Organizadoras
Thaís de Rezende Bessa Guerra
Maria Paula Junqueira Gonçalves
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional
Copyright © 2024 Editora Rubio Ltda.
ISBN 978-65-88340-66-0
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora.
Produção
Equipe Rubio
Capa
Bruno Sales
Imagem de capa ©iStock.com/Pepe Gallardodeud
Diagramação
Paulo Teixeira
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
N97
Nutrição, microbiota e saúde mental : evidências baseadas na psiquiatria nutricional / organização Thaís de Rezende Bessa Guerra, Maria Paula Junqueira Gonçalves. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Rubio, 2024.
296 p. : il. ; 24 cm.
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-65-88340-66-0
1. Nutrição. 2. Saúde mental. 3. Dietoterapia. 4. Psiquiatria - Pesquisa - Metodologia. I. Guerra, Thaís de Rezende Bessa. II. Gonçalves, Maria Paula Junqueira. 24-90282
CDD: 616.89
CDU: 616.89:613.2
Gabriela Faray Ferreira Lopes - Bibliotecária - CRB-7/6643
Editora Rubio Ltda.
Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l. 204 – Centro 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: +55(21) 2262-3779
E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Organizadoras
Thaís de Rezende Bessa Guerra
Graduada em Nutrição pela Universidade Salgado de Oliveira (Universo), RJ.
Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), Niterói – RJ.
Graduanda em Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio), Rio de Janeiro – RJ.
Mestre em Ciências Médicas e Doutora em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Licenciada em Ciências Biológicas pela Universo, Niterói – RJ.
Fundadora do Instituto de Nutrição do Cérebro & Coração (InCCOR), Niterói – RJ.
Diretora Científica do Hospital Municipal Souza Aguiar (SMS), RJ.
Membro da International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK).
Maria Paula Junqueira Gonçalves
Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.
Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.
Mestre em Nutrição Humana pela St. Mary’s University, Inglaterra.
Doutora em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Ex-bolsista no Programa de Pós-doutorado (Prodoc)/Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFV.
Colaboradores
Alessandro Silveira
Graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Graduado em Análises Clínicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Especialização em Microbiologia pela PUC-PR e Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB).
Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC.
Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Pós-doutorado em Análises Clínicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Pós-doutorando em Microbiologia pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).
Professor Titular de Microbiologia Clínica da FURB.
Chief Executive Officer (CEO) da Bioneer Therapeutics.
Membro da Câmara Técnica de Resistência Microbiana (Catrem), do Ministério da Saúde.
Coordenador de Microbiologia Clínica da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM).
Consultor de Microbiologia Clínica e Molecular da Diagnósticos da América (Dasa).
Ana Amélia Machado Duarte
Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), RS.
Especialização em Nutrição e Dietética –Concentração em Alimentos com Ênfase em Nutrição Clínica do Centro Universitário
Metodista – Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista (IPA).
Mestre e Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Nutricionista do Ambulatório de Terapias Naturais e Complementares do Hospital Divina Providência, RS e da Clínica Multidisciplinar da Medicina da Dor e Especialidades (Poamed), RS.
Revisora Técnica de Conteúdos sobre Nutrição Produzidos pela Avaliação e Semiologia Nutricional Materno-Infantil (Sagah)/Grupo A. Docente do curso de Nutrição das Faculdades Integradas de Foz do Iguaçu (Sogipa/Famerco).
Ana Maria Pandolfo Feoli
Graduada em Nutrição pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (Imec)/Centro Universitário Metodista – Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista (IPA).
Mestre em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Doutora em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela UFRGS.
Professora Titular da Escola de Ciências da Saúde, nos cursos de Graduação em Nutrição e Pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Editora Associada da Revista Ciência & Saúde e Membro da Comissão Científica da Escola de Ciências da Saúde da PUC-RS.
Coordena os Grupos de Pesquisa: Modificação do Estilo de Vida e Risco Cardiovascular (MERC) e o Grupo de Pesquisa em Comportamento Alimentar (GPCA).
Ana Valéria Ramirez
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Catanduva (Fameca), SP.
Especialista em Nutrologia pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Medicina (CRM).
Especialista em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Especialista em Nutrologia Funcional pela Faculdade Campos Elíseos (FCE), SP.
Pós-graduada em Endocrinologia pelo Instituto de Ensino Superior do Centro Universitário Redentor (UniRedentor).
Especialização em Cardiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto, SP.
Andreia de Carvalho Lima Soares
Graduanda de Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Bianka Maria Salviano
Graduanda de Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Bruna Scofano
Graduanda de Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Bruno Amaral Franco
Graduado em Medicina pela Universidade Nove de Julho (Uninove), SP.
Residência Médica em Psiquiatria no Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Hupe/Uerj).
Professor de Psiquiatria da Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Bruno Eduardo Morais Nunes
Graduado em Medicina pela Faculdade Souza Marques, RJ.
Coordenador e Professor da Graduação de Medicina da Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Especialista em Clínica Médica pela Universiade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Especialista em Dermatologia pela Univerisidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Carolina Stoffel
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Mestranda no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ipub/UFRJ).
Membro Fundadora da Liga Acadêmica de Ciências Psiquiátricas (Lacipsi) da Escola de Medicina e Cirurgia (EMC) – Unirio.
Vice-presidente da Liga na Gestão de 2013.
Membro Associado da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Especialista em Psiquiatria pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Título de Especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Especialista em Dependência Química pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Professora Convidada do Módulo de Dependência Química da Especialização e Residência de Psiquiatria da UFF.
Professora Auxiliar da Disciplina de Saúde Mental/Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá (Unesa), RJ.
Membro do Grupo de Pesquisa do Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Projad/Ipub) e do Grupo de Estudos Interdisciplinar sobre Pesquisas em Saúde Mental (GEIPSM/Unirio).
Cesar Moraes
Graduado em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
Mestre em Nutrição Humana Aplicada (Interunidades Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Atuária [FEA]/FSP/Faculdade de Ciências Farmacêuticas [FCF] – USP).
Doutor em Nutrição em Saúde Pública pela FSP-USP na Temática Comportamento Alimentar.
Especialização em Nutrição Aplicada ao Exercício pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP.
Nutricionista Certificado pelo Instituto Nutrição Comportamental.
Daniel Carvalho Virgínio
Graduado em Medicina pela Universidade Iguaçu (Unig), RJ.
Graduado em Enfermagem pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.
Especialização em Docência Superior pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio) e em Saúde da Família pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Diretor Técnico de Unidades de Estratégia de Saúde da Família no Município de Queimados, RJ.
Médico, Clínico Geral, na Prefeitura de Duque de Caxias, RJ.
Professor no curso de Graduação em Medicina da Unigranrio na Área de Clínica Médica.
Denise Dillemburg Osório
Graduada em Nutrição pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (Imec).
Mestre e Doutora em Ciências da Saúde: Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia –Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), RS.
Docente da Universidade Feevale, RS.
Supervisora de Estágios na Área de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) e Hospitalar da Universidade Feevale, RS.
Tutora do Programa Multidisciplinar de Residência Integrada da Universidade Feevale, RS.
Líder do Projeto de Extensão Envelhecimento
Saudável e Redes de Suporte Social da Universidade Feevale, RS.
Vice-presidente do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Feevale, RS.
Membro ad-hoc do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Feevale, RS.
Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres
Graduada em Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Mestre, Doutora e Pós-doutora na Área de Ciência de Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP).
Livre-docente de Ciências Agrárias, Nutrição e Alimentação pela USP.
Professora Associada do Departamento de Nutrição: Composição de Alimentos na Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP).
Coordenadora da Força-tarefa Alimentação Saudável do (C3) ILSI Brasil.
Emiliana Barbosa Marques
Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), Niterói – RJ.
Mestre e Doutora na Área de Ciências Biomédicas pela Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Pós-doutorado: Pesquisa e Livre-docência em Ciências Cardiovasculares pela UFF.
Especializações em Fitoterapia Aplicada à Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Nutrigenética e Nutrigenômica pela Unipaulista, em Nutrição Clínica pela Sociedade Universitária Redentor (UniRedentor/Afya) e em Fisiologia do Exercício pelo Centro Universitário
Plínio Leite (Unipli), Niterói – RJ.
Enir Franke
Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), RS.
Especializada em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Especializada em Nutrigenética e Nutrigenômica na Prática Clínica pela Faculdade Unyleya.
Curso de Capacitação em Nutrigenômica pelo Nutrigenômica Descomplicada – Mentora Cecília Rios.
Curso de Formação em Modulação Intestinal pelo Instituto Murilo Pereira.
Curso Pipeline em Nutrição de Precisão pela Cromatina Nutri Cursos – Mentora Tatiane Fujii.
Membro do Clube Cromatina.
Membro do Grupo de Estudos em Nutrição de Precisão (GENP).
Evandro Tinoco Mesquita
Graduado em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Mestre em Ciências Cardiovasculares, Especialista em Cardiologia pela UFF.
Doutor em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Professor Titular e Coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Cardiovasculares da UFF.
Membro do Quadro de Docentes Permanentes do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu.
Mestrado Profissional em Administração, na linha de Gestão em Saúde com Foco em Liderança, do Centro Universitário Alves Faria (Unialfa), GO.
Diretor Científico de Miocardiopatias da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Fellow do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CEBEX), sendo Presidente do cap. Rio de Janeiro.
Fellow da Sociedade Europeia de Cardiologia. Felow da Sociedad Interamericana de Cardiologia.
Membro dos Grupos de Pesquisa Vinculados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de Imagem Cardiovascular e do Observatório do Tempo Presente, Linha da Molécula à População.
Fabrício Assini
Graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Mestre e Doutor em Psicofarmacologia pela UFSC.
Diretor Científico da Escola de Neuro Suplementação.
Gabrielle de Souza Rocha
Graduada em Nutrição pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Mestre em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Uerj.
Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Especialista em Gestão de Programas de Residência em Saúde do Sistema Único e Saúde (SUS) – Gestão de Programas de Residência em Saúde do SUS (GPRS).
Professora Associada II da Faculdade de Nutrição –Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ e em Exercício Provisório na Universidade Federal de Roraima (UFRR) – curso de Graduação em Enfermagem.
Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares na UFF.
Professora da Residência Multiprofissional (REMU, Eixo Específico, Nutrição) da UFF.
Professora do Programa de Pós-graduação em Saúde e Biodiversidade (PPGSBio) da UFRR.
Helena Beatriz Rower
Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), RS.
Mestre em Saúde Coletiva pela Unisinos.
Doutoranda em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.
Especialização em Tecnologia de Alimentos, Gestão de Alimentos, Gestão Pública e Neuropsicologia pela Universidade Feevale, RS.
Especialização em Neuropsicologia: da Avaliação a Reabilitação pela Universidade Feevale, RS.
Especialização em Gestão Participativa e Políticas Públicas em Saúde pela Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Especialização em Gestão de Negócios e Qualidade de Alimentos pela Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde de União da Vitória (Uniguaçu).
Especialização em Alimentos e Tecnologia pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (Imec).
Isabel Regazzi
Graduada em Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)/Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (Labimh).
Professora Associada Aposentada da Universidade Federal Fluminense (UFF) – campus Rio das Ostras, RJ.
Título de Especialista em Medicina do Tráfego pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Título de Especialista em Acupuntura pela AMB. Especialização em Homeopatia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Especialização em Psiquiatria pela Universidade Candido Mendes (Ucam).
Especialização em Dor e Cuidados Paliativos pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF-UFRJ).
Jorge Luís Pereira Cavalcante
Bacharel em Nutrição pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).
Especialista em Dietoterapia pela Universidade de Fortaleza (Unifor).
Especialista em Docência no Ensino Superior pela Unice, Fortaleza.
Especialista em Gerontologia pela Universidade de Araraquara (Uniara), SP.
Especialização em andamento em Antropologia pela Unyleya, RJ
Especialização em andamento em Ciência da Religião pela Faculdade Única, RJ.
Mestre em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Doutorando em Nutrição pela Fundação Universitária Iberoamericana (Funiber)/ Universidade Internacional Iberoamericana (Unini).
Formação em Terapia do Luto (RNT).
Nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, CE.
Docente do curso de Bacharelado em Nutrição do Uninta , Sobral, Ceará, nas disciplinas Docente Titular das disciplinas de Nutrição Humana I, Pesquisa em Nutrição I (TCC I), de Pesquisa em Nutrição II (TCC II), Nutrição Gerontológica; e Tanatologia e Espiritualidade.
Fundador e líder do Grupo de Estudo e Pesquisa Saúde, Qualidade de Vida e Envelhecimento Humano (Geronte).
José Fernandes Villas
Graduado em Medicina pela Universidade Iguaçu (Unig).
Pós-graduado em Psiquiatria.
Pós-graduação em Neurologia Clínica –Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Medicina Integrativa Avançada pelo Ensino Hospital Albert Einstein.
Consultor Oficial na Área de Medicina para a Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ).
Julia Gugliotta
Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário Celso Lisboa, RJ.
Mestre em Psicologia Clínica e Mediação Familiar e Comunitária pela Universidade Católica de Milão, Itália.
Especializada em Psicoterapia Sistêmica, no Tratamento de Dependências, em Terapia de Casal e Família pela Universidade Católica de Milão, Itália.
Terapeuta de Dessensibilização e Reprocessamento por meio do Movimento dos Olhos (EMDR; do inglês, eye movement dessensitization and reprocessing) – Trauma.
Inscrita no Conselho de Psicologia do Brasil e da Itália.
Juliana Arruda de Souza Monnerat
Nutricionista pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Centro de Nutrição Funcional (VP)/Universidade Cruzeiro do Sul, SP.
Mestre em Ciências Cardiovasculares pela UFF.
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares da UFF.
Professora do Magistério Superior/Substituta na Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro/ Departamento de Nutrição e Dietética da UFF.
Juliana Gonçalves
Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário
Metodista – Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista (IPA), RS.
Mestre e Doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), RS.
Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran).
Especialista em Nutrição Clínica, Fitoterapia Clínica e Nutrição Aplicada à Estética pela Universidade Candido Mendes (Ucam), RJ.
Juliana Gouvea Schaefer
Graduada em Nutrição pela Centro Universitário
Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (Unifase/FMP), RJ.
Mestre em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP), RJ.
Especialista em Nutrição Humana (Nutrição Clínica e Gestão de Alimentação Coletiva) pelo Unifase, Petrópolis – RJ.
Nutricionista e Coordenadora do Setor de Nutrição do Grupo Amigos do Autista de Petrópolis (GAAPE).
Pesquisadora, Membro do Grupo de Pesquisa Infância, Docências e Alteridade (IDA) da UCP.
Membro Científico do Instituto de Nutrição do Cérebro & Coração (InCCOR) – Grupo de Pesquisa em Psiquiatria Nutricional, RJ.
Associada da Sociedade Brasileira de Transtornos Alimentares (SoBraTa), RJ.
Júlio César Fraulob Aquino
Graduado em Nutrição pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran).
Mestre em Biologia Humana e Experimental pela Uerj.
Doutor em Ciências da Saúde pela Uerj. Professor Adjunto da Área de Nutrição da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
Pós-doutorado em Ciências da Saúde no Lady Davis Institute for Medical Research (LDI) no Jewish General Hospital (JGH), McGill University (Montreal, CA), 2013-2017.
Julio Luchman
Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Graduando em Nutrição pelo Centro Universitário Internacional (Uninter), PR.
Mestre em Educação pela PUC-PR. Doutorando em Naturopatia com Ênfase em Fitoterapia pela St. Thomas University, EUA.
Especialização em Nutrição Clínica e em Fitoterapia e Prescrição de Fitoterápicos pela Faculdade Metropolitana de Campinas (Metrocamp), SP.
Especialização em Psicopedagogia e Habilidades Gerenciais: Desenvolvimento das Competências pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Especialização em Neuroeducação: Neurociência e Educação pela Faculdade Metropolitana, SP. Professor de Neurociência da PUC-PR.
Professor de Neurociência do Instituto Gestalt de São Paulo.
Professor de Neurociência do Uninter.
Lara Cristiane Natacci
Graduada em Nutrição no Centro Universitário São Camilo, SP.
Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Doutora em Ciências pela FMUSP.
Pós-doutorado em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
Especializada em Nutrição Clínica Funcional na Universidade Ibirapuera, Distúrbios do Comportamento Alimentar pela Université Paris Cité, Paris e Bases Fisiológicas da Nutrição no Esporte na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Membro do Comitê Consultivo da Entre Solos – Iniciativa do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2022.
Fundadora e Diretora Clínica da Dietnet Nutrição, Saúde e Bem-Estar.
Larissa Kozow
Graduada em Medicina pela Universidade de Cuiabá (Unic).
Pós-graduada e Mestre em Neurologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Aperfeiçoamento no Tratamento da Dor Crônica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj).
Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
Leonardo Dias Negrão
Graduado em Nutrição pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Doutor em Direto no Programa de Nutrição em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) no Grupo do Laboratório de Componentes Alimentares e Saúde (LABCAS), com Foco no Efeito o Uso do Guaraná em Pó sobre Marcadores Neurotróficos e Sintomas Depressivos em Andamento.
Ligiane Loureiro
Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
Pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional/VP – Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul).
Pós-graduada em Bases Nutricionais da Atividade Física pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.
Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos pela UFPA.
Doutora em Ciências Nutricionais pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição (PPGN) do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Professora Efetiva, Adjunta II da Faculdade de Nutrição na UFPA.
Pesquisadora no Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes (NPQM)/UFRJ.
Sócia-proprietária do Instituto de Nutrição Integrativa.
Idealizadora da Metodologia Descomplicando o Intestino e do Programa Avançado em Modulação Intestinal.
Professora Convidada do curso de Doutorado em Ciências Nutricionais do PPGN/INJC/UFRJ.
Professora Convidada do curso de Mestrado em Nutrição do PPGN/UFF.
Professora das Pós-graduações em Fitoterapia
Aplicada à Nutrição Clínica do INJC/UFRJ e Manejo Nutricional na Obesidade e Cirurgia Bariátrica no Instituto D’OR, RJ.
Membro do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos (CEP), do Instituto de Ciências da Saúde da UFPA.
Lucas Albernaz
Graduando em Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Luciana Chaves
Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário Celso Lisboa, RJ.
Especialista em Transtornos Alimentares pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Membro Científico do Instituto de Nutrição do Cérebro & do Coração (InCCOR) – Psiquiatria Nutricional e Terapeuta de Brainspotting.
Conselheira em Dependência Química, Terapeuta de Casal e Família.
Márcia Cilene Alves Barcelos Alves
Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
Pós-graduação em Nutrição Clínica pela Ufop.
Integrante do Grupo de Estudos em Nutrição de Precisão (GENP) pela Cromatina Nutrição de Precisão, SP.
Marle Alvarenga
Graduada em Nutrição pela Universidade de São Paulo (USP).
Mestre em Nutrição Humana Aplicada pela USP. Doutora em Nutrição Humana Aplicada pela USP.
Pós-doutorado no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, com Bolsa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Short Term Scholar na Pennsylvania University, EUA.
Formação em Intuitive Eating pelo Intuitive Eating Pro Skills Training Teleseminar e Mindfulness Based Eating Training (MBEAT).
Orientadora Externa do Programa de Pós-graduação em Nutrição em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
Professora do Mestrado Profissional do Centro Universitário São Camilo, SP.
Idealizadora do Instituto Nutrição Comportamental.
Nara Resende
Nutricionista Especializada em Saúde Mental e Comportamental pela Faculdade Plenitude Educacional, SP.
Pós-graduada em Nutrição com Foco em Autismo, Transtorno do Déficit de Atenção com hiperatividade (TDAH) e Síndrome de Down –Centro de Estudos Avaliação e Pesquisa de Goiás (Ceapg), Pós-graduação da Faculdade Delta, Goiânia.
Pós-graduada em Nutrição Clínica e em Nutrição Esportiva pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás).
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional –Valéria Paschoal (VP).
Pós-graduada em Biofísica Quântica – Nova Ciência.
Pós-graduada em Fitoterapia Funcional e Aromaterapia Clínica pelo Ceapg.
Formações em Modulação Intestinal, Seletividade Alimentar, Autismo, TDAH, Depressão e Doenças Autoimunes.
Coordenadora do curso de Pós-graduação na Área de Nutrição em Autismo, Síndrome de Down e TDAH da Faculdade Plenitude Educacional, SP.
Noelle Renata Antunes de Mesquita
Graduanda em Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Pedro Ribeiro de Souza
Graduado em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Especialista em Nutrição Clínica com Ênfase em Cardiologia (no Formato de Residência) pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Hupe/Uerj).
Pós-graduado em Terapia Intensiva pela UFF –Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap).
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares, Desenvolvendo seu Projeto no Laboratório de Ciências do Exercício sob a Orientação da Professora Renata Frauches.
Nutricionista Lotado na Unidade de Hotelaria Hospitalar, do Hospital Universitário Getúlio Vargas/Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Renata Frauches Medeiros
Graduada em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Doutora em Ciências Cardiovasculares pela UFF.
Pós-doutorado em Ciências Cardiovasculares com Ênfase em Fisiologia do Exercício, no Laboratório de Ciências do Exercício (Lace) sob Coordenação do Professor Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega.
Professora Adjunta no Departamento de Nutrição e Dietética (MND) da Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro, da UFF.
Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição e Ciências Cardiovasculares da UFF.
Professora Convidada da Residência Multiprofissional do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap).
Coordenadora da Equipe de Nutrição do Centro de Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores (CASIC) da UFF.
Coordenadora do Laboratório de Nutrição e Metabolismo (LaNuM) e Membro do Grupo de Pesquisa do Laboratório de Ciências do Exercício (Lace).
Rodrigo Bernini
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Barbacena (Funjob).
Mestre em Genética pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
Mestre em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Uerj.
Doutor em Ciências Biológicas, com Ênfase em Farmacologia na Universidade Federal de Goiás (UFG).
Doutor em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Uerj.
Pós-doutorado em Farmacologia pela UFG.
Especialista em Psiquiatria com Residência Médica no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (CHPB/FHEMIG).
Especialista em Farmacologia Clínica pela UFG.
Especialista em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Pesquisador Associado do Programa de Pósgraduação em Ciências Biológicas (PPGCB) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFG.
Sávio Luís Oliveira da Silva
Graduado em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.
Mestre em Sistemas de Gestão pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Doutor em Sistemas de Gestão Sustentáveis na UFF. Master of Business Administration (MBA) em Gestão de Negócios em Fitness e Wellness pelo Cento Universitário de Volta Redonda (UniFoa).
MBA em Organizações e Estratégia pela UFF, Niterói – RJ.
Coordenador e Docente Adjunto I do curso de Bacharelado em Educação Física da Universidade de Vassouras, Responsável pelas Disciplinas de Administração e Marketing Aplicados à Educação Física e Metodologia da Musculação.
Sérgio Girão Barroso
Graduado em Nutrição pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Mestre em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Uerj.
Doutor em Fisiopatologia Clínica Experimental pela Uerj.
Professor Associado da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Tatiane Mieko de Meneses Fujii
Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo, SP.
Mestre e Doutora em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
Master of Business Administration (MBA) em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Docente de Pós-graduação em Nutrigenética no Brasil e no Peru.
Consultora Científica de Laboratórios de Genética e de Metabolômica.
CEO da Cromatina Nutrição de Precisão.
Telma Antunes Dantas Ferreira
Licenciatura Plena em Educação Física pela Faculdades Integradas Maria Thereza (Famath), Niterói – RJ.
Pós-graduada em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho (UGF).
Mestre em Ensino da Educação Básica pelo Programa de Pós-graduação de Ensino em Educação Básica – curso de Mestrado Profissional (PPGEB) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Doutoranda em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Professora de Educação Física do Colégio Estadual Elisiário Matta, Maricá – RJ.
Professora da Graduação em Educação Física da Universidade de Vassouras, RJ.
Vaisnava Cavalcante
Graduada em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Residência em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC).
Mestrado com Ênfase em Cardiologia
Comportamental pela UFF.
Médica Consultora do Departamento de Transplante e Insuficiência Cardíaca no INC.
Cofundadora da Empresa Vivarta Serviços
Médicos, Treinamento e Consultoria.
Vanessa Adegas Roese
Graduada em Medicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense.
Pós-graduada em Psicoterapia de Orientação
Analítica pelo Centro de Estudos Luís Guedes (Celg), RS.
Especialista em Psiquiatra pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) por três anos em Período Integral.
Título de Psiquiatra pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Sócia-proprietária da Clínica de Saúde Mental (Clinsam), PR.
Proprietária da Marca Desvendando a Psiquiatria.
Vírginia Maria de Azevedo
Oliveira Knupp
Graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
Graduanda em Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio).
Mestre em Enfermagem pela Unirio.
Doutora em Ciências pela Unirio.
Especialista em Avaliação em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Docente do Quadro Permanente do Magistério Superior da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ.
Dedicatória
A nossas famílias, mestres e colegas de profissão que acreditam que a Nutrição pode ser praticada de forma diferente, que buscam o aprimoramento de seus conhecimentos na área da Saúde Mental, bem como um diferencial em suas práticas clínicas.
Para nossos clientes e pacientes, que são nossa inspiração para aprender e fazer melhor e diferente.
As Organizadoras
Agradecimentos
Há uma frase de Pablo Neruda que reflete um pouco o nascimento desta obra que diz: “Asi cada mañana de mi vida traigo del sueño.” Ser convidada para apresentar este livro me honra de forma especial.
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional é o resultado de um trabalho que nasceu na Universidade Federal Fluminense (UFF), inicialmente no Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares, me inspirando a transcender os muros da Universidade e, assim, fundando o Instituto de Nutrição do Cérebro & Coração (InCCOR): uma clínica-escola de saúde com a missão de apresentar essa nova área de ensino, pesquisa e aplicabilidade clínica da Psiquiatria Nutricional.
Agradeço ao meu grande filho Guilherme pela compreensão nos momentos de ausência, meu parceiro em cada palavra; ao marido Marcos pelo apoio inesgotável. Vocês são indescritíveis na minha vida!
A meus pais Luzimar e Abelardo e ao meu irmão Pablo, imensa gratidão pelo apoio nesta caminhada.
Aos meus mestres, pacientes e alunos, minha gratidão pela confiança, grandes incentivadores de minha busca ao conhecimento.
A Maria Paula Junqueira Gonçalves, por sua parceria, dando contínuo apoio com seus valiosos conhecimentos nesta obra.
Aos colaboradores, que cederam, em palavras, o conhecimento adquirido e a vivência da ciência do cuidado.
À equipe da Editora Rubio, pela confiança e por tornar mais um sonho realidade.
A Deus, por sua infinita misericórdia, por me sustentar e manter firme no propósito de vida.
Thaís de Rezende Bessa Guerra
A gratidão é a memória do coração
Antístenes
À parceira na edição deste projeto, Dra. Thaís de Rezende Bessa Guerra, pelo convite, pela confiança em meu trabalho e pela amizade, que a tecnologia facilitou, mas a afinidade despertou e perpetuou.
A todos os autores, por acreditarem, colaborarem e enriquecerem a obra com seus valiosos conhecimentos.
A todos que me ensinaram e inspiraram, e que, de alguma forma, contribuíram para meu conhecimento e minha evolução.
Aos meus pais, Marçal (in memoriam, quantas saudades!) e Sandra, pela benção da vida física, e pelos exemplos de integridade, amor e dedicação. E aos irmãos, Guilherme e Fernanda, pelo apoio e companheirismo nas lições que vivenciamos juntos.
Ao meu marido, amor e companheiro de jornadas, Christiano, por segurar sempre a minha mão olhando na mesma direção. E aos nossos filhos, Gabriela e Daniel, frutos doces, que nos alimentam a alma, nos movem e nos fazem dar o melhor de nós.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para o êxito deste trabalho.
E, por fim, a Deus, pela vida, pelo amor, pelo sustento na caminhada e pelas oportunidades diárias de aprender e expandir a consciência rumo à luz.
Maria Paula Junqueira Gonçalves
Apresentação
A Organização Mundial da Saúde (OMS), recentemente publicou sua maior revisão mundial sobre saúde mental desde a virada do século, com a ambição de apoiar o mundo na transformação da saúde mental.
Todos conhecemos alguém afetado por transtornos mentais. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente em decorrência das doenças físicas evitáveis. A boa saúde mental se traduz em boa saúde física, um argumento convincente para apoiar a mudança. Sabemos também que uma alimentação qualitativa e quantitativa adequada contribui para prevenção dos transtornos mentais. Apoiar a ideia que a Psiquiatria Nutricional é um novo campo focado no desenvolvimento abrangente de evidências coesas e cientificamente rigorosas, visando à mudança no pensamento em torno do papel da alimentação, nutrição e saúde mental. O investimento em nutrição e saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhores para todos.
Este livro Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional é um trabalho fundamentado em evidências científicas e associado às experiências práticas. A preocupação foi disponibilizar, de forma criteriosa e organizada, resultados de pesquisas, avanços que vêm ocorrendo na área da Nutrição, Microbiota em Saúde Mental. Esta obra é resultado da dedicação de 48 colaboradores com expertise nas
respectivas áreas, que atuam em prática clínica, ensino e pesquisa. Tivemos a preocupação em convidar profissionais com diferentes formações, como Nutricionistas, Médicos, Educadores Físicos, Psicólogos, Farmacêuticos. Esse caráter multidisciplinar coaduna com conceito moderno e com as estratégias de atenção integral, com olhar humanizado para atender as necessidades singulares de cada indivíduo.
Esta obra dispõe de 28 capítulos organizados de modo a oferecer ao acadêmico e ao profissional de saúde conceitos sobre os transtornos psiquiátricos e as evidências relacionadas à Psiquiatria Nutricional, com abordagem sobre aspectos bioquímicos, epidemiológicos, fisiopatológicos, métodos de avaliação do estado nutricional, ciências ômicas, nutrição de precisão 4P, modulação nutricional no eixo intestino-cérebro, terapêutica nutricional, fitoterápica e medicamentosa. Além disso, fundamentos da nutrição comportamental e a abordagem holística biopsicossocial-espiritual e das terapias alternativas como discussão à terapêutica na saúde mental.
Acreditamos que este livro possa ser uma referência segura para acadêmicos e profissionais da área da saúde, oportunizando o aprimoramento e o aprofundamento em suas práticas clínicas, bem como um diferencial preenchendo a lacuna existente sobre esse assunto no Brasil.
As Organizadoras
Prefácio
Este livro é um importante produto de um egresso do Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares da Universidade Federal Fluminense (PPGCCV-UFF), que tem como objetivo formar e apoiar o crescimento de novas lideranças na saúde cardiovascular em nosso país. A trajetória da nossa doutora em Ciências Cardiovasculares pelo PPGCCV-UFF foi modificada a partir dos aprendizados e que vêm sendo transformados em desafios assumidos pela brilhante nutricionista, hoje doutora em Medicina, Thaís de Rezende Bessa Guerra. Ao estudar a complexa relação Mente-Microbiota-Nutrientes e o sistema cardiovascular na insuficiência cardíaca, ela identificou o nascimento de uma área emergente de Medicina Translacional – a Psiquiatria Nutricional. Uma mente cientificamente preparada não rejeita as mudanças e nem deixa escapar oportunidades de aprender e evoluir continuamente. Após estudarmos e pesquisarmos sobre esse tema há mais de uma década no nosso PPGCCV-UFF, aprendendo com nossos docentes, discentes e ex-alunos, posso afirmar que teremos, no futuro, uma abordagem personalizada, guiada por metagenômica/nutrigenômica, informações clínico comportamentais/estilo de vida e ambientais, apoiada por Inteligência Artificial/ciências de dados, voltadas à prevenção e ao tratamento das doenças cardiometabólicas e cardiovasculares.
Esta obra é fruto da determinação pela construção de novos conhecimentos e de atuar construindo redes colaborativas dessa nova fronteira do conhecimento, capaz de ajudar a prevenir e tratar anormalidades da Saúde Mental. Aqui estão extraordinários profissionais da saúde aliados na visão contemporânea transdisciplinar e do cuidado centrado na pessoa, áreas que juntas formam a Psiquiatria Nutricional. A saúde em 2024 deve ser pautada sobre o paradigma holístico biopsicossocial-espiritual, sempre apoiado por evidências científicas sólidas provenientes da pesquisa clínica para oferecermos uma prática segura e que gere valor para o paciente.
A leitura deste livro irá oferecer ao leitor conceitos básicos e avançados envolvendo fisiopatologia, disciplina, que é a ponte entre a ciência básica e a ciência clínica, e novas propostas de abordagens por meio da visão transdisciplinar. Um ponto central é que atualmente ainda não temos todas as respostas, porém possuímos boas perguntas que serviram para insights de profissionais vinculados aos centros acadêmicos e de pesquisa e desenvolvimento nas instituições de saúde e de biotecnologia. Além disso, ao longo destes inovadores capítulos, apresenta diferentes olhares e enfoques práticos para incorporarmos no nosso dia a dia da assistência e no ensino.
Um profissional de saúde no século XXI deve buscar integrar a Observação Clínica-Raciocínio DedutivoConhecimento Científico e trabalhar em equipe gerando pesquisa, inovação e transformações no ambiente da saúde. Portanto, recomendo a leitura para alunos, docentes, profissionais da saúde e investigadores deste pioneiro livro coordenado por uma competente, criativa e exemplar líder da saúde do século XXI.
Evandro Tinoco Mesquita Graduado em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói – RJ. Mestre em Ciências Cardiovasculares e Especialista em Cardiologia pela UFF. Doutor em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Professor Titular e Coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Cardiovasculares da UFF.
Membro do Quadro de Docentes Permanentes do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Administração, na Linha de Gestão em Saúde com Foco em Liderança, do Centro Universitário Alves Faria (Unialfa), GO.
Diretor Científico de Miocardiopatias da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Fellow do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CEBEX), sendo Presidente do cap. Rio de Janeiro. Fellow da Sociedade Europeia de Cardiologia. Felow da Sociedad Interamericana de Cardiologia.
Membro dos Grupos de Pesquisa Vinculados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de Imagem Cardiovascular e do Observatório do Tempo Presente, Linha da Molécula à População.
Sumário
PARTE I Transtornos Psiquiátricos e Evidências Relacionadas com a Psiquiatria Nutricional, 1
1 Transtornos de Humor e Microbiota, 3
Vanessa Adegas Roese • Thaís de Rezende Bessa Guerra • Andreia de Carvalho Lima Soares
2
Transtorno do Sono, Ritmo Circadiano e Microbiota Intestinal, 17
Thaís de Rezende Bessa Guerra • Bianka Maria Salviano • Noelle Renata Antunes de Mesquita • Daniel Carvalho Virgínio
3 Transtornos Alimentares, Obesidade e Cirurgia Bariátrica, 25
Luciana Chaves • Julia Gugliotta • José Fernandes Villas
4 Transtorno do Espectro Autista e Microbiota, 33 Rodrigo Bernini
5 Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e Microbiota, 55
Carolina Stoffel
6 Transtornos do Neuroenvelhecimento: Doença de Alzheimer, Demência e Cognição e Microbiota, 63
Isabel Regazzi • Lucas Albernaz • Bruna Scofano • Larissa Kozow
7 Transtornos Psiquiátricos e Dermatologia: Psicodermatologia, 71
Bruno Eduardo Morais Nunes • Bruno Amaral Franco • Vírginia Maria de Azevedo Oliveira Knupp • Thaís de Rezende Bessa Guerra
8 Cardiologia Comportamental, 77
Vaisnava Cavalcante • Thaís de Rezende Bessa Guerra • Evandro Tinoco Mesquita
PARTE II Microbiota no Eixo da Saúde Mental, 83
9
10
11
Microbiota Intestinal no Eixo da Saúde Mental e Cerebral, 85
Ligiane Loureiro
Modulação Nutricional no Eixo Intestino-Cérebro, 91
Ligiane Loureiro
Exames Laboratoriais e da Microbiota na Saúde Mental, 101
Alessandro Silveira
PARTE III Ciências Ômicas na Saúde Mental, 111
12
13
Nutrição de Precisão – 4P e Biotecnologia, 113
Enir Franke • Márcia Cilene Alves Barcelos Alves • Tatiane Mieko de Meneses Fujii
Nutrigenômica no Eixo da Psiquiatria, 123
Emiliana Barbosa Marques
PARTE IV Práticas Clínicas Prescritivas na Saúde Mental, 133
14
Abordagem Multidisciplinar ao Paciente, 135
Ana Valéria Ramirez
15 Fatores que Influenciam o que Comemos, 141
Ana Valéria Ramirez
16 Métodos de Avaliação Nutricional, 147
Gabrielle de Souza Rocha • Júlio César Fraulob Aquino • Sérgio Girão Barroso
17 Diretrizes Utilizadas para Definir o Papel da Dieta na Saúde Mental, 157
Lara Cristiane Natacci • Leonardo Dias Negrão • Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres
18 Estratégias Nutricionais Aplicadas no Manejo de Crianças com Seletividade Alimentar, 165
Juliana Gouvea Schaefer • Nara Resende • Thaís de Rezende Bessa Guerra
19 Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos na Saúde Mental, 175
Juliana Arruda de Souza Monnerat • Pedro Ribeiro de Souza • Renata Frauches Medeiros
20 Suplementação para Modulação de Neurotransmissores, 183
Fabrício Assini
21
Fitoterapia para a Saúde Mental, 191
Juliana Gonçalves
PARTE V Práticas Clínicas Não Prescritivas na Saúde Mental, 199
22 Princípios da Abordagem da Nutrição Comportamental, 201
Marle Alvarenga • Cesar Moraes
23 Comportamento Alimentar e Tanatologia, 209
Helena Beatriz Rower • Jorge Luís Pereira Cavalcante
24 Instrumentos Práticos em Comportamento Alimentar, 217
Helena Beatriz Rower • Ana Maria Pandolfo Feoli • Denise Dillemburg Osório • Ana Amélia Machado Duarte
25 Health Coaching/Coaching de Saúde e Bem-Estar: Estratégias para a Abordagem Integrativa na Prática Clínica, 227
Maria Paula Junqueira Gonçalves
26 Atividade Física na Saúde Mental, 235
Telma Antunes Dantas Ferreira • Sávio Luís Oliveira da Silva
27 Jogos Pedagógicos/Terapêuticos na Formação de Competências Socioemocionais, 241
Julio Luchman
28 Saúde Mental: Um Quebra-Cabeça, 249
Maria Paula Junqueira Gonçalves
Índice, 261
Transtornos Psiquiátricos e Evidências Relacionadas com a Psiquiatria
Nutricional
CAPÍTULO 1 | Transtornos de Humor e Microbiota, 3
CAPÍTULO 2 | Transtorno do Sono, Ritmo Circadiano e Microbiota Intestinal, 17
CAPÍTULO 3 | Transtornos Alimentares, Obesidade e Cirurgia Bariátrica, 25
CAPÍTULO 4 | Transtorno do Espectro Autista e Microbiota, 33
CAPÍTULO 5 | Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e Microbiota, 55
CAPÍTULO 6 | Transtornos do Neuroenvelhecimento: Doença de Alzheimer, Demência e Cognição e Microbiota, 63
CAPÍTULO 7 | Transtornos Psiquiátricos e Dermatologia: Psicodermatologia, 71
CAPÍTULO 8 | Cardiologia Comportamental, 77
I PARTE
Transtornos de Humor e Microbiota
Vanessa Adegas Roese • Thaís de Rezende Bessa Guerra • Andreia de Carvalho Lima Soares
Você não é a doença que tem, pois ela não o define, apenas faz parte de você. O autoconhecimento se faz necessário para que você possa entender que parte é essa e tratá-la para que não ocupe muito espaço na sua vida e consiga coexistir com os seus outros aspectos de forma harmônica. Trate-se sempre com amor, respeito, atenção e cuidado. Livre-se das culpas e peça ajuda para seguir em frente e sempre nessa direção.
Vanessa Adegas Roese
Introdução
O transtorno bipolar e a depressão maior estão associados à incapacidade significativa, à morbidade e à expectativa de vida reduzida. Pessoas com transtornos de humor mostraram proporções mais altas de escolhas de estilo de vida pouco saudáveis, incluindo má qualidade da dieta e nutrição abaixo do ideal. A dieta e a nutrição impactam a saúde cerebral/mental, mas os resultados cognitivos foram menos pesquisados em transtornos psiquiátricos. Na nova classificação, os transtornos de humor foram divididos em transtornos depressivos e transtorno bipolar. Na mesma descrição, houve a retirada dos episódios mistos como sendo uma fase, passando a ser um especificador da doença em questão. Por se tratar de doença com tantas particularidades e em razão das mudanças mais atuais relacionadas com os critérios classificatórios dos seus diversos tipos, é um tema absolutamente complexo e delicado.1
Na 11a revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11, 2018), houve a manutenção da caracterização dos transtornos de humor em um capítulo e os estados mistos permanecem episódios da doença. Na verdade, o importante é o fato de que cada vez mais estamos ampliando as possibilidades para que haja um diagnóstico correto e, consequentemente, um tratamento adequado, com melhor repercussão na vida do indivíduo acometido por essa enfermidade mental.1
1 CAPÍTULO
Probióticos
Prebióticos
Simbióticos
Figura 1.1 | Abordagem inovadora para o tratamento da depressão
inadequada são características manifestadas. Constitui-se em depressão de longa duração, flutuante, de baixo grau, vivenciada como parte intrínseca ao indivíduo com acentuação de traços observados no temperamento depressivo. A distimia diferencia-se do TDM pelo fato de ser crônica e ter menor severidade.3
Em relação ao tratamento não farmacológico da depressão recomenda-se a terapia psicossocial, como a terapia cognitiva, interpessoal ou de comportamento, ao se avaliarem as necessidades do indivíduo. A terapia cognitiva, por exemplo, será indicada para pacientes que necessitam aprender sobre uma nova forma de pensar e de se comportar, a fim de substituir atitudes negativas ou defeituosas em relação a si, ao mundo e ao futuro. A terapia comportamental, por sua vez, terá o objetivo de proporcionar experiências agradáveis e ensinar os pacientes a relaxar.6
Além disso, novas evidências na área da Psiquiatria Nutricional reforçam a necessidade de inter-
Tratamento fecal de microbiota
Eficácia de tratamento
Biomarcadores
venções com padrão dietético mediterrâneo e suplementos contendo ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (n-3 AGPI) como tratamento integrativo para TDM. Em 2019, a Sociedade Internacional de Pesquisa em Psiquiatria Nutricional (ISNPR), por meio da metodologia Delphi, desenvolveu as primeiras diretrizes práticas para o tratamento do TDM com n-3 AGPI.6 As evidências também revelam que a microbiota intestinal está emergindo como um regulador-chave da homeostase do sistema nervoso central, exercendo funções imunológicas e metabólicas fundamentais. Por sua vez, o cérebro influencia a composição microbiana intestinal por meio de sinais neuroendócrinos, no chamado eixo microbiota-intestino-cérebro. O equilíbrio desse crosstalk bidirecional é importante para garantir a neurogênese, preservar a integridade da barreira hematoencefálica (BHE) e evitar a neuroinflamação. Por outro lado, a disbiose e a permeabilidade intestinal afetam negativamente o desenvolvimento, o comportamento e a cognição
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 6
Depressão
Dieta
Tabela 1.1 Evidências clínicas sobre o uso de probióticos na depressão (continuação)
Probiótico Variedade
Bifidobacterium longum + Lactobacillus helveticus (continuação)
Bifidobacterium longum + Bifidobacterium bifidum
Lactobacillus reuteri + Bifidobacterium adolescentis
Rosell − 175 (B. longum) e Rosell − 52 (L. helveticus)
BORI (B. longum) e BGN4 (B. bifidum)
Método de estudo
8 semanas:
y Probiótico (n = 10)
8 semanas:
y Probiótico (n = 40)
y Placebo (n = 39)
3 meses:
y Probiótico + SAMe (n = 33)
y Placebo (n = 32)
12 semanas:
y Probiótico (n = 32)
y Placebo (n = 31)
NK33 (L. reuteri) e NK98 (B. adolescentis)
Lactobacillus acidophilus + Lactobacillus casei + Bifidobacterium bifidum
Lactobacillus rhamnosus + Bifidobacterium animalis subsp. lactis
Bifidobacterium breve + Bifidobacterium longum + Pediococcus acidilactici
N/A
8 semanas:
y Probiótico (n = 78)
y Placebo (n = 78)
8 semanas:
y Probiótico (n = 20)
y Placebo (n = 20)
LGG (L. rhamnosus) e BB-12® (B. animalis)
CCFM1025 (B. breve), CCFM687 (B. longum) e CCFM6432 (P. acidilactici)
Probióticos multiestirpes 9 cepas bacterianas (Barreira Ecologic de Winclove)
14 cepas bacterianas (Bio-Kult Advanced, ADM Protexin Ltd)
9 semanas: y Probiótico + MgCl2 y (n = 39) y Placebo (n = 35)
4 semanas: y Probiótico (n = 15) y Placebo (n = 13)
8 semanas:
y Probiótico (n = 34) y Placebo (n = 37)
4 semanas:
y Probiótico (n = 35) y Placebo (n = 36)
Resultados Referências
↑ Sintomas clínicos afetivos ↑ Qualidade do sono
= Avaliações psicológicas = Inflamação sistêmica = BDNF
↓ Depressão ↑ Qualidade de vida
↓ Microbiota intestinal pró-inflamatória
↓ Estresse
↑ Flexibilidade mental
↑ BDNF
↓ Depressão ↓ Ansiedade
↓ IL-6 (soro) ↑ Qualidade do sono ↑ Bifidobacteriaceae, Lactobacillaceae
↓ Enterobacteriaceae
↓ Depressão
↓ Insulina (soro)
↓ hs-PC-R (soro)
↑ Glutationa total (plasma)
↓ PC-R = Humor = Permeabilidade intestinal = Cognição
↓ Depressão ↓ Sintomas gastrintestinais
Wallace & Milev (2021)31
Romijn et al. (2017)32
Ullah et al. (2022)33
Kim et al. (2021)34
Lee et al. (2021)35
Akkasheh et al. (2016)36
Mahboobi et al. (2022)37
Tian et al. (2023)38
↓ Reatividade cognitiva = Composição da microbiota intestinal
↓ Depressão ↓ Saliência emocional ↓ Aprendizagem por recompensa = PC-R, cortisol
Chahwan et al. (2019)39
(continua) (continua)
Baião et al. (2023)40
Transtornos de Humor e Microbiota 13
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e Microbiota
Carolina Stoffel
Introdução
De acordo com a 5a edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, texto revisado (DSM-5-TR), o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis persistentes e prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade que interferem no funcionamento ou no desenvolvimento. Existem três apresentações possíveis:
1. Predominantemente desatento.
2. Predominantemente hiperativo/impulsivo.
3. Combinado.
A desatenção e a desorganização implicam incapacidade de permanecer realizando uma tarefa, parecendo não ouvir o que lhe é dito, e a perda de materiais necessários para a execução dessas tarefas, em níveis inconsistentes com a idade ou nível de desenvolvimento. A hiperatividade-impulsividade envolve hiperatividade, inquietação, incapacidade de permanecer sentado, intromissão nas atividades de outras pessoas e incapacidade de esperar – sintomas excessivos para a idade ou nível de desenvolvimento.1
Os critérios diagnósticos desse sistema classificatório podem ser encontrados na Tabela 5.1.
Na infância, o TDAH costuma se sobrepor aos transtornos que são frequentemente considerados “transtornos externalizantes”, como transtorno desafiador de oposição e transtorno de conduta. O TDAH geralmente persiste na idade adulta, com prejuízos resultantes do funcionamento social, acadêmico e ocupacional.1
O TDAH é o transtorno do neurodesenvolvimento mais comum, tendo prevalência média mundial de cerca de 5,29% em crianças e adolescentes (3,4%) e 2,5% em adultos, segundo dados norte-americanos.1 Desse modo, percebe-se que o TDAH é um transtorno que se inicia na infância, porém pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, resultando em baixo desempenho acadêmico e dificuldades interpessoais e familiares.1,2-4
5 CAPÍTULO
Tabela 5.1
Critérios diagnósticos para transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, segundo DSM-5-TR
Critério diagnóstico
Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento, caracterizado por:
y Desatenção: 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram por, pelo menos, 6 meses em grau inconsistente com o nível de desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/ ocupacionais:
– frequentemente deixa de prestar atenção em detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos escolares, no trabalho ou durante outras atividades (p. ex., negligência ou perde detalhes, o trabalho é impreciso)
frequentemente tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas (p. ex., tem dificuldade em manter o foco durante aulas, conversas ou leituras longas)
– muitas vezes parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra (p. ex., a mente parece estar em outro lugar, mesmo na ausência de qualquer distração óbvia)
– frequentemente não segue as instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas domésticas ou deveres no local de trabalho (p. ex., inicia as tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo)
– frequentemente tem dificuldade em organizar tarefas e atividades (p. ex., dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e pertences em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau gerenciamento do tempo; dificuldades em cumprir prazos)
– frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exigem esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou de casa; para adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios, preenchimento de formulários, revisão de trabalhos longos)
– frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., materiais escolares, lápis, livros, ferramentas, carteiras, chaves, documentos, óculos, telefones celulares)
– com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados)
– com frequência é esquecido nas atividades diárias (p. ex., fazer tarefas domésticas, deixar recados; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, pagar contas, marcar compromissos)
y Hiperatividade e impulsividade: 6 (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por, no mínimo, 6 meses em grau inconsistente com o nível de desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/ocupacionais:
– frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce no assento
– frequentemente sai da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado (p. ex., sai de seu lugar na sala de aula, no escritório ou em outro local de trabalho, ou em outras situações que exijam permanecer no lugar)
– frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que não é apropriado
– muitas vezes é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente – com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado” (p. ex., é incapaz ou sente-se desconfortável em ficar parado por um longo tempo, como em restaurantes, reuniões; pode ser percebido pelos outros como inquieto ou difícil de acompanhar)
– frequentemente fala excessivamente
– frequentemente deixa escapar uma resposta antes que uma pergunta tenha sido concluída (p. ex., completa as frases das pessoas; não consegue esperar pela vez de falar)
– frequentemente tem dificuldade em esperar pela sua vez (p. ex., enquanto espera na fila)
– frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., se intromete em conversas, jogos ou atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode se intrometer ou assumir o que os outros estão fazendo)
Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de idade
Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em 2 ou mais ambientes (p. ex., em casa, escola ou trabalho; com amigos ou parentes; em outras atividades)
Há evidências claras de que os sintomas interferem ou reduzem a qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional (continua)
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 56
–
Neurotransmissores e metabólitos
Nervo vago e desregulação do sistema nervoso entérico
IL-13 IL-16
Interferon-gama
Vulnerabilidade genética
Programação epigenética
Efeitos de priming
Fatores que influenciam a composição da microbiota
Figura 5.1 | Propostas de ligações mecanicistas entre intestino-microbiota e eixo intestino-cérebro no transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Três possíveis ligações mecanicistas entre TDAH e microbiota intestinal. Da esquerda para a direita: comunicação pela via metabólica, via nervo vago e via imunológica IL: interleucina.
Fonte: adaptada de Boonchooduang et al., 2020.10
e dietéticas das populações estudadas; diferenças em relação à seleção de grupos de controle (irmãos ou controles não relacionados) ou à ingestão de medicamentos para TDAH; diferenças metodológicas associadas à amostragem e ao armazenamento, ao sequenciamento de microbiomas e à escolha dos bancos de dados de referências.
A revisão sistemática e metanálise de Wang et al. (2022)12 foi a única que identificou evidências sobre a disbiose da microbiota intestinal no TDAH. Oito estudos com alta qualidade, incluindo 316
pacientes com TDAH e 359 controles saudáveis, foram analisados. Investigaram a diversidade e a abundância relativa da microbiota intestinal, em 5 filos, 8 famílias e 14 gêneros. Concluíram que para a diversidade alfa de pacientes com TDAH e grupo controle, só havia um maior índice de Shannon no TDAH, mas a significância desapareceu após a análise de sensibilidade por causa da alta heterogeneidade; no nível de filo, não foi observada diferença significativa; no nível familiar, não havia diferença entre TDAH e grupo controle. No entanto, no nível
Transtorno
com Hiperatividade e Microbiota 59
do Déficit de Atenção
Sintomas de TDAH
Disbiose intestinal
Via
Via nervo
Via imunológica
metabólica
vago
Microbiota no Eixo da Saúde Mental
CAPÍTULO 9 | Microbiota Intestinal no Eixo da Saúde Mental e Cerebral, 85
CAPÍTULO 10 | Modulação Nutricional no Eixo Intestino-Cérebro, 91
CAPÍTULO 11 | Exames Laboratoriais e da Microbiota na Saúde Mental, 101
II PARTE
Modulação Nutricional no Eixo Intestino-Cérebro
Ligiane Loureiro
Introdução
Evidências crescentes sugerem que a dieta e a nutrição não atuam apenas na fisiologia humana e na composição corporal, mas também desempenham efeitos importantes no humor e no bem-estar mental.1 Composição, estrutura e função do cérebro dependem da disponibilidade adequada de nutrientes, entre eles lipídios, aminoácidos, vitaminas e minerais. Portanto, é razoável pensar e plausível considerar que a quantidade e a qualidade dos alimentos tenham influência na função cerebral. Assim, a nutrição é um fator de risco modificável que pode contribuir para atingir melhor saúde mental e cerebral. Além disso, hormônios intestinais endógenos, neuropeptídios, neurotransmissores e a própria microbiota intestinal são diretamente afetados pela alimentação.2
As evidências atuais a respeito da ligação entre nutrição e saúde mental ainda estão começando a surgir e a ganhar maior robustez científica. Alguns estudos já têm demonstrado ligações entre uma dieta saudável e o bem-estar mental. Exemplo disso pode ser evidenciado por meio do consumo de dieta rica em frutas, vegetais, peixes e grãos integrais, que tem sido associada à probabilidade reduzida de depressão. Ademais, a dieta mediterrânea é um dos padrões alimentares mais estudados atualmente como um fator protetor contra a depressão.³
Outras intervenções, em especial aquelas visando ao microbioma intestinal, têm ganhado espaço como possível alvo terapêutico na Psiquiatria.4 Já foram propostos diversos mecanismos pelos quais o intestino e o cérebro podem se comunicar. Entre eles, destacam-se as vias neurais, imunes e endócrinas. As primeiras evidências científicas da influência do cérebro no intestino ocorreram a partir da observação do aumento em comorbidades e alterações gastrintestinais em muitas doenças neurodesenvolvimentais, neuropsiquiátricas e neurológicas.5,6
Outrossim, estudos posteriores observaram que pacientes com diversos transtornos psiquiátricos, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e transtorno do espectro autista (TEA), tinham diferenças significativas na
10 CAPÍTULO
composição da microbiota intestinal.7 De modo similar, é bem conhecido o papel que o equilíbrio da microbiota intestinal exerce, sendo fundamental para o funcionamento adequado do trato gastrintestinal (TGI) e para a sinalização no eixo microbiota-intestino-cérebro, impactando, assim, a saúde geral do hospedeiro. O desequilíbrio microbiano no intestino é denominado disbiose e pode afetar diversos sistemas, inclusive o sistema nervoso central (SNC). Adicionalmente, alterações na fisiologia intestinal e cerebral podem acarretar quadro de disbiose, considerando-se, dessa forma, uma comunicação bidirecional.8
O papel do microbioma intestinal no desenvolvimento e na função do cérebro tem ganhado notória atenção, especialmente nos períodos pré- e pós-natal e sua relação com o risco de distúrbios psiquiátricos mais tarde na vida.9 Além disso, já existem estudos que identificaram a microbiota intestinal como peça-chave nas respostas ao estresse e aos transtornos afetivos, incluindo ansiedade, depressão e cognição.3 A importância do equilíbrio da microbiota intestinal na regulação do metabolismo da serotonina (5-HT) também tem sido proposta como possível mecanismo de ação do eixo intestino-microbiota-cérebro.
Outros distúrbios, como transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), TEA e anorexia, também parecem ter relação com a microbiota intestinal. Em contrapartida, condições de estresse podem afetar e perturbar a microbiota intestinal, prejudicando a saúde digestiva. A adesão ao padrão alimentar saudável pode, portanto, auxiliar na regulação da microbiota intestinal e reduzir o estresse e a inflamação cerebral, mantendo a função cognitiva adequada ao longo da vida.3,6
Maneiras de aprimorar a microbiota intestinal e promover maior saúde intestinal e cerebral ainda estão sendo estudadas, e as evidências são limitadas a poucos estudos.10 Contudo, a dieta e a nutrição são maneiras eficazes de modular o microbioma e algumas estratégias têm apresentado resultados animadores com relação ao estado de saúde cerebral e cognitivo. Entre as principais estratégias utilizadas para manipular positivamente a microbiota, estão:11
Padrão alimentar mediterrâneo.
Dietas ricas em fibras e alimentos vegetais.
Dietas ricas em ácidos graxos ômega-3.
Alimentos fermentados.
Suplementação de prebióticos e probióticos.
Tais intervenções têm a capacidade de moldar diretamente a microbiota intestinal e promover maior diversidade microbiana. Embora ainda faltem estudos elucidando os mecanismos envolvidos, fica clara a importância da alimentação e da nutrição na saúde mental e cerebral, mediante o manejo nutricional adequado da microbiota.5 Conforme já comentado, mudanças no estilo de vida, principalmente na alimentação, são conhecidos moduladores do microbioma intestinal e, assim, podem alterar a função metabólica e imunológica do organismo, influenciando o estado de saúde do hospedeiro.5,10 Ademais, proporcionar maior equilíbrio microbiológico no intestino tem o potencial de melhorar o humor e reduzir a ansiedade em pessoas saudáveis e em alguns grupos de pacientes. Tais intervenções têm sido cada vez mais exploradas e despertado o interesse de muitos pacientes que veem uma nova oportunidade de tratar doenças mentais por meio de terapias baseadas no microbioma. Também, profissionais de saúde devem estar cientes dos mecanismos, raciocínio lógico e evidências por trás das estratégias que visam manipular o microbioma para tratar doenças psiquiátricas.3,12
Alimentação e saúde mental
A saúde e o estado neuropsiquiátrico são moldados por fatores extrínsecos e intrínsecos, entre eles os hábitos de vida, incluindo alimentação, atividade física, sono, tabagismo e saúde psicológica. Os fatores dietéticos são cruciais para o bem-estar da saúde, de modo que a alimentação é um forte componente na evolução do cérebro humano. A nutrição é responsável pela manutenção da homeostase cerebral e pode contribuir significativamente para o desenvolvimento de doenças. Por exemplo, uma dieta hiperlipídica, composta especificamente por gorduras saturadas e trans, é capaz de modular negativamente a microbiota intestinal, aumentando a proliferação de bactérias que expressam lipopolissacarídeos (LPS), o que resulta em níveis elevados de LPS na circulação sistêmica que estão associados aos efeitos pró-inflamatórios e à plasticidade sináptica reduzida.1,13
Uma microbiota intestinal equilibrada estimula um ambiente regulatório no tecido linfoide por meio da produção e liberação de vários compostos imunomoduladores, como os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). A composição da microbiota e a produção de metabólitos microbianos podem ser moldadas pela ingestão de carboidratos,
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 92
Diferentes estudos epidemiológicos constataram que maior adesão ao padrão alimentar mediterrâneo esteve associada aos menores níveis de mortalidade geral e de DCNT.13,23 Os benefícios da dieta mediterrânea são atribuídos ao seu teor mais anti-inflamatório e antioxidante, que normalmente está associado à melhor composição da microbiota intestinal, com aumento dos filos Bacteroides e Clostridium e diminuição de proteobactérias. Intervenções em humanos têm consistentemente demonstrado que a adesão à dieta mediterrânea relaciona-se com o aumento dos AGCC fecais, que, por sua vez, estão associados ao maior consumo de frutas, legumes, vegetais e cereais.24
Os AGCC são conhecidos por aumentarem a atividade da proteína quinase ativada por monofosfato de adenosina (enzima AMPK). A ativação da AMPK estimula a expressão de proliferadores de peroxissoma gama (PGC-1 alfa), responsável pelo controle de diversos fatores transcricionais que regulam o metabolismo de glicose, colesterol e lipídios. Além do mais, a dieta mediterrânea demonstrou diminuições significativas de óxido trimetilamina (TMAO), um componente relacionado com o aparecimento de DCV. Esses achados mostram alguns dos principais fatores associados à proteção da dieta mediterrânea na incidência de doenças metabólicas, cardiovasculares e inflamatórias.13,24
Dieta mediterrânea
Dieta mediterrânea
Microbiota intestinal
Microbiota intestinal
Bifidobactéria
Bacteroides
Bifidobactéria
Dieta ocidental
Dieta ocidental
Os efeitos benéficos da dieta mediterrânea no tratamento de doenças neuropsiquiátricas têm ganhado atenção. Diversos estudos mostraram que a adesão à dieta mediterrânea diminuiu a incidência de transtornos depressivos e o uso de antidepressivos em adultos jovens.13,25 Possíveis justificativas para os achados incluem a grande oferta de alimentos ricos em vitaminas do complexo B encontrados em uma dieta mediterrânea, importantes para a síntese de alguns neurotransmissores (dopamina (DA), 5-HT e noradrenalina), o aumento na produção de AGCC e a diminuição do estresse oxidativo, uma vez que essa dieta é composta por alimentos ricos em polifenóis e com propriedades antioxidantes, tais como azeite de oliva, vinho tinto e frutas.¹³
Alguns polifenóis também estão associados à maior plasticidade sináptica e ao aumento na expressão de BDNF, que também se encontram alterados em diversas condições neuropsiquiátricas, como depressão, esquizofrenia e doença de Alzheimer. Contudo, são necessários mais estudos para avaliar os mecanismos responsáveis pelos benefícios obtidos por meio de uma dieta mediterrânea e sua relação com a microbiota intestinal.13,26 Algumas interferências da dieta mediterrânea na microbiota intestinal e, consequentemente, no cérebro são mostradas na Figura 10.2.
Microbiota intestinal
Microbiota intestinal
Bifidobactéria
Bacteroides
Bifidobactéria
Medeia a ingestão de porções de alimentos
Medeia a ingestão de porções de alimentos
Dieta
Dieta
Prevotella Firmicutes
Bacteroides
Prevotella Firmicutes
Butirato Acetato
Prevotella Firmicutes
Bacteroides
Prevotella Firmicutes
AGCC AGCC
AGCC AGCC
Butirato
Acetato
Cérebro
Cérebro
Microbiota intestinal
Microbiota intestinal
Composição da microbiota
Composição da microbiota
Butirato Acetato
Butirato
Propionato
Propionato
Melhora de desordens do humor
Melhora de desordens do humor
Acetato
Propionato
Propionato
Aumento de sintomas de ansiedade e depressão
Aumento de sintomas de ansiedade e depressão
Regulação de hormônios da saciedade
Regulação de hormônios da saciedade
Figura 10.2 | Interferência da dieta mediterrânea na microbiota intestinal e sua correlação com desfechos psiquiátricos
Fonte: adaptada de Sandhu et al., 2017.13
AGCC: ácidos graxos de cadeia curta.
Modulação Nutricional no Eixo Intestino-Cérebro 95
Ciências Ômicas na Saúde Mental
CAPÍTULO 12 | Nutrição de Precisão – 4P e Biotecnologia, 113
CAPÍTULO 13 | Nutrigenômica no Eixo da Psiquiatria, 123
III PARTE
Nutrição de Precisão – 4P e Biotecnologia
Enir Franke • Márcia Cilene Alves Barcelos Alves • Tatiane Mieko de Meneses Fujii
Introdução
O projeto Genoma representou um marco no campo das pesquisas relacionadas com a saúde como um todo e, aos poucos, a evolução da ciência da Nutrição no âmbito da genética se destacou.1
O termo genoma refere-se ao conhecimento da sequência completa do ácido desoxirribonucleico (DNA) de um dado organismo, organizado em sequência de nucleotídios responsáveis pela determinação da informação genética.1
A informação contida no DNA possibilita a síntese de inúmeras proteínas, processo denominado expressão gênica, o qual inicia a etapa com a transcrição das informações contidas no DNA para uma fita simples de ácido ribonucleico mensageiro (mRNA). Caso não ocorra influência, o próximo passo é a tradução do mRNA em proteínas, responsáveis por desempenhar diversas funções celulares.1
Em 1980, pesquisadores do mundo todo resolveram sequenciar o genoma humano a fim de identificar informações para o diagnóstico e o tratamento de doenças complexas como o câncer.1
No entanto, apenas em 1990, o Projeto Genoma Humano (PGH) foi oficialmente iniciado nos EUA, contando com o apoio e a parceria de Alemanha, Japão, Inglaterra, Canadá e França.1
O investimento para a realização completa do PGH foi de 3 bilhões de dólares e prazo máximo de 15 anos para sua conclusão. Em 2001, duas publicações científicas divulgadas pela Science e pela Nature mostraram os primeiros resultados das pesquisas iniciadas na década de 1990.1
Mais tarde, em 2004, o sequenciamento de 99,7% do genoma já estava concluído, permitindo a identificação de cerca de 25 mil genes e 3,2 bilhões de nucleotídios; desses, apenas de 1,5% a 2% representam sequências de codificação, chamadas éxons.2
Recentemente, os pesquisadores conseguiram desvendar 100% das informações que completam a sequência dos nucleotídios do DNA, ampliando as chances de tratamento, melhorias de técnicas moleculares e, o mais importante, a prevenção.3
12 CAPÍTULO
Trata-se de um campo em plena ascensão em comparação aos enormes avanços nas pesquisas na última década em genética humana, proporcionando melhor prevenção e tratamento de diferentes patologias.14
Por indicar que a variabilidade genética individual altera os resultados em saúde, a Nutrigenética exige intervenção nutricional personalizada. A informação genética é própria, demonstrando estabilidade do nascimento ao decorrer da vida (Figura 12.3).15
A avaliação mais precisa da interação entre o perfil genético dos pacientes e seu aporte de nutrientes permite assimilar um conceito de Medicina personalizada, incluindo nutrição e cuidados com a saúde.16
Os polimorfismo de nucleotídio único consistem na troca de apenas um nucleotídio em uma certa posição do DNA, sendo o tipo mais comum de variação no genoma humano, em torno de 90% de todas as variações. A função das bases de nucleotídio é a formação de um aminoácido e, consequentemente, proteínas. Assim, quando existe a troca de nucleotídio não haverá formação adequada da estrutura e função da proteína traduzida.17
O impacto nesse polimorfismo depende da condição de ser homozigoto (presença de dois
alelos de risco) ou heterozigoto (presença de um alelo de risco), de modo que os efeitos de proteção ou aumento de risco para enfermidades são determinados, muitas vezes, pela presença de apenas um alelo de risco.17
Segundo estudos de variação genômica humana global, foram evidenciadas grandes diferenças baseadas nas frequências de alelos de SNP, os quais exercem influência na expressão de genes relacionados com o metabolismo de nutrientes consumidos pelos indivíduos; ou seja, o mesmo nutriente pode exercer diferentes respostas metabólicas em pessoas distintas com ascendências genéticas variadas.18
É importante ressaltar que a dieta influencia diretamente a expressão dos genes, pois atua na diminuição do risco ou como tratamento, por exemplo: o gene GPX1, que codifica a enzima glutationa peroxidase 1, é dependente de selênio e pode ser modulado pelo consumo de uma castanha-do-pará ao dia, mostrando resultados positivos, de modo prematuro, considerando que certas variações de genótipos são capazes de aumentar potencialmente o risco de doenças.17
O estudo PREDIMED-Plus, randomizado, multicêntrico, que investiga o consumo de alimentos baseados na dieta mediterrânea (MedDiet), com
Figura 12.3 | (A e B) Diferenças entre pessoas que não apresentam (A) e que apresentam (B) polimorfismo de nucleotídio único
Fonte: adaptada de Cominetti et al., 2017.17
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 116
GG G C C C T T A A G G G C C C T T T A A A Proteína normal Proteína alterada G C Genótipo comum Genótipo alterado
1
A
Indivíduo
Indivíduo 2
B
Práticas Clínicas
Prescritivas na Saúde Mental
CAPÍTULO 14 | Abordagem Multidisciplinar ao Paciente, 135
CAPÍTULO 15 | Fatores que Influenciam o que Comemos, 141
CAPÍTULO 16 | Métodos de Avaliação Nutricional, 147
CAPÍTULO 17 | Diretrizes Utilizadas para Definir o Papel da Dieta na Saúde Mental, 157
CAPÍTULO 18 | Estratégias Nutricionais Aplicadas no Manejo de Crianças com Seletividade Alimentar, 165
CAPÍTULO 19 | Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos na Saúde Mental, 175
CAPÍTULO 20 | Suplementação para Modulação de Neurotransmissores, 183
CAPÍTULO 21 | Fitoterapia para a Saúde Mental, 191
IV PARTE
Métodos de Avaliação Nutricional
Gabrielle de Souza Rocha • Júlio César Fraulob Aquino • Sérgio Girão Barroso
Introdução
A saúde mental refere-se a um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de utilizar suas habilidades, lidar com o estresse do dia a dia, ser produtivo e contribuir para sua comunidade. É importante ressaltar que saúde mental transcende a mera ausência de doenças psicológicas.1
Com os problemas associados à saúde mental, destaca-se o aumento no uso de antidepressivos, os quais, em sua maioria, apresentam algum efeito adverso, incluindo efeitos cardiometabólicos e ganho de peso, que geram grandes preocupações de saúde pública a respeito dessas medicações.2
Com isso, a análise da composição corporal tem fornecido informações que possibilitam a observação e o diagnóstico de alterações corporais, uma vez que a gordura corporal e sua distribuição poderão estar associadas aos distúrbios metabólicos provocados pelo uso de diferentes psicofármacos.3,4
Assim, o uso de variados métodos para avaliação do estado nutricional e da composição corporal deve ter a finalidade de acompanhar as alterações observadas e intervir, sempre que necessário, visto que muitas delas estão associadas ao aumento do risco cardiovascular e aparecimento de distúrbios metabólicos.5
Os métodos mais usados para avaliação da composição corporal são:
Índice de massa corporal (IMC).
Dobras e perímetros.
Bioimpedância (BIA).
Absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA).
Body Pod (sistema de pletismografia por deslocamento de ar).
16 CAPÍTULO
Lipidograma
O lipidograma permite a avaliação dos níveis do colesterol total e suas frações. Recomenda-se que o preparo do paciente para a realização das dosagens do perfil lipídico mantenha seu estado metabólico estável e a dieta habitual. O jejum não é necessário para a realização de colesterol total (CT), colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-c; em inglês, high density lipoprotein cholesterol) e apolipoproteínas (ApoAI e ApoB), pois o estado pós-prandial não interfere na concentração dessas partículas.
Vale ressaltar que o período de jejum de 12h não representa nosso estado metabólico normal, pois não ficamos constantemente esse tempo sem nos alimentar. Como já está bem sedimentado na literatura, valores aumentados de triglicérides (TG) pós-prandial representam maior risco para eventos cardiovasculares, recomendando-se flexibilização do tempo de jejum para a realização do perfil lipídico (CT, HDL-c, colesterol da lipoproteína de baixa densidade [LDL-c; do inglês, low density lipoprotein cholesterol] e TG); portanto, as 12h de jejum já não são mais obrigatórias, ficando a critério do profissional de saúde solicitá-las ou não.19
Os valores de referência para TG e demais frações lipídicas são apresentados na Tabela 16.3.
Glicemia de jejum
A avaliação da glicemia de jejum (8h) é considerada um dos critérios diagnósticos para o diabetes (Tabela 16.4).20 No entanto, a glicemia de jejum pode estar elevada em outras condições independentes do diabetes.21,22
Hemoglobina glicada ou hemoglobina A1
A hemoglobina glicada ou hemoglobina A1 (HbA1c) é o parâmetro de escolha para o controle glicêmico em longo prazo, uma vez que reflete a média das glicemias dos últimos dois a três meses, pois a glicose, quando em excesso, se liga à hemoglobina. Seu valor de referência não deve ultrapassar 6,5%.23
Insulina
A insulina é um hormônio liberado pelas células betapancreáticas, que permite às células metabolizar e armazenar glicose e outros substratos.24 Sua dosagem não deve ser considerada isoladamente, mas em conjunto com a glicemia nos casos de investigação de resistência à insulina (RI).
16.3 Valores de referência lipídica para indivíduos com mais de 20 anos de idade
Lipídios Com jejum (mg/dL) Sem jejum (mg/dL) Categoria referencial
CT <190 <190 Desejável
HDL-c >40 >40 Desejável
TG <150 <175 Desejável
Categoria de risco
Não HDL-c
Baixo
Intermediário
Alto
Muito alto
Baixo
Intermediário
Muito alto
CT: colesterol total; HDL-c: colesterol da lipoproteína de alta densidade; TG: triglicérides; LDL-c: colesterol da lipoproteína de baixa densidade; não HDL-c: colesterol não HDL.
Fonte: adaptada de Faludi et al., 2017.19
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 150
Tabela
<50
LDL-c <130 <130
<100 <100
<70 <70
<50
<160 <160
<130 <130
<100 <100
<80 <80
Alto
VPráticas Clínicas Não Prescritivas na Saúde Mental
CAPÍTULO 22 | Princípios da Abordagem da Nutrição Comportamental, 201
CAPÍTULO 23 | Comportamento Alimentar e Tanatologia, 209
CAPÍTULO 24 | Instrumentos Práticos em Comportamento Alimentar, 217
CAPÍTULO 25 | Health Coaching/Coaching de Saúde e Bem-Estar: Estratégias para Abordagem Integrativa na Prática Clínica, 227
CAPÍTULO 26 | Atividade Física na Saúde Mental, 235
CAPÍTULO 27 | Jogos Pedagógicos/Terapêuticos na Formação de Competências Socioemocionais, 241
CAPÍTULO 28 | Saúde Mental: Um Quebra-Cabeça, 249
PARTE
Princípios da Abordagem da Nutrição Comportamental
Marle Alvarenga • Cesar Moraes
Introdução
A abordagem da Nutrição Comportamental foi criada e publicada pelo Instituto Nutrição Comportamental,1 definida com bases científicas, sendo inovadora e focada em ampliar a atuação dos nutricionistas. Trata-se de uma abordagem biopsicossociocultural cujo objetivo é melhorar o relacionamento do nutricionista com seus pacientes e clientes e sua comunicação profissional, para que seja mais positiva e inclusiva. Ela foca no comportamento alimentar por meio de estratégias validadas para o trabalho da mudança de comportamento.
A Psiquiatria Nutricional é o campo de pesquisa e prática com enfoque no papel da dieta para a saúde mental e cerebral, visando ao tratamento e à prevenção de doenças. Ela considera o papel potencial de nutrientes e também da dieta como um todo, avaliando diferentes padrões alimentares.2 Neste sentido, o foco da Psiquiatria Nutricional é o que se come. A abordagem da Nutrição Comportamental, por sua vez, tem foco no entendimento do por que e em como as pessoas comem o que comem.1 Esta consideração é importante para ampliar apenas o aspecto puramente biológico do alimento e do comer3 e todas as questões implicadas nas escolhas alimentares.
Prescrição versus aconselhamento nutricional
Um dos grandes desafios das abordagens nutricionais é a adesão do paciente ao tratamento. Esta depende de inúmeros fatores: biológicos, econômicos e socioculturais. Dependerá, ainda, da motivação para o tratamento, de quais são seus antecedentes e do contexto de vida do paciente, e se as consequências possíveis da mudança de comportamento alimentar são interessantes o suficiente para que ele se engaje em novos comportamentos. Sabe-se que prescrever uma dieta ou dizer para as pessoas o que devem fazer não garante adesão, e nem mudança de comportamento por si.4 Apenas educação (no sentido de argumentar sobre benefícios de mudanças) também não
22 CAPÍTULO
Dopamina
Querer Gostar Aprender
Induz a busca por cmida
Reduz a por busca comida
Olfato
Tato
Estimula a saciedade
Visão
Audição
Controle Homeostático
Saciedade de longo prazo Relacionada ao tecido adiposo
Saciedade de curto prazo Relacionada ao trato gastrintestinal (TGI)
Controle não homeostático
Sistema de recompensa omida sempre será recompensador C
Figura 22.1 | Esquema reduzido e simplificado do gerenciamento homeostático e não homeostático/hedônico do apetite
Paladar
Reduz a ingestão
Estimula a ingestão
Nutrição,
Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 206
Microbiota e Saúde
Leptin a Insulina
Grelina
Índice
AAbordagem
- clínica para otimização da saúde mental, 250
- da nutrição comportamental, 201, 202
- integrativas, 109
- multidisciplinar ao paciente, 135
- one size fits all, 229
- teóricas e práticas no comportamento alimentar, 210
Absorção, 143
Absorciometria de raios x de dupla energia, 149
Ação, 233
Acetilcolina, 37, 189
Acetil-L-carnitina, 179
Ácido(s)
- butírico, 40 - fólico, 96, 178
- graxos
- - de cadeia curta, 20, 87, 127
- - ômega-3, 158
- - poli-insaturados ômega-3, 93
Acne, 72, 73
- vulgar, 72
Aconselhamento nutricional, 201
Adaptógeno, 193
Aditivos, 60
Alfa-1-antitripsina, 105
Alimentação e saúde mental, 92
Alimentos funcionais, 175-177
Alongamento, 67
Amido, 105
Aminoácidos, 251
Análise metagenômica, 35
Ansiedade alimentos funcionais e compostos bioativos, 179
Antidepressivos tricíclicos, 5
Aprender, 242
Armazenamento do neurotransmissor em vesículas, 184
Ativação imunológica, 88
Atividade física
- e depressão, 236, 238
- na saúde mental, 235
Audição, 169
Aumento do metabolismo energético, 257
Avaliação nutricional subjetiva global, 152
B
Bacillus coagulans, 12
Bactérias
- patobiontes, 108
- simbiontes, 108
Bifidobacterium
- bifidum, 13
- breve, 12
- longum, 12, 13
Bioimpedância elétrica, 149
Biomarcadores do sistema imunológico, 45
Biotecnologia, 113
Brincar, 247
Bulimia nervosa, 30
Butirato, 45
Bypass gástrico, 28
C
Calprotectina, 105
Carboidratos, 93 - complexos, 251
Cardiologia comportamental, 77
Catecol-O-metiltransferase, 118
Chamomilla recutita, 194
Ciclo
- circadiano, 180
- de vida de um neurotransmissor, 184
Ciências ômicas, 111
Circunferências, 149
Cirurgia bariátrica, 25, 28, 29
Citalopram, 186
Citocinas periféricas, 45
Coaching de saúde e bem-estar, 227, 229, 230
Cobre, 178
Cognição, 63, 165
Colina, 126
Coloração
- de Gram, 106
- de Ziehl-Neelsen, 106
Competência(s), 245
- socioemocionais, 241
Comportamento alimentar, 209, 211
- sob a ótica da tanatologia, 211
Composição microbiana associada às condições psiquiátricas, 88
Compostos
- bioativos, 175-177
- neuroativos como biomarcadores, 46
Comprometimento cognitivo leve, 64
Contemplação, 233
Coprocultura, 102
Coprológico funcional, 104
Corantes alimentares artificiais, 60
Crianças com seletividade alimentar, 165
Cristais, 105
Cromo, 178
Crononutrição, 181
Curcumina, 179
DDança, 66
Deficiências nutricionais, 60
Demência, 63, 64
- com corpos de Lewy, 64
- frontotemporal, 64
- vascular, 64
Depressão, 157, 177
- alimentos funcionais e compostos bioativos, 177
Dermatite atópica, 72
Dermatologia, 71
Desatenção, 55, 56
Desorganização, 55
Destoxificação, 255
Dieta
- cetogênica, 11, 138
- Dash, 158
- de eliminação restrita, 60
- e saúde, 138
- - mental, 158
- e suplementação, 60
- Kaiser permanente, 60
- mediterrânea, 11, 94
- MIND, 159
- ocidental, 11, 94
- ricas em junk food, 61
- vegetariana, 11
Digestão, 143
Diretrizes
- internacionais, 159
- nacionais, 161
Disbiose
- da microbiota intestinal e o transtorno do espectro autista, 36
- intestinal, 153
Distúrbio(s)
- do sono
- - alimentos funcionais e compostos bioativos, 179
- - e microbiota intestinal, 18
- psicossomáticos, 73
- psiquiátricos primários, 73
- relacionados com o glúten, 61
Dobras cutâneas, 148
Doença
- de Alzheimer, 63-65
- neurodegenerativas versus microbiota intestinal, 67
Dopamina, 37, 187, 188
Dosagem de ácidos orgânicos, 105
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 262
E
Educação
- alimentar, 220
- - e nutricional, 218, 221
- e empoderamento, 109
- nutricional, 220
- socioemocional, 246
Eixo
- intestino-cérebro, 118
- - e nutrigenômica, 127
- microbiota-intestino-cérebro, 39
Elastase pancreática, 105
Epigenética, 44, 117, 123, 125
- e disbiose na composição da microbiota intestinal, 44
- nutricional, 117
Epigenômica, 117
Equilíbrio hormonal, 254
Erythrina mulungu, 180
Escala
- de estresse percebido (PSS), 79
- de transtorno de ansiedade generalizada (GAD), 79
- do comer, 168
Estatura, 148
Estercobilinogênio, 105
Estratégias nutricionais na psicodermatologia, 73
Estresse oxidativo, 255
Exames laboratoriais, 149
- e da microbiota, 101
Excesso de eletrônicos, 171
Exercícios para memória, 67
Exocitose do neurotransmissor, 184
F
Fatores comportamentais, psicossociais e risco cardiovascular, 78
Feniletilamina, 37
Feridas cutâneas, 72
Ferramenta
- de coaching, 233 - universal para rastreio da malnutrição, 153
Ferro, 178
Fibras musculares, 105
Fisiologia do sono microbiota intestinal e, 18
Fisioterapia, 67
Fitoterapia, 191, 192
Flora iodófila, 105
Fluoxetina, 186
Fonoaudiologia, 67
Fosfolipídios, 251
Fotoenvelhecimento, 72
G
GABA, 20, 37, 188
Gastrectomia vertical, 28, 29
Gene(s)
- associados à saúde mental, 118
- HTR2A, 119
Genômica nutricional, 115
Gerenciamento
- do comportamento alimentar, 203
- do estresse, 257
Ginástica, 67
Glicemia de jejum, 150
Glutamato, 37
Gordura fecal, 105
Griffonia simplicifolia, 193
Grupo de apoio de Alzheimer e demências similares, 67
H
Habilidades emocionais, 245
Hábito de comer fora de hora, 30
Health coaching, 227
Hemácias, 106
Hemoglobina
- A1, 150
- fecal humana, 105
- glicada, 150
Hidradenite supurativa, 73, 74
Hidroterapia e natação, 67
Hiperatividade-impulsividade, 55, 56
Hipersensibilidade, 173
Hipossensibilidade, 173
Histamina, 20
HOMA-IR, 151
Hormônio liberador de corticotrofina, 213
Hortaliças, 161
I
Imprinting, 124
Imunoglobulina A (IgA), 105
Índice de massa corporal, 148
Influência do ambiente na aprendizagem, 243
Ingestão, 143
Índice 263
Inibidores da acetilcolinesterase, 189
Inquéritos alimentares, 152
Insegurança alimentar, 60
Instrumentos
- para a prática do comportamento alimentar, 222
- práticos em comportamento alimentar, 217
Insulina, 150
Inteligência emocional, 244
Interferon, 213
Interleucinas, 212
Intervenções
- comportamentais na prevenção e no tratamento das doenças cardiovasculares, 79
- direcionadas à microbiota para melhorar o sono, 21
- mente-corpo, 80
Intestino-cérebro, 86
J
Jogos pedagógicos/terapêuticos, 241
L
Lacticaseibacillus paracasei, 12
Lactobacillus
- acidophilus, 13
- plantarum, 12
- reuteri, 13
- rhamnosus, 13
Letramento nutricional, 218
Leucócitos, 106
Ligação do neurotransmissor em receptores, 184
Lipidograma, 150
L-teanina, 180
Lúdico na formação emocional, 247
Lurasidona, 10
Luteína, 179
Luto
- complicado, 212
- patológico, 212
M
Magnésio, 162, 180
Manutenção, 233
Marcador do neuroenvelhecimento, 67
Matricaria
- chamomilla, 180, 194
- recutita, 194
Mecanismos
- homeostáticos, 203
- não homeostáticos, 203
Medicina
- do futuro, 230
- dos 5P, 230
- parceira, 230
- personalizada, 230
- preditiva, 230
- preventiva, 230
- proativa, 230
Melatonina, 19
Melissa officinalis, 180, 195
Metabolismo
- do neurotransmissor, 184
- energético, 257
Metabólitos como biomarcadores mediados pela microbiota intestinal, 44
Metabolômica, 117
Metagenômica, 118
Metilenotetra-hidrofolato redutase, 119
Métodos
- de avaliação nutricional, 147
- objetivos, 148
- subjetivos, 152
Microbiota intestinal
- distúrbios do sono e, 18
- doenças neurodegenerativas versus, 67
- e fisiologia do sono, 18
- e saúde neural, 67
- epigenética e disbiose na composição da, 44
- metabólitos como biomarcadores mediados pela, 44
- na prática clínica, 88
- no eixo da saúde mental e cerebral, 85
- no transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, 58
Miniavaliação nutricional, 153
Miniexame do estado mental (MEEM), 65
Modelo transteórico, 232
Modulação
- da microbiota intestinal como terapia para o transtorno do espectro autista, 47
- de neurotransmissores, 86
- nutricional no eixo intestino-cérebro, 91
Montreal cognitive assessment (MoCA), 65
Musicoterapia, 67
N-acetilcisteína, 97
Necessidades nutricionais, 144
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 264
N
Nervo vago, 19, 39
Neurobiologia, 203
Neurocardiologia, 77
Neurotransmissor, 183
Noradrenalina, 37, 188
Nutrição, 67 - como ferramenta terapêutica, 109 - comportamental, 201, 202 - convencional, 115 - de precisão, 113, 114 - funcional, 176 - individualizada, 115 - personalizada, 115
Nutrientes inteligentes, 251
Nutrigenética, 115, 124, 128
Nutrigenômica, 117, 123, 125
OObesidade, 25, 26, 74
- e transtornos alimentares associados, 26 - e transtornos mentais, 25
Obtenção de alimentos, 141, 142
Olfato, 169
Ômega-3, 93, 96, 161, 179, 180
Ômegas essenciais, 251
Orexina, 20
Orientação de pais e cuidadores com os cuidados nutricionais, 169
Otimização da nutrição, 251
P
Paladar, 169
Parasitológico de fezes, 101
Paroxetina, 186
Passiflora incarnata, 180
Pergunta - aberta, 233 - fechada, 233
Perímetros, 149
Permeabilidade intestinal e o transtorno do espectro autista, 44
Peso corporal, 148
Pesquisa de coccídeos intestinais, 106
Pilates, 67
Polifenóis, 94, 179 - do cacau, 179
Polimedicação, 64
Polimorfismo de nucleotídio único, 116
Pós-bióticos, 22
Prática clínica centrada no paciente, 232
Pré-albumina, 151
Prebióticos, 21, 61, 97, 161
Pré-contemplação, 233
Preparação, 233
Prescrição versus aconselhamento nutricional, 201
Probióticos, 21, 61, 97, 161
Programação neuronal, 124
Projeto genoma humano, 113
Proprioceptivo, 169
Proteínas, 93, 151
- plasmáticas, 151
Psicobióticos, 97
Psicodermatologia, 71, 72
Psiconeuroimunologia, 72
Psiquiatria nutricional, 1, 136
Psoríase, 72-74
QQualidade do sono, 181
Questionário
- de frequência alimentar, 152
- de saúde pessoal (PHQ), 79
Quetiapina, 10
RRecaída, 233
Recaptação do neurotransmissor, 184
Receptores
- colinérgicos, 189 - dopaminérgicos, 187 - gabaérgicos, 188 - serotoninérgicos, 185
Recordatório de 24 horas, 152
Redução da inflamação, 253
Registrando os passos, 224
Relação Bacteroidota/Bacillota, 108
Reparo da digestão, 254
Reserva cognitiva, 65
Resistência à insulina, 151
Rhodiola rosea, 195
Risco cardiovascular e fatores comportamentais e psicossociais, 78
Ritmicidade circadiana do microbioma intestinal, 20
Ritmo circadiano, 17
Rosácea, 72
Índice 265
S
Saúde
- física e mental, 135
- mental, 249
- - fitoterapia e, 192
- neural, 67
Seleção da microbiota, 57
Selênio, 178, 180
Seletividade alimentar, 165, 166
Semiologia nutricional, 153
Sensibilidades e alergias, 60
Sequenciamento
- do DNA 16S, 107
- genético da microbiota intestinal, 107
Serotonina, 20, 37, 185, 188
Sertralina, 186 Shotgun, 107
Simbióticos, 21
Sinais
- gustatórios, 170
- metabólicos e endócrinos do intestino envolvidos na regulação do sono, 19
Síndrome
- do comer noturno, 30
- do intestino irritável, 58
Síntese
- de acetilcolina, 189
- de dopamina, 187
- de GABA, 188
- de serotonina, 185
- do neurotransmissor, 184
Sistema
- autônomo e inflamatório na cardiologia, 78
- de recompensa cerebral, 204
- nervoso entérico, 85
Sono, 17, 19
- de movimento rápido dos olhos, 18
- de qualidade, 252
- e sua regulação, 18
- não REM, 18
Substâncias redutoras, 105
Suplementação
- para a inibição da recaptação ou do metabolismo da
- - dopamina, 187
- - serotonina, 186
- para modulação de neurotransmissores, 183
Suplementos
- e saúde mental, 96
- para inibição do metabolismo
- - da acetilcolina, 189
- - do GABA, 188
TTanatologia, 209
Tato, 169
Tecido linfoide associado ao intestino, 38
Terapia
- alimentar, 171, 172
- cognitiva e comportamental, 67
- de transferência de microbiota, 34, 47
Tiramina, 37
Transferrina, 151
Transplante de microbiota fecal, 22, 47
Transtorno(s)
- alimentar, 25, 29, 30
- - e cirurgia bariátrica, 29
- de evitação alimentar pós-cirúrgica, 30
- de humor, 11
- - bipolar, 7
- - e microbiota, 3, 10
- depressivo, 4, 237
- - persistente, 5
- do déficit de atenção com hiperatividade, 55
- - microbiota intestinal no, 58
- do espectro autista, 33
- - disbiose da microbiota intestinal e o, 36
- - intervenções
- - - dietéticas, 47
- - - prebióticas, 47
- - - probióticas, 47
- - modulação da microbiota intestinal como terapia para o, 47
- - permeabilidade intestinal e o, 44
- do neuroenvelhecimento, 63
- do sono, 17
- externalizantes, 55
- neurocognitivos, 66
- psiquiátricos, 1, 73
- - e dermatologia, 71
- psiquiátricos secundários, 73
Trato gastrintestinal, 34
Triagem
- de risco nutricional, 153
- dos fatores de risco psicossociais, 79
Triptamina, 37
Triptofano, 161, 179, 180
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional 266
VVestibular, 169 Via(s)
- de permeabilidade intestinal, 40 - de sinalização neuronal, 43 - imunes para a microbiota intestinal e as interações do sono, 20 - imunológica, 41, 59 - mesocorticolímbica, 204 - metabólica, 42, 59 - nervo vago, 59 - neuroendócrinas, 43 - vagais envolvidas na regulação do sono, 19
Visão, 169 Vitamina(s), 94 - A, C e E, 180 - B3, 178, 180 - B6, 161 - B9, 161 - B12, 161, 178 - C, 161, 178 - E, 161
Z Zinco, 178, 180 Zonulina, 105
Índice 267
Nutrição, Microbiota e Saúde Mental – Evidências Baseadas na Psiquiatria Nutricional é um trabalho fundamentado em evidências científi cas e associado às experiências práticas.
Esta obra é resultado da dedicação de diversos colaboradores com expertise nas respectivas áreas, que atuam em prática clínica, ensino e pesquisa. Ele dispõe de 28 capítulos organizados de modo a oferecer ao acadêmico e ao profi ssional de saúde conceitos sobre os transtornos psiquiátricos e as evidências relacionadas à Psiquiatria Nutricional, com abordagem sobre aspectos bioquímicos, epidemiológicos,
fi siopatológicos, métodos de avaliação do estado nutricional, ciências ômicas, nutrição de precisão 4P, modulação nutricional no eixo intestino-cérebro, terapêutica nutricional, fi toterápica e medicamentosa. Além disso, fundamentos da nutrição comportamental e a abordagem holística biopsicossocial-espiritual e das terapias alternativas como discussão à terapêutica na saúde mental.
Acreditamos que este livro possa ser uma referência segura para acadêmicos e profi ssionais da área da saúde, oportunizando o aprimoramento e o aprofundamento em suas práticas clínicas, bem como um diferencial preenchendo a lacuna existente sobre esse assunto no Brasil.
Área de interesse
9 786588 34066 0
Nutrição