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EDIÇÃO 05 | ANO 02 | DUQUE DE CAXIAS, 01 DE ABRIL DE 2017
E DC, como tá?
Douglas Prieto, Ricardo Nunes, Guilherme Theodoro, Rodrigo Porogo, Humberto Beto, Jaime Ha e Allan Alves.
Como estava Duque de Caxias? Cheia de verdade, mesmo no dia da mentira. Todo mundo sentindo prazer em ser quem é e fazer o que faz. E como fazem! O line-up era tão extenso que parecia que todos os fazedores do Brasil estavam ali. Mas que alegria ver toda aquela gente reunida e imaginar o resto do Brasil: quantos outros fazedores estavam fazendo sua cena acontecer nesse primeiro de abril? Até onde pode chegar uma nação com tanta gente disposta a fazer? Ainda que tenha um monte de gente disposta a entupir o caminho, dá pra ter fé que o fluxo criativo vai botar pra circular ideias boas o suficiente pra botar o país todo pra respirar novos ares.
Eduardo Marinho
CRIADORES
CRIATURAS NOIX A Noix é criadora e mentora do festival Dá Pra Fazer. A NOIX fez todo o concept do festival. É uma rede que trabalha com fazedores e criativos, artistas, a galera da rua. DA RUA, PELA A RUA, PARA A RUA. Encontrar os mestres da rua, da gambiarra, do fazer. A ideia é sustentar e mostrar a cena local de cada lugar. Curadoria local. Foco na cena criativa independente, algo que acontece mesmo com mil barreiras. O festival TEM UM ESQUELETO, MAS A ALMA MUDA. Todo mundo é híbrido hoje, a mesma pessoa faz várias coisas não só porque ama, mas porque tem que fechar as contas no fim do mês. Tem muita gente boa demais e que não chega ao mainstream. Conectar todo mundo e fazer a rede crescer.”
Lara Azevedo Amnah Asad
FRAGMENTOS
BEACH COMBERS
Bernar Gomes / Lucas LeĂŁo / Paulo Emmery
A banda surgiu no reveillon de 2009, na Lapa, “com essa ideia de ser instrumental, surf music, jovem guarda. Foi uma coisa natural porque a gente sempre curtiu essa coisa dos anos 60, os temas dos grandes filmes, as melodias, timbres, texturas.
A gente gosta de tocar na rua, pra um público que não vai na casa de shows. Cria-se uma audiência nova. Não existe fórmula certa, cada um faz o seu, cada um descobre seu próprio caminho” fala o guitarrista Bernar Gomes.
Diomedes Chinaski chegou junto com e à noite de Madureira em 25/ março. Lei di Dai também tornou tudo memorável.
DIOCLAU SERRANO Bananobike / Minha Luz é de Led / Biltre
O Bananobike é projeto baseado na mobilidade sonora. Energia com autonomia. A gente tem 2000 watts de potência pra fazer um som pela cidade. Alternativa para quem não quer usar energia poluente. Tive que levar minha banda, o Biltre, pra tocar na rua, e um palco itinerante foi a melhor opção.
BANANOBIKE VIROU BANANOTECH Uma segunda bike virou rádio digital, as duas bikes se comunicam entre si e, via uma interface, com até 300 smartphones, possibilitando criar um bloco de carnaval pra até 10.000 pessoas. Distribuição do conteúdo que nosso DJs criam, uma bagunça sonora quando todo mundo está conectado.
Ainda tem o “Minha Luz é de Led”: customização de itens de vestuário com luz de led, ensinando conceitos de solda e deixando a criatividade rolar. A conversa acaba, e Dioclau parece estar pensando no que ainda dá pra fazer.
VAI COM A RAXA
A RAXA é uma coletiva composta por mulheres do Rio de Janeiro e de São Paulo que trabalham em diversas posições no mercado da noite, entretenimento e cultura. Jeanne Yepez, carioca filha de pai peruano e mãe brasileira, é uma das responsáveis pelo grupo e uma das curadoras do Dá Pra Fazer, fala sobre motivos e objetivos.
O que a RAXA traz/trouxe pro festival? No festival estamos tocando as campanhas, produzindo rodas de conversa (sobre maternagem, auto estima, mulher negra e empreendedorismo) e estamos trazendo artistas mulheres (Afrofunk, Abronca, Mc Carol e Tássia Reis) pra dentro do festival. Mais que falar sobre a experiência individual, a gente percebeu coletivamente como o desenvolvimento da autoestima na vida das mulheres
é muito mais do que uma questão subjetiva e sim uma questão de sobrevivência porque é uma esfera da nossa vida bombardeada por violência de diversas naturezas. Como foi a resposta nos dois eventos que já aconteceram (Gamboa e Madureira)? Gamboa foi super intimista e poderoso, uma troca e abertura verdadeiras com quem participou. Eu diria que foi um círculo mágico. Madureira foi inspirador e forte, um chamado a profissionalização e consciência do nosso papel, da importância do que fazemos, da nossa atenção e autoestima. Qual o propósito da palestra/conteúdo exclusivo pra público feminino? Fomentar um espaço seguro para que as mulheres possam trocar e se abrir sem receio.
ENQUADRANDO
A princípio nós sentimos a necessidade de refletir sobre como o gênero é experimentado nesse meio e realizamos reuniões periódicas para compartilhar experiências, histórias, apoio mútuo e conhecimento. A partir da percepção de que o fato de sermos mulheres afeta diretamente nosso trabalho (seja por assédio, diferença salarial, cultura de estupro, etc) nós decidimos que era fundamental intervir. A partir desse entendimento, resolvemos pautar campanhas sobre cultura de assédio, apoio mútuo, liberdade e outros temas e organizar encontros onde mais mulheres pudessem pensar e discutir a experiência de ser mulher na do sociedade brasileira.
João Carpalhau, roteirista de HQ e editor do Capa Comics, selo de quadrinhos fluminense. “O Brasil tem 148 anos de produção, e essa região, a baixada, Duque de Caxias, se tornou referência no Brasil.” A Capa Comics veio do underground, do fanzine, produzindo e encontrando saídas para custear a despesa gráfica e distribuição. A editora hoje tem cerca de 12 títulos, com quatro específicos do Capa. Destaques para Detrito e Valkiria, e “tá pra sair o Pedra Rara, do Marçal Branco, professor da Feevale de Novo Hamburgo (RS), que abandonou tudo pra morar num barco.”
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Duque de Caxias 01/04 Rio de Janeiro-RJ