira AL. Por que a neurologia e a psiquiatria não constituem uma única disciplina? Neurociências. 2008; 4:189-90. 4. Stone J, Carson A, Sharpe M. Wall between neurology and psychiatry. Some parts of the wall are thicker than others. BMJ. 2002; 325(7367):778. 5. Berrios GE, Markova IS. The concept of neuropsychiatry: a historical overview. J Psychosom Res. 2002; 53(2):629-38. 6. Koponen S, Taiminen T, Portin R, Himanen L, Isoniemi H, Heinonen H, Hinkka S, Tenovuo O. Axis I and II psychiatric disorders after traumatic
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brain injury: a 30-year follow-up study. Am J Psychiatry. 2002; 159(8):1315-21. 7. Leroi I, O’Hearn E, Marsh L, Lyketsos CG, Rosenblatt A, Ross CA, Brandt J, Margolis RL. Psychopathology in patients with degenerative cerebellar diseases: a comparison to Huntington’s disease. Am J Psychiatry. 2002; 159(8):1306-14. 8. Kummer A, Teixeira AL. Neuropsychiatry of Parkinson’s disease. Arq Neuropsiquiatr. 2009; 67(3B):930-9. 9. Karadag F, Tumkaya S, Kirtas D, Efe M, Alacam H, Oguzhanoglu NK. Neurological soft signs in
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obsessive compulsive disorder with good and poor insight. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2011; 35(4):1.074-9. 10. Thomas N, Tharyan P. Soft neurological signs in drug-free people with schizophrenia with and without obsessive-compulsive symptoms. J Neuropsychiatry Clin Neurosci. 2011; 23(1):6873. 11. Yudofsky SC, Kim HF. Introduction. In: Yudofsky, SC, Kim, HF. Neuropsychiatric Assessment. Washington, DC: American Psychiatric Publishing, 2004.
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5 Neuropsicologia Aplicada à Neuropsiquiatria CAPÍTULO
Introdução O exame neuropsicológico é um procedimento de avaliação que visa traçar inferências sobre o funcionamento cognitivo e comportamental de um indivíduo a partir do pressuposto monista materialista de que tal funcionamento tem como base mecanismos neurobiológicos. Nesse sentido, de acordo com Benton (1994), o exame neuropsicológico consiste em um método investigativo que visa traçar inferências sobre as características funcionais e estruturais do sistema nervoso central (SNC) a partir da coleta de dados sobre o comportamento de um indivíduo em situações definidas de estímulo-resposta.1 Os métodos de exame neuropsicológico englobam testes cognitivos geralmente dispostos em baterias que avaliam múltiplos processos mentais, escalas de avaliação preenchidas pelo paciente e por seus familiares/ cuidadores, observação do comportamento do paciente na consulta e/ou em outras situações e entrevistas (estruturadas e/ou semiestruturadas). Assim, podemos diferenciar no exame neuropsicológico seus fins (avaliar cognição e comportamento a partir de um raciocínio neurocientífico) e seus meios (testes,
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Jonas Jardim de Paula Maya Yara Martins Brancaglion Cristina Yumi Nogueira Sediyama Rodrigo Nicolato Leandro Fernandes Malloy-Diniz
escalas, questionários, observações e entrevistas). As aplicações do exame neuropsicológico têm variado ao longo do desenvolvimento das disciplinas relacionadas ao comportamento, à cognição e às neurociências de forma geral. Inicialmente, na primeira metade do século passado, o exame neuropsicológico tinha como objetivo primário a localização de regiões cerebrais acometidas por lesões, calcando-se em preceitos localizacionistas estritos e na noção da existência de centros funcionais no sistema nervoso. Contudo, o exame neuropsicológico também foi empregado em seus primórdios como meio de distinguir entre pacientes orgânicos (cujas alterações do comportamento e da cognição eram geradas por alterações cerebrais) e pacientes funcionais (que tinham alterações não orgânicas ou psicodinâmicas). Dessa forma, o exame neuropsicológico se aplicava à Neurologia como localizador de lesões e à Psiquiatria como meio de distinguir entre pacientes orgânicos e funcionais. Tais aplicações se tornaram obsoletas a partir do desenvolvimento de técnicas mais eficazes para caracterização morfológica e eletrofisiológica do SNC, bem como do aprimora-
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mento do conhecimento das bases neurais de transtornos mentais e o fim da dicotomia orgânico versus funcional. O papel do exame neuropsicológico bem como da Neuropsicologia Clínica foi amplamente redefinido na segunda metade do século XX, o que se deu a partir da confluência entre o desenvolvimento da Psicometria, da Neuropsicologia Cognitiva e das Neurociências. Atualmente o exame neuropsicológico é uma ferramenta útil para questões clínicas, como diagnóstico diferencial, questões de natureza forense, identificação de potencialidades e dificuldades cognitivas e comportamentais em transtornos neuropsiquiátricos, estruturação da reabilitação cognitiva e também uma ferramenta indispensável ao estudo das bases biológicas dos processos mentais e comportamentais. Lezak et al. (2004) consideram que o exame neuropsicológico presta-se essencialmente a diagnóstico, elaboração (e avaliação) de tratamentos e intervenções, para fins de pesquisa e aplicações em contextos forenses.2 No presente capítulo, abordaremos as principais aplicações do exame neuropsicológico à Neuropsiquiatria.
Aplicações do exame neuropsicológico a questões de diagnóstico A aplicação do exame neuropsicológico com fim de diagnóstico diferencial tem como base as ideias de que as alterações neurobiológicas nos diferentes transtornos neuropsiquiátricos podem provocar manifestações cognitivas e comportamentais específicas, e de que a comparação entre tais alterações pode ser útil no processo de diagnóstico diferencial. Nesse sentido, podemos identificar três tipos básicos de situações em que o diagnóstico diferencial
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pode ter na avaliação neuropsicológica um importante aliado: Condições em que a avaliação cognitiva é estritamente necessária. Condições em que a avaliação cognitiva contribui, mas não é necessária. Condições em que a avaliação cognitiva é pouco útil no diagnóstico diferencial. Na primeira categoria, estão incluídos transtornos como o retardo mental, os transtornos específicos da aprendizagem e o comprometimento cognitivo leve. Nesses casos, a avaliação da cognição está prevista nos critérios de diagnóstico de manuais classificatórios como o DSM-IV-TR3 e de outros tipos de consensos de especialistas.4 Ainda assim, a avaliação neuropsicológica é complementar e deve ser compreendida à luz de outros exames e da interpretação do contexto clínico. O Caso Clínico 1 exemplifica essa aplicação do exame neuropsicológico em uma situação de diagnóstico diferencial. Em outras situações clínicas, a avaliação neuropsicológica é um instrumento bastante útil na identificação de síndromes neurológicas clássicas como afasias, amnésias, apraxias, agnosias, entre outras.5 Nessas situações, a partir do exame das queixas dos pacientes, da anamnese detalhada capaz de caracterizar a evolução do quadro clínico e da aplicação de testes cognitivos, pode ser traçado o perfil de funções mentais preservadas e comprometidas, o que é particularmente útil na identificação da síndrome em questão. Baterias formais e informais de testes neuropsicológicos podem ser usadas nesse sentido, mas roteiros informais de exame do estado mental, compostos por provas cognitivas simples, como o proposto por Strub & Black, são bastante úteis e práticos para esses fins.6
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Caso Clínico 1 Uma paciente de 67 anos e três anos de escolarização formal buscou uma equipe interdisciplinar de saúde do idoso com queixas de memória. Alegava não se lembrar muito bem onde guardava objetos ou o nome de pessoas conhecidas recentemente. Na entrevista, ela e seu marido negaram a presença de comprometimento das tarefas cotidianas, sendo a paciente autônoma para a maioria das atividades do dia a dia. A avaliação neuropsicológica demonstrou comprometimento leve em tarefas de memória episódica, tanto para conteúdo verbal (utilizando-se, dentre outros, o Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey), quanto visual (Teste da Figura Complexa de Rey). Os resultados nesse domínio da avaliação oscilaram entre um e dois desvios-padrão abaixo da média populacional pareada por sexo, idade e escolaridade. Nos demais domínios avaliados, seu desempenho esteve dentro da média normativa. A avaliação comportamental não indicou presença de sintomas neuropsiquiátricos, e a avaliação funcional indicou comprometimento mínimo das atividades de vida diária. Conciliando as informações do exame neuropsicológico com outras do exame multidimensional do idoso, a paciente foi diagnosticada com comprometimento cognitivo leve do tipo amnéstico, sendo encaminhada para reabilitação cognitiva e acompanhamento longitudinal.
No segundo grupo de contribuições para o diagnóstico diferencial, estão os casos em que as alterações cognitivas não figuram de forma específica nos critérios diagnósticos, sendo a avaliação neuropsicológica útil para elucidar questões pontuais, como a exclusão de comorbidades. Por exemplo, em casos de suspeita de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), a avaliação neuropsicológica não tem sido considerada necessária ou suficiente para o diagnóstico, que é eminentemente clínico,7 mas seus resultados podem ser úteis na identificação de comorbidades, como transtornos de aprendizagem da leitura e escrita, ou na exclusão de outros quadros que poderiam explicar as alterações cognitivas apresentadas pelo indivíduo
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avaliado, como o transtorno não verbal da aprendizagem. Por fim, há condições em que o exame neuropsicológico contribui minimamente para o diagnóstico diferencial. Por exemplo, a identificação de disfunções cognitivas em transtornos psiquiátricos, isoladamente, pode ser pouco útil na diferenciação dos quadros clínicos. Grande parte das alterações cognitivas nesses pacientes é pouco específica. Um exemplo são as disfunções executivas que ocorrem com frequência em transtornos como esquizofrenia,8 TDAH,9,10 transtorno bipolar,11 transtorno obsessivo-compulsivo12,13 entre outros. Nesses casos, a avaliação neuropsicológica apresenta outras aplicações clínicas, incluindo a avaliação das consequências e o impacto psicossocial das dificuldades cognitivas, possibilitando o planejamento de intervenções específicas e de um aconselhamento pessoal/familiar eficaz.
Aplicações do exame neuropsicológico para fins de estruturação de intervenções e avaliação da eficácia terapêutica O resultado do exame neuropsicológico pode ser utilizado para estabelecer um plano de cuidados e tratamento para os pacientes. A avaliação não se presta somente à detecção de déficits, mas à caracterização de um perfil de “forças e fraquezas” de cunho cognitivo e comportamental. Um mapeamento completo de diferentes capacidades possibilita o uso de mecanismos compensatórios no contorno de déficits, possibilitando um tratamento mais adequado e eficaz. Além disso, a avaliação pode ajudar na escolha de tratamentos específicos (ver Caso Clínico 2). Por exemplo, déficits cognitivos mais pronunciados estão relacionados ao insucesso de terapias como a Psicoeducação em pacientes bipolares e a
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7 Exames Laboratoriais em Neuropsiquiatria CAPÍTULO
Introdução Em comparação com outras especialidades médicas, a Psiquiatria depende mais da anamnese, do exame clínico e do conhecimento semiológico do que da solicitação de exames complementares para a definição diagnóstica. Apesar disso, a propedêutica laboratorial é parte integral da avaliação do paciente psiquiátrico e, no que diz respeito à abordagem neuropsiquiátrica, torna-se particularmente importante devido à diversidade de doenças neurológicas e clínicas que podem manifestar-se com sintomas comportamentais.1 A Tabela 7.1 lista doenças que podem se expressar na forma de síndromes psiquiátricas. O diagnóstico diferencial entre síndromes psiquiátricas primárias e secundárias pode ser obtido por meio de exames laboratoriais adequados. Ressalta-se que vários desses quadros secundários podem ter tratamentos específicos e eventualmente curativos que, de outra maneira, seriam preteridos em favor de tratamento psicofarmacológico sintomático. Além desse propósito de diagnóstico diferencial, os exames laboratoriais podem contribuir na monitoração do uso de medicamentos (adesão, efeitos colaterais) e na identificação de comorbidades clínicas.
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Vinícius Sousa Pietra Pedroso Bruno Cópio Fábregas Antonio Lucio Teixeira
Exames laboratoriais de triagem na prática clínica Não existem diretrizes que orientem a realização de exames laboratoriais de triagem na avaliação inicial de pacientes com suspeita de transtornos psiquiátricos primários sem comorbidades médicas conhecidas. Nesses casos, a história clínica, incluindo histórico de doenças familiares, e os exames físicos e neuropsiquiátricos podem direcionar a solicitação de testes complementares. De acordo com Anfinson & Kathol (1992),2 entretanto, esses pacientes poderiam beneficiar-se da realização de uma triagem laboratorial constituída por glicemia, ureia sérica, clearance de creatinina e exame de urina rotina. Dosagem do hormônio estimulador da tireoide (TSH) seria solicitada em mulheres acima dos 50 anos de idade, independentemente da presença de sintomas de humor, devido à alta prevalência de hipotireoidismo nessa população. A avaliação da função tireoidiana em pacientes do sexo masculino e em mulheres mais jovens, entre os quais a prevalência de disfunção tireoidiana está estimada em 0,1%, estaria limitada a pacientes com dois ou mais sinais de hipotireoidismo.3
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Tabela 7.1 Doenças que podem manifestar-se com síndromes comportamentais Nutricionais
Neurológicas Atrofia de múltiplos sistemas
Deficiência de ácido nicotínico (pelagra)
Demência com corpos de Lewy
Deficiência de folato (anemia megaloblástica) Deficiência de minerais-traço (zinco, magnésio) Deficiência de tiamina (síndrome de WernickeKorsakoff)
Demência frontotemporal Distúrbios do sono (narcolepsia, apneia do sono) Doença de Huntington Doença de Parkinson
Deficiência de vitamina B12 (anemia perniciosa) Autoimunes
Doenças cerebrovasculares Doenças de Alzheimer
Lúpus eritematoso sistêmico
Enxaqueca
Sarcoidose
Epilepsia (especialmente formas parciais complexas)
Síndrome de Behçet Síndrome de Sjögren
Esclerose múltipla
Endócrinas e metabólicas
Hidrocefalia de pressão normal
Diabetes melito
Paralisia supranuclear progressiva
Distúrbios hidreletrolíticos (síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético, mielinólise pontina central)
Traumatismo cranioencefálico Neoplásicas Feocromocitoma Síndromes paraneoplásicas Tumores endócrinos Tumores primários e metastáticos do SNC Infecciosas
Distúrbios hormonais gonadotrópicos Doença de Wilson Doenças da tireoide e da paratireoide Encefalopatia hepática Hipercalcemia e hipocalcemia Pan-hipopituitarismo
Doença de Creutzfeldt-Jakob
Porfirias
Encefalites e meningoencefalites (virais e bacterianas)
Uremia
Infecção pelo HIV Mononucleose infecciosa Neurossífilis Transtornos neuropsiquiátricos autoimunes pediátricos desencadeados por infecções Tuberculose
Tóxicas Efeitos adversos de medicamentos com ou sem prescrição médica Intoxicação ou abstinência associada ao uso de drogas de abuso e/ou álcool Toxinas ambientais (organofosfatos, metais pesados, monóxido de carbono)
SNC: sistema nervoso central; HIV: vírus da imunodeficiência adquirida.
No que diz respeito à realização de exames laboratoriais de triagem em pacientes com doenças neuropsiquiátricas, não há estudos que investiguem especificamente a questão. Em razão de os sintomas comportamentais desses pacientes, por definição, decorrerem de doenças clínicas e neurológicas, seria indicado, em princípio, uma propedêutica complementar ampliada. Os exa-
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mes laboratoriais podem variar conforme a apresentação clínica do quadro (tempo de evolução, sintoma dominante), o ambiente terapêutico (enfermaria, ambulatório ou setor de emergência) e as comorbidades conhecidas do paciente.4 A Tabela 7.2 apresenta uma lista de exames laboratoriais empregados na avaliação de pacientes neuropsiquiátricos.
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Exames Laboratoriais em Neuropsiquiatria 61
Tabela 7.2 Exames laboratoriais solicitados em Neuropsiquiatria Tipo Endócrinos
Exame
Valores de referência
Indicação clínica
Considerações diagnósticas
Catecolaminas (urina e plasma)
<540µg/dia
Crises de pânico, ansiedade
Elevadas: feocromocitoma
Cortisol
6 a 30mg/dL
Transtornos de humor, avaliação cognitiva
Elevado: pode indicar doença de Cushing; associado a ansiedade, depressão e outras condições
Estrógenos (total)
Homem: 29 a Depressão 127pg/mL Mulher: 36 a 650pg/ mL (varia com o ciclo menstrual)
Função tireoidiana Hormônio estimulador da tireoide (TSH)
2 a 11µU/mL
Tiroxina (T4)
4 a 11µg/dL
Triiodotironina (T3)
75 a 220ng/dL
Transtornos de humor, avaliação cognitiva, tratamento com lítio
Diminuído: depressão associada a menopausa e síndrome pré-menstrual, mudanças variáveis com ansiedade Hipertireoidismo ou hipotireoidismo Anormalidades associadas a depressão, ansiedade, psicose, demência, delirium ou ao tratamento com lítio
Capacidade de ligação 12 a 28µg/dL de T4 Recaptação por resina 25% a 35% de T3 Gonadotrofina coriônica humana (beta-hCG)
Negativo
Teste de gravidez
Solicitar antes de iniciar medicação potencialmente teratogênica
Hormônio adrenocorticotrófico
<60pg/mL
Avaliação cognitiva
Mudanças com o abuso de esteroides, podendo estar alterado nas demências, psicose, epilepsia, doença de Cushing e resposta ao estresse
Hormônio de crescimento
Homem adulto: <1ng/mL Mulher adulta: <10ng/mL
Depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtornos alimentares
Resposta fraca à hipoglicemia induzida por insulina em pacientes deprimidos Resposta aumentada a agonistas dopaminérgicos em pacientes com esquizofrenia Elevado em alguns pacientes com anorexia nervosa (continua)
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Tabela 7.2 Exames laboratoriais solicitados em Neuropsiquiatria (continuação) Tipo Endócrinos
Exame Hormônio foliculoestimulante
Valores de referência
Indicação clínica
Considerações diagnósticas
Homem: 1,1 a 13,5mUI/mL Mulher: 0,4 a 22,6mUI/mL (varia com o ciclo menstrual)
Depressão, transtornos alimentares
Hormônio luteinizante Homem: 1,4 a 7,7mUI/mL Mulher: 1,6 a 62,0mUI/mL (varia com o ciclo menstrual)
Depressão, transtornos alimentares
Diminuído: pan-hipopituitarismo; diminuição associada à depressão
Paratormônio
Ansiedade, avaliação cognitiva
Diminuído: hipocalcemia e ansiedade
12 a 72pg/mL
Valores altos dentro do normal na anorexia nervosa, valores elevados em mulheres no climatério; Diminuído: no pan-hipopituitarismo
Associado a uma variedade de doenças neuropsiquiátricas Prolactina
Testosterona
Homem: 1,6 a 18,8ng/mL Mulher: 1,4 a 24,2ng/mL
Uso de antipsicóticos, uso de cocaína, pseudocrises ou crises não epilépticas
Homem: 270 a Impotência, 1.070ng/dL diminuição da Mulher: 6 a 86ng/dL libido
Aumento: uso de antipsicóticos (especialmente em mulheres); abstinência de cocaína Ausência de elevação após crise epiléptica é sugestiva de pseudocrise Elevado: abuso de esteroide Pode estar diminuído na impotência e na diminuição da libido Diminuído: tratamento com medroxiprogesterona
Exames imunológicos
Anticorpo anticoagulante lúpico
Negativo
Uso de fenotiazinas Descrito em pacientes usando fenotiazinas (principalmente clorpromazina); frequentemente associado a aumento do PTT; associado a anticorpos anticardiolipina
Anticorpo anti-DNA nativo
Negativo a partir de 1:10
Avaliação cognitiva
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Positivo em 40% a 80% dos casos de lúpus (títulos mais elevados indicativos de lúpus, títulos mais baixos sugestivos de outras doenças reumáticas)
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Exames Laboratoriais em Neuropsiquiatria 63
Tabela 7.2 Exames laboratoriais solicitados em Neuropsiquiatria (continuação) Tipo Exames imunológicos
Hematológicos
Exame
Valores de referência
Indicação clínica
Considerações diagnósticas
Anticorpo antinuclear
Negativo a partir de 1:10
Avaliação cognitiva
Teste mais sensível para lúpus eritematoso sistêmico (95% dos casos; especificidade baixa em doenças reumáticas em geral: 50%)
Fator reumatoide
0,0 a 20,0UI/mL
Avaliação neuropsiquiátrica
Avaliação de acidente vascular encefálico em jovens, indicador de vasculite
Velocidade de hemossedimentação
<50mm/h
Avaliação cognitiva
Proteína c-reativa
<6mg/dL
Elevado: indicador inespecífico de inflamação, infecção, doença autoimune ou câncer
Avaliação cognitiva
Diminuída: hemocromatose, cirrose hepática, talassemia
Capacidade de ligação 220 a 420µg/dL do ferro
Elevada: anemia ferropriva, hemorragia aguda ou crônica, lesão hepática aguda Contagem de leucócitos
3,8 a 9,8 × 10³/µL
Tratamento com antipsicóticos
Leucopenia e agranulocitose (fenotiazinas, carbamazepina, clozapina) Leucocitose (lítio e síndrome neuroléptica maligna)
Contagem de reticulócitos
0,5% a 1,5%
Avaliação cognitiva e clínica
Diminuída: anemia megaloblástica ou ferropriva, anemia de doença crônica ou alcoolismo Indicador de produção efetiva de hemácias
Contagem plaquetária 150 a 400K/µL
Tratamento com psicofármacos
Diminuída por alguns fármacos (carbamazepina, fenotiazinas, clozapina)
Ferritina (sérica)
Avaliação cognitiva
Diminuído: teste mais sensível para anemia ferropriva
38 a 384ng/mL
Elevado: anemias não ferroprivas Ferro sérico
60 a 160µg/dL
Avaliação cognitiva
Diminuído: anemia ferropriva, outras anemias normocrômicas (continua)
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Índice Remissivo
A Absorção de fármacos, 92 Abstinência, síndrome de, 70 Academia Brasileira de Neurologia, 70 Acatisia, 50 Acidente vascular, 126 - encefálico, 287-294 - - delirium pós, 287 - - demência pós, 291 - - síndromes afetivas pós, 288 - - transtornos psicóticos pós, 290 Acuidade visual, 33 Adenovírus, 276 Adesão ambiental, 148 Adolescência, psiquiatria da infância e da, 22 Afasia progressiva não fluente, 145 Agitação e agressividade, 136, 140 AIDS, 276 Álcool, dependência de, 156 Alteração(ões) - alimentares, apetite e, 136 - cerebelares e outros transtornos psiquiátricos, 311 - comportamentais, esclerose múltipla e, 248 - da sensopercepção, 29
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- de personalidade, esclerose múltipla e, 247 - de comportamento, 276 - de humor, 334 - do metabolismo, 337 - do pensamento, 29, 31 - do sono, 141 - - secundárias a alterações da bexiga, 249 - - secundárias a espasmos musculares, 249 - genéticas, 337 - no equilíbrio hidroeletrolítico, 126 Alucinação(ões), 29, 136 - modelos neuroanatômicos dos delírios e, 326 - visual, 128 Alucinose, 29 Alzheimer, 15 - doença de, 79, 135-144 - - aspectos gerais sobre apresentação clínica e diagnóstico, 135 - - principais síndromes neuropsiquiátricas, 136 - - - agitação e agressividade, 140 - - - alterações de sono, 141 - - - ansiedade, 139 - - - apatia, 136 - - - depressão, 137 - - - psicose, 138
Aminas biogênicas, 102 Aminoácidos, 102 Amitriptilina, 74 Amnésia anterógrada, 276 Analgésicos, 236 - cefaleia por uso excessivo de, 236 - opioides, 126 Análises bioquímicas séricas, 73 Anamnese, 22 - elementos da, 23 - especial psiquiátrica, 23 Anemia, 25, 249 Angelman, síndrome de, 107 Ansiedade, 136, 139 - depressão e, 223 - e doença de Parkinson, 179 - transtorno(s) de, 73 - - esclerose múltipla e, 243 - - generalizada, 171, 173 - - insônia e sonolência diurna excessiva e, 170, 172 - - migrânea e, 234 - - tratamento da insônia associada aos, 173 Antidepressivo(s), 25 - tricíclicos, 73 Anti-hipertensivos, 249 Anti-histamínicos, 249 Anti-inflamatórios, 249 Antipsicóticos, 25, 46 - de primeira geração, 72
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- de segunda geração, 72 Aparência geral e o exame neuropsiquiátrico, 24 Apatia, 136, 148, 288 - fadiga e, e doença de Parkinson, 187, 188 Apetite e alterações alimentares, 136 Apneia do sono, 167, 249 Apraxia, 27 Área - de Broca, 7, 16 - de Brodmann, 147 - de Wernicke, 16 - orbitofrontal, 271 Artroplastia, 126 - de joelho, 126 - de quadril, 126 Ataxias espinocerebelares autossômicas dominantes, 110 Atitude, 10 - e o exame neuropsiquiátrico, 25 - materialista, 10 Atividade e o exame neuropsiquiátrico, 26 Atos antissociais, 148 Autismo, 84
B Babinski, sinal de, 33, 34 Barreira hematoencefálica, 80 Base, núcleos da (ver. Núcleos da base) Bayle, 15 Beck, inventário de depressão de, 178 Behçet, síndrome de, 60 Bell, Martin, síndrome de, 111 Bexiga, alterações da, alterações do sono secundárias a, 249 Bleuler, Paul Eugen, 46 Bonhoeffer, 16 Broca, área de, 7, 16 Brodmann, área de, 147
C Cabeça, 47 - dor de, 232 - sincinesia de, 47
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Calcanhar-joelho-crista da tíbia, teste, 34 Cataplexia, 166, 167 Catatonia, 79 Cefaleia, 231-242 - atribuída a transtornos psiquiátricos, 238 - crônica diária e cefaleia por uso excessivo de analgésicos, 236 - do tipo tensional, 235 - em salvas, 237 - migrânea, 231 - - depressão e suicídio, 232 - - transtornos, 234 - - - ansiosos, 234 - - - bipolar, 234 Cerebelo, 261, 303-314 - alterações cerebelares e outros transtornos psiquiátricos, 311 - dismetria cognitiva e esquizofrenia, 309 - doenças cerebelares e síndromes neuropsiquiátricas, 307 - funções clássicas do, no controle do movimento, 305 - funções não motoras do, 306 - proposta de topografia funcional do, incluindo funções cognitivas e afetivas, 310 - visão geral da organização anatomofuncional do, 304 Cérebro e mente, uma perspectiva histórica, 5-12 Choro, riso e, patológicos, 246 Ciclo sono-vigília, 167 Cíngulo, giro do, 271 Circuitos frontoestriatais, 296 - e respectivas funções, 295 - organização, 296 Citomegalovírus, 276 Clearance de creatinina, 59 Clérambault, síndrome de, 30 Cocaína, 156 - dependência de, 158 Cognição, exame da, 26
Coma, 276 - escala de, de Glasgow, 26 Comorbidades, 159 - clínicas na esclerose múltipla associadas a fadiga, 249 - psiquiátricas, 159 Comportamento(s), 276 - alterações do, 276 - compulsivo ou estereotipado, 148 - de utilização e de imitação, 148 - estudo do papel dos núcleos da base no, 298 - hipomaníaco-símile, 148 - motor aberrante, 136 - noturnos, 136 Compressão do quiasma óptico, 263 Comprometimento cognitivo, 225 - demência e, 70 - - e doença de Parkinson, 187 - esclerose múltipla e, 243 Compulsão, 156 Concentração, redução da capacidade de, 138 Confusão mental, 276 Consciência, exame do nível de, 25 Contraste, captação anelar de, 259, 266 Coordenação motora, 47 Coreia(s), 24 - de Sydenham, 298 Corpo caloso, 266 Corpúsculo(s), 145 - de Lewy, 130 - de Pick, 145 Córtex pré-frontal, 146, 271, 296 - nível de atividade de regiões do, de acordo com estudos de neuroimagem funcional, 339 Cortisol, 337 Cotard, síndrome de, 30 Vírus de Coxsackie, 276 Crack, 156 - dependência de, 158 Crânio, tomografia de, 259
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Creatinina, clearance de, 59 Creutzfeldt-Jakob, 82 - doença de, 70 - encefalopatia de, 82 Crise(s), 216 - de migrânea, 232 - epilépticas, 217 - não epilépticas e epilepsia, 216 - psicogênicas, 217 Culpa, ideias inadequadas de menos valia ou, 138 Cushing, síndrome de, 25
D Déficits cognitivos, 276 Degenerações lobares frontotemporais, 145, 151 Deglutição, 33 Delírios, 30, 136 - modelos neuroanatômicos dos, e alucinações, 326 Delirium, 70, 125-134, 276 - avaliação diagnóstica, 130 - características clínicas, 127 - - apresentação clínica, 127 - - modo de início e curso, 127 - diagnóstico, 127 - - diferencial, 130 - etiologia, 125 - fatores predisponentes e precipitantes de, 126 - fisiopatologia, 126 - pós-acidente vascular encefálico, 287 - prognóstico, 131 - tratamento, 131 Demência, 126, 276, 288 - comprometimento cognitivo e, 70 - - e doença de Parkinson, 187 - frontotemporal, 82, 145-154 - - aspectos gerais, 147 - - avaliação, 150 - - criatividade nas degenerações lobares frontotemporais, 151 - - critérios clínicos para diagnóstico, 148 - - neuroanatomia funcional dos lobos frontal e temporal, 146
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- - tratamento, 150 - por múltiplos infartos, 82 - pós-acidente vascular encefálico, 291 Dependências químicas, 155164 - comorbidades psiquiátricas, 159 - epidemiologia, 156 - introdução e conceitos, 155 - neurobiologia, 156 - quadro clínico, 156 - - álcool, 156 - - cocaína, 158 - - crack, 158 - - maconha, 159 - tratamento, 160 - - complicações agudas, 160 - - de manutenção, 160 - - - farmacoterapia, 161 - - - princípios gerais, 160 Depressão, 136, 276, 288, 339 - atípica, 173 - critérios diagnósticos para, 138 - e ansiedade, 223 - e doença de Parkinson, 177 - e suicídio, 232 (ver também. Idéias suicidas) - escala de, 178 - - de Hamilton, 178 - - de Montgomery-Asberg, 178 - inventário de Beck, 178 - maior, 79, 172, 245, 339 - manejo da insônia e sonolência diurna excessiva relacionada a, 174 - nos idosos, 81 Desidratação, 126 Desinibição comportamental, 136, 148 Desipramina, 74 Desnutrição, 126 Desregulação dopaminérgica, síndrome de, 182 - critérios diagnósticos para a, 184 - transtornos de controle de impulsos e, 182 Diabetes, medicações para tratamento de, 249
Diagnóstico(s), 22 - neurológicos bem estabelecidos, 22 - neuropsicológico, 38, 116 Diário do sono, 169 Diencéfalo, 261 Discinesia tardia, 50 Disdiadococinesia, 47 Disfagia, 33 Disfunção tireoidiana, 59 Dismetria cognitiva e esquizofrenia, 309 Dissonia, 168 Dissulfiram, 161 Distimia, 28, 173 Distonia(s), 205-212 - aguda, 50 - funcionamento cognitivo, 209 - heredodegenerativa, 205 - idiopática, 205 - mioclônicas, 205 - primária, 205 - - transtornos psiquiátricos na, 207 - responsivas a dopa, 205 - tardia, 50 - tratamento, 209 Distraibilidade e impersistência, 148 Distribuição de fármacos, 94 Distrofia miotônica, 110 Distúrbio(s), 167 - de movimento relacionados ao sono, 167 - do ritmo circadiano do sono, 166 - do sono (ver. Sono, distúrbios do) - respiratórios relacionados ao sono, 166 Doença(s), 79 - autoimunes, 79 - cardíacas, 249 - cerebelares e síndromes neuropsiquiátricas, 307 - cerebral prévia, 126 - clínicas preexistentes, 126 - - grave, 126 - - múltiplas, 126 - com heranças especiais, 107
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- - ataxias espinocerebelares autossômicas dominantes, 110 - - de Huntington, 109 - - distrofia miotônica, 110 - - imprinting, 107 - - mitocondriais, 112 - - repetições instáveis, 109 - - do X frágil, 111 - da tireoide, 249 - de Alzheimer, 79, 135-144 - - aspectos gerais sobre apresentação clínica e diagnóstico, 135 - - principais síndromes neuropsiquiátricas, 136 - - - agitação e agressividade, 140 - - - alterações de sono, 141 - - - ansiedade, 139 - - - apatia, 136 - - - depressão, 137 - - - psicose, 138 - de Creutzfeldt-Jakob, 70 - de Huntington, 82, 109 - de Parkinson, 177-192 - - ansiedade, 180 - - apatia e fadiga, 188 - - comprometimento cognitivo e demência, 188 - - depressão, 178 - - psicose, 184 - - transtorno(s), 186 - - - de controle de impulsos e síndrome de desregulação dopaminérgica, 182 - - - do sono, 186 - - - obsessiva-compulsiva e punding, 181 - de Pick, 145 - que podem causar alterações de humor, 334 - que podem manifestarse com síndromes comportamentais, 60 Dor de cabeça, 232
E Ecovírus, 276 Edema, 259 Eficácia terapêutica, 39
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Ekbom, síndrome de, 29 Eletroconvulsoterapia, 18 Empatia, perda de, 148 Encéfalo, ressonância magnética do, 259, 263, 266 Encefalopatia de CreutzfeldtJakob, 82 Endocanabinoides, 102 Endofenótipos, 48 Ensaios clínicos, métodos de, e psicofármacos, 103 Enxaqueca, 231 Epilepsia(s), 24, 213-220 - crises não epilépticas, 216 - do lobo temporal, 221-230 - - aspectos clínicos, 221 - - transtorno(s) psiquiátrico(s), 222 - - - comprometimento cognitivo, 225 - - - depressão e ansiedade, 223 - - - disfórico interictal, 224 - - - psicose, 223 - - - síndromes comportamentais, 224 - - tratamento cirúrgico e transtornos psiquiátricos associados, 225 - inventário de depressão em transtornos neurológicos para a, 215 - psicose, 215 - qualidade de vida, 218 - transtornos, 214 - - de humor, 214 - - psiquiátricos e, 214 Equilíbrio, 33 - hidroeletrolítico, alterações no, 126 Escala(s) - de coma de Glasgow, 26 - de depressão, 178 - - de Hamilton, 178 - - de Montgomery-Asberg, 178 - Yale Global Tic Severity Scale, 197 Esclerose múltipla, 243-254 - alteração(ões), 247 - - comportamentais, 248 - - de personalidade, 247
- comorbidades clínicas na, associadas a fadiga, 249 - comprometimento cognitivo, 248 - fadiga, 248 - fatores que influenciam o desempenho cognitivo de pacientes com, 249 - fisiopatologia da, 244 - suicídio, 248 - transtorno(s), 245 - - bipolar, 246 - - de ansiedade, 247 - - de humor, 245 - - psiquiátricos e comportamentais, 247 Espasmos musculares, alterações do sono secundárias a, 249 Esquirol, 15 Esquizofrenia, 79, 83 - dismetria cognitiva e, 309 - sinais neurológicos sutis e, 46 Estabilizadores de humor, 25, 73 Estado(s) - demenciais, 82 Estereognosia, 47 Estímulos tônicos excitatórios, 296 Estresse, 337 - transtorno de, 79 - - agudo, 174 - - pós-traumático, 79, 174 - - - insônia e sonolência diurna excessiva e, 172 Estudo(s), 21 - britânicos, 21 - da função cerebral, 81 - de investigação de sintomas obsessivo-compulsivos em pacientes com distonia primária, 208 - de neuroimagem funcional, nível de atividade de regiões do córtex préfrontal de acordo com, 339 - do papel dos núcleos da base no comportamento, 298 - ictais, 83 - interictais, 83
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- no líquido cefalorraquidiano, 67 - pós-ictais, 83 Euforia, 136 Exame(s), 32 - clínico-neurológico, 30 - - da função dos nervos cranianos, 32 - - da sensibilidade, 34 - - motor, 32 - da sensibilidade, 34 - de urina, 59, 68 - laboratoriais, 59-76 - - de triagem na prática clínica, 59 - - em síndromes neuropsiquiátricas específicas, 70 - - - delirium, 70 - - - demências e comprometimento cognitivo, 70 - - - síndrome psicótica, 72 - - - transtornos de ansiedade, 73 - - - transtornos de humor, 72 - - - uso de substâncias, 71 - - monitoração da terapêutica, 73 - motor, 32 - neuropsicológico, 38 - - a pesquisa, 41 - - a questões de diagnóstico, 38 - - a questões forenses, 41 - - para fins de estruturação de intervenções e avaliação da eficácia terapêutica, 39 - neuropsiquiátrico, 24 - - aparência geral, 24 - - atitude, 25 - - atividade, 25 - - cognição, 26 - - das funções psíquicas, 27 - - - o pensamento e suas alterações, 29 - - - sensopercepção, 28 - - - vivências afetivas, 28 - - nível de consciência, 25 Excreção de fármacos, 96 Expressão emocional involuntária, transtorno de, 288
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F Face, sensibilidade da, 33 Fadiga, 138, 276, 315-322 - abordagem diagnóstica da, 318 - apatia e, e doença de Parkinson, 188 - causas comuns de, na prática clínica, 317 - esclerose múltipla e, 248 - - comorbidades clínicas, 249 - fisiopatologia e etiopatogênese da, 315 - terapêutica da, 319 Falret, Jean-Pierre, 15 Farmacocinética, 91 - absorção, 92 - - difusão através de lipídios, 93 - - movimentação de moléculas por transportadores, 94 - distribuição, 94 - excreção, 96 - metabolismo, 95 Farmacodinâmica, 97 - a natureza molecular da ação dos fármacos, 99 - teorias sobre os mecanismos gerais de ação dos fármacos, 97 - - a interação entre o fármaco e seus sítios de ação, 97 - - efeitos dos fármacos nos receptores, 98 Farmacoterapia, 161 Fenotiazínicos, 25 Fluxo sanguíneo cerebral, 80 Focos epileptogênicos, 84 Fonação, 33 Forenses, aplicação do exame neuropsicológico a questões, 41 Fóton único, tomografia por emissão de, 81 Fraturas, traumatismos e, 126 Frenologia, 7 Função(ões) - cerebral, estudo da, 81 - hepática, 73 - motoras cerebelares clássicas e correlatos neuroanatômicos, 305
- não motoras do cerebelo, 306 - psíquicas, avaliação das, 27 - - o pensamento e suas alterações, 29 - - sensopercepção, 28 - - vivências afetivas, 28 - tireoidiana, 72 Fusão neurologia-psiquiatria, 13
G Gage, Phineas, 8 Galeno, 6 Gêmeos, 46 Giro, 271 - do cíngulo, 271 - frontal superior, 271 Glândula hipófise, 263 Glasgow, escala de coma de, 26 Glicemia, 59 Glutonaria, 149 Goteira olfatória, meningioma da, 259 Grafestesia, 47 Griesinger, Wilhelm, 15 Guislain, Joseph, 16 Gustação, 33
H Haemophilus influenzae, 276 Hamilton, escala de depressão de, 178 Heimer, Lennart, 10 Heinroth, Johann Christian August 14 Hemisférios cerebrais, 265 Hemograma, 72 Hepatite C crônica, 276, 283 Herança(s), 110 - especiais, doenças com, 107 - - ataxias espinocerebelares autossômicas dominantes, 110 - - de Huntington, 109 - - distrofia miotônica, 110 - - imprinting, 107 - - mitocondriais, 112 - - repetições instáveis, 109 - - do X frágil, 111 - tipos de, 106
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Heredograma, como elaborar um, 107 Herpes simples, 276 Higiene pessoal, declínio na, 148 Hiperatividade, 148 Hiperestesia, 29 Hiperglicemia, 126 Hiperoralidade e mudanças alimentares, 148 Hipersexualidade, 276 Hipersonia(s), 138 - de origem central, 166 - primária, 168 Hipertireoidismo, 126 Hipnóticos, 126 - emprego de, e distúrbio do sono, 174 Hipócrates, 5 Hipoestesia, 29 Hipófise, 263 Hipoglicemia, 126 Hipometabolismo demencial, 84 Hipotálamo, 262 Hipotimia, 28 Hipotireoidismo, 25, 59, 126 História(s) - autobiográfica, 23 - familiar, 23, 59 - médica pregressa, 23 - médico-neuropsiquiátrica, 22 - sócio-ocupacional, 23 Hitzig, Eduard,15 HIV, 281 - infecção pelo, 276 - sorologia para, 70 Hoche, Alfred, 16 Hormônio estimulador da tireoide, 59, 70 Hospitais psiquiátricos, 17 Humor, 214 - alterações de, doenças que podem causar, 334 - deprimido relatado ou manifesto, 138 - estabilizadores de, 25, 73 - sintomas de, secundários, 334 - transtornos de, 72 - - e epilepsia, 214 - - esclerose múltipla e, 245
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- - modelo neuroanatômico integrativo dos, 339 - - neurobiologia dos, 335 - - neuroimagem estrutural e funcional nos, 337 - - primários, 333 Huntington, doença de, 82, 109
I Ideias, 138 - inadequadas de menos valia ou culpa, 138 - suicidas, 138 (ver também. Suicídio) Idosos, 130 - depressão nos, 81 IDTN-E (ver. Inventário de depressão em transtornos neurológicos para epilepsia) ILAE, 213 Imagem em neuropsiquiatria, 77-90 - neuroimagem estrutural, 77 - neuroimagem funcional, 80 - - comparação entre os principais métodos de, 82 - - tomografia, 84 - - - por emissão de fóton único, 81 - - - por emissão de pósitrons, 84 Imipramina, 74 Imitação, comportamentos de utilização e de, 148 Imobilização prolongada, 126 Impersistência, distraibilidade e, 148 Imprinting, doenças causadas por erros de, 107 Impulsividade, 149 Impulsos, transtornos de controle de, e síndrome de desregulação dopaminérgica e doença de Parkinson, 182 Inatividade, 148 Incoordenação motora, 24 Inércia, 148 Infância, psiquiatria da, e da adolescência, 22
Infartos, 82 - cerebrais, 126 - demência por múltiplos, 82 Infecção(ões), 126 - do sistema nervoso central, 275-286 - - hepatite C crônica, 283 - - HIV, 281 - - meningoencefalites, 275 - - neurocisticercose, 278 - - neurossífilis, 279 - - toxoplasmose, 280 - do trato urinário, 126 - pelo HIV/AIDS, 276 Insanidade maníaco-depressiva, 16 Insight, perda de, 148 Insônia, 138, 166 - e sonolência diurna excessiva, 170 - - e transtornos de ansiedade, 170, 172 - - - generalizada, 171 - - e transtorno de estresse póstraumático, 172 - - e transtornos de pânico, 171 - - e transtornos depressivos, 172 - - - depressão atípica, 173 - - - depressão maior, 172 - - - distimia, 173 - - - transtorno bipolar, fase depressiva, 173 - - e transtorno obsessivocompulsivo, 171 - - manejo da, relacionada a depressão, 174 - primária, 168 - tratamento da, associada aos transtornos de ansiedade, 173 Interleucinas, 337 International League Against Epilepsy (ver. ILAE) Intervenções, exame neuropsicológico para fins de estruturação de, e avaliação da eficácia terapêutica, 39 Inventário, 136 - de depressão, 215
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- - de Beck, 178 - - em transtornos neurológicos para a epilepsia, 215 - neuropsiquiátrico, estrutura básica do, 136 Irritação, 136 Isolamento social, 276
J Jaspers, Karl Theodor, 16, 21 Joelho, artroplastia do, 126
K Kahlbaum, Karl Ludwing, 15 Kleist, Karl, 46 Klüver-Bucy, síndrome de, 149, 276 Kraepelin, Emil,15, 46 Kretschmer, Ernst, 16
L Labilidade emocional, 276 Lentificação psicomotora, agitação ou, 138 Lesão expansiva, 266 - no lobo frontal direito, 259 - nos núcleos da base, 266 Lewy, corpúsculo de, 130 Língua, movimento da, 33 Lipídios, difusão através de, 93 Líquido cefalorraquidiano, estudos no, 67 Lobo(s), 146 - frontal, 270 - - direito, lesão expansiva no, 259 - - e temporal, neuroanatomia funcional dos, 146 - occipital, 267 - parietal, 269 Lobo temporal, 146, 268 - epilepsia do, 221-230 - - aspectos clínicos, 221 - - transtornos psiquiátricos, 222 - - - comprometimento cognitivo, 225 - - - depressão e ansiedade, 223 - - - disfórico interictal, 224 - - - psicose, 223 - - - síndromes comportamentais, 224
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- - tratamento cirúrgico e transtornos psiquiátricos associados, 225 Lobotomia pré-frontal, 8 Logorreia, 148 Luz, resposta pupilar a, 33
M Maconha, dependência de, 159 Macroadenoma hipofisário, 263 Mania, 339 Marcha, 24 - assimétrica, 24 - lentificada, 24 - testes motores estáticos e, 47 Materialismo, 10 Memória, 8, 27 - episódica, 147 - - recente, 128 - semântica, 147 Meningioma da goteira olfatória, 259 Meningite, 126 Meningoencefalites, 275 - bacterianas, 276 - virais, 276 Menninger, Karl, 21 Mente, cérebro e, uma perspectiva histórica, 5-12 Metabolismo, 337 - alterações do, 337 - de fármacos, 95 Método(s) - de ensaios clínicos e psicofármacos, 103 - de neuroimagem funcional (ver. Neuroimagem funcional) Meynert, 15 Migrânea, 231 - crise de, 232 - depressão e suicídio, 232 - fisiopatologia da, 232 - transtorno(s), 234 - - ansiosos, 234 - - bipolar, 234 Mímica facial, 33 Miniexame do estado mental, 26 Miocárdio, revascularização do, 126
Moléculas, movimentação de, por transportadores e absorção, 94 Monitoração laboratorial, 74 Montgomery-Asberg, escala de depressão de, 178 Morte, 138 - cerebral, 81 - neuronal, 337 - pensamento recorrente de, 138 Motricidade ocular, 33 - extrínseca, 33 - intrínseca, 33 Movimento(s), 33 - coreoatetóticos, 47 - da língua, 33 - distúrbios do, relacionados ao sono, 167 - extraoculares, 47 - funções clássicas do cerebelo no controle do, 305 - ocular, 33, 295 Mudanças alimentares, hiperoralidade e, 148 Músculo, 33 - esternoclidomastóideo, 33 - trapézio, 33
N Naltrexona, 161 Narcolepsia, 7, 167 Neisseria meningitidis, 276 Nervenarzt, 17 Nervos cranianos, 33 - exame da função dos, 32 - funções clinicamente relevantes e testes recomendados, 33 Neuroanatomia funcional dos lobos frontal e temporal, 146 Neurociência clínica, 14 Neurocisticercose, 276, 278 Neurogenética clínica e neuropsiquiatria, 105-114 - como elaborar um heredograma, 107 - doenças com heranças especiais, 107
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- - ataxias espinocerebelares autossômicas dominantes, 110 - - de Huntington, 109 - - distrofia miotônica, 110 - - imprinting, 107 - - mitocondriais, 112 - - repetições instáveis, 109 - - X frágil, 111 - tipos de herança, 106 Neuroimagem, 80 - estrutural, 77 - - e funcional nos transtornos de humor, 337 - - principais achados de, em transtornos psiquiátricos, 79 - funcional, 80 - - comparação entre os principais métodos de, 82 - - tomografia, 84 - - - por emissão de fóton único, 81 - - - por emissão de pósitrons, 84 Neurologia, 13 - das psicoses, 323-332 - - fundamentos das estratégias terapêuticas, 329 - - modelos neuroanatômicos dos delírios e alucinações, 326 - - secundárias, 325 - - transtornos psicóticos primários, 323 - desenvolvimento da, 15 - dos sintomas afetivos, 333-344 - - fundamentos das estratégias terapêuticas, 340 - - modelo neuroanatômico integrativo dos transtornos de humor, 339 - - neurobiologia dos transtornos de humor, 335 - - neuroimagem estrutural e funcional nos transtornos de humor, 337 - - sintomas de humor secundários, 334 - - transtornos primários de humor, 333
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Neurônio motor superior, síndrome do, 33 Neuropeptídios, 102 Neuropsicofarmacologia clínica, princípios de, 91104 - farmacocinética, 91 - - absorção, 92 - - - difusão através de lipídios, 93 - - - movimentação de moléculas por transportadores, 94 - - distribuição, 94 - - excreção, 96 - - metabolismo, 95 - farmacodinâmica, 97 - - a natureza molecular da ação dos fármacos, 99 - - teorias sobre os mecanismos gerais de ação dos fármacos, 97 - - - a interação entre o fármaco e seus sítios de ação, 97 - - - efeitos dos fármacos nos receptores, 98 - psicofármacos, 100 - - aspectos gerais da neurotransmissão, 101 - - classificação, 100 - - métodos de ensaios clínicos, 103 - vias de administração mais comuns e algumas vantagens e desvantagens, 92 Neuropsicologia, aplicada à neuropsiquiatria, 37-44 - exame neuropsicológico, 41 - - à pesquisa, 41 - - a questões de diagnóstico, 38 - - a questões forenses, 41 - - para fins de estruturação de intervenções e avaliação da eficácia terapêutica, 39 Neuropsiquiatria, 1-4, 13-20 - história da, 13-20 - - história e histórias, 14 - introdução à, 1-4 Neuropsiquiatria, avaliação da, 21-36
- anamnese, 22 - - elementos da, 23 - exame clínico-neurológico, 30 - - da função dos nervos cranianos, 32 - - da sensibilidade, 34 - - motor, 32 - exame neuropsiquiátrico, 24 - - aparência geral, 24 - - atitude, 25 - - atividade, 25 - - cognição, 26 - - das funções psíquicas, 27 - - - o pensamento e suas alterações, 29 - - - sensopercepção, 28 - - - vivências afetivas, 28 - - nível de consciência, 25 Neuroses, portadores de, 8 Neurossífilis, 70, 276, 279 Neurotransmissão, aspectos gerais da, 101 Neurotransmissores, 337 - e principais doenças neuropsiquiátricas a que estão associados, 102 Nortriptilina, 74 Núcleos da base, 265, 295-302 - coreia de Sydenham, 298 - lesão expansiva nos, 266 - organização e função dos circuitos frontoestriatais, 296
O Obesidade, 25 Olfação, 33 Olhos, movimentos dos, 33, 295 Oseretzki, teste de, 47
P Paciente HM, 9 Palato, avaliação da simetria do, 33 Palidez, 25 Pânico, transtorno de, 173 - insônia e sonolência diurna excessiva e, 171 Paralisia geral progressiva, 15 Parassonias, 167
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Parkinson, doença de, 177-192 - ansiedade, 180 - apatia e fadiga, 188 - comprometimento cognitivo e demência, 188 - depressão, 178 - psicose, 184 - transtorno(s), 182 - - de controle de impulsos e síndrome de desregulação dopaminérgica, 182 - - obsessivo-compulsivo e punding, 181 Parkinsonismo, 50 Passividade, 148 Pensamento(s), 138 - alterações do, 29, 31 - recorrente de morte, 138 Perda(s) - de empatia, 148 - de insight, 148 - de tato social, 148 Perfil lipídico, 72 Persistência motora, teste de, 47 Personalidade, alterações de, esclerose múltipla e, 247 Pesadelo, transtorno de, 168 Peso, 138 Pesquisa, exame neuropsicológico aplicado à, 41 Pineal, tumores da região da, 265 Pinel, Philippe, 14 Placas senis, 71 Pneumonia, 126 Polifarmácia, 126 Polo frontal, 271 Porfiria, 25 Pósitrons, tomografia por emissão de, 84 Prader-Willi, síndrome de, 107 Pressão intracraniana, aumento da, 258 Prova índex-nariz, 34 Pseudoalucinação, 29 Psicofármacos, 100 - aspectos gerais da neurotransmissão, 101 - classificação, 100
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- métodos de ensaios clínicos, 103 Psicose(s), 138, 223, 288 - e doença de Parkinson, 184 - e epilepsia, 215 - neurologia das, 323-332 - - fundamentos das estratégias terapêuticas, 329 - - modelos neuroanatômicos dos delírios e alucinações, 326 - - secundárias, 325 - - transtornos psicóticos primários, 323 Psiquiatra da infância e da adolescência, 22 Psiquiatria, 14 - fenomenológicoantropológica, 17
Q Quadril, artroplastia de, 126 Quadros infecciosos, manifestações neuropsiquiátricas associadas a, 276 Qualidade de vida, 218 Quiasma óptico, compressão do, 263
R Reabilitação cognitiva e comportamental, 115-124 - avaliação da funcionalidade, 116 - diagnóstico para a, 117 - - fatores cognitivos, 118 - - fatores comportamentais, 119 - - fatores contextuais, 120 - - neuropsicológico, 116 - restituição e compensação, 115 Receptores, efeitos dos fármacos nos, 98 Reflexos, 47 Região pré-motora, 271 Reil, Johann Christian, 14 Relações mente-cérebro, 7 Relaxantes musculares, 249 Respiração, distúrbio do sono relacionado à, 168
Resposta pupilar à luz, 33 Ressonância magnética do encéfalo, 259, 263, 266 Retardo mental, 24 Revascularização do miocárdio, 126 Rigidez mental e inflexibilidade, 148 Riso e choro patológicos, 246 Risperidona, 72 Ritmo circadiano do sono, distúrbios do, 166 Rolando, sulco de, 27 Romberg, sinal de, 24, 34, 47 Rubor, 25
S Sedativos, 126 Sela turca, região da, 263 Sensibilidade, 34 - da face, 33 - exame da, 34 Sensopercepção, 28 - alterações da, 29 - avaliação, 28 Sequenciamento motor, testes de, 47 Sexualidade, 148 Sífilis, sorologia para, 72 Sinal(is) - de Babinski, 33, 34 - de Romberg, 34, 47 - neurológicos em transtornos neuropsiquiátricos, 45-58 - - síndrome(s), 50 - - - extrapiramidais, 50 - - - neuroléptica maligna, 52 - - sutis, 45 - - - e esquizofrenia, 46 - - - e transtorno bipolar, 49 - - - presentes em três escalas de avaliação, 47 Sincinesia de cabeça, 47 Síndrome(s), 141 - afetivas pós-acidente vascular encefálico, 288 - alcoólica fetal, 23 - cognitivo-comportamentais associadas a acidente vascular cerebral, 288 - comportamentais, 224
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- - doenças que podem manifestar-se com, 60 - da imunodeficiência adquirida (ver. AIDS) - de abstinência, 70 - de agitação e agressividade, 140 - de alterações do sono, 141 - de Angelman, 107 - de ansiedade, 139 - de apatia, 136 - de Behçet, 60 - de Clérambault, 30 - de Cotard, 30 - de Cushing, 25 - de depressão, 137 - de desregulação dopaminérgica, 182 - - critérios diagnósticos para a, 184 - - transtornos de controle de impulsos e, 182 - de Ekbom, 29 - de Klüver-Bucy, 149, 276 - de Martin-Bell, 111 - de Prader-Willi, 107 - de psicose, 138 - de Sjögren, 60 - de Wernicke-Korsakoff, 60 - do entardecer, 129 - do neurônio motor superior, 33 - doenças cerebelares e, 307 - específicas, exames laboratoriais em, 70 - - delirium, 70 - - demências e comprometimento cognitivo, 70 - - psicótica, 72 - - transtornos, 72 - - - de ansiedade, 73 - - - de humor, 72 - - uso de substâncias, 71 - extrapiramidais, 50 - neuroléptica maligna, 52 - principais, 136 - psicótica, 72 - serotoninérgica, 45 Sintoma(s) - afetivos, neurologia dos, 333344
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- - de humor secundários, 334 - - fundamentos das estratégias terapêuticas, 340 - - modelo neuroanatômico integrativo dos transtornos de humor, 339 - - neurobiologia dos transtornos de humor, 335 - - neuroimagem estrutural e funcional nos transtornos de humor, 337 - - transtornos primários de humor, 333 - obsessivo-compulsivos, estudos de investigação de, e transtorno obsessivocompulsivo em pacientes com distonia primária, 208 Sistema(s) - límbico, 10 - nervoso central, infecções do, 275-286 - - hepatite C crônica, 283 - - HIV, 281 - - meningoencefalites, 275 - - neurocisticercose, 278 - - neurossífilis, 279 - - toxoplasmose, 280 Sjögren, síndrome de, 60 Snellen, tabela de, 33 Sonambulismo, transtorno de, 168 Sono, 249 - alterações do, 141 - - secundárias a alterações da bexiga, 249 - - secundárias a espasmos musculares, 249 - apneia do, 249 Sono, distúrbios do, 165-176 - avaliação do paciente com queixas relacionadas ao, 168 - classificações, 165 - - internacional, 166 - e doença de Parkinson, 186 - emprego de hipnóticos, 174 - insônia e sonolência diurna excessiva, 170 - - e transtornos de ansiedade, 170, 172
- - - generalizada, 171 - - e transtornos de estresse póstraumático, 172 - - e transtornos de pânico, 171 - - e transtornos depressivos, 172 - - - depressão atípica, 173 - - - depressão maior, 172 - - - distimia, 173 - - - transtorno bipolar, fase depressiva, 173 - - e transtorno obsessivocompulsivo, 171 - - manejo da, relacionada a depressão, 174 - tratamento, 173 - - da insônia associada aos transtornos de ansiedade, 173 - - da sonolência diurna excessiva, 175 Sonolência, 174 - diurna excessiva, tratamento da, 175 - excessiva, 167 - insônia e, diurna excessiva, 170 - - e transtornos, 172 - - - de ansiedade, 170, 172 - - - de estresse pós-traumático, 172 - - - de pânico, 171 - - - depressivos, 172 - - - obsessivo-compulsivo, 171 - - manejo da, relacionada a depressão, 174 Sorologia, 72 - para HIV, 70 - para sífilis, 72 Streptococcus pneumoniae, 276 Substância(s), 71 - cerebral, 6 - distúrbio do sono induzido por, 168 - uso de, 71 Suicídio, 248 - depressão e, 232 (ver também. Idéias suicidas) - esclerose múltipla e, 248 - tentativa de, 24
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Sulco(s), 79 - corticais, 79 - de Rolando, 27 - de Sylvius, 27 Sydenham, coreia de, 298 Sylvius, sulco de, 27
T Tabagismo, 25 Tabela de Snellen, 33 Taenia solium, 276 Tálamo, 264, 296 Tato social, perda de, 148 TDAH, 23 Teste(s), 34 - calcanhar-joelho-crista da tíbia, 34 - de coordenação motora, 47 - de nervos cranianos, recomendados, 33 - de persistência motora, 47 - de sequenciamento motor, 47 - de tração, 47 - motores estáticos e marcha, 47 - sensoriais, 47 - tipos de, 27 Tíbia, teste calcanhar-joelhocrista da, 34 Tiques, 24 - transtornos de, 193-204 - - comorbidades dos, e de Tourette, 196 - - crônico e de Tourette, critérios diagnósticos para , 194 - - curso e prognóstico, 199 - - fenomenologia e diagnóstico, 193 - - fisiopatologia dos tiques, 198 - - tratamento, 199 Tireoide, 59 - doença da, 249 - hormônio estimulador da, 59, 70 Tomografia, 81 - de crânio, 259 - por emissão de fóton único, 81 - por emissão de pósitrons, 84
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Tourette, transtornos de tiques e de, 194 - comorbidades dos, 196 - crônico, critérios diagnósticos para os, 194 Toxoplasma gondii, 276 Toxoplasmose, 276, 280 Tração, teste de, 47 Transtorno(s) - bipolar, 339 - - esclerose múltipla e, 246 - - migrânea e, 234 - - sinais neurológicos sutis e, 49 - comportamentais, 247 - da expressão emocional involuntária, 288 - de ansiedade, 73 - - esclerose múltipla e, 247 - - generalizada, 173 - - insônia e sonolência diurna excessiva e, 170, 172 - - migrânea e, 234 - - tratamento da insônia associada a, 173 - de estresse, 79 - - agudo, 174 - - pós-traumático, 79, 174 - - - insônia e sonolência diurna excessiva e, 172 - de humor, 72 - - e epilepsia, 214 - - esclerose múltipla e, 245 - - modelo neuroanatômico integrativo dos, 339 - - neurobiologia dos, 335 - - neuroimagem estrutural e funcional nos, 337 - - primários, 333 - de tiques, 193-204 - - comorbidades dos, e de Tourette, 196 - - crônico e de Tourette, critérios diagnósticos para, 194 - - curso e prognóstico, 199 - - fenomenologia e diagnóstico, 193 - - fisiopatologia dos tiques, 198 - - tratamento, 199
- de Tourette, transtornos de tique e de, 196 - - comorbidades dos, 196 - - crônico, critérios diagnósticos para , 194 - depressivos, insônia e sonolência diurna excessiva e, 172 - - depressão, 172 - - - atípica, 173 - - - maior, 172 - - distimia, 173 - - transtorno bipolar, fase depressiva, 173 - disfórico interictal, 224 - do controle de impulsos e síndrome de desregulação dopaminérgica e doença de Parkinson, 182 - do pânico, 173 - - insônia e sonolência diurna excessiva e, 171 - mental(is), 168 - - perictais, classificação dos, 214 - - distúrbio do sono relacionado a outro, 1 68 - neurológicos, inventário de depressão em, para epilepsia, 215 - obsessivo-compulsivo, 83, 174 - - e punding, e doença de Parkinson, 181 - - estudos de investigação de sintomas obsessivocompulsivos e, em pacientes com distonia primária, 208 - - insônia e sonolência diurna excessiva e, 171 - psicóticos, 323 - - esclerose múltipla e, 247 - - pós-acidente vascular encefálico, 290 - - primários, 323 - psiquiátricos, 311 - - alterações cerebelares e outros, 311 - - cefaleias atribuídas a, 238
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- - e comportamentais, esclerose múltipla e, 247 - - e epilepsia, 214 - - epilepsia do lobo temporal e, 222 - - - comprometimento cognitivo, 225 - - - depressão e ansiedade, 223 - - - disfórico interictal, 224 - - - psicose, 223 - - - síndromes comportamentais, 224 - - na distonia primária, 207 - - principais achados de neuroimagem estrutural em, 79 - sinais neurológicos em, neuropsiquiátricos, 45-58 - - síndrome(s), 50 - - - extrapiramidais, 50 - - - neuroléptica maligna, 52 - - sutis, 45 - - - e esquizofrenia, 46 - - - e transtorno bipolar, 49 - - - presentes em três escalas de avaliação, 47 - classificações, 165 - - internacional, 166 - e doença de Parkinson, 186 - emprego de hipnóticos, 174 - insônia e sonolência diurna excessiva, 170 - - e transtornos de ansiedade, 170, 172 - - - generalizada, 171 - - e transtorno de estresse póstraumático, 172 - - e transtornos de pânico, 171 - - e transtornos depressivos, 172 - - - depressão atípica, 173 - - - depressão maior, 172
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- - - distimia, 173 - - - distúrbios bipolar, fase depressiva, 173 - - e transtorno obsessivocompulsivo, 171 - - manejo da, relacionada a depressão, 174 - tratamento, 173 - - da insônia associada aos transtornos de ansiedade, 173 - - da sonolência diurna excessiva, 175 Trato urinário, infecção do, 126 Traumatismos e fraturas, 126 Traumatismos cranioencefálicos, história de, 23 Tremor, 47 Treponema pallidum, 276 Triagem, exames laboratoriais de, na prática clínica, 59 Tronco encefálico, 260 Tumores intracranianos, 255274 - classificação de acordo com a localização, 256 - subtipos histológicos dos, 256 - visão geral da neuropsiquiatria dos, 257 Tumores intracranianos, sintomas e sinais neuropsiquiátricos, 259 - relacionados a aumento da pressão intracraniana, 258 - relacionados a localização do tumor, 259 - - compartimento infratentorial, 260 - - - cerebelo, 261 - - - tronco encefálico, 260
- - compartimento supratentorial, 261 - - - corpo caloso, 266 - - - diencéfalo, 261 - - - glândula hipófise e região da sela turca, 263 - - - hemisférios cerebrais, 265 - - - hipotálamo, 262 - - - lobo frontal, 270 - - - lobo occipital, 267 - - - lobo parietal, 269 - - - lobo temporal, 268 - - - núcleos da base, 265 - - - pineal, 265 - - - tálamo, 264
U Unidades Hounsfield, 78 Ureia, 59 Urina, exame de, 59, 68
V Vérmis, 310 Vírus da imunodeficiência humana (ver. HIV) Visão, 33 Vivências afetivas, 28 W Wernicke, 15 - área de, 16 Wernicke-Korsakoff, síndrome de, 60 Willis, Thomas, 14 Winnicott, Donald, 21
X X frágil, doença ligada ao, 111
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Outros títulos de interesse
Sobre os organizadores Antonio Lucio Teixeira ■ Médico Neurologista e Psiquiatra. ■ Doutor em Biologia Celular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). ■ Mestre em Biologia Celular pela UFMG. ■ Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. ■ Coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da UFMG.
Arthur Kummer ■ Médico Psiquiatra. ■ Doutor em Neurociências pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). ■ Mestre em Clínica Médica pela UFMG.
da UFMG.
■ Dependência, Compulsão e Impulsividade Analice Gigliotti Angela Guimarães ■ Diagnóstico de Neuroinfecção – com Abordagem dos Exames do Líquido Cefalorraquidiano e Neuroimagem Marzia Puccioni-Sohler ■ Diretrizes Gerais para o Tratamento da Dependência Química (ABEAD) Analice Gigliotti Angela Guimarães
O livro Neuropsiquiatria Clínica inicia-se com uma consideração histórica sobre o cérebro, compreendido como substrato para a cognição e o comportamento. Em seguida, detalha a avaliação neuropsiquiátrica e aspectos importantes da avaliação neuropsicológica, neurológica, radiológica e laboratorial. Discute, além disso, abordagens neurofarmacológicas, genéticas e de reabilitação no manejo de pacientes neuropsiquiátricos. Capítulos sobre delirium, sobre as mais importantes doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, sobre distúrbios de movimento, epilepsias, outras importantes condições neurológicas, núcleos da base, cerebelo e sobre os principais transtornos psiquiátricos facilitam a avaliação clínica e o tratamento. Tal conteúdo faz deste livro um valioso recurso que será referência no ambiente de trabalho tanto de clínicos quanto de pesquisadores.
■ Neurociências – Diálogos e Interseções Vanderson Esperidião Antonio Rodrigo Siqueira-Batista
A RTHUR K UMME R
A N T O N IO LU CIO TEI XE IR A
■ Professor Adjunto do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina
U
m neurologista atende um paciente que tem epilepsia e um transtorno psiquiátrico associado cuja gravidade suplanta, “sem dúvidas” para o neurologista, a gravidade do quadro epiléptico. Um psiquiatra atende um paciente com crises dissociativas “estranhas” que, segundo ele, só poderiam ser explicadas pela existência concomitante de epilepsia. Situações como essas são bastante comuns na prática clínica. Em busca de respostas para tais questões, há cerca de cinco anos os organizadores desta obra estabeleceram, na Universidade Federal de Minas Gerais, uma linha de pesquisa em Neuropsiquiatria Clínica cujo objetivo principal seria investigar transtornos psiquiátricos em doenças neurológicas.
■ O Exame Psiquiátrico Marcelo Caixeta Leonardo Caixeta Ciro Vargas Victor Melo Cedric Melo
ANTO NI O LUCIO TEIX EIRA • A RTH UR KUMMER
■ Psiquiatria em Ginecologia e Obstetrícia José Ramón R. A. Lopez Mário Gáspare Giordano
Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br
Áreas de interesse Neurologia Psiquiatria Neurociências
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