ANO 28 | EDIÇÃO 329 | AGOSTO 2017
REDUÇÃO DE PERDAS E DESPERDÍCIOS O DESAFIO PARA A SUSTENTABILIDADE DA CADEIA DE ALIMENTOS
NEWS
ENTREVISTA
HP SE UNE A ARTISTAS PARA CRIAR GARRAFAS
HELDER MENDONÇA, CEO DA
ÚNICAS DA HEINEKEN
FORNO DE MINAS
CENTRO DE INOVAÇÃO NO BRASIL
P.10
P.20
P.38
EMPRESA TETRA PAK INAUGURA
SUMÁRIO
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REPORTAGEM
A REDUÇÃO DAS PERDAS E DESPERDÍCIOS ESTÁ ENTRE AS PRINCIPAIS QUESTÕES PARA UMA SEGURANÇA ALIMENTAR FACTÍVEL. SAVE FOOD AMPLIA AS DISCUSSÕES SOBRE O TEMA E CHEGA AO BRASIL
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NEWS NEGÓCIOS COACHING ENTREVISTA REALIDADE AUMENTADA QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES EMPRESA FRONTEIRAS COMPETITIVIDADE
SAIBA COMO INTERAGIR COM A REALIDADE AUMENTADA DISPONÍVEL NA EMBANEWS: PASSO 01
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PASSO 02
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INSCRIÇÕES ABERTAS
INFORMAÇÕES: premio@embanews.com • (11) 3864-2390
EDITORIAL 28 ANOS COMPARTILHANDO CONHECIMENTO
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29 edições, 28 anos. A revista EMBANEWS atinge esses números atravessando verdadeiras turbulências econômicas no Brasil. Nascemos em pleno governo Collor e estamos de pé neste período Dilma-Temer. Atualmente EMBANEWS é a única revista impressa com periodicidade mensal no mercado brasileiro de embalagens, bem como a única com tiragem auditada, por acreditar na seriedade e respeito que devemos ter pelos nossos Leitores e Anunciantes. Em nosso cotidiano, em que o tempo é escasso e cada vez mais valorizado, temos a árdua tarefa de fazer com que os profissionais arranjem uma brecha em seu dia a dia, para que fiquem bem informados, compartilhando um bem imprescindível para todos nós: o conhecimento. Falando em conhecimento, destaco dois artigos desta edição, os quais me dou ao luxo de contrapor as principais ideias. O primeiro artigo, da Elaine Rocha (página 18), tem foco nas prioridades, que são primordiais para gerenciar esse bem tão precioso, o tempo. No segundo artigo, do Professor Antonio Cabral (página 50), ele faz uma reflexão sobre um artigo publicado num jornal de grande circulação, no qual se ‘’sataniza’’ algumas embalagens. O que mais me surpreende é a falta de conhecimento e a falta de atitude de muitas pessoas que ‘’esquecem’’ que as embalagens não vão parar nas ruas, nos rios, nos mares, nas praças, por livre e espontânea vontade. Se você tem dúvidas de como descartar o lixo, informe-se em sites sérios na internet. Pois bem, a prioridade das pessoas é achar um culpado para justificar o erro que elas cometem em descartar o lixo em qualquer lugar e, não, priorizar a ação correta, ou seja, reciclar o lixo! A culpa é do governo? Também, mas a população age corretamente? Cobra uma atitude correta? Jogar a ‘’sujeira’’ para debaixo do tapete já é um hábito comum para os brasileiros, não só na classe política, mas também entre a população e seu famoso jeitinho brasileiro. Isso acontece em outros locais no mundo? Primeiro, olhamos e cuidamos do ‘’nosso quintal’’, para depois ter propriedade para falar dos ‘’vizinhos’’. Em tempo, as inscrições para o 27º Prêmio EMBANEWS já estão abertas e com preços promocionais até o dia 11 de outubro. Empresas associadas às entidades que apoiam o 27º Prêmio EMBANEWS têm descontos de 10% nas inscrições. Solicite informações pelo e-mail premio@embanews.com e acesse o link www.embanews.com/premio-embanews
FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006) Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Publicidade: comercial@embanews.com Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com Circulação e Database: Gislaine Duarte Mucciolo assinatura@embanews.com Influencers desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Elaine Rocha, Henry Assef, Jair Calixto Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A.
A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL: Av. Francisco Matarazzo, 999 Conjunto 22 • CEP 05001-000 • São Paulo/SP • Brasil Tel/Fax: (11) 3864-2390 • (11) 3864-9621 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos para envase, embalagem, estocagem e transporte; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista embanews. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc.
Bom conhecimento!
Ricardo Hiraishi Agosto de 2017
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embanews@embanews.com www.embanews.com Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00
NEWS SIG DESENVOLVE SIGNATURE PACK A SIG anunciou o desenvolvimento de embalagem cartonada asséptica 100% atrelada a matérias-primas de origem renovável à base de plantas, substituindo materiais de origem fóssil. A SIGNATURE PACK é composta apenas por cartão (82%) e polímeros (18%). A matéria-prima à base de madeira, que entra na fabricação dos polímeros, vem da resina líquida (bionafta), produzida no processo de polpação durante a fabricação de papel. A origem da matéria-prima são árvores coníferas de reflorestamento, cultivadas a partir de uma gestão florestal sustentável europeia ou pode ser um resíduo do processo de fabricação de papel. Esses polímeros são usados na laminação do papel cartão e na fabricação de tampas da SIG e possuem o certificado ISCC PLUS (International Sustainability & Carbon Certification) ou CMS 71 (padrão de certificação TÜV SÜD), respectivamente. As certificações utilizam o sistema de balanço de massa (mass balancing), o que significa que para os polímeros usados na embalagem SIGNATURE PACK, uma quantidade equivalente de resina líquida (bionafta) entra na fabricação dos polímeros.
A propriedade de barreira da embalagem, importante para manter a qualidade e segurança do produto e o tempo de vida na prateleira, é oferecida por uma barreira de polímero (balanço de massa) especial de poliamida à base de plantas. Os polímeros vêm de fabricantes europeus de plásticos, assim como a fonte da resina líquida (bionafta) também fica na Europa. “A SIGNATURE Pack representa um marco para as embalagens cartonadas assépticas e estamos orgulhosos em apresentar uma autêntica inovação global que atende uma exigência cada vez maior dos consumidores por embalagens sustentáveis”, afirma Markus Boehm, Diretor de Mercado da SIG Combibloc. www.sig.biz/
CETEA LANÇA LIVRO SOBRE EMBALAGENS FLEXÍVEIS O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), por meio Centro de Tecnologia de Embalagens (CETEA), acaba de lançar a 2ª edição do livro “Embalagens plásticas flexíveis: principais polímeros e avaliação de propriedades”. Totalmente escrito pela equipe técnica do CETEA, sendo 19 autores e dois editores, o livro aborda temas como materiais plásticos que podem ser usados, suas propriedades, aditivos que entram na formulação de uma embalagem, adesivos, propriedades importantes de embalagens para alimentos e bebidas, quantificação dessas propriedades por meio de ensaios de laboratório, sua importância para conservação e comercialização de alimentos e bebidas, impactos ambientais, questões regulatórias, entre outros temas. “É um livro-base, 8
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para conferir e aumentar a competitividade técnica dos profissionais da área de embalagem. Tem importância fundamental nas questões de qualidade e segurança dos alimentos e proteção contra o meio externo associada à embalagem”, afirma Claire Sarantopoulos, editora do livro e pesquisadora científica do ITAL. Ao lado de Claire na edição desse livro está Fabio Teixeira, pesquisador do ITAL. www.cetea.ital.sp.gov.br
NEWS NOVO DISTRIBUIDOR NA ARGENTINA A WACKER, empresa do setor químico baseada em Munique, Alemanha, nomeou novo distribuidor de dispersões poliméricas das marcas VINNAPAS® e VINNOL® na Argentina: a SAFER, um distribuidor e parceiro com mais de 50 anos de experiência no mercado regional e líder na distribuição de produtos de silicone na Argentina. As dispersões VINNAPAS® e VINNOL® são muito usadas como ligantes na construção civil, mas também em tintas, revestimentos e adesivos, por exemplo, na formulação de adesivos de alta qualidade ou tintas ecológicas de pouco odor. Outras aplicações incluem rebocos, revestimentos de papel, aplicações de carpetes e tecidos técnicos. No Brasil, está presente com uma subsidiária, a Wacker Química do Brasil, com sede em Jandira (SP), que produz silicones. 132 x 200 mm, Hop www.wacker.com
CURTINHAS
drinktec 2017 Munique - 11 - 15 de Setembro Galpão B6
A Henkel conclui as aquisições da Darex Packaging Technologies e do Sonderhoff Group, que expandem a posição da companhia no segmento de Adhesive Technologies. A Darex (EUA) fornece vedantes e revestimentos de alto desempenho para a indústria de embalagens metálicas por todo o mundo. Essa aquisição foi realizada pelo valor de US$ 1.050 milhões. O Sonderhoff Group (Alemanha) atua em soluções de vedantes de espuma e no desenvolvimento e produção de equipamentos de dosagem personalizados. O valor dessa aquisição não foi divulgado. O Grupo Saint Gobain anunciou a aquisição da Tekbond, empresa brasileira especializada na produção e na importação de produtos adesivos, colas instantâneas, selantes, travas químicas, silicones, entre outros, para o segmento de construção civil, industrial, artesanato, moveleiro, automotivo e de consumo. As linhas de produtos serão integradas à atividade de Materiais de Alta Performance do Grupo. No setor de abrasivos e selantes, esta é a segunda operação realizada pelo Grupo Saint-Gobain este ano, com a compra da Adespec, em fevereiro. A H.B. Fuller Company (EUA) assinou um acordo para aquisição da companhia de adesivos industriais Adecol Ind. Química, Ltda., fabricante de tecnologias de adesivos de alta qualidade no Brasil, em hot melt, reativas e à base de polímeros, para empresas de embalagem, conversão e montagem. A H.B. Fuller pagou 8X o EBITDA de 2016 pelo negócio. Em 2016, a Adecol gerou cerca de US$ 40 milhões em receitas
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NEWS PERSONALIZAÇÃO EM MASSA O designer de embalagens Silas Amos e a artista gráfica Emily Forgot se uniram à HP para criar 2000 garrafas Heineken únicas para a Interpack. Cada rótulo sleeve retrátil possui um design completamente diferente dos demais, obtido por padrões de seeds e a tecnologia de design variável HP SmartStream Mosaic. Integrado ao design, cada garrafa recebeu numeração individual no verso com uma fonte especialmente projetada para este projeto usando o HP Variable Data Printing. O HP SmartStream Mosaic deu vida ao projeto por meio do Adobe Illustrator e a impressão digital HP Indigo, mostrando as possibilidades da tecnologia HP para o setor de embalagens a designers e artistas. O conversor de etiqueta holandês Eshuis imprimiu os rótulos da garrafa em uma impressora da série HP Indigo WS6000. O HP SmartStream Mosaic e o HP Variable Data Printing são recursos do software HP SmartStream Designer para impressoras digitais HP. São ferramentas que possibilitam personalizar imagens, textos
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e cores do trabalho de impressão, criando variações virtualmente ilimitadas de qualquer desenho, a fim de maximizar o impacto visual. Emily Forgot é conhecida por trabalhar com algumas das marcas de maior prestígio do mundo. Sua obra de arte especialmente e n co m e n d a d a para as garrafas Heineken possui dez números, bem como ícones e padrões de sementes, com uma estética de design inspirada no filme animado Yellow Submarine. Estes elementos foram aproveitados por Silas Amos usando a tecnologia HP SmartStream Mosaic, que aplicou padrões de seeds e numerais para criar obras de arte únicas e numeradas individualmente, garantindo que não haverá duas garrafas compartilhando a mesma imagem. “A personalização em massa é a próxima fronteira para as marcas globais, e nossa tecnologia digital é a porta de entrada para isso”, afirma François Martin, Diretor de Marketing Global, Graphics Solutions Business, da HP Inc. www.hp.com
NEWS INSPEÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE A Sunnyvale passou a representar com exclusividade a fabricante alemã Minebea Intec, que atua no desenvolvimento de detectores de metais para inspeção e controle de qualidade. São equipamentos de alta performance na detecção de contaminantes, homologados pelos principais players mundiais da indústria alimentícia e farmacêutica. Segundo Joan Sanmartí, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina, que veio ao Brasil por ocasião da Fispal, a Minebea Intec está investindo no desenvolvimento de novos mercados, a exemplo do Brasil. “A empresa conta com 70 anos de experiência em tecnologia de inspeção de corpos estranhos e pesagem industrial e já conta com um parque de máquinas instalado no Brasil em empresas parceiras internacionais”, afirma. “São equipamentos cada vez mais solicitados para a exportação de produtos, como a carne, pois há atualmente um elevado grau de exigência para garantir a saúde dos consumidores”, diz. À esq.: Joan Sanmartí e Alessandro Paixão Na Fispal, foi apresentado o modelo Vistus C, que traz a formatação túnel, que atende demandas para aplicações com esteira. Segundo o gerente das divisões de inspeção e embalagem da Sunnyvale, Alessandro Paixão, “é importante destacar que esta solução é reconhecida por ser mais estável e, mesmo em casos de vibrações do equipamento, consegue ter uma maior performance na detecção dos contaminantes, o que diminui significativamente as falhas durante a inspeção”, afirma. www.sunnyvale.com.br
INOVAÇÕES NA DRINKTEC Entre 11 e 15 de setembro, em Munique, na Alemanha, será realizada a Drinktec 2017, feira que concentra os lançamentos para a indústria de bebidas e alimentos. A Krones apresentará diversas inovações em um estande de 10 mil m² e este ano, a empresa dará uma atenção especial aos clientes do Brasil. A Krones terá, ao longo de todo o evento, um grande staff de executivos brasileiros para assessorar os clientes do País. “Na Drinktec, conhecer de perto e de forma antecipada as novidades do mercado de bebidas, entender suas aplicações e vantagens econômicas e tecnológicas, solucionar dúvidas e trocar experiências serão atividades de grande valor para os negócios de nossos clientes e parceiros”, afirma Silvio Rotta, diretor comercial da Krones do Brasil. Entre as novidades estão soluções de envase e embalagem sob demanda; a empresa vai apresentar uma linha-piloto destinada a demonstrar como será possível, no futuro, envasar e embalar produtos de forma segmentada, sem prejuízos à produção. Vai expor ainda a enchedora para cerveja mais veloz que existe atualmente no mercado, além de soluções para a fábrica do futuro, como a plataforma de mídia social Share2Act. O estande da Krones se localiza no Galpão B6, que fica no lado Leste da feira. Para chegar até lá, é preciso pegar o trem para a estação Messestadt Ost. www.krones.com 12
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NEWS CONEXÃO COM O HOMEM MODERNO Zaad Mondo, fragrância upper premium masculina do Boticário, lançado no mês de julho, traz em sua embalagem uma nova proposta de conexão do homem moderno, elegante e conectado ao meio ambiente. Os cartuchos do eau de parfum foram produzidos pela Antilhas com diferenciais tecnológicos que trouxeram ganhos em produtividade e sustentabilidade. Os berços foram acoplados aos cartuchos de forma 100% automática, transformando dois itens do portfólio em apenas um, o que facilita a administração e reduz a operação de manuseio na linha de montagem e envase. A tecnologia diminuiu a área do berço e o consumo de matéria-prima. O resultado é uma embalagem mais sustentável. Comparado ao cartucho produzido para o Zaad convencional, a produção já economizou cerca de uma tonelada de papel. Os cartuchos receberam acabamentos em hot stamping prata, mix de vernizes brilho e fosco e textura especial em couro alto relevo, proporcionando mais masculinidade e sofisticação à embalagem. Alinhado à campanha do Zaad Mondo, o cartucho ganhou impressão interna que remete a um passaporte com a experiência de muitas viagens pelo mundo. O cartucho acondiciona o frasco de Zaad Mondo, versão azul do frasco original do Eau de Parfum Zaad, peça que já é um clássico da perfumaria brasileira. www.boticario.com.br ; www.antilhas.com.br
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NEGÓCIOS
O mercado de perfumes no Brasil EVOLUÇÃO NA PRODUÇÃO DE PERFUMES (TONELADAS) 37.580
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2013
43.246
2014
39.874
2015
40.472
2016 10000
20000
30000
40000
EVOLUÇÃO NO CONSUMO DE EMBALAGENS PARA PERFUMES
(MILHÕES DE UNIDADES)
2012
2013 310
2014
2015
2016
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294
Frascos de vidro de 100 a 150 ml
277
116
104
119
Frascos de vidro de 15 a 60 ml
112
110
EVOLUÇÃO NO CONSUMO DE CARTUCHOS PARA PERFUMES
(MILHÕES DE UNIDADES)
345
2012
381
2013
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2014
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2015
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CURTINHAS O setor de HPPC – Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos faturou R$ 45 bilhões em 2016, ou US$ 12,9 bilhões, contra R$ 43,2 bilhões em 2015, ou US$ 13 bilhões. Em 2016, observou-se uma leve recuperação do setor, que fechou o ano com uma queda real de 6%, frente à queda de 9% em 2015. O Brasil está hoje entre os quatro maiores mercados de HPPC, com 6,6% do total mundial. Já foi o terceiro maior mercado em anos anteriores. Na América Latina, o Brasil detém a maior participação, com 49,1% do total. O Brasil é o segundo maior mercado mundial para produtos depilatórios, desodorantes, perfumes, produtos masculinos e proteção solar. E é o terceiro mercado para produtos infantis, e o quarto para produtos de higiene oral, produtos para banho e para o cabelo. O Brasil exportou US$ 619 milhões em produtos de HPPC em 2016, 13,7% menos que em 2015. Importou US$ 666 milhões, redução de 27,3% frente a 2016. Argentina, Chile, Colômbia e México estão entre os países para os quais o Brasil mais exportou. Entre os que mais importaram produtos do Brasil estão Argentina, Estados Unidos, França e China.
Os dados desta coluna são do Panorama do Setor 2017, da Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.
COACHING
A DIFÍCIL MISSÃO DE ESTABELECER PRI RIDADES ...................................
Q
A DISCIPLINA É FUNDAMENTAL PARA CONSEGUIR NÍVEIS MAIS ALTOS, EXCELÊNCIA E ALTA PERFORMANCE
uando o assunto é prioridade a maioria de nós logo pensa na falta de tempo para fazer tudo que precisa. Rotinas alucinadas que tentam combinar vida pessoal e vida profissional aterrorizam e adocem a população moderna. E como sair do caos? A primeira coisa é pensar, sentir. O que é importante agora? Talvez seja essa a pergunta mais difícil. É preciso reflexão para sentir em que você precisa colocar sua energia para fazer algo especial. Uma vez que você sabe o que é importante, é necessário criar um mecanismo, uma agenda que favoreça esse mix de importâncias na vida pessoal e profissional. Não negocie com o que é importante para você! A vida sempre trará “tentações”, meios de tirar seu foco. Concessões excessivas às demandas alheias são frequentemente as causas de insucessos em cumprir as prioridades definidas. Faça perguntas! Recuse compromissos que não façam sentido. Dizer não é essencial para que você produza mais e melhor. Mas perceba: como diz o ditado popular “a diferença entre o veneno e o remédio é a dose”. Mantenha um espaço livre na agenda! Você vai precisar lidar com demandas inesperadas e imprevistas. Alguma flexibilidade tem que ser considerada, visto que não é possível ignorar o mundo em volta só para que sua lista seja cumprida. A Lei da Reciprocidade também conta - hoje 18
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você colabora, amanhã alguém colabora com você. Estou ocupado ou produzindo? Faça várias vezes por dia essa pergunta “salvadora”! se formos pensar no teor da ocupação (de maneira honesta), veremos que estamos deixando a rotina ditar o ritmo do dia, e deixando o que é importante e prioritário de lado, cuidando apenas das coisas urgentes. Se sua agenda está cheia de urgências, sinal que você não está fazendo bem seu trabalho em algum aspecto. Ser realista em relação a sua lista de prioridades! Às vezes um item da lista pode tomar bastante do seu tempo se você ainda não tiver os pré-requisitos e recursos necessários para a conclusão da tarefa. Pense sempre nas etapas envolvidas! O objetivo final sempre contém micro tarefas que não podem ser desconsideradas na hora de organizar o tempo. Cuidado com os detalhes! Se eles estiverem roubando muito do seu tempo, você precisa repensar seu modo de fazer a coisa. Por vezes o essencial é suficiente, mesmo que você goste dos detalhes. Delegue! Dividir o conhecimento, e delegar tarefas leva tempo e por isso a maior parte das pessoas fica afogada. Mas dedicar-se a ensinar parte do que sabe pode te render um respiro importante para que você possa fazer coisas mais importantes. Sem chororô ou reclamação! A postura de tomar para si a reponsabilidade de desafogar, definir as prioridades é muito melhor do que viver
a reclamar. Você não é mais importante porque anda sempre ocupado! Não é bonito viver “correndo”. Então não fale disso com um ar de orgulho, ou de reclamação. Simplesmente encare a responsabilidade e faça o que tem que ser feito o quanto antes. Dedique horas a mais se for necessário e tire o atraso das coisas para poder seguir tranquilo. Desopile! Sim, a vida precisa de pausas. Recomendo fortemente que você possa parar pelo menos duas vezes ao dia, fechar os olhos e ficar no mínimo 1 minuto em silêncio, observando sua respiração. Essa atividade fará com que você possa retomar as atividades aumentando seu nível de concentração. Termine o que começou! Você sentirá que é forte e poderoso quando assumir compromissos e for capaz de cumpri-los. Esta é uma motivação diária que retroalimenta nossa capacidade de realizar mais. A disciplina é fundamental para conseguir níveis mais altos, excelência e alta performance. A pergunta é: você está realmente disposto a seguir um plano, ser diligente com seus projetos ou prefere viver a vida no estilo “Deixa a vida me levar”? Eu acredito em você!
ELAINE ROCHA
Relações Públicas e Membro da Sociedade Latino Americana de Coaching www.incitas.com.br contato@incitas.com.br (11)948639123
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ENTREVISTA
Uma iguaria da marca Brasil FORNO DE MINAS, PIONEIRA AO CRIAR A CATEGORIA DE PÃO DE QUEIJO, FAZ DA QUALIDADE O
Foto: Carol Reis
PILAR DO SEU NEGÓCIO
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as mãos da Forno de Minas, o pão de queijo se transformou de uma receita típica e tradicional mineira para uma iguaria brasileira, e segue hoje rumo ao mercado internacional. Era o início dos anos 90. Ao replicar de forma pioneira a tradicional receita da D. Dalva para uma escala industrial, o pão de queijo da Forno de Minas caiu no gosto popular e em pouco mais de 10 anos tornou-se sinônimo da categoria, medida pela Nielsen. Recentemente, a marca expandiu seu portfólio, a exemplo do wafles, que também é um produto pioneiro no Brasil, e conta com mais de 150 SKU’s para o varejo e o food service. Para o futuro próximo já tem planos de continuar a expandir as linhas de produtos, e ingressar em novas categorias. Helder Mendonça, presidente da empresa, filho de D. Dalva, nos conta nesta entrevista à EMBANEWS sobre o começo e o recomeço da empresa (a Forno de Minas passou 10 anos nas mãos de uma multinacional) e os desafios de empreender na área industrial, até então desconhecidos. “Minha vida tem sido quase toda na Forno de Minas; estive 10 anos em negócios na área imobiliária, mas minha grande paixão é a indústria, e tudo o que envolve tecnologia, processos, pesquisa de novos produtos; a área comercial também, que requer cuidar do cliente todos os dias, entender as necessidades do consumidor final para entregar o melhor produto.” D. Dalva
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é diretora, atua na fábrica e mantém participação direta no desenvolvimento dos produtos. EMBANEWS: Naquele início, quando vocês começaram a empresa, qual foi o maior desafio? HELDER MENDONÇA: Em 1990, quando começamos, a cultura do alimento congelado era muito pouco difundida no Brasil; tínhamos apenas quibe, almôndega e hambúrguer. Tínhamos receio de como seria a aceitação dos consumidores, pela falta do hábito de comprar congelados. A cadeia do frio nos supermercados também era deficiente, o produto descongelava. Mas anterior a isso, nós não entendíamos nada de indústria. Era a época do Collor. Minha mãe tinha uma imobiliária e os negócios entraram em crise; não havia dinheiro no mercado. A ideia de fazer o pão de queijo da minha mãe, que consumíamos em casa, pra vender, surgiu como uma alternativa de sobrevivência. Esse foi um dos maiores desafios: aprender a fazer uma indústria, mesmo que no início utilizando muitos processos manuais, e replicar o que a minha mãe fazia em casa em maior escala. Originalmente, a massa era amassada na gamela, o polvilho era escaldado, o queijo era artesanal, o ovo caipira. Tivemos que aprender, pesquisar, encontrar alternativas. Dou um exemplo: tivemos que mudar do queijo canastra para o queijo pasteurizado; isso para minha mãe era um caso sério. Acabamos por abrir nosso próprio laticínio e produzir um queijo o mais parecido com o queijo canastra.
ENTREVISTA “QUALIDADE. É NISSO QUE ACREDITAMOS, É O QUE VAI PERENIZAR A EMPRESA, E FAZER COM QUE A PESSOA QUE COMPROU HOJE VOLTE PARA COMPRAR AMANHÃ. É O QUE SABEMOS FAZER”
Cantoneiras, Pegadores e Rebites
As bolinhas de pão de queijo eram feitas na mão. Não havia um equipamento para isso, pois a massa é muito grudenta. Chegou uma época em que havia mais de 40 mulheres em volta das mesas; foi preciso desenvolver o equipamento para cortar o pão de queijo, que hoje em dia todos os fabricantes usam. Foi uma época em que começamos a visitar as feiras de equipamentos no Brasil e no exterior para encontrar soluções para os problemas industriais. EMBANEWS: Em 10 anos a empresa cresceu e foi vendida. Qual foi o pulo do gato? HELDER MENDONÇA: O produto pão de queijo acabou caindo no gosto do consumidor pela qualidade e praticidade, e passou a fazer parte da mesa dos brasileiros também na alimentação fora do lar. Em qualquer lanchonete, cantina, hotel, o pão de queijo é item obrigatório. É um produto que se popularizou muito, virou uma categoria importante, medida pela Nielsen, e a Forno de Minas como empresa que começou essa categoria, se destacou. No final dos anos 90, tínhamos um market share muito forte; por essa época fomos procurados por uma multinacional, e nos fizeram uma proposta quase que irrecusável. Vendemos integralmente o negócio para a Pilsbury, que a vendeu mais tarde para a General Mills. Mas permanecemos na indústria de alimentos com o laticínio, tanto fornecendo para a Forno de Minas quanto para terceiros, que mantemos até hoje. EMBANEWS: Depois de outros 10 anos, a família recomprou a Forno de Minas. Qual foi o aprendizado desse período? HELDER MENDONÇA: A empresa que comprou a Forno de Minas mudou muito a receita; virou um novo produto. A Forno de Minas utiliza em torno de 20% de queijo na formulação de seu pão de queijo, e eles pas-
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saram para algo em torno de 2%; era um produto feito basicamente de aroma. O consumidor percebeu a piora na qualidade, foi deixando de comprar e eles perderam muito volume, até que tomaram a decisão de fechar a unidade. Tive uma oportunidade de recomprar a marca e os ativos. Recomeçamos do zero. Recontratamos os funcionários demitidos, começamos a montar uma equipe comercial e voltamos a fabricar a receita tradicional. Nosso desafio naquele momento era reconquistar a confiança do consumidor, voltar à formulação e aos processos que utilizávamos antes, reposicionar a marca, pois em função dessa perda de qualidade a marca tinha sofrido muito. EMBANEWS: Quando vocês retornaram ao mercado, o consumidor e o mercado haviam mudado bastante. Como foi enfrentar esse desafio? HELDER MENDONÇA: O mercado evoluiu nesse tempo, cresceu e ficou muito mais competitivo, houve o aumento da oferta de muitos novos produtos. Mas continuamos a acreditar no potencial do produto pão de queijo, na sua entrega de sabor, praticidade e valor nutricional. Ele é um alimento nutritivo e saudável, contém ovos, leite, queijo, polvilho e ao mesmo tempo não tem glúten. E está na cultura de consumo das pessoas. Acreditamos que a oferta do produto certo, com uma boa qualidade e um preço justo, nos levaria a recuperar os volumes que tinham sido perdidos, a reposicionar a marca e voltar a crescer. E é o que tem acontecido. EMBANEWS: E hoje, como a empresa está posicionada? HELDER MENDONÇA: Recomeçamos do zero em meados de 2009, e no mês passado alcançamos as duas mil toneladas de produtos; temos crescido em taxas de dois dígitos todos os anos, reconquistando o espaço de mercado que a empresa
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ENTREVISTA
PÃO DE QUEIJO PARA EXPORTAÇÃO: AOS POUCOS FORNO DE MINAS CHEGA AO MERCADO INTERNACIONAL
tinha perdido. Desse total, o pão de queijo representa cerca de 70% do nosso negócio. Quando recompramos a Forno de Minas, ficou claro que não seria possível manter um negócio monoproduto, pois era preciso viabilizar a logística e a equipe de vendas. Tomamos a decisão de fazer uma série de investimentos, lançar novos produtos e retomar o mercado de food service, que lá nos anos 90 chegou a representar mais da metade de nossas receitas. Hoje temos mais de 150 SKUs; desse total, em torno de 25 SKUs são para o varejo, e de 8 a 10, são da família pão de queijo, nas mais diversas apresentações. Temos ainda folhados, quiches, torta, empada, empanada, wafle. E recentemente, para o varejo, começamos a fabricar alguns produtos de massa, o mais recente é a lasanha. No food service, a linha é mais ampla, com croissant, pão de batata, burek, que trouxemos do Mediterrâneo, entre outros. A ideia é tentar levar a solução a mais completa possível para o operador de food service. Hoje esse canal tem uma participação de 30% das receitas, mas tem crescido bastante, e nossa expectativa é que até 2020 represente 50% do nosso negócio. EMBANEWS: O que diferencia o trabalho no food service e no varejo? 24
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HELDER MENDONÇA: O mercado de food service tem um crescimento em passo de formiguinha. É preciso oferecer serviço agregado, em logística, pós-venda, treinamento do cliente, mas é um mercado ilimitado. Considerando todos os hotéis, restaurantes, cantinas, cafeterias, lanchonetes, padarias, representa um universo potencial de um milhão de clientes. No varejo, é preciso pesquisar, entender as tendências de consumo, para investir nas categorias promissoras. Hoje, há uma forte tendência para a saudabilidade e a conveniência. Também é preciso estar próximo do cliente, principalmente neste momento de crise, para entender o que podemos fazer para melhorar as vendas. Nesse cenário a embalagem é um ponto essencial. EMBANEWS: De que forma a embalagem ajuda o negócio da empresa? HELDER MENDONÇA: Hoje as mídias de massa são pouco acessíveis e a embalagem é um canal efetivo de comunicação direta que eu tenho com o meu consumidor final. Temos utilizado a embalagem para marcar algumas mensagens que consideramos importantes para o consumidor, principalmente através dos claims. Quando retornamos ao mercado nossa embalagem sublinhou no seu facing o “De volta à família mineira”. Também destacamos na embalagem o fato de que fabricamos o nosso próprio queijo e sermos certificados como produto sem glúten pela maior certificadora mundial no assunto. Atualmente, estamos em um processo de mudança do logo e das embalagens e, também, estamos com uma campanha na TV. EMBANEWS: O Brasil tem poucos produtos que levam a marca Brasil para o exterior. Acredita que o pão de queijo seja um deles? HELDER MENDONÇA: Acreditamos muito no potencial do pão de queijo de se tornar um produto global. O grande desafio é gerar a experimentação, porque ao experimentar, a pessoa se apaixona pelo produto. Outra razão, é que vivemos na Europa e em muitos mercados uma demanda importante pelo ‘gluten free’ e pelos produtos naturais. O pão de queijo tem essas características. Nos Estados Unidos, é quase um embaixador da culinária brasileira tradicio-
nal e aos poucos temos conseguido melhorar as exportações, apesar de ser um mercado muito competitivo. Recentemente, fizemos uma pesquisa para entender um pouco mais sobre esse mercado. Hoje, nosso foco é o mercado mainstream. Estamos atualmente em 10 países e devemos exportar entre 7% a 8% das nossas vendas este ano. Até 2020 queremos chegar a 15% das vendas. Começamos a fornecer para o Starbucks do Peru, e de alguns países da América Central, e aos poucos apresentamos o produto aos Estados Unidos. Já fornecemos para 130 complexos do Cinemark. Este não é um trabalho que acontece da noite para o dia. EMBANEWS: Em uma palavra, como define a Forno de Minas? HELDER MENDONÇA: Qualidade. E agora, falo como se fosse minha mãe. Ela é a grande guardiã da qualidade do produto. Entendemos que o grande diferencial e pilar da Forno de Minas, da construção do nosso negócio no início e hoje, é a qualidade do nosso produto. É nisso que acreditamos, é o que vai perenizar a empresa, e fazer com que a pessoa que comprou hoje volte para comprar amanhã. É o que sabemos fazer. www.fornodeminas.com.br
NA EMBALAGEM, A ASSINATURA “DE VOLTA À FAMÍLIA MINEIRA” MARCOU O RETORNO DA FAMÍLIA À FORNO DE MINAS
REPORTAGEM
REDUÇÃO
DE PERDAS E DESPERDÍCIOS O DESAFIO PARA A SUSTENTABILIDADE DA CADEIA DE ALIMENTOS. A EMBALAGEM TEM PAPEL RELEVANTE
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limentar uma população mundial estimada em 9 bilhões de pessoas em 2050 está entre os maiores desafios que a humanidade terá pela frente. Segundo a FAO – Food and Agriculture Organization, da ONU – Organização das Nações Unidas, cerca de um terço da produção de alimentos para consumo humano é perdido ou desperdiçado globalmente, o equivalente a cerca de 1,3 bilhão de toneladas por ano (FAO, 2011). Enquanto isso, uma população perto de 795 milhões de pessoas vive em estado de fome crônica. Reduzir as perdas e desperdício de alimentos se apresenta como uma oportunidade chave para aumentar a produtividade da cadeia de alimentos, sem que se tenha que aumentar a produção agrícola em níveis insustentáveis para o planeta. Pois, o manejo ineficiente dos alimentos ao longo da cadeia provoca impactos no desmatamento, na degradação do ecossistema e no esgotamento de recursos naturais. A redução das perdas e desperdício de alimentos está sendo enfatizada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
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Os sistemas de alimentos consomem cerca de 30% da energia global disponível e, desta parcela, 38% é utilizada para produzir alimentos que são perdidos ou desperdiçados (FAO, 2015a). Além disso, há um enorme desperdício de água, utilizada principalmente na irrigação, além da emissão de gases de efeito estufa. Segundo especialistas da FAO, o setor privado, inclusive a indústria de alimentos, pode desempenhar um papel importante para reduzir a perda e desperdício de alimentos, através da otimização dos processos de produção, a racionalização das cadeias de suprimentos e a vinculação dos agricultores ao mercado, entre outras coisas.
SAVE FOOD O Messe Düsseldorf, organizador da Interpack, e a FAO mantêm um acordo de cooperação, como parte da iniciativa SAVE FOOD, que foi lançada na Interpack 2011 e hoje reúne
REPORTAGEM
Folheto explicativo da FAO, contendo 9 atitudes para reduzir o desperdício de alimentos
mais de 850 empresas, associações, institutos de pesquisa e ONGs. O programa coloca a questão das perdas e desperdícios mundiais de alimentos na agenda política e econômica dos países. Este ano, durante a Interpack realizada em maio, aconteceu o 3º Congresso SAVE FOOD. Eloisa Garcia, Diretora Geral Substituta do Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL, participou do Congresso e nos deu um panorama sobre as principais questões. “O SAVE Food é um movimento que engloba a
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indústria, produção, distribuição, pesquisa, conscientização de mídia, para que prestem atenção à questão da perda de alimentos, e desenvolvam ações para reduzir essas perdas”, afirma. Segundo Eloisa, um dos temas abordados no congresso foram os diferentes tipos de embalagem e o que eles podem fazer para reduzir o desperdício, por exemplo, o uso de embalagens para pequenas porções, adequadas ao consumo individual ou fracionadas; as embalagens que prolongam a vida útil do produto, entre outras.
Outra discussão é sobre o desperdício que ocorre assim que vence o prazo de validade dos produtos. “A indústria trabalha com uma margem segura e mais ampla para o prazo de validade, considerando situações limite que podem afetar a qualidade de um produto, como clima, temperatura, umidade, condições do armazenamento e transporte. Mas diversos tipos de produtos e as condições em que transitam e são comercializados estenderiam a faixa desse prazo de validade. Uma das soluções já utilizadas em alguns países é
Eu posso ser pequeno, mas meu futuro é enorme. Por isso, tô de olho no que você faz por ele, viu? As crianças também estão de olho nas atitudes das empresas em relação ao mundo para elas. Por isso, a embalagem Tetra Pak é feita de material renovável* e totalmente reciclável*, que ajuda a proteger o meio ambiente e o futuro do nosso planeta.
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*As embalagens da Tetra Pak são compostas por papel, plástico e alumínio, sendo que até 82% podem ser de fonte renovável como o papel e o polietileno de cana-de-açúcar.
que vamos deixar
REPORTAGEM ao cultivo, compartilhadas por uma co o p e r ati v a de pequenos produtores, também é uma solução que reduz as perdas e já vem sendo utilizada no Brasil. A WPO – World Packaging Organisation está apoiando o SAVE FOOD e apresentou Gráfico mostra o ponto ótimo para o design de embalagem vários cases reais de sistemas de embalagens que reduzem o uso do “best before” – “melhor se conas perdas. Um dos pontos abordados sumido antes de tal data”, não significa foi a questão do ponto de equilíbrio que o produto fique impróprio para o de uma embalagem corretamente diconsumo assim que a data vence”, exmensionada para conferir um shelf life plica Eloisa. adequado ao produto, em oposição a A embalagem também tem muito a uma embalagem subdimensionada, contribuir para reduzir as perdas no que resultaria em perda do alimento, campo, antes de chegar à indústria e ou superdimensionada, ocasionando ao consumidor. “Por exemplo, para fruconsumo excessivo e desnecessário de tas, há um projeto de um caminhão itimaterial de embalagem (gráfico 1). nerante adaptado para a produção de sucos, capaz de fazer a operação completa, que vai até os pequenos produtores rurais e acondiciona as frutas que SAVE FOOD NO BRASIL não são mais apropriadas para venda in natura, e que de outra forma se perNo Brasil, a SAVE FOOD foi criada em 30 deriam. Outra solução, o copacking, de novembro de 2016, e é uma iniciaa instalação de plantas para o acontiva de empresas, instituições governadicionamento ou processamento da mentais e da sociedade civil, que conta produção agrícola nas áreas próximas
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com o apoio institucional da FAO/ONU, Embrapa, WWF e WRI, reunindo cerca de 60 atores governamentais e não-governamentais, que atuam na cadeia de alimentos, para buscar soluções para a redução das perdas e desperdícios no país e está alinhada à iniciativa global Save Food. Segundo Murillo Freire, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos e um dos líderes da Rede Save Food Brasil, o objetivo da rede é reunir os interessados em disseminar as melhores práticas, compartilhar experiências e processos de inovação para combater o desperdício de alimentos. “O maior problema ainda é a falta de consciência do consumidor e dos agentes da cadeia em relação ao tema. Falta infraestrutura no campo, e as perdas começam desde a escolha errada de sementes e sistemas de plantio, e se estendem na colheita, transporte, armazenamento, cadeia do frio, até chegar ao consumidor. Além disso, não existe uma metodologia de medição das perdas, tudo é estimado, sem o que não se consegue estabelecer políticas públicas”, afirma. “Embalagem inadequada é um dos motivos de desperdícios, e já temos projeto de desenvolvimento de embalagens específicas para cada tipo de fruta”, diz. “Através da conscientização dos agentes, troca de experiências e criação de parcerias, queremos atuar no desenvolvimento de políticas públicas para criar ações que possam efetivamente reduzir as perdas”, afirma Freire. www.save-food.org www.savefoodbrasil.org
REALIDADE AUMENTADA
O TRIÂNGULO DO SUCESSO COM A REALIDADE AUMENTADA
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OS 3 CS PARA PRODUZIR EMBALAGENS QUE GERAM INTERATIVIDADE, ENGAJAMENTO, VENDAS E FIDELIZAÇÃO
2. Comunicação: se o contexto estiver ok, pule para a casinha da comunicação. É ela quem faz as coisas acontecerem. É vital comunicar que a sua embalagem possui uma experiência incrível de Realidade Aumentada. Ajude seu consumidor a encontrar o aplicativo, baixar, abrir e utilizar. A comunicação deve ser clara, didática e direta ao ponto. Faça isso com ícones e textos curtinhos. O Itaú agora está dizendo que seu app é levinho. Parece uma informação simples, mas é decisiva. Aliás, o app Zappar também é super leve. Tem só 6mb, viu? ;-)
ucesso é resultado de um esforço coletivo. Sempre! Nenhuma tecnologia, nenhuma nova solução em embalagem, por melhores que sejam, alcançam o sucesso por acaso. Por trás de toda mágica existe uma equipe, uma missão clara e um plano muito bem executado. Com a Realidade Aumentada não é diferente. Apesar do efeito visual “mágico” da tecnologia, ela não faz nenhum milagre. Por isso compartilho aqui uma dica valiosa para você diferenciar suas embalagens através da Realidade Aumentada. Na verdade, três dicas: contexto, comunicação e conteúdo. Eis o triângulo do sucesso no uso da tecnologia que está revolucionando ações de marketing em todo o mundo. (Sim, empresas como Facebook, Apple, Microsoft, Google, Shazam, entre outras de diferentes portes e segmentos, enxergam a Realidade Aumentada como prioridade em seus investimentos). Nos últimos 7 anos estudando e desenvolvendo projetos de Realidade Aumentada, a Massfar aprendeu muito sobre a importância dos 3 Cs para produzir embalagens que geram interatividade, engajamento, vendas e fidelização. 34
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3. Conteúdo: temos contexto e uma comunicação redondinha? Ótimo! Agora, quanto melhor o conteúdo, melhores serão seus resultados. Regra: só vale entregar o que seu público mais curte. Uma boa história é a chave do engajamento. 1. Contexto: é o ambiente e as circunstâncias do seu público-alvo. Sem um contexto adequado, as pessoas podem não ter acesso à experiência que você deseja proporcionar. Em outras palavras, uma boa conexão de internet, um smartphone ou tablet e um design atraente são fundamentais. Afinal, hoje em dia, prender a atenção das pessoas por 3 minutos é tarefa para heróis. (Mas eu tenho certeza que seus heróis do design são altamente capazes disso).
Com os 3 Cs bem alinhados, sua embalagem com Realidade Aumentada tem tudo para ser um sucesso! Quer saber mais sobre o assunto? Baixe Zappar, abra o app, aponte para o triângulo que está no centro da página e vamos continuar essa conversa. HENRY ASSEF Executivo de atendimento na Massfar Realidade Aumentada e Virtual henry@massfar.com
QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES
HORA DE APERFEIÇOAR O MODELO - PARTE 1
AS EXIGÊNCIAS DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EVOLUEM E TRAZEM DESAFIOS PARA AS AUDITORIAS NOS FORNECEDORES DE INSUMOS
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auditoria nos fornecedores de insumos para as indústrias farmacêuticas sempre foi uma prática exigida pelas agências reguladoras como parte das Boas Práticas de Fabricação (BPFs). Os materiais de embalagens, os excipientes e, principalmente os IFAs – ingredientes farmacêuticos ativos- devem ser plenamente conhecidos pelo usuário, de modo a poder avaliar sua qualidade e prever o impacto que eles podem causar ao medicamento. Saber como estes materiais são produzidos e controlados é uma necessidade e uma obrigação dos profissionais envolvidos com a fabricação e controle de qualidade de medicamentos na indústria farmacêutica. O aperfeiçoamento das normas e procedimentos regulatórios, a evolução da ciência e o conhecimento ampliado sobre as técnicas, os materiais usados, os processos produtivos e de controle de qualidade tornaram imprescindível conhecer, auditar e desenvolver os fornecedores dos insumos utilizados na produção de medicamentos. Razões para isso não faltam: estudos de bioequivalência e equivalência, avanços nos métodos de detecção de impurezas de medicamentos e insumos, regulamentos mais exigentes, ampliação dos conhecimentos de farmacovigilância, melhorias nas técnicas e equipamentos de controle 36
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de qualidade, métodos farmacopeicos mais aprimorados, novas exigências regulatórias, como estudos dos produtos de degradação, pesquisa de extraíveis e lixiviáveis, estudos de estabilidade em uso, estudos de fotoestabilidade, necessidade de conhecer a composição das embalagens primárias, entre outros, são exemplos de exigências que estão ligadas aos insumos do medicamento. Por esta razão, torna-se obrigatório que o profissional farmacêutico conheça bem os fornecedores da indústria, auditando-os conforme um procedimento interno, por períodos de tempo definidos. É sabido que não somos um grande consumidor de insumos, quando somos comparados com outros setores industriais, leia-se o alimentício e o cosmético. Adicionalmente, as empresas possuem uma quantidade grande e muito variada de fornecedores de insumos, razões que dificultam as auditorias a serem realizadas pelas indústrias farmacêuticas. Com a transferência da produção de IFAs para China e Índia e a crescente importação de excipientes e de alguns materiais de embalagens, o cumprimento desta obrigatoriedade tornou este processo mais complexo e custoso do que em tempos passados. Mas como resolver este problema? Existe mais de uma solução para isso: as auditorias compartilhadas e as auditorias de terceira parte.
O primeiro, mais aceitável pelo órgão regulador. O segundo, ainda necessitando da existência de uma previsão regulatória. Vamos falar do primeiro. Este modelo não é novo, mas seu uso está sendo mais difundido e ampliado. Como funcionaria este modelo? De forma resumida, as empresas se reuniriam, formando um consórcio, estabeleceriam um procedimento formalizado de regulação do grupo, redigiriam um requisito padronizado de auditoria de qualidade (baseado em normas legais), estabeleceriam documentos de operação do grupo (as regras do jogo), implementariam uma forma de capacitação dos auditores, assinariam um acordo de confidencialidade entre seus membros e organizariam uma equipe de coordenação e uma agenda anual de inspeções. Verificamos que existem vários desafios a serem superados, mas as vantagens são bem mais atraentes para as empresas, compensando o esforço extra para eliminar estas barreiras. Na segunda parte deste artigo, na próxima edição da EMBANEWS, discutirei os desafios e as vantagens deste modelo.
JAIR CALIXTO Farmacêutico bioquímico, Gerente de Boas Práticas e Auditorias no Sindusfarma jaircalixto@sindusfarma.
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EMPRESA
TETRA PAK INAUGURA CENTRO DE INOVAÇÃO NO BRASIL
O CENTRO É O QUARTO NO MUNDO, O MAIOR E MAIS MODERNO JÁ INSTALADO, E VAI ATENDER CLIENTES DE TODA AMÉRICA LATINA
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TetraPak inaugurou em julho seu primeiro Centro de Inovação ao Cliente (CIC) no Brasil, quarto no mundo, na planta de Monte Mor, em São Paulo. O Centro, que atenderá toda América Latina, recebeu investimento de 10 milhões de euros (R$ 40 milhões), e é o maior e mais moderno já instalado. “O Brasil é o segundo maior mercado da Tetra Pak no mundo em 170 mercados, com a venda de 11 bilhões de embalagens por ano, e está comemorando 60 anos no Brasil com o lançamento do CIC, que representa um marco para a Tetra Pak ao criar o conceito de centro de inovação”, afirma Marcelo Queiroz, presidente da Tetra Pak Brasil. O espaço foi pensado para oferecer uma estrutura completa para a inovação e a melhoria de performance industrial, com todo o suporte necessário à indústria de alimentos e bebidas para o desenvolvimento de novos produtos – desde a concepção até a realização de ideias com olhar nas demandas atuais e futuras do consumidor. Segundo Carolina Eckel, gerente de marketing services, o CIC foi concebido para inspirar e tornar realidade a inovação. A estrutura é composta por quatro módulos que se comunicam: Sala Porffólio, Sala de Ideias, Planta Piloto e Centro de Treinamento. 38
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A Sala Portfólio é o início da jornada, onde se dá o mergulho para se conhecer as necessidades do mercado e dos clientes. Aqui, pode se ter uma ideia de todas as possibilidades de combinações para criar as embalagens, até as máquinas de processamento e serviços técnicos disponíveis para se pensar as inovações. São 236 tipos diferentes de embalagens Tetra Pak, em mais de 7.000 combinações possíveis, considerando, formatos, tampas e aberturas, chegando a 21.000, quando se considera o design do cliente. A Sala de Ideias é um espaço colaborativo para a busca de insights, com grupos multidisciplinares, para a discussão de desafios dos clientes e diagnóstico do problema, até chegar ao desenvolvimento de um novo produto, nova fórmula, ou nova marca. A Planta Piloto é equipada com linhas que permitem experimentar e testar os produtos durante e após o desenvolvimento, composta por área asséptica, área de preparo, linha de envase asséptica e equipamentos móveis. A linha de envase é composta pela TP3 Compact Flex e TBA 200 ml Edge Helicap 23. A planta piloto é automatizada e possui uma estrutura completa de análise, inclusive laboratório de microbiologia. O Centro de Treinamento responde
pelo treinamento de clientes e funcionários em novas plataformas, equipamentos ou soluções. Segundo Edison Kubo, responsável pela área de Serviços Pós-Vendas, o treinamento feito no Brasil é o mesmo que o realizado na Suécia, na matriz. “A Tetra Pak possui mais de 4.700 equipamentos de processamento instalados no Brasil, e mais de 470 máquinas de envase, o que torna imprescindível capacitar o cliente a produzir mais e melhor. São 10 salas de treinamento, um laboratório para segurança alimentar, três linhas de envase e 15 instrutores dedicados”, afirma. O Centro também acopla o treinamento dos clientes para a automação e digitalização no seu dia a dia. “Atualmente é possível saber de forma preditiva quando um componente vai ter problemas através do uso de sensores nas máquinas”, afirma Kubo. Há também o treinamento para ajudar o cliente a melhorar a gestão da planta, através da eficiência das linhas, eficiência energética, e na redução de consumo de insumos. A Tetra Pak também firmou uma parceria com a Microsoft para uso dos óculos digitais como dispositivo para a comunicação virtual entre clientes e técnicos para o monitoramento remoto. www.tetrapak.com/br
FOTO FUTUREPACK
FRONTEIRAS
americanos: a busca frenÉtica pelo corpo ideal JUSTAMENTE NOS ESTADOS UNIDOS, QUE TÊM A POPULAÇÃO COM O MAIOR NÚMERO DE OBESOS DO PLANETA, COMEÇOU A REVOLUÇÃO EM BUSCA DO CORPO “SARADO”
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É uma verdadeira febre a busca de boa parcela dos americanos pelo corpo saudável ou supostamente saudável. Muitos diriam “corpo sarado”, esculpido com muita ginástica e dieta especial. A cantora Madonna, por exemplo, é idolatrada por essa geração, desde suas músicas a seu corpo escultural, formado por muitos músculos definidos. Ao visitarmos os pontos de vendas americanos, seja supermercados, seja lojas de conveniência, cantinas escolares ou lojas de produtos naturais ou complementos alimentares, notamos a diversidade da oferta de produtos especialmente dedicados a esse público preocupado com a forma física. Aliás, tanto nos Estados Unidos como em várias cidades brasileiras, as lojas especializadas em nutrição (um exemplo americano é a World Vitamin) proliferam a uma velocidade espantosa. Fora das lojas, encontramos tais produtos em gôndolas cada vez maiores ou seções especiais, com boa margem de contribuição à indústria e ao comércio. A última edição do SIAL (Salão Internacional de Alimentação), em Paris, 40
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em 2016, destacou a tendência de valorização das proteínas, além das amêndoas (energéticos e antioxidantes naturais) e do atual “produto vedete” do mercado, o coco. Outro exemplo é o “The complete Cookie”, da Lenny & Lorry’s®. O cartucho tem fundo branco e cores suaves que contrastam com o splash que destaca a quantidade de proteína em cada cookie. O produto também faz parte da categoria free from (livre de): é feito sem ovos, sem leite ou derivados, sem soja e sem transgênicos. Além disso, os cookies são assados, prometem 8 g de fibras e se declaram vegan. Cada caixa contém 4 flow packs com um cookie cuidadosamente embalado para chegar perfeito ao consumidor. A marca Gatorade®, atualmente uma divisão da Pepsico®, deixou há tempos de oferecer apenas bebidas isotônicas. Agora, tem no seu portfolio barras de cereais e, claro, as famosas barras de proteínas. O produto em flow pack metalizado com abas em laranja, cor da energia e da marca, é facilmente encontrado nas prateleiras, prometendo 20 g de proteína para recuperar os músculos após as sessões de musculação.
A barra da marca KIND® rompe com a categoria ao usar embalagem parcialmente transparente, mostrando as amêndoas e aguçando o apetite. A busca por amêndoas, castanhas, amendoins e, mais recentemente, pelo coco, poderia incentivar produtores brasileiros a entrar nessa categoria de forma firme. Outras marcas seguem a fórmula de mostrar o produto e destacar os ingredientes free from e a quantidade de proteína. Além de bem seladas, as embalagens trazem tabelas nutricionais muito claras para conquistar a confiança do atento consumidor. Investir em embalagens adequadas é garantia de retorno, em especial se os consumidores se preocupam com detalhes e conceitos. Embalagem melhor é importante e promove um mundo melhor para todos. Sempre!
ASSUNTA N. CAMILO Diretora da FuturePack Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br
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ANUFOOD BRAZIL
FEIRA É LANÇADA EM SÃO PAULO A Koelnmesse, realizadora da feira Anuga, de Colônia, na Alemanha, anunciou a realização da ANUFOOD Brazil Powered by Anuga, feira de negócios que acontecerá entre os dias 12 e 14 de março de 2019, no São Paulo Expo (SP). O evento, inédito no Brasil, é totalmente dedicado às empresas dos vários segmentos do setor de alimentos e bebidas em geral. A ANUFOOD será “uma nova feira apoiada por um organizador de renome mundial, a Koelnmesse, que dará às indústrias brasileiras de alimentos e bebidas a oportunidade de demonstrar sua produtividade e a qualidade de seus produtos para o resto do mundo”, declarou Gerald Böse, CEO e presidente da Koelnmesse. De acordo com Cassiano Facchinetti, diretor geral da Koelnmesse do Brasil, organizadora do evento no país, a expectativa é reunir 300 expositores na primeira edição. “Entendemos que o Brasil é uma grande potência agrícola e comporta perfeitamente uma feira dessa magnitude, que será realizada anualmente“, destacou. A Feira terá como base a tradição e o modelo bemsucedido da Anuga, a maior feira de alimentos do mundo, realizada em Colônia, na Alemanha, que está em sua 34ª edição e que reúne mais de 7 mil expositores e 160 mil visitantes. No Brasil, a ANUFOOD será realizada em parceria com a FGV Projetos, unidade de assessoria técnica da Fundação Getulio Vargas (FGV). www.anufood.com.br
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A IPACK-IMA 2018, exposição de tecnologias de processamento e embalagem de alimentos e não-alimentos acontecerá no Fiera Milano, em Milão, na Itália, de 29 de maio a 1 de junho de 2018. "Após a aquisição da empresa organizadora de eventos pela UCIMA (Italian Automatic Packaging Machinery Manufacturers 'Association) e Fiera Milano, as estratégias do evento foram redefinidas com o objetivo de expandir ainda mais o seu alcance internacional”, afirma Riccardo Cavanna, chairman da organizadora. Através do apoio dos principais fabricantes italianos de máquinas de embalagem afiliados à Ucima e dos expositores de longa data, foi organizado um novo layout no espaço de exposição, de acordo com os mercados-alvo: Alimentos frescos e convenientes; Confeitaria; Bebida; Macarrão, padaria e moagem; Mercadorias industriais e duráveis; Saúde e Cuidados Pessoais; Produtos químicos industriais e domésticos, moda e luxo. O PACK-IMA faz parte da The Innovation Alliance que será realizada pela primeira vez como evento combinado, IPACK-IMA, MEAT-pack, PLAST, PRINT4ALL e INTRALOGISTICA ITALIA, para demonstrar a excelência tecnológica às indústrias da Itália e do exterior, com foco no suprimento de toda cadeia. www.ipackima.com
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EXPOPRINT LATIN AMERICA 2018
TECNOLOGIA PARA A CADEIA DO PRODUTO IMPRESSO
A ExpoPrint Latin America 2018 será realizada de 20 a 24 de março de 2018 nos Pavilhões Azul e Branco do Expo Center Norte, em São Paulo. Realizada pela Afeigraf (Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica), a feira, que acontece a cada quatro anos, é considerada o maior evento de impressão das Américas. Serão apresentados lançamentos internacionais e toda a tecnologia disponível atualmente para o segmento. Grandes nomes já estão confirmados representando toda a cadeia de produção do impresso, desde o processo de pré-impressão, em especial os softwares, passando pela impressão dos mais variados segmentos - como editorial, comercial, embalagem e rótulos, flexografia, têxtil - e ainda opções em acabamentos, suprimentos, acessórios, periféricos e serviços. Tudo em um só espaço, com demonstrações ao vivo das soluções, para que o empresário possa comparar e fazer a melhor escolha. A Expoprint acontece paralelamente com a Conver Expo Latin America, Exposição e Congresso Internacional da Indústria de Conversão de Flexíveis, Corrugados e Rótulos, realizada pela Abflexo/FTA-Brasil (Associação Brasileira Técnica de Flexografia). Ambas as feiras têm promoção e organização da APS Feiras & Eventos. www.expoprint.com.br e www.converexpo.com.br
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COMPETITIVIDADE
SEM EMBALAGEM, TALVEZ SÓ BELZEBU COMA. . . .
E
COMENTÁRIO SOBRE ARTIGO QUE DEMONIZA A EMBALAGEM
sse espaço deveria ser preenchido com o quarto texto da série “O SISTEMA EMBALAGEM A CAMINHO DA INDÚSTRIA 4.0”. Optei por transferir para a próxima edição da EMBANEWS porque um tema relevante requer um cuidadoso comentário. Trata-se de texto muito bem escrito e publicado na Folha de São Paulo, edição de 23 de julho de 2017 1. Naquela data, o terceiro artigo da nossa série já havia sido enviado para a revista e não era possível deixar público qualquer tipo de argumento favorável ou contrário ao autor. O texto, intitulado “Lúcifer, belzebu e satanás” referia-se às cápsulas de café, embalagens de isopor e garrafas PET, tratadas como sendo “os maiores inimigos da reciclagem hoje”. Consultei o Houassis2: Belzebu é “divindade filisteia, tida pelos hebreus, no Novo Testamento, como o principal dos espíritos infernais; demônio-chefe, príncipe das trevas; o demônio; satanás, 50
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diabo”; Lúcifero é “maior, ou o primeiro, de todos os demônios; diabo, satanás”. As três embalagens citadas, definitivamente, não são demoníacas nem aterrorizantes. Os efeitos advindos do seu descarte irresponsável, que segundo o autor, “emporcalha a nossa casa comum”, esses sim, são. O Brasil tem altas taxas de reciclagem de PET e olha com atenção iniciativas para dar destino adequado às cápsulas de café e isopor. Infelizmente ainda não sabemos dar o correto destino a essas nossas aliadas que são as embalagens. Elas, me parece, são tratadas como bitucas de cigarro atiradas pela janela dos belos automóveis. As embalagens não se reúnem espontanemente e, todas juntas, se atiram ao mar para assassinar os peixes. Não! Nós somos os personagens citados pelo autor. Não conseguimos implantar a nossa política de tratamento de resíduos sólidos no País. Isso sim é triste e aterrorizante.
É preciso retomar o movimento de valorização (por que não de “desdemonização”) da embalagem. Proponho um título: SEM EMBALAGEM NINGUÉM COME. Sem embalagem, não há comida à mesa, a menos que voltemos ao tempo em que os homens saiam à caça de comida oferecida pela natureza. Nem mesmo a água e o café que tomamos nos intervalos de trabalho (inclusive nos jornais) dispensam as embalagens. Não sei como “Lúcifer, belzebu e satanás” se alimentam. Talvez, sem embalagem, só belzebu coma.....
1 Trigueiro, A. Lúcifer, belzebu e satanás. Folha de São Paulo, 23 de julho de 2017, página D2. 2
https://houaiss.uol.com.br
ANTONIO CABRAL
Coordenador do Curso de Pós-graduação em Engenharia de Embalagem do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia acabral@maua.br
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