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EDIÇÃO 06 | ANO 02 | RECREIO, 08 DE ABRIL DE 2017
@z.yne
na hora do
RECREIO É a hora do recreio. E recreio bom é feito de que? Daquela troca de ideia boa, fazendo e armando qual vai ser na hora da saída. Precisa ter um lanchinho bom também, recuperar energias e tomar um refresco gelado. Se tiver uma batida boa, você dança no recreio. E se tiver um par interessante então, melhor ainda. Joga uma bola, dá risada. Recreio é democrático, todas as turmas precisam dividir o mesmo espaço ao mesmo tempo. É o intervalo da aula pesada que passou e da que ainda virá pela frente. Depois do recreio, venha o que vier: a gente sabe que vai dar pra fazer.
Douglas Prieto, Ricardo Nunes, Guilherme Theodoro, Rodrigo Porogo, Jaime Ha e Allan Alves.
Estivemos publicando o ZYne em todas as paradas do Dá Pra Fazer: Gamboa, Madureira, Duque de Caxias e no Recreio. Um evento horizontal, público e atrações tão próximas e mutuamente admirandose. Um sopro de igualdade, um pontapé na diferença, na idolatria, na prepotência. Gambiarras funcionais, passos precisos, beats irresistíveis, palavras inspiradoras, sorrisos sinceros. Fica o reforço numa lição que a gente conhece bem: fazendo com gosto, qualquer coisa é boa de ser feita.
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MARGINOW
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CRIADORES
CRIATURAS “Marginow nasce pra fazer o encontro das artes marginalizadas. Agora. Pra ontem. Esse é o Marginow. Levar informação pra quem sempre viveu às margens. Nós não detemos nada, só promovemos o encontro. Um exemplo é o pessoal do passinho. A galera se reúne na praçaa de Jacarepaguá, na Favela de Manguinhos, em vários lugares. Dançam por prazer, é simples assim. Não precisa de ônibus na porta do hotel, nenhuma super estrutura. Basta botar uma musica na praça e chamar pra dançar.
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branco
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A chuva do fim da noite de Caxias só serviu pra revigorar a energia do público. Ficou bem evidente que as baterias humanas estavam 100% recarregadas quando o Heavy Baile e o Coletivo Raxa trouxeram Rincon Sapiência pro palco. Caxias se tornaria naquelas próximas horas o epicentro de um terremoto carioca, embalados também pelo grupo feminino d’ABRONCA. A agitação e euforia seguiram com os convidados do Tropitek Cru, cujo “principal objetivo do projeto é dar visibilidade aos novos artistas cariocas de origem suburbana, a partir da bass music e de outros elementos culturais” segundo a bio dos caras. Objetivo alcançado. Deu pra dançar madrugada adentro.
OBJETIVO ALCANÇADO. DEU PRA DANÇAR MADRUGADA ADENTRO.
GIANCARLO NACCARATO
Ser um skatista respeitado entre os skatistas é algo que não encontra paralelo em nenhuma medalha ou troféu. “Skater’s skater” é o termo que os gringos usam pra definir esse cara que tem uma legião de fãs entre seus pares. Giancarlo Naccarato é exemplo absoluto desse tipo. Ninguém nesse meio quer ser “o campeão”. Chegar na sessão e ser respeitado e admirado é o grande prêmio do skate. Gian está no #dáprafazer apresentando o documentário “Maioridade Profissional”, 18 anos tendo o skate, sua maior paixão, como carreira. Uma retrospectiva que, de certa forma, é também uma revisão do próprio skate brasileiro, já que Gian desde os tempos de amador portou-se como figura fundamental da história, tanto tecnicamente quanto mercadologicamente. Suas manobras, viagens, dramas pessoais…tudo acompanhado por uma curva evolutiva sempre crescente. Dá pra viver de skate no Brasil.
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O dia começou com Felipe Torres, Franco Fanti, Adriano Silva e Marco Alves falando sobre “Hermes e Renato”. Basicamente um grupo de amigos que decidiu, em 1990, fazer videos humorísticos. A interação com uma platéia jovem, geração crescida nos tempos de Youtube, se tornou interessante, já que na época em que começaram o projeto (eles na casa dos 15 anos) não existia a pretensão (sequer a possiblidade) da audiência de 8 dígitos. O que os motivou era algo mais simples, orgânico: o prazer de se ver na tela e se divertir zoando os amigos, com os amigos, fazendo esquete no quintal de casa. E não só no quintal, mas na lavanderia, no quarto, no banheiro. Qualquer casa era uma cidade cenográfica.
Tecnologia? Ah, dá pra fazer sem ela, sempre deu. Vìdeos editados na câmera, predios de 30 andares representados por um sobrado, efeitos de audio assoviando no microfone. Sempre deu pra fazer, e o “Hermes e Renato”, especialmente após o reconhecimento via MTV tornouse uma referência cultural pra toda uma geração, com infindáveis sátiras, paródias, personagens e bandas, mais notadamente o “Massacration”, que acabou acontecendo na vida real e abrindo pro Sepultura. Quem os vê tirando sarro de tudo e filmando absurdos há quase vinte anos não imagina que, por trás de toda espontaneidade, existe
método e disciplina, até ao ponto de se dizer que “se você trabalha criando, precisa ser um operário, fazer isso 6, 8h por dia”. Até os desvios no processo criativo foram abordados, com a metáfora da “estrada de barro”, aquela estradinha que te tira do caminho e não te leva pra lugar algum, mas que te atrai pela curiosidade. Uma história de fazer rir, rindo.
&
RENATO
“SE VOCÊ TRABALHA CRIANDO, PRECISA SER UM OPERÁRIO, FAZER ISSO 6, 8H POR DIA”
Danรงarina @rafaelasdiias
Rafaela Dias
V
Sabrina GInga
Danรงarina - Cientista Social @sabrinaginga
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Kaio Laudeanger
Estudante de psicologia @kaiolaudeanger
S
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Grasiela AraĂşjo
Produtora da Zona Onirica @grasielaaraujo
Thaylla Silva Modelo @thayllasilva
Guilherme Spinola
Estudante de cinema @guilhermemsn_
VIS
Maria Bonita
Danรงarina - Cientista Social
U
Bruna Leandro
Jornalista @brunaleandros
01/04
CAXIAS
AMARELO
MADUREIRA
25/03
PRAÇA DO PONTAL
ROXO
RUA GENERAL CÂMARA, 18-1
CENTRO
VERMELHO
18/03
RUA CARVALHO DE SOUZA, 237 - ROOFTOP
ROSA
RUA DA GAMBOA, 279
#TÁ
feito
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RECREIO