Arqueologia Bíblica Cidades Muradas
Digitais do Criador
Moscas com “piloto automático”
Passatempo
Universo? De onde veio o
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Quem é ELE?
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omecemos do início: alguma coisa pode surgir do nada? Hum, difícil, hein?! Impossível, você diria. Tudo tem um começo, um início, como este texto. Então, por que seria diferente com a Terra e o Universo? O raciocínio lógico é que alguém tenha posto toda essa complexa estrutura para funcionar. Mas quem? Como? A Bíblia tem uma resposta para isso. O livro de Gênesis – que, não por acidente, quer dizer “começo”, “origem” – conta a história da criação dos Céus e da Terra. E a explicação dada não é o acaso. Segundo as Escrituras, foi Deus quem criou o Universo, o mundo e tudo o que há neles. E criou também você. Você pode acreditar ou não nessa história, mas ela faz muito sentido!
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8993/26252 - Reprodução do Ano 2 - N0 2 Diretor-Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Gerente de Didáticos: Alexsander Dutra Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz Chefe de Arte: Marcelo de Souza Coordenadoras pedagógicas: Carmen de Souza e
Doris de Lima CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora da Igreja Adventista do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127, km 106, CP 34; CEP:18270-970 - Tatuí, SP Fone: (15) 3205-8800 Fax: (15) 3205-8900
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combustível (isso corresponde à primeira lei) e ele está ligado e consumindo esse combustível (isso é a segunda lei). Seu carro estaria funcionando agora se estivesse ligado a um tempo infinitamente distante no passado? Da mesma maneira, o Universo estaria sem energia agora se estivesse funcionando desde toda a eternidade passada. Mas aqui estamos nós, e o Sol ainda brilha, a vida ainda existe, o que significa que o Universo deve ter começado em algum tempo no passado finito. E é exatamente isso o que diz a Bíblia: tudo o que existe foi trazido à existência do nada. Note bem: em algum tempo passado, no princípio, Deus criou tempo, espaço e matéria. Não havia mundo natural ou leis naturais antes da Criação. E uma vez que a causa não pode vir depois de seu efeito, as forças naturais não foram responsáveis pelo surgimento do Universo. Alguém acima da natureza e sobrenatural é que fez isso. À luz das evidências, ficamos com apenas duas opções: ou ninguém criou uma coisa do nada ou alguém criou alguma coisa do nada. O que lhe parece mais lógico?
ocê já ouviu falar em “argumento cosmológico”? Sabia que dá para chegar à conclusão de que Deus existe sem usar a Bíblia? Preste atenção a estas afirmações lógicas: 1. Tudo o que teve um começo teve uma causa. 2. O Universo teve um começo. 3. Portanto, o Universo teve uma causa. A premissa número 1, que diz que tudo o que teve um começo teve uma causa, é a lei da causalidade, o princípio fundamental da ciência. Sem a lei da causalidade é impossível haver ciência. Mas será que a premissa número 2 é verdadeira? O Universo teve um começo? A primeira prova disso vem da segunda lei da termodinâmica (uma lei da física), que afirma que a cada momento que passa, a quantidade de energia utilizável está ficando menor, o que significa que um dia toda a energia útil terá se esgotado e o Universo morrerá. Já a primeira lei da termodinâmica afirma que a quantidade de energia no Universo é constante, ou seja, finita. Para ficar mais fácil, imagine que um carro tenha certa quantidade finita de
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TUDO isso?
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A Via Láctea
Quando olhamos para o céu, numa noite escura, além da Lua, se destaca uma tênua feixa luminosa que corta o céu de fora a fora. Aos gregos antigos parecia um “caminho de leite”, daí por que foi chamada de Via Láctea. No início do século XVII, com a invenção do telescópio, os astrônomos perceberam que a luz da Via Láctea consiste da luz “misturada” emitida por um número muito grande de estrelas. Quanto maior o telescópio utilizado, mais estrelas são vistas nessa faixa do céu. Hoje sabemos que essa faixa é a visão que temos de nossa própria galáxia, vendo-a por dentro. Galáxias são agrupamentos imensos nos quais se reúnem as estrelas (e entre elas muito gás e poeira). Nossa galáxia é do tipo espiral. O tamanho dela e a localização do Sol são conhecidos há quase 80 anos. Isso foi possível observando aglomerados estelares (globulares) que se distribuem fora do plano da galáxia. Estima-se que a Via Láctea possua entre 200 e 250 bilhões de estrelas.
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Astrônomos encontram nebulosa em forma de DNA
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Astrônomos usando o telescópio espacial Spitzer observaram uma nebulosa surpreendente que tem o formato de uma hélice dupla, próxima ao centro da Via Láctea. Eles estimam que a nebulosa tenha cerca de 80 anos-luz de comprimento e esteja situada a 300 anos-luz do grande buraco negro que fica no meio da galáxia. A nebulosa em forma de DNA impressionou os astrônomos envolvidos. “Nós nunca vimos nada como isso no domínio cósmico. A maioria das nebulosas são galáxias em espiral cheias de estrelas ou conglomerados amorfos de poeira e gás. O que nós vemos indica um alto grau de ordem”, disse Mark Morris, professor de astronomia da UCLA e autor do estudo. Morris acha que o campo magnético do centro da Via Láctea seja o responsável pelo intrigante formato da nebulosa. Esse campo – que é cerca de mil vezes mais fraco que o do Sol – ocupa um volume tão
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grande de espaço que possui muito mais energia que o campo magnético do Sol. Morris acredita que todas as galáxias que têm um centro galáctico bastante concentrado também devem ter um forte campo magnético. O que exatamente criou a onda de torção ainda é um mistério, mas Morris não acredita que o grande buraco negro no centro da galáxia seja o culpado. Orbitando o buraco negro, a muitos anos luz de distância, está um disco massivo de gás que Morris levantou a hipótese de estar ancorando as linhas de campo magnético. O disco passa pela órbita do buraco negro aproximadamente uma vez a cada dez mil anos. “Uma vez a cada dez mil anos é exatamente o que precisamos para explicar a torção das linhas de campo magnético que vemos da nebulosa”, disse Morris. O artigo de Morris foi publicado na revista Nature. 4
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“A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe.” Agostinho
O Grande Pianista Imagine uma família de camundongos que tenha vivido toda sua vida em um grande piano. A eles, no mundo do seu piano, vinha a música do instrumento, enchendo todos os lugares escuros com som e harmonia. Primeiramente os camundongos ficaram impressionados. Eles extraíam conforto e admiração do pensamento de que havia Alguém que produzia tal música – embora invisível a eles – acima, contudo, perto deles. Eles gostavam de pensar no Grande Pianista que eles não podiam ver. Então, um dia, um destemido camundongo resolveu subir na parte superior do piano e retornou cheio de ideias. Ele tinha descoberto como a música era produzida. As cordas eram o segredo – cordas firmemente esticadas, com tamanhos graduados, as quais tremiam e vibravam. Eles deviam agora fazer uma revisão de suas velhas crenças; ninguém, a não ser os mais conservadores, poderia crer mais no Pianista Invisível. Mais tarde, outro explorador conduziu a explicação mais adiante. Martelos eram agora o segredo, um número de martelos dançando e saltando sobre as cordas. Esta era uma teoria um pouco mais complicada, mas tudo isso demonstrava que eles viviam em um mundo puramente mecânico e matemático. O Pianista Invisível passou a ser considerado um mito. Mas o Pianista continuou a tocar. (Publicado no London Observer, 1993. Transcrito em Diálogo Universitário 5:1, 1993.)
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“Não nos perguntamos qual o propósito útil dos pássaros cantarem, pois o canto é o seu prazer, uma vez que foram criados para cantar. Similarmente, não devemos perguntar por que a mente humana se inquieta com a extensão dos segredos dos céus... A diversidade do fenômeno da natureza é tão vasta e os tesouros escondidos nos céus tão ricos, precisamente para que a mente humana nunca tenha falta de alimento” (Johannes Kepler, Mysterium Cosmographicum)
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Nota: Atente para estes detalhes: “O que nós vemos indica um alto grau de ordem”, “O que exatamente criou a onda de torção ainda é um mistério”. Alto grau de ordem e organização podem surgir do nada? Você gostaria de sugerir a resposta?
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“Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir.” Salmo 33:9.
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Seguindo as letras que se tocam em linha reta, de quantas maneiras poderemos ler a palavra Ele neste diagrama? Cuidado para não fundir a cuca!
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mente fechados em tempo de guerra. Guardar os portais da cidade era tão vital que se tornou símbolo de sabedoria e grande prudência: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios” (Salmo 141:3). Em Megido, os arqueólogos encontraram um enorme silo para armazenagem de alimentos. Em Jerusalém, Arad, Hazor, Megido, Dan e outros sítios arqueológicos, complexos sistemas de abastecimento de água foram descobertos. Essas providências eram necessárias para o tempo de guerra, quando os exércitos inimigos cercavam as cidades, não permitindo que ninguém entrasse nem saísse, esperando que seus habitantes se rendessem por causa da sede e da fome. Nessa hora de indizível sofrimento, felizes eram os que podiam encontrar consolo na fé em Deus: “Ainda que um exército me cerque, o meu coração não temerá; ainda que a guerra se levante contra mim, nEle confiarei” (Salmo 27:3). O sofrimento e a angústia constantes geravam, no coração de todos, profundo anseio por paz e segurança. Alguns as buscavam construindo muros cada vez maiores; outros, fazendo aliança com nações poderosas; outros ainda, formando exércitos, com numerosos carros e cavalos. O rei Davi, porém, chama atenção para a verdadeira fonte de segurança: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus” (Salmo 20:7). Jorge Fabbro é arqueólogo e presidente da Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente (Educriança)
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m julho de 2006, na mesma manhã em que desenterrei uma “escama” de bronze da couraça de um guerreiro do décimo século a.C., numa camada arqueológica marcada por evidências de violento combate e destruição em Megido, no norte de Israel, moderníssimos caças israelenses passaram em voos rasantes sobre nossa cabeça, voltando de mais um bombardeio no Líbano. Evidentemente, a tecnologia de guerra evoluiu enormemente, mas não a natureza humana. Como há milênios, os homens de hoje continuam se odiando e se matando pelos motivos de sempre... e ansiando pela paz. A Bíblia está repleta de relatos de guerra, bem como de lições de paz. As escavações arqueológicas, por sua vez, têm revelado que a guerra e o medo da guerra dominavam a vida das pessoas dos tempos bíblicos, e nos ajudam a compreender as histórias e os ensinos bíblicos. Para se protegerem dos ataques inimigos, todas as cidades eram circundadas por imensos muros de pedra. Os muros de Tel Dan, por exemplo, cidade na fronteira norte de Israel, tinham aproximadamente 5 a 7 metros de altura por quase 4 metros de largura. Falar de uma cidade sem muros era falar de absoluta fraqueza e vulnerabilidade: “Como cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não pode controlar seu espírito” (Provérbios 25:28). O acesso às cidades se fazia através de imensos portais. Os de Gezer, Megido e Hazor, reconstruídos por Salomão (1 Reis 9:15), descobertos por arqueólogos, são quase idênticos, devendo ter seguido a mesma planta básica. Eles eram rapida-
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Cidades muradas
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MOSCAS co m “piloto automático” Você sabia que para evitar “acidentes” os insetos contam com um verdadeiro sistema de “piloto automático”, como aqueles dos aviões? Esse sistema elabora as informações visuais que o animal capta e envia impulsos elétricos para as asas. Assim, ele pode endireitar seu rumo. Nicolas Franceschini, Franck Ruffier e Julien Serres, especialistas em biorobótica do laboratório Movimento e Percepção, da Universidade do Mediterrâneo, em Marselha, comprovaram esse automatismo chamado “regulador de fluxo óptico”. Usando um micro-helicóptero controlado à distância, os pesquisadores puderam decifrar o comportamento de moscas e abelhas e reproduziram a navegação dos insetos. O micro-helicóptero pesa 100 gramas e tem um sensor óptico que simula o olho da mosca. Além disso, ele mede a velocidade de deslocamento sobre o solo e é capaz de reagir com o que está em volta. Quando um inseto, uma ave ou até um piloto voam, as imagens se projetam da frente para trás, na parte central do campo visual, criando um “fluxo óptico”. Quando o inseto enfrenta um forte vento contrário, ele voa a menor velocidade e seu regulador exige que ele reduza a altura, para manter, dessa forma, o valor de referência. Os neurônios detectores de movimento na “cabine de comando” do inseto constituem a base de seu comportamento, afirmou a equipe de cientistas. Agora, pense um pouco: Seria possível surgir por acaso um sistema de navegação automático tão perfeito como esse? E como os insetos alados teriam sobrevivido se não dispusessem de um sistema assim, funcionando direitinho desde que foram criados? Michelson Borges
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