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ANO 10 - Nº 56 - NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014
Possibilidades cirúrgicas para o tratamento das em equinos • Analgesia epidural em um Muar portador de fratura de falange proximal • Utilização da Endoscopia Dinâmica no diagnóstico de instabilidade palatal em um cavalo de corrida Puro Sangue Inglês: relato de caso • Considerações sobre aspectos nutricionais no pós-operatório de Cólica equina • Considerações sobre Comportamento Equino
SUMÁRIO
ANO 10 - Nº 56 - NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014
POSSIBILIDADES CIRÚRGICAS PARA O TRATAMENTO DAS ÚLCERAS DE CÓRNEA EM EQUINOS (PAGINA 4) CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ASPECTOS NUTRICIONAIS NO PÓS-OPERATÓRIO DE CÓLICA EQUINA (PAGINA 8)
FOTO CAPA: Hospital Veterinário Anhembi Morumbi (2013) FOTO DESTAQUE: Arquivo pessoal do autor
UTILIZAÇÃO DA ENDOSCOPIA DINÂMICA NO DIAGNÓSTICO DE INSTABILIDADE PALATAL EM CAVALO DE CORRIDA PURO SANGUE INGLÊS: RELATO DE CASO (PAGINA 16)
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ANALGESIA EPIDURAL EM UM MUAR PORTADOR DE FRATURA DE FALANGE PROXIMAL (PAGINA 20) CONSIDERAÇÕES SOBRE COMPORTAMENTO EQUINO (PAGINA 26)
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COLUNA VOCÊ SABIA? COMENTÁRIOS DOS CASOS CLÍNICOS - PARTE II (PAGINA 42)
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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS NA REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA EQUINA 1. REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA EQUINA (ISSN 1809-2063) - publica artigos Científicos, Revisões Bibliográficas, Relatos de Casos e/ou Procedimentos e Comunicações Curtas, referentes à área de Equinocultura e Medicina de Equídeos, que deverão ser destinados com exclusividade. 2. Os artigos Científicos, Revisões, Relatos e Comunicações curtas devem ser encaminhados via eletrônica para o e-mail: (revista.equina@gmail.com) e editados em idioma Português. Todas as linhas deverão ser numeradas e paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser digitado em tamanho A4 (21,0 x 29,0 cm) com, no máximo, 25 linhas por página em espaço duplo, com margens superior, inferior, esquerda e direita em 2,5 cm, fonte Times New Roman, corpo 12. O máximo de páginas será 15 para artigo científico, 25 para revisão bibliográfica, 15 para relatos de caso e 10 para comunicações curtas, não incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras, gráficos e tabelas devem ser disponibilizados ao final do texto, sendo que não poderão ultrapassar as margens e nem estar com apresentação paisagem. 3. O artigo Científico deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das Referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão (Modelo .doc, .pdf). 4. A Revisão Bibliográfica deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Introdução; Desenvolvimento (pode ser dividido em sub-títulos conforme necessidade e avaliação editorial); Conclusão ou Considerações Finais; e Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal devem aparecer antes das Referências. 5. O Relato de Caso e/ou Procedimento deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Introdução; Relato de Caso ou Relato de Procedimento; Discussão (que pode ser unida a conclusão); Conclusão e Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal devem aparecer antes das Referências.
6. A comunicação curta deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Texto (sem subdivisão, porém com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter tabelas ou figuras); Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. (Modelo .doc, .pdf). 7. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas no sistema numérico e sobrescritos, como descrito no item 6.2. da ABNR 10520, conforme exemplo: “As doenças da úvea são as enfermidades mais diagnosticadas nessa espécie, com prevalência de até 50%15”. “Segundo Reichmann et al.15 (2008), as doenças da úvea são as enfermidades mais diagnosticadas nessa espécie, com prevalência de até 50%”. No texto pode citar-se até 2 autores, se mais, utilizar “et al.” Exemplo: Thomassian e Alves (2010). Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do artigo, na mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página. As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de Referências. Exemplo: De acordo com Silva11 (2011a). 8. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/ 2002) conforme normas próprias da revista. 8.1. Citação de livro: AUER, J.A.; STICK, J.A. Equine Surgery. Philadelphia: W.B. Saunders,1999, 2.ed., 937p. TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e outros herbívoros. Manaus: INPA, 1979, 95p. 8.2. Capítulo de livro com autoria: GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E. The thyroid. Baltimore: Williams & Wilkins, 1964, cap.2, p.32-48. 8.3. Capítulo de livro sem autoria: COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In: ______. Sampling techniques. 3.ed., New York: John Willey, 1977, cap.4, p.72-90. 8.4. Artigo completo: PHILLIPS, A.W.; COURTENAY, J.S.; RUSTON,
R.D.H. et al. Plasmapheresis of horses by extracorporal circulation of blood. Research Veterinary Science, v.16, n.1, p.35-39, 1974. 8.5. Resumos: FONSECA, F.A.; GODOY, R.F.; XIMENES, F.H.B. et al. Pleuropneumonia em equino por passagem de sonda nasogástrica por via errática. Anais XI Conf. Anual Abraveq, Revista Brasileira de Medicina Equina, Supl., v.29, p.243-44, 2010. 8.6. Tese, dissertação: ESCODRO, P.B. Avaliação da eficácia e segurança clínica de uma formulação neurolítica injetável para uso perineural em equinos. 2011. 147f. Tese (doutorado) - Instituto de Química e Biotecnologia. Universidade Federal de Alagoas. ALVES, A.L.G. Avaliação clínica, ultrassonográfica, macroscópica e histológica do ligamento acessório do músculo flexor digital profundo (ligamento carpiano inferior) pós-desmotomia experimental em equinos. 1994. 86 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Estadual Paulista. 8.7. Boletim: ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção Animal, 1942. 20p. (Boletim Técnico, 20). 8.8. Informação verbal: Identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão entre parênteses. Exemplo: ...são achados descritos por Vieira (1991 - Informe verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo do autor (incluir e-mail), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi emitida a informação. 8.9. Documentos eletrônicos: MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades do tratamento cirúrgico. São Paulo: Departamento de Cirurgia, FMVZ-USP, 1997, 1 CD. GRIFON, D.M. Artroscopic diagnosis of elbow displasia. In: WORLD SMALL ANIMAL VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic. Proceedings… Prague: WSAVA, 2006, p.630-636. Acessado em 12 fev. 2007. Online. Disponível em: http://www.ivis.org/ proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon1.pdf?LA=1. 9. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s) autor(es). 10. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação. 11. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o encaminhamento de uma justificativa pelo indeferimento. 12. Em caso de dúvida, consultar os volumes já publicados antes de dirigir-se à Comissão Editorial.
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E D I T O R I A L
Crise ou oportunidades em 2015? FUNDADOR Synesio Ascencio (1929 - 2002)
Passada a campanha eleitoral e após a posse do novo mandato presidencial, chega a hora de pagar a conta, de realizar os ajustes, tanto aqueles que foram adiados quanto os sempre presentes. Mais que uma opção, colocar as contas públicas em ordem é uma obrigação. E o sabor desse ajuste é amargo, com corte de despesas, juros elevados e, ao que se tem sinalizado, maior carga tributária. Isto tudo em uma economia que já vinha acusando golpes pela combinação de cenário externo ainda abalado e, principalmente, por políticas econômicas mal sucedidas, com persistência em erros que somente agora serão atacados pela nova equipe econômica do Governo. Para a equinocultura, os impactos de uma crise ou de ajustes macroeconômicos austeros ocorrem de duas maneiras. Uma, mais evidente, diretamente, com custos mais elevados (especialmente o custo de capital) e menor liquidez no mercado. Outra, talvez mais importante, ocorre indiretamente. Grande parte da movimentação econômica das atividades ligadas ao cavalo são originadas por criadores e proprietários que não tem a equinocultura como principal atividade. Médicos, advogados, empresários de diversos setores, entre outros, tem o cavalo como animal de companhia (esporte e lazer) ou como diversificação da aplicação de seu patrimônio, mas não como principal fonte de renda. Quando há crise na atividade principal desses criadores e proprietários, os cortes começam justamente pelas atividades ligadas ao cavalo. Ou seja, além de eventual crise do próprio setor, a equinocultura deve estar atenda à crise em outros setores, que podem representar ameaças conforme destacado nesse parágrafo. Mas o cenário de 2015 não deve ser visto com exagerado pessimismo, com receio de crise. Deve ser visto como oportunidade para que bons profissionais e boas empresas se consolidem. Se na fartura o criador ou proprietário não se concentra na alocação de recursos na forma mais eficiente, na crise ocorre o oposto. É o momento de racionalizar, de buscar a melhor relação custo benefício. É o momento em que o profissional competente é reconhecido e valorizado. Em 2015, esperamos grandes oportunidades para os profissionais da equinocultura. Roberto Arruda de Souza Lima Professor da ESALQ/USP raslima@usp.br www.arruda.pro.br
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Possibilidades cirúrgicas para o tratamento das
HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2013)
em equinos “Surgical possibilities for the treatment of corneal ulcers in horses” “Posibilidades quirúrgicas para el tratamiento de las úlceras de cornea en los caballos”
RESUMO: O tratamento cirúrgico das úlceras de córnea nos equinos é baseado na progressão da lesão com ou sem tratamento prévio. A rápida evolução da lesão e a ausência de resposta ao tratamento conservativo podem ser indicativos da necessidade de associar o tratamento conservativo ao cirúrgico. Casos de descemetocele ou prolapso de íris, ambos urgências cirúrgicas, necessitam de rápida intervenção para a manutenção do olho. A gravidade da lesão e as condições necessárias para a realização do procedimento cirúrgico são cruciais na escolha da técnica a ser empregada. Unitermos: úlcera, córnea, equino, tratamento cirúrgico ABSTRACT: The equine corneal ulcers treatment is based on the lesion progression with or without previous treatment. The rapid evolution of the lesion and the absence of response to conservative treatment can indicate that the association between the conservative and surgical treatment must be required. Descemetocels and iris prolapse cases, both surgical urgencies, requires early intervention to preserve the eye. The lesion severity and the needful conditions to perform the surgical treatment are crucial to choose the most appropriate technique. Keywords: ulcer, cornea, equine, surgical treatment RESUMEN: El tratamiento quirúrgico de las úlceras corneales en los caballos es basado en la progresión de la lesión con o sin tratamiento previo. La rápida evolución de la lesión y la ausencia de respuesta al tratamiento conservador puede indicar que sea necesario asociación de tratamiento clínico y quirúrgico. En casos de emergencias quirúrgicas, como descemetocele o prolapso del íris, es necesario intervenir de manera rápida para mantener el ojo. La gravedad de la lesión y las condiciones necesarias para el procedimiento quirúrgico son cruciales en la elección de la técnica a ser utilizada. Palabras clave: úlcera, córnea, caballo, cirugía equina
Introdução A córnea é a estrutura de refração óptica, transparente e avascular do globo ocular2, responsável por transmitir luz3. Esta estrutura se projeta externamente à órbita óssea, sendo protegida apenas pelas pálpebras8, e inervada por terminações sensoriais do nervo trigêmeo (V nervo craniano) e pelo nervo facial3,10. Esta estrutura é composta por cinco camadas: filme lacrimal pré-corneano, epitélio, estroma, membrana de Descemet e endotélio5. Nos equinos, as úlceras de córnea são geralmente consequência de traumas10,5 ocasionados por choques contra objetos, como cercas ou em material vegetal3. Na maioria dos casos, as úlceras são unilaterais e se diferem quanto a presença ou ausência de contaminação e o estágio de evolução 6. Os sinais clínicos são semelhantes, indepen4•
dente da contaminação, incluindo blefaroespasmo, epífora, quemose, fotofobia, edema de córnea, vascularização da córnea, miose, hiperemia conjuntival e secreção ocular3,10,4 As úlceras de córnea, independente da sua contaminação, variam entre superficiais à profundas, podendo originar abscessos estromais3. Para as úlceras bacterianas, o tratamento é baseado no uso de antibióticos tópicos, que podem ser específicos ou de amplo espectro3,5. Já para contaminações por fungos, causadas normalmente pelos Aspergillus, Fusarium, Candida e Penicillium, anti-fúngicos tópicos ou sistêmicos com amplo espectro de ação são recomendados, além de terapia de suporte5,4. Quando não houver resultado positivo no tratamento conservativo, a associação com procedimentos cirúrgicos aumenta as chances de cura2.
Figura 1: Olho esquerdo do equino com ceratomalácia. Apesar da extensa área de lesão, apenas a região inferior e medial foi corada, mostrando preservação do epitélio corneano que recobre a área de ceratomalácia ...................................................
Thaís Jardim Ozi* (thais.ozi@bol.com.br) Discente do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi Nicole Fidalgo Paretsis, Danielle Cristinne Baccarelli Médicas Veterinárias Residentes do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi Christianni Padovani de Biaggi, Neimar Vanderlei Roncati, Rodrigo Romero Correa: Docentes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi * Autora para correspondência
Objetivo O objetivo do presente trabalho é demonstrar as possíveis técnicas cirúrgicas referentes ao tratamento das úlceras de córnea nos equinos, assim como suas vantagens e desvantagens. Debridamento Corneano O debridamento do tecido necrótico da córnea é o mais importante e complicado procedimento cirúrgico no tratamento cirúrgico das úlceras de córnea. Este procedimento visa a retirada do tecido necrótico, deixando apenas o tecido estromal saudável, permitindo a realização de enxertos conjuntivais pediculados. Esta técnica pode ser realizada com o dissecador corneano de Martinez7. O debridamento é indicado nos casos em que as úlceras superficiais não respondem adequadamente ao tratamento conservativo6,5. Recobrimentos Conjuntivais O recobrimento conjuntival ou enxerto conjuntival está indicado nos casos de úlceras de córnea profundas, contaminadas por bactérias e/ou fungos11, como na ceratomalácia, e também nas descemetoceles e
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Figura 2: Enxerto conjuntival pediculado realizado sobre a lesão corneana. Esta intervenção cirúrgica foi realizada devido à ruptura de toda a profundidade da córnea e ocorrência secundária de prolapso de íris .......................................................................................................................................................................
prolapso de íris1,3. A escolha do tipo de enxerto varia de acordo com a extensão da lesão5. A conjuntiva promove a nutrição do tecido corneano por meio de vasos sanguíneos, leva fibroblastos e fornece suporte físico para o estroma corneano. Existem diferentes tipos de retalhos conjuntivais, como os pediculados, em ponte, 180 graus e 360 graus3. Para os retalhos conjuntivais pediculados é necessária a divulsão da conjuntiva bulbar, da região do limbo até o fórnix, em formato retangular (região média do globo ocular). Em seguida, a lesão da córnea é recoberta pelo retalho e este é suturado na córnea em padrão simples separado6 (Figura 2). Colocação do sistema de lavagem subpalpebral A colocação da sonda para lavagem subpalpebral auxilia na administração de medicamentos por longos períodos de tempo, e resulta em menor irritação por diminuir a manipulação no local2. Pode ser colocada sob anestesia geral ou local. Para colocação da sonda na pálpebra superior, a pálpebra é afastada do globo ocular. Uma agulha deve ser introduzida lateralmente ao recesso do fórnix conjuntival, atravessando toda a espessura da pálpebra, saindo sobre a pálpebra superior, próximo a rima da órbita. Em seguida, uma sonda é perfurada (para permitir a passagem do fármaco), e passada por dentro da agulha, da ór-
bita em direção ao fórnix conjuntival. Repete-se o mesmo procedimento na região medial do olho, e a sonda deve ser passada pela agulha agora do fórnix em direção à pálpebra superior, em região medial. A extremidade da sonda deve ser fechada com um nó simples, para não permitir a saída dos fármacos e para auxiliar na fixação à pele. A porção mais longa da sonda, em região lateral, fica livre para a administração dos medicamentos6. Deve-se ter cautela na colocação da sonda, evitando que ocorra o deslocamento9. É necessário que se observe periodicamente se a lavagem está sendo efetiva2 (Figura 3).
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Classificação As úlceras podem ser classificadas em superficiais, profundas e indolentes4. As úlceras superficiais atingem o epitélio, não há neovascularização, são contaminadas e podem ser mais facilmente visualizadas com a utilização de corantes oftálmicos11,4. As úlceras superficiais podem se tornar indolentes, porém com destacamento do estroma subjacente, edema de córnea e neovascularização. A etiologia é desconhecida, porém acredita-se que seja devido à infecção das camadas expostas, anormalidades na produção de lágrimas ou falha primária do epitélio corneano11. As úlceras profundas acometem o epitélio e o estroma da córnea3,4. No início da lesão a neovascularização não está presente, porém, pode ocorrer infecção secundária por bactérias, especialmente as Pseudomonas sp., levando ao aspecto de derretimento, conhecido como melting ou ceratomalácia 5,4 (Figura 1). A descemetocele ocorre quando há protrusão da membrana de Descemet pela camada do epitélio e estroma da córnea5. Este tipo de úlcera é considerado urgência cirúrgica, pois apresenta alto risco de ruptura da córnea10,5, podendo ocorrer prolapso de íris secundariamente5.
Figura 3: Sonda subpalpebral fixada no olho direito do equino. A utilização da sonda facilita a lavagem subpalpebral e a administração de fármacos, neste caso, para tratamento pósoperatório
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Cuidados com novos traumas devem ser realizados, como a utilização de capas de cabeça, fornecendo proteção para o olho com úlcera (Figura 4). Tarsorrafia temporária É indicada para a proteção da córnea após tratamentos cirúrgicos. Pode ser realizada sob anestesia geral ou local. As suturas devem ser em padrão colchoeiro, nas fendas palpebrais, para distribuir a tensão.
É indicado que os cantos medial e lateral do olho sejam mantidos sem suturas quando associados à lavagem subpalpebral, com objetivo de permitir a drenagem dos fármacos administrados. Os fios de sutura devem ser passados de forma que não entrem em contato com a córnea. A tarsorrafia temporária pode ser associada aos sistemas de lavagem subpalpebrais para manutenção da limpeza e administração de medicações oftálmicas6.
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Figura 4: Proteção do olho com capa de cabeça, evitando traumas na recuperação anestésica e período pósoperatório das lesões oftálmicas
Figura 6: Ceratotomia em grade. Notam-se as incisões superficiais na córnea, realizadas sobre a área ulcerada e irresponsiva ao tratamento coservativo
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Ceratotomia em grade A ceratotomia em grade pode ser o tratamento cirúrgico de escolha para os casos onde a úlcera não cicatriza após o debridamento, para as úlceras indolentes e também nos casos de ceratomalácia. O procedimento garante o rompimento da membrana basal, que pode ter permanecido na superfície da úlcera. Com auxílio de bisturi de pequeno tamanho, ou com o bisel agulhas hipodérmicas, faz-se aproximadamente cinco incisões superficiais, paralelas e verticais sobre epitélio corneano. A seguir, repetem-se as incisões em posição horizontal, completando o formato de grade. Novas células são expostas ao colágeno tipo I no estroma anterior, promovendo maior aderência celular, facilitando a cicatrização3 (Figura 6).
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Figura 5: Recobrimento de terceira pálpebra. O fio de sutura deve ser passado pela conjuntiva externa, cartilagem da terceira pálpebra, mas não deve atravessar a conjuntiva interna, evitando o contato do fio com a superfície da córnea
Recobrimento com terceira pálpebra É utilizado para recobrir lesões na córnea, promovendo proteção física, auxiliando a cicatrização. Algumas desvantagens deste procedimento incluem impossibilidade de visualizar a córnea e a progressão da cicatrização, e pode dificultar a chegada de altas concentrações de fármacos na região da úlcera. As suturas de colchoeiro são realizadas horizontalmente com material inabsorvível 2-0 ou 3-0. As suturas são posicionadas pelo fórnix conjuntival superior e passam pela terceira pálpebra, 4 a 5 milímetros atrás da sua margem livre. A próxima sutura é realizada paralelamente à margem da pálpebra, cerca de dois milímetros da borda e um centímetro da margem da cartilagem. A sutura penetra a conjuntiva externa e a cartilagem da terceira pálpebra, mas sem atingir a conjuntiva interna, evitando o contato direto do fio na superfície da córnea. A sutura é passada novamente pela pálpebra superior na região do fórnix. São utilizadas suturas captonadas para a distribuição da tensão, e a técnica pode ser associada ao sistema de lavagem subpalpebral6 (Figura 5).
Ceratectomia A incisão da córnea deve ser realizada ao redor da lesão a ser removida, e pode ser feita com um trépano corneano ou lâmina microcirúrgica. A profundidade da incisão deve ser o suficiente para remover completamente o tecido necrótico e, em seguida, deve-se divulsionar o tecido até a separação completa. Esta técnica deve ser associada aos enxertos conjuntivais, por facilitar a ocorrência de ruptura posterior do
tecido corneano11, sendo indicada para as úlceras indolentes3. Ceratoplastia Parte do tecido da córnea deve ser removido de um doador e colocado sobre a lesão, podendo ser lamelar (espessura parcial) ou penetrante (total)5,11, mantendo a integridade do olho11. A ceratoplastia lamelar autóloga é feita com a remoção de um a dois terços da espessura corneana, sendo do mesmo olho ou do contralateral. O enxerto é colocado e suturado no leito receptor. A ceratoplastia penetrante precisa de um enxerto de espessura total da córnea de um doador, sendo necessária precisão para a realização e a disponibilidade de um doador saudável. Esta técnica não é rotineiramente utilizada, entretanto, tem se mostrado útil nos casos de abscessos estromais6. Considerações finais A úlcera de córnea é uma afecção que coloca em risco a visão do equino, e requer diagnóstico precoce para a escolha do tratamento conservativo ou cirúrgico adequados. Fatores como a resposta inadequada ao
tratamento conservativo das úlceras, a rápida evolução ou o diagnóstico de ceratomalácia ou descemetocele, podem ser indicadores da necessidade do tratamento cirúrgico. Os recobrimentos conjuntivais são utilizados nos casos de úlceras de córnea dos equinos por fornecer maior suprimento sanguíneo e dar sustentação para a úlcera, facilitando a cicatrização e amenizando a formação cicatricial. A maioria das técnicas cirúrgicas exige precisão e habilidade para execução. Pode ser necessária a realização de anestesia geral e a utilização de bloqueadores neuromusculares, com objetivo de manter o olho na mesma posição durante o procedimento cirúrgico. A colocação da sonda para lavagem subpalpebral pode ser realizada a campo, utilizando apenas sedação e bloqueios locais. Este procedimento pode facilitar a administração dos fármacos nos casos de úlceras profundas ou indolentes, com exacerbação de dor e blefaroespasmo, ou após procedimentos cirúrgicos. Além disso, pode evitar a contaminação iatrogênica da lesão, fato suficiente para garantir a piora clínica.
Referências 1 - BROOKS, D.E. Equine ophthalmology. Proceedings of the Annual Convention of the AAEP, v.48, 2002, p.300-313. 2 - BROOKS, D.E. Ulceração Corneana. In: ______. Oftalmologia para Veterinários de Equinos. São Paulo: Roca, 2005, p.55-81. 3 - GILGER, B.C. Diseases of cornea and sclera In: ANDREW, S.E.; WILLIS, A.M. Equine Ophthalmology. 2.ed., St. Louis: Elsevier Saunders, 2005, p.157-251. 4 - HERRERA, D.H. Oftalmologia equina In: DENNIS, D.E. Ofalmologia clínica em animais de companhia. São Paulo: Medvet Livros, 2008, p.271-283. 5 - MAGGS, D.J. Cornea and sclera. In: MAGGS D.J., MILLER P.E.; OFRI R. Fundamentals of Veterinary Ophthalmology, 4.ed., St. Louis: Saunders Elsevier, 2008, p.175-202. 6 - NASISSE, M.P.; JAMIESON, V.E.; BROOKS, D.E. Cornea and Sclera. In: AUER, J.A.; STICK, J. Equine Surgery, 3.ed., Philadelphia: Elsevier Saunders, 2006, p.731-744. 7 - OLIVIER, F.J. Medical and Surgical Management of Melting Corneal Ulcers Exhibiting Hyperproteinase Activity in the Horse, Clinical Techniques in Equine Practice, 4(1), 2005, p.50-71. 8 - SPEIRS, V.C. Clinical Examination of Horses. Philadelphia: W.B. Saunders, 1997. 9 - ROBINSON, N.E.; SPRAYBERRY, K.A. Medical and Surgical Therapies for Ulcerative Ketatitis. In: UTTER, M.E.; BROOKS, D.E. Current therapy in Equine Medicine. St. Louis: Elsevier, 2009, p.648-651. 10 - WILKIE, D.A. Oftalmologia Equina. In: REED, S. M.; BAYLY, W.M. Medicina interna equina. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, p.756-757. 11 - WILLIAMS L.B.; PINARD, C.L. Corneal ulcers in horses. Compendium: Continuing Education for Veterinarians, Canada, 2013, p.E1-E8.
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Considerações sobre os aspectos nutricionais no pós-operatório de
equina FOTO: POLYANA CAROLINA MARINO
“Consideration on the nutricional aspects in post-operative of equine colic” “Consideraciones sobre los aspectos nutricionales de postoperatorio de colico equina”
RESUMO: Devido ao aumento das atividades equestres e pesquisas voltadas ao manejo nutricional de equinos submetidos a procedimentos cirúrgicos, a preocupação com a nutrição e bem-estar animal nesses pacientes estão se tornando cada vez mais frequentes. Em equinos com síndrome cólica submetidos a cirurgias abdominais, o suporte nutricional no pós-operatório, quando fornecido de maneira correta, auxilia na melhora da mucosa gastrointestinal e pode reduzir o índice de complicações no período pós-cirúrgico. O objetivo do presente trabalho é fazer uma breve revisão à respeito da importância da nutrição no período pós-operatório em equinos portadores da síndrome cólica, dando ênfase nas necessidades nutricionais como um todo, tanto nas necessidades energéticas e quanto as necessidades proteicas. Unitermos: desconforto abdominal, nutrição, cirurgia abdominal. ABSTRACT: Due to the increase of equestrian activities and research of nutritional management of undergo surgical procedures equines, the concern with nutrition and welfare in these patients are becoming each time more frequent. Equines with colic syndrome undergone abdominal surgery, the nutritional support in the postoperative period, when supplied correctly, helps in the gastrointestinal mucosa recovery and can reduce the complication rate in the postoperative period. The objective of this study is to do a brief review about equine’s nutrition importance in postsurgical period of patients with colic syndrome, given emphasis in the nutritional needs as a whole, both energetics and proteins requirements. Keywords: abdominal discomfort, nutrition, abdominal surgery RESUMEN: Devido a los aumentos de las atividad con caballos equestre y en pesquisas hechas al manejo nutricional de los caballo se realizo en procedimiento cirurgico a preocupacion con la nutricion y el bien estar animal en esos pacientes estan se realizando con mas frequencia en caballos con sindrome de colico devido a cirurgia abdominal lo suporte nutricional cuando realizada de manera correcta ayuda na mejora da mucosa gastro y puede reduzir el indice de complicaciones no de correr do pos cirúrgico. El objetivo de dicho trabajo es hacer una breve revision al respeto de la importancia de la nutricion en el periodo pos cirurgico en caballos portadores de colicos mejorando las nesecidad energetica y cuanto a las necesidad proteicas. Palabras clave: mal estar abdominal, nutricion, cirurgia abdominales
Figura 1: Equino ingerindo alimento após laparotomia exploratória ..............................................
Gustavo Romero Gonçalves, Jackson Schad, Hanna Caroline Prochno, Juliana Lopes Massitel, Gabriela de Castro Bregadioli, Lucas Milléo Scorsim, Residentes de Clínica Médica, Cirúrgica e Reprod. Animal na Univ. Est. de Londrina, PR Polyana Carolina Marino* (pcm.vet@bol.com.br) Mestranda em Ciência Animal na Univ. Est. de Londrina e Profa. Colaboradora no Depto. de Clínica Veterinária na Univ. Est. Norte do Paraná Bandeirantes, PR * Autor para correspondência
1. Introdução Cerca de 80% dos quadros de síndrome cólica equina apresentam resolução simples, não havendo a necessidade de se alterar o manejo nutricional do animal. Em episódios em que há a presença de ileus, ou então, uma completa obstrução do fluxo da ingesta, sejam estas de origem estrangulativa ou não, demandam maiores cuidados nutricionais. Em alguns casos, há a necessidade da intervenção cirúrgica, além do tratamento para o choque e/ou para a infecção27. Com o aumento das atividades e das pesquisas voltadas para dar um suporte melhor aos equinos que são submetidos à laparotomia, surge também a preocupação com o manejo nutricional 8•
adequado durante o período pós-cirúrgico. Este tipo de suporte se realizado de forma correta, auxilia na manutenção da integridade da mucosa intestinal e aumenta a absorção e aproveitamento dos nutrientes ingeridos, diminuindo as chances do desenvolvimento de complicações, tais como, do tempo de cicatrização da ferida, da perda de massa muscular, da formação de aderências, dos riscos de infecções e de diarreia, e consequentemente, do tempo de internamento10,18,14. A administração de fluidos e eletrólitos apenas, sem que haja o consumo de alimento pelo animal durante um longo período, é prejudicial para a sua recuperação, uma vez que a falta de nutrientes pode levar às complicações6.
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