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REPORTAGEM: Como os apps mudaram seu jeito de flertar e o que isso significa
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Abr-Jun 2014 – Ano 7 no 30
Exemplar: 6,98 – Assinatura: 22,20
ENTENDA. EXPERIMENTE. MUDE
A CRIATURA QUE ROMPEU COM O CRIADOR
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O impacto das ideias de Darwin foi resultado de um longo processo de divórcio entre ciência e religião. Saiba as razões da separação e como esse quadro pode ser revertido ENTENDA COMO ERA A ARCA DE NOÉ
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LIÇÃO DE VIDA: A HISTÓRIA DA PRIMEIRA SENADORA DO BRASIL
________ Editor ________ Ger. Didáticos
IMAGINE SE DEUS FOSSE 2014 | 1 O GÊNIO DA LÂMPADA ABR JUN
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Da redação
Editor associado Eduardo Rueda
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opinião de quem segue A e curte a revista
Diálogo
6 Globosfera
e mpreendedorismo, tabaco, acampamento, arte e missÃo
8 Entenda 22 Perguntas
Como era a arca de Noé
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Arquivo pessoal
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Quem nunca se irritou (ou, pelo menos, foi tentado a se irritar) com um juiz de futebol que favoreceu a equipe adversária? Privilegiar uma das partes e prejudicar a outra é ser parcial. O contrário disso é imparcialidade. Essa palavra, bastante utilizada na imprensa e no meio jurídico, significa que num debate, por exemplo, todos os lados devem ser ouvidos. Todos devem ter oportunidade de expressar suas ideias e opiniões, por mais discordantes que sejam. Discordar da opinião alheia não é pecado, muito pelo contrário. Melhor ainda é quando nossas convicções são questionadas, pois com isso podemos avaliar a consistência dos nossos argumentos. Aliás, saber discordar e argumentar parece não ser o forte da maioria das pessoas. Muitos debates parecem mais uma luta de boxe do que um diálogo entre ideias opostas. E é em função dessa atitude hostil que se diz que “política, futebol e religião não se discutem”. Mas, quem disse que não? Embora temas como esses, e os elementos agregados a eles, sejam bastante complexos e até subjetivos, isso não impede contudo que sejam pauta para discussões equilibradas, visando ao crescimento dos participantes. Afinal, se não tivermos espaço para debater pontos de vista divergentes, onde fica a democracia? E a liberdade de expressão? Outra palavra, muito usada no campo acadêmico, é interdisciplinaridade. Interdisciplinar é aquilo que estabelece uma relação entre dois ou mais ramos do conhecimento. Se antigamente podia ser estranho um biólogo e um economista, por exemplo, encontrarem pontos em comum em suas áreas de atuação, hoje essa interação é encarada como perfeitamente normal e até desejada. Algo semelhante ocorre entre a ciência, de modo geral, e a religião (ou, mais especificamente, a Teologia). A cada dia, surgem novas iniciativas para incentivar o diálogo entre essas áreas aparentemente tão distantes. Eu disse “aparentemente” porque a separação entre ciência e religião é muito mais recente do que se imagina. No passado, grandes cientistas e pensadores como Newton, Galileu, Copérnico e Descartes criam em Deus e não viam nisso um impedimento para o exercício da ciência, como muitos fazem hoje. Nesta edição, a Conexão 2.0 procurou ouvir os principais lados do debate a respeito da origem da vida e descobrir os antecedentes históricos do distanciamento entre ciência e fé. É natural que nossa matéria de capa, como as demais, se posicione a favor do criacionismo, pois, para nós, essa é a visão de mundo mais coerente, tendo como base as informações científicas disponíveis e a teologia bíblica. Apesar desse claro posicionamento, nada nos impede de dar voz aos que discordam de nós. O mesmo poderiam fazer outras revistas!
Trabalho, casamento, bioética e veracidade da Bíblia
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A estudar a Bíblia
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Por que os aplicativos são a ferramenta mais moderna para flertar?
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________ Ger. Didáticos
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... se deus fosse o gênio dA lÂmpAdA
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o cApelão do senAdo dos euA explicA como é ser pAstor no meio de lobos
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Revista trimestral – iSSN 2238-7900 Abril-Junho 2014 Ano 7, no 30
CaPa
o contexto histórico e As rAzões do divórcio entre ciênciA e religião
Ilustração da capa: Thiago lobo
Casa PUbliCadora brasilEira
Editora da igreja Adventista do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SP Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900 Site: www.cpb.com.br / E-mail: sac@cpb.com.br Serviço de Atendimento ao Cliente Ligue Grátis: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h30 Sexta, das 7h30 às 15h45 Domingo,das 8h30 às 14h
os Ais Ar?
Editor: Wendel lima Editor Associado: Eduardo Rueda Projeto Gráfico: Marcos Santos e Éfeso granieri Designer Gráfico: Marcos Santos Diretor Geral: José Carlos de lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Chefe de Arte: Marcelo de Souza Chefe de Expedição: Eduardo g. da luz
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Colaboradores: Edgard leonel luz, orlando Mário Ritter, ivan góes, Antônio Marcos Alves, Marco Antonio leal góes, Enildo do Nascimento, Almir Augusto de oliveira, Douglas Jeferson Menslin, Areli barbosa, Aquino bastos, Elmar borges, Nelson Milanelli, ivay Araújo, Ronaldo Arco, Donato Azevedo Filho e Carlos Campitelli
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brAsileiro contA como A solidAriedAde está reconstruindo As filipinAs
Assinatura: R$ 22,20 Avulso: R$ 6,98 www.conexao20.com.br Tiragem: 29.500
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lição dE Vida
elA odiAvA políticA, mAs viu no senAdo A chAnce de mudAr A sociedAde
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Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.
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Informação Conectado & Opinião Globosfera Ao ponto Entenda
conexao20@cpb.com.br
Sou assinante da Conexão 2.0 há três anos. Fico ansioso quando termino a leitura da revista – assim como uma criança aguarda a chegada de um presente – até o carteiro bater em minha porta com a próxima edição. Costumo compartilhar com outros o aprendizado dos vários temas que, por sinal, são abordados de maneira interessantíssima, dentro da cosmovisão bíblica. Por isso, tenho sempre recomendado essa maravilhosa revista aqui em Milagres, CE!
Desabafos, sugestões, interação e dúvidas para a seção Perguntas? É aqui mesmo!
conexao20.com.br
No novo site da revista você tem acesso ao complemento das matérias, vídeos, podcasts e tirinhas de ministérios parceiros, além das colunas de um time de especialistas que falam sobre comportamento, ciência e religião.
Luan Nascimento
Sobre o artigo “Caos”, da coluna “Texto e contexto”
Keila Vânia: É impressionante como consigo me enxergar nas suas palavras. É incrível como você consegue textualizar sentimentos tão comuns a qualquer pessoa normal (ou não tão normal). Realmente, vivemos o caos e devemos louvar a Deus por isso. Afinal, inclusive no caos, Ele nos ouve, nos atende e nos transforma.
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Wladimir: O que você escreveu retrata bem minha realidade: quanto mais eu avanço, mais vejo que preciso avançar; quanto mais conheço, menos sei; quanto mais aprendo, mais percebo que não aprendi nada. Se a salvação fosse pelas obras, estaríamos perdidos. Porém, a salvação é pela graça e baseada em Deus. Quando compreendermos isso, muitas de nossas desilusões serão vistas com mais calma e teremos a sensação de que, apesar do caos, Ele de alguma forma está no controle.
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O artigo “Eu não sou um anjo” me impressionou bastante. Havia recebido um convite de uma agência de modelos, mas senti como se Deus literalmente estivesse do meu lado, me dizendo para não entrar nesse ramo. Foi tentador, mas sei que teria problemas. Orem por mim...
V e m E s m e e ç
Efraim Mello
facebook.com/conexao20
Saiba o que vai ser publicado, opine sobre os conteúdos que já saíram e compartilhe com os amigos que não têm a revista.
Sobre a matéria “Mais do que imaginação”
Edição sobre as drogas
Thiago Rodrigues: A utilização da ficção com cunho religioso é algo interessante para hoje, quando livros com essa linguagem se transformam em best-sellers. Recentemente, comecei a ler a Trilogia Cósmica, de C. S. Lewis, que foi sugerida em 2013 na Conexão 2.0. Acho os livros dele fantásticos. Já li todas as obras da série Crônicas de Nárnia, e elas me ajudaram a visualizar a criação e o Céu como nunca tinha conseguido lendo livros convencionais. Já li O Fim do Começo e recentemente comprei Projeto Sunlight. Enfim, acho que seria um bom momento para a revista fazer um levantamento de livros do gênero e falar do sucesso e da qualidade dos livros de C. S Lewis.
Cley Medeiros: A religião ignorou por muito tempo o assunto. Vamos ver como vai ser agora. Curti a proposta de pauta, levanta o debate.
C t n d C s t a id m c o E
Giovanna Eugênia: Linda, cheia de cores e repleta de sabedoria divina! Amei cada página!
A s im a A fu
twitter.com/conexao_20 @MayaraMah: Minha @conexao_20 chegou! Já li algumas matérias e fico tão contente ao ver abordagens de assuntos polêmicos sem sensacionalismo e mentiras! 4 |
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@CamilaPaulino3: Acabo de me deliciar com a @conexao_20. Excelente! Histórias que emocionam e nos impulsionam a levar a mensagem do evangelho a todo o mundo. © Michael Brown | Fotolia
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Ao ponto
Texto Márcio Basso ilustração Rogério Chimello
Pastor no meio De loBos
Você teve uma infância pobre e sofrida nos guetos de baltimore. Como explica seu êxito? eu atribuo meu sucesso pessoal e profissional ao conhecimento da palavra de deus, ao esforço para fazer sua vontade e à confiança em sua condução providencial. Como foi sua experiência de três meses como missionário na amazônia peruana, no fim dos anos 60? conheci ali um casal de missionários que demonstrou tanta afetividade e o incondicional amor de deus, que minha ideia de cristianismo mudou. A maioria dos cristãos que tinha conhecido antes não praticava o que ensinava, mas sigfried e evelyn neuendorff sim. as orações que abrem as sessões do senado têm importância prática ou são apenas formalismo? A oração é algo prático porque funciona. tiago 4:3 diz: “pedis,
e não recebeis, porque pedis mal.” orar antes de cada sessão me permite ter as primeiras palavras que moldarão a agenda de nossos legisladores. o senado tem honrado a histórica separação entre igreja e Estado, mas não a separação entre deus e o Estado. qual seria a diferença? A separação entre o estado e a igreja é a garantia de que nenhuma religião será estabelecida pelo governo. muitos dos fundadores dos estados unidos vieram para cá para fugir da perseguição do estado. sem a separação entre igreja e estado, o governo pode ser tentado a forçar a observância religiosa, como o império romano fez muitos anos atrás. porém, a noção de deus e estado tem a ver com o desejo de ter fatores espirituais impactando o governo. Como é ser um líder espiritual em meio a um mar de interes-
ses políticos e econômicos? olho para a comunidade do senado como minha congregação. sou o pastor deles. como qualquer líder de igreja, você entra em águas agitadas e deve navegar através delas, com a orientação do senhor. eu me preparo para isso permanecendo na palavra. Além da leitura da bíblia, a oração me permite ficar em constante comunhão com deus. escrevo os devocionais em minha cabeça durante minha corrida matinal ou indo para o trabalho. durante a paralisação do senado, você repreendeu os políticos. seu puxão de orelha foi destaque no jornal the New York times do dia 7 de outubro do ano passado. seus discursos já lhe trouxeram problemas? eles não têm causado qualquer problema. nossos senadores são dedicados em decidir o melhor para o curso de nossa nação. eu interajo
regularmente com eles em um café da manhã de oração. se estivesse falando sobre o poder das palavras, lhes diria que elas têm consequências. provérbios 18:21 diz que o poder da vida e da morte está na língua. também lhes diria que a forma como você diz algo pode ser tão importante quanto o que você diz. provérbios 15:1 diz que uma resposta branda desvia o furor. Assim, eu os incentivaria a ser responsáveis por suas palavras. a bíblia tem respostas para a política? ela não aborda todos os dilemas políticos, mas provê princípios que nos permitem responder a eles. que conselhos daria a um cristão que deseja ser político? saiba o que você crê e por que você crê. entenda que, de acordo com romanos 13, a política pode ser um chamado divino. abr-jun
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Há mais de 200 anos, todas as seções do Senado norteamericano são abertas com uma oração. e, desde 7 de julho de 2003, elas são feitas pelo contra-almirante e pastor adventista Barry c. Black, 62º a ocupar o posto de capelão. Black, que tem 65 anos e serviu a marinha por 27, tem como missão dar apoio espiritual e moral para 6 mil pessoas, incluindo os cem senadores, os funcionários da instituição e seus familiares. Para tanto, seu gabinete é apartidário e não sectário. Black tem dois doutorados: um em ministério e outro em Psicologia. Já foi condecorado pela associação nacional para o Progresso de Pessoas de cor (naacP), por sua contribuição para a igualdade de direitos civis e, no fim de 2013, seus discursos foram destacados pela imprensa americana. ele apelou para que os senadores deixassem o egoísmo, o orgulho e a hipocrisia. assim como em seus sermões, nesta entrevista Black vai ao ponto.
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Texto Wendel Lima
Mais estudo,
Peão de lenço
Em janeiro, o Parque do Peão de Barretos, no interior de São Paulo, foi tomado por 35 mil acampantes de oito países sul-americanos. O que atraiu tanta gente que mora a centenas e milhares de quilômetros dali não foi uma festa de seis dias movida a álcool. Eles foram para entregar 40 mil livros religiosos na cidade, organizar feiras de saúde, competir em atividades radicais, ouvir sermões sobre a Bíblia e fazer muitos amigos. Essa galera participa do Clube de Desbravadores, uma agremiação que semanalmente se reúne para fazer a diferença na comunidade e que, a cada dez anos, se encontra para um megaevento como esse. Se quiser se juntar a esse movimento, acesse: desbravadores.org.br.
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Divulgação journeyfilms.com
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Fonte: Folha de S. Paulo
Fé na sala de aula
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Dos 30 mil leitores da Conexão 2.0, 80% são alunos do ensino médio de colégios adventistas brasileiros. Mas, talvez, poucos estudantes da rede saibam que fazem parte de um sistema de ensino com 1,7 milhão de alunos, de 150 países, distribuídos em 7,8 mil escolas e universidades. O documentário The Blueprint, do premiado diretor Martin Doblmeier, traz à tona um pouco da história, da filosofia e dos resultados dessa que é uma das maiores redes privadas de ensino do mundo. A produção enfatiza que a educação adventista enxerga o aluno como um ser integral, incluindo sua espiritualidade; e destaca realidades distintas vividas por oito escolas adventistas dos Estados Unidos. Esse é o terceiro documentário de Doblmeier sobre os adventistas. Nos dois primeiros, ele tratou sobre a origem da Igreja e sua mensagem de saúde. Trailer disponível em journeyfilms.com.
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Em 20 anos, o percentual de fumantes no Brasil caiu quase pela metade, com exceção dos menos escolarizados. Os dados divulgados pela Fiocruz, em novembro, tomam como base duas pesquisas nacionais: uma de 1989 e outra de 2008. O número de fumantes entre os que estudaram pelo menos 12 anos caiu 57%, enquanto entre os que frequentaram a escola por até sete anos, foi de 14%. Talvez, isso explique porque os menos escolarizados apresentam uma taxa de mortalidade por câncer de pulmão quase quatro vezes maior que os demais. O redirecionamento das campanhas públicas sobre antitabagismo e o aumento do preço do cigarro podem ajudar a mudar esses números.
© Constantinos | Fotolia
Divulgação DSA
menos cigarro
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Desafio global
Viver num país professamente cristão como o Brasil, pode dar a falsa impressão de que o mundo inteiro também sabe quem é Cristo e quão transformadora é Sua mensagem. O site do ministério norte-americano Joshua Project (joshuaproject.net) mostra o quão desafiadora é a missão cristã ao redor do mundo. A ferramenta oferece dados como população, religião predominante, índice de liberdade religiosa e número de cristãos e etnias presentes em cada país. A ideia do site é mobilizar cristãos para que orem pela missão transcultural e enviem missionários para o exterior.
Divulgação noticias.adventistas.org
© Constantinos | Fotolia
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Vai que dá
Esse é o mote e o nome de um documentário que apresenta a experiência de empreendedorismo de seis jovens brasileiros. Tendo em comum o uso da tecnologia, todos eles querem gerar impacto social com suas ideias, seja alimentando o maior portal de saúde e bem-estar do Brasil ou viabilizando no mercado a venda de produtos de artesãos. O documentário está disponível no site, dividido por cases de sucesso: endeavor.org.br/vaiqueda.
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Arte e missão
O que a linguagem dos HQs e da ficção e a produção de games, vídeos, podcasting e música têm a ver com a divulgação do evangelho de Cristo? Para a geração atual, tudo. Aliás, sem a utilização dessas linguagens, a mensagem mais importante e transformadora de todos os tempos se torna quase inteligível. É por isso que 200 internautas adventistas, que acompanham os podcasts sobre Teologia produzidos pelos pastores Diego Barreto e José Flores Júnior, tiraram dinheiro do bolso para viajar até Cotia, SP, a fim de participar de um encontro revolucionário em sua proposta: usar a arte e o espírito empreendedor para evangelizar. Mais detalhes você confere no site fator40.com.
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Entenda
Texto Wendel Lima ilustração Carlos Seribelli
como era a arca De noÉ eSTuDar o FormaTo do navio construído por noé é motivo de piada para os céticos, de curiosidade para as crianças e de esquentar a cabeça para teólogos e cientistas criacionistas. afinal, a Bíblia dá pouquíssimos detalhes sobre a embarcação que salvou os ancestrais do ser humano e dos animais. Portanto, reconstruir a arca envolve um pouco de imaginação e especulação. no século 15, ela já foi retratada como uma caravela, mas hoje as opiniões se dividem entre a forma de caixa e de baú flutuante. confira o que temos disponível.
CoMida, áGUa E lUZ
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MiGração
por ordem de deus, pares dos ancestrais de todos os vertebrados terrestres – aqueles que caminham sobre a terra e respiram pelas narinas – entraram na arca (gn 7:22). ficaram de fora animais marinhos, vermes, insetos e plantas. daqueles tipos básicos de cada família, descenderam os gêneros, espécies e raças que temos hoje. essas mudanças morfológicas dependeram de fatores como grau de isolamento genético, quantidade de estresse ambiental e tempo.
Noé estocou bastante comida para sua família e os animais (Gn 6:21,22). Quanto à água, provavelmente, eles canalizaram a da chuva. Para iluminar e ventilar a arca, Noé fez uma janela comprida e com meio metro de altura (Gn 6:16; 8:13).
EsPaço Para todos
Com uma arca de 150 metros de comprimento, 25 de largura e 15 de altura (Gn 6:15), os quase 11 mil animais que embarcaram precisavam de aproximadamente 7.800 m3, ou seja, apenas 14% do volume da arca. Se os animais fossem filhotes, sobraria mais espaço ainda.
ZoolóGiCo flUtUaNtE
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A arca tinha três andares, talvez interligados por rampas afastadas do centro do casco, onde as tensões eram maiores. Por questões logísticas, os mamiferos maiores devem ter ficado no primeiro piso. Por causa da temperatura baixa, esse andar inferior pode ter facilitado que alguns bichos hibernassem. Os animais foram separados por compartimentos (Gn 6:14), ou seja, jaulas e ninhos.
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muitos acreditam que se a arca fosse achada, o relato bíblico do Dilúvio ganharia mais credibilidade. Pode até ser. mas o que não merece confiança são os documentários e boatos falsos que afirmam que ela já foi encontrada. o fato é que os cristãos não precisam de provas irrefutáveis, muito menos das duvidosas, para crer na Palavra de Deus. isso não significa que a crença no sobrenatural seja a negação da racionalidade, mas, sim, o reconhecimento de que intervenções além da nossa compreensão podem mudar a realidade que conhecemos.
É
tErra à Vista
Depois de 150 dias à deriva, a arca novamente voltou a tocar a terra, nas montanhas do Ararate, no leste da Turquia. Os sobreviventes esperaram mais 121 dias para sair do navio.
Fontes: Criação (SCb, 2007), de Alexander vom Stein, p. 60-84; o Mundo já foi Melhor (CPb, 1992), de Harry J. baerg, p. 27-32; História da Vida (CPb, 2011), de Michelson borges, p. 80; Comentário bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1 (CPb, 2011), p. 241; revista Answers, de abril-junho de 2007 (answersingenesis.org/articles/am/v2); e sites evidenciasonline.org e worldwideflood.org.
sob MEdida
Santa Maria 0
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Wyoming 60 m
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Segundo o estudo do engenheiro coreano Dr. Seon Hong, as proporções da arca deram ao barco três características muito importantes: estabilidade, conforto e resistência. Mas, sem a proteção de Deus, nenhuma estrutura aguentaria uma catástrofe global.
Queen Mary II 270 m
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Arca de Noé
NaVio CarGUEiro
A arca é uma das maiores embarcações de madeira de que se tem notícia. Feita de ciprestre (gôfer) e revestida de betume (Gn 6:14), em porte, é comparável a um navio de carga atual. Ela foi o bote salva-vidas para milhares de animais e para oito pessoas, todas da família de Noé (1Pe 3:20).
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Interpretação Capa & Reflexão Reportagem
Texto Wendel Lima Ilustração Thiago Lobo Colaboração Allan Novaes Reportagem Bruno Elmano e Paulo C. de Oliveira
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Perguntas Imagine
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A criatura que rompeu com o Criador Nascida em berço religioso, a ciência moderna cresceu e cortou suas raízes cristãs. Saiba por que ela e a religião se divorciaram e se podem voltar a andar juntas, inclusive na universidade
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Reação Mas o ponto do documentário que gerou as reações mais fortes da crítica foi a relação que Stein fez entre as ideias de Charles Darwin, o conceito de eugenia (purificação das raças) e o genocídio nazista. Para ele, a crença na existência de raças superiores e na sobrevivência do mais apto pode ter influenciado a política desumana de Adolf Hitler. Apesar de entrevistar diversos evolucionistas – incluindo o evangelista do neoateísmo, Richard Dawkins – e questionar se o design inteligente não seria propaganda religiosa disfarçada, Expelled foi criticado por ser unilateral, promover um espírito anticientífico e ser um Fahrenheit 9/11 criacionista. O National Center for Science Education, por exemplo, fez questão de publicar um site (expelledexposed.com) somente para desmentir as denúncias feitas pelo documentário. Mesmo tendo sido lançado em 2008, Expelled traz à tona uma discussão recorrente e que de longe não é restrita aos Estados Unidos. Ciência e religião poderiam dialogar? Quando e por que elas se divorciaram? A universidade poderia ser um espaço para esse debate? Isso é o que a Conexão 2.0 se propõe a discutir. Redutos Em outubro do ano passado, a Unicamp sediaria um fórum inédito sobre filosofia e ciências das origens. Sediaria. O evento foi cancelado às vésperas, depois que professores evolucionistas pressionaram a direção da entidade, afirmando que universidades públicas não deveriam abrigar eventos religiosos e que criacionistas não têm formação sólida para falar de ciência.
O caso gerou grande discussão em blogs e redes sociais, com direito a comentários ofensivos de ambos os lados. A revista IstoÉ, de 25 de outubro de 2013, pautou o ocorrido como uma “batalha da fé” e criticou o lobby ateu por dificultar o debate plural na universidade, mas se equivocou ao classificar o evento como religioso. A polêmica também rendeu uma matéria de 20 minutos num telejornal da TV Novo Tempo, emissora mantida pela Igreja Adventista. O canal deu tempo considerável para que o físico Leandro Tessler, professor da Unicamp, e o arqueólogo Rodrigo Silva, professor do Unasp, falassem em nome das duas partes. Em resumo, Tessler argumentou que o criacionismo é uma pseudociência assim como a astrologia e, por isso, não deveria ter o endosso institucional de uma universidade prestigiada como a Unicamp. Rodrigo, por sua vez, disse que não pretendia fazer proselitismo religioso, mas apresentar um modelo filosófico alternativo ao evolucionista-materialista. Além dele, participariam um geólogo, um bioquímico e um jornalista. Em nota, a assessoria de imprensa da Unicamp disse que o evento havia sido organizado por um grupo de funcionários da universidade, e que os próprios organizadores, e não a reitoria, cancelaram o fórum. A razão? “Faltavam integrantes que pudessem debater o tema sob todos os pontos de vista, conforme deve ocorrer no meio acadêmico.” Porém, os acadêmicos convidados argumentaram que, desde que o evento foi aprovado, a universidade sabia da natureza do fórum e quem seriam seus palestrantes. Além disso, a Unicamp não pediu desculpas por cancelar o evento em cima da hora e sem justificativas. Pluralidade Em novembro, por pouco, a história não se repetiu na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), em Minas Gerais. Professores do departamento de Biologia protocolaram um pedido para que a reitoria cancelasse o 1º Encontro de Ciências da Terra, Geociências e Arqueologia. A solicitação foi negada, e cerca de 50 pessoas acompanharam quatro palestras sobre o tema, a partir da perspectiva criacionista. Ponto para a pluralidade de ideias, pelo menos na opinião da estudante de Nutrição, Queisiele Carvalho. “Foi um evento que contribuiu muito para uma formação plural, porque fomos expostos ao contraponto de teorias que recebemos aqui. É o que se espera de uma universidade pública inserida num Estado laico”, assinalou. abr-jun
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A começar pelo título provocativo, o documentário Expelled: No Intelligence Allowed (Expulso: Inteligência não Permitida) tinha tudo para ser massacrado por uns e ovacionado por outros. E foi. Afinal, a produção, apresentada pelo ator Ben Stein, tocava em questões que dividem os norte-americanos há décadas, como a validade científica de teorias que questionam o darwinismo e o papel delas na academia e no espaço público. Usando de ironia, Stein sabatinou evolucionistas e defensores da teoria do design inteligente. A tese central do documentário é a de que existe uma inquisição velada contra os cientistas que questionam o evolucionismo. E para confirmar sua suspeita, o ator entrevistou cinco pesquisadores com sólida formação acadêmica que dizem ter sido prejudicados profissionalmente por apoiar de forma pública a teoria do design inteligente. Ele interrogou também as instituições que empregaram esses cientistas, mas todas negaram que essa tenha sido a motivação das sanções.
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Abertura Além da Unifal, outras universidades têm dado espaço para o debate sobre a origem da vida. O geólogo Nahor Neves de Souza Júnior, um dos palestrantes do evento em Alfenas, tem dedicado os últimos 20 anos a divulgar o criacionismo na academia e na imprensa. O ex-professor da USP e da Unesp, já visitou universidades como UnB, UFMG, UFBA, UFSC, UFPA e a própria Unicamp, para falar sobre seus trabalhos de campo e a leitura alternativa que faz da coluna geológica. Em junho de 2005, em parceria com uma bióloga criacionista, o geólogo ministrou um minicurso sobre o origem da vida na Universidade de Taubaté (Unitau), no interior paulista. Durante o dia, eles apresentaram
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No Renascimento, o pensamento humano passou a ser baseado no racionalismo e na crítica. Esse movimento cultural do século 15 deu o primeiro golpe no cristianismo medieval, enfraquecendo a autoridade da Igreja.
Foi por isso que, na Idade Moderna, a preocupação com temas religiosos começou a dar lugar a questões cotidianas. Encontrar uma nova definição de verdade, que não dependesse da Igreja, se tornou a mola propulsora da sociedade. Pensadores renascentistas como Francis Bacon (1561-1626) contribuíram para esse processo.
A ciência moderna surgiu da necessidade de se compreender a natureza e a realidade, usando critérios que não fossem da Teologia (catolicismo medieval) e da Filosofia (pensamento aristotélico). E a proposta inovadora para isso era trabalhar com rigorosos métodos de observação e experimentação. Ao lado, um dos pais da ciência moderna, Galileu Galilei (1564-1642).
Não foi da noite para o dia que ciência e religião se separaram. Entenda o desenvolvimento desse processo histórico.
A história do divórcio 29795 – Conexão 02/2014
Ronaldo Luiz Mincato, diretor do Instituto de Ciências da Natureza da Unifal, também viu com bons olhos a iniciativa e alertou para o risco de se vetar eventos semelhantes: “No momento em que a gente começar a cercear, a gente vai entrar na inquisição novamente e acabar discriminando as pessoas por sua fé.” Para um dos organizadores do encontro, Paulo Henrique de Souza, coordenador do curso de bacharelado em Geografia da Unifal, o evento não teve proposta religiosa, mas acadêmica. Ele acredita que as universidades públicas, custeadas pelos impostos de todos os cidadãos, devem “servir de modelo de pluralidade e tolerância, incentivando a coexistência pacífica entre posições e o confronto de paradigmas”.
palestras e, à noite, diante de 200 alunos, debateram o tema com dois professores evolucionistas da instituição. O biólogo Edson Timóteo Soares foi o principal articulador do evento. Na época, ele era estudante e um dos líderes do diretório acadêmico. Edson lembra com satisfação que seus colegas prontamente aceitaram realizar o encontro e até pagaram uma inscrição para assistir ao minicurso. “Os estudantes gostaram muito do evento e elogiaram, embora tenham havido algumas críticas. Quanto aos professores, uma parte repudiou, e a outra aprovou com ressalvas, mas aprovou”, relembra. Edson revela que até o fim do seu curso, vários colegas manifestaram interesse em entender melhor o criacionismo.
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Berço religioso Apesar de algumas pontes terem sido construídas entre ciência e religião, o divórcio histórico sofrido entre as partes parece ter aberto um abismo, para muitos, intransponível. O ponto é que poucos sabem que nem sempre foi assim. E mais: desconhecem as causas dessa separação, o que torna mais difícil o diálogo entre elas. Para começar, a ciência moderna teve seu berço na cultura ocidental cristã. No livro E se Jesus não tivesse nascido?, D. James Kennedy e Jerry Newcombe argumentam que dificilmente o método científico teria sido elaborado, por exemplo, numa cultura muçulmana, na qual tudo é predeterminado; ou num contexto budista ou hinduísta, que ensinam que o mundo físico é irreal. Entre os povos de crenças animistas, como o de algumas regiões da África, fazer experiências com o mundo
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Separação Talvez, o gradual, mas crescente distanciamento da ciência de suas bases teístas, possa ser explicado pelo clima de intolerância criado pelo catolicismo medieval. Prova disso é que os movimentos culturais e filosóficos que surgiram a partir daí, como Renascimento, Iluminismo e Positivismo,
O passo final da separação seria dado no século 19, por influência do positivismo de Augusto Comte (17981856). Para ele, o avanço da sociedade tornaria o método científico o único válido para se obter a verdade. Essas ideias também influenciaram a Teologia, que passou a rejeitar tudo o que havia de sobrenatural na Bíblia. Logo, as religiões passaram a ser classificadas como mitos de uma era infantil da humanidade.
Mas razão e religião ainda não haviam rompido relações. Filósofos como René Descartes (1596-1650) acreditavam numa visão mecanicista da fé. A natureza e o homem eram regidos por mecanismos criados por Deus e caberia à ciência descobrir essas leis. Deus era o desenhista do Universo.
No século 17, com o início do movimento iluminista e a morte dos pais da ciência, o afastamento entre ciência e religião se tornou mais perceptível. Nascia então a crença de que a razão poderia produzir liberdade e felicidade para o ser humano. A ideia de providência divina seria gradativamente substituída pelo conceito de progresso humano. Ao lado, um ícone do Iluminismo, o filósofo Voltaire (1694-1778).
natural também não teria sentido, porque eles acreditam que espíritos habitam em pedras, árvores e animais. Mesmo os gregos, séculos antes de Cristo, pararam num estágio protocientífico porque tinham no estudo da natureza objetivos mais contemplativos do que de controle e transformação. Os autores ainda destacam que a revolução científica foi precedida pela protestante; que gênios como Francis Bacon, Johannes Kepler, Blaise Pascal e Isaac Newton conciliavam a ciência e a Bíblia; e que foram religiosos que fundaram a sociedade científica de Londres, em 1660. Nessa fase inicial, o exercício da ciência consistia em descobrir as leis que Deus estabeleceu para organizar o Universo. “A ciência foi criada num contexto monoteísta, em que se aceitou que a natureza pode ter leis universais”, reconhece o físico Leandro Tessler. Mas ele acredita que pais da ciência, como Newton, integravam ciência e Bíblia porque tinham uma visão de mundo diferente da que predomina hoje. “Newton foi um dos primeiros a praticar o método científico, e obviamente não tinha à disposição nada de teoria da evolução, mecânica quântica ou de física estatística. Não se poderia esperar que ele pensasse ou atuasse além do que era possível na época”, rebate o professor da Unicamp.
tiveram a mesma tônica: romper com o absolutismo da religião (veja o box “A história do divórcio”). Para o professor Rodrigo Silva, a palavra “divórcio” não seria a mais apropriada, porque ainda hoje cientistas conseguem integrar suas pesquisas com a Bíblia. Na opinião dele, a perda de espaço da religião no meio científico foi uma reação às “mazelas eclesiásticas da Idade Média”. Ao que parece, todo esse processo histórico preparia Darwin para conceber sua teoria, e a comunidade científica para aceitá-la. “O darwinismo foi uma ruptura. Já existiam outras teorias evolucionistas antes de Darwin, como o lamarquismo. Mas as ideias dele tinham implicações na teleologia, ou seja, na existência de propósito para o surgimento da vida e seu desenvolvimento na Terra”, explica Wellington dos Santos Silva, doutor em Patologia Molecular pela UNB. “Podemos dizer que o darwinismo completou o processo de mecanização iniciado com Galileu, Newton, Kepler e outros, mas com uma diferença. Os pais da ciência não eram contra a Bíblia e o Criador, enquanto Darwin não admitia em hipótese nenhuma uma ação sobrenatural no surgimento das espécies”, acrescenta Wellington, que é professor de ciência e religião da Faculdade Adventista da Bahia.
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Neutralidade? Wellington argumenta também que o espírito da época era alimentado não apenas por interesses científicos e de liberdade de expressão, mas por questões abr-jun
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Com tais questionamentos, surgiu a filosofia da ciência ou epistemologia, área que estuda a natureza, o alcance e a validade do conhecimento científico. Acadêmicos desse campo não estudam os resultados das pesquisas científicas em si, mas os pressupostos e interesses dos cientistas na escolha de determinados métodos.
Porém, a imagem de que a ciência é neutra e seus métodos são caminhos imparciais de se chegar à verdade, sofreria duros golpes. Na transição do século 19 para o 20, algumas descobertas no campo da Matemática e da Física desencadearam uma crise na ciência moderna. O absolutismo científico foi abalado pelas contribuições da teoria geral da relatividade (Albert Einstein), da física quântica e dos novos postulados da geometria. O Universo parecia ser mais complexo do que se pensava.
Esse ambiente gerou um dogma conhecido como cientificismo, ou seja, a ciência como única dona da verdade. Diante de tanto otimismo, duas crenças triunfalistas ganharam força: a de que a ciência é o única fonte de conhecimento válida e segura; e de que ela tem ou descobrirá a solução para todos os problemas da humanidade. Assim, o Ocidente rejeitava o Deus judaicocristão para divinizar a ciência, e o absolutismo migrava da Igreja para a academia.
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econômicas. Segundo ele, a teoria de Darwin serviu de pretexto para a exploração capitalista, que se valeu do binômio competição-evolução para sugerir outro: miséria-progresso. No campo educacional, o darwinismo impulsionou a secularização do ensino, desqualificou o clero e minimizou o poder da Igreja Anglicana. “Geralmente, as pessoas pensam que o divórcio entre ciência e religião se deu no famoso julgamento de Galileu Galilei. Todavia, historiadores da ciência propõem que isso aconteceu lá pela segunda metade do século 19, pelo avanço da ciência e por razões ideológicas de materialistas que desejavam se desvencilhar do poder temporal eclesiástico vigente”, reforça Enézio Eugênio de Almeida Filho, mestre em História da Ciência pela PUC-SP. Tessler admite que o contexto histórico da Inglaterra no século 19 deve ter favorecido a elaboração e aceitação da teoria de Darwin: “A ciência é uma construção humana e, portanto, está sujeita a todas as idiossincrasias do comportamento humano.” Porém, o físico discorda que o darwinismo tenha se popularizado apenas por esses fatores contextuais: “Interesses de classe podem ter influenciado sua divulgação, mas ela não seria aceita pela comunidade científica se não oferecesse uma descrição coerente e plausível da realidade.” Enézio, por sua vez, contesta que as ideias de Darwin ainda desfrutem de tanta credibilidade. “A teoria evolucionista de Darwin é um conglomerado de pelo menos cinco teorias. Ideias, muitas delas, conflitan-
tes entre si. A atual teoria, a Síntese Evolutiva Moderna, necessita ser profundamente revisada ou simplesmente descartada”, dispara. Segundo o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, com o desenvolvimento da ciência, vieram à tona inúmeras evidências que contestam aspectos fundamentais do evolucionismo. Por isso, ele afirma que teóricos evolucionistas estão trabalhando na formulação de um novo modelo. “A nova teoria – Síntese Evolutiva Ampliada ou Estendida, contrariando Darwin, não será selecionista e deve incorporar aspectos teóricos neolamarckistas”, revela. Reconciliação Apesar de questionar a teoria evolucionista, o movimento do design inteligente não se propõe, como o criacionismo, a identificar quem seria o Designer e a reconciliar o conhecimento científico com o conhecimento bíblico-histórico. Para Tessler, no caso do cristianismo, o que impossibilita essa descrição coerente e plausível da realidade é a leitura literal que alguns cristãos fazem da Bíblia. Ele acredita que o Livro Sagrado não é uma fonte historicamente confiável, porque apresenta um relato de acordo com a visão de mundo da época em que foi escrito e pode ter sofrido reformulações ao longo do tempo. Logo, a crença religiosa e o relato bíblico não podem servir de ponto de partida para a pesquisa científica. Na visão de Tessler, a religião tem função moral e propõe um relato incompatível com várias descobertas cientificas, cuja função é descrever o funcionamento da natureza. Rodrigo pensa diferente e acredita numa harmonização. Em primeiro lugar, ele alerta que nem tudo na Ilustrações: Carlos Seribelli
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Visão de mundo Quem há décadas tem estudado sobre a possível integração entre a ciência e a Bíblia é o geólogo Nahor Neves de Souza Júnior. Hoje docente do Unasp e diretor da filial brasileira do Geoscience Research Institute, ele tem publicado artigos que tratam dessa reconciliação no site evidenciasonline.org. Para ele e outros criacionistas, se o argumento para descredenciar o criacionismo como ciência são seus pressupostos religiosos, o mesmo deveria ser feito com o evo-
Fonte: Jornalismo de controvérsia: uma análise do tratamento jornalístico dado pela revista Superinteressante às incertezas científicas (dissertação de mestrado, Umesp, 2008), de Allan Novaes.
É verdade que muitos cientistas rejeitam essas ideias com o receio de que elas relativizem o papel social da ciência e enfraqueçam a confiança em seus métodos. Mas é preciso reconhecer que ela, como qualquer empreendimento humano, é limitada e passível de interpretações adequadas e inadequadas. Por isso, é questionável ver a ciência como a única fonte segura de conhecimento.
Um dos ícones da filosofia da ciência é Thomas Kuhn (1922-1966). Em seu clássico livro A estrutura das revoluções científicas, ele argumenta que a história da ciência pode ser mais bem explicada pela substituição de paradigmas, do que pelo acúmulo e sobreposição de descobertas. Ou seja, até que se rompa com um modelo, as pesquisas de uma área são direcionadas por pressupostos até então consolidados pela academia.
teoria evolucionista é contrário à Bíblia. “Por exemplo, o entendimento da variabilidade dentro da mesma espécie fazendo com que novas raças sigam surgindo ao longo dos séculos”, exemplifica. Rodrigo – que é apresentador do programa televisivo Evidências, produção que apresenta descobertas arqueológicas que confirmam o relato bíblico – explica que dois erros são comuns na interpretação da Bíblia: o de entender tudo como literal ou como mitológico. O arqueólogo também defende que os pesquisadores criacionistas devem fazer ciência não com o intuito de provar a Bíblia, mas com o objetivo primário de descobrir verdades sobre a natureza. “Fazer ciência com o objetivo de provar o evolucionismo ou derrubá-lo é gravitar em torno de um dogma. E isso vale para criacionistas, evolucionistas e pesquisadores da teoria do design inteligente. Uma coisa é querer descobrir a verdade, outra é querer que ela esteja ao meu lado custe o que custar”, argumenta o arqueólogo.
evidenciasonline.org novotempo.com/evidencias
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Acompanhe no site as reportagens sobre os eventos envolvendo a Unicamp e a Unifal.
lucionismo. Afinal, nenhum cientista vai pesquisar no laboratório ou em campo sem que sua visão de mundo interfira direta ou indiretamente na interpretação dos dados que ele coleta. Para Nahor, o evolucionismo não está baseado simplesmente em metodologia científica, mas numa cosmovisão que tira o sobrenatural da jogada e coloca em seu lugar argumentos filosóficos que revestem a natureza de atributos criativos extraordinários, quase divinos. “Na verdade, a ciência com fundamento puramente empírico constitui um ideal inatingível, especialmente quando se procura interpretar eventos passados únicos e irreproduzíveis, como a origem da vida. Mesmo o cientista competente, em sua pesquisa, estará sendo guiado não apenas pela objetividade científica, se é que ela existe, mas por sua própria visão de mundo”, argumenta o geólogo. Diálogo Se essa discussão já dura séculos e não teria como ser esgotada nesta matéria, diante de todas as informações apresentadas, talvez, a atitude mais sensata para evolucionistas e criacionistas seja o diálogo. Afinal, partindo do fato de que a ciência moderna nasceu em berço cristão e que vários dos pioneiros do conhecimento científico conciliaram a fé pessoal com a pesquisa da natureza, é de se duvidar que o criacionismo represente realmente uma ameaça ou retrocesso para o avanço científico, como defendem os que se opõem ao debate sobre as origens nas universidades. abr-jun
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Reportagem
Texto Fernando Torres ilustração Carlos Seribelli
o Amor em tempos de Wi-fi
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Aplicativos de celular se transformam efetivamente em uma extensão da vida real e já são a ferramenta mais moderna para flertar
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asPiraçÕEs soCiais não é de hoje que homens e mulheres exibem seus melhores ângulos para impressionar o sexo oposto. Hoje, contudo, é pelas redes sociais via celular que os jovens fazem amigos, paqueram, começam e terminam namoros. “Para as gerações mais novas, que cresceram sob influência da tecnologia, o meio virtual tem o papel social paralelo ao de instituições como a família, a igreja e a escola. De certa forma, a perspectiva de conexão digital traz de volta o grande senso de comunidade que a modernidade roubou da gente”, analisa o psiquiatra cristiano nabuco, coordenador
do programa de Dependência Tecnológica do Hospital das clínicas da Faculdade de medicina da uSP e um dos organizadores do livro Vivendo esse mundo digital (artmed). “aplicativos como o Tinder são como o footing de antigamente, em que as moças vestiam sua melhor roupa e saíam para passear de braços dados com uma amiga, com o único objetivo de serem vistas pelos rapazes”, compara a psicanalista e sexóloga Sônia eustáquia. Porém, mais que uma representação virtual da realidade, a febre dos apps de relacionamento também retrata as aspirações da sociedade digital. a lógica continua a ser a necessidade humana de se relacionar. agora, contudo, a eterna busca de pessoas próximas, parecidas conosco e que saciem nossas carências está ainda mais calcada em novos valores, como instantaneidade e comodidade. “normalmente, a gente fala que a tecnologia ‘causa’ alguma coisa. Pode ser, mas o principal é o que ela representa. nesse caso, o Tinder mostra que as pessoas querem fazer tudo ‘protegidas’, atrás de uma tela, e de forma rápida, sem perder tempo com cantadas”, pondera Tales Tomaz, professor do curso de comunicação Social do unasp e mestre em comunicação pela Puc-SP. como característica marcante do mundo contemporâneo, o individualismo também é sintoma latente desse fenômeno. “a partir dos anos 1970, toda revolução da tecnologia teve a individualização da sociedade como ponto de partida, cada vez mais intensificada. o que os aplicativos fazem é aproveitar essa característica e oferecer um produto bem adaptado a ela”, diz o psicólogo alberto nery, professor de Psicologia no unasp e mestre em Psicologia pela uSP. o Mito da iMaGEM reduzidos a uma série de fotos 3x4 – com filtros e mais filtros, claro –, os românticos virtuais aprovam ou desaprovam o outro puramente pelo visual. ok, a atração física inicial também é o que conta na seleção da vida real. Porém, na plataforma digital, o charme e a espontaneidade ficam em segundo plano e a valorização dos mitos da imagem e da estética chega ao seu ápice. Para todos os efeitos, o pretendente se reduz a um signo, limitado a ser fotogênico ou não. abr-jun
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a cigana Que PromeTe trazer um novo amor em três dias está atrasada. na era das mídias sociais e da internet móvel, a cara-metade pode estar à velocidade de um toque no visor do celular. essa é a promessa dos aplicativos de relacionamento, um atalho para paquerar quem estiver mais próximo, desde que com gostos e interesses parecidos. De todos os cupidos de bolso, o Tinder é um dos mais populares hoje em dia. lançado em 2012 nos estados unidos, o aplicativo ganhou a versão nacional em setembro do ano passado e, na sequência, a adesão em massa dos brazucas: atingiu um milhão de usuários em dois meses e tem expansão média de 20 mil novos perfis por dia. conectado ao Facebook, ele apresenta o(a) candidato(a) com meia dúzia de fotos – o maior número de #selfies e #duckfaces por metro quadrado. curtiu? Basta clicar no coraçãozinho verde. não rola? aperte o x vermelho sem dó e passe para o próximo. Se você e a pessoa do outro lado da tela se marcarem com o coração, o app anuncia a combinação – o match – e abre uma nova tela, com um chat privado para os pombinhos. com tanta gente dando mole, é quase impossível não encontrar o amor correspondido. exemplo disso é o caso do catarinense crystian Kühl, 19, que já emplacou um encontro na vida real graças ao aplicativo. “Descobri interesses de pessoas que já conhecia e nunca imaginei que pudéssemos ter conversas além de amizade. isso massageou meu ego. Digamos que o Tinder foi minha fada-madrinha”, conta. a paranaense camila Higachi, 20, é outra que aderiu ao aplicativo da paquera. “Soube por meio de um amigo e fiquei interessada em saber como funcionava. comecei a usar e achei muito bom, principalmente porque as chances de interação são apenas quando há interesse mútuo”, aprova. ela também já teve seu momento love is in the air. “conheci um carinha pelo Tinder e, dias depois, em uma festa, a gente se reconheceu. Deu tudo certo”, ri camila.
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Camila higachi, 20
o QUe eles Pensam Maria fernanda teixeira, 21
“Acho que o tinder é uma ferramenta muito eficiente para pessoas de gostos parecidos se encontrarem no mundo virtual. nunca conheci ninguém pessoalmente, mas o aplicativo me ajudou a estreitar uma relação com alguém que só conhecia de vista. depois que ‘casei’ com ele no tinder, começamos a nos tratar como conhecidos na vida real.”
augusto louzada, 20
“A ideia do lulu, a princípio, poderia até ser bacana, mas acho que ninguém tem o direito de sair julgando as pessoas sem conhecer e expor opiniões dessa forma. tentei levar na brincadeira, só que não curti a exposição. Ainda bem que o aplicativo para os homens avaliarem as mulheres não foi pra frente: seria ainda mais ridículo.”
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“achamos que os signos podem ser controlados mais facilmente do que uma pessoa em toda sua complexidade. reduzir o outro a um signo tem sido o recurso da nossa geração para dominar o alcance do outro e evitar a invasão de pessoas indesejadas”, analisa Tomaz. É como disse o filósofo alemão ludwig Feuerbach (1804-1872): “nosso tempo, sem dúvida (...) prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser.” e olha que isso era lá no século 19! PEssoa oU Coisa? Por mais paradoxal que pareça, os aplicativos podem, sim, dar início a relacionamentos além da tela do celular, já que propõem a conexão ao mundo real. mas, em contrapartida, podem “coisificar” a relação. “a própria natureza do Tinder faz com que as pessoas tenham pouca oportunidade de conhecer o outro, de dar ou receber afeto. embora ele seja um facilitador de encontros, também favorece a banalização do afeto, de forma que o usuário encare o outro como se fosse apenas uma figurinha na internet”, analisa a sexóloga Sônia eustáquia.
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“Acho o tinder muito bom, principalmente porque a interação é possivel apenas quando há interesse mútuo. Acompanhei o lulu apenas por uma semana. Achei engraçado, mas apenas uma brincadeira. na verdade, ninguém pode ser avaliado por uma nota. cada menina tem uma percepção diferente, é muito relativo.”
Crystian Kühl, 19
“por experiência própria, sei que é possível ter contato com gente legal pelo tinder e, talvez, conforme a química que rolar, ter algo a mais. mas desaprovo as justificativas de muitas de minhas amigas para usar o lulu. elas dizem que a mulher foi, por muito tempo, objeto mercadológico do homem, e que, agora, é hora de dar o troco. mas buscar a igualdade, a meu ver, não é dar o troco. quando os mesmos erros são cometidos, pode-se conseguir tudo, menos a igualdade.”
os próprios usuários reconhecem essa ideia de “coisificação”. É o caso de crystian e camila, citados no início desta reportagem. “cada um sabe o uso que faz do aplicativo. mas a escolha é muito superficial, pois você julga o outro apenas pelas fotos e gostos”, admite camila Higachi. “o Tinder pode, sim, ser considerado uma grande vitrine em que as pessoas se colocam como produtos uns para os outros, conforme seus objetivos. mas, por experiência própria, sei que é possível entrar em contato com gente legal”, contrapõe crystian Kühl. #hashtaGs PolêMiCas os usos do Tinder e similares já dão pano para muita discussão sobre a cibercultura. mas não é só ele que faz a cabeça dos usuários de smartphones. no mainstream virtual, outro tipo de aplicativo de relacionamento causou muito disse-quedisse: o lulu, que chegou ao Brasil em novembro e, depois de um processo na Justiça e muito bate-boca, ficou indisponível, a partir de janeiro. o lulu, semelhante aos antigos questionários que passavam de mão em mão na escola, permite que as mulheres, e apenas elas, tracem o perfil de amigos, namorados ou ficantes por meio de hashtags bastante polêmicas, tais como #Feioarrumadinho; #esqueceacarteira; #DaSono; #usarider; #maisBaratoQueumPaonachapa e a impagável #curteromeroBritto. a repercussão dele foi ainda mais avassaladora que o Tinder. em dois meses, o app registrou mais de 3 milhões de usuárias, como a paranaense maria Fernanda Teixeira, 21, que admite adorar o ilustrações: Carlos Seribelli
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Mais sintomas Da mesma forma que o Tinder, o sucesso das hashtags do Lulu apontam para sintomas da sociedade, que também afetam os relacionamentos de forma geral. “Somos valorizados, hoje, em função do que podemos produzir e oferecer para os outros”, analisa o psicólogo Alberto Nery. Ele cita o conceito de “amor líquido”, concebido pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que se baseia em “relações frágeis, descartáveis, fragmentadas e urgentes. Enfim, todas as características reais representadas pelos aplicativos no campo virtual”. O anonimato também favorece o aspecto pejorativo do app. “Isso cria um ambiente para que as pessoas expressem características obscuras da própria personalidade, não reveladas em outros contextos”, alerta o psicólogo. Em tempo: toda essa análise sociológica não pretende demonizar a tecnologia, nem os apps de relacionamento. Afinal, eles permitem inúmeras possibilidades de uso. “A maneira de as pessoas utilizarem o Tinder, o Lulu e © Elena Baryshkina e vturovsky | Fotolia
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Fonte: Tinder e Lulu (janeiro)
outros tem muito mais que ver com a estrutura e os traços de personalidade do que com o aplicativo em si mesmo. Não acredito que eles moldem ou direcionem seu comportamento, mas criam um ambiente propício à revelação do indivíduo”, diferencia Nery. Vida real A questão passa, ainda, pelo convívio social. Se é fato que muitos usam essas novas plataformas como ferramenta amplificadora da realidade, outros tantos acabam presos a ela, esquecendo-se que existe vida “lá fora”. Comparada à dependência química, a compulsão para o uso abusivo das novas utilidades do celular já entrou até para o rol de doenças da modernidade. A novidade vem da Inglaterra, atende pelo título de nomofobia (abreviação para no mobile phobia) e descreve a sensação de angústia diante da impossibilidade de se conectar às ferramentas disponíveis no aparelho. Como o processo da comunicação virtual é irreversível, o ideal é buscar o equilíbrio. Casos extremos de compulsão digital já têm tratamentos específicos, como o desenvolvido no próprio Hospital das Clínicas de São Paulo. Com duração de 18 semanas, o objetivo é levar os “viciados” em tecnologia a perceber os motivos e emoções que os levam a agir dessa maneira e traçar novas alternativas, que extrapolem as inseguranças e inquietudes. “É gostoso comer pizza ou ouvir música, mas ninguém faz isso o tempo todo. Com as conexões virtuais é a mesma coisa: devem ser administradas da mesma forma que você administra a vida, isto é, com limites”, conclui o psiquiatra Cristiano Nabuco.
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Lulu. “Assim que instalei, ficava horas rindo das avaliações. Pra mim, foi mais um passatempo, mas acho legal a proposta original da criadora, de ajudar as meninas a saber mais sobre certos garotos antes de investir no relacionamento”, diz ela. Mas quando questionada se iria gostar do inverso – um aplicativo em que os garotos possam avaliar as meninas, como anunciou o app fake Tubby, que, na verdade, se revelou uma trolagem –, ela muda de lado. “Se fosse comigo, não iria gostar, não. Mas o que irritou no aplicativo contrário era o teor chulo das hashtags e não da avaliação em si”, revela. Em geral, os homens também não curtiram muito o Lulu. Mesmo porque bastava ter perfil no Facebook para estar sujeito a ser avaliado e não poder fazer nada em relação a isso. Cotado com a nota 8.6, o mineiro Augusto Louzada, 20, ficou sabendo da sua fama virtual por uma prima. “Tentei levar na brincadeira, mas havia características que não tinham nada a ver comigo. Uma das hashtags falava que eu fumava maconha, coisa que nunca fiz. Acho que ninguém tem o direito de julgar as pessoas sem conhecê-las e expor opiniões dessa forma”, diz. Ele também se diz contra um aplicativo para “revidar”. “Acho mais ridículo ainda”, opina.
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Texto Eduardo Rueda Imagem dss.collections.imj.org.il
Manuscritos do livro de Isaías
A Bíblia é confiável? De que ela é o livro mais traduzido, vendido e lido em todo o mundo ninguém duvida. Mas será que podemos realmente confiar na Bíblia? Que razões temos para crer que ela é a Palavra de Deus e não simplesmente um livro inventado por homens? Dentre as obras literárias da Antiguidade, a Bíblia é a mais bem preservada. Embora tenha sido copiada à mão, ela resistiu ao tempo sem sofrer alterações importantes. Prova disso são os Rolos do Mar Morto e os mais de 5 mil manuscritos gregos do Novo Testamento. A Bíblia está repleta de referências históricas passíveis de verificação. E cada vez mais a arqueologia tem comprovado a veracidade dos dados históricos que ela apresenta. Além disso, a Bíblia não “mascara” detalhes vergonhosos da biografia de seus personagens, como faziam as narrativas do mundo antigo. Mas a particularidade que mais distingue a Bíblia das demais literaturas antigas são as profecias. Elas se cumpriram – e ainda se cumprem – com precisão incrível. O cativeiro judaico (Jr 29:10), o surgimento do rei Ciro (Is 44:24-28; 45:1, 13), a destruição de Babilônia (Is 13; 14; Jr 51), a queda da cidade de Tiro (Ez 26), a sucessão de reinos em Daniel 2 e as dezenas de detalhes relativos à vinda do Messias são apenas alguns exemplos. Embora a Bíblia não seja um livro de ciências, ela contém verdades científicas muito avançadas para seu tempo. Muitos de seus conceitos são tão atuais que parecem ter sido escritos ontem, como, por exemplo, as leis de saúde do Antigo Testamento e sua preocupação com o meio ambiente (Lv 11; 25:1-7; 17:10-14; Dt 23:12, 13; Ap 11:18). Outra característica marcante do Livro Sagrado é sua unidade literária. Apesar de ter sido escrita por cerca de 40 autores, de diferentes épocas e culturas, num período de aproximadamente 1.600 anos, a Bíblia não apresenta contradições essenciais em sua doutrina, sugerindo a existência de um só Autor. Em todo o mundo, milhões de pessoas tiveram sua vida transformada pela influência das Sagradas Escrituras. Essa característica, muito mais do que as outras, revela o caráter singular desse Livro. Fontes: Richard M. Davidson em A Lógica da Fé (CPB, 2014), “Quão confiável é a Bíblia?”; Adolfo Semo Suárez, Marcos De Benedicto e Rodrigo P. Silva, O Livro dos Livros (material didático de Ensino Religioso, CPB); Ralph O. Muncaster, Examine as Evidências (CPAD, 2011), p. 267-295.
Curiosa 29795 – Conexão 02/2014
Texto Eduardo Rueda Imagem © Phaendin | Fotolia
A História do casamento
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Vestido branco, véu, grinalda, buquê, alianças... A cerimônia de casamento, como conhecemos hoje, não é muito antiga. Ela remonta ao século 19, com a rainha Vitória, da Inglaterra. Foi Vitória quem inaugurou o visual de noiva mais usado até hoje e tornou popular a famosa marcha nupcial, composta por Felix Mendelssohn. 22 |
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Na Idade Antiga, o casamento era visto como um acordo formal entre o noivo e o pai da noiva, que recebia do futuro genro o pagamento de um dote. Durante a Idade Média, a união conjugal passou a ser considerada pelo catolicismo um sacramento, cuja função básica era ligar duas famílias e gerar herdeiros. Na Bíblia, o matrimônio é considerado uma instituição estabelecida por Deus (Gn 1:27, 28; 2:18, 24). Sua finalidade é o companheirismo, o refúgio familiar, a intimidade sexual e a geração de filhos. A base do matrimônio bíblico é o amor, cujo parâmetro é o próprio Deus (Ef 5:25). Práticas como a poligamia e o divórcio, apesar de terem sido muitas vezes toleradas, não são o ideal divino para o casamento (Lv 18:18; Mt 19:3-9).
Embora a Bíblia não prescreva uma cerimônia de casamento modelo, há nela vários indícios de uma formalização do compromisso. Celebrava-se um noivado, no qual o casal jurava fidelidade um ao outro (Mt 1:18; Lc 1:27; Dt 22:23-27). O casamento era comemorado com festas que podiam durar até uma semana (Jo 2:1-10). E somente após a cerimônia, os cônjuges podiam ter sua primeira relação sexual, representando a consumação da união e o fim das festividades.
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Fontes: Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (CPB, 2011), p. 804-808, 823-825; Thays Barbosa L. Araújo, Casamento contemporâneo: um olhar clínico sobre os laços conjugais (Universidade Positivo, 2006); blog denoivaamae.com; Eliandro Niderstrasser, “Legalização do casamento”, Revista Adventista, maio de 2013, p. 22.
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Ponto de vista
Texto Wellington Barbosa e Eduardo Rueda Imagem © Mara Zemgaliete | Fotolia
Trabalho Começou no Éden, quando Deus deu a Adão a tarefa de cuidar do jardim (Gn 2:15). A princípio, o homem trabalhava apenas para suprir suas necessidades, mas, com o passar do tempo, o trabalho se tornou moeda de troca, sendo recompensado com mercadorias. Mais tarde, surgiram tipos sub-humanos de trabalho, como a escravidão e os serviços forçados nos campos de concentração...
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Nazistas
Animais em testes científicos Em outubro do ano passado, um grupo de ativistas invadiu o Instituto Royal, em São Roque, SP, para resgatar mais de cem cães da raça beagle. Os animais eram utilizados em testes científicos ligados à indústria de medicamentos. Em poucas horas, diversas fotos dos simpáticos cãezinhos se espalharam pelas redes sociais, causando grande comoção. O caso reacendeu os debates a respeito do uso de animais em experimentos farmacêuticos. Inevitavelmente, o tema gerou também discussões no campo da religião. De forma geral, os religiosos se dividem entre dois posicionamentos:
Não
Algumas religiões não aceitam a utilização de animais em experimentos científicos. O hinduísmo, por exemplo, entende que a divindade habita em todos os seres vivos, humanos ou não. O conceito da não violência (ahimsa) também é fundamental para os hindus em todas as formas de relacionamento com a vida. Apesar disso, eles consideram que a situação é delicada e deve ser pautada pelo nobre interesse que há por trás – a busca pela cura de doenças. Além dos hindus, há cristãos que se opõem ao uso de animais como cobaias. Exemplo disso é a entidade interdenominacional The Mary T. and Frank L. Hoffman Family Foundation, que combate não somente a utilização científica, mas também o consumo dos animais como alimento.
Depende
Uma vez que a ciência não conseguiu, até o momento, desenvolver métodos alternativos eficazes, os cristãos, em sua maioria, permitem o uso de animais como cobaias, mas com ressalvas. Segundo o Catecismo, essa prática é moralmente admissível, desde que permaneça dentro dos limites razoáveis e contribua para salvar vidas. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, por sua vez, reconhece que o cuidado com a criação está intimamente relacionado ao culto a Deus, e o fato de Ele ter permitido que o ser humano se beneficie do reino animal (Gn 1:26) não nos isenta de tratar com bondade Suas criaturas e evitar ou minimizar o sofrimento delas. Por outro lado, a Bíblia deixa clara a diferença entre o valor do ser humano e o dos animais (Mt 12:11, 12; 10:29, 31), o que contraria a ideia de equiparação e humanização dos bichos, que muitos – inspirados no evolucionismo – propõem.
Eram os adeptos do nazismo, ideologia formulada pelo ditador alemão Adolf Hitler, que defendia a superioridade da raça ariana e afirmava que “raças inferiores” deviam ser exterminadas. O regime nazista foi responsável pela morte de milhões de judeus, comunistas, homossexuais, negros e outros grupos. Um fator determinante para a derrota do exército de Hitler na batalha de Stalingrado foi o rigoroso inverno da...
Rússia É o maior país do mundo, e sua extensão territorial é duas vezes o tamanho do Brasil. Os russos utilizam o alfabeto cilírico (кириллица), comem pão de centeio e comemoram o Natal no dia 7 de janeiro. A Rússia abriga a maior floresta do mundo – a taiga siberiana, formada basicamente por coníferas (pinheiros). O inverno lá é “de matar”, chegando a mínimas que variam de -20ºC a -40ºC. Com tanto frio assim, haja...
Agasalho Indispensável em qualquer guarda-roupa, ele tem a função de conservar o calor do corpo e proteger de baixas temperaturas, mas também tem sido usado por questões sociais, culturais e estéticas. Todos os anos milhares de famílias carentes são beneficiadas pela Campanha do Agasalho, realizada em várias regiões do país. Menos frio que as florestas russas e a crueldade nazista, o inverno brasileiro não deixa de fazer suas vítimas: até 130 pessoas por ano. Culpa de quem tem agasalhos sobrando, mas não se dá ao trabalho de doar!
Fontes: The Hindu American Foundation for The Humane Society of the United States (humanesociety.org); The Mary T. and Frank L. Hoffman Family Foundation (all-creatures.org); Catecismo da Igreja Católica (Loyola, 2000), “Animais”; Declarações da Igreja (CPB, 2012), “O cuidado com a criação”, p. 26 e 27; David Ekkens, revista Diálogo Universitário (dialogue.adventist.org), v. 3, 1994, “Animais e seres humanos: São eles iguais?”, p. 5-8.
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Texto Eduardo Rueda
Do trabalho ao agasalho
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Tudo ligado
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Imagine
Texto André Leite ilustração Rogério Chimello
... se Deus fosse o gênio da lâmpada
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VocÊ e Boa ParTe dos mais de 2 bilhões de cristãos já deve ter se perguntado por que Deus às vezes não responde suas orações. essa dúvida costuma surgir quando o Todo-poderoso parece Se negar a atender ou até mesmo ouvir seus anseios, sejam eles a promoção no trabalho, o sucesso no vestibular, o namoro com aquela morena (ou moreno) dos olhos verdes ou a cura de um parente que está no hospital. mas, imagine se as coisas fossem do jeito que você quisesse! Se, assim como Jim carrey no filme Todo-poderoso (2003), você pudesse ficar no lugar de Deus! olhar a oração da perspectiva dele pode fazer toda a diferença.
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EU E MEU UMbiGo
“senhor, eu gostaria de ter um helicóptero particular. não é por mim, não. é porque o congestionamento está cada vez mais complicado e, com um helicóptero, eu ganharia tempo para ficar com minha família.” esse seria apenas um dos pedidos, caso deus se sujeitasse a fazer nossos caprichos. dá pra imaginar também milhões de vencedores da mega-sena? executivos cada vez mais poderosos, políticos com poderes ilimitados... os pedidos poderiam até parecer legítimos e desinteressados, mas estariam centrados no egoísmo (Jr 17:9) e ignorariam a complexidade do universo que deus tem para administrar.
ViVa a PrEGUiça!
se deus pode fazer você passar num concurso público ou na prova final do semestre, pra que estudar? se ele tem a obrigação de levar seu carro em segurança pra casa, não tem problema se você beber ou dirigir acima da velocidade. se ele sempre dissesse sim, o mundo ficaria repleto de seres humanos preguiçosos e cada vez mais negligentes.
o GêNio da lÂMPada
deus seria encarado como o gênio da lâmpada mágica dos contos do oriente médio, com a vantagem de realizar muito mais que três pedidos. os papéis seriam trocados: as criaturas ficariam mal acostumadas sendo servidas pelo mordomo da bênção.
CrUZ sEM Cristo
“meu pai, se possível, passe de mim este cálice!” (mt 26:39, ntlh). se deus respondesse sim para a oração mais desesperadora já feita por alguém, cristo não teria enfrentado a morte de cruz e a humanidade estaria eternamente perdida. Ainda bem que Jesus completou seu pedido com um “todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”. A oração deve estar baseada na vontade de deus e não na do homem.
dE PassaGEM
mas e o que dizer dos pedidos que não são meros gostos pessoais e sim orações legítimas por você ou outras pessoas? como entender o “não” de deus quando o que está em jogo é doença, fome, decepção e morte? o “sim” irrestrito dele para as injustiças da vida está reservado para o futuro (Ap 21:4). Até que isso aconteça, as adversidades servirão de lembretes de que a condição atual não é a ideal, de que somos peregrinos e o melhor ainda está por vir (2pe 3:11-13).
Você não é o primeiro nem será o último a questionar Deus. Há cerca de 3.500 anos, Jó – aquele da Bíblia, que teve bastante paciência – colocou o eterno contra a parede (Jó 30:20). não era para menos. em pouco tempo, Jó tinha perdido a riqueza, os filhos e a saúde (Jó 1, 2). e pior: não sabia por que estava sofrendo! mas o mesmo Jó, em determinado momento de sua experiência dramática, teve um novo vislumbre de quem é Deus. ele provavelmente entendeu que, quando Deus responde a uma oração, ele tem em mente as implicações eternas daquele pedido para o indivíduo e para todo o universo que está envolvido no conflito entre o bem e o mal. antes mesmo de ter sua sorte mudada, e ainda que nunca tenha compreendido a razão de seu sofrimento, Jó precisava de apenas uma certeza: Deus é sábio demais para errar! (Jó 42:1-6). e os “nãos” dele podem ensinar a mesma lição fundamental para você. abr-jun
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sEM VENCEdor
As competições esportivas e políticas só terminariam empatadas. Apenas haveria um perdedor se alguém orasse para perder. isso valeria também para a copa e as eleições presidencias deste ano, ou até mesmo para a pelada que você joga no fim de semana. Afinal, a qual roda de jogadores que orou antes do jogo deus atenderia? ou a qual torcedor que reza por seu time com o terço na mão? e qual candidato ele elegeria? o religioso da esquerda ou o de direita que fez promessa? ele daria o poder ao político do governo ou da oposição?
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Ação Mude seu mundo
Texto Leonardo Siqueira Foto HKRD | Flickr
Lição de vida Aprenda
Lições de uma
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tragédia
brasileiro conta como a solidariedade está ajudando a reconstruir as filipinas. ele lidera as ações da agência humanitária adventista no país QuaSe SeiS meSeS após a passagem do tufão Haiyan, os filipinos tentam retomar a vida. o ciclone, que alcançou a velocidade de 315 quilômetros por hora, devastou a cidade de Tacoblan, destruiu ilhas e deixou um saldo de destruição: foram mais de 6 mil mortos e 4 milhões de pessoas desabrigadas. Pouco tempo antes da tragédia, o brasileiro Denison grellmann havia aceitado um convite para ser o diretor da agência adventista de Desenvolvimento e recursos assistenciais (aDra) nas Filipinas. Pouco tempo depois, ele se viu no meio de uma das maiores catástrofes que o país asiático já enfrentou.
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“Vários funcionários da aDra ao redor do mundo foram enviados às Filipinas. Precisávamos dar um apoio à equipe local, que já atuava no país. Depois, veio uma segunda equipe, que esteve lá e prestou auxílio às vítimas até meados de abril”, destaca o paulista, que já auxiliou a entidade em países como madagáscar, Zimbábue, moçambique e laos. Para grellmann, que antes da mudança para as Filipinas atuou como gerente de programas de desenvolvimento na sede da ong, em Washington (eua), servir o próximo é um verdadeiro privilégio. “Ver como uma pequena ajuda pode salvar alguém ou amenizar o sofrimento é algo incrível”, diz. mais do que prestar um auxílio imediato, poder acompanhar a transformação de uma pessoa por meio de programas de longa duração é um processo gratificante. “muitas vezes, o apoio começa com uma ajuda imediata, que é suprir aquela necessidade básica, mas com o passar do tempo você acompanha a transformação. Você vê várias deficiências e dificuldades dando lugar à esperança e à autoestima. É um privilégio”, comenta. Foto: (mãos) © ijacky | Fotolia
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aJUDa Do Brasil A AdrA brasil destinou, inicialmente, 55 mil dólares para as filipinas. desses, 40 mil foram levantados por uma campanha no site da ong. A agência já auxiliou 17.800 pessoas com alimentos em northern cebu e iloilo. o plano é beneficiar 330 mil filipinos com banheiros e abrigos provisórios, além da distribuição de alimentos, água e kits de higiene.
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27.665 feridos 1.779 desaparecidos
4 milhões ficaram desabrigadas. fonte: Conselho Nacional de gestão e Redução de Riscos de Desastres (NDRRMC, na sigla em inglês).
trabalho CoNJUNto a atuação da ong, que está presente em 125 países, envolve as diferentes fases de uma emergência: estado de alerta, resposta imediata, recuperação, atenuação e desenvolvimento de longo prazo. e para qualquer tipo de desastre, cada escritório da rede já sabe que tipo de intervenção poderá ser feita. isso tudo é possível graças a um plano de previsão de riscos, além de parcerias estabelecidas com governos e outras entidades. “a aDra não trabalha sozinha. nas Filipinas, por exemplo, participamos de encontros nos quais estratégias são tomadas em conjunto com o governo e outras instituições assistenciais. em outras palavras: dizemos o que podemos fazer e como podemos ajudar. então, cada ong faz sua parte”, explica. liçÕEs dE UMa traGédia ao pisar em solo filipino, o funcionário da aDra internacional lembrou uma máxima, a qual carrega consigo: a vida é muito frágil. “as coisas não valem nada. Qualquer tempestade e inundação leva tudo. o que conta é o relacionamento humano”, diz.
o relacionamento tem feito a diferença na vida e no cotidiano da população local, que perdeu tudo, menos a solidariedade. “mesmo as pessoas pobres estavam ajudando umas às outras. muitas pessoas não tinham para onde ir e eram acolhidas por outras famílias”, descreve. em ocasiões como esta, a resiliência – que é a capacidade ou habilidade de enfrentar uma situação adversa – é fundamental no processo de retomada da rotina e da vida. e para um país que tem que lidar com aproximadamente 20 desastres por ano, recomeçar e ter esperança são expressões que já fazem parte do vocabulário da população e dificilmente cairão em desuso. “em um desastre, você pode ficar desesperado ou começar a agir. no caso do furacão Katrina, por exemplo, as fotos e vídeos que circularam pela internet mostraram o desespero das pessoas. elas ficaram perplexas e esperavam a ajuda de alguém. isso não se via nas Filipinas. o que se via era um povo atuando e ajudando”, analisa. outra lição que marcou a estada inicial do brasileiro nas Filipinas foi ver a disposição e a confiança das crianças, que, mesmo tendo perdido praticamente tudo, brincavam nos entulhos que sobraram após a passagem do tufão. “elas estavam improvisando seus brinquedos. estavam, de alguma forma, tentando ter um pouco de esperança e felicidade em um momento tão complicado como aquele”, cita. rECoMEço aos poucos, o cenário de destruição dá lugar à retomada da rotina e da vida. “a fase atual é a de recuperação de curto prazo. as pessoas já não querem mais ficar em lonas ou abrigos temporários. em dezembro, teve início a época de plantação de arroz, que é um item muito essencial na dieta do filipino. agora eles precisam limpar as áreas afetadas e plantar o cereal”, adverte. a medida em que a população restabelece sua rotina, grellmann pensa nos desafios que terá pela frente. Há poucas semanas, o brasileiro desembarcou nas Filipinas, mas não para uma visita rápida. Dessa vez, sua estada deverá durar entre quatro e cinco anos e poderá ter como resultado a transformação de milhares de vidas, uma de cada vez. Para saber + adra.ph | adra.org | adra.org.br/sos-filipinas abr-jun
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Para saber +
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14 milhões de vítimas em 57 cidades.
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nÚmeros Da tragÉDia
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Lição de vida
Texto Isadora Stentzler Ilustração Carlos Seribelli
A segunda princesa Isabel Ela odiava política, mas viu nesse caminho a chance de promover a justiça social. Eunice Michiles, a primeira senadora do Brasil
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De Estava atônita. Aquela cena não fazia sentido. Pela janela que apontava à rua Rui Barbosa, no centro de Manaus, viam-se cinco crianças em uma praça. Porém não eram crianças acompanhadas dos pais e se divertindo com brinquedos. Não. Duas delas se abrigavam em um papelão. Quem sabe a única posse dos pequenos. Mas tudo aquilo era estranho para os anos 70. Por isso, a mente da mãe que assistia tudo através da janela ficou bagunçada. O trabalho, o desejo de justiça e a insatisfação com a rotina somados ao retrato visto pelas vidraças, lhe foram um basta. 28 |
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“Não ficarei nessa vidinha boba!”, decidiu. “Preciso fazer algo mais.” A família dos meninos, ela desconhecia. Dinheiro para ajudar, ela não tinha. Assistente social, ela não era. Inquieta, fechou a janela, dormiu e no outro dia acordou com a solução: “Entrarei para a política!” Era o ano de 1974. Até então a abertura pública para mulheres era irrisória. O Congresso Nacional ainda era um palácio só para homens. No campo religioso, o catolicismo reinava. Portanto, pensar em uma evangélica na política era mais improvável ainda.
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Causas defendidas Descendente de alemães, Eunice nasceu em julho de 1929, filha de Theófilo e Edith Schwantes Berger, pioneiros da Igreja Adventista no Nordeste. Dos pais, ela herdou a fé e a ânsia por justiça ao vê-los amparando o povo nordestino. “Toda essa doação me impressionou e me ensinou a verdadeira essência do evangelho, que vai além da pregação apenas por palavras e consiste em dar a vida pelo próximo”, pontua Eunice. Convicção que carregou para a vida pública. Sua carreira política não lhe custou a fé. Na verdade, foram os princípios que lhe deram uma carreira política. Tal qual Daniel na Babilônia, Eunice usou recursos e poder para intervir positivamente na degradante política brasileira. Afinal, projetos de lei aprovados beneficiariam mais pessoas do que ações isoladas. “A vida pensada de Eunice na política surgiu como possibilidade. Mais: achava-se capaz de combater a pobreza e minimizar o sofrimento por meio de um cargo público. Só mais tarde, já eleita, Eunice compreendeu melhor sua escolha”, escreveu a jornalista Henrianne Barbosa na biografia da senadora. Em 1982, por exemplo, Eunice levou à votação as PLS 00113 e 00114. Ambas fazendo menção à adoção de menores. Ela propôs que a idade mínima de afiliação de órfãos passasse dos 30 anos, para os 21. “Facilitando o processo de adoção no Brasil, estaremos propiciando alívio e esperança a muitas crianças sem probabilidade de alcançar a idade adulta, e se a alcançarem o farão inferiorizadas física e mentalmente por carência de alimentos e cuidados”, discursou na seção parlamentar quando apresentou os projetos. Eunice propunha também garantia de bolsa de estudo ao adotado em todos os níveis educacionais, empréstimo para aquisição de casa própria e desconto no imposto de renda para os casais que se dispusessem a ficar com as crianças. Além disso, a linha de ação da senadora esteve ligada à defesa do Amazonas, aos direitos da mulher, da família, das empregadas domésticas, da liberdade de expressão e religiosa – sobre a qual redigiu nove emendas na Constituinte. De professora à senadora Mas antes de se erguer de tal forma, Eunice não se envolvia com política. Na verdade, ela odiava política. O rancor veio do assédio petulante na vida do ex-marido, Darcy Augusto Michiles, à época deputado estadual do Amazonas. Sentimento passageiro, já que encontrou no objeto odiado o meio de levar amor ao próximo. A vida pública de Eunice teve início com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sigla da qual Darcy era coligado. À época, 1950, a professora formada em São Paulo morava em Maués, Amazonas, para acompanhar os trabalhos do então esposo. Mas não demorou muito para que a paulistana saísse da sombra do cônjuge. O que acontecia, é que na cidade de
interior, qualquer pessoa com um nível a mais de estudo saia do anonimato para se tornar enfermeiro, médico e engenheiro, mesmo sem o diploma específico da área. Por isso, de forma gradual, Eunice chegou a assumir algumas secretarias municipais e a direção de uma escola. A paixão pelas crianças e o espírito missionário ligado às políticas públicas surtiram resultados surpreendentes no município, o que, de forma inevitável, lhe proporcionaram em 1963, a contragosto, um convite para se candidatar a vereadora. Cargo, este, nunca assumido. “Naquele momento eu não tinha nenhum plano de entrar efetivamente para a política”, explica. Um ano depois, o país recebeu o golpe militar. Uma ditadura instaurada até 1985. Naquele ano, 1964, começou uma série de perseguições políticas que inclusive invalidaram os votos populares. Eunice havia ganhado, mas foi vetada de entrar para a Câmara devido ao agravante. Tempos depois, ela e Darcy se separaram e Eunice foi para Manaus com os quatro filhos. Na capital, ficou longe da militância política e assumiu a gerência da Senasa, empresa de seguros de saúde de um dos irmãos. Mas sentiu falta do contato com o povo. Até que, em 1974, abriu a janela em frente à rua Rui Barbosa e tomou a decisão que a levaria ao Senado nas eleições de 15 de novembro de 1978 como a primeira senadora do Brasil. Antes de Eunice, a única mulher próxima ao Senado fora a princesa Isabel. Isso no século 19. Mas a princesa não ocupou o posto que a ela era de direito, uma vez que a Constituição Imperial estabelecia todos os Príncipes da Casa Imperial como senadores. A princesa deixou para Eunice a cadeira que representaria o gênero no Senado. E Eunice o fez com maestria. Embora a senadora nunca tenha se levantado para fazer um sermão em plenária, usou do poder que a ela fora concedido para intervir positivamente na sociedade. “Através da política, a comunidade cristã também tem a oportunidade de colocar em prática os ensinamentos bíblicos e promover a paz nas mais diversas esferas”, aconselhou. Hoje, Eunice Michiles representa um Marcos Feliciano às avessas. Cristã, mas longe de escândalos, tira da Bíblia os argumentos e conselhos para legislar sobre o povo a quem Deus prestigia. É uma verdadeira Ester da Pérsia, vivendo no Brasil do século 21.
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Para saber +
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Eunice Michiles: A Primeira Senadora do Brasil, de Henrianne Barbosa (2008), 356 páginas.
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Mas foi neste caminho, o do estado laico, em que religião não se mistura com politica, mas religioso tem abertura para adentrar nela, que, mais tarde, Eunice Michiles surgiu do Amazonas: a primeira senadora do Brasil, uma adventista do sétimo dia.
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Texto Fernando Dias e Eduardo Rueda ilustração Rogério Chimello
Como estudar a Bíblia maTemÁTica Se eSTuDa fazendo cálculos. Português, com leitura e redação. inglês, com listening e speaking. e a Bíblia? a Conexão 2.0 vai ensinar a você cinco passos para interpretar corretamente o livro Sagrado.
orE
ninguém melhor para explicar um livro do que o seu autor. Antes de estudar uma passagem da bíblia, peça a iluminação dAquele que a inspirou. depois, ore agradecendo as bênçãos recebidas por meio do estudo e peça forças para praticar o que aprendeu.
dEiXE a bíblia iNtErPrEtar a si MEsMa
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Antes de buscar ajuda de fora – de algum livro ou professor – procure outros textos bíblicos que esclareçam o que você selecionou. para isso, veja se sua bíblia tem umas letrinhas sobrescritas no texto e referências no rodapé da página ou na coluna do meio. se você procurar as passagens indicadas, descobrirá mais informação sobre o assunto. bíblias de estudo, concordâncias e dicionários bíblicos são ferramentas que podem ajudar.
aNalisE o CoNtEXto
há um ditado que diz que “um texto fora do contexto vira um pretexto”. Ao estudar as escrituras, leve em consideração o capítulo e o livro em que se encontra o trecho que você escolheu, bem como os versos que estão antes dele e os que vêm depois. com a ajuda de um comentário bíblico, procure entender quem escreveu e quando, onde, para quem e por que escreveu. procure também descobrir o que acontecia na época em que o texto foi escrito.
CoMParE
A bíblia é uma só, mas sua linguagem depende da tradução. se você tiver dificuldade em compreender o vocabulário mais clássico de versões como a Almeida revista e corrigida e a revista e Atualizada (sbb), opte por versões contemporâneas como a nvi (bíblica brasil) e a Almeida século 21 (vida nova). compare várias versões para ter uma compreensão mais ampla do texto.
aPliqUE
não adianta nada conhecer a bíblia de capa a capa e não viver o que ela ensina e compartilhar sua mensagem com outros. Após o estudo, pergunte a si mesmo: que lições posso extrair deste texto? diante disso, o que devo fazer? Anote suas respostas nas margens da página ou em um caderno e releia periodicamente o que você escreveu. isso ajudará você a não perder o foco.
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Fontes: george W. Reid (ed.), Compreendendo as Escrituras (Unaspress, 2007); Roy Zuck, A interpretação bíblica (Vida Nova, 1994); Wilson Paroschi (Faculdade Adventista de Teologia – Unasp), “Hermenêutica” (anotações de classe, 2009).
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