Tratado de Metabolismo Humano

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Tratado de

Metabolismo Humano

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OUTROS TÍTULOS DE INTERESSE Levão Bogossian

Manual Prático de Pré- e Pós-operatório Cirilo P. M. Muraro

Cirurgia do Aparelho Digestório Luiz Macieira Guimarães Júnior

Queimaduras – Tratamento Clínico e Cirúrgico Erika Paniago Guedes Rodrigo Oliveira Moreira Alexander Koglin Benchimol

Liliam Teixeira Francisco Emilson Souza Portella Maria Thereza Furtado Cury

Diabetes na Infância – Manual de Apoio para os Pais Márcia Regina Vitolo

Nutrição – a Gestação ao Envelhecimento Nelzir Trindade Reis

Nutrição Clínica – Interações Lubos Sobotka (ESPEN)

Endocrinologia

Bases da Nutrição Clínica

Mario Gáspare Giordano

Nelzir Trindade Reis Cláudia Cople Rodrigues

Endocrinologia Ginecológica e Reprodutiva Marcos Brasilino de Carvalho

Tratado de Tireóide e Paratireóides

Nutrição Clínica – Alcoolismo Nelzir Trindade Reis

Nutrição Clínica – Sistema Digestório

Milce Roos Rodrigo Siqueira Izabel Claudio

Abordagem Farmacológica no Diabetes Marilia Martins Guimarães Maria Alice Neves Bordallo Edna Ferreira da Cunha Kássie Regina Neves Cargnin Aroldo Antunes Guimarães Honomar Ferreira de Souza Claudia Braga M. A. Cardoso

Larissa Calixto-Lima Valéria Abrahão Gisele Resque Vieira Auad Simone Cortês Coelho Maria Cristina Gonzalez Rodrigo Luis da Silveira Silva

Manual Prático de Nutrição Parenteral Eliane Lopes Rosado Débora Lopes Solto

Contagem de Carboidratos no Diabetes Melito

Endocrinologia Pediátrica – Guia Prático Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br

A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a medicina uma ciência em permanente evolução, recomendamos aos nossos leitores recorrer à bula dos medicamentos e a outras fontes fidedignas, bem como avaliar, cuidadosamente, as recomendações contidas no livro em relação às condições clínicas de cada paciente.

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Tratado de

Metabolismo Humano

Francisco Juarez Karkow Editor Professor Titular da Faculdade Fátima de Caxias do Sul, RS. Professor Titular do Departamento de Clínica Cirúrgica do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (1975 a 2009), RS. Doutor em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (SCSP). Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Membro da Associação de Pesquisa da Active Hexose Correlated Compound – AHCC Research Foundation (Japão).

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Tratado de Metabolismo Humano Copyright © 2010 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-7771-057-7 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes, sem a autorização por escrito da Editora. Produção e Capa Equipe Rubio Editoração Eletrônica EDEL

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Tratado de metabolismo humano / editor Francisco Juarez A. Karkow. – Rio de Janeiro: Livraria e Editora Rubio, 2010. Vários colaboradores. ISBN 978-85-7771-057-7 1. Metabolismo. I. Karkow, Francisco Juarez A. 10-04660

CDD-616.39 Índice para catálogo sistemático: 1. Metabolismo: Fisiologia humana 616.39

Editora Rubio Ltda. Av. Churchill, 97 sala 203 – Castelo 20020-050 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 – 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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Abrindo portas, cicatrizando feridas

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Colaboradores

Alessandra Miguel Borges Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Cirurgiã do Trato Digestório pelo Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná (UFPR). Especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões, pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Doutoranda em Clínica Cirúrgica pela UFPR. Ana Cristina Aoun Tannuri Assistente-Doutora do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP). Andréia Patrícia Gomes Médica, com Pós-Graduação (Residência Médica) em Doenças Infecciosas e Parasitárias. Mestre em Medicina Tropical e Doutoranda em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Professora-Assistente do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG. Anibal Basile Filho Professor-Associado e Chefe da Disciplina de Terapia do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Anil D. Kulkarni, MSc, PhD Department of Surgery of the University of Texas Medical School & Graduate School of Biomedical Sciences, Houston, Texas, USA. Antonio Carlos L. Campos Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica da Universidade do Paraná (UFPR). Professor Titular do Departamento de Cirurgia da UFPR. Professor Adjunto do Departamento de Nutrição da UFPR. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica da UFPR. Ex-Fellow do Departamento de Cirurgia da Universidade de Montpellier, França, e da State University of New York, Syracuse, EUA. Antonio Gustavo Macedo Karkow Médico-Fisiatra com Formação em Medicina Física e Reabilitação da Disciplina de Fisiatria do Departamento de

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Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP – EPM). Blanca Susana Guevara Werlang Psicóloga Clínica. Doutora em Ciências Médicas/Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP. Professora Adjunta e Diretora da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUC-RS. Integrante da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia. Membro do Grupo de Trabalho para implantar a Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio (Ministério da Saúde). Carlos Alfredo Franco Cardoso Biólogo e Biomédico. Mestre em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Coordenador do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Professor Titular de Bioquímica do Curso de Medicina e Enfermagem do UNIFESO. Christian Haag Kristensen Graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutorado em Psicologia do Desenvolvimento pela UFRGS, com estágio na University of Arizona (EUA). Especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Regional de Psicologia – 7a Região (CRP/07). Formação em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute for Cognitive Therapy and Research. Professor Adjunto e Pesquisador do Curso de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação da PUC-RS, com ênfase em pesquisa em psicoterapia cognitivo-comportamental, transtorno de estresse pós-traumático e neuropsicologia. Dagoberto Vanoni de Godoy Especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Doutor em Pneumologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Professor do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professor do Serviço de Pneumologia do Hospital Geral de Caixas do Sul. Dan Linetzky Waitzberg Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Professor-Associado do Departamento de Gastrenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Coordenador do Laboratório de Metabologia e Nutrição em Cirurgia Digestiva do Departamento de Gastrenterologia (LIM 35) do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP). Diretor-Presidente do Grupo de Nutrição Humana (GANEP). Daniel Panarotto Professor Doutor do Departamento de Clínica Médica do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Darcy R. Pinto Filho Professor Titular Doutor do Departamento de Cirurgia do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. David S. Gomez Cirurgião Plástico, Doutor em Clínica Cirúrgica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico Responsável pelo Serviço de Queimaduras da Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP). Diretor Técnico do Serviço de Cirurgia Plástica da Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras do HC – FMUSP. Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA), SP. Edson Antonio Nicolini Médico-Assistente do Centro de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Edson Lameu Professor Adjunto IV do Departamento de Clinica Médica, Serviço de Nutrologia, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Coordenador do Serviço de Nutrição Enteral e Parenteral do Hospital São Vicente de Paulo, RJ.

Professora Titular de Ginecologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Coordenadora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral da UCS, RS. Diretora do Centro de Reprodução Humana (CONCEPTION) – Caxias do Sul, RS. Fabio Firmbach Pasqualotto Mestre e Doutor em Urologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisador-Associado, Center for Advanced Research in Human Reproduction, Infertility and Sexual Function, The Cleveland Clinic, EUA. Pesquisador CNPq da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professor Titular de Urologia da UCS, RS. Coordenador da Unidade de Ensino Médico de UrologiaNefrologia da UCS, RS. Diretor do Centro de Reprodução Humana (CONCEPTION) – Caxias do Sul, RS. Fabrício Piccoli Fortuna Especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Mestre em Pneumologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professor do Serviço de Pneumologia do Hospital Geral de Caixas do Sul, RS. Fernanda de Oliveira Marques Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), RS. Mestre em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do Curso de Nutrição da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Fernanda Menegaz Pretto Mestre em Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Francisco Leonardo Torres-Leal Professor de Educação Física. Mestrando em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP).

Eduardo Brambilla Mestre em Cirurgia do Departamento de Cirurgia do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

Francisco Michielin Ex-Professor Titular de Cardiologia do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

Eduardo C. Palma Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor de Farmacologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

Gil Cezar Alkmin Teixeira Médico-Assistente do Centro de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Eleonora Bedin Pasqualotto Doutora em Ginecologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pesquisadora-Associada, Center for Advanced Research in Human Reproduction, Infertility and Sexual Function, The Cleveland Clinic, EUA.

Gustavo Pereira Fraga Professor-Assistente Doutor da Disciplina de Cirurgia do Trauma do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (UNICAMP), SP. Pós-Doutor (FAPESP), Divisão de Trauma, Terapia Intensiva Cirúrgica e Queimados da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD).

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Isac Jorge Filho Doutor em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Chefe do Serviço de Gastroenterologia da Santa Casa de Ribeirão Preto, RS.

Juliano Fracasso Médico-Infectologista do Serviço de Infectologia do Hospital Geral de Caxias do Sul, RS. Coordenador do Controle de Infecção do Hospital Saúde – Caxias do Sul, RS.

Jacqueline Schaurich dos Santos Graduada em Nutrição pela Universidade do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Nutrição Clínica pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (IMEC). Mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora e Coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professora do Curso de Nutrição do Centro Universitário UNIVATES – Lajeado, RS. Coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital Cristo Redentor, RS.

Julio Tirapegui Professor-Associado do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Universidade de São Paulo (USP). Bioquímico pela Universidade do Chile. Mestre, Doutor e Livre-Docente em Nutrição Humana Aplicada pela USP. Pós-Doutorado pelo Departamento de Nutrição Humana da Escola de Higiene e Medicina da Universidade de Londres, Inglaterra.

James Freitas Fleck Professor de Oncologia do Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). João Adalberto Marasca Professor Doutor, Mestre em Reumatologia, do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Joel Faintuch Professor-Assistente, Doutor, Livre-Docente do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). José Ernesto dos Santos Mestre, Doutor e Professor Livre-Docente Associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). José Galvão-Alves Doutor em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor Titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, RJ. Professor Titular de Clínica Médica da Universidade Gama Filho (UGF), RJ. Professor Titular de Pós-Graduação em Gastrenterologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Chefe da 18a Enfermaria do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro – Serviço de Clínica Médica. Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANM). José Luiz Atti Médico-Internista. Professor de Infectologia e Semiologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

Karine Furlan da Costa Estagiária do Serviço de Oncologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. Keiko Yamauchi, PhD Post-Doctoral Scientist in the Imunological Laboratory of the University of Texas Medical School & Graduate School of Biomedical Sciences. Houston, Texas, USA. Kelly Lameiro Rodrigues Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Pelotas, RS. Professora-Assistente do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pelotas, RS. Mestre em Ciências na Área de Microbiologia de Alimentos pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Universidade Federal de Pelotas, RS. Doutoranda em Ciências na Área de Qualidade de Alimentos pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Universidade Federal de Pelotas, RS. Koji Wakame, PhD Visiting Research Scientist in the Imunological Laboratory of the University of Texas Medical School & Graduate School of Biomedical Sciences. Houston, Texas, USA. Chief, Senior Research Scientist Amino Up Chemical Co., LTD Shin-ei, Kiyotaku, Sapporo, Hokkaido, Japan. Lessandra Michelim Mestre e Doutora em Microbiologia-Biotecnologia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professora de Infectologia da UCS, RS. Coordenadora do Controle de Infecção dos Hospitais Unimed, Pompeia e Hospital Geral, RS. Lidia Maria Franco Cardoso Nutricionista. Especialista em Programa de Saúde da Família. Professora Adjunta do Curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO).

José Mauro Madi Professor Titular Doutor do Departamento de Cirurgia da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

Luciane C. Baptista Graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Juliana Regina Chamlian Zucare Médica, Ex-Residente de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP).

Marcelo Macedo Rogero Nutricionista. Mestre e Doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Professor Doutor da Faculdade de Saúde Pública da USP.

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Mariana de Rezende Gomes Nutricionista, Mestre e Doutoranda em Ciência dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP).

Petrônio Fagundes de Oliveira Filho Professor, Mestre e Titular de Pediatria do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

Mariana Beatriz Arcuri Graduada em Química pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre e Doutora em Bioquímica pela UFRJ. Professora Titular do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu e Representante Docente da Comissão Própria de Avaliação do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Professora Adjunta de Bioquímica Clínica da Universidade Gama Filho (UGF), RJ.

Rafael Henriques Jácomo Médico-Assistente do Centro de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Mari Kogiso, PhD Pre-Doctoral Fellow in the Imunological Laboratory of the University of Texas Medical School & Graduate School of Biomedical Sciences. Houston, Texas, USA. Post-Doctoral Fellow at the Florida Atlantic University, Boca Raton, Florida, USA. Marta Carvalho Galvão Professora Coordenadora dos Cursos de Radiologia da Universidade Gama Filho (UGF) e da Faculdade de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, RJ. Chefe do Serviço de Imagem do Ambulatório Geral do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Radiologista do Hospital da Lagoa, RJ. Martina Fritsch Médica-Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Ciências Veterinárias pela UFRGS. Doutoranda em Reprodução Animal pela Universitat Munchen (Ludwig-Maximilians), L.M.U.M., Alemanha. Miguel Carlos Riella Professor Titular de Clínica Médica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Professor Titular de Clínica Médica e Diagnóstico da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná. Diretor do Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. Milene Silva Ferreira Médica-Fisiatra, Assistente da Disciplina de Fisiatria do Departamento de Ortopedia e Traumatologia. Doutoranda em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP – EPM). Mônica Medeiros Kother Macedo Psicóloga e Psicanalista. Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Professora Adjunta da Faculdade de Psicologia da PUC-RS e Coordenadora do Serviço de Atendimento e Pesquisa (SAPP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUC-RS. Membro Pleno da Sociedad Psicoanalítica del Sur de Buenos Aires. Nilza Maria Scalissi Professora-Assistente Doutora e Coordenadora da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

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Rafael Omar Giovanardi Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor do Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Especialista em Cirurgia do Trato Digestório pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Cirurgia Hepatobiliar pela Universidade de Paris. Raquel Susana Matos de Miranda Torrinhas Mestre e Doutoranda em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Bióloga-Chefe da Equipe de Metabologia e Nutrição em Cirurgia (LIM 35) do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Raul Ângelo Balbinotti Mestre em Medicina Clínica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em Gastroenterologia Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Professor Titular do Departamento de Medicina Clínica do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Raul Coimbra Professor Titular, Chefe da Divisão de Trauma, Terapia Intensiva Cirúrgica e de Queimados da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD). Diretor do Programa de Fellowship de Cirurgia do Trauma e Cuidados Intensivos da UCSD. Professor Livre-Docente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Rita de Cássia Lanes Ribeiro Enfermeira. Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal Minas Gerais (UFMG). Professora-Associada da Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG. Roberto Tofani Sant’Anna Doutorando do Curso de Pós-Graduação do Instituto de Cardiologia da Fundação Universitária do Rio Grande do Sul. Rodrigo Siqueira-Batista Médico e Filósofo, com Pós-Graduação (Residência Médica) em Doenças Infecciosas e Parasitárias. Mestre em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Doutor em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Pós-Doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

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Professor Adjunto do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM), Universidade Federal de Viçosa (UFV). Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Ronaldo Vianna Professor Adjunto Doutor do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ. Rosângela Minardi Mitre Cotta Professora Adjunta de Políticas e Gestão em Saúde da Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG. Doutora em Saúde Pública pela Universidad de Valencia, Espanha. Samir Rasslan Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Professor Doutor, Livre-Docente, Titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professor Titular das Disciplinas de Cirurgia Geral e do Trauma do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Sergio Setsuo Maeda Professor Instrutor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Silvana Sartori Balbinotti Doutorado em Gastrenterologia Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Professora-Assistente do Departamento de Medicina Clínica do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Silvia Carreira Ribeiro Médica-Nefrologista da Fundação Pró-Renal – Curitiba, PR. Simone Morelo Dal Bosco Graduada em Nutrição pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (IMEC). Especialista em Nutrição Clínica e Dietética pelo IMEC. Mestre em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Doutoranda em Ciências da Saúde – Medicina Cirúrgica – Obesidade Mórbida. Professora e Coordenadora do Curso de Graduação e PósGraduação do Centro Universitário UNIVATES – Lajeado, RS. Sonia Regina Cabral Madi Chefe do Serviço de Gestação de Alto Risco do Hospital Geral da Fundação Universidade de Caxias do Sul, RS. Coordenadora do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual do Hospital Geral da Fundação Universidade de Caxias do Sul, RS. Preceptora do Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral da Fundação Universidade de Caxias do Sul, RS.

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Therezinha Rosane Chamlian Médica-Fisiatra, Doutora em Medicina, Professora Afiliada, Chefe da Disciplina de Fisiatria do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP – EPM). Diretora Técnica do Lar Escola São Francisco – Centro de Reabilitação. Thyago Proença de Moraes Médico-Nefrologista da Fundação Pró-Renal – Curitiba, PR. Uenis Tannuri Professor Titular da Disciplina de Cirurgia Pediátrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Chefe do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP (HC – FMUSP). Chefe do Laboratório de Cirurgia Pediátrica (LIM-30) da FMUSP. Vanderson Antônio Mestre em Ciências Morfológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), RJ. Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Teresópolis. Professor-Assistente do Curso de Graduação em Medicina da Universidade Federal de Viçosa, MG. Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA). Membro da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). Membro Associado do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Vânia Assaly Médica-Endocrinologista pela Universidade Estadual Botucatu, SP. Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialistta em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira (AMB). Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Verônica Santos Albuquerque Enfermeira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Microbiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutoranda em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP – FIOCRUZ). Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Fundação Educacional Serra dos Órgãos (UNIFESO). Vilmar Molon Mestre do Departamento de Cirurgia do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.

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Apresentação e Reflexões

Meu interesse pelo tema Metabologia remonta à época de estudante de Medicina, período em que, paralelamente, lecionei química inorgânica para que pudesse me manter na universidade. Esse vínculo foi reforçado por minhas atividades como Professor de Metabologia no Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul, que teve início em 1o de março de 1975. Desde aquela época muitas têm sido as aquisições de conhecimentos nessa área. A materialização da presente obra tem estreita associação com acontecimentos anteriores, como minha visita, em agosto de 2007, ao Museu Justus Von Liebig, inaugurado em 1920, na cidade de Giessen, pela universidade de mesmo nome, na Alemanha. Nessa universidade, no período de 1824 a 1852, juntamente com seu fiel assistente Professor Friederich Wöhler, o Professor Justus Von Liebig estabeleceu as bases e os fundamentos da Metabologia e Farmacologia Moderna, com descobertas que persistem atualmente. Museu Justus Von Liebig

Auditório do mesmo museu

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Dessa visita veio junto o desejo de escrever sobre o tema, que não tem sido contemplado com muitas publicações específicas nos últimos anos, até porque o incentivo para levar esse projeto adiante foi muito estimulante. O grande estímulo veio de minha família, na figura sempre presente de minha amada Elisabeth e de meus filhos Adriane e Antônio, que entenderam a validade do desafio e da necessidade de muitos períodos não compartilhados, dedicados ao livro.

O grande estímulo veio inicialmente da família

O incentivo demarcador partiu de grandes amigos e mentores, nas figuras dos Professores Doutores Samir Rasslan e Joel Faintuch, assim como da imediata adesão e parceria de notáveis profissionais e amigos de longa data, como os Professores Doutores Dan Waitzberg, Raul Coimbra, Anil Kulkarni, Miguel Carlos Riella, Antônio Carlos L. Campos, Edson Braga Lameu, Ronaldo Vianna, Uenis Tannuri, Aníbal Basile Filho, Isac Jorge, José Ernesto dos Santos, Paulo César Serafini, José Mauro Madi, Mônica Kother Macedo, Blanca Susana Werlang, Darcy Ribeiro Pinto Filho, Dagoberto Vanoni Godoy, Fábio Pasqualotto, Rafael Giovanardi, Petrônio Fagundes de Oliveira Filho e Francisco Wisintainer. Qualificados profissionais de outros centros imediatamente aderiram ao projeto, entre os quais cito o Professor Doutor José Galvão-Alves, do Rio de Janeiro, que, a despeito de suas atividades usuais, brindou-nos com um capítulo na obra. A Professora Doutora Nilza Maria Scalissi, convocada de última hora, não mediu esforços para – da mesma maneira – oferecer a sua contribuição. Igual postura teve a Professora Doutora Therezinha Rosane Chamlian, que foi extremamente generosa, assim como foram os demais parceiros da obra. O engajamento e o comprometimento dos cerca de 80 colaboradores representaram estímulo sempre revigorante. A eles, minha gratidão e profundo respeito, pelo valioso auxílio e pelo uso de seu precioso tempo na compilação da obra.

Professor Samir Rasslan

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Professores Joel Faintuch, Anil Kulkarni, Francisco Karkow

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A parceria imediata e incansável da Editora Rubio, na figura de Fabio Rubio e de seu pai, José Raimundo Rubio, também foi muito alentadora, fraterna, amiga, incansável e de grande cumplicidade. Soma-se a isso a colaboração efetiva da Sra. Myrthes e de sua equipe, pessoas a quem agradeço profundamente. Esta obra é um tributo com profunda gratidão aos que douradamente influenciaram a minha trajetória, envolvido com o tema ao longo de 40 anos. Toda a minha gratidão a Deus pela fortuna de existir. Também apresento respeito e admiração às figuras humanas de grande vigor, talento e de exemplo, como a de meu sogro, Ary Lannes Macedo, que, com mais de 86 anos, ainda expressa grande sabedoria e lucidez. Ao especial e fraterno amigo de juventude Luiz Fernando Triches Gonçalves, aos muito queridos amigos e parceiros Osvaldo Voges, Juarez Evangelista, Hermes Regis Lopes, Ronaldo José Bidese, Antônio Cláudio Barbosa, Neure Fedrizzi, Alexandre Wisintainer, Alexandre Cenatti, Ângelo Grillo Neto, Antônio Brito Casanova, Luís Inácio Celi Grarcia, assim como às pessoas notáveis, de grande sabedoria, muito presentes em minha trajetória profissional e que inspiram a todos nós, como incentivadores, empreendedores e sábios que são, no caso, os notáveis Paulo Bellini, Valter Gomes Pinto e Raul Anselmo Randon. Aos professores e amigos exemplares, desde o período de faculdade, como o grande amigo e incentivador Renato Metsavath, sem omitir os saudosos Ernani Lopes Pedone e Virvi Ramos e o sempre presente amigo desde os tempos de residência médica, na atualidade Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria/RS, Delmo Ramos Amêndola. A figura do Doutor Jorge Raimundo, pessoa notável, generosa, extremamente fiel e devotada aos seus amigos, é sempre lembrada, bem como a do Doutor Nelson Duarte, também impecável como visionária e amiga. Aproveito para agradecer aos acadêmicos de Medicina Matias Farina e Willian Tormen pelo interesse dedicado ao tema, assim como ao dedicado amigo Luis Fernando Maciel Hoffmann, parceiro na organização desta obra.

Professor Virvi Ramos

Professor Renato Metsavaht

Professor Ernani Lopes Pedone

A fundamentação para que se escreva um livro de Medicina pode ser muito bem sedimentada na sua história. A formação de um profissional está alicerçada no empenho de conhecer a história de sua profissão. Com tal convicção, aproveito para mencionar algumas figuras marcantes, históricas, de exemplos elevadamente estimulantes, como Hipócrates, com seus ensinamentos e mandamentos ainda no período pré-Cristo (460 a.C. a 370 a.C.).

Hipócrates

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Também merece destaque Ambroise Paré, médico francês que viveu de 1510 a 22 de dezembro de 1590 e que representou a figura do médico com visão integrativa do paciente – cuidando de suas feridas, campo em que trouxe valiosas contribuições, bem como de sua alimentação limpa, saudável e vigorosa e do repouso em ambiente – também limpo e claro –, e atentando à importância de seu bom humor e bem-estar. Em sua época, acreditava-se que os ferimentos de bala de arma de fogo eram venenosos, devendo ser tratados com óleo fervente. Em determinada ocasião houve falta de óleo e Paré o substituiu por uma mistura de gema de ovo, óleo de rosas e terebintina, obtendo cicatrização mais rápida do que com o óleo fervente. Paré foi o idealizador de membros e olhos artificiais, afora a operação de lábio leporino. Também percebeu que a sífilis era causa de aneurisma da aorta. Foi o pioneiro da homeostase de membros amputados, usando pinças e fios de sutura como na atualidade. Paré é lembrado como o “Pai da Cirurgia Moderna” e sempre teve uma posição de humildade e espírito religioso. Dizia sempre em seus atendimentos: “Eu tratei o paciente e Deus o curou.” Deixou várias obras escritas, assim como inventou diversos aparelhos destinados aos procedimentos cirúrgicos.

Doutor Ambroise Paré

Outra figura humana notável foi o Professor Justus Von Liebig (12 de maio de 1803 a 18 de abril de 1873), que, mesmo tendo sido um cientista genioso e belicoso (teve animosidade com muitos de seus colegas), propiciou valiosas contribuições ao Metabolismo e à Farmacologia, configurando-lhes a condição de ciência. Seus ensinamentos persistem nos dias atuais.

Professor Justus Von Liebig

Professor Friederich Wöhler

Liebig não pode deixar de ser citado em razão de sua profícua parceria com o Professor Friederich Wöhler (31 de julho de 1800 a 23 de setembro de 1883), indivíduo apaziguador. Foi o primeiro pesquisador a sintetizar a ureia em 1828, pondo fim à crença de que não era possível a síntese de produtos orgânicos a partir de inorgânicos; também conseguiu isolar dois elementos químicos: o alumínio e o berílio. Liebig lecionou na Universidade Giessen, no período de 1824 até 1852, e, tendo sido o fundador da química orgânica, desenvolveu e aperfeiçoou os métodos de análise elementar. Em colaboração com Wöhler desenvolveu a teoria dos radicais. Essa teoria explica como pode haver um amplo número de compostos químicos

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constituídos por carbono, hidrogênio e oxigênio, na medida em que esses três elementos podem formar diferentes grupos estáveis, através dos radicais em maior quantidade do que os elementos na química inorgânica. Liebig desenvolveu o conceito de ácidos com múltiplas valências e a polivalência de variados átomos. Publicou suas deduções a respeito da nutrição e do metabolismo de plantas e animais e sobre o ciclo das substâncias na natureza. Assentou a fundação da moderna ciência nutricional animal e humana. Justus Von Liebig sempre esteve convencido de que a transformação de substâncias no organismo animal deveria ser processada por intermédio de reações químicas. Também formulou a teoria dos nutrientes minerais explanando sobre o princípio da nutrição das plantas. Com a aplicação dessa teoria combinada à genética das plantas, permitiu o entendimento e crescimento da enorme área de cultivo das mesmas. Por intermédio da necessidade básica das plantas na nutrição humana, a teoria de Liebig assume um papel decisivo na existência da humanidade no presente e no futuro – graças, fundamentalmente, à fertilização mineral que resultou em reformulação da agricultura (o fosfato produzido em escala industrial persiste como importante e valioso fertilizador). Seu exemplo serviu para muitos de seus famosos alunos (entre eles, Hofmann, Kekulé, Strecker, Fresenius e Pettenkofer). Liebig deu partida a uma família científica que o seguiu. Van Hoff, um pupilo de Kekulé, recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1901. Dentre os 60 subsequentes premiados com o Nobel de Química, 44 foram, de algum modo, herdeiros dos ensinamentos de Justus Von Liebig. Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Universidade de Giessen foi renomeada para Justus Liebig University Gies- Ticket do Museu Justus Liebig sen, e seu laboratório foi transformado em Museu. Do século XX, cabe menção à figura desbravadora de Jonathan Evans Rhoads (9 de maio de 1907 a 3 de janeiro de 2002), pessoa generosa e à frente de seu tempo, ocupando-se, desde antes da década de 1940, com pesquisas em seu laboratório no Departamento Harrison na Universidade da Pensilvânia (a mais antiga universidade americana, fundada por Benjamin Franklin), onde foi professor e chefe do Departamento de Cirurgia da Escola de Medicina, em Pittsburgh. O Professor Rhoads esteve associado a muitas áreas, fruto de seu grande interesse em múltiplos segmentos da Medicina, como o ajuste nas reposições hidreletrolíticas e a obtenção do balanço nitrogenado positivo e do suporte nutricional, com postura obsessiva no desenvolvimento de nutrição inteiramente parenteral aos pacientes, habilitando-os a restabelecer suas homeostases no enfrentamento de doenças e procedimentos cirúrgicos de grande porte. Também foi área de interesse do Doutor Rhoads a resposta metabólica à lesão, em muito alicerçada nos estudos prévios do Professor Doutor Sir David P. Cuthbertson, considerado por muitos como “o pai do metabolismo na lesão”, extremamente ativo nos efeitos metabólicos decorrentes da lesão desde 1928. O Professor Cuthbertson estabeleceu conceitos de fase catabólica após o trauma, assim como os componentes caracterizados como fase ebb (fase hipodinâmica) – período inicial com metabolismo deprimido – e fase flow (fase hipermetabólica) – elevação da atividade metabólica – pós-trauma. Tem publicações clássicas nessa área: • Cuthbertson, DP. The influence of prolonged muscular rest on metabolism. Biochem J 1929; 23:1328-45. • Cuthbertson, DP. The disturbance of metabolism produced by bony and non-bony injury with notes on certain abnormal conditions of bone. Biochem J 1930; 24:1244-63. O Professor Sir David Paton Cuthbertson contribuiu decisivamente na área de nutrição, em especial com seus estudos em metabolismo e trauma após lesões graves (tornando as bases científicas da nutrição instrumento de benefício prático aos pacientes). Viveu de 1900 até 1989. Algumas de suas obras clássicas para a área da nutrição estão relacionadas a seguir: • Cuthbertson, DP. The distribution of nitrogen and sulphur in the urine during conditions of increased catabolism. Biochem J 1931; 25:236-44. • Cuthbertson, DP. Observations on the disturbance of metabolism produced by injury to limbs. Quart J Med 1932; 25:233-246. • Cuthbertson, DP. Post-shock metabolic response. Lancet 1942; 1:433-7 O Professor Rhoads teve contundente envolvimento com a área da nutrição, não obstante sua atenção aos mais diversos campos da medi-

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Professor Sir David Paton Cuthbertson

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cina, além de ativa participação como educador, filósofo e humanista. Foi membro de aproximadamente uma centena de sociedades através do mundo, tendo sido presidente de, ao menos 11 delas, inclusive da Sociedade de Filosofia Americana (eleito em 1976), fundada em 1743, por Benjamin Franklin, cargo que ocupou com grande apreço e dedicação. Ainda em 1938 publicou o artigo “Use of lyophile plasma in correction of hypoproteinemia and prevention of wound disruption” na revista Arquives of Surgery (período em que era necessário oferecer grandes volumes endovenosos para obtenção de balanço nitrogenado positivo, redundando, muitas vezes, em edema agudo de pulmão por excesso de oferta líquida). Foi mentor de muitas figuras notáveis, tais como Stanley John Dudrick, Douglas Wilmore, Henry Thomas Randall, entre outras tantas pessoas que com ele conviveram. Com Dudrick, Wilmore e Vars, tornou viável a nutrição parenteral total, recurso por meio do qual foi auxiliado nos seus últimos meses de vida, quando não era mais capaz de alimentar-se por via oral em razão de ter desenvolvido um câncer gástrico.

Professor Jonathan Evans Rhoads

Professor Stanley John Dudrick

Outra figura não menos notável foi a do Professor Francis Daniels Moore (17 de agosto de 1903 a 24 de novembro de 2001), da Escola de Medicina de Harvard. Tem o seu nome associado ao Hospital Peter Bent Brigham de Boston, em Massachusetts (atualmente Brigham and Women Hospital). À semelhança de Rhoads, foi mentor de muitos profissionais que o acompanharam, tendo desenvolvido grandes avanços nas áreas de trauma e estresse cirúrgico, além de princípios de manejo nutricional após traumas graves/cicatrização tecidual (assim como Rhoads, também se ocupou dos fundamentos estabelecidos pelo Professor Cuthbertson sobre o metabolismo pós-lesão e acrescentou uma terceira fase além da ebb e flow, a de franco anabolismo pós-trauma cirúrgico). O Professor Moore também se interessou pelos fundamentos da composição corporal, do metabolismo proteico e da neuroendocrinologia, abordando o sistema regulador neuroendócrino nos períodos de catabolismo e anabolismo póstrauma. Também mostrou interesse na área, até então, incipiente dos transplantes de órgãos, sendo que seu incentivo e persistência conduziram o Departamento de Cirurgia do Hospital Peter Bent Brigham a liderar, ainda em 1954, a cirurgia de transplante de órgãos, ocasião em que um “time cirúrgico”, comandado pelo Professor Doutor Joseph Murray, executou, com sucesso, o primeiro transplante de órgão em humanos, transferindo um rim entre gêmeos idênticos. Transplantes de rins bem-sucedidos entre gêmeos fraternos e entre indivíduos sem parentesco desde então se sucederam. O Professor Moore proporcionou desenvolvimento aos procedimentos de transplantes hepáticos, tendo descrito cirurgias de transplantes em cachorros, semelhantes aos procedimentos executados na atualidade. Também introduziu expressões inovadoras e definitivas, tais como imunossupressão e quimioterapia imunossupressiva. Em 1974, publicou a obra Transplant: the give and take of tissue transplantation. Entre 1939 e 1949 ocupou-se do tema “metabolismo do paciente cirúrgico”. Em 1959, publicou o livro Metabolic Care of Surgical Patient. Sua atuação engenhosa nos estudos da composição corporal

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Professor Francis Daniels Moore

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de fluidos e substâncias químicas no corpo humano talvez seja mais conhecida. Mediante utilização de elementos-traço radioativos, foi capaz de medir a quantidade total dos volumes de água, sódio, potássio, nitrogênio, sangue e de outros componentes corporais e sua alteração por ocasião do trauma cirúrgico. A despeito dos conhecimentos adquiridos e assentados, desde os estudos liderados por Rhoads e Moore, o quesito reposição hidreletrolítica persiste como um problema nas enfermarias hospitalares. Muitas vezes, ainda, os pacientes são “inundados” por oferta excessiva de fluidos intravenosos conforme elucidado nas seguintes publicações: • Lobo, DN, Macafee, DA e Allison, SP. How perioperative fluid balance influences postoperative outcomes. Best Pract Res Clin Anaesthesiol 2006; 20(3):439-55. • Hilton, AK, Pellegrino, VA e Scheinkestel, CD. Avoiding common problems associated with intravenous fluid therapy. Med J Aust 2008; 189(9):509-13. • Ghali, JK. Mechanisms, risks, and new treatment options for hyponatremia. Cardiology 2008; 111(3):147-57. Surpreendentemente, o tema “fluidoterapia” permanece de conhecimento precário entre os médicos-residentes, conforme levantamento recente de Dileep Lobo e Simon P. Allison, em hospitais da Grã-Bretanha. Em geral, essa tarefa é atribuída aos residentes de primeiro ano sem a devida assistência/acompanhamento do staff hospitalar, aí residindo – provavelmente – a persistência das dificuldades relacionadas com reposições adequadas de fluidos nos pacientes hospitalizados.

Professor Dileep N. Lobo

Professor Simon P. Allison

A terapia nutricional, à semelhança da reposição de fluidos, também persiste sem a devida valorização nos ambientes hospitalares. A ausência de atenção à mesma favorece condição de má-evolução, acompanhada de significativo índice de morbimortalidade. Persiste como tema de continuadas publicações, tais como as de Schiesser M., Müller S., Kirchhoff P., Breitenstein S., Schäfer M. e Clavien P.A. (Assessment of a novel screening score for nutritional risk in predicting complications in gastro-intestinal surgery. Clin Nutr 2008; 27(4):565-70), assim como publicação do mesmo grupo, isto é, do Departamento de Cirurgia do Hospital Universitário de Zurique na Suíça: The correlation of nutrition, risk índex, nutrition risk score, and bioimpedance analysis with postoperative complications in patients undergoing gastrointestinal surgery. Surgery 2009; 145(5):519-26. Os autores abordam os riscos de possíveis complicações, bem como a necessidade de realizar a avaliação nutricional prévia, objetivando diminuir o impacto do comprometimento nutricional com a evolução hospitalar. Os doutores George L. Blackburn (EUA), Bruce Bistrian (EUA), Josef E. Fischer (EUA), Murray F. Brennan (EUA), Claude Solassol (Montpellier, França) e Henry Joyeux (Montpellier, França), Lloyd D. MacLean (Montreal, Canadá), Shohei Ogoshi (Kochi, Japão), Peter Fürst (Stuttgart, Alemanha), Fernando Paulino (Rio de Janeiro), Ernesto Lima Gonçalves (São Paulo), Geraldo Chini (Rio de Janeiro), Giocondo Villanova Artigas (Paraná) não podem deixar de ser citados, justamente em razão de seus comprometimentos no exercício da excelência em termos de cuidados aos pacientes, oferecendo significativas contribuições e exercendo grandes conhecimentos de Metabologia. O Professor Doutor Ernesto Lima Gonçalves, chefe do Grupo de Metabologia Cirúrgica da Disciplina de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, publicou em 1973, o livro Metabolismo e Cirurgia, tendo como colaboradores os já Professores-Assistentes Doutores do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Eugênio Américo Bueno Ferreira, Dario Birolini, Ruy Geraldo Bevilacqua, Marcel Cerqueira César Machado, Nelson Fontana Margarido e José Eduardo Monteiro da Cunha, que

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percorrem brilhante trajetória na área médica. Este livro conta com o prefácio do Professor Doutor Francis D. Moore, em que faz menção de não só conhecer, como a de já ter trabalhado com os Professores Ernesto Lima Gonçalves, Ruy Geraldo Bevilacqua e José Eduardo Monteiro da Cunha, além de muitos outros colaboradores não citados no presente prefácio. Posteriormente, o Professor Dan L. Waitzberg passou a participar desse Grupo de Metabologia Cirúrgica, comandado pelo Professor Ernesto Lima Gonçalves. O Professor Doutor Nelson Fontana Margarido publicou, em 2009, a obra Manual de Metabologia Cirúrgica, mantendo, de modo vivo, a sua longa relação com tão fascinante tema.

Professor Fernando Paulino

Professor Claude Solassol

Professor Geraldo Chini

Professor Henry Joyeux

Professor Giocondo Artigas

Professor Ernesto L. Gonçalves

Também são merecedoras de destaque as figuras contemporâneas de Samir Rasslan, Dario Birolini, Ruy Geraldo Bevilacqua, Marcel Cerqueira Machado, Eugênio Bueno A. Ferreira, Joel Faintuch, João Gilberto Maksud, Uenis Tannuri, Dan Waitzberg, Maria de Lourdes Teixeira da Silva, Maria de Lourdes Capacci, Antonio Carlos Lopes, Roberto Saad Júnior, Raul Coimbra, Ernani Rolin, Adhemar Monteiro Pacheco Júnior, Rodrigo Altenfelder da Silva, Silvia Cristine Soldá, Frederico Aun, Isac Jorge Filho, José Ernesto dos Santos, Aníbal Basile Filho, José Ivan de Andrade, Antonio Ziliotto Júnior, Daniel Magnoni, Celso Cukier, Roberto Carlos Burini, Cláudio Birolini, Luiz Augusto Ferreira Lisboa, Michel Kfouri Filho, Suely Itsuko Ciosak, Jesus Roberto Ceribelli, Maria Isabel Pedreira de Freitas Ceribelli, Yara Carnevalli Baxter, Maria Carolina Gonçalves Dias, Rosane Pilot Pessa, Miguel Carlos Riella, Antonio Carlos Campos, Paulo Cesar Andriguetto, Odery Ramos Júnior, Ronaldo Vianna, Edson Braga Lameu, Francisco Maia, Eduardo Eiras Moreira da Rocha, Ricardo Rosenfeld, Valéria Abrahão, Jean Ruffier, Cléa Ruffier, Luiz Alfredo Lamy, Eugenio Cersosimo, Maria Isabel T. D. Correia, Faustino Teixeira Neto, José Eduardo de Aguilar-Nascimento, Fernando Freire Lisboa, José Roberto Carvalho Diener, José Vicente Noronha Spolidoro, Luiz Inácio Garcia, Maria Cristina Gonzalez, João Wilney Franco Filho, Themis Reverbel da Silveira, Sérgio Henrique Loss, Cesar Augusto

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Moura de Faria Corrêa, Fernando Lucchese, Fernando Antonio Bohrer Pitrez, Ismael Magilnik, Sydnei Henrique Pardo, Judith Dietz, Fernando Weber da Silva Matos, Cyro Alfredo P. S. Leães, Bernardete Weber, Denise Zaffari, Denise Halpern Silveira, Marlene P. Leuck, Claúdia B. Marchese, Mauren Kuse, Dóris Sbravatti, Débora Gastaldello, Maria Berra, Fernando Dutra e os saudosos Eduardo Botelho de Carvalho e João Augusto Mattar Filho, entre outros tantos com quem tenho tido e tive a oportunidade de cruzar caminhos em seus cenários de trabalho e em eventos científicos. O tema Metabologia, com a aquisição de novos conhecimentos, está em permanente renovação e em constante movimento. Do grego metabolé (mudança, troca), representa um conjunto de mecanismos químicos e de reações, necessários ao organismo para a formação, o desenvolvimento e a renovação das estruturas celulares, assim como para a geração de energia necessária às manifestações interiores e exteriores de sustentação da vida. Tem importância vital na homeostase cotidiana dos seres vivos. Em razão do número de publicações sobre o tema não ser grande, a presente obra está sendo disponibilizada para uma vasta área de profissionais, sejam médicos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos (profissionais e estudantes). A presente publicação não esgota o assunto, ao contrário, muito existe por ser conhecido, discutido, confirmado e escrito, à semelhança do que já vem sendo alvo de discussões em Congressos (SBNPE/Natal, 2009; Ganepão/São Paulo, 2009; Congresso da ASPEN – American Society of Parenteral and Enteral Nutrition, Nova Orleans, 2009; Congresso da ESPEN – European Society of Parenteral and Enteral Nutrition, Viena, 2009; e em Las Vegas, 2010). Nesse sentido, este livro também contempla temas-alvo de preocupações crescentes nos cuidados aos pacientes, como Obesidade, Compulsão Alimentar e Riscos de Obesidade Mórbida (Capítulo 19), Estresse: Aspectos Psíquico-Metabólicos (Capítulo 31), Distúrbios Metabólicos e Comportamentais Infanto-Juvenis (Capítulo 34). Eventualmente, esse material, contido em 54 capítulos, poderá ser instrumento de estímulo para novos lançamentos e estudos sobre o tema, visto que abrange fundamentos de metabologia, situações de elevadas repercussões metabólicas e uma abordagem mais dedicada aos órgãos e sistemas. Esse Tratado constitui o ponto de partida da visualização da Metabologia. É instigante, sendo impossível de ser esgotado. O livro, na sequência de sua apresentação, é acompanhado da presença de três prefacistas de grande expressão, além da “Mensagem do Professor Stanley Dudrick”. O respeito e a admiração que lhes dedico seguem sumarizados na frase do historiador americano Henry Adams (16 de fevereiro de 1838 a 27 de março de 1918) que afirmou: “O Professor se liga à eternidade: ele nunca sabe onde cessa a sua influência.”

Francisco Juarez Karkow Julho de 2009, na cidade de Sapporo, Japão, por ocasião do 17o Simpósio sobre Alimentos Funcionais

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Prefácio 1

Samir Rasslan

Os avanços tecnológicos observados nestas últimas décadas têm apresentado impacto extraordinário no exercício da medicina. Iniciamos este novo século com inúmeras perspectivas e um futuro promissor para o desempenho de nossa atividade profissional nos setores de diagnóstico e terapêutica. Vivemos uma verdadeira revolução na ciência médica e, segundo a Organização Mundial da Saúde, 50% dos avanços terapêuticos atualmente disponíveis não existiam há 10 ou 15 anos. Independente dos avanços tecnológicos, a essência da arte médica apoia-se na relação médico-paciente, na história clínica detalhada e no exame físico minucioso. A busca incessante pela definição ou sedimentação de conceitos e condutas diagnósticas e terapêuticas tem como objetivos o bem-estar do paciente, a melhora da qualidade de vida, a saúde física e mental e a longevidade do ser humano. A evolução da medicina tem contribuído de maneira significativa para a prevenção de doenças – degenerativas e arterioescleróticas –, a orientação de uma prática nutricional mais adequada, a valorização do exercício físico, o diagnóstico precoce do câncer ou de seus fatores predisponentes e a eliminação de fatores de risco, entre outros. A história e a evolução das doenças é tão antiga quanto a própria história da humanidade. As doenças manifestamse de maneira aguda, insidiosa ou com cronificação, determinando respostas orgânicas, fisiológicas ou patológicas, que influenciam favorável ou negativamente na sua evolução. As alterações orgânicas – física, metabólica e mental – em relação ao estresse psíquico e à agressão da doença constituem um capítulo à parte na medicina. A doença é ampla, envolve o organismo como um todo, bem como é vasta e complexa a resposta do organismo às agressões. O conhecimento acerca da metabologia, bem como das consequências da doença sobre a homeostase ou o equilíbrio hidreletrolítico e energético é fundamental para a terapêutica correta. No decorrer da graduação, o futuro médico recebe informações sobre bioquímica e fisiologia apenas nos anos iniciais, na maioria das vezes sem nenhuma relação destes conhecimentos com a sua aplicação prática. Ao longo do curso, ao tomar contato com as doenças e suas implicações, o estudante sente falta de um melhor aprendizado dos fundamentos da metabologia, para entender a etiopatogenia e a fisiopatologia dos distúrbios orgânicos observados em distintas condições. Na formação do médico detecta-se, muitas vezes, a deficiência na compreensão racional dos fenômenos orgânicos. A “bagagem” adquirida na formação básica não é suficientemente valorizada ou aplicada na clínica. Essa falha em nossa formação médica mostra que o curso médico é fragmentado em setores que por vezes não se relacionam, sendo indispensável a interação da ciência básica com a clínica. As consequências traduzidas por alterações de função têm grande relevância na compreensão dos transtornos a que o organismo está submetido frente a uma determinada doença ou agressão. Assim, acredito que, com base nesses conceitos, o Professor Francisco Juarez Karkow idealizou a elaboração deste livro, que tem por objetivo valorizar a importância da metabologia na prática médica. O livro divide-se em três partes: na primeira, analisam-se as bases e os fundamentos da metabologia; na segunda, apresentam-se situações que se manifestam com acentuadas repercussões metabólicas; e na terceira, são discutidos, com detalhes, os distúrbios observados em doenças dos diferentes segmentos corporais.

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Esta obra compõe-se de 54 capítulos, com a participação de renomados colaboradores nacionais e internacionais. Abrange vasto campo de discussão e seguramente ocupará um lugar de destaque na nossa literatura médica, representando importante fonte de consulta para estudantes de Medicina e jovens médicos, profissionais de outras áreas, tais como Nutrição, Farmacologia, Enfermagem, assim como para todos que se interessam por este fascinante campo do conhecimento. O Professor Karkow realizou sua formação na área cirúrgica, ocupando o cargo de Professor Titular do Departamento de Clínica Cirúrgica do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul no período de 1975 a 2009, onde, sistematicamente, se dedicou ao estudo da Metabologia. É respeitado em nosso meio pela reconhecida atuação e pelo vasto conhecimento nesta área. Ao longo destes anos tenho tido o privilégio de acompanhar a sua brilhante carreira e desfrutar de sua amizade. Agradeço a honra e a homenagem que ele me concede, com o convite para ser um dos prefaciadores este livro. Samir Rasslan Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Professor Doutor, Livre-Docente, Titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS. Professor Titular das Disciplinas de Cirurgia Geral e do Trauma do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

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Prefácio 2

Dan L. Waitzberg

É um prazer prefaciar o Tratado de Metabolismo Humano, organizado pelo Professor Francisco Juarez Karkow e editado pela Editora Rubio. Com grande satisfação, reconheço, mais uma vez, o empenho incansável do Professor Karkow em buscar novas formas de difundir o ensino e o conhecimento científico atual. Especialmente, por tratar da Metabologia, setor do conhecimento com que convivemos há 40 anos, por ocasião do início de nossa formação científica e acadêmica no Grupo de Metabologia e Cirurgia na Disciplina de Técnica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, na época dirigido pelo Professor Ernesto Lima Gonçalves. Os objetos de interesse da metabologia acompanham e explicam as modificações fisiológicas do ser humano. As modificações metabólicas nos diversos estados mórbidos contribuem para a fisiopatologia e as manifestações clínicas e vêm permear a clínica médica e cirúrgica, da criança ao idoso. Portanto, o conhecimento aprofundado da metabologia, principalmente quando integrada às demais disciplinas do conhecimento médico, possibilita a compreensão holística do ser humano na saúde e na doença. Há tempos existe a preocupação em se estudar os fenômenos dos metabolismos hidreletrolítico, ácido-básico e intermediário. No entanto, novas técnicas de cinética e de biologia molecular tornaram possível entender melhor fenômenos metabólicos mais complexos e estabelecer vias metabólicas pouco compreendidas anteriormente. Isso é particularmente válido na integração do conhecimento entre o sistema imunológico e os componentes da resposta inflamatória, agora enriquecido pela visão da proteômica e genômica. Este recente conhecimento vem amparar novas atitudes clínicas fundamentadas em evidências científicas. Criam-se oportunidades de intervenção para, concomitantemente à correção das deficiências e dos distúrbios do metabolismo, modular o sistema imunológico e modificar a resposta inflamatória. No entanto, poucas publicações em metabologia se dedicam a transmitir um conhecimento organizado, de uso imediato, prático e fundamentado em evidências científicas comprovadas. A presente obra qualifica-se por ter um cunho prático e de ensinamento distinto que vem ganhando maior notoriedade nos últimos anos. Destaca-se por apresentar informação atualizada distribuída em seus 54 capítulos escritos de maneira a integrar a metabologia com a clínica e o tratamento das doenças. Na abordagem da clínica nutricional, os capítulos ganham enorme expressão ao apresentarem elementos integrados entre a metabologia e o planejamento e implementação nutricional. Nota-se o cuidado na seleção dos autores dos capítulos da presente obra, o que lhe confere caráter de multidisciplinaridade. O temário abordado gira em torno de doenças metabólicas, com três partes que apresentam aspectos distintos da metabologia. Inicialmente, aborda-se a homeostase orgânica e energética, as alterações dos fluidos e minerais e a resposta inflamatória. A segunda parte abrange o estado nutricional, bem como as suas alterações em diversos estados traumáticos e inflamatórios, incluindo moléstias do trato digestório. Por fim, na terceira parte, discutem-se detalhadamente os distúrbios metabólicos nos diversos órgãos e sistemas. Os autores dos capítulos são notórios especialistas, oriundos de universidades e serviços de ponta, com rica experiência na prática clínica, que abrilhantam a obra.

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Temos a certeza de que esse livro, criteriosamente organizado e elaborado, em muito, contribuirá para o melhor entendimento de como a metabologia influencia, na prática diária, o cuidado integral do paciente. Trata-se de leitura obrigatória para os profissionais da saúde que, em seus consultórios, clínicas e no hospital, terão a oportunidade de se atualizar com os avanços da metabologia moderna. Parabenizo o Professor Francisco Karkow e seus colaboradores, pela importante contribuição educacional em Metabologia Integrada. Dan L. Waitzberg Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Professor-Associado do Departamento de Gastrenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Coordenador do Laboratório de Metabologia e Nutrição em Cirurgia Digestiva do Departamento de Gastrenterologia (LIM 35) do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP). Diretor-Presidente do Grupo de Nutrição Humana (GANEP).

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Prefácio 3

Anil D. Kulkarni, MSc, PhD

EM DIREÇÃO AO FUTURO Para mim, é uma grande honra e privilégio prefaciar o Tratado de Metabolismo Humano, cujas palavras rotulo como “Em direção ao Futuro” na condição de convidado do Professor Doutor Francisco Karkow, editor desta obra. Os novos conhecimentos e avanços metabólicos representam uma etapa revolucionária de cuidados oferecidos aos pacientes. A abordagem terapêutica tem se desdobrado além da hospitalização. Uma singular e vigorosa mensagem nesta expressiva obra é a de oferecer diretrizes importantes e conhecimentos avançados no campo do metabolismo, desde os básicos até as descobertas de aplicação clínica. Atualmente, têm ocorrido significativos progressos nos cuidados tecnológicos e médicos disponibilizados aos pacientes, que resultam em maior longevidade e melhora acentuada na qualidade de vida, a despeito do status de saúde, ou seja, se o maior tempo de vida ocorre livre de doenças ou por patologias de menor ou maior intensidade. A rápida identificação de distúrbios metabólicos, com a instituição de medidas eficientes que permitam o reequilíbrio orgânico dos pacientes, em situações como doenças induzidas pelo estado de estresse, doenças acompanhadas de desnutrição e traumas, cada vez mais tem evoluído para o restabelecimento da homeostase. O aporte e uma visão abrangente de medidas com repercussões metabólicas, como a sustentação do estado nutricional, com reposição judiciosa das necessidades de cada indivíduo, podem ser de vital importância em todos os estágios de vida, passando desde a atenção às células e órgãos até a completa assistência ao organismo como um todo. O presente livro é uma compilação excepcional de vários cenários metabólicos e de ações terapêuticas com aplicações em situações distintas. Oferece uma nova fonte de difusão de conhecimentos clássicos, avançando aos novos, abordando como, quando e que tipo de medidas e de suplementações pode ser necessário, desejável até a condição de objetivamente indispensável. Contendo 54 capítulos, abrange amplo número de tópicos, tais como homeostase, metabolismo da água e de eletrólitos, fluidoterapia, geradores de energia, resposta metabólica ao estresse, choque traumático, obesidade, imunomodulação, necessidades nutricionais na infância e no adulto, no trabalho, no exercício, na gestação, na senilidade, afora capítulos relacionados com especialidades. Também incursiona em muitos temas novos e desafiadores, como translocação bacteriana e degermação digestiva seletiva, abordando tópicos clássicos de aplicação da nutrição na área médica, aplicações de alimentos funcionais em pacientes e a manutenção do estado de higidez orgânica. Uma inovadora área de contramedida nutricional destinada às viagens espaciais e à microgravidade, com repercussões corporais relevantes, foi incluída no livro. Viagens espaciais, bem como seu ambiente e estresse apresentam impressionante similaridade aos inevitáveis efeitos fisiológicos observados na senescência. Evidências experimentais, como as estudadas em modelos análogos aos de microgravidade in vivo e in vitro, validam um grande número de aplicações e medidas em humanos, com vida normal na terra. Finalmente, os leitores dessa obra poderão constatar quanto ela é útil, além de disponibilizar um leque de tópicos que representam um material elevadamente educacional e que irá determinar impacto no que diz respeito aos cuidados clínicos e à abordagem terapêutica aos pacientes, oferecendo-lhes progresso em seus quadros de base. Nessa moderna era da medicina existe uma ênfase contundente no manejo clínico e cirúrgico, com pequena atenção metabólica ao hospedeiro,

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especialmente no período pós-internação hospitalar, assim como nos pacientes cronicamente enfermos. É possível fazer uso dos conhecimentos de metabolismo e nutrição de modo sinérgico e como terapia auxiliar em todos os tipos de situações clínicas. Tenho certeza de que este livro irá abrir novos rumos para estudos, pesquisas básicas e clínicas, com aumento na atenção ao metabolismo, à nutrição e à homeostase, incentivando, também, programas educacionais em faculdades afeitas a tão envolvente tema. Anil D. Kulkarni, MSc, PhD Professor of Surgery – Department of Surgery – The University of Texas Health Science Center and Medical School. Houston, TX 77030

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Mensagem

Stanley J. Dudrick

É um privilégio extraordinário e uma honra distinta ser convidado para contribuir com esta breve sinopse de meus pensamentos e perspectivas com relação à Nutrição e ao Metabolismo, nesta obra excepcional que compila conhecimento acumulado e apresentado de forma tão abrangente pelo Professor Francisco Karkow e seus distintos colegas e autores. Em parte, este livro resume mais de 40 anos de seus interesses e esforços nas mais importantes áreas da Nutrição e do Metabolismo. Às vezes, essas duas especialidades são consideradas por alguns como processos individuais ou separados, e por outros, como essencialmente o mesmo processo; ao passo que há aqueles que as consideram processos inseparáveis agrupados em uma forma contínua de atividades interdependentes e complexamente relacionadas. São absolutamente essenciais para o sustento de toda estrutura celular, seu funcionamento e, de fato, a própria vida. “Alimentação” pode ser definida como: substâncias de valor biológico, normalmente de origem animal ou vegetal, consistindo em várias combinações de carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais e elementos químicos, os quais são ingeridos, digeridos e assimilados pelo corpo para produzir energia, gerar e manter a estrutura e o funcionamento, estimular o crescimento e a sustentação da vida. “Dieta” corresponde à combinação de alimentos comuns ou usuais que as pessoas ou os animais ingerem, os quais são prescritos, ao longo de certo período, para subsistência. No entanto, “nutrição” é o processo pelo qual a alimentação ingerida na dieta é digerida, absorvida e assimilada pelo sistema gastrintestinal e seus apêndices. As moléculas resultantes de valor biológico são transportadas pela circulação para todas as células no corpo, onde iniciam suas funções como substratos no “endotélio capilar”, membrana celular responsável pelo crescimento, pelo reparo, pela reposição e por outras múltiplas funções celulares. Finalmente, “metabolismo” é o resumo de incontáveis e complexos processos químicos e físicos que ocorrem constantemente no interior das células vivas e que são necessários para a sustentação da vida; simultaneamente, alguns substratos exógenos e grandes moléculas intracelulares endógenas são quebrados/decompostos para produzir moléculas menores e energia para alimentar processos vitais (catabolismo), enquanto outras reações concomitantes convertem moléculas pequenas em moléculas grandes e iniciam a síntese do tecido (anabolismo). De forma menos complexa, “metabolismo” é o resumo total dos inúmeros processos catabólicos e anabólicos pelos quais a massa celular corporal continuamente se reabastece, repara, regula, revigora e regenera. A importância primordial da nutrição na sustentação, na preservação e no restabelecimento de uma boa saúde, ou seja, de uma boa homeostase, vem sendo reconhecida e enfatizada há mais de dois milênios e meio, iniciando-se com observações e ensinamentos de Hipócrates. O conhecimento e a experiência foram obtidos ao longo de todas as épocas subsequentes; a importância e a sofisticação das aplicações do suporte nutricional cresceram logaritmicamente. Na verdade, durante o século XX, a relevância de manter um estado nutricional adequado para atingir superações clínicas máximas em pacientes seriamente feridos ou doentes foi estabelecida acima de qualquer dúvida e deu início a uma revolução na prática da medicina. Uma vez que tecnologias de diagnóstico, terapêuticas e de monitoramento avançaram, os objetivos da nutrição progrediram de suporte de

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índices brutos, óbvios de toda a estrutura e função corporal, aos níveis de integridade dos tecidos e órgãos, a reações intracelulares mais sutis e complexas, funções e inter-relações que constituem toda a essência da bioquímica clínica, fisiologia, imunologia, neuroendocrinologia e muitas outras sublimes funções a serem descobertas e identificadas. A progressão dos processos, desde o alimento que ingerimos a inúmeras, abrangentes e integradas funções celulares, moleculares, enzimáticas e endócrinas, e suas regulações genéticas, modulação e controle, define essencialmente o metabolismo como o conhecemos. Referências a essa série aparentemente miraculosa de eventos como uma sinfonia harmoniosa, ou, até mesmo, “a sabedoria do corpo”, parecem ser inadequadas como comparações, analogias ou definições destes processos complexos tão vitais à vida. As informações que ainda estão para ser descobertas e explicadas relacionadas com a Nutrição e o Metabolismo, bem como com a estrutura, a função, a saúde e as doenças, representam um desafio perfeito para todos nós que passamos nossas vidas tentando desvendar os mistérios dessas fascinantes inter-relações, exemplificadas pelo Professor Karkow e todos os peritos reunidos por ele para produzir esta inestimável compilação do estado da ciência e arte desses dois temas nos dias de hoje. A mensagem final dessa maravilhosa publicação acadêmica e prática é que todos aqueles que contribuíram com a obra, além dos que aprenderão com ela, devem continuar lutando para cumprir nossa obrigação mútua de proporcionar o melhor suporte metabólico e nutricional aos nossos pacientes, sob qualquer condição e sempre. Somente quando tivermos esgotado todas as possibilidades de fornecer as melhores condições e substratos para todas as células do corpo a fim de desempenhar de forma ideal e efetiva as funções metabólicas para as quais foram designadas, teremos atingido nossos objetivos ideais de suporte, promoção e garantia de desempenho e saúde máxima a todos os nossos pacientes. É nosso inegável dever profissional, ético e moral fazer isso. Sou grato ao Professor Karkow e aos seus colaboradores por nos apontar a direção certa, nos mostrar o caminho e guiar nosso progresso neste nobre esforço. Stanley J. Dudrick, MD, FACS, FACN Professor of Surgery, Yale University, USA.

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Sumário

Parte I – Fundamentos em Metabologia, 1 Capítulo 1

Metabologia – Abordagem Integrativa e Novos Horizontes, 3 Francisco Karkow

Capítulo 2

Homeostase, 25 Francisco Karkow

Capítulo 3

Metabolismo da Água e Eletrólitos, 43 Francisco Karkow

Capítulo 4

Fluidoterapia, 93 Francisco Karkow

Capítulo 5

Geradores de Energia, 111 Francisco Karkow

Capítulo 6

Avaliação do Paciente Hospitalar – Peculiaridades e Risco de Desnutrição, 179 Francisco Karkow

Capítulo 7

Imunidade e Imunoestimulação, 203 Francisco Karkow

Capítulo 8

Alimentos Funcionais e Potenciais Indicações Médicas, 251 Francisco Karkow

Capítulo 9

Resposta Orgânica à Agressão Cirúrgica, 269 Raul Coimbra • Gustavo Pereira Fraga

Capítulo 10

Resposta Metabólica ao Trauma e ao Estresse, 283 Francisco Karkow

Capítulo 11

Imunomodulação Nutricional por Evidência: Aplicações em Indivíduos com Estresse e Traumatismo, 305 Anil D. Kulkarni • Mari Kogiso • Koji Wakame • Keiko Yamauchi

Capítulo 12

Óleo de Peixe por Via Parenteral e Funções Imunológicas, 311 Raquel Susana Matos de Miranda Torrinhas • Dan Linetzky Waitzberg

Capítulo 13

Controvérsias em Translocação Bacteriana, 323 Francisco Karkow • Rodrigo Siqueira-Batista • Mariana Beatriz Arcuri • Verônica Santos Albuquerque • Andréia Patrícia Gomes

Capítulo 14

Controvérsias em Degermação Digestiva Seletiva, 339 Francisco Karkow • Verônica Santos Albuquerque • Andréia Patrícia Gomes

Capítulo 15

Termogênese e Regulação Térmica, 351 Francisco Karkow

Capítulo 16

Tecido Adiposo como Órgão Metabólico, 369 Francisco Karkow • José Ernesto dos Santos

Capítulo 17

Metabolismo da Cicatrização de Feridas, 391 Antonio Carlos L. Campos • Alessandra Miguel Borges

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Parte II – Situações de Elevadas Repercussões Metabólicas, 399 Capítulo 18

Queimaduras, 401 Francisco Karkow • David S. Gomez

Capítulo 19

Obesidade, Compulsão Alimentar e Riscos de Obesidade Mórbida, 433 Francisco Karkow • Christian Haag Kristensen

Capítulo 20

Obesidade Mórbida e Cirurgia Bariátrica, 455 Joel Faintuch

Capítulo 21

Quilotórax e Quiloascite, 465 Francisco Karkow • Darcy R. Pinto Filho

Capítulo 22

Síndrome do Choque Circulatório, 479 Aníbal Basile Filho • Edson Antonio Nicolini • Gil Cezar Alkmin Teixeira • Rafael Henriques Jácomo

Capítulo 23

Tireotoxicose, 499 Nilza Maria Scalissi • Sergio Setsuo Maeda

Capítulo 24

Cetoacidose Diabética, 511 Daniel Panarotto

Capítulo 25

Doença Inflamatória Intestinal, 519 Eduardo Brambilla

Capítulo 26

Alterações Metabólicas na Síndrome do Intestino Curto, 533 Samir Rasslan • Francisco Karkow

Capítulo 27

Impacto Metabólico das Fístulas Digestivas, 541 Isac Jorge Filho

Capítulo 28

Politrauma, 555 Rafael Omar Giovanardi

Capítulo 29

Síndrome do Imobilismo, 569 Therezinha Rosane Chamlian • Vânia Assaly • Milene Silva Ferreira • Antonio Gustavo Macedo Karkow • Juliana Regina Chamlian Zucare

Capítulo 30

Síndrome da Realimentação, 585 Francisco Karkow

Parte III – Distúrbios Metabólicos nos Diversos Órgãos e Sistemas, 593 Capítulo 31

O Estresse – Aspectos Psicometabólicos, 595 Francisco Karkow • Mônica Medeiros Kother Macedo • Blanca Susana Guevara Werlang

Capítulo 32

Distúrbios Metabólicos e a Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, 605 Lessandra Michelim • Juliano Fracasso • José Luiz Atti

Capítulo 33

Distúrbios Metabólicos e Nutricionais na Infância, 623 Fernanda Menegaz Pretto • Petrônio Fagundes de Oliveira Filho

Capítulo 34

Distúrbios Metabólicos e Comportamentais na Infância e na Adolescência, 647 Francisco Karkow • Mônica Medeiros Kother Macedo • Blanca Susana Guevara Werlang

Capítulo 35

Trauma na Infância: Repercussões, 667 Ana Cristina Aoun Tannuri • Uenis Tannuri

Capítulo 36

Distúrbios Metabólicos na Nutrição Enteral, 683 Simone Morelo Dal Bosco • Kelly Lameiro Rodrigues • Jacqueline Schaurich dos Santos • Fernanda de Oliveira Marques • Francisco Karkow

Capítulo 37

Distúrbios Metabólicos na Nutrição Parenteral, 711 Edson Lameu • Ronaldo Vianna

Capítulo 38

Repercussões Metabólicas Envolvendo Sistema Nervoso Central/Eixo Neuroendócrino, 733 Vanderson Antônio

Capítulo 39

Distúrbios Metabólicos em Gastrenterologia, 743 Raul Ângelo Balbinotti • Silvana Sartori Balbinotti • Francisco Karkow

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Capítulo 40

Distúrbios Metabólicos em Ginecologia e Obstetrícia, 793 Francisco Karkow • José Mauro Madi • Sonia Regina Cabral Madi

Capítulo 41

Distúrbios Metabólicos em Cardiologia, 821 Francisco Michielin • Roberto Tofani Sant’Anna

Capítulo 42

Distúrbios Metabólicos em Pneumologia e Alterações do Equilíbrio Ácido-Básico, 841 Dagoberto Vanoni de Godoy • Fabrício Piccoli Fortuna

Capítulo 43

Falência Hepática Aguda, Crônica e Crônica Agudizada, 857 Francisco Karkow

Capítulo 44

Distúrbios Metabólicos em Nefrologia – Lesão Renal Aguda, 867 Thyago Proença de Moraes • Silvia Carreira Ribeiro • Miguel Carlos Riella

Capítulo 45

Pancreatite Aguda e Crônica – Diagnóstico e Terapêutica, 881 José Galvão-Alves • Marta Carvalho Galvão

Capítulo 46

Doenças Reumáticas e Metabolismo, 903 João Adalberto Marasca • Francisco Karkow

Capítulo 47

Senescência e as suas Repercussões Metabólicas, 929 Rosângela Minardi Mitre Cotta • Rita de Cássia Lanes Ribeiro • Carlos Alfredo Franco Cardoso • Lídia Maria Franco Cardoso

Capítulo 48

Síndrome Paraneoplásica, 947 James Freitas Fleck • Karine Furlan da Costa

Capítulo 49

Repercussões Metabólico-Nutricionais nos Hepatopatas e Impacto nos Transplantes Hepáticos, 961 Antonio Carlos L. Campos • Alessandra Miguel Borges

Capítulo 50

Síndrome Serotoninérgica, 969 Vilmar Molon

Capítulo 51

Células-Tronco Adultas e Embrionárias, 981 Fabio Firmbach Pasqualotto • Martina Fritsch • Luciane C. Baptista • Eleonora Bedin Pasqualotto

Capítulo 52

Espécies Reativas de Oxigênio e Antioxidantes Seminais – Aspectos Metabólicos, 999 Fabio Firmbach Pasqualotto • Eleonora Bedin Pasqualotto

Capítulo 53

Nutrição, Metabolismo e Atividade Física, 1021 Julio Tirapegui • Mariana de Rezende Gomes • Francisco Leonardo Torres-Leal • Marcelo Macedo Rogero

Capítulo 54

Farmacologia e Metabolismo – Interações, 1053 Eduardo C. Palma

Indice, 1069

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Abreviaturas

12-LO

12-lipo-oxigenase

ACV

aparelho cardiovascular

15epi-LXA4

15-epi-lipoxina

ADH

hormônio antidiurético – antidiuretic hormone

15-LO

15-lipo-oxigenase

ADHD

ver TDAH

2-DG

2-desoxi-D-glicose

ADM

água duplamente marcada

31-P RM

ressonância magnética com fósforo-31

ADME

absorção, distribuição, metabolismo e excreção

3TC

lamivudina

ADP

difosfato de adenosina – adenosine diphosphate

5-ASA

ácido-5-aminossalicílico

ADQI

5-HEDH

5-hidroxieicosanoide desidrogenase

iniciativa de diálise aguda com qualidade – acute dialysis quality initiative

5-HETE

ácido 5-hidroxieicosatetraenoico

AF

alimentos funcionais

AG

ácidos graxos; ânion gap

5-HIAA

ácido hidroxi-indolacético AGCC

ácidos graxos de cadeia curta

5-HpETE

ácido 5-hidroperoxieicosatetraenoico

AGCL

ácidos graxos de cadeia longa

5-HT

5-hidroxitriptamina

AGCM

ácidos graxos de cadeia média

5-LO

enzima 5-lipo-oxigenase

AGE

ácidos graxos essenciais

5-OXO-HETE

5-oxo-eicosatetraenoico

AGL

ácidos graxos livres

A1AT

alfa-1-antitripsina

AGMI

ver MUFA

A/I

altura para a idade

AGPI

ver PUFA

AA

aminoácidos; ácido araquidônico

AgRP

AACR

aminoácidos de cadeia ramificada

proteína relacionada ao agouti – agouti-related peptide

AAE

aminoácidos essenciais; aminoácidos excitatórios

AGS

ver SFA

AHCC

AATG

autoantitireoglobulina

Active Hexose Correlated Compound – Hexose Ativa de Composição Correlacionada

AATPO

antiperoxidase

AHO

ABLS

Suporte Avançado de Vida no Queimado – Advanced Burn Life Support

osteodistrofia hereditária de Albright – Albright hereditary osteodystrophy

AI

ingestão adequada – adequate intake

ACA

aminoácidos de cadeia aromática

AIA

adiposidade intra-abdominal

ACh

acetilcolina

AIDS

ACP

proteína carreadora de grupos acila

síndrome da imunodeficiência adquirida – acquired immunodeficiency syndrome

ACR

American College of Rheumatology

AINE

anti-inflamatório não esteroide

AIR

artrite inflamatória reumatoide

Acrp-30

proteína expressa exclusivamente em adipócitos – adipocyte complement-related protein

AKIN

Acute Kidney Injury Network

ACT

água corporal total

ALA

ácido alfalinolênico

ACTH

hormônio adrenocorticotrófico – adrenocorticotrophic hormone

ALA-GLN

L-alanil-glutamina

ALB

albumina

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alfa-MSH

hormônio estimulador alfamelanocítico

BAV

bloqueios atrioventriculares

ALH

área lateral hipotalâmica

BB

base do sangue total – buffer base

ALR

atividade livre de restrição

BD

déficit de base – base deficit

AMP

monofosfato de adenosina – adenosine monophosphate

BDE

ver DEB

BE

excesso de base – base excess

AMPc

monofosfato de adenosina cíclico

BEG

gap déficit-excesso de base – deficit-excess gap

AMPK

adenosina-proteinocinase ativada

BGP

proteína óssea GLA

AN

anorexia nervosa

BHE

balanço hidreletrolítico

Anti-HBsAg

anticorpos para o vírus da hepatite B

BHT

butil-hidroxitolueno

Anti-Sm

anticorpo contra antígeno nuclear Sm

BMP

Anti-VHA

anticorpos para o vírus da hepatite A

proteína óssea morfogenética – bone morphogenetic protein

Anti-VHC

anticorpos para o vírus da hepatite C

BN

bulimia nervosa

AOS

suspensão antiortostática

BNT

bócio nodular tóxico

APACHE

Acute Physiology and Chronic Health Evaluation

BUN

APC

aumento da permeabilidade capilar

nitrogênio ureico sanguíneo – blood urea nitrogen

APO E

apolipoproteína E

Ca

cálcio

APPCC

análise de perigos e pontos críticos de controle

CAAP

Academia Americana de Pediatria

APs

artrite psoriásica

CAD

cetoacidose diabética

AQP

aquaporina

CAH

centros alimentares hipotalâmicos

ARC

núcleo arqueado hipotalâmico

cal

óxido de cálcio; calorias

ARV

antirretrovirais

CAL

confinado agudamente ao leito

ASA

American Society of Anesthesiology

CALT

tecido linfoide associado às conjuntivas – conjunctive-associated lymphoid tissue

ASCA

anticorpo anti-Saccharomyces cerevisae

cAMP

ver AMPc

ASCN

American Society of Clinical Nutrition

CaO

óxido de cálcio

ASN

American Society of Nephrology

ASP

proteína estimulante da acilação – acylation stimulating protein

CaO2

conteúdo arterial de O2

CAR

ver ACR

Asp

aspartato

CART

regulador da transição peptídica

ASPEN

American Society of Parenteral and Enteral Nutrition

CaSR

receptor sensível ao cálcio

CAT

catalase; capacidade antioxidante total

AT

antitireoidianas

CB

circunferência do braço

ATC

água total do corpo

CB1

receptor canabinoide 1

ATLS

Suporte Avançado de Vida no Trauma – Advanced Trauma Life Support

CB2

receptor canabinoide 2

CBNPC

carcinoma brônquico de não pequenas células

ATP

trifosfato de adenosina – adenosine triphosphate

CBPC

carcinoma brônquico de pequenas células

ATP-CP

trifosfato de adenosina-creatinofosfato

CC

circunferência da cintura

ATPase

adenosinotrifosfatase

CCDA

células citotóxicas dependentes de anticorpos

ATTAIN

ensaio Abatacept no tratamento de resposta inadequada ao anti-FNT – abatacept trial in treatment of anti-TNF inadequate responders

CCK

hormônio colecistocinina, colecistocinina – cholecystokinin

CCK-PZ

colecistocinina-pancreozimina

ATV

adiposidade tecidual visceral

CD

calorimetria direta; células dendríticas

AVE

acidente vascular encefálico

CDC

Center for Disease Control and Prevention

AVP

arginina vasopressina

CDOD

AZT

zidovudina

cardiomiopatia dilatada de origem desconhecida

BAGN

bactérias aeróbicas Gram-negativas

CE

carcinoma embrionário

BALT

tecido linfoide associado aos brônquios – bronchus-associated lymphoid tissue

CGE

células germinativas embrionárias

CGP

células germinativas primordiais

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ChAT

colina acetiltransferase

D(a-v)O2

diferença arteriovenosa de oxigênio

CHCM

concentração de hemoglobina corpuscular média

D4T

estavudina

DA

doença de Alzheimer; diarreia aguda

CHO

carboidrato

DAC

doença arterial coronariana

Cho/Cr

colina/creatinina

DAG

diaglicerol

CI

calorimetria indireta

DALY

Disability Adjusted Life Years

CID

coagulação intravascular disseminada

DAS

diarreia aquosa sanguinolenta

CIE

células intestinais epiteliais

DB

déficit de base

CIGMA

modelo de avaliação através de infusão de glicose contínua – continuous infusion of glucose with model assessment

DEB

déficit-excesso de base – base deficit excess

DC

débito cardíaco; doença celíaca; diarreia crônica; doença de Crohn

DCCR

desidrogenase de cetoácidos de cadeia ramificada

CIVD

coagulação intravascular disseminada

CK

creatinocinase

Cl

cloro; cloreto

DCV

doença cardiovascular

CLP

punção e ligação cecal – cecal ligation and puncture

DDAVP

1-desamino-8-D-arginina vasopressina

CMB

circunferência muscular do braço

DDC

didesoxicitidina

CMH

cardiomiopatia hipertrófica

DDI

didanosina

CMR

cardiomiopatia restritiva

DDS

degermação digestiva seletiva

CMS

células mieloides supressoras

DEHP

ftalato de di-2-etil-hexila

CMV

citomegalovírus

DES

dietilestilbestrol

CO

carbono

DEXA

absorptiometria de raios X de energia dual – dual-energy x-ray absorptiometry

CO2

dióxido de carbono DG

doença de Graves

CoA

coenzima A

COMT

catecol-O-metil transferase

DGF

distúrbios gastrintestinais funcionais

CORT

corticosterona

DGHNA

doença gordurosa hepática não alcoólica

COX

cicloxigenase

DH

diurese horária

COX-2

cicloxigenase-2

DHA

ácido docosa-hexaenoico

CP

creatinofosfato; corpúsculo polar

DHEA

desidroepiandrosterona

CPAP

pressão positiva contínua nas vias aéreas – continuous positive airway pressure

DHL

desidrogenase láctica

DI

diminuição dos imunossupressores

DIA

inibição da atividade de diferenciação – differentiation enhibitory activity

DII

doença inflamatória intestinal

DLN

doença de Lesch-Nyhan

DLPT

doenças linfoproliferativas pós-transplantes

DM

diabetes melito

DM-1

diabetes melito tipo 1

DM-2

diabetes melito tipo 2

DMIT

dor muscular de início tardio

DMO

densidade mineral óssea

CPK

creatinofosfocinase – creatine phosphokinase

cPLA2

enzima citosólica PLA2-alfa

CPRE

colangiopancreatografia retrógrada endoscópica

CPRM

colangiopancreatografia por ressonância magnética

Cr

creatinina; crômio

CRF

fator liberador de corticotrofina – corticotrophin releasing factor

CRH

hormônio liberador de corticotrofina – corticotrophin releasing hormone

CT

células-tronco

DMOS

disfunção de múltiplos órgãos e sistemas

CTE

células-tronco embrionárias

DMRFC

diabetes melito relacionado com fibrose cística

CTLF

capacidade total de ligação do ferro

DMT-1

transportador divalente de metal 1

Cu

cobre

DMTC

doença mista do tecido conjuntivo

CV

cardiopatia vascular; carga viral

DNA

ácido desoxirribonucleico

CYP

citocromo P-450

DO2

oferta de oxigênio

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Dp

despersonalização

eONS

ver ONSe

dp

desvio-padrão

EP

embolia pulmonar

DP

doença de Parkinson; duplicação populacional

EPA

ácido eicosapentaenoico

DPA

ácido docosapentaenoico

EPT

espessura da prega tricipital

DPOC

doença pulmonar obstrutiva crônica

EQU

exame qualitativo de urina

DRESS

erupção à droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos

ERAS

acelerando a recuperação pós-operatória – enhanced recovery after surgery

DRGE

doença do refluxo gastresofágico

ERCP

DRI

ingestão alimentar de referência – dietary reference intakes

colangiopancreatografia retrógrada endoscópica

ERN

espécies reativas do nitrogênio

DSA

doença de Still do adulto

ERO

espécies reativas de oxigênio

DSM

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders

ESBL

betalactamases de espectro ampliado

ESPEN

European Society for Parenteral and Enteral Nutrition

DST

doenças sexualmente transmissíveis

ET

espru tropical

DW

doença de Whipple

EV

endovenosa

EALT

tecido linfoide associado aos olhos – eyeassociated lymphoid tissue

FA

fator de atividade; fosfatase alcalina; fibra alimentar

EAR

necessidade média estimada – estimated average requirement

FAD

flavina adenina dinucleotídeo

FAN

fator antinuclear

EBS

corpos embrioides – embryoid bodies

FAO

EBV

vírus Epstein-Barr

ECA

enzima de conversão da angiotensina

Food and Agriculture Organization – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação

ECG

eletrocardiograma

FAP

ver PAF

ECL

células enterocromafínicas – enterochromaffinlike cells

FC

fator de correção; fibrose cística; frequência cardíaca

EE

exaustão emocional

FDA

Food and Drug Administration

EEC

espaço extracelular

Fe

ferro

EEG

eletroencefalograma

2+

forma férrica bivalente

3+

Fe

EGF

fator de crescimento da epiderme – epidermal growth factor

Fe

forma férrica trivalente

FeMg

fração de excreção do magnésio

EGI

eosinofilia gastrintestinal

FeNa

fração de excreção de sódio

EGIR

European Group for the Study of Insulin Resistance

FF

fibras funcionais

FGF

fator de crescimento de fibroblastos

EH

encefalopatia hepática

FHA

falência hepática aguda

EH

extração hepática

FHAHC

falência hepática aguda na hepatite crônica

EHEC

Escherichia entero-hemorrágica

FIFO

entram primeiro saem primeiro – first in first out

EIC

espaço intracelular

FIV

fertilização in vitro

EIM

erros inatos do metabolismo

FIZZ

EIV

espaço intravascular

encontradas em locais de inflamação – found in inflammatory zone

Eixo-HHA

eixo hipotálamo-hipófise-adrenal

FL

EL

emulsões lipídicas

fosfolipídios; fator de lesão; camada nutridora – feeder layer

ELA-1

elastase pancreática

ELA-2

elastase neutrofílica

ELAN

Estudo Latino-americano de Nutrição

ELISA

ensaio imunossorvente ligado a enzima – enzyme-linked immunosorbent assay

FLA2

fosfolipase A2

FLAP

proteína ativadora 5-LO

FMN

flavina mononucleotídeo

FMO

falência de múltiplos órgãos

FMOS

falência de múltiplos órgãos e sistemas

EM

esclerose múltipla

FNT

fator de necrose tumoral

ENA

antígenos nucleares extraíveis

FNT-alfa

fator de necrose tumoral alfa

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FOO

febre de origem obscura

FOS

fruto-oligossacarídeos

FPM

fator proteico médio

FPSA

fracionamento plasmático por separação e absorção

Fr

GM-CSF

fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos

GMPc

monofosfatase guanosina cíclica

GnRH

hormônio liberador de gonadotrofina – gonadotrophin releasing hormone

ferritina

gp41

glicoproteína viral

FR

frequência respiratória

GPCR

receptores acoplados à proteína G

FS

ferritina sérica; fluidos sinoviais

GPx

glutationa peroxidase

FSAE

fator secretor adipocítico específico

GRP

peptídio liberador de gastrina – gastrin releasing peptide

FSC

fluxo sanguíneo cerebral Gs

FSH

hormônio foliculoestimulante – folliclestimulating hormone

proteína G estimuladora; proteína reguladora; glicogênio sintetase

FSO

falência solitária de um órgão

GSH

glutationa

FT

fibra total

GSH-Px

glutationa peroxidase

FV

fibrilação ventricular

GSH-Rd

glutationa redutase

GABA

ácido gama-aminobutírico – gammaaminobutyric acid

GSRS

escala de avaliação de sintomas gastrintestinais de Sympton

GAD

descarboxilase ácida glutâmica sintetizadora do GABA (descarboxilase do ácido glutâmico)

GSSG

glutationa oxidada

GST

glutationa-S-transferase

GALT

tecido linfoide associado aos intestinos – gut-associated lymphoid tissue

GTT

curva de tolerância à glicose – glucose tolerance test

Gama-GT

gamaglutamil transpeptidase

H2CO3

ácido carbônico

GCS

escala de coma de Glasgow – Glasgow coma scale

H2O2

água oxigenada; peróxido de hidrogênio

H2RA

antagonistas de receptores H2 da histamina

G-CSF

fator estimulador de colônias de granulócitos

H2SO4

ácido sulfúrico

GEB

gasto energético basal

HA

hipertensão arterial

GEE

gastrenterite eosinofílica

HAART

GEP

gastrostomia endoscópica percutânea

terapia antirretroviral potente – highly active anti retroviral treatment

GER

gasto energético em repouso

HAS

hipertensão arterial sistêmica

GET

gasto energético total

Hb

hemoglobina

GGT

gamaglutamil transferase

HbA1c

hemoglobina glicosilada

GH

hormônio do crescimento – growth hormone

HC

ver GH

GHIH

hormônio de inibição do hormônio de crescimento – growth hormone inhibiting hormone

HCG

gonadotrofina coriônica humana – human chorionic gonadotrophin

GHRH

hormônio liberador do hormônio do crescimento (somatotrofina) – growth hormone releasing hormone

HCM

hemoglobina corpuscular média -

HCO3

bicarbonato

HDL

GIP

polipeptídio inibitório gástrico – gastric inhibitory polypeptide

lipoproteína de alta densidade – high density lipoprotein

HE

hematoxilina-eosina

GJA

glicemia de jejum alterada

HES

hidroxietilamido

GLA

ácido gamacarboxiglutâmico; ácido gamalinolênico

HGD

hemorragia gastroduodenal

GLN

glutamina

HGT

hemoglicoteste

GLP-1

glucagon tipo peptídio-1

HHA

hipotálamo-hipófise-adrenal

Glu

glutamato

HIC

hipertensão intracraniana

GLUT

transportadores de glicose

HIV

vírus da imunodeficiência humana – human immunodeficiency virus

GLx/Cr

glutamina/creatina

HIV-1

GLY-GLN

glicil-L-glutamina

vírus da imunodeficiência humana do tipo 1 – human immunodeficiency virus type 1

00-Metabolismo.indd 37

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HLA

antígenos leucocitários humanos – human leucocyte antigen

HM

hipertermia maligna

HO

radical hidroxila

HO-1

hemeoxigenase-1

HO 2

radical hidroperoxila

HOCL

ácido hipoclorídrico

HOMA

modelo de avaliação homeostática – homeostatic model assessment

HORIZON

IEL

linfócitos intraepiteliais

IFN-alfa

interferon alfa

IFN-gama

interferon gama

IgA

imunoglobulina A

IGF-I

fator de crescimento similar à insulina 1

IGF-II

fator de crescimento similar à insulina 2

IgG1

imunoglobulina G1

IgM

imunoglobulina M

Health Outcomes and Reduced Incidence with Zoledronic Acid Once Yearly

IL

interleucina

IL-1

interleucina-1

Hp

Helicobacter pylori

IL-2

interleucina-2

HPA

hiperfenilalaninemia; hidrocarbonetos aromáticos policíclicos

IL-4

interleucina-4

IL-6

interleucina-6

HPL

hormônio lactoplacentário

IL-10

interleucina-10

HPT

hormônio paratireoideo

IL-12

interleucina-12

HRE

elemento de resposta à hipoxia – hypoxia response element

IL-18

interleucina-18

IL-21

interleucina-21

ILAS

Instituto Latino-americano para Estudos da Sepse

HRP

peroxidase de raiz forte – horseradish peroxidase

HS

hemossiderina

HSC

células-tronco hematopoéticas – hematopoietic stem cell

ILF

folículos linfoides isolados

IM

ver UL

HSR

herpes simples mucocutâneo recorrente

IMaC

índice de maturação do colágeno

HSV

vírus do herpes simples – herpes simplex virus

IMAO

inibidor da monoamina oxidase

Ht

hematócrito

IMB

ver MBI

HT

hormônios tireoideos

IMC

índice de massa corporal

HUMIRA

Human Monoclonal Antibody in Rheumatoid Arthritis

IMD

inventário de mecanismos de defesa

HVB

hepatite viral B

IMOS

insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas

HVC

hepatite viral C

IMP

monofosfato de inosina – inosine monophosphate

HZ

herpes zoster

IMS

I

iodo

índice de mortalidade standard; índice padrão de mortalidade

IAH

índice de apneias e hipopneias

INP

índice nutricional prognóstico

IAM

infarto agudo do miocárdio

INR

IBD

doença inflamatória intestinal – inflammatory bowel disease

índice de normatização internacional – international normalized ratio

IOM

Institute of Occupational Medicine

inibidores da bomba de prótons

iONS

ver ONSi

IC

índice cardíaco

IP

inibidores de protease

ICAM-1

moléculas de adesão intercelular 1 – intercellular adhesion molecule 1

IR

isquemia e reperfusão; liberador imediato – immediate release

ICC

insuficiência cardíaca congestiva

IRA

insuficiência renal aguda

ICM

massa celular interna – inner cell mass

IRE

ICSI

injeção intracitoplasmática de espermatozoide

elemento regulador do ferro – iron responsive element

ID

intestino delgado

IRP

IDF

International Diabetes Federation

proteína reguladora do ferro – iron regulated proteins

IDL

lipoproteína de densidade intermediária – intermediate-density lipoprotein

IRS-1

substrato do receptor de insulina 1 – insuline receptor substrate 1

IDR

ingestão diária recomendada; ingestão dietética de referência

IS

índice sistólico

ISN

Internacional Society of Nephrology

IBP

00-Metabolismo.indd 38

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ISS

International Space Station

LTB4

leucotrieno B4

ISRS

inibidor seletivo da recaptação de serotonina

LTB5

leucotrieno B5

ITRN

inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo

LTc

linfócitos T citotóxicos

LTC4

enzima sintetase

ITRNN

inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeo

LTD4

leucotrieno D4

J

Joule

LTE4

leucotrieno E4

JAK

Janus cinase – Janus kinase

LXA4

lipoxina A4

K+

potássio

LXB4

lipoxina B4

MALT

tecido linfoide associado à mucosa – mucoseassociated lymphoide tissue

MAO

monoamina oxidase

MAPK

proteinocinase ativada por mitógeno – mitogenactivated protein kinase

MARS

sistema removedor adsorvente molecular – molecular adsorbents recirculating system

KATP

canais sensíveis ao potássio

kcal

quilocaloria

KCl

cloreto de potássio

KDIGO

Kidney Disease: Improving Global Outcomes

kg

quilograma

kJ

quilo Joule

MASB

má absorção de sais biliares

LALT

tecido linfoide associado à laringe – larynxassociated lymphoid tissue

MBI

Inventário de Burnout de Maslach – Maslach Burnout Inventory

LCS

cepa shirota

MCC

massa celular corporal

LDH

desidrogenase láctica

MCH

hormônio concentrador de melanina

LDL

lipoproteína de baixa densidade – low-density lipoprotein

MCI

massa celular interna

MCP

LDL-c

colesterol de lipoproteína de baixa densidade

monócito proteico quimioatractante – monocyte chemoattractant protein

LEC

líquido extracelular

MCP-1

monócito quimioatractante proteico-1

LES

lúpus eritematoso sistêmico

M-CSF

LH

hormônio luteinizante – luteinizing hormone

fator estimulador de colônias de macrófagos – macrophage colony-stimulating factor

LHA

área hipotalâmica lateral

MDA

metilenodioxianfetamina; malondialdeído

LHS

lípase hormônio-sensível

MDMA

metilenodioximetanfetamina

LIF

fator inibidor leucêmico – leukemia inhibitory factor

MDP

muramil dipeptídio

MECCA

medida da capacidade de enfrentamento

LIP

lipídios

MEF

LMF

leucoencefalopatia multifocal

fibroblastos embriônicos de ratos – mouse embryonic fibroblasts

LNM

linfonodos mesentéricos

MEH

encefalopatia hepática mínima

LOX

lipoxigenase

MELD

Model for End-Stage Liver Disease

LP

linfócitos da lâmina própria

mEq

miliequivalente

LPA

lesão pulmonar aguda

mES

LPAT

lisofosfolipídicas aciltransferase

células-tronco embrionárias de ratos – mouse embryo stem cells

LPC

complexos lipoproteicos

Mg

magnésio

LPL

lipoproteína lípase

MGP

proteína da matriz GLA – matrix GLA protein

LPMN

leucócitos polimorfonucleares

MGS

monoglutamato de sódio

LPO

peroxidação lipídica – levels of lipid peroxidation

MHC

complexo de histocompatibilidade principal – major histocompatibility complex

LPS

lipopolissacarídeos

MI/Cr

mioinositol/creatinina

LSD

dietilamina do ácido lisérgico – lysergic acid diethylamide

MIP

proteína inflamatória macrofágica – macrophage inflammatory protein

LT

linfotoxinas; leucotrieno

MMC

L-T4

levotiroxina

complexo mioelétrico migratório – migrating myoelectric complex

LTA4

enzima hidrolase

MMII

membros inferiores

LTB

enzima sintetase

mmol

milimol

00-Metabolismo.indd 39

10/5/2010 17:03:15


Mn

manganês

Mo

molibdênio

MODS

escore de disfunção orgânica múltipla – multiple organ dysfunction score

NGF

fator de crescimento dos nervos – nerve growth factor

NH3+

aminocatiônico, amônia

+

NH4

cátion amônio

Nhanes

National Health and Nutrition Examination Survey

NIH

National Institute of Health

NIPPV

ventilação por pressão positiva não invasiva – non-invasive positive pressure ventilation

NK

célula destruidora natural, célula assassina – natural killer

MOF

ver FMO

Mol

mole

mOsm

miliosmole

MPP

micro-organismos potencialmente patogênicos

MPT

mielopatia transversa

MR

membrana em repouso

mRNA

ácido ribonucleico mensageiro

NKF

National Kidney Foundation

MRSA

Staphylococcus aureus resistentes à meticilina – methicillin-resistant Staphylococcus aureus

NME

ver EAR

NMO

neuromielite óptica

MSC

células multipotentes do estroma medular – multipotent marrow stromal cells

NO

neurite óptica

MT

enzimas metiltransferases

NOS

ver ONS

mTOR

alvo da rapamicina em mamíferos – mammalian target of rapamycin

NOTES

endoscópico transluminal cirúrgico em orifício natural – natural orifice transluminal endoscopic surgery

MUFA

ácidos graxos monoinsaturados – monounsaturated fatty acids

NP

nutrição parenteral

mV

milivolts

NPD1

neuroprotectina D1

Na

sódio

NPP

nutrição parenteral prolongada

NaCl

cloreto de sódio

NPT

nutrição parenteral total

NAD

nicotinamida adenina dinucleotídeo

NPV

núcleo paraventricular

NADH

nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzida

NPY

neuropeptídio Y

NADP

fosfato de nicotinamida adenina dinucleotídeo – nicotinamide adenine dinucleotide phosphate

NTA

necrose tubular aguda

NYHA

New York Heart Association

NADPH

fosfato de nicotinamida adenina dinucleotídeo (forma reduzida)

O2

ânion superóxido

1

O2

oxigênio singleto

NaH2PO4

fosfato ácido de sódio

O2

oxigênio

NaHCO3

bicarbonato de sódio

OA

osteoartrite

NALT

tecido linfoide associado ao nariz – nasalassociated lymphoid tissue

OFM

oxidases de função mista

OH

radical hidroxila

NAPQI

N-acetil-p-benzoquinonaimina

OHCL

radical hipoclorito

NASA

National Aeronautics and Space Administration

OKG

ornitina alfacetoglutarato

NAT

N-acetiltransferases

OMS

Organização Mundial da Saúde

NBI

sistema de imagem em banda estreita – narrow band imaging system

ON

óxido nítrico –

NBI-CV

cristal violeta

ONOO

peroxinitrito

NC IX

nervo glossofaríngeo (nono)

ONS

óxido nítrico sintetase

NC VII

nervo craniano fascial (sétimo)

ONSe

óxido nítrico sintetase endotelial

NC X

nervo vago (décimo)

ONSi

óxido nítrico sintetase induzida

NCEP ATP III

National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III

OO

óleo de oliva

OP

óleo de peixe

NE

nutrição enteral

OPAS

Organização Pan-Americana da Saúde

NEP

nutrição enteral precoce

OS

estresse oxidativo; óleo de soja

nEq

nanoequivalentes

osm

osmol

NF-kB

fator de transcrição nuclear-kappa B

OX-A

orexina A

00-Metabolismo.indd 40

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OX-B

orexina B

PEmáx

pressão expiratória máxima

OXM

oxintomodulina

PET

tomografia por emissão de pósitrons

P

preditibilidade

PFC

plasma fresco congelado

P/A

peso para a altura

PFK

fosfofrutocinase – phosphofructokinase

P/E

peso/estatura

PG

prostaglandina

PA

pancreatite aguda; pressão arterial

PGE-2

prostaglandina da série 2

PAAF

biópsia por punção com agulha fina

PGE-3

prostaglandina da série 3

PaCO2

pressão parcial arterial de óxido de carbono

PGI

prostaciclina

PACP

fosfolipase pancreática A2 – pancreatic phospholipase A2

PHA

fitoemaglutinina

PHPN PACS

Programa Agentes Comunitários de Saúde

Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento

PAF

fator de ativação plaquetária – platelet activating factor

PHPPA oxidase

enzima ácido p-hidroxifenilpirúvico oxidase

PAI-1

inibidor da ativação do plasminogênio-1

Pi

fosfato inorgânico

PAM

pressão arterial média

PI-3k

fosfatidilinositol-3-cinase

PAMP

padrão molecular associado aos patógenos

PIC

pressão intracraniana

p-ANCA

anticorpo anticitoplasma de neutrófilos perinuclear

PIH

hormônio inibidor da prolactina – prolactin inhibiting hormone

PANK2

pantotenatocinase 2

PImáx

pressão inspiratória máxima

PAPS

adenosina 3’-fosfato 5’-fosfossulfato

PIP3

fosfatidilinositol-3,4,5-fosfato

PAS

ácido periódico de Schiff – periodic acid-Schiff

PLA2

enzima fosfolipase

PAV

pneumonia associada à ventilação

PLAG

proteína ligadora dos ácidos graxos

PBE

peritonite bacteriana espontânea

PLD

proteína ligadora da vitamina D

PBEF

fator de aumento da pré-célula B – pre-B-cellenhancing factor

PMN

polimorfonucleares

PBR

receptor periférico de benzodiazepínicos – peripheral benzodiazepine receptor

POMC

pró-opiomelanocortinas

POMS

perfil do estado de humor

PP

placas de Peyer

PPAR

receptores de ativação da proliferação de peroxissomos – peroxisome proliferatoractivated receptors

PPD

derivado proteico purificado – purified protein derivative

PPI

ver IBP

PPV

valor preditivo positivo – positive predictive value

PC

peso corporal; proteinocinase +

P-CAB

bloqueador ácido K -competitivo

PCP

pressão capilar pulmonar

PCr

fosfocreatina

PCR

reação em cadeia de polimerase – polymerase chain reaction

PC-R

proteína C-reativa

PD

duplicação populacional

PD1

protectina D1

PRSSI

tripsinogênio catiônico

PDF

produto de degradação de fibrinogênio

PS

placas senis

PDGF

fator de crescimento derivado das plaquetas – platelet-derived growth factor

PSF

Programa Saúde da Família

PSK

polissacarídeo ligado à proteína

PDH

enzima piruvato desidrogenase – pyruvate dehydrogenase

PTH

paratormônio ou hormônio paratireoideo

PE

pirogênio endógeno

PTHi

paratormônio intacto

PEA

proteína estimuladora da acilação

PTHrP

proteína relacionada ao paratormônio

PEG

polietilenoglicol

PTN

proteína

PELD

fase final da doença hepática em pediatria – pediatric end-stage liver disease

PTSD

transtorno de estresse pós-traumático – post traumatic stress disorder

00-Metabolismo.indd 41

10/5/2010 17:03:15


PTT/SHU

púrpura trombocitopênica trombótica/ síndrome hemolítico-urêmica

PUFA

ácidos graxos poli-insaturados – polyunsaturated fatty acids

PV

pressão-volume

PVC

pressão venosa central; prova de expansão volêmica

RPL

rigorosa permanência no leito

RvD

resolvinas da série D

RvE

resolvinas da série E

RVP

resistência vascular pulmonar

RVS

resistência vascular sistêmica

SA

Staphylococcus aureus

PVCP

pressão venocapilar pulmonar

SAC

síndrome anticolinérgica

PVN

núcleo paraventricular hipotalâmico – paraventricular nucleus

SAHOS

síndrome das apneias e hipopneias obstrutivas do sono

PvO2

oxigênio venoso misto

SAM

S-adenosil-metionina

PWS

síndrome de Prader-Willi – Prader-Willi syndrome

SaO2

saturação arterial da hemoglobina pelo oxigênio

QDR

ver RDA

SARA

síndrome da angústia respiratória aguda

QH

fluxo sanguíneo

SataO2

saturação arterial de oxigênio

RAPP

receptores ativadores do peroxissomo proliferativo

SatvO2

saturação venosa mista de oxigênio

SBE

excesso de base padrão – standard base excess

RBP-4

retinol de ligação à proteína-4

SBNPE

RCP

reanimação cardiopulmonar

Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

RCQ

relação cintura-quadril

SC

Sparassis crispa

RCU

retocolite ulcerativa

SCBID

supercrescimento bacteriano do intestino delgado

RDA

dose diária recomendada – recommended daily allowance

SCQ

superfície corporal queimada

RDI

ver IDR

SCT

superfície corporal total

RDV

receptor de vitamina D

SDOM

ver SMOD

RDW

distribuição da largura das células vermelhas – red cell distribution width

Se

selênio

SEC

sistema endocanabinoide

RE

retículo endoplasmático

SF

solução fisiológica

RELM

moléculas do tipo resistina – resistin-like molecules

SFA

ácidos graxos saturados – saturated fatty acids

SFC

síndrome da fadiga crônica

RI

resistência à insulina

SG

solução glicosada

RIF

reposição intravenosa de fluidos

SHC

substrato receptor de insulina

RIFLE

estágio final de doença renal – risk, injury, failure, loss and end-stage kidney

SHRO

síndrome da hipoventilação relacionada com obesidade

RLA

lesão renal aguda

SI

r-LDL

receptor para LDL

Sistema Internacional de Medidas; síndrome do imobilismo

RLO

radicais livres de oxigênio

SIAB

Sistema de Informação da Atenção Básica

RM

ressonância magnética

SIADH

Rmglu

receptores metabotróbicos de glutamato

RMTE

resposta metabólica ao trauma e ao estresse

síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético – syndrom of inappropriate antidiuretic hormone hypersecretion

RMTES

resposta metabólica ao trauma, ao estresse e à sepse

SIC

síndrome do intestino curto

SID

cátions e íons fortes – strong ions difference

RNA

ácido ribonucleico

SIDa

SID aparente

RNAc

RNA complementar

SIDe

SID efetiva

RNAm

RNA mensageiro

SIG

íon gap forte – strong ion gap

RNAt

RNA transportador

SII

síndrome do intestino irritável

RNI

ver IRN

Sir

RO

radicais de oxigênio

regulador de informações silenciosas – silencing information regulator; sirtuínas

ROS

ver ERO

SIRS

ver SRIS

00-Metabolismo.indd 42

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SIV

vírus da imunodeficiência dos símios – simiuan immunodeficiency vírus

SLEC

síndrome da lesão espinal crônica

SM

síndrome metabólica

SMA

síndrome de má absorção

SME

sistema musculoesquelético

SMOD

TA

tecido adiposo; transtorno alimentar

TAB

tecido adiposo branco

TAG

transtorno de ansiedade generalizada

TAM

tecido adiposo marrom

TAP

proteína transportadora de antígenos; peptídio liberado após ativação do tripsinogênio

síndrome de disfunção de múltiplos órgãos

TARV

terapia antirretroviral

SN

suporte nutricional; sensor nutricional

TAS

terapia antissecretória

SNC

sistema nervoso central

TB

translocação bacteriana

SNE

sistema nervoso entérico; sonda nasoenteral

Tb

transtornos bipolares

SNM

síndrome neuroléptica maligna

TBA

ácido tiobarbitúrico – thiobarbituric acid

SNP

sistema nervoso periférico

TC

tomografia computadorizada

SNS

sistema nervoso simpático

TCAP

transtorno compulsivo alimentar periódico

SO42-

sulfato

TCC

SOB

síndrome de burnout (síndrome do esgotamento profissional)

triglicerídios de cadeia curta; terapia cognitivocomportamental

TCE

traumatismo cranioencefálico

SOD

superóxido dismutase – superoxide dismutase

TCL

triglicerídios de cadeia longa

SOTI

terapêutica da osteoporose espinal – spinal osteoporosis therapeutic intervention

TCM

triglicerídios de cadeia média

SP

síntese proteica

TCR

receptores de células T – T cell receptor

SPAD

diálise albumínica de simples passagem

TD

trato digestório

SPC

síndrome pós-concussão

TDAH

transtorno do déficit de atenção e de hiperatividade

SPD

ratos do tipo Sprague-Dawley – Sprague-Dawley rats

TDG

tolerância diminuída à glicose

SPI

síndrome das pernas inquietas

TDM

transtorno depressivo maior

SPM

síndrome pré-menstrual

TDPM

transtorno disfórico pré-menstrual

SPN

síndrome paraneoplásica

TEF

SR

retículo sarcoplasmático – sarcoplasmic reticulum; síndrome da realimentação

efeito térmico do alimento – thermal effect of food

TEO2

taxa de extração de oxigênio

SRA

síndrome retroviral aguda

TEP

tromboembolismo pulmonar

SRAA

sistema renina-angiotensina-aldosterona

TEPT

transtorno de estresse pós-traumático

SRAC

síndrome da resposta anti-inflamatória compensatória

TFPI

inibidor da via do fator tecidual

TFPM

transtorno disfórico pré-menstrual

SRE

sistema reticuloendotelial

Tf

transferrina

SRI

síndrome da resistência à insulina

TfR

receptor de transferrina

SRIS

síndrome da resposta inflamatória sistêmica – systemic inflammatory response syndrome

TfRs

receptor da transferrina sérica

SRO

solução de reidratação oral

TG

triglicerídios

SS

síndrome serotoninérgica

TGF-alfa

fator de crescimento de transformação alfa – transforming growth factor alpha

SSEA-1

estágio de antígeno embriônico específico de rato – stage specific mouse embryonic antigen

TGF-beta

fator de crescimento de transformação beta – transforming growth factor beta

SSJ

síndrome de Stevens-Johnson TGI

trato gastrintestinal

STAT

sinal de transdução e ativação da transcrição – signal transduders and activators of transcripton protein

TGO

transaminase glutâmico-oxaloacética

TGP

transaminase glutamicopirúvica

STEC

Escherichia coli êntero-hemorrágica

Th

células T auxiliadoras – T-helper cells

SW

trabalho ejetivo; síndrome de Wernicke

TIA

teste de ingestão de líquidos

T3

triiodotironina

TIBC

T4

tiroxina livre

capacidade de ligação de ferro total – total iron binding capacity

00-Metabolismo.indd 43

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TIG

taxa de infusão de glicose

UMA

ânions não-mensurados – unmeasured anions

TIPS

shunt portossistêmico intra-hepático – transjugular intrahepatic portosystemic shunt

UMS

uratos de monossódio

UP

úlcera péptica

TLR

receptores de ligação entre imunidade inata e adquirida – toll-like receptor

US

ultrassonografia

TMA

teste mental abreviado

USDA

United States Department of Agriculture

TMB

taxa metabólica basal

USE

ultrassonografia endoscópica

TMP

monofosfato de tiamina – thiamine monophosphate

UTI

unidade de terapia intensiva

UTP

trifosfato de uridina – uridine triphosphate

VCAM-1

moléculas de adesão vascular 1 – vascular cell adhesion molecule-1

VCM

volume corpuscular médio

VCO2

quantidade total de dióxido de carbono

VCT

valor calórico total

VD

ventrículo direito

VE

ventrículo esquerdo

TND

terapia nutricional domiciliar

TNE

terapia nutricional enteral

TNF

ver FNT

TNF-alfa

ver FNT-alfa

TO

tolerância oral

TOC

trânsito orocecal; transtorno obsessivocompulsivo

TPMT

tiopurina-S-metiltransferase

VEF1

volume expiratório forçado no 1o segundo

TPP

tiamina pirofosfato

VEGF

TRAb

antirreceptor de TSH

fator de crescimento derivado do endotélio vascular – vascular endothelial growth factor

TRG

teste respiratório com glicose

VET

valor energético total

TRH

hormônio liberador de tireotrofina – thyrotrophin-releasing hormone

VGLUT-2

transportador do glutamato vesicular 2 – vesicular glutamate transporters-2

TRO

terapia de reidratação oral

VGR

volume gástrico residual

TROPOS

tratamento da osteoporose periférica – treatment of peripheral osteoporosis

VHB

vírus da hepatite B

VHS

velocidade de hemossedimentação

VIP

peptídio intestinal vasoativo – vasoactive intestinal peptide

VLA

videolaparoscopia assistida

VLDL

lipoproteínas de densidade muito baixa – very low density lipoprotein

VMN

núcleo ventromedial hipotalâmico – ventromedial nucleus; centro da saciedade

VO2

consumo total de oxigênio

VRE

enterococo resistente à vancomicina – vancomycin resistant enterococci

VRG

volume residual gástrico

VS

volume sistólico

VSG

velocidade de sedimentação

VTA

videotoracoscopia assistida

VZV

vírus varicela zoster

WHO

World Health Organization

WKY

ratos do tipo Wistar-Kyoto – Wistar-Kyoto rats

XO

xantina oxidase

Zn

zinco

Trp

triptofano

TRR

terapia de reposição renal

TSC

complexo esclerose tuberosa – tuberous sclerosis complex

TSH

hormônio estimulador da tireoide – thyroid stimulating hormone

tTG

transglutaminase – tissue transglutaminase

TTP

trifosfato de timidina – thymidine triphosphate

TVP

trombose venosa profunda

Tx2

tromboxano 2

Tx3

tromboxano 3

TxA2

tromboxano A2

UDI

usuários de drogas injetáveis

UDPGA

uridina difosfato ácido glicurônico – uridine diphosphate glucuronic acid

UFC

unidades formadoras de colônias

UFC/mL

unidades formadoras de colônia por mililitro

UL

níveis de ingestões máximas toleradas – tolerable upper intake level

00-Metabolismo.indd 44

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1

Metabologia – Abordagem Integrativa e Novos Horizontes

Francisco Karkow

ACOMPANHANDO O SER HUMANO EM SUA TRAJETÓRIA Em remotas eras, existia a crença de que as doenças eram fatalidades e, tentava-se combatê-las por meio de magia ou do uso de medicamentos misteriosos extraídos da natureza. Os estados de doenças e as doenças estabelecidas acompanham o ser humano ao longo de sua existência. A relação entre doença e cura está presente na sua caminhada através dos tempos. Desde a Antiguidade, os homens têm-se apegado às bruxarias, aos deuses, a práticas de sacrifícios e a medidas totalmente empíricas, com o objetivo de ter sua saúde preservada, melhorada e curada.

que ela continha. A feitiçaria praticada no século XVII tinha maneira de pensar semelhante à do demonismo. Os alquimistas também consideravam as reações químicas como decorrentes da intervenção de seres demoníacos. Nas antigas civilizações orientais, no Egito e no período inicial da civilização grega, a arte da cura era exercida pelos sacerdotes, que atribuíam às divindades a cura das doenças (Figura 1.2) – convicção que se prolongou pela Idade Média, período em que foi acrescentado o culto aos santos com o mesmo objetivo. Tales de Mileto (Figura 1.3) foi o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia. Nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor (atual Turquia), em torno de

Com o evoluir dos anos, até os dias atuais, a Medicina se consolidou como ciência, prevenindo e combatendo doenças com medidas sólidas, fundamentadas em embasamento científico para o sucesso terapêutico. Para tanto, houve uma longa trajetória que deve ser respeitada e que pode ser apresentada em homenagem àqueles que contribuíram para o seu progresso, constatável no século XXI, de que fazemos parte, beneficiando-nos do caminho percorrido pelos nossos predecessores e que não deve ser esquecido. Em um longínguo passado, havia o animismo – crença que atribui uma alma a todos os fenômenos naturais, tentando torná-los propícios por meio de práticas mágicas –, que acreditava na alma-matéria preenchendo o mundo e presente nas coisas e nos seres vivos, de modo uniforme. Essa substância espiritual, estando em risco de sair do homem através de uma doença, poderia ser substituída por um remédio com a mesma matéria, para ser absorvida ou permanecer em íntimo contato com o doente para a cura ser obtida. Posteriormente, o demonismo substituiu o animismo, acreditando-se que as doenças deviam-se às hostilidades dos demônios que se apossavam dos homens, tornando-os doentes (Figura 1.1). Acreditava-se que os efeitos tóxicos ou benéficos de uma substância se deviam aos demônios

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Figura 1.1 Figura demonológica (cultura procedente da Mesopotâmia). Pazuzu – demônio assírio da febre (Museu do Louvre, Paris)

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Figura 1.2 Civilizações antigas. Busca por remédios. (A) Caça de aves muitas vezes usadas como remédio. (B) Silphium (tápsia, uma umbelífera, cujo suco era usado como remédio)

ressar por história natural na universidade, ainda quando era estudante de Medicina (Figura 1.4). Empenhou-se no estudo da evolução da espécie humana a partir de um ancestral comum, através da seleção natural (teoria da seleção natural). Publicou uma série de livros, entre eles Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural em 1859, A descendência do homem e seleção em relação ao sexo em 1871, e no ano seguinte publicou outro grande trabalho, A expressão das emoções no homem e nos animais. Formulou a frase “O homem ainda traz em sua figura física a marca indelével de sua origem primitiva”.

Figura 1.3 Tales de Mileto

624 ou 625 a.C., e faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C. É apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Tales acreditava que a água era a origem de todas as coisas. Esteve associado ao Naturalismo, esboçando os primeiros pensamentos evolucionistas, isto é, o “mundo evoluiu da água através de processos naturais”, ou seja, 2.460 anos antes de Charles Darwin (1809-1882). Tales, considerado o pai da ciência e da filosofia ocidental, sempre esteve convicto a respeito da existência de um princípio único da natureza. Charles Robert Darwin (1809-1882) foi um naturalista britânico, nascido em Shrewsbury, que começou a se inte-

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Entre os filósofos gregos, Pitágoras foi uma figura controvertida que, segundo se admite, nasceu na cidade de Samos, na Ásia Menor, e viveu entre os anos de 571 ou 570 a 497 ou 496 a.C. É considerado fundador de uma escola que teve grande influência no desenvolvimento da Medicina. É válido lembrar sua contemporaneidade com Tales, Buda, Confúcio e Lao-Tsé. Pitágoras e seus seguidores acreditavam na purificação da mente através do estudo da geometria, da aritmética, da música e da astronomia. A palavra matemática (do grego mathematike) surgiu com Pitágoras. O pentagrama era o símbolo da Escola Pitagórica. Desde o começo da humanidade, o ser humano se sentiu envolvido por forças superiores, com trocas energéticas nem sempre explicáveis. Exposto a muitos riscos e perigos, buscou captar forças que o auxiliassem na proteção contra inimigos, bem como contra vibrações maléficas. O homem sempre cultuou imagens, objetos, tendo criado símbolos que o “colocassem” em harmonia com energias superiores de proteção. Dentre esses, o pentagrama (Figura 1.5) ocupa posição de destaque, evocando simbologia múltipla, sistematicamente sustentada no número cinco (que exprime a união dos desiguais), em que três representa o princípio masculino e o dois o feminino. Simboliza, pois, o andróge-

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Geradores de Energia

Francisco Karkow

INTRODUÇÃO As necessidades de aporte energético são indispensáveis para a sustentação da vida humana. Com a geração de energia, são criadas condições para a síntese de proteínas, hormônios, enzimas, coenzimas, funções absortivas, de transporte através da membrana celular (que necessita de energia para manter o gradiente de pressão iônico e eletroquímico), de condução nervosa, secreção glandular, contração muscular, movimentos de locomoção, bombeamento sanguíneo, atividades excretoras, regulação térmica, entre outras tarefas orgânicas. De acordo com as leis da termodinâmica, a energia não pode ser produzida ou destruída. Na verdade, ela é transferida a partir dos geradores que a possuem estavelmente estocadas.

O joule é definido como a energia dispendida por uma corrente elétrica de 1 ampère passando através da resistência de 1ohm no tempo de 1 segundo, ou a energia equivalente para mover uma massa de 1kg à distância de 1m pela força de 1 newton. Uma caloria é definida como a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura, em graus Celsius, de 1g de água, em 1 grau centígrado (1oC). A conversão de kcal para joules é realizada com a utilização do fator de conversão 4,18. Assim, temos: 1J = 4,18kcal. Carboidratos e proteínas: 1g = 4kcal = 17kJ; lipídios: 1g = 9kcal = 38kJ. Ou seja, esses valores representam a energia, aproximada, liberada na oxidação de 1g de cada um desses substratos (Figura 5.1).1

O corpo humano, por meio de seus processos metabólicos, dispõe de motor químico que mistura os seus combustíveis orgânicos, que são, caracteristicamente, compostos carbonados (os macronutrientes: carboidratos, lipídios e aminoácidos), com o oxigênio, daí disponibilizando a energia que é utilizada em todos os processos vitais de sustentação da vida – é a reação de oxidação. As reações oxidativas ocorridas sob altas temperaturas constituem o fenômeno da combustão. O metabolismo dos macronutrientes determina um consumo de oxigênio (VO2, que significa o consumo total de O2 do hospedeiro), uma produção de gás carbônico (VCO2, que significa a quantidade total de CO2 produzida) e um dispêndio (gasto) energético basal de 24 horas (GEB, que significa gasto energético basal), que representa o requerimento calórico necessário para um período de 24 horas, ou seja, estabelece a quantidade de produção de calor proveniente do metabolismo basal durante o repouso e o jejum. A unidade de medida energética pode ser o joule (J), que é uma unidade do Sistema Internacional de Medidas (SI) – sistema métrico – ou a quilocaloria. Objetivamente, temos que 1 quilocaloria (kcal) é igual a 1.000 calorias e 1 quilojoule (kJ) é igual a 1.000 joules.

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Figura 5.1 Utilização da energia a partir dos macronutrientes (adaptada de Harris & Benedict, 1919)1 (ver caderno cor)

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No cálculo do gasto energético basal (GEB) participam da equação: P (peso corporal em kg), A (altura em centímetros) e I (idade em anos), segundo o formulado por Harris & Benedict, investigadores principais desse estudo, publicado em 1919 (Tabela 5.1).1 Tabela 5.1. Projeções preditivas de dispêndio calórico nas 24 horas, segundo Harris & Benedict1 Homem: GEB (kcal/24h) = 66 + (13,7 × peso) + (5 × altura) – (6,7 × idade) Mulher: GEB (kcal/24h) = 66 + (13,7 × peso) + (5 × altura) – (6,7 × idade) O gasto energético durante o repouso (GER) é o gasto energético basal (GEB) acrescido de uma constante (fator de atividade: 1,2) que representa o efeito térmico derivado da ingesta alimentar, com a seguinte representação do cálculo: GER (kcal/24h) = GEB × 1,2* *1,2 durante o repouso. Na verdade representa o fator de correção (FC), que corresponde a um acréscimo ao gasto energético basal relacionado com o fator atividade (FA), e um fator de lesão (FL) nos casos de trauma, conforme proposto por Long (1979)2 e por Long e cols. (1979).3

Os ajustes nas reposições devem ser adequados de acordo com cada situação clínica, ou seja, a doença de base e a situação específica de cada indivíduo.4 O gasto energético durante o repouso (GER) é o gasto energético do metabolismo basal durante o repouso, mas não o do jejum. O fator de correção (FC) apresentado acima é acrescentado conforme situação clínica específica, como exemplificado a seguir:

Estado febril: GEB × 1,1 (para cada grau centígrado acima da temperatura corporal normal).

Estado de estresse leve: GEB × 1,2.

Estado de estresse moderado: GEB × 1,4.

Estado de estresse grave: GEB × 1,6.

Estado de trauma esquelético: GEB × 1,35.

Estado séptico: GEB × 1,6.

Estados de queimaduras extensas: GEB × 2,10.

Exemplo prático: paciente do sexo masculino, 25 anos, 1,70m de altura, 70kg de peso corporal, com quadro clínico de queimadura aguda comprometendo 40% de sua superfície corporal. Diante do ocorrido, o seu gasto energético total (GET), conforme proposto acima, recebe o seguinte cálculo: GET = GEB × FA × FL De acordo com a equação preditiva de Harris-Benedict, teremos:

GEB para o sexo masculino, GEB = 66 + (13,7 × P) + (5 × A) – (6,8 × I).

GEB = 66 + (13,7 × 70) + (5 × 170) – (6,8 × 25).

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GEB = 1.705kcal/dia.

GET = total calórico mais o fator de correção (fator de atividade, FA, e fator de lesão, FL), cuja multiplicação é de: 1.705kcal × 1,2 × 2,10.

GET = 4.296,6kcal/dia.

O exemplo referido aponta para uma necessidade de aporte calórico muito elevado.

Nesse quadro imaginário, intensamente catabólico, repercutindo metabolicamente, com resposta do eixo neuroendócrino e necessidade de adequação universal do hospedeiro, é necessária reação adaptativa pulmonar, cardíaca, hepática, renal e circulatória. Faz-se necessário que a reposição seja adequada à capacidade desse organismo metabolizar os nutrientes e que os mesmos não venham a ser tóxicos, justamente pelas possíveis dificuldades funcionais circulatórias, como hipofluxo esplâncnico, rearranjo dos espaços líquidos, muscular, cardiocirculatória, pulmonar, hepática e renal. Muito provavelmente, a reposição calórica calculada pela necessidade do elevado aporte poderá ficar circunscrita a uma oferta variando entre 25 e 35kcal/kg de peso/dia, portanto uma suboferta nutricional, abaixo das necessidades diárias para obtenção de anabolismo, que, entretanto, possa ser metabolicamente assimilada pelo paciente e de maneira que o mesmo tenha tempo para se recuperar da doença de base. Representa um desafio clínico que impõe intensa vigilância quanto à tolerância ao que é ofertado (interessando a composição e o volume líquido total diário, que possivelmente passará por possíveis remanejos, de acordo com a resposta adaptativa do organismo). A proposta terapêutica deve ter como objetivo manter um adequado estado nutricional do doente, porém, nos indivíduos em estados críticos, estados catabólicos, não há como processar os nutrientes adequadamente, em decorrência da doença ativa. O fundamental é a diminuição do impacto decorrente do estado de doença dominante, para tentar evitar ação tóxica dos nutrientes. Ou seja, deve-se evitar reposição nutricional agressiva.11 Existem estudos indicando que as equações preditivas ajustadas para o grau de estresse superestimam as necessidades calóricas diárias, sinalizando que valores de reposição adequados para o gasto energético são mais apropriados com a utilização da calorimetria indireta.4-6 Afora os cálculos preditivos, o cálculo energético metabólico pode ser medido indiretamente com a utilização do VO2 e do VCO2 corporal total (Tabela 5.2).9 É a técnica da calorimetria indireta: o GER é o GEB mais a termogênese decorrente do processamento alimentar (GEB + efeito térmico da ingesta alimentar). Tem a seguinte fórmula:9 GER (dispêndio energético em repouso no período de 24h, em kcal/24h) GER [kcal/24h = (3,9 × VO2) + (1,1 × VCO2) – 6L] Sendo que o VO2 e o VCO2 são medidos em mL/minuto e os seus valores extrapolados para L/24h.9

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Óleo de Peixe por Via Parenteral e Funções Imunológicas

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Figura 12.3 Mecanismos da modulação de funções imunológicas por AGPI ômega-334,47

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Metabolismo da Cicatrização de Feridas

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Figura 17.3 Gráfico de tração: com utilização do sofware TESC®, versão 1.01, em que: A = força máxima de tração e B = força de ruptura

Figura 17.4 Exemplo de tração de parede abdominal de ratos lactentes (adaptada de Coelho-Lemos (2003)17 (ver caderno cor)

tância é, de certo modo, questionada pela subjetividade na avaliação. Entretanto, quando realizada por patologistas experientes e imparciais, pode fornecer dados passíveis de quantificação que são fundamentais para a análise e a comparação de processos cicatriciais. O processo de reparação pode ser avaliado mediante técnica de coloração com hematoxilina-eosina (HE), utilizando-se diversos indicadores, como exsudato neutrofílico, edema intersticial, necrose de mucosa, necrose transmural, deposição de fibrina, congestão vascular, infiltrado monomorfonuclear, atividade regenerativa da mucosa, proliferação fibroblástica, neoformação vascular, processo granulomatoso e fibrose intersticial. Outro método histológico de grande utilidade, principalmente na avaliação e na diferenciação de tipos de colágeno, é o da polarização com Picrosirius. Quando o

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corante sirus red F3AB, um corante ácido e forte, reage com o colágeno, sua birrefringência normal é aumentada devido ao fato de suas moléculas serem acopladas às fibrilas de colágeno, de maneira que as mesmas fiquem paralelas. O estudo comparativo de órgãos de animais vertebrados por esse método identificou estreita correlação entre a localização de diferentes cores e a intensidade de birrefringência com a distribuição bioquímica dos tipos I, II e III de colágeno, criando a possibilidade de diferenciação tecidual dos mesmos. O colágeno do tipo I aparece como fibras espessas, fortemente birrefringentes, de coloração amarela ou vermelha; já o colágeno do tipo III possui o aspecto de fibras finas, fracamente birrefringentes e de coloração esverdeada.46 O cálculo da porcentagem das fibras, classificadas em maduras ou imaturas de acordo com a sua coloração, per-

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Obesidade Mórbida e Cirurgia Bariátrica

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Figura 20.1 Banda gástrica ajustável

Figura 20.2 Operação de Capella-Fobi

Figura 20.3 Derivação biliopancreática tipo Scopinaro (geralmente a gastrectomia é vertical, e não horizontal como se vê na figura)

Figura 20.4 Cirurgia de Payne. Ao lado vê-se uma variante histórica da mesma época, tipo jejunocólica (Scott) (ver caderno cor)

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qualidade da amostra (número de biópsias e quantidade de material obtido). Também é importante a avaliação de inflamação focal e irregularidades nas criptas.14

RETOCOLITE ULCERATIVA (RCU) Embora a RCU tenha aspectos semelhantes à DC, as duas patologias apresentam características clínicas e evoluções diferentes, necessitando, assim, de diagnóstico preciso para o estabelecimento de tratamento adequado. A RCU pode ser classificada quanto à gravidade, à extensão anatômica ou à evolução clínica. Quanto à gravidade, seu acometimento pode ser considerado leve, moderado ou grave. Na maioria dos surtos, em torno de 70% pode ser considerada leve, moderada em 20% e grave em 10% dos casos.25 A gravidade do caso é avaliada pelo número de evacuações e pela presença de sangue nas fezes e de febre, frequência cardíaca, hemoglobina e velocidade de hemossedimentação.

Figura 25.4 Múltiplas fístulas no intestino delgado de portador de doença de Crohn (ver caderno cor)

Quanto ao curso clínico, pode ser dividida em forma fulminante, crônica contínua e crônica intermitente. A maior parte dos casos apresenta-se em forma crônica intermitente, com períodos de remissão que podem durar meses a anos. As formas fulminantes totalizam menos de 10% dos casos.26 A RCU também pode ser classificada de acordo com sua extensão observada endoscopicamente: RCU distal (proctite e retossigmoidite), retocolite de cólon esquerdo e pancolite. A proporção dos casos varia consideravelmente entre os locais de avaliação, cabendo aos centros terciários uma frequência maior de pancolites. A partir da avaliação endoscópica, é possível a obtenção de amostras de tecidos, levando-se em conta o resultado histológico. Quanto maior o grau de acometimento da mucosa, maiores serão as alterações histológicas; contudo, mesmo em áreas endoscopicamente normais, é possível a identificação de alterações crípticas sugestivas de RCU.27

Figura 25.5 Abscesso interalças em portador de doença de Crohn (ver caderno cor)

A atividade inflamatória da RCU pode ser mensurada de maneira quantitativa, com o uso de diversos índices elaborados por vários autores, levando em conta um somatório de aspectos clínicos, laboratoriais e endoscópicos.28

Quadro clínico Os sinais e sintomas da RCU dependem da extensão e da gravidade da doença. Em pacientes com acometimento distal, os sintomas geralmente são mais brandos. Nesses indivíduos, é comum o aparecimento de diarreia, sangramento nas fezes, cólicas abdominais, tenesmo, dor retal e incontinência fecal. As manifestações extraintestinais da retocolite são raras nesse grupo.

Figura 25.6 Fístula retovaginal em portadora de doença de Crohn

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Pacientes com colite esquerda ou pancolite constituem quadros de maior gravidade. Os sintomas com diarreia, dores abdominais e sangramento são comuns nas formas distais, porém geralmente com intensidade maior. Sintomas como astenia, inapetência e febre sinalizam um quadro mais grave.

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em determinadas situações podem surgir manifestações clinicamente importantes, tais como as citadas a seguir.

Síndromes disabsortivas: o curto-circuito determinado por fístulas internas do tubo digestivo deixa fora do trânsito segmentos intestinais. Na dependência do comprimento do segmento excluso, é plenamente possível ocorrer um quadro especial, com comportamento de síndrome do intestino curto (SIC). Nessa situação, o comprimento anatômico do intestino é normal, mas a área ativa de absorção mostra-se diminuída em graus variáveis. Dependendo de sua dimensão, ou seja, diante de comportamento do tipo SIC, a síndrome de má absorção pode ter desempenho clínico mandatório, de grande repercussão metabólica, com predomínio inicial de manifestações de hipercatabolismo, com gradativo restabelecimento do equilíbrio hemodinâmico.

Diarreia: é semelhante à que ocorre nas síndromes de má absorção.

Perda de peso.

os seus componentes: água, eletrólitos, enzimas, fatores tróficos, células de descamação e outros mais. Na dependência do volume da perda, é muito possível a constatação de importantes distúrbios hidreletrolíticos e relevante perda proteica procedentes, principalmente, das enzimas e das células de descamação. As fístulas digestivas externas mais comuns são as pósoperatórias, sendo anastomóticas na maioria das vezes. As Figuras 27.1 a 27.3 mostram fistulografias em fístulas pósoperatórias.

O tratamento cirúrgico fica reservado aos casos de importantes distúrbios de absorção, comprometimentos funcionais ou infecções mantidas pela fístula.

FÍSTULAS EXTERNAS Nesses casos, o conteúdo digestivo é lançado ao meio externo por abertura direta da parede do órgão digestivo para o meio externo (fístulas diretas) ou passando por um trajeto fibroso que alcança a parede abdominal e extravasa para o exterior (fístulas indiretas). Dessa forma, ocorre perda para o meio externo de conteúdo intestinal com todos

Figura 27.2 Fistulografia em intestino curto

Figura 27.1 Fístula pós-apendicectomia

Figura 27.3 Fistulografia em fístula duodenal de BII (Billroth II)

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TRATADO DE METABOLISMO HUMANO

É necessária a redução do fígado, implantando-se na criança apenas o lobo esquerdo. Quando a desproporção entre os pesos do doador e do receptor é muito grande (e também entre vivos), utiliza-se apenas o segmento lateral esquerdo. Nesses casos, é possível a utilização do lobo direito para transplante em receptor adulto (é o chamado split liver, ou fígado compartilhado).

Cirurgia do receptor

Figura 35.1 Criança com falência hepática, iniciando o procedimento de transplante hepático (ver caderno cor)

Figura 35.2 Transplante hepático concluído, referente à figura anterior (ver caderno cor)

A hepatectomia do receptor costuma ser muito difícil, devido à hipertensão portal, existência de portoenterostomia prévia e aderências intestinais. Há clampeamento da veia cava inferior nas regiões supra- e infra-hepática e das estruturas do hilo. Quando o fígado inteiro ou o lobo esquerdo são utilizados, a cava retro-hepática do doador é transplantada junto. Inicia-se pela anastomose da veia cava supra-hepática e, depois, da infra-hepática. Nos transplantes de segmento lateral esquerdo, anastomosa-se a veia supra-hepática esquerda na veia cava inferior do receptor. Na sequência, anastomosa-se a veia porta e a artéria hepática e por fim se faz a reconstrução biliodigestiva, em Y de Roux. Em crianças cirróticas com circulação colateral já estabelecida, o clampeamento total da veia cava inferior acarreta queda da pressão arterial, em geral facilmente manuseável com administração de volume. No entanto, as crianças com insuficiência hepática aguda não apresentam tal circulação colateral, podendo haver maior repercussão hemodinâmica com o bloqueio da cava. Dessa forma, uma alternativa para esses casos é realizar apenas um clampeamento parcial da cava, na região do óstio das veias supra-hepáticas, com anastomose terminolateral (técnica de piggyback).18

Cuidados neurológicos no pós-operatório A avaliação inicial da condição neurológica é difícil, devido à influência dos fármacos anestésicos de metabolização alterada pelo funcionamento hepático e, eventualmente, renal. O nível de consciência é parâmetro fiel do funcionamento do fígado recém-transplantado, sendo imperativo que se evite a utilização de medicamentos com efeito sedativo no período pós-operatório precoce, principalmente benzodiazepínicos (em virtude da metabolização hepática). Figura 35.3 Fase pós-operatória de transplante hepático bemsucedido (ver caderno cor)

Doador A aceitação do potencial doador inclui: compatibilidade ABO, testes de função hepática normais e estabilidade hemodinâmica. Como a fila para o transplante é regional e única, a maioria dos doadores para crianças é adulta.

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Convulsões podem ocorrer em até 30% das crianças após transplante hepático.19 Entre as causas, devem ser lembradas hipoglicemia, distúrbios hidreletrolíticos, inclusive hipomagnesemia, e níveis muito altos de drogas imunossupressoras, como a ciclosporina. Qualquer convulsão tônico-clônica generalizada sem causa definida e todas as convulsões focais indicam a realização de tomografia computadorizada de crânio para se avaliar a possibilidade de sangramento no SNC.

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Figura 41.6 (A a C) Exame ecocardiográfico. Visão das medidas do VE, bastante aumentado em portador de cardiomiopatia dilatada.

Sendo o álcool uma substância lícita e socialmente aceita, o problema parece ser não o uso, mas sim o consumo abusivo. Várias investigações têm mostrado, em apoio a esse pensamento, que, além dos grandes consumidores, o grupo dos abstêmios é o segundo a apresentar mais problemas de saúde, e não as pessoas que fazem uso judicioso do álcool. Entende-se por consumo moderado a ingestão de até 30g/dia. Acima desse limite, pressupõe-se consumo exagerado, sendo que no sexo feminino esses valores devem ser reduzidos à metade. Supõe-se que os determinantes da agressão ao miocárdio devem-se ao álcool em si e ao aldeído acético, seu subproduto, que, para ser formado, depende das atividades das enzimas álcool-desidrogenase e aldeído-desidrogenase. A primeira catalisa a transformação do álcool etílico em aldeído acético, e a segunda catalisa este último para o acetato. O álcool lesiona as estruturas cardíacas por:

Disfunção direta do miocárdio por ativação do sistema neuro-humoral.

Modificação da síntese proteica.

Aumento do estresse oxidativo.

Alteração mitocondrial.

Disfunção do retículo sarcoplasmático.

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Quanto ao aldeído acético, seus prejuízos são:

Rebaixamento das funções miocárdicas com queda do débito cardíaco.

Aumento da produção de radicais reativos.

Redução do cálcio intracelular.

Favorecimento e aumento de apoptose celular.

Do ponto de vista estrito da cardiomiopatia alcoólica, a sua fase inicial caracteriza-se praticamente por ausência de sintomatologia e, quando muito, pode revelar algum sintoma do ponto de vista estrito da cardiomiopatia alcoólica em si. Nessa fase, pode haver evidência de disfunção diastólica. Já em etapas mais avançadas, ocorre dilatação dos ventrículos, com diminuição da espessura de suas paredes com queda significativa da fração de ejeção. Em alguns casos, entretanto, a massa ventricular pode ser mantida ou mesmo apresentar-se aumentada. Quando o quadro clínico se desencadeia, a complicação imediata é a instalação de insuficiência cardíaca, requerendo terapêutica convencional, incluindo inibidores da conversão da enzima, betabloqueadores aprovados em ensaios e com base nas evidências, e espironolactona. Em circunstâncias especiais, digitalis e diuréticos também terão indicação e utilidade.

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Pluripotentes ou multipotentes são células capazes de diferenciar-se em quase todas as células e tecidos do organismo, excluindo-se a placenta e anexos embrionários – ou seja, não podem formar um novo indivíduo completo. Portanto, essas células não têm capacidade de gerar um indivíduo novo, mas sim apenas os tecidos que formam o indivíduo. As células pluripotentes são encontradas em embriões no estágio de blastocisto (embrião em estágio de quinto dia após a fertilização, apresentando células-tronco embrionárias – CTE), células a partir do quinto dia após a fertilização na espécie humana. No blastocisto encontramse dois tipos celulares distintos (Figura 51.2).4,5 As células da camada interna, geralmente chamadas massa celular interna (ICM, de inner cell mass), são pluripotentes e responsáveis pela formação das três camadas germinativas primárias – endoderma, mesoderma e ectoderma – que formarão os diferentes tecidos, assim como as células germinativas primordiais que são as precursoras dos gametas. O segundo tipo encontrado são células da membrana externa do blastocisto, chamadas células do trofoblasto (células nutridoras do blastocisto), que se destinam à produção da placenta e das membranas embrionárias.4,5

Oligopotentes são células que têm capacidade de se diferenciar em poucos tipos celulares. Geralmente os tipos celulares gerados a partir de células oligopotentes são aparentados; como exemplo, citam-se as células progenitoras dos glóbulos brancos. Unipotentes são células que se diferenciam em uma única linhagem celular específica de um tecido, permitindo assim a constante reposição celular e renovação do tecido. A expressão célula-tronco unipotente é normalmente utilizada para células com capacidade de divisão normal e presentes no organismo adulto e que podem gerar apenas um tipo celular específico – como, por exemplo, célula da pele.

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS (CTE) Diversas descobertas ocorridas nos últimos 25 anos podem ser consideradas os pontos principais para avanços na área da biologia do desenvolvimento, mas também como os

Figura 51.2 Embriologia em fases iniciais4,5 (ver caderno cor)

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TRATADO DE METABOLISMO HUMANO

Figura 53.9 Balanço proteico muscular pós-exercício de força. Uma solução (500mL) contendo 6g de aminoácidos (AA) indispensáveis e 35g de sacarose foi ingerida 3 horas após o término da sessão de exercício de força (adaptada de Rasmussen et al., 2009)69

Figura 53.10 Esquema hipotético do metabolismo proteico em uma célula muscular após exercício. Iniciando no canto superior esquerdo e seguindo no sentido horário: (A) fatores ainda desconhecidos estimulam a síntese proteica muscular, o que acarreta (B) diminuição da concentração intracelular de AA; (C) a diminuição da concentração intracelular de AA estimula o aumento da degradação proteica e/ou influxo de AA; (D) o aumento da disponibilidade de AA a partir da degradação proteica e/ou aumento do influxo pela célula muscular estimula o aumento da síntese proteica muscular49,50

que a interação dos processos metabólicos pós-exercício e o aumento da disponibilidade de aminoácidos maximizam a estimulação da síntese proteica muscular, o que resulta em maior anabolismo muscular em relação à situação em que os AA provindos da dieta não estão presentes.52,70

de substratos. A porcentagem de energia obtida a partir da oxidação de carboidratos aumenta concomitantemente ao aumento da intensidade do exercício, ao mesmo tempo em que a contribuição relativa da oxidação de lipídios para o gasto energético total diminui.

Em resumo, enquanto o exercício de força pode diminuir o saldo da degradação proteica muscular na ausência de nutrientes, o saldo positivo, ou anabolismo, ocorre em resposta à ingestão de nutrientes (Figura 53.10).49,50

Durante o exercício de baixa intensidade (25% a 40% do VO2máx), a taxa de captação de ácidos graxos livres é suficiente para manter a maior parte da gordura metabolizada.

LIPÍDIOS Efeitos da intensidade e da duração do exercício sobre a oxidação de lipídios Estudos realizados no início do século XX mostraram, por meio do quociente respiratório (CO2/O2), que diferenças na intensidade do exercício induzem alterações na utilização

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Todavia, durante o exercício mais intenso (65% do VO2máx), ocorre uma pequena diminuição da quantidade de ácidos graxos livres captados. A oxidação de lipídios é aproximadamente 40% mais alta a 65% do VO2máx, quando comparada com o exercício a 25% do VO2máx, porquanto a realização de exercícios a 65% do VO2máx promove maior utilização de triacilgliceróis intramusculares para a oxidação total de lipídios em relação a exercícios de baixa intensidade. Nessa intensidade de exercício, lipídios e carboidratos contribuem similarmente em relação ao gasto calórico do exercício.71-76

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Nutrição, Metabolismo e Atividade Física

vários estímulos, proporcionando novas descobertas sobre os mecanismos moleculares envolvidos nos processos celulares multicomplexos (Figura 53.16).194 Existe atualmente grande interesse em se estudar a via de sinalização que controla a síntese proteica no músculo esquelético e no tecido adiposo. A via da mTOR desempenha papel muito importante nesse processo, embora ainda persistam muitas dúvidas de como a síntese proteica é regulada, principalmente em condições fisiológicas que envolvam todos os sistemas orgânicos. A identificação de novas moléculas-chave ou novas funções das cinases já conhecidas desempenha papel importante na via de sinalização celular que interage com diferentes vias, na tentativa de expandir ainda mais a nossa compreensão acerca da adaptação do músculo esquelético e do tecido adiposo, o que proporciona novas perspectivas em relação a estratégias terapêuticas ou à recomendação da prática de exercícios físicos.

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Índice

A Abdome, 680 - agudo, 812 - radiografia do, 893 - - panorâmica, 886 - tomografia computadorizada do, 886 - trauma de, 680 - ultrassonografia do, 886 Abscesso(s), 546 - interalças em portador de doença de Crohn, 524 Absorção, 135 - da vitamina E pelos tecidos, 1010 - de nutrientes, 746 - proteica, 135 Acetil-CoA, 117 Aceto-acetato, 122 Acetominofeno, 869 Aciclovir, 871 Ácido(s), 231 - 5-aminossalicílico e derivados, 527 - benzoico, 1058 - cítrico, ciclo do, 116 - eicosapentaenoico, 311 - fólico, 147 - fumarilacetilacético, 231 - gástrico, 204 - graxos, 119, 128, 154, 936 - - essenciais, 714 - - - linoleico e alfa-linolênico, 312 - - - deficiência de, 714 - - identificação dos, 128 - - importantes e suas fontes alimentares, 129 - - livres, 119, 376 - - ômega-3, 311 - - - parenteral, observações clínicas sobre o, 317 - - - poli-insaturados, 312, 314 - - ômega-6 poli-insaturados, 312 - - trans, 131 - homogentísico, 231 - litocólico, 719 - maleilacetilacético, 231 - não voláteis, excreção renal de, 847 - orgânico, 252 - pantotênico, 145 - para-hidroxifeniláctico, 231 - para-hidroxifenilpirúvico, 231 - úrico, 871 - voláteis, excreção pulmonar de, 847 Acidose, 848 - láctica associada a terapia antirretroviral, 614

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- metabólica, 106, 723, 848, 876 - respiratória, 847 Açúcares-ácidos, 128 Açúcares-alcoóis, 128 Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (v. APACHE) Adalimumabe, 528 Addison, doença de, 75 Adipocinas, associação das, com a obesidade, o diabetes melito e o hipotálamo, 371 Adipocitocinas, síndrome metabólica e, 447 Adipócitos, 119, 379 Adiponectina, 376 - ação da, 380 Adiposidade, 382 - abdominal e a mais preocupante, 438 - como doença, 382 Adiposopatia, 383 Adoçante não-glicêmico, 252 Adolescência, 793 - anorexia nervosa e bulimia nervosa na, 654, 794 - cirurgia bariátrica na, 654 - compulsão alimentar na, 794 - distúrbios metabólicos e comportamentais na infância e na, 647-665 - - agressividade, 649 - - depressão, 658 - - obesidade e repercussões psiquiátricas e comportamentais, 652 - - psicometabólicos, 648 - - rinites, 657 - - síndrome das pernas inquietas, 649 - - suicídio, 659, 661 - - transtorno(s), 654 - - - alimentares, 654, 794 - - - bipolar, 658 - - - de déficit de atenção, hiperatividade, 650 - doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, 795 - maternidade na, 799 - metabolismo na infância e na, 171 - obesidade na, 793 - psiquiátrico-metabólicos na, 793 Adrenalina, 489 Adriamicina, 833 Afecções gastrintestinais, doença do refluxo gastresofágico e, 459 Agentes - adrenérgicos, 442 - adsorventes, 766 - anticolinérgicos, 766

- antidiarreicos, 766 - anti-hormonais, 798 - bloqueadores, 911 - hipoglicemiantes, 434 - moduladores da homeostasia energética e obesidade, 441 - - inibidores da digestão de nutrientes, 443 - - manipulação hormonal, 444 - - substitutos de gorduras, 444 - - supressores do apetite, 441 - noradrenérgicos, 441 - serotonérgicos, 442 - supressores, 911 - termogênicos, 443 Agressão, 180 - cirúrgica, resposta orgânica a, 269-281 - - imunossupressora induzida por trauma, 273 - - - isquemia tecidual e reperfusão, 273 - - - translocação bacteriana, 274 - - inflamatória induzida por trauma, 270 - - - citocinas, 270 - - - dos macrófagos, 272 - - - fator de ativação plaquetária, 272 - - - neutrofílica, 272 - - - óxido nítrico, 272 - - - radicais livres de oxigênio, 272 - - morbimortalidade, 278 - - padronização da terminologia, 269 - - princípios terapêuticos, 277 - - quadro clínico, 274 - - - APACHE, 275 - - - avaliação sequencial da falha do órgão, 275 - - - escore de disfunção orgânica múltipla, 275 - tecidual, inter-relação de, infecção e desnutrição, 180 Agressividade na infância e na adolescência, 649 Água, 153, 668 - déficit de, 105 - necessidades de, nas diferentes idades, 668 Água, metabolismo da, e eletrólitos, 43-92 - alterações eletrolíticas, 57 - - hipernatremia, 61 - - - com sódio total normal, 61 - - - considerações, 62 - - - tratamento da, 61 - - hiponatremia, 59 - - - crônica, 60 - - - hipovolêmica, 59 - - - pós-procedimentos, 59 - - - tratamento da, 60

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TRATADO DE METABOLISMO HUMANO

- - hipovolemia, 57 - - - tratamento da, 57 - cálcio, 70 - - atividades do, 71 - - hipercalcemia, 75 - - - causas de, 76 - - - quadro clínico, 76 - - - tratamento, 76 - - hipocalcemia, 72 - - - diagnóstico, 74 - - - quadro clínico, 74 - - - tratamento, 75 - - regulação homeostática do, 70 - ferro, 83 - - achados bioquímicos, 84 - - e processos patológicos, 86 - - eritropoetina, 85 - - ferritina sérica, 85 - - paradoxo, 86 - - situações em que há absorção aumentada de, 84 - fósforo, 77 - - equilíbrio homeostático, 78 - - hiperfosfatemia, 79 - - - causas, 79 - - - repercussões clínicas, 80 - - - tratamento, 80 - - hipofosfatemia, 78 - - - condições que favorecem a, 78 - - - consequências, 79 - - - repercussões clínicas, 79 - - - síndrome da realimentação, 78 - - - tratamento, 79 - magnésio, 80 - - equilíbrio, 80 - - hipermagnesemia, 82 - - - fatores predisponentes, 82 - - - fatores promotores de, 82 - - - manifestações clínicas, 83 - - - tratamento, 83 - - hipomagnesemia, 80 - - - confirmação diagnóstica, 82 - - - quadro clínico, 81 - - - tratamento, 81 - necessidades básicas diárias, 51 - - calóricas, 53 - - caracterizando a hidratação, 52 - - eletrolíticas, 55 - - metabólica, 52 - - - gerada pela degradação dos macronutrientes, 56 - - osmolalidade, 56 - - permutabilidade, 56 - - tonicidade, 57 - potássio, 63 - - hipercalemia, 67 - - - ação de fármacos e, 67 - - - destruição celular, 67 - - - insuficiência renal e, 67 - - - pseudo-hipercalemia, 67 - - - repercussões da, 68 - - - transfusões sanguíneas, 68 - - - tratamento da, 68 - - hipocalemia, 64 - - - função renal na, 66 - - - indicativos da, 65 - - - tratamento da, 66 - regulação do volume circulante, 62 - solutos, 44 - - água de cristalização, compostos hidratados, 48 - - permutabilidade, 48 - - peso atômico, de combinação e molecular de substâncias de importância fisiológica, 46 - - relação miligramas, miliequivalentes, 49 - - secreções digestivas, 51

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- - tonicidade, 50 - - - balanço externo, 50 - - - balanço interno, 50 AIDS, 362, 606 (v.t. HIV) - diagnóstico, 610 - e diarreia, 259 - epidemiologia, 606 - etiologia, 606 - exposição, contágio, transmissão, 607 - manifestações clínicas, 607 - - envolvimento do sistema nervoso central, 609 - - etapas da infecção, 607 - - - fase aguda, síndrome retroviral aguda, 607 - - - fase assintomática, 608 - - - fase sintomática, 608 - terapia antirretroviral e a imunidade, 611 - - abrigos virais, 611 - - combinada com imunoestimulantes, 611 - - considerações sobre a, 612 Alanina, 117 - produção de, e glutamina, 120 Albumina, 485 Alça sentinela, 886 Alcalose, 848 - metabólica, 848 - respiratória, 848 Álcool, 830 Aldosteronismo primário na gestação, 807 Alergia, 260 Alfacetoglutáricos, 118 Alfacetoisocaproico, 120 Alfacetoisovalérico, 120 Alfacetometil-valérico, 120 Alimentação enteral, 692 (v.t. Nutrição enteral) - especializada, 694 - hiperproteica hipercalórica, 693 - padrão, 692 Alimento(s), 1015 - antioxidantes contidos nos, 1015 - funcionais e potenciais indicações médicas, 251-268 - - AIDS e diarreia, 259 - - alergia, 260 - - carcinogênese, 260 - - doença inflamatória intestinal, 260 - - encefalopatia hepática, 259 - - exemplos de componentes não nutritivos de, 252 - - infecções e complicações por Helicobacter pylori, 259 - - prebióticos, 256 - - prevenção de complicações na cirurgia digestiva, 261 - - - translocação bacteriana, 261 - - principais expectativas de ações dos, 256 - - probióticos, 251 - - - constância da microbiota, 253 - - - diarreia associada ao uso de antibióticos, 258 - - - diarreia do viajante, 258 - - - diarreia viral aguda, 257 - - - exclusão competitiva, 253 - - - nas doenças diarreicas, 257 - - - papel da mucosa gastrintestinal como barreira de defesa do hospedeiro, 254 - - - pré-requisitos dos, 253 - - - ruptura do ecossistema gastrintestinal, 254 - - síndrome do intestino irritável e outras condições clínicas com diarreia, 259 Alström, síndrome de, 631 Alterações - citocínicas, 179

- eletrolíticas, 57 - - hipernatremia, 61 - - - com sódio total normal, 61 - - - considerações, 62 - - - tratamento da, 61 - - hiponatremia, 59 - - - crônica, 60 - - - hipovolêmica, 59 - - - pós-procedimentos, 59 - - - tratamento da, 60 - - hipovolemia, 57 - - - tratamento da, 57 Alzheimer, doença de, 1003 Aminas tricíclicas, 833 Aminoácidos, 120, 154, 230, 252, 638, 712, 935, 1059 - aproveitamento dos, na geração de energia, 138 - de cadeia ramificada, 123, 163 - essenciais e não essenciais, 134, 226 - - arginina, 226 - - - múltiplas propriedades, 226 - - - múltiplos elos de ação, 228 - - cisteína, 230 - - glutamina, 228 - - - estudos clínicos e resultados contraditórios, 229 - - - modelos experimentais de estudo da, 228 - - ornitina, 232 - - taurina, 232 - - tirosina, 230 - semiessenciais, 134 Aminoaçúcares, 128 Aminoglicosídeos, 869 Aminossalicilatos, 527 Amônia, 123 Amrinona, 490 Anabolismo, 154 - atuação mineral nos processos de catabolismo e, 154 - versus catabolismo, 138 Analgesia, 497 Anastomose, 543 - biliodigestiva, deiscência da, 677 - mortalidade por fístulas em diferentes condições de, 543 Anemia, 630 - ferropriva, 628 - - diagnóstico laboratorial bioquímico, 629 - - etiologia, 628 - - fisiopatogenia, 629 - - prevenção, 630 - - quadro clínico, 629 - - tratamento, 630 - perniciosa, 148 Anfetaminas, 834 Anfotericina B, 870 Angiotensinogênio, 376 Anorexia nervosa, 654, 794 - medidas terapêuticas na, 655 Anormalidades psicológicas, 459 Antagonistas, 975 - da vasopressina, 953 - serotoninérgicos, 975 Antibióticos, 528, 764 - diarreia associada ao uso de, 258 - indicados no combate a patógenos entéricos, 768 Antibioticoterapia, 496 Anticardiolipina, 909 Anticonvulsivantes, 434 Anticorpos, 206 - antitireoidianos, 503 - respostas mediadas por, 206 Antieméticos, 411 Antígeno, reconhecimento do, 214

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