EMBANEWS Nº 340 - Julho 2018

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ANO 28 | EDIÇÃO 340 | JULHO 2018

SALVE OS ALIMENTOS! O TEMA MOVIMENTOU OS DEBATES SOBRE O PAPEL DA EMBALAGEM NA ECONOMIA MODERNA DURANTE A IPACK-IMA

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NEWS

ENTREVISTA

COMPETITIVIDADE

UM CASE DE REESTRUTURAÇÃO NA EMBALAGEM DE TRANSPORTE

AURI MARÇON, PRESIDENTE DA ABIPET

O APOIO ÀS PMES NO CAMINHO DA 4.0

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SUMÁRIO

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REPORTAGEM UM FUTURO SUSTENTÁVEL PARA O PLANETA PASSA PELA REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO DE QUASE 1/3 DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE ALIMENTOS. ENTENDA O PAPEL DA EMBALAGEM NESSE PROCESSO, TEMA DE DEBATE NA IPACK-IMA

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NEWS EMBALAGEM NO MARKETING ENTREVISTA BRANDNEWS EASTMAN MUNDO COSMÉTICO DESIGN BRANDNEWS SUNNYVALE FRONTEIRAS COMPETITIVIDADE

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EDITORIAL EMBALANDO CIDADANIA

O

universo das embalagens conta com infinitas possibilidades de materiais e recursos, e seja através do olhar do design estético ou estrutural e funcional, seja pela demanda da sustentabilidade, a tarefa de uma embalagem vai além de simplesmente entregar um produto são e salvo para o consumidor. É uma pena que devido à falta de informação e de educação, muitas vezes as embalagens se transformam em ‘’sacos de pancada’’ da ignorância das pessoas. É mais fácil jogar literalmente a culpa nas embalagens do que descartá-la de maneira correta, exigindo das pessoas e dos governos uma postura consciente e civilizada para a tão óbvia preservação do meio ambiente. Sabe-se muito bem o que é certo fazer, porém, arranjam-se desculpas para justificar o errado. Ter ética e postura moral tem que ser tão normal quanto respirar o ar. Até o ar que respiramos está tão poluído quanto as mentes de muitas pessoas que preferem a prática do EGO em vez da COOPERAÇÃO. Não vou me alongar no assunto, mas sim, pedir para que leiam o artigo do professor Fabio Mestriner na página 16 com o título “EM DEFESA DA EMBALAGEM”, bem como também todo o conteúdo desta edição da EMBANEWS. Como diz Assunta Camilo, ‘’Embalagem melhor. Mundo melhor! Sempre!”. Na Reportagem desta edição contamos com a preciosa colaboração da jornalista e expert em embalagem Liliam Benzi que esteve na feira Ipack Ima em Milão, na Itália e destacou a conferência SAVE FOOD, iniciativa da FAO (Food and Agriculture Organisation), braço da ONU, em parceria com a Messe Düsseldorf, organizadora da Interpack, e Ucima (Associação dos Fabricantes de Máquinas de Embalagem da Itália). O desperdício de alimentos no mundo é absurdo e se fossem empregadas tecnologias e embalagens adequadas a realidade seria bem diferente. Você pode dizer que defendemos as embalagens, afinal dependemos desse mercado. Visão míope. Todos devemos defender a boa embalagem e fazer com que o ciclo de vida dela seja respeitado do início ao fim com a destinação correta, pois muitas delas podem ser ‘’doadoras de órgãos’’ para ‘’salvar a vida’’ de outras embalagens e até de muitos outros produtos. Enquanto as pessoas não reciclarem os seus hábitos ruins não poderemos embalar um mundo melhor para as futuras gerações. Devemos começar já! Faça a sua parte! Boa leitura!

FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006) Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Circulação e Assinaturas: assinatura@embanews.com Colaboradores desta edição: Antonio Cabral, Antonio Celso, Assunta Camilo, Fabio Mestriner, Juliana Buso Colaboração especial Reportagem Ipack Ima: Liliam Benzi Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A. A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL: Rua Capote Valente, 478, Casa 01 • Pinheiros • CEP 05409-001 • São Paulo/SP • Brasil Telefones: (11) 3064-2405 / 3064-2418 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos para envase, embalagem, estocagem e transporte; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc. site: www.embanews.com e-mail: embanews@embanews.com linkedin.com/company/embanews twitter.com/Embanews facebook.com/Embanews Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00

Ricardo Hiraishi Julho de 2018

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Qualidade SEMPRE EM DESTAQUE A Globoplast produz bisnagas plásticas de máxima qualidade para os segmentos Cosmético, Farmacêutico e Veterinário, Químico e de Alimentos, com variedade de acabamentos e diâmetros. Possuímos estrutura moderna e planejada que permite total controle dos processos. São anos de investimento contínuo em tecnologia e no aprimoramento de nossos produtos. Globoplast, aqui a qualidade está sempre em destaque.

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NEWS TAMPA ENGENHOSA NO LUGAR DO CANUDO PLÁSTICO A Starbucks anunciou que eliminará os canudos plásticos de suas mais de 28 mil lojas em todo o mundo até 2020, decisão que eliminará o uso de mais de 1 bilhão de canudos por ano. Em seu lugar, uma tampa reciclável deverá se tornar padrão para a maioria das bebidas geladas servidas pela rede, exceto o Frappuccino, que será servido com um canudo feito de papel ou plástico compostável de PLA fabricado a partir de amido de planta fermentado ou outro material sustentável. A tampa foi projetada originalmente por

Emily Alexander, engenheira de pesquisa e desenvolvimento global da Starbucks e sua equipe, para a bebida Starbuck’s Draft Nitro, que estava sendo servida em apenas uma loja em Seattle, nos Estados Unidos. O design da tampa apresenta uma abertura em forma de lágrima do tamanho de uma impressão digital, que permite saborear toda a cremosidade da espuma. A tampa que está substituindo os canudos também é feita de plástico, o polipropileno, que pode ser amplamente reciclado. www.starbucks.com

CAIXAS PREMIUM EM ESCALA INDUSTRIAL A Antilhas Cartucharia está ingressando no segmento de caixas rígidas com conceito premium. Voltadas para o mercado de produtos de alto valor agregado, como bebidas finas, cosméticos, chocolates, presentes, etc., as caixas são revestidas, com papéis impressos pela Antilhas, que dispõe de uma ampla gama de recursos gráficos, e montadas em escala industrial. Para atender esse novo mercado, a empresa investiu em novas máquinas que deverão estar em operação plena ainda neste mês de julho. Segundo João Elcio Luongo Junior, gerente comercial da unidade Cartucharia da Antilhas, a linha é composta por 10 novas máquinas que cobrem todo o processo de forma verticalizada, desde a impressão do papel de revestimento, ao corte das peças, revestimento e montagem. Entre os modelos produzidos, destaque para as caixas rígidas colapsáveis, que são entregues desmontadas, ocupando 10% do volume originalmente ocupado pela caixa montada, reduzindo substancialmente o valor do frete e da área de armazenagem. www.antilhas.com.br

RETORNA MACHINES COLETARÃO EMBALAGENS DE AÇO O Projeto Retorna Machine, que consiste em um inovador e tecnológico meio de logística reversa de embalagens pós-consumo, utilizando máquinas de venda reversa, passará a receber também latas de aço de tintas, de alimentos, de bebidas, entre outras. Por meio da parceria com o Prolata Reciclagem, o projeto é gerido pela empresa Triciclo, que cria e opera soluções para o desenvolvimento sustentável. À medida em que o usuário de8

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posita suas embalagens na Retorna Machine, adquire pontos (“pontos triciclo”), os quais podem ser trocados por dedução em contas de luz da Eletropaulo, crédito no Bilhete Único ou Cartão BOM, recarga de telefone pré-pago móvel, entre outros benefícios. Em dois anos de atividade, o Projeto Retorna Machine recolheu aproximadamente dois milhões e meio de embalagens pós-consumo de diversos materiais. www.prolata.com.br

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NEWS BISNAGAS PLÁSTICAS VERSÁTEIS

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A Globoplast, que atua no segmento de bisnagas plásticas para os segmentos cosmético, farmacêutico, veterinário, químico e de alimentos, lançou durante a FCE vários modelos de bisnagas, entre elas a bisnaga com selagem especial e hot stamping que suporta as altas temperaturas de selagem. As bisnagas foram apresentadas com diversas terminações, especialmente úteis para aplicação de produtos cosméticos, como espátulas, ponteira de silicone para aplicação de base; com pincel para amolecedor de cutícula; com rolo aplicador/esponja para base, entre outras. Destaque para a bisnaga com válvula pump airless 200para mm, Sleevematic linhas de produtos faciais como BBCream e protetor solar, vencedora do Prêmio EMBANEWS 2018. www.globoplast.com

CURTINHAS A Odebrecht SA, controladora da Braskem, e a LyondellBasell, anunciaram o início de conversações sobre uma possível transação entre a LyondellBasell e a Braskem. A negociação teria o objetivo de reunir forças e complementar portfólios de produtos e operações, para criação de valor para a empresa. As discussões são preliminares e não há acordos. A Bosch decidiu procurar um comprador para o seu negócio de máquinas de embalagem (PA), mais especificamente as unidades farmacêutica e alimentar da divisão Packaging Technology. O objetivo para o Grupo Bosch é concentrar-se em sua futura estratégia de digitalização, incluindo a Internet das coisas, e reunir recursos para isso. Para a divisão de tecnologia de embalagem, a reorganização do negócio possibilitará uma adaptação mais flexível aos requisitos específicos deste mercado de PMEs. A Ball Corporation vai interromper a produção em sua fábrica de latas de alumínio para bebidas em Cuiabá, Mato Grosso. Os clientes atualmente atendidos pela planta de Cuiabá serão abastecidos por outras instalações da Ball no Brasil. A Ball possui 13 plantas na América do Sul; a fábrica de Cuiabá foi inaugurada em 1998 e emprega aproximadamente 70 pessoas. A divisão Sun Chemical Performance Pigments no Brasil mudou seu escritório e centro de armazenamento para Guarulhos, em São Paulo, em junho. Anteriormente os materiais eram estocados em depósitos terceirizados. Com a mudança, todos os materiais serão armazenadas em um único local e maior, reduzindo o tempo de entrega dos produtos.

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NEWS RÓTULOS HOMENAGEIAM CIDADE IMPERIAL Petrópolis, marca da Nestlé, cuja fonte está localizada na região serrana da cidade, lança uma edição limitada de suas garrafas, com três rótulos exclusivos. Desenvolvidas por artistas cariocas, as estampas trazem a forma como cada um deles enxerga o município, conhecido popularmente como “Cidade Imperial”, por ter sido um dos lugares preferidos de Dom Pedro II, tendo sido batizada em homenagem a ele. Os designers escolhidos para participar do projeto são: Luisa Henke, Raul Gastão e Renan Luna. Os

rótulos desenvolvidos ressaltam diferentes aspectos da região. Com sua ilustração, Luisa Henke enfatiza a natureza; Raul Gastão, o Palácio de Cristal e Renan Luna reuniu pontos marcantes da cidade em uma única ilustração. As garrafas de 1,5L, sem gás, com os rótulos exclusivos, são produzidas pela Lorenpet e as tampas, pela Injecap, e passaram a ser distribuídas no final do mês de maio, no Estado do Rio de Janeiro. www.nestle.com.br; www.lorenpet.com.br; www.injecap.com.br

EMBALAGEM COMPACTA PARA COLCHÃO

Raul Gastão

Um colchão chegou na Rússia no dia 29 de junho direto do Brasil para ajudar na melhora da dor nas costas do nosso lateral-esquerdo Marcelo. A iniciativa da Zissou aconteceu depois das notícias sobre a lesão do craque. Graças à tecnologia de embalagem Klabin, foi embarcado o produto da startup especializada em sono Zissou, em um pack especial. Isso só foi possível por dois motivos: o colchão é idealizado com tecnologia americana “bed in a box” e a compacta embalagem foi desenvolvida pela Klabin, com exclusividade para a

Luisa Henke

Renan Luna

Zissou, em papelão ondulado, garantindo a logística. O colchão Zissou é embalado a vácuo e prensado com uma chapa de 60 toneladas; e submetido a uma máquina que o enrola para caber na caixa de papelão ondulado, produzido em material da Klabin, de alta resistência, preservando e protegendo as características do produto durante o transporte. As embalagens são recicláveis e produzidas com matéria-prima proveniente de florestas plantadas e certificadas. www.klabin.com.br; www.zissou.com.br

EMBALAGEM FLEXÍVEL COM EFEITO TÁTIL As linguiças saborizadas da Alegra chegam ao mercado em embalagens desenvolvidas pela Bemis, que promovem uma nova experiência sensorial. A embalagem confere um efeito tátil ao toque, através da impressão de texturas que simulam papel, madeira, couro, etc. Denominada Paper-Like™, a tecnologia desenvolvida pela Bemis pode ser aplicada em embalagens flexíveis para segmentos como Petfood, Shelf Stable e Produtos de Consumo. A impressão com texturização transmite frescor e originalidade com combinações de mate e brilho, estimulando a percepção do consumidor para um produto premium e artesanal. Além disso, como a embalagem é termoformada a vácuo ela é hermeticamente selada e pode ser melhor acondicionada durante o transporte e no ponto de venda. A Bemis já comercializa a embalagem com efeito táctil na Europa e nos Estados Unidos, mas a Alegra foi a pioneira a utilizar essa tecnologia no Brasil. www.alegrafoods.com.br; www.bemis-latinamerica.com.br 10

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NEWS REESTRUTURAÇÃO DE EMBALAGEM DE TRANSPORTE GERA PRODUTIVIDADE A subsidiária brasileira da Fischer Brasil reestruturou suas embalagens de transporte em 2017 e também as dos produtos que vão para o atacado e varejo. A Fischer Brasil atua em sistemas de fixação para construção civil, indústria e consumidor final; produz e distribui itens, como buchas, chumbadores químicos e mecânicos, espumas, selantes, brocas e ferramentas de fixação a pólvora. Com a mudança nas embalagens de transporte, a Fischer obteve economia de 40% no ciclo de tempo de produção da embalagem, devido à melhoria das estações de trabalho de embalagem, realizada com base na filosofia de trabalho da empresa, o fPS (fischer Process System), que adapta o Lean Manufacturing (Produção Enxuta) à realidade e necessidades da empresa. Houve redução de 20% no custo de embalagem, com a redução no número de cores, porém sua comunicação tornou-se mais clara,

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direta e menos sujeita a falhas de impressão. É também mais resistente e firme, pelo novo layout de dobra. Obteve redução de 35% no custo com etiqueta, ao utilizar uma etiqueta mais simples, mas com um melhor layout para impressão. As informações estão mais completas e claras, com o desenho do produto. A etiqueta é colocada de forma a melhorar o fechamento da caixa, além de permitir a identificação do produto em duas faces da caixa. Para o cliente, especialmente os atacadistas, a melhor sinalização nas etiquetas agiliza o processo de conferência e recebimento, bem como a venda em si, ao facilitar a localização do produto nos corredores enormes das lojas. A maior resistência da embalagem permite maior empilhamento. O repositor também leva bem menos tempo para identificar as embalagens, agilizando o seu trabalho. www.fischerbrasil.com.br

Antes e depois

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NEWS Nova parceira da Ibema, a startup Boomera trabalha em conjunto com 200 cooperativas de coleta de resíduos sólidos em 17 estados do Brasil. Desde 2011, a empresa atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para viabilizar a reciclagem de resíduos mais complexos – como fraldas descartáveis e cápsulas de café espresso, por exemplo. Para desenvolver um novo produto com base em fibras pós-consumo (PCF – Post Consumer Fibers), a Ibema vai comprar as aparas de papelcartão coletadas por cooperativas de catadores de lixo, segundo a Executiva de Inovação de Embalagens da Ibema, Fabiane Staschower. “Durante a produção do papelcartão, essas aparas vão para uma espécie de liquidificador e passam por um tratamento químico para compor o novo produto”, explica. Com a parceria, a Ibema consegue obter a matéria-prima para a reciclagem com mais agilidade e qualidade, além de poder contar com o know-how da Boomera na busca de cooperativas, que recebem treinamentos e intervenções para garantir saúde e segurança de trabalho aos seus cooperados. www.ibema.com.br; boomera.com.br

PARCERIA PARA RECICLAGEM DE PAPELCARTÃO

POLÍMERO PARA EMBALAGEM DE ALIMENTOS A Solvay, que atua em polímeros especiais para diferentes segmentos industriais, está lançando no mercado brasileiro o Solvera® PFPE, um polímero especial que confere barreira contra óleo e gordura a superfícies de papel ou papel-cartão. O lançamento de Solvera® PFPE permitirá à empresa entrar no segmento de fast food, considerado vigoroso e rentável. Fabricado na Itália, o Solvera® PFPE já é usado nos Estados Unidos e Europa para produzir itens como papéis para embrulhar sanduíches, caixinhas de batatas fritas e nuggets, sacos de pipoca de micro-ondas e embalagens de ração para animais domésticos. A Solvay já atua no setor de produtos para embalagem de alimentos com duas linhas de polímeros especiais baseadas em PVDC,

comercializadas sob as marcas Diofan® e Ixan®, destinadas a aplicações em embalagens para carne e queijo. Segundo Andreas-Thomas Savvides, diretor da unidade global de negócios Specialty Polymers na América do Sul, os setores prioritários são papéis com gramaturas mais finas para embalar sanduíches das redes de fast food e sacos de pipoca. Para o futuro, a unidade global de negócios Specialty Polymers está de olho na aplicação do Solvera® PFPE no papel-cartão usado na produção de caixinhas. www.rhodia.com.br

RÓTULO CONFERE SOFISTICAÇÃO A Destilaria H. Weber apostou na sofisticação das embalagens para tornar sua nova linha de gins WH 48 atrativa nas prateleiras. Com duas versões, a original Dry e o lote especial armazenado em madeira Amburana, o produto conquistou design inovador. A UNT Design, agência responsável pelo projeto, escolheu um vidro artesanal da Cristaleria Raiar da Aurora para envasar a bebida e, com o objetivo de evidenciar o armazenamento em madeira, principal diferencial do gin, foi escolhido o rótulo Fasson Birch Wood, produzido pela Avery Dennison. Além do apelo estético, o adesivo recebeu acabamentos especiais, como faca com corte especial, hot stamping e verniz brilho serigráfico, impresso pela Gráfica Reúna. Já a versão não armazenada de WH recebeu adesivagem com o Fasson Cuvee Pampa, com textura diferenciada, aplicação e qualidade de impressão e acabamento. www.weberhaus.com.br; www.untdesign.com.br www.averydennison.com/pt/home.html; www.reuna.com.br; www.raiardaaurora.com.br 12

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NEWS EM 2019, FISPAL COMPLETA 35 ANOS A 34ª edição da Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Tecnologia para Indústria de Alimentos e Bebidas, de 26 a 29 de junho, no São Paulo Expo, em São Paulo, recebeu 38.600 pessoas que puderam conferir as novidades dos 440 expositores e, também, as atrações oferecidas, como Fórum Fispal Tecnologia, Demonstrador da Indústria 4.0, Lab de Soluções, Lounge Inovação e a Arena da Cerveja Artesanal - que foi realizada pela primeira vez. Ari Costa, da Mauá, apresenta o O Fórum Fispal Tecnologia, que teve a participação do Instituto de TecnoloDemonstrador da Indústria 4.0 gia de Alimentos (ITAL), contou com cerca de 500 pessoas nos dois dias de apresentações, trazendo temas que abordaram a Indústria 4.0 e apontaram as mudanças que o setor de alimentos e bebidas estão passando para implantar este conceito de manufatura avançada. A parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) trouxe para SP Expo uma nova versão do Demonstrador da Indústria 4.0, simulando uma linha de envase de granola com receitas personalizadas pelos clientes e rótulo nutricional elaborado na hora. “Atualmente, a Manufatura Avançada é o centro de todos os debates sobre eficiência e produtividade das cadeias de produção ao redor do mundo”, afirma Ari Costa, um dos responsáveis pelo projeto e professor do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia. Para realizar o projeto, o Instituto Mauá de Tecnologia contou com a colaboração de 23 empresas parceiras. A Mauá também dispôs uma consultoria gratuita às pequenas e médias empresas em visita à Fispal, intitulada “A caminho da Indústria 4.0”, nos mesmos moldes do que aconteceu em 2017. As empresas que receberam o apoio da Maúa na edição passada da feira apresentaram seus cases relatando os resultados (leia no artigo Competitividade, do professor Antonio Cabral, da Mauá, na pag. 50). Em 2019, a Fispal Tecnologia, que completa 35 anos, ocorrerá entre os dias 25 e 28 de junho. www.fispaltecnologia.com.br

Você sabia que vencedor do Prêmio EMBANEWS tem passaporte para participar do WorldStar Packaging Awards*, a principal premiação do setor de embalagens no mundo? Veja como participar na página 44. Informações: premio@embanews.com * WorldStar é uma premiação realizada pela WPO - World Packaging Organisation

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EMBALAGEM NO MARKETING

ATAQUES QUASE SEMPRE INJUSTOS SÃO FEITOS À EMBALAGEM POR DESINFORMAÇÃO SOBRE O PROTAGONISMO DA EMBALAGEM NA EVOLUÇÃO DO MUNDO E DA SOCIEDADE

T

odos os que trabalham com embalagem já tiveram que ouvir manifestações de censura e desaforos contra o que chamam de agressões da embalagem ao meio ambiente. Sempre que fazia palestras sobre este tema, alguém levantava a mão na plateia e colocava a questão ambiental como algo que praticamente criminalizava a embalagem. Já estava cansado destas intervenções negativas que desviavam o foco da palestra de “Como a boa embalagem agrega valor e significado ao produto e ajuda o negócio das empresas” para: “os malefícios da embalagem para o planeta Terra”. Esta situação desagradável teve um fim a partir do dia em que passei a abrir minhas palestras com a imagem do Zé Gotinha, personagem símbolo das campanhas de vacinação e perguntar à plateia “de onde vocês acham que cai a gotinha na boquinha da criança. Cai do céu?” Depois desse choque inicial, passei a apresentar uma série de telas mostrando a “Função social da embalagem” e afirmando que a nossa sociedade não funciona mais sem ela, nós não conseguimos vacinar uma criança, uma vaca, uma galinha, nem tomar um remédio, combater as pragas que destroem as lavouras e os alimentos, não conseguimos comprar arroz, feijão, leite, farinha, nem distribuir cestas básicas. Esta série eu finalizo com um casal sorrindo com dentes bonitos para concluir que nem escovar os dentes a gente consegue sem embalagem. Nas minhas aulas, todos os alunos passam por esta sequência, mas por se tratar de profissionais que têm ligação com o nosso setor, apro16

fundo um pouco mais este tema da contribuição social da embalagem para lembrar que uma das maiores desgraças que pode acontecer a um trabalhador em nossos dias, é ficar desempregado. É importante frisar isso porque todos sabem que as pessoas precisam trabalhar e produzir, mas poucos se dão conta que vivemos na sociedade industrial e que o item número um, o produto mais produzido pela indústria no mundo ... é EMBALAGEM!!!!! Quem trabalha no nosso setor ou está de alguma forma ligado a este assunto nas empresas que a utilizam para embalar e expedir seus produtos, precisa ser capaz de defender nossa atividade toda vez que for questionado sobre porque existe e para que serve a embalagem, porque definitivamente, ela não existe para poluir o meio ambiente como muitos acreditam e afirmam. A embalagem é sim, um componente dos RSU, Resíduos Sólidos Urbanos e consequentemente compõe o que chamamos vulgarmente de Lixo. Acontece, também como muitos acreditam, que ela não é o maior componente do lixo urbano, o principal componente são os resíduos orgânicos com mais da metade do total. A embalagem representa um terço dos RSU, mas infelizmente para nós, é a parte do lixo que tem forma definida e é estampada com as marcas mais conhecidas e reluzentes do planeta. Mas não vamos parar por aqui, precisamos lembrar a todos que boa parte das embalagens produzidas, depois de cumprir sua importante função social, voltam para as fábricas para serem recicladas, atividade que gera valor, trabalho e renda para

milhões de brasileiros e que contribui com o PIB do Brasil com mais de 20 bilhões de reais por ano, quantia em nada desprezível, gerada por uma cadeia de reciclagem que se alimenta das embalagens que foram coletadas por uma rede complexa que envolve desde catadores muito pobres, passando por sucateiros e depósitos até empresas recicladores que faturam milhões e empregam centenas de pessoas. Meus caros, o Brasil é líder mundial em reciclagem de latas de alumínio, recicla cerca de 70% das caixas de Papelão e 50% do vidro, aço, PET e papel cartão... quase a totalidade das garrafas de cerveja de 600 ml são produzidas com cacos de vidro. Para finalizar, defender a embalagem dos ataques quase sempre injustos, feito por pessoas que amam a natureza, mas estão desinformadas sobre como o mundo e a sociedade evoluíram e como a embalagem tem sido protagonista nesta evolução, e que criminalizam a embalagem sem saber bem porque, é dever de todos que estão ligados a ela de alguma forma. E acredito que a melhor maneira de fazer isso, é se informar cada vez melhor sobre este tema, por exemplo, vocês sabiam que existem países no mundo que já resolveram o problema do lixo urbano e que destino dar a ele? Países onde não existem mais lixões nem aterros sanitários?

FABIO MESTRINER

Professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem do Instituto Mauá de Tecnologia e Autor dos livros Gestão Estratégica de Embalagem e Inovação na Embalagem - Método Prático fabio@mestriner.com.br

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Financiamentos para Inovação A CONTERV é uma assessoria especializada em financiamento para obtenção de recursos para a expansão e realinhamento de capital, com metodologia Tailor-Made que oferece soluções ágeis e adequadas ao perfil de cada cliente. Nossa atuação abrange todas as etapas do processo: da identificação das possibilidades, trâmite com os orgãos públicos e elaboração do projeto até a liberação dos recursos.

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Empresa: Agasus (5) Programa: Prosoft Agente Financeiro: BNDES Montante: R$ 4.968.000,00 15

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Empresa: JLA alimentos Programa: InovaCred Agente Financeiro: DesenvolveSP Montante: R$ 1.370.000,00

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Foto - Eudes Santana

ENTREVISTA

Embalagem PET: evolução e desafios O CONSUMO DE PET PARA EMBALAGEM ESTÁ INTIMAMENTE LIGADO AO PODER AQUISITIVO DA POPULAÇÃO, DA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS NATURAIS COMO ÁGUA, FRUTAS, ETC., FATORES QUE INFLUENCIAM O MERCADO DE BEBIDAS

O

mercado de embalagem PET é relativamente recente, teve início na década de 90, e desde então cresceu rapidamente, movido por suas características e atributos altamente favoráveis. Nos últimos anos, o mercado também se transformou, veio a crise, novos players assumiram a produção da resina no Brasil, os hábitos dos consumidores mudaram, a Política Nacional de Resíduos Sólidos deu direcionamento à questão dos resíduos. Quem nos fala desse mercado é Auri Marçon, com formação em Engenharia Mecânica e pós graduação em Marketing e Finanças, construiu sua carreira na Rhodia (hoje Solvay) onde atuou em diversas áreas até chegar à diretoria da divisão de poliéster, já sob direção da M&G. Nos último dez anos atuou como Diretor Geral da Cray Valley (Grupo Total) e Polynt do Brasil, dirigindo os negócios de UPR – Unsaturated Polyester Resin e várias outras linhas de produtos. Há mais de 20 anos, Auri participa das atividades da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET), onde atuou como coordenador de grupos de comunicação, meio ambiente, relações governamentais, membro da diretoria e, atualmente, presidente da entidade. Neste período tem desenvolvido projetos que transformaram o Brasil num dos maiores recicladores de PET do mundo, impulsionando a evolução mercadológica das empresas do setor. A Abipet é uma entidade sem fins lucrativos que reúne 18

a cadeia produtiva do setor de PET: fabricantes da resina PET, fabricantes das embalagens de PET, recicladores, núcleo de tecnologia e mais recentemente, a área de laminação e termoformagem. A entidade representa cerca de 80% da Indústria do PET no Brasil e foi fundada em 1995.

EMBANEWS: Qual é hoje o cenário para o mercado de embalagens PET no Brasil? AURI MARÇON: Houve um grande crescimento do mercado de embalagem PET, de 2 dígitos por vários anos, chegando a 620 mil toneladas em 2013, e se estabilizou no patamar de 600 mil toneladas nos últimos três anos. No período de 10 anos, até 2017, o aumento do consumo foi de 21%. Em 2017, o consumo de resina PET virgem no Brasil grau garrafa foi de 513 mil toneladas, somado ao volume de preformas importadas que entraram no país, de 75 mil toneladas, totalizou 588 mil toneladas. Entra nessa conta o PET reciclado que retorna para aplicação em embalagem, de cerca de 100 mil toneladas. Isso totaliza um mercado total de PET para embalagem no patamar de 700 mil toneladas atualmente. EMBANEWS: O que contribuiu para essa estabilização do mercado de embalagens PET nos últimos anos? AURI MARÇON: A estabilização do mercado coincide com o período de crise econômica, que é o principal fator, além

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ENTREVISTA da queda no consumo de refrigerantes, que ainda é a maior categoria para a embalagem PET. Pode-se dizer que a redução do peso médio das embalagens nas suas diversas gramaturas, uma evolução impulsionada pela tecnologia, também influencia esse resultado. EMBANEWS: Quais são as mudanças que ocorreram na produção de resinas PET? AURI MARÇON: O Brasil passou muitos anos com capacidade de produção de PET limitada, situação que começou a ser revertida com o início das operações da planta da M&G em Suape, em 2007, de 400 mil toneladas, e posterior desgargalamento para 550 mil toneladas/ano em 2011. O start da planta da PQS – Petroquímica Suape, em 2014, com 450 mil toneladas, expandiu a capacidade de produção brasileira para 1 milhão de toneladas/ano de resina PET. Recentemente, houve uma mudança no controle das empresas: a Alpek, do grupo mexicano Alfa, comprou as operações da PQS em 2016, aprovada este ano, e a tailandesa Indorama Ventures acaba de adquirir o negócio de PET da M&G. Hoje há no país uma sobrecapacidade de produção de resina PET virgem e de transformação. A exportação de resina pet também evoluiu: passou de 91 mil toneladas em 2015 para 180 mil toneladas em 2016 e 2017, resultado do aumento da capacidade instalada no Brasil, que se tornou autossuficiente e exportador de PET, porém é um patamar difícil de manter, com a taxação dos Estados Unidos sobre a resina do Brasil. EMBANEWS: No campo da transformação de embalagem, qual é o cenário? AURI MARÇON: A transformação de embalagens PET envolve formas diferentes de atuação: algumas empresas compram a preforma de terceiros e produzem as embalagens in house, ou produzem tanto a preforma quanto a embalagem. Outras, não produzem nada, e só administram a marca, comprando a embalagem dos transformadores. O Brasil é importador de preformas. Em 2017 esse índice foi de 13% em relação à demanda por resina PET virgem no Brasil, equivalente a 75 mil toneladas, mas em alguns momentos já superou os 20%. Já o setor 20

de transformação tem crescido. São empresas bastante estáveis; hoje, 10 empresas detêm 80% do mercado.

“O GRANDE DESAFIO, E TAMBÉM NOSSO GRANDE TRUNFO,

EMBANEWS: Com a queda do consumo de refrigerantes, quais mercados se mostram promissores hoje? AURI MARÇON: O mercado de refrigerantes ainda é o maior para o setor – 80% dos refrigerantes são envasados em PET, porém sofreu queda nos últimos 5 anos, em função da pressão dos órgãos de saúde e da sociedade pela redução no consumo de açúcar. No entanto, essa redução do volume de refrigerantes tem sido parcialmente, ou mais do que isso, compensada pelo crescimento do consumo de água, sucos prontos para beber, chá, energéticos, etc. Por exemplo, o mercado de água envasada em embalagens menores do que 5 litros, em 2016, já se encontrava quase no mesmo patamar do mercado de refrigerantes. Com a crise, de meados de 2016 a 2017, a retração da demanda atingiu também algumas categorias de bebidas. O desenvolvimento de novos mercados hoje passa muito pelo caminho da inovação, que é preciso fortalecer. Existe um leque grande de mercados, principalmente no setor alimentício, de menor volume, porém de valor agregado, que se tornam atrativos. Produtos como catchup, mostarda, conservas, entre outros produtos, começam a utilizar o PET. Há diversos mercados em que o PET tem muito a crescer, é só comparar a diversidade de produtos em PET nos Estados Unidos e Europa com o Brasil, onde o consumo per capita de PET é de 3,02 kg/ano, enquanto na Argentina é de 5,95 kg/ano; no Japão, 7,18 kg/ano; e nos EUA 8,38 kg/ano. EMBANEWS: A redução na gramatura das garrafas foi um movimento forte nessa indústria. Quais foram os principais ganhos obtidos? AURI MARÇON: A redução no peso das garrafas ao longo destes anos foi bastante expressiva, tanto para bebidas com gás como sem gás, e atendem a uma demanda dos brand owners, tanto para a maior sustentabilidade de suas embalagens, como para maior produtividade de sua indústria. Para garrafas de água sem gás de 500 ml, por exemplo, a redução chegou a 45%. Em garrafas

TEM SIDO O EMPENHO DE DIVERSAS FRENTES TECNOLÓGICAS QUE DESENVOLVERAM DIFERENTES APLICAÇÕES PARA O PET RECICLADO.”

de água com gas de 1.500 ml, a redução foi de 31%, aproximadamente. Isso tem sido possível através da evolução da tecnologia dos fabricantes de equipamentos, e também através dos processos de monitoramentos dos transformadores. EMBANEWS: Qual é hoje a situação do parque industrial da cadeia do PET? AURI MARÇON: Os fabricantes de resina têm hoje uma grande capacidade de produção e, na indústria de transformação, os investimentos são todos muito recentes. Além das máquinas antigas que ainda estão em uso, novas máquinas foram instaladas. O parque industrial brasileiro se renovou muito até por demanda específica das grandes marcas. Vale ressaltar que esse momento de decisão do investimento nasce com o brand owner, e sua participação é importante no desenvolvimento de seus fornecedores, pois a mudança de tecnologia de embalagem envolve tempo e planejamento. EMBANEWS: A questão ambiental transformou-se em um grande desafio para a indústria do plástico em geral. Como vê essa questão e como a Abipet está enfrentando isso? AURI MARÇON: O uso da embalagem PET cresceu muito ao longo dos anos porque possui qualidades intrínsecas, já largamente comprovadas, inclusive por seus atributos para a reciclagem. Quanto mais evolui a tecnicidade das avaliações, a análise do ciclo de vida, da economia circular, etc. mais o PET se destaca como excelente opção. Evitar o descarte inadequado, fomentar a reciclagem e apoiar a educação ambiental são as importantes atribuições da Abipet para o setor.

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ENTREVISTA O PET se beneficia hoje de uma estratégia iniciada lá atrás para desenvolver aplicações para o PET reciclado, gerar demanda, e assim tornar a cadeia economicamente viável. Hoje, a quantidade de aplicações é grande e isso mantém o setor bastante estruturado, mesmo em tempos de crise. Fiquei muito feliz recentemente ao conversar com recicladores, que estão investindo no desenvolvimento de aplicações para o produto reciclado, muitas delas substituindo o plástico de engenharia, de alto valor agregado. Um exemplo são Samsumg e Motorola que desenvolveram aplicações com PET reciclado para partes de seu smartphones. Uma questão importante, a qual a Abipet tem dedicado energia, tempo e recursos, é a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um marco para a América do Sul, que entre outras coisas, cria a obrigatoriedade da logística reversa. Essa lei está baseada em trabalhos encadeados em três grandes grupos: empresários, poder público e cidadãos. EMBANEWS: Em que estágio está a implantação da PNRS?

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“QUANTO MAIS EVOLUI A TECNICIDADE DAS AVALIAÇÕES, A ANÁLISE DO CICLO DE VIDA, DA ECONOMIA CIRCULAR, ETC. MAIS O PET SE DESTACA COMO EXCELENTE OPÇÃO”

AURI MARÇON: Foi criado o Acordo Setorial de Embalagem, com a participação de mais de 20 associações empresariais, entre elas a Abipet, que tem a força de um TAC – termo de acordo de conduta, assinado com o Ministério do Meio Ambiente. A primeira parte desse acordo já foi implantada e deve ter início a segunda fase, com maior poder de fiscalização. Há dois meses, a Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, estabeleceu a obrigatoriedade da logística reversa para liberação da licença operacional (http://cetesb.sp. gov.br/blog/2018/04/06/logistica-reversa-sera-condicionante-do-licenciamento-ambiental/). Ou seja, uma

empresa que tenha uma fábrica no Estado de São Paulo, para obter ou renovar sua licença operacional, terá que comprovar sua participação em algum processo de logística reversa. Eu estive na Cetesb, posso afirmar que estamos bem preparados. O que está evidente nesse processo é que a viabilidade do PET para reciclagem é uma clara vantagem. O grande desafio, e também nosso grande trunfo, tem sido o empenho de diversas frentes tecnológicas que desenvolveram diferentes aplicações para o PET reciclado. Isso deu origem a uma demanda consistente pelo material reciclado, que por sua vez, criou uma nova cadeia industrial e mercadológica, dando oportunidade para o nascimento de centenas de empresas e gerando novas frentes de renda e emprego. Isso é na prática o que chamam de logística reversa e sustentabilidade. A Abipet é uma associação construída por empresas com forte base industrial e tecnológica e isso tem ajudado bastante a suportar essas frentes de desenvolvimento. www.abipet.org.br

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REPORTAGEM

SALVAR ALIMENTOS! EMBALAGEM TEM UM NOVO PAPEL NA ECONOMIA MODERNA, TEMA QUE INSPIRA A IPACK-IMA

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*POR LILIAM BENZI, ESPECIAL DE MILÃO

m um mundo totalmente conectado e globalizado, para nos tornarmos competitivos precisamos abandonar as crenças individuais e promover um sistema comum, focado nas sinergias, a partir de uma visão mais abrangente.” Com esta frase, Fabrizio Curci, CEO da Fiera Milano, abriu a Ipack Ima 2018. De fato, a colocação de Curci anunciava um outro movimento estratégico da feira, a criação da The Innovation Alliance: cinco feiras – Ipack Ima, Plast, Print4All, Intra Logistica e Meat Tech, que aconteceram simultaneamente no ambiente da Fiera Milano, entre 29 de maio e 01 de junho. A junção resultou no maior e mais importante evento europeu dedicado a soluções de manufatura industrial. E um tema que não poderia faltar por ser comum a todos os setores, é o Save Food. Pesquisas mostram que 1/3 de todos os alimentos produzidos globalmente é desperdiçado. Estamos falando de 1,3 bilhão de tonelada/ano. Seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento; o que muda são os motivos. Nos países em desenvolvimento, a principal causa das perdas de alimentos é a precariedade da infraestrutura; já nos países desenvolvidos, o desperdício é causado pelos maus hábitos do consumidor. Em regiões como África e Índia, os números são ainda mais alarmantes, respectivamente, US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões por ano em alimentos perdidos. Nestas áreas, cerca de 50% das frutas e vegetais vão para o lixo antes do consumo. Em outros países, causas diferentes, mas perdas semelhantes. Por falta de manuseio e distribuição adequados, as perdas de arroz chegam a 45% na China e a 80% no Vietnã. Uma coisa é certa: se de hoje a 2030 tecnologias eficien-

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tes para redução de perdas e desperdício de alimentos fossem aplicadas em toda a cadeia de valor, as economias com o problema poderiam chegar a US$ 252 bilhões. E para discutir com profundidade o tema, a Ipack Ima organizou em parceria com a Ucima (Associação dos Fabricantes de Máquinas de Embalagem da Itália) e com a Save Food Initiative, a Conferência Save Food. Como bem frisou Stefan Glimm, Conselheiro Senior da FPE (Flexible Packaging Europe), em sua palestra, o importante não é apenas reduzir o desperdício, mas monitorá-lo e gerenciá-lo. E neste contexto, a embalagem tem um papel fundamental. Em sua apresentação, Glimm citou ainda Ren Wang, Diretor Geral da FAO (Food and Agriculture Organisation), braço da ONU: “Imaginem que as perdas e desperdícios globais de alimentos sejam um país. Este país teria a superfície maior que a da China. Seus campos produziriam alimentos que ninguém consumiria. E ele seria o terceiro maior usuário de água para irrigação e o terceiro maior gerador de gases de efeito estufa”. Por conta desta preocupação, a FAO criou a Save Food Initiative em parceria com a Messe Düsseldorf, organizadora da Interpack. Os 1.000 membros atuais da Iniciativa defendem: a embalagem protege os alimentos e é parte da solução para reduzir seu desperdício. Os três pontos evidenciados por Glimm a favor da embalagem nesta batalha são: a embalagem oferece proteção eficiente e adequada em toda a cadeia de suprimentos até o consumo; a embalagem possibilita formatos e porções apropriadas; a embalagem garante a conveniência de consumo necessária.

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REPORTAGEM QUEM DISSE QUE NÃO HÁ INOVAÇÃO NO VIDRO? Uma área na Ipack Ima 2018 chamou muito a atenção. Dedicada a inovações em embalagens de vidro, um setor sempre taxado de mais conservador, o espaço apresentou desenvolvimentos que utilizam o vidro de forma inusitada. Num exemplo, o vidro aparece nas tampas para garrafa, garantindo total diferenciação e sofisticação a qualquer garrafa, não apenas às de vidro. O vidro também ganha novos ares a partir de sistemas de decoração e shapes diferenciados, acondicionados em uma embalagem de outro material. Os acessórios produzidos com outros materiais, como os clipes plásticos para fechamento da garrafa de cerveja, foram sem dúvida a grande inovação e reforçam uma tendência para a qual a indústria de embalagem não pode mais fechar os olhos: combinação de materiais para viabilizar projetos e garantir o sucesso de marcas! As imagens ao lado falam por si.

EMBALAR OU NÃO EMBALAR? Inclusive, o aumento da vida de prateleira garantido pela embalagem foi um dos pontos altos evidenciado na Conferência Save Food. Muitos exemplos foram certeiros em responder à dúvida: embalar ou não embalar? Um estudo realizado com pepinos, mostrou que quando envolvidos em filmes de PE (polietileno) a vida de prateleira no PDV passa de 3 para 14 dias, basicamente pela inibição da perda de água. Ou seja, as perdas no PDV caem de 9,4% para 4,6%. Estudo semelhante foi conduzido, também na Europa, com pães com fermentação natural. Neste caso, a redução do desperdício no PDV do pão colocado em uma bolsa de PP (polipropileno) foi de 13 vezes – 0,8% contra 11% - por conta da inibição da desidratação do produto. Número semelhante foi verificado em um estudo conduzido com agrião. A redução do desperdício no PDV foi de 12 vezes – 3,4% contra 41% - ao apresentar o produto em uma bandeja envolta em filme de PP (polipropileno) respirável. Outro estudo, conduzido em cantinas escolares, concluiu que os queijos fatiados, embalados individualmente, embora consumam mais material de embalagem, têm taxas de desperdício tão reduzidas que compensam os gastos com embalagem. Apenas 6% do produto embalado individualmente eram desperdiçados pelos alunos, enquanto no caso de queijos inteiros, cortados no momento do preparo da refeição ou do consumo, o desperdício chega a 15%, divididos em: 3% de desperdício durante a preparação do lanche, 9% deixados nas bandejas e 3% jogados fora por não serem consumidos. Mas a indústria ainda tem que vencer o desafio de resolver o trade-off de mais embalagem/formatos menores versus impacto das embalagens. É preciso responder à sociedade: quanto é preciso reduzir o desperdício de alimentos para equilibrar o impacto ambiental gerado pelo uso de mais material em embalagens menores? Stefan Glimm, da FPE, resolveu o dilema com outro exemplo prático: no comparativo entre uma embalagem 28

que usa 8 g de plástico para acondicionar um pão de 700 g e uma embalagem que usa 5 g de plástico para acondicionar um pão de 350 g, a redução no desperdício de 350 g de pão para cada 1 Kg de pão consumido, é suficiente para zerar o impacto climático relacionado ao uso de mais material em embalagens menores.

SISTEMA SUSTENTÁVEL PARA ALIMENTOS E não se trata somente de não ter alimento para consumo. Segundo Robert van Otterdijk, Officer da FAO para agroindústria, igualmente importante é o fato das perdas e desperdícios de alimentos terem um impacto enorme nas mudanças climáticas. Hoje esta perda já responde por 8% das emissões globais de gases de efeito estufa. Outros impactos igualmente relevantes são: econômicos e de distribuição de renda na cadeia de valor; segurança alimentar; nutrição e qualidade dos alimentos. “Estudos mostram que para aumentar a oferta de alimentos, reduzir suas perdas e desperdício é mais eficiente que aumentar sua produção. Até 2015 será necessário disponibilizar, globalmente, 50% mais alimentos. Mas se cortarmos as perdas e desperdícios atuais pela metade, a necessidade passa a ser de 28%”, afirma Otterdijk. O especialista explica ainda que a iniciativa global Save Food, da FAO, tem como pilares a pesquisa e o desenvolvimento de uma política a partir da consciência sobre o problema e da colaboração entre os vários elos da cadeia de valor. “Devemos pensar em um sistema sustentável de alimentos, a partir da interação de todos os elementos e atividades relacionados à produção, processo, distribuição, preparo, consumo e descarte de alimentos e produtos correlatos, com vista a melhorias econômicas, sociais, culturais e ambientais. ” E completa: “A redução das perdas e do desperdício de alimentos não é a meta final. Mas uma parte essencial da criação de uma cadeia de valor eficiente, que seja o cerne de sistemas sustentáveis de alimentos que garantam alimentos e nutrição seguros, crescimento econômico e fim das mudanças climáticas”.

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REPORTAGEM Em 2015, a FAO já havia previsto que se houvesse uma redução de 50% das perdas e desperdícios de alimentos somente na Comunidade Europeia, o impacto seria significativo na queda de preço dos produtos. No caso dos alimentos primários, o preço cairia 8,1%; alimentos processados, 1,4%; alimentos para o consumidor, 2,3%; e alimentos em geral, 2,7%.

ONDE A EMBALAGEM PODE SE INSERIR E COMO ELA PODE AJUDAR Em sua apresentação na Conferência Save Food, o editor da revista indiana Processed Food Industry, Saleem

Akber, apresentou como a embalagem pode ajudar a reduzir estas perdas e desperdícios. Em linhas gerais, o especialista pontuou: mais colaboração entre os fazendeiros, processadores de alimentos e varejo para identificar onde as perdas ocorrem e direcionar as pesquisas e investimentos; desenvolver soluções e design para embalagens secundárias e terciárias que garantam melhor proteção e aumento da vida útil para produtos frescos e agrícolas em geral, desde o seu transporte da fazenda até o processador e depois até o varejo; aumentar o uso de embalagens de transporte que garantam a recuperação de produtos frescos, sem uso, para reaproveitamento em cozinhas ou como alimento para animais; acelerar o desenvolvimento e a adoção de novos materiais e tecnologias de embalagem, como atmosfera modificada e absorvedores de oxigênio, para aumentar a vida de prateleira; desenvolver processos científicos e padronizados de data de validade para embalagens primárias e educar os fabricantes, varejo e consumidores sobre o que esta data realmente significa; mudar para produtos/embalagens porcionadas que atendam aos novos modelos de consumo; promover, junto às cadeias de fornecimento, que o uso de embalagem inteligente e com informações reduz o excesso de estoques;

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aumentar o uso de RRP (embalagens prontas para o varejo) para reduzir o duplo manuseio, minimizar os danos e aumentar o giro do estoque; imprimir dicas de como reduzir o desperdício de alimentos e como aproveitá-los na totalidade.

*Liliam Benzi é especialista em comunicação, marketing e desenvolvimento de negócios e de estratégias para B2B, com ênfase no setor de embalagens e-mail: ldbcom@uol.com.br 30

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FLEXIBILIDADE E BELEZA QUE CONQUISTAM EASTMAN REFORÇA ATUAÇÃO NO MERCADO DE RÓTULOS TERMOENCOLHÍVEIS, COM SOLUÇÕES DE ALTA PERFORMANCE E MAIS SUSTENTÁVEIS

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uso de embalagem com rótulo termoencolhível cresce no Brasil, e é uma aposta da Eastman, empresa global de especialidades químicas, que atua há mais de uma década no mercado de rótulos shrink ou termoencolhíveis, com a família de resinas Embrace™ LV e HY. Segundo Alessandra Lancellotti, gerente de desenvolvimento de mercado de especialidades plásticas, da Eastman, esse crescimento se dá principalmente nos segmentos de cosméticos, incluindo a perfumaria, e de bebidas com valor agregado, como sucos, vinhos, etc. Ela enumera alguns atributos que tornam o rótulo termoencolhível da Eastman atrativos em segmentos ávidos por se destacar nos pontos de venda. Ao envolver completamente a embalagem (360º), os rótulos criam soluções de alto impacto visual nas gôndolas, devido à elevada transparência e brilho, capacidade de impressão e resistência do filme. Mesmo para aquelas embalagens com contornos mais complexos, Eastman Embrace confere alta qualidade, pois possui índice de retração final de mais de 75%. “A flexibilidade que o rótulo termoencolhível proporciona é um dos fatores que movem esse mercado, pois cada vez mais as empresas trabalham com edições limitadas, embalagens promocionais, sazonais, personalizadas, que são tendência na área de cosméticos. Algumas empresas de cosméticos que utilizam rótulos produzidos com Embrace, compram os potes e frascos em branco e aplicam o rótulo impresso, eliminando a necessidade de armazenar embalagens impressas, e reduzindo custos”, afirma Alessandra. “Na perfumaria, o rótulo termoencolhível também está sendo utilizado nos frascos de vidro, 32

rótulos e etiquetas no Brasil e outros países da América do Sul. O setor de P&D da Eastman, em Kingsport, Tennessee, nos Estados Unidos, dá o suporte técnico necessário ao desenvolvimento dos projetos mais complexos.

FACILITANDO A RECICLAGEM

Alessandra Lancellotti, gerente de desenvolvimento de mercado de especialidades plásticas da Eastman

principalmente nas edições limitadas. A Eastman também possui a linha de resinas Embrace HY, que tem propriedade barreira, e protege contra os efeitos nocivos da luz visível e dos raios UV. O filme aplicado à embalagem evita a oxidação de produtos como cosméticos, vinho, sucos, leite, achocolatados, água e outras bebidas contendo vitaminas e outros princípios ativos. O filme mais opaco, mate, confere ao produto uma percepção premium. Entre os exemplos de produtos que utilizam rótulos com Embrace, estão iogurte líquido Activia, da Danone; Sabonete Líquido Racco; Perfume Overdose VIP Racco; Loção Strawberry Gelatto, da The Beauty Box; Suco Del Valle 100%, da Coca-Cola. A Eastman produz a resina Embrace nos Estados Unidos, que é transformada em filme por dois grandes convertedores localizados nos Estados Unidos e Uruguai, e a seguir distribuído aos fabricantes de

Os rótulos termoencolhíveis produzidos com Eastman Embrace são à base de PETG, material totalmente reciclável. De acordo com Alessandra, para melhorar a reciclagem das embalagens PET que utilizam rótulo termoencolhível, algumas empresas estão adotando o sistema de picotamento em todo o rótulo, para a retirada do rótulo antes do envio à reciclagem. “Uma empresa em especial está preparando o lançamento de um produto contendo no rótulo instruções para a retirada do rótulo e o descarte correto da embalagem”, afirma a executiva. No Brasil, a reciclagem é quase sempre manual e os rótulos precisam ser retirados antes de serem encaminhados à reciclagem. Porém, algumas recicladoras no Brasil, e na maior parte dos Estados Unidos, operam com reciclagem úmida das garrafas. Para esse tipo de reciclagem, no qual as embalagens passam por uma etapa de lavagem para a retirada dos rótulos, a Eastman desenvolveu em parceria com a Sun Chemical o adesivo SunLam™, que facilita a remoção do rótulo, com resultados de remoção superiores a 95% nos testes realizados (leia na EMBANEWS 336, pag. 14), elevando os índices de reciclagem. www.eastman

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MUNDO COSMÉTICO

Nosso mercado cosmético O BRASIL NÃO FICA NADA A DEVER PARA O MUNDO EM TERMOS DE PRODUTOS, MAS EM EMBALAGENS, TEM A EVOLUIR

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omo a grande maioria dos leitores da EMBANEWS é de outros segmentos, quero deixar aqui alguns dados importantes e interessantes desse nosso mercado cosmético. O Brasil é o terceiro país do mundo em consumo de cosméticos. Perdemos apenas para os Estados Unidos e a China, primeiro e segundo lugares, respectivamente. Em algumas categorias de produtos, somos o primeiro. Temos cerca de 2.800 empresas de cosméticos cadastradas na Anvisa, isto é, com autorização de funcionamento. Convém citar que um número talvez maior que esse é de empresas que trabalham na clandestinidade, portanto sem controle por parte da Anvisa. Dessas 2.800 empresas, apenas 20 respondem por cerca de 70% do faturamento do setor, o que mostra uma pirâmide de ponta bem aguda. Em minha opinião, o Brasil não fica nada a dever para o mundo em termos de produtos. Nossos técnicos viajam o mundo participando de congressos de atualização em cosmetologia. As grandes empresas fazem parcerias com universidades, buscando novas tecnologias, novos talentos. Temos um celeiro de matérias-primas que o mundo inveja, seja no cerrado, na catinga ou na Amazônia. Contamos com tecnologia de ponta em equipamentos para a fabricação dos cosméticos. As melhores matérias-primas do mundo estão em nossas mãos através das empresas aqui representadas. Uma ressalva para as nossas colônias que não têm a mesma qualidade ou a assim chamada fixação das importadas. Isso ocorre, não porque 34

não saibamos fazer, e sim porque não usamos as quantidades percentuais de fixação das importadas. Há também a questão da qualidade das fragrâncias em função do preço. Em outras palavras, não adianta usar 20% ou 30% de fragrância numa formulação se o preço dessa fragrância não ultrapassa 50 dólares. Resumidamente, a fixação das colônias não depende de conhecimento ou tecnologia, mas basicamente de um alto percentual da fragrância na formulação, aliado a um preço compatível com a qualidade dos ativos em relação aos solventes desses ativos na fragrância. Se temos esse cenário para os produtos, o mesmo não pode ser dito em relação às embalagens, principalmente quando falamos em embalagens injetadas para maquiagem e vidraria para os perfumes. Basta comparar a embalagem de um batom importado com uma de um produto nacional. Faça o mesmo para os perfumes. É gigantesco o diferencial de qualidade e aparência, com raras exceções. Os pontos de venda denunciam isso. Por outro lado, somos bons e temos excelentes fabricantes de plásticos soprados e laminados; o mesmo vale para a cartonagem. Falando em canal de venda, podemos dizer que o mercado cosmético trabalha com pelo menos cinco canais; dois deles com maior destaque. Temos o canal varejo/atacarejo, o porta a porta ou venda direta, a franquia, o canal eletrônico e o multinível. Entre eles, os dois últimos se destacam pelo seu crescimento, principalmente o multinível, no qual cada cliente é um potencial vendedor. Outro fenômeno que vem domi-

nando esse nosso mercado cosmético na atual fase de transição é a opção por terceirizar a produção em vez de investir na construção de novas fábricas para a produção exclusiva da marca. O que se vê é um crescente número de novas fábricas com foco em terceirização e, do outro lado, grandes marcas fechando suas fábricas para concentrar esforço físico e financeiro no comercial e marketing. O futuro, para não dizer o presente da cosmetologia brasileira, chama se terceirização. Em termos de legislação, temos basicamente duas categorias de grau de risco de produto, sendo a grande maioria de grau de risco 1, notificados online, e uma pequena parte de grau de risco 2, que são pré-avaliados pela Anvisa e só liberados após publicação em DOU – Diário Oficial da União. As notificações ou registros na Anvisa têm 5 anos de validade. O prazo de validade dos produtos fica a critério da empresa, desde que comprovado no desenvolvimento, através dos testes de estabilidade. Os prazos de validade variam de 2 anos para os dermo-cosméticos até um máximo de 5 anos para shampoos, colônias, etc. Teríamos muito mais a falar sobre esse nosso mercado cosmético, mas o espaço requer continuação em próximos artigos.

ANTONIO CELSO DA SILVA

Químico, consultor e especializado em embalagens, P&D, qualidade, produção e terceirização. Diretor na Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC) antonio.celso@payot.com.br

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Prêmios internacionais de design atraem brasileiros EMPRESAS, PROFISSIONAIS E ESTUDANTES BUSCAM NOS PRÊMIOS UMA ALTERNATIVA PARA VALORIZAR E CERTIFICAR SEUS PROJETOS E PRODUTOS

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brir as portas do mercado internacional e ver seu trabalho valorizado em diversas partes do mundo. Com esse propósito, centenas de profissionais, empresas e estudantes brasileiros encontram nos principais prêmios internacionais uma forma de divulgar e medir a qualidade de seus projetos e produtos. O Taiwan International Student Design Competition (TISDC), considerado o maior prêmio de design estudantil do mundo, chega a sua 10ª edição e está convocando estudantes brasileiros a participarem da competição que oferece até US$ 180 mil em prêmios. O tema para a edição de 2018 da TISDC é “Avanço e Inovação” (Breakthrough and Innovation), e os projetos devem se enquadrar nas categorias Design de Produto, Design Visual, Animação Digital e Design de Serviço. Um dos projetos que teve destaque em 2017, em design de produto, foi o da estudante Ciara Little, da Sheffield Hallam University, de Londres. Ela desenvolveu um projeto que contempla kits de transfusão de sangue para evitar erros médicos relacionados aos tipos sanguíneos. Eu sempre

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incentivo estudantes a buscarem um reconhecimento. Aqui uma super oportunidade para se destacar em terras estrangeiras e conquistar o olhar de formadores de opinião mundiais. As inscrições para o TISDC são gratuitas e podem ser feitas até 16 de julho de 2018 por meio do site www.tisdc.org. Já em relação a projetos profissionais, o iF é um dos principais selos de excelência em design do mundo, o que faz dele o prêmio máximo do setor. Na última edição do iF DESIGN AWARD, o Brasil teve 28 projetos premiados. Além de conquistarem o selo e serem expostos em Hamburgo, na Alemanha, os premiados aparecem em um aplicativo disponível para download de forma gratuita e são inseridos na exposição online do iF, que recebe mais de 200 mil acessos por mês. Os prêmios internacionais abrem portas para novos negócios e atestam a qualidade do trabalho dos envolvidos nos projetos. Além de já abrir alguns canais de entrada para a expansão de uma marca, os prêmios também servem como vitrine que facilitam a geração de novos negócios. No iF as disciplinas são produto,

comunicação, embalagem, arquitetura, design de interiores e conceitos profissionais, por isso chamamos o iF de uma premiação completa de design, abrange inúmeras disciplinas. O prazo máximo de inscrição para a edição de 2019 é 19 de outubro de 2018. A importância de ganhar um prêmio de destaque está ligada a três valores: você ou sua empresa passa a pertencer a um seleto grupo premiado; você mostra para o mercado que o seu projeto tem um selo de excelência internacional; e serve de inspiração aos novos talentos que buscam referências na área para inovar. O design brasileiro tem evoluído muito nos últimos anos, e os resultados positivos em prêmios internacionais consolidam esse crescimento. Aqui tem bom design, e precisamos mostrar isso para o mundo!

JULIANA BUSO Coordenadora de projetos do Centro Brasil Design e representante do iF DESIGN AWARD no Brasil juliana@cbd.org.br

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PLATAFORMA DE LANÇAMENTOS PARCERIA ENTRE SUNNYVALE E FISPAL REMONTA AO PRINCÍPIO DA FEIRA, QUE TEM SIDO O PALCO DOS LANÇAMENTOS DA EMPRESA NESTES 40 ANOS, COMEMORADOS ESTE ANO

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Sunnyvale celebra este ano 40 anos de atividades, e a festa de comemoração coincidiu com a semana da Fispal Tecnologia, no final de junho, evento em que a Sunnyvale participa desde o seu princípio e este ano protagonizou sua 34ª edição. Segundo Luiz Nishikawa, CEO da Sunnyvale, trata-se de um marco, pois em todos estes anos a parceria entre as duas empresas tem sido de grande importância para os negócios da Sunnyvale, que faz do evento uma plataforma de seus principais lançamentos. Este ano, a Sunnyvale fez a simulação de um final de linha de embalagem para demonstrar a versatilidade e capacidade de integração de suas soluções para inspeção, embalagem e codificação. São mais de 40 38

marcas de ponta em tecnologia representadas pela Sunnyvale, entre elas Domino Printing, Digi, Foxjet, Minebea Intec, Webomatic, Bandall, Sic Marking, Anritsu, Fuji Robotics. A linha montada na Fispal contou com controladora de peso, detector de metais e Raio X, seladora automática e codificadoras industriais para a identificação dos produtos. Realizou ainda três lançamentos principais, que concentraram-se na área de embalagem: da alemã Webomatic, está lançando a embaladora a vácuo com esteira WBM 1350-II, para embalar carne, laticínios e outros perecíveis, além de não-alimentos, como produtos hospitalares, eletrônicos, etc. São equipamentos robustos, para alta produção, requerem baixa manutenção, e completam o

portfólio de soluções para embalagem da Sunnyvale, com linhas para atender desde pequenos comércios até grandes frigoríficos. Apresentou também a embaladora automática DIGI AW5600 CP, que reúne em um único sistema a pesagem, embalagem e impressão de etiquetas. Os produtos podem ser embalados em bandejas ou em porções únicas mesmo em tamanhos irregulares, casos de queijos e legumes. É possível embalar até 30 produtos por minuto. Outro ponto importante é que a solução é bastante compacta, o que diminui a necessidade de grandes espaços para sua instalação. E da empresa italiana minipack™-torre, deve chegar em breve ao mercado uma nova linha de embaladoras que se diferencia pelo seu conceito fora do

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Da esquerda para a direita: Marcelo, Ingrid, Claudia, Luiz, Celeste e Daniel Nishikawa durante a festa de comemoração dos 40 anos da Sunnyvale

convencional. São máquinas totalmente elétricas, facilitando sua manutenção. Luiz Nishikawa também assinalou o início do processo de transição na direção da Sunnyvale, que passa a ser liderada por Claudia Nishikawa. “É uma missão bastante desafiadora, de muita responsabilidade, mas estou confiante, já organizamos vários assuntos, novos negócios estão chegando, muita novidade surgindo, estou bem animada!”, declara Claudia. 40 anos, muitas histórias que reservamos para nossas próximas edições!!

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Da esquerda para a direita: Luiz Nishikawa e Claudia Nishikawa, da Sunnyvale e Oliver Wenke, da Webomatic

Claudia Nishikawa com o Troféu Roberto Hiraishi no último mês de maio quando a Sunnyvale foi Destaque do Ano na categoria Máquinas e Equipamentos no 27º Prêmio EMBANEWS

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FRONTEIRAS

Hora do chá no reino da

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Dinamarca

NA DINAMARCA, TRADIÇÃO E MODERNIDADE SE MISTURAM A TODO O MOMENTO

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ma das tradições fortes é a pausa da tarde para um café, chá ou chocolate. Este momento é acompanhado por produtos tradicionais em suas embalagens que também pouco se alteram. Os famosos biscoitos dinamarqueses são presença garantida e, claro, sempre numa lata muito bem decorada com design quase vintage: nome, marca, ilustração e foto, tudo remete aos bons tempos antigos. As embalagens de manteiga e queijos se mantêm na mesma qualidade e decoração há décadas, modernizando apenas o tipo de embalagem. Os queijos e laticínios passaram a utilizar embalagens termoformadas que preservam o sabor dos produtos por mais tempo. Selos e ícones com datas fazem parte das embalagens, até mesmo, num achocolatado como o Matilde, produzido desde 1970, provavelmente com a mesma ilustração retrô. Um hábito muito comum lá (mormente nos frios dias de outono-inverno) é o chocolate quente feito a partir de “colheres” de chocolate. Eles fundem o chocolate e o 40

solidificam em formato de colher, sendo o “cabo” um palito de madeira (claro, de reflorestamento). No momento do preparo, a “colher de chocolate” é imersa no leite quente, derretendo e produzindo um delicioso chocolate quente. A ousadia da hora do chá fica

“UMA DAS TRADIÇÕES FORTES NO PAÍS É A PAUSA DA TARDE PARA UM CAFÉ, CHÁ OU CHOCOLATE, MOMENTO ACOMPANHADO POR PRODUTOS TRADICIONAIS EM EMBALAGENS QUE TAMBÉM POUCO SE ALTERAM”

por conta do leite da ARLA, tradicional empresa de leites e derivados da Dinamarca, que é oferecido em embalagem cartonada asséptica TetraTop, com o topo de plástico e boca larga que permite beber diretamente da embalagem. Lá é muito comum tomar o leite como

suco entre as refeições, por exemplo. A inovação ficou por conta da decoração das pequenas embalagens. Cada embalagem tem uma “carinha” no seu painel frontal, lembrando os emojis para atrair a atenção de crianças e adolescentes. A empresa ainda usa bem os painéis laterais da embalagem para trazer informações legais e divulgar a Legolândia, da empresa ícone do país, a LEGO. Além de promover o parque de diversão, ainda oferece brincadeiras como jogos na própria embalagem. Momento de interação garantido para seus consumidores. Inovação com qualidade e tradição e com Embalagem melhor. Mundo melhor! Sempre!

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A Interplast – Feira e Congresso da Integração da Tecnologia do Plástico e a EuroMold – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos acontecem de 14 a 17 agosto de 2018, no Expoville, em Joinville, Santa Catarina. Organizada pela Messe Brasil, trará workshops gratuitos, promovidos pelos expositores, com foco nas tendências, tecnologias e inovações em produtos e serviços para o segmento. As palestras acontecem nos dia 14 e 15 de agosto, simultâneas à feira, com duração de 40 a 60 minutos. As vagas por evento são limitadas e as inscrições estão disponíveis no site da feira - http://interplast.com.br/congresso Durante a feira é realizada a Rodada de Negócios do Setor Plástico, quando serão promovidas reuniões de negócios entre empresários que demandam e ofertam serviços e produtos, viabilizando negócios entre as partes. Para serem âncoras no evento serão convidadas 15 grandes empresas consumidoras de matérias-primas, máquinas, equipamentos e serviços relacionados ao setor plástico. Do outro lado, a organização estima cerca de 120 empresas vendedoras, entre elas os expositores da feira Interplast. Acontecerá também o lançamento oficial e a abertura das inscrições do 28º Prêmio EMBANEWS 2019. As empresas que inscreverem-se durante a Interplast terão descontos de 20% nas taxas.

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A Anutec Brazil, Feira Internacional de Fornecedores para as Indústrias de Carnes e Proteína Animal, que será realizada de 07 a 09 de agosto, no Expotrade Convention Center, em Curitiba (PR), reunirá os principais players mundiais do setor, destacando o que há de mais moderno para atender mudanças de hábitos dos consumidores. Organizada pela Koelnmesse, a Anutec Brazil é inspirada na Anuga Foodtec, maior feira de tecnologia de alimentos do mundo. O evento promete reunir em um único espaço soluções e conhecimento envolvendo toda a cadeia produtiva do setor, por meio de exposições, debates, congressos e projetos especiais, como a Vitrine da Carne, no qual serão mostradas técnicas de cortes de carne. “A Anutec Brazil vem para atualizar o mercado com as tecnologias de ponta, tanto através da participação dos principais fornecedores mundiais do setor, como também por meio do congresso organizado em parceria com o ITAL, Instituto de Tecnologia de Alimentos, no qual vamos abordar as novas tecnologias e o futuro do setor de carne”, diz Cassiano Facchinetti, diretor geral da Koelnmesse Brasil.

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COMPETITIVIDADE

APOIO MAUÁ E FISPAL A MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS DUAS EMPRESAS SELECIONADAS NA EDIÇÃO ANTERIOR APRESENTARAM OS RESULTADOS DO TRABALHO PARA AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

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poiar o aumento da competitividade de micro, pequenas e médias empresas tem sido, desde 2014, uma das principais atividades de pesquisa aplicada do Instituto Mauá de Tecnologia. Ao final daquele ano, fruto de um bem-sucedido Trabalho de Conclusão de Curso, a Instituição passou a apoiar empresas seguindo um roteiro simples, composto de cinco passos (detalhados em edições anteriores da EMBANEWS): 1) mapear processos; 2) padronizar procedimentos; 3) cronometrar os procedimentos padronizados. 4) virtualizar o processo; 5) simular melhorias para aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade. A força motriz do projeto teve dois componentes: O primeiro foi constatar, indignados, a posição pouco honrosa do Brasil nos relatórios mundiais, como, por exemplo, aquele elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, (ver o mais recente em http://www3.weforum.org/docs/GCR2017-2018/05FullReport/TheGlobalCompetitivenessReport2017%E2%80%932018.pdf) em que o País está no octogésimo lugar entre os 137 ranqueados. O leitor poderá entender, se quiser, que

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houve melhora porque a nossa posição era octogésima primeira na versão anterior entre 138 ranqueados (melhorou?); O segundo foi a imensa disposição de alunos e professores em contribuir, ainda que de forma singela, para melhorar essa situação. Desde o início, foram atendidas 28 empresas. Durante a FISPAL 2017, apoiados pela Informa Exhibitions Brasil Ltda., empresa organizadora do evento, a Mauá abriu inscrições para que micro, pequenos e médios fabricantes de alimentos (portanto, usuários de embalagem) tivessem um problema específico analisado e resolvido. As oitenta e nove presenças no seminário, primeira atividade do projeto em 2017, evidenciaram o sucesso da iniciativa. Os participantes foram convidados a apresentar, de forma concisa, as situações que os afligiam e que pudessem ser enquadradas nas áreas de atuação explicitadas em https://maua.br/servicos-tecnologicos/areas-atuacao/alimentos. Um mês depois, dez empresas selecionadas participaram de workshops para análise mais detalhada de suas propostas. Ao final do processo, as três escolhidas receberam, sem custo, o apoio da Mauá. Na FISPAL 2018, duas delas apre-

sentaram os resultados do trabalho: Refrigerante Itamonte, que teve aumentada a sua capacidade produtiva ao otimizar a programação da sua linha de envase, e Garlic Foods Comercial Importadora, que melhorou a qualidade visual do produto. Foi fácil constatar a satisfação de ambas ao se expor num evento de grande repercussão internacional. Ainda na FISPAL 2018, foram abertas inscrições para outras empresas receberem o mesmo tipo de apoio e apresentarem seus resultados no próximo ano. O ciclo será repetido e há uma grande expectativa de sucesso. Os fatos aqui narrados mostram como é possível, com gestos simples e de baixíssimo custo, agir de forma decisiva para aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade das indústrias brasileiras.

ANTONIO CABRAL

Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem no Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) acabral@maua.br

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