Equina 61 degustacao - SET/OUT 2015

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ANO 11 - Nº 61 - SETEMBRO / OUTUBRO 2015

FRATURAS DA PELVE

• Deformidade Flexural Interfalangeana adquirida em dois potros: relato de caso • Efeitos da solução salina hipertônica em quadros de Endotoxemia em equinos: revisão • Pleuropneumonia equina: relato de dois casos atendidos no Hospital Veterinário de São Paulo • Metabolismo da unidade Feto-Placentária na gestação de éguas: revisão de literatura • Torção uterina em égua: relato de caso





SUMÁRIO

ANO 11 - Nº 61 - SETEMBRO / OUTUBRO 2015

Deformidade Flexural Intrfalangeana adquirida em dois potros: relato de caso (Página 4) Pleuropneumonia equina: relato de dois casos atendidos no Hospital Veterinário de São Paulo (Página 8) Efeitos da solução salina hipertônica em quadros de Endotoxemia em equinos: revisão (Página 12)

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Torção uterina em égua: relato de caso (Página 20)

FOTO IMAGEM CAPA: Arquivo pessoal do autor Jairo Jaramillo Cardenas

Metabolismo da unidade Feto-Placentária na gestação de éguas: revisão (Página 24)

IMAGENS DE REPRODUÇÕES GRÁFICAS: ABC of the Horse (www.pg-team.fi) FOTO DESTAQUE: Hospital Veterinário Anhembi Morumbi (2012)

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Agronegócio: Assimetria no patrocínio ao Hipismo e ao Futebol (Página 32)

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Você Sabia?: Fraturas da Pelve (Página 34)

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Por Dentro da Boca: Doença Periodontal (Página 38) Na Ponta dos Cascos: O tamanho ideal do Casco (Página 42)

www.passoapasso.org.br

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS NA REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA EQUINA 1. REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA EQUINA (ISSN 1809-2063) - publica artigos Científicos, Revisões Bibliográficas, Relatos de Casos e/ou Procedimentos e Comunicações Curtas, referentes à área de Equinocultura e Medicina de Equídeos, que deverão ser destinados com exclusividade. 2. Os artigos Científicos, Revisões, Relatos e Comunicações curtas devem ser encaminhados via eletrônica para o e-mail: (revista.equina@gmail.com) e editados em idioma Português. Todas as linhas deverão ser numeradas e paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser digitado em tamanho A4 (21,0 x 29,0 cm) com, no máximo, 25 linhas por página em espaço duplo, com margens superior, inferior, esquerda e direita em 2,5 cm, fonte Times New Roman, corpo 12. O máximo de páginas será 15 para artigo científico, 25 para revisão bibliográfica, 15 para relatos de caso e 10 para comunicações curtas, não incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras, gráficos e tabelas devem ser disponibilizados ao final do texto, sendo que não poderão ultrapassar as margens e nem estar com apresentação paisagem. 3. O artigo Científico deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das Referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão (Modelo .doc, .pdf). 4. A Revisão Bibliográfica deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Introdução; Desenvolvimento (pode ser dividido em sub-títulos conforme necessidade e avaliação editorial); Conclusão ou Considerações Finais; e Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal devem aparecer antes das Referências. 5. O Relato de Caso e/ou Procedimento deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Introdução; Relato de Caso ou Relato de Procedimento; Discussão (que pode ser unida a conclusão); Conclusão e Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal devem aparecer antes das Referências.

6. A comunicação curta deverá conter os seguintes tópicos: Título, Resumo e Unitermos (em Português, Inglês e Espanhol); Texto (sem subdivisão, porém com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter tabelas ou figuras); Referências. Agradecimento e Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. (Modelo .doc, .pdf). 7. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas no sistema numérico e sobrescritos, como descrito no item 6.2. da ABNR 10520, conforme exemplo: “As doenças da úvea são as enfermidades mais diagnosticadas nessa espécie, com prevalência de até 50%15”. “Segundo Reichmann et al.15 (2008), as doenças da úvea são as enfermidades mais diagnosticadas nessa espécie, com prevalência de até 50%”. No texto pode citar-se até 2 autores, se mais, utilizar “et al.” Exemplo: Thomassian e Alves (2010). Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do artigo, na mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página. As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de Referências. Exemplo: De acordo com Silva11 (2011a). 8. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/ 2002) conforme normas próprias da revista. 8.1. Citação de livro: AUER, J.A.; STICK, J.A. Equine Surgery. Philadelphia: W.B. Saunders,1999, 2.ed., 937p. TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e outros herbívoros. Manaus: INPA, 1979, 95p. 8.2. Capítulo de livro com autoria: GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E. The thyroid. Baltimore: Williams & Wilkins, 1964, cap.2, p.32-48. 8.3. Capítulo de livro sem autoria: COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In: ______. Sampling techniques. 3.ed., New York: John Willey, 1977, cap.4, p.72-90. 8.4. Artigo completo: PHILLIPS, A.W.; COURTENAY, J.S.; RUSTON,

R.D.H. et al. Plasmapheresis of horses by extracorporal circulation of blood. Research Veterinary Science, v.16, n.1, p.35-39, 1974. 8.5. Resumos: FONSECA, F.A.; GODOY, R.F.; XIMENES, F.H.B. et al. Pleuropneumonia em equino por passagem de sonda nasogástrica por via errática. Anais XI Conf. Anual Abraveq, Revista Brasileira de Medicina Equina, Supl., v.29, p.243-44, 2010. 8.6. Tese, dissertação: ESCODRO, P.B. Avaliação da eficácia e segurança clínica de uma formulação neurolítica injetável para uso perineural em equinos. 2011. 147f. Tese (doutorado) - Instituto de Química e Biotecnologia. Universidade Federal de Alagoas. ALVES, A.L.G. Avaliação clínica, ultrassonográfica, macroscópica e histológica do ligamento acessório do músculo flexor digital profundo (ligamento carpiano inferior) pós-desmotomia experimental em equinos. 1994. 86 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Estadual Paulista. 8.7. Boletim: ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção Animal, 1942. 20p. (Boletim Técnico, 20). 8.8. Informação verbal: Identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão entre parênteses. Exemplo: ...são achados descritos por Vieira (1991 - Informe verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo do autor (incluir e-mail), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi emitida a informação. 8.9. Documentos eletrônicos: MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades do tratamento cirúrgico. São Paulo: Departamento de Cirurgia, FMVZ-USP, 1997, 1 CD. GRIFON, D.M. Artroscopic diagnosis of elbow displasia. In: WORLD SMALL ANIMAL VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic. Proceedings… Prague: WSAVA, 2006, p.630-636. Acessado em 12 fev. 2007. Online. Disponível em: http://www.ivis.org/ proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon1.pdf?LA=1. 9. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s) autor(es). 10. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação. 11. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o encaminhamento de uma justificativa pelo indeferimento. 12. Em caso de dúvida, consultar os volumes já publicados antes de dirigir-se à Comissão Editorial.

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EDITORIAL

Boas vindas ao CNPE Em um momento complicado na economia e na política, boas notícias são raras e devem ser comemoradas. Em setembro ocorreu a primeira reunião CNPE, o Centro Nacional de Inovação e Pesquisa e Extensão Rural, Equinos, Asininos e Muares e Agronegócio, na belíssima Floresta Nacional de Ipanema. A criação do CNPE tem por objetivo suprir a demanda de tecnologia e conhecimento do mundo dos cavalos em nível nacional e internacional. Trata-se de um grande desafio, possível de ser atingido somente com a união e cooperação dos diversos agentes ligados aos equídeos. E isto está efetivamente sendo buscado e atingido. São prioridades do CNPE o inventário nacional da tropa de equinos; expedição agropecuária; montagem de laboratórios e instalações operacionais; banco de dados da equideocultura; extensão rural e meio ambiente; biblioteca informatizada; parcerias em P&D (academia e instituições públicas e privadas); fomento de pesquisa para o Complexo Agronegócio, entre outras. Especialmente em momentos de crise, com importantes restrições orçamentárias, iniciativas que completem o esforço do Ministério da Agricultura e de instituições já tradicionais no debate da agropecuária são essenciais para a busca dos aprimoramentos e políticas essenciais para o desenvolvimento da equideocultura nacional. Espera-se que, a partir do CNPE, seja criada uma série de conexões entre os competentes agentes ligados aos cavalos, asininos e muares no Brasil, permitindo o estabelecimento de parcerias produtivas e eficiente disseminação de conhecimento. O sucesso e a força da equideocultura brasileira estará espelhada e presente no CNPE. Roberto Arruda de Souza Lima Professor da ESALQ/USP raslima@usp.br www.arruda.pro.br

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FONTE: HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2012)

adquirida em dois potros: relato de caso “Acquired interphalangeal flexural deformity in two foals: case report” “Deformidade flexural interfalángica adquirida em dos potrillos: reporte de caso”

RESUMO: As deformidades flexurais dos equinos são consideradas como inabilidade dos animais em estender os membros completamente. Dois equinos, machos, com cinco meses de idade, Quarto de Milha, foram encaminhados ao Hospital Veterinário Anhembi Morumbi por apresentarem deformidade flexural adquirida de quartela em ambos os membros torácicos. A indicação de tratamento seria a tenotomia do flexor digital profundo, porém os animais eram jovens e tinham bom potencial para desempenhar atividades atléticas. Optou-se então pela desmotomia do acessório do flexor digital profundo. No pós-operatório realizou-se fisioterapia e ferrageamento com prolongamento de pinça. A desmotomia associada ao tratamento pós-cirúrgico permitiu a correção do apoio do casco e alinhamento da quartela, promovendo a recuperação dos animais. Unitermos: deformidade flexural, interfalangeana, desmotomia, equino ABSTRACT: The equine flexural deformities are considered the inability to extend the limbs completely. Two horses, 5 months old, American Quarter Horse, were referred to Anhembi Morumbi Veterinary Hospital showing acquired distal interphalangeal flexural deformity in both toracic limbs. The recommended treatment would be tenotomy of deep digital flexor, however, the animals were young and had good potential to perform athletic activities. The chosen treatment was the desmotomy of accessory ligament of the deep digital flexor tendon. Post-operative physiotherapy was realized with shoeing the affected limbs with prolonged toe. The desmotomy associated with post-operative treatment allowed to correct the hoof position and pastern alignment, recovering the animals. Keywords: flexural deformity, interphalangeal, desmotomy, equine RESUMEN: Las deformidades flexurales de los caballos se entienden como la incapacidade de los animales para extenderse completamente a los miembros. Dos potrillos, machos, con cinco meses de edad, Cuarto de Milla, fueron remitidos al Hospital Veterinario Anhembi Morumbi, mediante apresentación de deformidad flexural de la cuartilla en ambos miembros anteriores. La indicación de tratamiento era la tenotomía del flexor digital profundo, pero los animales eran jóvenes y tenían gran potencial para deportes. Todavia decidimos por la desmotomía del acessorio del flexor digital profundo. Después de la operación, hicieran fisioterapia y herraje com extensión em las pinzas. La desmotomía asociada al tratamiento posquirúrgico permitió la corrección del apoyo del casco y la alineación de cuartilla, fomentando la recuperación de los animales. Palabras clave: deformidades flexurales, interfalángicas, desmotomía, equina

Introdução As deformidades flexurais dos membros locomotores dos equinos são consideradas como inabilidade dos animais em estender os membros completamente. Geralmente ocorre diferença no comprimento da unidade musculotendínea em relação aos ossos da região acometida, levando assim à hiperflexão2. As deformidades flexurais incluem-se nas Doenças Ortopédicas do Desenvolvimento, que expressam todos os problemas associados com distúrbios durante o crescimento

ósseo no potro, como por exemplo a fisite, deformidades angulares, discondroplasia e osteocondrose5. As alterações podem ser uni ou bilaterais, e podem ocorrer de forma congênita ou adquirida. Relatase que a deformidade interfalangeana distal adquirida é mais frequente em animais entre um e quatro meses de idade1. Já outras fontes citam que a alteração ocorre principalmente entre três e seis meses4,6. A etiologia das deformidades ainda não é bem definida, po-

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Figura 1: MT’s do potro “A’’, apresentando deformidade flexural interfalangeana distal de grau III em MTE e grau II em MTD

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Paulo Ricardo Domingues Reviglio* (paulinho_reviglio@hotmail.com) Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo, SP Marcelo Eckamnn Silva; Murillo Martinez Matheus: Graduandos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo, SP Danielli Cristinne Baccarelli; Nicole Fidalgo Paretsis: Médicas-Veterinárias Residentes do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi São Paulo, SP Neimar Vanderlei Roncati; Rodrigo Romero Correa: Professores do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo, SP * Autor para correspondência


considerável após três a quatro semanas de tratamento conservativo, além dos casos em que a intervenção cirúrgica imediata é necessária para a prevenção de alterações articulares degenerativas. A desmotomia do acessório do tendão flexor digital profundo é indicada nos casos de deformidades leves e moderadas. Casos de deformidades graves e crônicas podem necessitar de tenotomia do flexor digital profundo, porém, este procedimento é visto como radical. Relata-se que 86% dos animais com menos de um ano e 78% dos animais com mais de um ano de idade, tratados com desmotomia do acessório do flexor digital profundo, apresentam bom prognóstico para realização de atividades atléticas futuras1. Já animais que necessitam de tenotomia do flexor digital profundo dificilmente retornam à função atlética, sendo utilizados, quando possível, somente para atividades físicas leves. Relato de caso Dois equinos machos, com cinco meses de idade, da raça Quarto de Milha, criados na mesma prorpiedade, mas sem parentesco entre si, foram encaminhados ao Hospital Veterinário Anhembi Morumbi. Havia o diagnóstico prévio de deformidade flexural adquirida de quartela (interfalangeana distal), em ambos os membros torácicos (MT’s), firmado pelo médico-veterinário de campo. A alteração se iniciou ao redor dos 30 dias de vida e mostrou evolução progressiva. Relatou-se na anamnese que os animais tiveram manejo alimentar idêntico. Durante a fase de gestação e lactação, as éguas foram alimentadas exclusivamente com aveia (4 kg ao dia), e volumoso à vontade (coast-cross). Os potros receberam concentrado específico para equinos em crescimento a partir dos 60 dias de idade, e de acordo com a orientação do médico-veterinário de campo, devido ao agravamento da deformidade, os animais foram desmamados aos três meses de idade. A alimentação com concentrado foi suspensa e os potros foram mantidos somente com o fornecimento de volumoso à vontade. Ao exame físico os animais não apresentaram alterações dos parâmetros vitais. À inspeção identificou-se que o potro “A” apresentava o membro torácico esquerdo (MTE) com apoio exclusivo em pinça, evidente projeção cranial da coroa do casco, talões perpendiculares em relação ao solo e suspensos à aproximadamente dois centimetros do chão. O MTE do potro “B” tam-

bém mantinha apoio exclusivo em pinça, porém a coroa do casco menos projetada cranialmente e os talões tendiam a perpendicularização em relação ao solo, mantendo-se suspensos à aproximadamente um centímetro do chão. O membro torácico direito (MTD) de ambos os potros apresentava alterações semelhantes, com muralha do casco perpendicular em relação ao solo, cascos tendendo ao encastelamento e crescimento anormal dos talões, mas estes faziam contato com o solo se o membro contralateral fosse elevado (Figuras 1 e 2). De acordo com a apresentação clínica, as deformidades foram classificadas em grau III para MTE’s e grau II para MTD’s7.

FONTE: HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2012)

rém diversos fatores são atribuídos à sua ocorrência. Potros com predisposição para crescimento rápido, que recebem muito alimento concentrado rico em carboidratos (energia), são geralmente acometidos por deformidades flexurais. Contudo, animais submetidos à dietas pobres e posteriormente à dietas ricas também desenvolvem as alterações3. O excesso de carboidratos na alimentação das éguas durante o período de amamentação dos potros também é tido como fator predisponente para a doença. A presença de dor pode levar ao reflexo de flexão e consequente retirada do membro do solo, resultando em contração dos músculos flexores e posição alterada da articulação5. As deformidades flexurais interfalangeanas envolvem o músculo flexor digital profundo1. Os sinais clínicos iniciais incluem projeção dorsal da região supra coronária, aumento da altura dos talões em comparação com o tamanho da pinça, e falta de contato dos talões com o solo após casqueamento4. As deformidades são classificadas em três diferentes graus7: • Grau I: discreta elevação do talão, aumento da tensão no tendão flexor digital profundo, e muralha do casco tendendo à perpendicularização em relação ao eixo podofalangeano; • Grau II: muralha do casco apresentando completa perpendicularização em relação ao eixo podofalangeano, crescimento anormal dos talões, tendência ao encastelamento e pinça desgastada; • Grau III: evidente projeção cranial da muralha podendo até, nos casos mais graves, ocorrer o apoio da região cranial das articulações interfalangeanas no solo. O diagnóstico baseia-se na apresentação clínica do processo, ocorrência de fatores etiológicos predisponentes e palpação das estruturas relacionadas, principalmente do tendão flexor digital profundo com o membro em extensão. Os exames radiográfico e ultrassonográfico permitem avaliar o comprometimento de estruturas ósseas e articulares, além de auxiliar na análise da evolução das alterações diagnosticadas7. Como tratamento conservativo, deve-se realizar o balanceamento dos níveis de energia na dieta do animal, utilização de antiinflamatórios não esteroidais nos casos de dor, casqueamento com correção da altura dos talões e utilização de ferradura com prolongamento na região de pinça. O tratamento cirúrgico é indicado nos casos em que não é observada nenhuma melhora

Figura 2: MT’s do potro ‘’B’’, apresentando deformidade flexural interfalangeana distal de grau III em MTE e grau II em MTD

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Diante da classificação e severidade das deformidades, a indicação de tratamento seria a tenotomia do flexor digital profundo, porém, os animais eram jovens e tinham bom potencial para desempenhar atividades atléticas futuras. Após devida explanação para o proprietário sobre indicações cirúrgicas e índices de prognóstico para a realização de atividades físicas, optou-se pela realização da desmotomia do acessório do flexor digital profundo nos MT’s de ambos os potros, seguida de fisioterapia por pelo menos 30 dias. Caso os animais não apresentassem melhora clínica, seria realizada a tenotomia do flexor digital profundo. No pós-operatório administrou-se soro antitetânico (10.000 UI/IM/dose única), penicilina G benzatina (40.000 UI/kg/IM/ dose única) e cetoprofeno (2,2 mg/kg/SID/ IV/por dois dias). A ferida cirúrgica foi higienizada duas vezes ao dia com solução fisiológica 0.9% e pomada com antimicrobianos. •5

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FONTE: HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2012)

No dia seguinte à cirurgia iniciou-se a fisioterapia, com alongamento manual dos MT’s, seguida de caminhada guiada pelo cabresto (cinco minutos, QID) em ambos os potros. Observou-se melhora na extensão dos membros, onde os talões dos MTD’s passaram a encostar no solo durante a fisioterapia. Com cinco dias do pós-operatório, o potro “A” encostava os talões do MTD no solo durante a caminhada. O potro “B” apresentava melhora mais evidente, encostando os talões do MTE no solo durante fisioterapia e talões do MTD no solo durante a caminhada. Neste período, ambos os potros demostraram sinais de dor durante a realização da fisioterapia e caminhada, sendo então administrado cetoprofeno (2,2 mg/kg/SID/IV) durante três dias. No 15º dia após a cirurgia observou-se que a fisioterapia e caminhada promoveram resultado satisfatório para os MTD’s, porém o mesmo não ocorreu para os MTE’s, principalmente com relação ao potro “A”, que ainda apresentava deformidade evidente e apoio do casco exclusivamente em pinça. Optou-se então pela realização de casqueamento e ferrageamento nos MT’s dos potros, utilizando-se ferradura ortopédica com prolongamento de pinça (Figuras 3, 4 e 5) nos MT’s.

FONTE: HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2012)

Figura 5: MT’s do potro ‘’B’’ utilizando ferradura ortopédica com prolongamento de pinça de aproximadamente cinco cm em MTD e um cm em MTE, fixadas ao casco com resina

FONTE: HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2012)

Figura 6: Modelo de ferradura ortopédica utilizada no potro “A”, agora com cerca de três centímetros de prolongamento em pinça, fixada ao casco com resina

FONTE: HOSPITAL VETERINÁRIO ANHEMBI MORUMBI (2012)

Figura 3: Ferradura ortopédica com prolongamento de aproximadamente oito centímetros na região de pinça, a ser fixada ao casco com fita adesiva

Figura 4: MTE do potro “A’’ após realização de desmotomia do acessório do TFDP e primeiro casqueamento, utilizando ferradura ortopédica com prolongamento de pinça, fixada ao casco com esparadrapo

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Após 20 dias com a ferradura, pode-se observar que os talões dos MTE’s de ambos os potros tocavam o solo durante a caminhada, e o apoio e a conformação dos cascos do potro “B” se apresentavam próximo ao normal. Os potros foram novamente casqueados e ferrageados, mantendo-se os prolongamentos na pinça dos MTE’s por mais trinta dias. Passado esse período, o potro “B” não apresentava mais evidências de deformidade no MTE. O potro “A” apoiava normalmente os talões do MTE no solo, porém o casco ainda apresentava-se levemente deformado (Figura 6). O casquemento e ferrageamento foram realizados novamente e os animais receberam alta. Foi indicada a manutenção do casqueamento e ferrageamento a cada 30 dias, e após 90 dias da alta, os animais deixaram de ser ferrageados, apresentando boa conformação dos cascos e angulação de quartela. Segundo o médico-veterinário de campo, os potros não apresentam claudicação e estão sendo mantidos em liberdade. A alimentação é mantida com concentrado para equinos em crescimento (1% do peso vivo), além de volumoso (coast-cross) e sal mineral para equinos à vontade.

Considerações finais Conforme citado na literatura, o excesso de carboidratos na alimentação das éguas durante o período de gestação e lactação foi fator determinante para a ocorrência das deformidades. Em ambos os casos poderia ser indicado como tratamento a tenotomia do flexor digital profundo, porém, devido à idade dos animais e potencial futuro para desempenhar atividades atléticas, optou-se pela realização da desmotomia do acessório do flexor digital profundo. Esta técnica permite maior capacidade de extensão da quartela e é menos traumática, além de não comprometer o futuro desempenho atlético dos animais na maioria dos casos. A associação da fisioterapia com extensão manual dos MT’s, casqueamento e ferrageamento ortopédico com prolongamento de pinça, foi utilizada para induzir o alongamento do músculo flexor digital profundo. A desmotomia associada ao tratamento pós-cirúrgico, permitiu a correção do apoio do casco e o alinhamento da quartela, promovendo a recuperação dos animais. Referências 1. AUER, J.A. Flexural deformities. In: AUER, J. A., STICK, J.A. Equine surgery. 3.ed., St. Louis: Saunders, 2006, p.1150-65. 2. CORRÊA, R.R.; ZOPPA, A.L.V. Deformidades flexurais em equinos: Revisão Bibliográfica. Revista de Ciências Veterinárias, v.5, p.37-43, 2007. 3. HIGGINS, A.J.; SNYDER, J.R. Flexural deformities (Contracted tendons). In: The Equine Manual. 2.ed., St Louis: Saunders, 2006, p.1054-58. 4. HUNT, R.J. Flexural Limb Deformity in foals. In: ROSS, M.W.; DYSON, S.J. Diagnosis and management of lameness in the horse. Philadelphia: Saunders, 2003, p.562-565. 5. McILWRAITH, C.W. Doenças das Articulações, Tendões, Ligamentos e Estruturas Relacionadas. In: STASHAK. T. Claudicação em equinos segundo Adams, 5.ed., São Paulo: Roca, 2006, p.551-569. 6. REDDING, W.R. Pathologic Conditions Involving the Internal Structures of the Foot. In: Floyd, A.E.; Mansmann, R.A. Equine Podiatry. St. Louis, Missouri: Saunders, 2007, p.253-293. 7. THOMASSIAN, A. Deformidades flexurais dos membros. In: Enfermidades dos cavalos. 3.ed., São Paulo: Varela, 1996, p.165179.

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equina: relato de dois casos atendidos no Hospital Veterinário de São José do Rio Preto - SP “Pleuropneumonia equine: report of two cases treated in Veterinary Hospital in São José do Rio Preto - SP” “Perineumonia equina: informe de dos casos atendidos en Hospital Veterinario de São José do Rio Preto - SP”

Figura 1: Espaço Pleural (EP) e Líquido Pleural com acúmulo de Fibrina (LIQ+FIB) ............................................

RESUMO: A pleuropneumonia é uma enfermidade frequente em equinos, que consiste na colonização bacteriana da pleura e do parênquima pulmonar, devido a uma pneumonia havendo extensão do processo para a pleura e espaço pleural. Os sinais clínicos variam de febre, letargia, descarga nasal, tosse, intolerância ao exercício, dispneia e pleurodinia nos casos agudos à febre intermitente, perda de peso e edema subesternal nos casos crônicos. O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e na ultassonografia torácica, principalmente. Seu tratamento concentra-se na terapia antimicrobiana sistêmica, drenagem do excesso de líquido pleural, administração de terapia anti-inflamatória e analgésica e tratamento de suporte a base de fluidoterapia, oxigenioterapia e broncodilatadores. No relato de caso, exemplifica-se as medidas adotadas em dois animais atendidos no Hospital Veterinário Dr. Halim Atique. Unitermos: pleuropneumonia, diagnóstico, tratamento, equino

M.V. Tarima Baratta Colla* (tarimamedvet@gmail.com) Resid. Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais Hosp. Vet. “Dr. Halim Atique” São José do Rio Preto, SP

ABSTRACT: The pleuropneumonia is a common disease in horses, which consists of bacterial colonization of the lung parenchyma and pleura, pneumonia due to an extension of the process for having the pleura, and pleural space. Clinical signs vary from fever, lethargy, nasal discharge, coughing, exercise intolerance, dyspnea and pleurodynia in acute intermittent fever, weight loss and substernal edema in chronic cases cases. The diagnosis is based on clinical signs and chest ultrasound especially. His treatment focuses on systemic antimicrobial therapy, drainage of excess pleural fluid therapy administration of anti-inflammatory and analgesic and treatment support base fluid therapy, oxygen therapy and bronchodilators. In the case report exemplifies the measures to be adopted in two animals examined at the Veterinary Hospital Dr. Halim Atique. Keywords: pleuropneumonia, diagnosis, treatment, horse

Prof. Esp. Igor A.A. Paiola (igorpaiola@uol.com.br) Prof. da disciplina de Clínica Médica e Terapêutica de Grandes Animais do Centro Univ. de Rio Preto - UNIRP M.V. Suelen Maira B. Barbuio Médica Veterinária Autônoma M.V. Ana Stela de O. Ortolan Médica Veterinária

RESUMEN: La pleuroneumonía es una enfermedad común en los caballos, que consiste en la colonización bacteriana del parénquima pulmonar y la pleura, la pneumonia debido a que hay extensión del proceso para la pleura, y el espacio pleural. Los signos clínicos varían de fiebre, letargo, secreción nasal, tos, intolerancia al ejercicio, disnea y pleurodinia en casos agudos de fiebre intermitente, pérdida de peso y edema subesternal en los casos crónicos. El diagnóstico se basa en los signos clínicos y ecografia de tórax. El tratamiento se centra en la terapia antibiótica sistémica, el drenaje del exceso de líquido pleural, el suministro de terapia anti-inflamatoria y analgésica y el tratamiento del fluido base de apoyo, broncodilatadores y terapia con oxígeno. En el informe del caso, ejemplifica las medidas 48 tomadas en los dos animales tratados en el Hospital Veterinario Dr. Halim Atique. Palabras clave: perineumonía, diagnóstico, tratamiento, caballo

Prof. Dr. Bruno F. Cholfe (brunocholfe@gmail.com) Prof. disciplina de Clínica Cirúrgica de Grandes Animais e Diag. por Imagem do Centro Univ. de Rio Preto - UNIRP * Autora para correspondência

INTRODUÇÃO A pleuropneumonia também conhecida como pleurite e derrame pleural infeccioso, é uma enfermidade não contagiosa e grave em equinos. É decorrente de uma inflamação do parênquima pulmonar (pneumonia) ocasionada por uma falha nos mecanismos de defesa local. Posteriormente essa pneu-

monia atinge a pleura (pleurite ou pleurisia) causando uma inflamação do tecido pulmonar associada ao acúmulo de exsudato no espaço pleural2,3,8,10. Pode ser predisposta pelo estresse causado por transporte prolongado e inadequado, trabalho forçado em animais débeis e enfermos, exercícios extenuantes, interven-

ções cirúrgicas e debilidade física geral. Pode também ser consequencia de acidentes iatrogênicos ou não, como na entubação pulmonar nas passagens de sonda nasogástrica, ferimentos e traumas torácicos e traqueais, ou introdução de corpos estranhos nos pulmões10. Possui uma distribuição mundial, não

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MATERIAIS E MÉTODOS Consideraram-se dois equinos, atendidos no Hospital Veterinário “Dr. Halim Atiques”, em São José do Rio Preto/SP; entre os períodos de maio de 2011 e dezembro de 2012. Ambos os equinos eram fêmeas, sendo uma da raça Mangalarga de 4 anos de idade e a outra da raça Quarto-de-Milha com cerca de 12 anos de idade. HISTÓRICO DOS ANIMAIS O primeiro animal chegou ao Hospital Veterinário em maio de 2011, vindo da cidade de Novo Horizonte/SP, apresentando sangramento fétido pela narina e com os membros rígidos. O funcionário que acompanhava o equino relatou que o mesmo estava em um prova no final de semana. Após alguns dias, observou-se que este animal apresentava acúmulo de líquido na auscultação na área respiratória e foi realizada drenagem do líquido pleural; no qual foram obtidos 21 litros de conteúdo do lado esquerdo e 7 litros do lado direito. O segundo animal foi encaminhado da cidade de Pindorama/ SP, para atendimento em dezembro de 2012, apresentando dificuldade respiratória (dispneia).

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tem preferência por sexo e acomete geralmente animais com menos de um ano, ou mais de cinco anos, coincidindo com a etapa da vida de menor imunidade e início de competições, onde o animal se mantém em contato constante com outros animais e em diferentes ambientes6. O diagnóstico diferencial dá-se por qualquer doença que cause angústia respiratória e efusão pleural em equinos, dentre essas estão: neoplasias intratorácicas, ferimentos penetrantes do tórax, perfuração esofágica, hérnia diafragmática e insuficiência cardíaca congestiva6.

Figura 2: Edema de membros observado durante a avaliação física ...............................................................................

mento foi observado em apenas um dos equinos. O primeiro animal atendido possuía como uma das queixas, o andar com membros “travados”, o que pode ser relacionado à marcha dura que o animal adota quando é forçado a se movimentar, citado por Auer; Stick (2007) e Tejero et al. (2009). Na auscultação torácica de ambos os animais observou-se um ruído pulmonar normal no campo pulmonar dorsal e na porção ventral houve diminuição ou ausência de movimentação do ar, o mesmo descrito por Smith (2006) e Piotto Júnior et al. (2007), tal característica indica a presença de efusão pleural.

Diagnóstico Na anamnese, como o observado por Tejero et al. (2009), não pode-se afirmar que há uma predisposição por raça, gênero ou atividade realiza pelos cavalos para esta enfermidade, mesmo que estas características possam estar relacionadas com um dos principais fatores de risco. Foi relatado pelo proprietário de apenas um dos animais à participação em prova; tal informação é importante, pois indica o contato com outros animais e a permanência em ambientes pouco ventilados, com presença de poeira (PROTTI, 2009). Quanto ao exame físico, os equinos com pleuropneumonia geralmente apresentam alterações tanto na auscultação pulmonar como na percussão torácica. Os achados mais representativos costumam ser a presença de uma auscultação normal apenas na região dorsal do tórax e a radiação dos sons cardíacos. Tal característica foi citada por Tejero et al. (2009) e observada nos animais do presente levantamento. Durante a avaliação ultrassonográfica destes animais, detectou-se a presença de líquido livre e loculado e espessamento pleural, o mesmo que foi descrito por Reed; Bayly (2004). Devido a cronicidade da doença dos animais estudados, o ultrassom revelava a presença de líquido pleural em excesso, com um aspecto ecogênico por conter restos celulares e de fibrina (Figuras 1 e 3), coincidindo com os resultados encontrados por Radostitis et al. (2002). Como o descrito por Tejero et al. (2009), realizou-se a toracocentese bilateral destes animais após notar-se acúmulo de líquido na área respiratória durante a auscultação.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 3: Espaço Pleural (EP) com presença de Fibrina (FIBRI)

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Sinais Clínicos Os animais atendidos apresentavam prostração, intolerância ao exercício, angústia respiratória, secreção nasal e edema de membros (Figura 2) o que coincide com os achados de Smith (2006) e Tejero et al. (2009). As frequências cardíaca e respiratória estavam elevadas e a respiração exalava um odor fétido, o mesmo citado por Radostitis et al. (2002). Radostitis et al. (2002), também descreve que no estado agudo da doença pode ocorrer secreção nasal bilateral, tal sangra-

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