ANO 29 | EDIÇÃO 341 | AGOSTO 2018
A FORÇA QUE SURGE COM OS DESAFIOS AS TENDÊNCIAS DO MERCADO DE PRODUTOS DE LIMPEZA PELA VISÃO DE JOÃO GANDOLFI, DA GTEX, UMA EMPRESA QUE SE CONTRAPÕE AO CENÁRIO
NEWS
ARTIGO
DIRETO AO PONTO
EM BUSCA DE CAMINHOS SUSTENTÁVEIS PARA O PLÁSTICO
ANTONIO CALCAGNOTTO, UNILEVER
A EMBALAGEM E O SUPERMERCADO ONLINE
P.08
P.28
P.32
SUMÁRIO
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ENTREVISTA
JOÃO GANDOLFI, GTEX: O MERCADO BRASILEIRO DE PRODUTOS DE LIMPEZA É MUITO AMPLO, VAI DO CONSUMIDOR ANTENADO DOS GRANDES CENTROS À DONA DE CASA DE REGIÕES DISTANTES, TRAZENDO MUITAS OPORTUNIDADES
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NEWS EMBALAGEM NO MARKETING BRANDNEWS OPTIMA SUSTENTABILIDADE FSC DIRETO AO PONTO CONSUMO CONSCIENTE DESIGN BRANDNEWS SIMBIOS-PACK E ARKI FRONTEIRAS COMPETITIVIDADE
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EDITORIAL RECICLANDO CONHECIMENTO
A
avalanche de notícias que se espalha com o meio digital acontece na mesma proporção que a falta de cuidado em tratar os assuntos de maneira mais profunda e cuidadosa, principalmente quando se trata de meio ambiente. Da mesma maneira que muitos creem que o canudinho plástico (a bola da vez nos ataques), assim como os copos descartáveis e antes aindas as sacolas plásticas, é um vilão pior do que Thanos, do filme da Marvel, Vingadores: Guerra Infinita. Existe uma semelhança entre o vilão da Marvel e em boa parte da sociedade no mundo, mais especificamente no Brasil: é o Poder nas Mãos! (para quem assistiu ao filme vai entender) No nosso mundo, muitos usam as mãos para jogar todos os resíduos de maneira irresponsável em qualquer local. Então, como vemos, o vilão é o anudinho ou o poder das mãos nas pessoas? A mente maldosa e irresponsável, e porque não dizer literalmente poluída, é bem pior do que a dos vilões dos filmes de ficção, por que o impacto ocorre em nossas vidas reais. O incrível de todas essas polêmicas é que são viralizadas mundo afora e simplesmente as pessoas não param para fazer uma autorreflexão. As nossas mãos são tão poderosas que podem descartar uma embalagem de maneira correta, como também, se fizermos do jeito errado, matar diversos animais (não somente os aquáticos). Também usamos as mãos para votar, mas vamos deixar essa discussão de lado, pois aí está algo que é difícil de reciclar. O assunto meio ambiente está sendo discutido em vários textos desta edição de EMBANEWS. Tivemos a honra de ter os artigos de Antonio Calcagnotto, Head de Assuntos Corporativos e de Sustentabilidade da Unilever Brasil (página 28) e Elizabeth de Carvalhaes, Presidente Executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Energia da International Chamber of Commerce (ICC) do Brasil (página 34). Não apenas nestes dois artigos, mas também no texto do Professor Fabio Mestriner (página 18) e do Professor Antonio Cabral (página 50), ambos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), existe uma relação que envolve a cadeia produtiva e o consumidor que também tem as suas responsabilidades, e principalmente, o poder público, que não consegue fazer a lição de casa, só sabe dizer que a indústria não cumpre a sua parte, nem os consumidores, talvez o maior culpado disso tudo, por não saber aplicar as leis e a dinheirama de impostos que destinamos a eles. Em tempo, vamos reciclar o que temos de mais valioso, que são as boas ideias, participando do 28º Prêmio EMBANEWS que já está com suas inscrições abertas. Informações: premio@embanews.com e www.embanews.com/premio-embanews. Também pelos fones: (11) 3064-2405 / 2418 e WhatsApp 11 94721-4102.
Recicle suas boas ideias! Ricardo Hiraishi Agosto de 2018
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FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006) Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Circulação e Assinaturas: assinatura@embanews.com Colaboradores desta edição: Aline Tristão Bernardes, Antonio Cabral, Antonio Calcagnotto, Assunta Camilo, Elizabeth de Carvalhaes, Fabio Mestriner, Juliana Buso Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A. A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL: Rua Capote Valente, 478, Casa 01 • Pinheiros • CEP 05409-001 • São Paulo/SP • Brasil Telefones: (11) 3064-2405 / 3064-2418 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos para envase, embalagem, estocagem e transporte; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc. site: www.embanews.com e-mail: embanews@embanews.com linkedin.com/company/embanews twitter.com/Embanews facebook.com/Embanews Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00
NEWS EM BUSCA DE CAMINHOS SUSTENTÁVEIS PARA O PLÁSTICO Reciclagem do plástico pós-consumo e plástico de origem renovável dominam a pauta. Soluções mais sustentáveis em embalagem hoje passam pela inovação. Embalagens produzidas a partir de plástico reciclado, recolhido dos oceanos, carregam força simbólica que chamam a atenção para o problema, e tem se mostrado uma forma de sair do discurso para uma ação efetiva. Nessa direção, ação de OMO, marca da Unilever, irá incluir plástico reciclado em todas as garrafas do lava-roupas OMO Multiação, reduzindo em mais de 500 toneladas o consumo de plástico virgem por ano. Serão produzidas 18 mil unidades de embalagens em parcerias com cooperativas do litoral brasileiro. Em ação conjunta, OMO e WWF- Brasil realizaram mutirões em praias do Brasil, no Rio de Janeiro (Copacabana e Niterói) e Pernambuco (Fernando de Noronha e Recife), para a retirada de plásticos nesses locais. A iniciativa envolveu mais de mil voluntários, que recolheram 1,5 toneladas de plástico e participaram de ações educativas. A Wise, empresa nacional, sediada em Itatiba (SP), produziu o plástico. As embalagens de OMO também contarão com selos que indicarão que seus produtos têm impacto reduzido no meio ambiente. A marca faz parte do programa Por Um Planeta Mais Limpo, que tem o intuito de ajudar os consumidores a fazerem escolhas ecologicamente conscientes. O projeto também contou com o endosso do programa Clean Seas (“Mares Limpos”, em português), da ONU. A Unilever quer ter 25% de plástico reutilizado em suas embalagens até 2025. Outro desenvolvimento que traz valor ao reciclado de plástico pós-consumo é o da Borealis e Henkel, que em conjunto com mais dois outros parceiros, desenvolveram embalagem 100% produzida a partir de plástico reciclado pós-consumo (PCR). Foi concluído recentemente um projeto piloto para desenvolver uma nova solução 8
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de embalagem para o frasco e a tampa de cola multifuncional Made-at-Home, baseada no material reciclado, que a Henkel está comercializando com sua marca Pattex. Para substituir o material plástico virgem tradicionalmente usado para esta embalagem, a resina à base de material reciclado teve que atender às diversas demandas de um material para embalagem de um produto adesivo. O novo frasco foi desenvolvido com o produto patenteado mtm Purpolen® PE, um regranulado de polietileno de alta qualidade produzido pela mtm na Alemanha. A recicladora alemã mtm plastics GmbH foi comprada pela Borealis em 2016. O parceiro KKT Kaller Kunststoff Technik GmbH, um processador de plásticos também da Alemanha, fabricou os frascos. Para os três componentes separados do bocal aplicador ajustável, que é usado para colagem de filigrana e de amplas áreas, foi utilizado o regranulado de polipropileno Purpolen® PP de alta qualidade, produzido pela mtm. A fabricante alemã de componentes de plástico bomo trendline Technik GmbH produziu os bicos aplicadores. No campo dos biopolímeros, que contribuem para a redução dos gases causadores do efeito estufa, a Braskem apresentou sua resina EVA (copolímero etileno acetato de vinila) produzida a partir da cana-de-açúcar. Destinada a aplicações no setor calçadista, automotivo, de embalagens flexíveis, entre outros, a nova resina amplia o portfólio I’m green™ da companhia, conhecido pelo polietileno verde, o primeiro biopolímero do mundo a ser produzido em escala industrial. Em embalagens, o
EVA é utilizado em filme para estufa, filme Stretch Hood (camada central), na camada adesiva de filme coextrudado; na camada de selagem na coextrusão de filme; em embalagens contráteis para carne, queijo, presunto, etc. A primeira marca a utilizar o EVA de fonte renovável é a norte-americana Allbirds, de São Francisco, Califórnia, na sua nova linha de calçados Sugarfootwear, já disponível nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Canadá. Para chegar a esta nova solução, a Braskem fez adaptações na fábrica localizada em Triunfo, no Rio Grande do Sul (RS) para a produção da resina renovável, que se caracteriza pela flexibilidade, leveza e resistência. www.unilever.com.br; www.borealisgroup.com; www.henkel.com; www.braskem.com.br
NEWS CAMPANHA INCENTIVA COMPRA DE EMBALAGEM RETORNÁVEL Juntar tampinhas de garrafas de refrigerantes e trocar por produtos e brindes é uma prática já há muito adotada pela indústria e varejo. A Coca-Cola resgatou a ação na campanha “Junte e Troque”, de incentivo às embalagens retornáveis, valorizando a economia e o cuidado com o meio-ambiente. É preciso juntar cinco tampinhas amarelas com impressão vermelha, uma embalagem retornável vazia, e trocar por uma garrafa retornável cheia do mesmo tamanho grátis. Cada garrafa retornável é reutilizada até 20 vezes, garantindo menos embalagens produzidas e descartadas por ano. Cerca de 20 mil pontos de venda por todo o Brasil estão envolvidos na iniciativa desenvolvida pela agência Brunez. Fazem parte da promoção Coca-Cola Original, Coca-Cola Sem Açúcar, Fanta Laranja, Fanta Uva,mm, FantaCraftmate GuaraMagazin, 132 x 200 ná e Guaraná Jesus, nas embalagens RefPET 1,5L e RefPET 2L, e garrafa de vidro de 1l nas regiões que comercializam essa versão. https://retornaveis.cocacola.com.br
CURTINHAS A Amcor Limited, da Austrália, e a norte-americana Bemis Company, Inc., anunciaram um acordo definitivo no qual o qual a Amcor adquire a Bemis, criando a New Amcor, líder global em embalagens de consumo, num negócio avaliado em US$ 6,8 bilhões, incluindo dívidas. A receita combinada das duas empresas é de US$ 13 bilhões, com EBITDA de US$ 2,2 bilhões. Após completar a transação, a Amcor deverá ter uma atuação global em embalagem flexível em áreas chave, com vendas de US$ 3,5 bilhões em cerca de 30 mercados emergentes. A Esko, uma fornecedora global de software e hardware para design de embalagem, colaboração, automação, workflow e produção, anunciou a aquisição da BLUE Software, LLC, uma empresa de software de gerenciamento de rótulos e artes baseada em Chicago, Illinois, EUA, da Diversis Capital e da Schawk Digital Solutions. João Marchesan, administrador de empresas, empresário e líder empresarial, foi eleito presidente do Conselho de Administração da Abimaq/ Sindimaq para o período 2018 a 2022. Marchesan, da empresa de máquinas agrícolas de mesmo nome, já estava anteriormente à frente da entidade desde junho de 2016. Um dos focos de sua gestão é o combate à desindustrialização. A Baggio Café, marca de café gourmet, está investindo em uma nova planta industrial para a produção de cápsulas de café, no município de Araras (SP), onde se localiza sua sede, no estado de São Paulo. O investimento de R$ 2 milhões, dos quais R$ 1,5 milhão na aquisição do equipamento importado da Italia, permite a fabricação de 25 milhões de cápsulas por ano.
Craftmate #GermanBlingBling #Craftmate
We do more.
NEWS IMPRESSÃO QUE INSPIRA A Yes! Cosmetics está lançando a Colônia Sá, de Sabrina Sato by Yes! Cosmetics. A arte da embalagem foi criada pela designer Alyne Miranda, integrante da house de marketing e design da Yes! Cosmetics. Já a Congraf foi escolhida para desenvolver a embalagem. A caixa foi impressa no papelcartão Duplex 340g. A arte que tem duas cores na frente recebeu aplicação de verniz fosco e hot stamping, já o verso possui acabamento em verniz brilho. O cartucho foi desenvolvido na Congraf em uma peça única, cartucho e berços, e teve o acompanhamento do cliente. “Aplicamos nossa expertise para atender o desafio de desenvolver uma forma de fixar o frasco sem peças extras que dificultariam o envase. Este modelo é de um padrão que foi desenvolvido exclusivamente pela Congraf para a linha de cosméticos, agilizando a criação de novos cartuchos em qualquer dimensional em segundos, afirma o designer da Congraf Embalagens, Cesar Costa. O frasco de vidro é da Wheaton e a tampa, da Reali Plásticos. www.yescosmetics.com.br; http://congraf.com.br
A Congraf Embalagens acaba de adquirir da Heidelberg o Speedmaster XL 106 7+LX UV (híbrida), para impressão em substratos diversos com tintas convencionais e UV. Instalado no último mês de junho, é o primeiro a ser adquirido na América Latina. O equipamento possibilitará uma impressão de maior qualidade com tinta UV, e de alta velocidade, com 18.000 folhas por hora. www.heidelberg.com/br
SITE FACILITA COMUNICAÇÃO COM CLIENTES DO BRASIL A Krones do Brasil ganhou uma nova página na internet, www.krones.com.br, com conteúdo em português. O site faz uma apresentação da subsidiária brasileira para clientes, fornecedores, profissionais da imprensa, entre outros públicos estratégicos. O trabalho foi realizado pela área de Comunicação da Krones na Alemanha, com apoio do Brasil. Esta é a segunda página de apresentação desenvolvida pela matriz da companhia; a primeira havia sido a do Japão. Por este novo endereço, os visitantes podem ter acesso a informações sobre as diversas soluções tecnológicas da Krones, como tecnologias de processos, tecnologias de enchimento e embalamento, serviços de intralogística, soluções do Lifecycle Service para o máximo desempenho de máquinas e linhas, inovações na área de digitalização, entre outras. www.krones.com/br-pt
CARTONADA VAI AO MICRO-ONDAS A cooperativa da Coreia do Sul, Seoul Dairy Cooperative (SDC), lançou o leite de soja ‘Achimae’ (que significa leite de soja matinal), um produto nutritivo, com proteína de grão de bico, criado para ser consumido quente no café da manhã em movimento. Este é o primeiro produto a utilizar a inovadora embalagem Heat&Go, da SIG, para o qual foi escolhido o formato de 200 ml combiblocMini. A nova bebida vem atender os consumidores da Ásia que preferem bebidas quentes quando está frio, especialmente quando estão fora de casa ou vão sair. A Heat&Go pode ser aquecida até 60°C, em10
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bora a maioria das bebidas necessite apenas de 50°C. Um mecanismo de segurança foi incorporado à embalagem para, no caso de super aquecimento do produto, a pressão excedente ser liberada, evitando rupturas na solda superior. As bebidas podem ser envasadas nas embalagens Heat&Go em linhas de envase padrão da SIG com um simples upgrade para que possam trabalhar com embalagens sem alumínio. A embalagem protege os produtos contra luz, oxigênio, aromas e água, mesmo quando aquecidos, mantendo o seu sabor inalterado. www.sig.biz
NEWS SABORES E FORMAS Sabores Cepêra é a nova linha da fabricante de conservas, molhos e condimentos, que traz novos sabores e embalagens. A linha é dividida em três segmentos: molhos de pimentas, condimentos e doces. Entre os molhos de pimenta, a Cepêra é pioneira ao lançar embalagens de 270ml com um exclusivo bico dosador com a opção gotas ou fluxo contínuo. Na linha de condimentos, o Ketchup Original ganhou embalagem de 1,01 kg, além do novo sabor Habanero. Também há novas versões para a Mostarda e o molho Barbecue. Outra novidade é a linha de doces, que traz duas opções de goiabada “on the go”, com tampa abre e fecha para consumo em qualquer lugar, nas versões Goiabada Cremosa e Goiabada com Açaí. O conceito do design e o design da embalagem foi desenvolvido pelo P&D e Marketing da Cepêra. As embalagens dos condimentos são fornecidas pela Incepla (frasco) e Revpack (tampa). Para o molho de pimenta, o frasco é soprado internamente na fábrica da Cepêra e a tampa é da Wamovale. Já os doces têm pote de vidro da Nadir Figueiredo, tampa transparente da Costapacking e tampa de aço da Rojek. www.cepera.com.br
CURTINHAS Guy Gecht, por 19 anos CEO da EFI - Electronics For Imaging, Inc., informou ao conselho de diretores da empresa que pretende deixar o cargo operacional quando seu sucessor for nomeado. Gecht permanecerá como membro do Conselho de diretores após a mudança do CEO. Ele liderou a expansão do software de produtividade e das impressoras industriais jato de tinta, o que levou ao rápido crescimento da EFI a mais de US$ 1 bilhão em receita anual. O Ardagh Group inaugurou uma nova fábrica de latas de bebidas em Manaus, Brasil, com equipamentos de produção e inspeção de ponta com capacidade para produzir 12 milhões de latas por dia, complementando as operações do grupo em Jacareí (SP) e Alagoinhas (BA). O grupo opera mais de 100 instalações em 22 países, empregando mais de 23.000 pessoas, com vendas globais de US$ 8,6 bilhões.
FIM DE LINHA COM PRODUTIVIDADE E EXCELÊNCIA Encartuchadeiras, encaixotadoras e embaladoras. Soluções automáticas para armação, formação, agrupamento, alimentação de produtos e fechamento. Flexibilidade para trabalhar com diferentes tipos de produtos e configurações: desde frascos a pacotes. A Optima oferece equipamentos com eficiência na produtividade e excelência na proteção do seu produto.
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A fabricante de embalagens de vidro Owens Illinois (O-I) irá expandir sua capacidade de produção no Estado de Pernambuco. Em 2019, a O-I reiniciará as operações de sua planta, hoje inativa, localizada em Vitória do Santo Antão e adicionará uma nova linha de produção em sua fábrica de Recife. Essas ações irão adicionar uma capacidade de 65.000 toneladas, ou mais de 300 milhões de embalagens de vidro ao mercado. A Greenpeople, marca de sucos prensados a frio, acaba de inaugurar uma nova fábrica no município de Três Rios (RJ). O apresentador Luciano Huck é um dos sócios da empresa criada há quatro anos por Bianca Laufer. A marca atualmente tem onze endereços próprios, entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste, além de distribuir seus produtos em dois mil pontos de venda.
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NEWS PRESENTE PERSONALIZADO PARA O DIA A DIA A Lacta, marca da Mondelez Brasil, apresentou uma nova opção para presentear amigos e familiares em momentos especiais do dia a dia e datas comemorativas, com Lacta Specials. A marca uniu a alta tecnologia de impressão digital da HP e inovação em uma ação na loja virtual. Quem compra as barras de Lacta Specials no e-commerce
oficial (https://www.lojalacta.com.br/) pode personalizar a embalagem com até 30 caracteres. ‘’A nossa proposta é que a embalagem personalizada seja um every day gift para quem está em busca de uma opção de lembrança diferenciada’’, afirma Maria Clara Batalha, gerente de E-commerce para a Mondelez Brasil. Em parceria com a gráfica Ipsis, a tecnologia que permite abrir novas possibilidades como a personalização de embalagens é a impressora digital Indigo 10000. “A impressão digital permite que as marcas se aproximem cada vez mais do consumidor, criando um relacionamento mais estreito com eles”, afirma Marcus Vinícius Correa, gerente do segmento de labels e packaging da HP Indigo no Brasil. www.lacta.com.br; www.ipsis.com.br; https://bit.ly/2MsGEUr
MAGIA EMBALA AS CRIANÇAS O Boticário lançou para o público infantil a linha Dr. Botica de colônias, sabonetes, shampoo, condicionador e creme de pentear. As embalagens em papelcartão para os produtos, kits e os adereços para presentear são produzidas pela Antilhas, seguindo o conceito da linha, com cores e layouts mágicos pensados especialmente para a diversão das crianças. O layout é da Bendito Design. A Antilhas também é fornecedora oficial de embalagens para as marcas Eudora, quem disse, berenice? e The Beauty Box, todas pertencentes ao Grupo Boticário. www.boticario.com.br; www.antilhas.com.br; http://benditodesign.com.br
EMBALAGEM REMETE A ATRIBUTOS PREMIUM A Casa KM, marca de produtos de limpeza e higiene para casa e roupas, lança o novo lava-roupas líquido Intimiss, especialmente desenvolvido para os cuidados com as roupas íntimas e delicadas, com ação antibacteriana. A Ph2 Full Creativity desenvolveu as embalagens da linha, e esteve envolvida em todo o processo desde a pesquisa no PDV, para identificar o interesse e necessidades do consumidor em relação ao produto. O resultado foi uma embalagem clean, orgânica, moderna e sofisticada, que agrega movimento tanto ao shape quanto ao 12
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rótulo. A escolha da tipologia do logo foi pensada no shopper feminino, responsável pela compra desse tipo de produto. As cores, dourado e prata, marcam as opções de versões, com fragrância e neutra, além de conferir atributo premium ao produto e os elementos gráficos reforçam a importância da fórmula. O frasco em PEAD é produzido pela Gensys, e a tampa push pull em PP, pela Technocap. O rótulo e contra-rótulo em BOPP autoadesivo é fornecido pela Goldlabel. http://casakm.com.br; www.ph2.com.br
NEWS STREET ART COLORE OS RÓTULOS Bonafont comemora 10 anos e fecha uma parceria com o muralista Eduardo Kobra, reconhecido mundialmente. A marca de água da Danone está presenteando a cidade de São Paulo, com uma escadaria da rua Alves Guimarães, em Pinheiros, assinada pelo artista. Inicialmente, foi feita uma reforma no local, que se tornou tela para a obra do artista. Além da reforma, a marca também revitalizou bancos e mesas que já existiam no local, instalou luminárias e trabalha agora para revitalizar o jardim do local. Assim surgiu a mais nova obra de Kobra: a Escadaria das Bailarinas, como passou a ser conhecida. Bailarinas foram escolhidas pelo artista para estampar os degraus e os muros das casas que permeiam a escadaria.
A imagem principal é uma homenagem à bailarina Mel Reis, que passou por uma amputação e, hoje, traz toda a graça de sua dança na sapatilha de ponta com sua perna mecânica. O projeto de Bonafont com o Kobra é replicado nas garrafas comemorativas dos 10 anos da marca, que chegam ao mercado em agosto. Os rótulos foram inspirados pela escadaria e especialmente desenvolvidos pelo Kobra. A bailarina Mel Reis que está na escadaria também está presente nos rótulos. As garrafas PET são fornecidas pela Brasalpla, Engepack e Lorenpet; os rótulos, pela Mazda e Converplast; e o Shrink que envolve as garrafas, pela Valfilm. www.bonafont.com.br; www.eduardokobra.com
NEWS RASTREABILIDADE PARA OS VEGETAIS FRESCOS Passou a ser obrigatório que produtores ou responsáveis pela venda de vegetais frescos forneçam ao consumidor informações padronizadas sobre a procedência dos produtos. De acordo com a Instrução Normativa Conjunta nº 2 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (Anvisa), o produtor deve informar o endereço completo, nome, variedade ou cultivar, quantidade, lote, data de produção, fornecedor e identificação (CPF, CNPJ ou Inscrição Estadual). A informação deve constar no próprio produto ou nos envoltórios, caixas, sacarias e outras embalagens. A primeira fase de implantação agrupa citros, maçã, uva, batata, alface, repolho, tomate e pepino. A identificação pode ser realizada por meio de etiquetas impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code, ou qualquer outro sistema de forma única e inequívoca, como através de padrões de identificação da GS1. www.gs1br.org
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INSPEÇÃO DE EMBALAGENS
A Sunnyvale trouxe para o mercado brasileiro nova solução para inspeção de embalagens da fabricante Witt. O Leak Master Easy é um equipamento de inspeção que detecta vazamentos em embalagens, mesmo em microfuros, por meio de uma câmara pressurizada, na qual a embalagem é imersa em água para identificação de furos por meio de fluxo de bolhas. O destaque do Leak Master Easy é a precisão na identificação dos furos nas embalagens em comparação com os processos realizados manualmente. “Como a câmara conta com um sistema de vácuo, a embalagem sofrerá uma pressão uniforme, o que faz com que se tenha uma melhor performance da inspeção”, explica o gerente de vendas da divisão de inspeção da Sunnyvale, Alessandro Paixão. A solução para detecção de vazamentos é voltada para o segmento alimentício e para os fabricantes das embalagens. www.sunnyvale.com.br
EMBALAGEM NO MARKETING
Em qual negócio você está?
QUEM PRODUZ EMBALAGEM PRECISA COMPREENDER QUE AQUILO QUE PRODUZ SÓ TERÁ SUCESSO SE ESTIVER INCORPORADO DE FORMA POSITIVA AO PRODUTO QUE EMBALA
J
á abordei este tema antes, mas quero voltar a ele porque o considero importante e atual. Devemos sempre retornar aos ensinamentos dos mestres, daqueles que abriram caminho e nos trouxeram ensinamentos preciosos que valem para a vida toda. Sempre me lembro dos autores de alguns dos melhores livros de marketing que já foram escritos. Al Ries e Jack Troat ensinaram que: “o mais poderoso posicionamento que uma empresa pode ter, é ter um foco preciso”. Mais recentemente descobri que o Mestre Peter Drucker costumava perguntar com frequência a seus interlocutores: “Em que negócio você está?” Ouço por toda parte considerações sobre o preço das embalagens e de suas matérias primas e tento sempre lembrar às pessoas que, sim, embalagem também é custo e, principalmente por compor o custo final dos produtos e impactar diretamente em seu preço de venda, este custo precisa ser considerado com muita atenção. Lembro ainda que por esta mesma razão, ela não pode mais ser utilizada apenas para carregar o produto, mas precisa ajudar o negócio das empresas pois só assim ela pode oferecer sua valiosa contribuição. Noto que muitas indústrias que produzem embalagens, principalmente as que estão na base da cadeia, tem dificuldade em enxergar o quadro amplo e de ir além do foco de seu próprio negócio e entender que o negócio da embalagem é grande e complexo por se tratar de um setor que é bem maior que cada um dos seus integrantes. Embalagem é mais que vidro, 18
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metal, plástico ou papel, metalurgia, indústria gráfica ou convertedores diversos pois ela é ao mesmo tempo expressão-atributo do produto que embala. Existe um componente intangível neste negócio que no fundo é sua própria razão de existir. Isto significa que o foco de todos que atuam neste setor, além de estar em suas próprias fábricas e em seus clientes, precisa se voltar também para aquele que faz o negócio girar, ou seja, os produtos que fazem a embalagem chegar até seu destino final cumprindo assim sua função.
FOCO NO PRODUTO Quem produz embalagem, precisa compreender que aquilo que produz só obterá o resultado final, que é a conquista do consumidor, se estiver incorporado de forma positiva ao produto que embala. O consumidor ao adquirir o produto, adquire também a embalagem que o contém, portanto, a indústria de embalagem precisa olhar lá na frente para perceber o que está acontecendo no ponto de venda, porque é lá que o resultado final de seu trabalho vencerá ou perderá a competição. Minha recomendação é que todo fabricante de embalagem precisa observar in loco o que está acontecendo com as embalagens que produz para seus clientes no momento em que ela se encontra com o consumidor, pois este é o momento crucial que representa o sucesso ou o fracasso de todo o seu esforço. Se a embalagem que uma empresa fabrica para seu cliente estiver perdendo a competi-
ção para seus concorrentes no ponto de venda, ela e seu cliente serão derrotados juntos. Sim, estamos no negócio de embalagem, mas nosso negócio, não importa o lugar em que nos encontremos na cadeia, depende do desempenho do produto que embalamos, pois para o consumidor a embalagem e o conteúdo formam uma única entidade indivisível. Esta relação vai além da nossa própria empresa e da empresa do nosso cliente. Nós, na verdade, “estamos no negócio de embalar o produto e com ele competir no mercado”. Portanto o que proponho é uma reflexão. Que a indústria de embalagem e todos os que nela atuam reflitam sobre este posicionamento e procurem ampliar a maneira como enxergam o seu negócio e como ela pode ajudar o negócio de seus clientes com embalagens melhores, mais fortes e competitivas, que conquistem os consumidores e funcionem também como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet. Pode parecer muita coisa, mas é este o papel que a embalagem deve fazer nos dias atuais quando todos os que atuam no segmento de consumo estão enfrentando um cenário cada dia mais competitivo. A embalagem precisa ajudar o produto a vencer!
FABIO MESTRINER
Professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem do Instituto Mauá de Tecnologia e Autor dos livros Gestão Estratégica de Embalagem e Inovação na Embalagem - Método Prático fabio@mestriner.com.br
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ENTREVISTA
A força que surge com os desafios GTEX CRESCE NA CRISE COM PREÇO ACESSÍVEL E PERCEPÇÃO DE VALOR
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o conversar com o nosso entrevistado, João Gandolfi, ficamos conhecendo um pouco mais da Gtex, uma empresa que faz 45 anos no mercado de produtos de limpeza, e que surpreende pelo seu trabalho, nos detalhes. A inovação pode estar presente na embalagem do produto, ou no selo que atesta que a empresa não faz testes em animais, ou mesmo numa fragrância inédita. A empresa familiar foi fundada pelo sr. Domingues e pela d. Neiva em 1973. Eles hoje fazem parte do conselho de administração da empresa, mas permanecem 100% ativos, envolvidos diretamente nos principais desenvolvimentos da empresa. A Gtex, que lá atrás chamava-se Rosatex, começou com a linha de sabão de coco, desenvolvida através da marca Urca, e depois foi ampliada, com amaciante, desinfetante, sabão, e outros produtos que foram sendo incorporados pela marca. Sediada em Guarulhos (SP), a Gtex conta com mais cinco unidades industriais: outras duas no Estado de São Paulo, em Suzano e em Itupeva, uma unidade em Cuiabá (MT), uma em Pernambuco e outra no Rio de Janeiro. Por meio de um portfolio composto por 7 marcas, com destaque para Urca, Baby Soft, Amazon e UFE, a empresa atua em várias categorias de produtos, do amaciante ao sabão em pó, tira-manchas, desinfetante, limpadores multiuso, limpa-vidros, entre outros. João Gandolfi é gerente de marketing da Gtex, tem 33 anos, e iniciou sua carreira no grupo Bertin, hoje JBS Fri20
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boi, onde ficou por quase 7 anos, e trabalhou nos mercados de produtos de limpeza, alimentos, pet food, cosméticos. Na Bombril, para onde foi em seguida, e onde também ficou por 7 anos, passou por todas as categorias de produtos do setor de limpeza. Em 2017, teve a proposta para assumir um novo desafio, “o de vir para a Gtex, uma empresa em forte ascensão, e que estava em busca de profissionais para ajudá-la a continuar o processo de crescimento”, afirmou Gandolfi. “Sou encantado pela empresa e pela forma como é conduzida, e sou apaixonado pelo que faço”, resume. Com formação e atuação em marketing e vendas, ele conta uma curiosidade: foi o curso de teatro que o ajudou muito a se conhecer e se desenvolver, tanto na carreira profissional, quanto no plano pessoal.
EMBANEWS: Como está o mercado de produtos de limpeza este ano e o desempenho da Gtex? JOÃO GANDOLFI: Este ano, nossa percepção é de que o mercado está um pouco mais aquecido do que no ano passado e anterior, apesar dos elevados índices de desemprego. Mesmo assim, entendemos que seja importante uma retomada dos investimentos para que a economia volte a se movimentar e dê continuidade ao processo de recuperação do mercado. Já o desempenho da Gtex, de 2014 até o fechamento de 2017 e os primeiros meses de 2018, vem crescendo 2 dígitos de forma consistente, variando de 17% a 22% ao ano, o que consideramos bastante expressivo diante de um cenário econômico adverso. Acre-
ENTREVISTA ditamos que estávamos realmente preparados para enfrentar essa crise, entregando um produto com preço acessível, porém conferindo a mesma percepção de qualidade para a consumidora. Para nós, na crise de 2014 e 2015, isso foi muito importante. Só que depois da compra e da experimentação, é preciso gerar a recompra. E isso vem se confirmando. Com Urca, somos a 2ª marca de desinfetante do Brasil, e a 3ª marca de amaciante diluído. Baby Soft é a 2ª marca de amaciante, e estamos crescendo muito forte em sabão em pó. E na categoria de coco, somos a indústria líder. Estamos conseguindo conquistar esse espaço buscando inovações, seja em um novo conceito ou uma embalagem diferenciada e aumentando nossa malha de distribuição em todo o Brasil. EMBANEWS: Como vê as principais tendências no consumo de produtos de limpeza? JOÃO GANDOLFI: Um ponto interessante é que os afazeres domésticos não estão ficando só na mão da mulher. O homem começa a compartilhar alguns afazeres domésticos. Isso faz com que eu tenha que desenvolver o produto pensando não só na mulher, preciso pensar no shopper, aquele que vai comprar e que nem sempre é quem vai utilizar
o produto. Esse é um movimento que foi acelerado pela crise. O mesmo aconteceu com a compra por atacado e o crescimento dos atacarejos, devido ao preço mais competitivo desse canal, numa situação de compartilhamento da compra por várias famílias, principalmente nas classes C/D. Nessa situação as embalagens grandes ganham importância. As embalagens de 5 litros/ kg crescem em números absurdos, seja de sabão em pó, sabão líquido ou amaciante. Quando olhamos o mercado das classes AB, nos grandes centros urbanos, vemos a importância dos produtos ecológicos. É um público preocupado com as questões ambientais. Hoje temos uma marca chamada Amazon, voltada para esse consumidor, que entende o propósito da marca, porém ele sabe que o produto não precisa ser o mais caro por causa disso. Outra tendência, dentro do mercado de amaciantes, é a busca pela conveniência. A consumidora não quer um amaciante para cada tipo de roupa, para cada momento, ela quer ter o amaciante da família, da casa. EMBANEWS: A Gtex atua em sabão líquido? Como vê esse mercado no Brasil? JOÃO GANDOLFI: Sim, estamos
nessa categoria. O sabão líquido no Brasil é uma realidade nos grandes centros, mas o Brasil é enorme e tem muitos consumidores que ainda usam o tanquinho. E daí, numa próxima aquisição, passarão para uma máquina top load, daí para uma front load, e então para uma lava e seca. Hoje, apenas 1% da população brasileira tem uma lava e seca, portanto, existe um espaço muito grande para o sabão em pó. Nos grandes centros, a proporção entre sabão líquido e em pó é quase meio a meio e esse crescimento aconteceu rápido, nos últimos 5 a 6 anos. Diferentemente do amaciante concentrado que não teve uma evolução tão acelerada. O conceito exige que a consumidora entenda que usar meia tampinha do amaciante vai ter o mesmo efeito que as duas tampinhas que ela usava do amaciante diluído. Mas isso requer mudança de percepção e de hábito, que pode demorar um pouco mais. Hoje diria que a proporção de uso está numa faixa 70% - 30%, para o diluído e o concentrado. EMBANEWS: Como a questão ambiental está impactando o setor de limpeza? JOÃO GANDOLFI: Há pesquisas que mostram que o Brasil é o país com consumidores mais engajados com a questão da sustentabilidade. Ele
Parte do portfolio da Gtex. Destaque para o frasco inovador com o logo na lateral, proporcionando estrutura ao frasco e menor consumo de matéria-prima AGOSTO 2018
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ENTREVISTA entende que realmente é preciso que algo seja feito e ele está disposto a fazer sua parte para ajudar ou seja há demanda para esse produto, tanto que estamos fazendo parceria com uma rede de varejo que vai lançar sua marca própria de produtos ecológicos. Além de nossa marca Amazon, de sabão em pó com matérias-primas naturais, controle de espumação, e que dispensa o segundo enxague, desenvolvemos um limpa-vidro ecológico. A diferença é que as matérias primas são extraídas de fontes renováveis, e o principal ativo vem da casca da laranja, totalmente atóxico, e que antes era descartado. A redução no consumo de água também é uma preocupação geral da indústria, daí também a tendência para produtos mais concentrados na formulação, e que na utilização pelo consumidor também exijam menor consumo. EMBANEWS: Como vê a evolução do e-commerce para produtos de limpeza? JOÃO GANDOLFI: O e-commerce vem atender o consumidor que preza a conveniência e a comodidade. Esse tipo de canal ainda é muito pequeno mas cresce e atinge principalmente consumidores mais jovens. E ocorre na verdade um mix nos canais: em alguns autosserviços a compra pode ser feita por telefone e entregue na casa; ou a compra pelo e-commerce, com retirada na loja ou entrega em casa. A Gtex atua com a parceria da Home Refill, uma plataforma que trabalha multiprodutos, em todas as categorias, para comercializar os nossos produtos através do e-commerce. Porém, o produto de limpeza ainda enfrenta algumas barreiras, um deles é o peso. Além disso, há a questão da fragrância, porque o consumidor tem a necessidade de sentir o perfume antes, principalmente no caso de uma primeira compra. EMBANEWS: A empresa fez investimentos recentes? JOÃO GANDOLFI: Nos últimos 12 a 18 meses, a empresa destinou cerca de 10 milhões de reais em investimentos fabris para a melhoria de produtividade e novas tecnologias, e também na comunicação, para que o consumidor tenha contato com a marca em diferentes momentos, não 22
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apenas no ponto de venda. Estamos trabalhando o chamado marketing 360. Um canal que cresce em importância são as influenciadoras nas redes sociais. Hoje, é preciso estar presente 360º para que em algum momento consigamos atingir um público diferente e renovar sempre. EMBANEWS: Quais são os principais requisitos para os fornecedores de embalagem da empresa? JOÃO GANDOLFI: É importante que a embalagem tenha qualidade, e que nossos fornecedores possam nos apresentar opções de novos materiais e tecnologias, além do bom relacionamento. Buscamos mais que fornecedores, buscamos parceiros. Trabalhamos com a agência Open D para o design das embalagens e entre nossos principais fornecedores de embalagem estão a Engra e a Greco e Guerreiro.
“ENTENDEMOS QUE SEJA IMPORTANTE UMA RETOMADA DOS INVESTIMENTOS PARA QUE A ECONOMIA VOLTE A SE MOVIMENTAR E DÊ CONTINUIDADE AO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DO MERCADO.”
EMBANEWS: Como a empresa trabalha a questão da inovação? JOÃO GANDOLFI: A área de inovação atua próxima ao marketing e ao P&D, e conta com a participação atuante dos conselheiros. Um exemplo: somos a única empresa a ter a logomarca na lateral do nosso frasco de PET e polietileno. Mesmo sem o rótulo eu consigo identificar meu produto. Mas fizemos isso, não por uma questão estética ou de marketing apenas. Foi um expediente para dar uma melhor estrutura ao frasco, possibilitando assim reduzir a espessura da parede do frasco e o consumo de plástico. Essa foi uma das soluções que o presidente do conselho, sr. Domingues, trabalhou junto com toda a equipe, e partiu dele a iniciativa.
Lançamento do amaciante Baby Soft em embalagem com master preto, impacto na gôndola
É um case de sucesso, totalmente inovador. Um outro tipo de inovação da Gtex é o desenvolvimento de produtos não testados em animais. Estamos colocando um selo em nossas embalagens, que explicita nosso compromisso. Eu sou responsável pelas redes sociais das marcas e recebo por semana várias mensagens que perguntam se testamos produtos em animais. Então por que não nos anteciparmos e explicarmos nossa posição na embalagem? Essa é uma condição que envolve a cadeia de fornecedores. Já entre os lançamentos está o sabão em pó de coco, em sachê plástico reciclável, substituindo a embalagem anterior de cartão mais saco plástico interno. É que este é um produto que não pode ficar em contato direto com o cartão, pois empedra. E apresentamos há pouco uma novidade na categoria de amaciante, para a marca Baby Soft: uma embalagem preta que contrasta com as cores do rótulo, e confere força à marca. E com a marca Urca, com a qual lideramos a categoria de coco, lançamos o primeiro amaciante do mercado com fragrância de coco. Outros lançamentos já estão a caminho ao longo do ano.
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UM FINAL DE LINHA OPTIMA DO BRASIL FAZ LANÇAMENTO MUNDIAL DA ENCAIXOTADORA CP4 NG
U
m estágio importante em uma linha de embalagem é a etapa final, que abrange equipamentos como encaixotadoras, enfardadeiras, paletizadoras, entre outros equipamentos, responsáveis por acondicionar as embalagens primárias e secundárias em embalagens apropriadas para o transporte e armazenagem. Com a crescente demanda por produtividade nas indústrias, o final de linha é ainda uma das etapas críticas em muitas indústrias, que em muitos casos utilizam operações manuais ou semi-manuais, prejudicando
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ganhos de produtividade obtidos em outras fases da produção. Para atender esse estágio da produção, a Optima do Brasil está lançando a encaixatodora CP4 NG, que pode ser utilizado para encaixotar produtos de diferentes tamanhos e formatos, como pacotes, cartuchos, potes e frascos. O equipamento, com fabricação totalmente nacional, é um lançamento da Optima do Brasil para o mundo todo. Segundo Ivair Fontana Santos, Diretor de Vendas da Optima para América Latina, em breve a CP4 NG também receberá a marcação CE, que permitirá a
sua comercialização para todo o mercado europeu. “As expectativas são muito boas. A primeira máquina desta nova geração de encaixotadora estará pronta no mês de agosto para demonstração na Optima do Brasil. Dois equipamentos já foram vendidos, um deverá ser entregue ainda este ano e o outro no primeiro semestre de 2019”, afirma Ivair. A Optima CP4 NG é uma solução completa, que reúne todas as funções de encaixotamento: módulo de armação de caixa, agrupamento dos produtos, alimentação dos produtos de modo vertical, por
VERSÁTIL E PRODUTIVO
meio de um sistema pick and place, gantry ou robótico, e fechamento da caixa, totalmente integrados em um único equipamento, com um layout bastante compacto. Com rápida troca de formato, sem necessidade de uso de ferramentas especiais, a encaixotadora oferece uma capacidade de produção de até 20 caixas/minuto, com possibilidade de trabalhar com uma gama de qualidade de caixas mais ampla, devido ao maior controle dos processos de armação e transporte. Segundo Ivair Fontana Santos, um dos diferenciais do equipamento
é o seu excelente custo benefício; proporcionar uma instalação e um início de produção rápidos, além da estabilidade e confiabilidade dos processos de produção, e fácil acesso para ajustes, manutenção e limpeza. Todas as portas de acesso são fabricadas em vidro temperado em vez de policarbonato. O equipamento apresenta ainda funções básicas de controle de fim de caixa, controle do fim e rompimento da fita adesiva e acúmulo mínimo de produtos. O fechamento da caixa pode ser feito por fita adesiva ou hot melt. Para o operador, as condições ergonômicas são
consideradas excelentes. “Nossos profissionais garantem a entrega de soluções adaptadas às demandas da indústria. Com uma equipe pós-vendas altamente treinada, a Optima garante total apoio na execução de um startup vertical e na transferência de conhecimentos para a equipe local, garantindo a atualização constante do equipamento e uma produção com os melhores indicadores (KPI´s)”, conclui Ivair.
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SUSTENTABILIDADE
A construção de uma economia circular depende de toda a sociedade A MUDANÇA SISTÊMICA NECESSÁRIA SOMENTE OCORRERÁ QUANDO OS DIFERENTES AGENTES SOCIAIS - SETOR PRIVADO, ESFERA PÚBLICA E CONSUMIDOR - ASSUMIREM OS SEUS PAPÉIS
C
om o crescimento da população e do consumo, a questão da destinação correta dos resíduos torna-se urgente. Não podemos mais aceitar que apenas 14% das embalagens plásticas usadas no mundo sejam coletadas para reciclagem. A urgência do tema é corroborada pelo espaço e atenção que vem recebendo no Fórum Econômico Mundial, ocasião em que chefes de estado e líderes do mundo dos negócios atraem a atenção de todo o mundo. Na ocasião, as empresas foram convocadas a se engajar na transição para uma economia circular. Para que isso de fato ocorra, a transição do discurso para a prática mostra-se fundamental e imperativa. É preciso que as empresas invistam em inovações que possibilitem tanto a redução da geração de resíduos como a melhoria na destinação por meio de processos que viabilizem a reutilização e reciclagem das embalagens plásticas. Também é necessário que se comprometam a adotar embalagens 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025 e estabeleçam metas para o pós-consumo, compartilhando essa responsabilidade com o consumidor. A indústria deve ainda fomentar o desenvolvimento de um “Protocolo Global de Plásticos” - que determine padrões em relação aos materiais que podem ser usados e garanta, assim, uma infraestrutura de reciclagem economicamente viável -, além de liderar discussões com o setor público para promover melhorias na infraestrutura da gestão do lixo. São questões complexas, urgentes e que exigem o empenho e articulação de toda a sociedade. Não obstante a responsabilidade 28
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seja compartilhada, a indústria precisa se unir para enfrentar a questão e assumir um papel de liderança visando acelerar o processo de transição para uma economia circular. O setor produtivo está diante da oportunidade de agir como articulador das diferentes forças sociais - poder público, setor privado e sociedade civil - em prol de um objetivo em comum. Vale reforçar que a gestão de resíduos permeia toda a cadeia produtiva até chegar ao consumidor e está posta nas mais diferentes realidades, entre pequenas cidades e grandes centros urbanos de países desenvolvidos ou emergentes. Esta complexidade nos desafia diariamente e nos mostra que as soluções não são e nem serão padronizadas. Pelo contrário, as especificidades locais precisam ser levadas em conta. Neste sentido, é fundamental trabalhar em conjunto com toda a cadeia de valor para, desta forma, encontrar soluções efetivas. Também é necessário exigir dos parceiros de negócio que desenvolvam e coloquem em prática uma política de gestão de resíduos, construindo, desta forma, uma cadeia verdadeiramente limpa. Além do esforço dentro de casa e com parceiros, é decisivo fomentar um diálogo construtivo entre indústria e esfera pública para que realmente consigamos avançar. O governo é peça fundamental na busca por uma economia circular na medida em que tem a responsabilidade de fornecer parte da infraestrutura necessária para a gestão correta dos resíduos, além de ter papel crucial no desenvolvimento de um ambiente regulatório propício para a que a transição para a economia circular seja possível. Mas de nada adiantará esse esforço se o consumidor, que está na ponta do processo, não fizer a sua parte.
Independentemente do contexto, o tema tem como denominador comum o fato de fazer parte da vida de todos os habitantes do planeta e, por isso, somente uma ação coletiva trará os resultados esperados. Isso posto, fica claro que separar o lixo deve fazer parte do dia a dia da população. A indústria tem papel de fomentar esse hábito e de mostrar que é muito mais simples do que parece. Um exemplo é a campanha “Separe. Não Pare”, do CEMPRE (Compromisso empresarial para a Reciclagem) http://separenaopare.com.br/ Além de separar, o consumidor tem que ficar atento se a região onde mora conta com coleta seletiva. Em caso negativo, basta levar o lixo reciclável em um ponto de entrega voluntária (PEV) ou em uma cooperativa. Pode parecer trabalhoso, mas é um hábito que contribuirá para a construção de um futuro promissor para todos. Para além das responsabilidades de cada um, a questão torna-se ainda mais relevante no Brasil quando consideramos o seu peso social. A reciclagem tornou-se um meio de vida para muitas pessoas e a indústria pode contribuir para a inclusão, profissionalização e melhora das condições de trabalho dos catadores. Não podemos negar que o desafio é gigantesco por seu tamanho e complexidade, mas não é comparável ao cenário que enfrentaremos se não agirmos coletivamente com agilidade e empenho. ANTONIO CALCAGNOTTO Head de Assuntos Corporativos e de Sustentabilidade da Unilever Brasil
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A DIFERENÇA QUE FAZ A CERTIFICAÇÃO FSC® CERTIFICAR-SE PERMITE QUE AS EMPRESAS COMUNIQUEM SUAS BOAS PRÁTICAS E SEJAM RECONHECIDAS POR UM CRESCENTE NÚMERO DE “COMPRADORES” CONSCIENTES
J
á está claro que a sustentabilidade não é mais um mero modismo e o tema só vem ganhando corpo e força. Além disso, empresas e pessoas demonstram crescente convencimento de que é possível, sim, produzir e exigir artigos que respeitem o meio ambiente. Cada vez mais, os consumidores tornam-se exigentes e críticos frente a questões relacionados a condições de trabalho e preservação das florestas. Nesse sentido, a certificação FSC é uma importante ferramenta de desenvolvimento sustentável, por um lado, e de marketing, por outro. Isso porque, na ponta da produção, ela garante a origem do produto florestal, fruto do chamado manejo responsável, e a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva. Na prática, isso significa que desde a floresta até as prateleiras, houve o mínimo possível de impacto ambiental, com respeito aos trabalhadores e comunidades tradicionais. Na outra ponta, a da compra, o selo torna-se um diferencial competitivo que orienta o consumidor em suas decisões. Ou seja, ele faz a ponte entre a produção e o consumo responsáveis de produtos florestais. Certificar-se, portanto, permite que as empresas comuniquem suas boas práticas e sejam reconhecidas por um crescente número de “compradores” conscientes que dão preferência a produtos sustentáveis. Em 2017, o FSC fez uma pesquisa on-line global com consumidores para conhecer o seu nível de percep-
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ção sobre sustentabilidade. Foram realizadas mais de 10 mil entrevistas, em 13 países, incluindo o Brasil. O resultado deixou evidente que o tripé social, ambiental e econômico tem conquistado espaço nas nossas decisões cotidianas de compra. A metodologia comparou diversos fatores influenciadores na decisão de compra de produtos de papel e madeira. Alguns convencionais, como preço e qualidade; outros socioambientais, como proteção à natureza e reciclagem; e também ligados à origem, como produto local ou rastreável. Qualidade surgiu na primeira posição, seguida pelo manejo florestal responsável – o segundo fator mais importante na hora da compra. O consumidor brasileiro foi o que mais demonstrou preocupação com a origem desses produtos: 71% deles se importam com esta questão, bem acima da média mundial, que é de 54%. E aqui, vale destacar, 91% dos brasileiros esperam que as empresas garantam que seus produtos de madeira e papel não venham de desmatamento (contra 79% no mundo). Hoje, existem dois tipos principais de certificados FSC: o de manejo florestal, relacionado diretamente à gestão das florestas nativas e plantações florestais; e o de cadeia de custódia, que garante total rastreabilidade, desde a produção da matéria-prima até o consumidor final, passando por todos os processos de manufatura. Depois de receber a certificação, essas empresas podem vender, promover e distribuir produ-
tos com o logo do FSC – a famosa arvorezinha. A mesma, que, no Brasil, segundo a pesquisa, influenciou a compra de 87% das pessoas que se recordam de ter comprado produtos certificados. Todas as empresas que produzem e processam produtos com matérias-primas de origem florestal, como serrarias, marcenarias, designers, indústrias e gráficas, podem obter a certificação FSC de Cadeia de Custódia. Para isso, basta procurar uma certificadora credenciada, aprovar o orçamento e fazer as pré-auditorias. Identificadas eventuais não conformidades, é estabelecido um prazo para que sejam feitos os ajustes. Com tudo de acordo com as normas, é emitido o certificado FSC, que tem validade de cinco anos e está sujeito a auditorias anuais de validação. Ao traduzirem em ações seu comprometimento com a responsabilidade socioambiental e comunicarem isso por meio do selo FSC, reconhecido mundialmente, empresas como as de embalagem fazem o bem, contribuem para a preservação dos recursos naturais e, de quebra, conquistam a simpatia e a confiança do mercado.
ALINE TRISTÃO BERNARDES Diretora de Pesquisa & Diretora Executiva do FSC Brasil aline@fsc.org.br
DIRETO AO PONTO
A embalagem E O SUPERMERCADO ONLINE TETRA PAK INDEX DESTE ANO FORNECE INSIGHTS SOBRE ESSE NOVO MUNDO MULTICANAL DE COMPRAS DE MERCADO
O
estudo Tetra Pak Index, lançado no Brasil, em sua 11ª edição, foca na ascensão do supermercado online e nas oportunidades que ele traz para o setor de alimentos e bebidas. Alexandre de Souza Carvalho, Diretor de Serviços de Marketing Global da Tetra Pak, comenta os principais pontos.
Com a produção de cerca de 190 bilhões de embalagens por ano, a Tetra Pak oferece um alcance potencial das embalagens digitais substancialmente maior que o de qualquer plataforma de mídia social. No Brasil, o mercado de embalagens inteligentes, porém, ainda depende de tecnologias que viabilizem a sua produção em escala industrial, mas essa é uma tendência sem volta.
EMBANEWS: Como vê o avanço do supermercado online no Brasil e como isso deverá impactar nas vendas de alimentos e bebidas? ALEXANDRE CARVALHO: Enquanto outros países têm registrado avanços interessantes na oferta de alimentos e bebidas em plataformas digitais, o Brasil é classificado como um mercado ainda resistente ao supermercado online. Globalmente, o modelo de negócio movimenta US$ 44,5 bilhões e deverá registrar expansão de 17,4% até 2022. No Brasil, a sua penetração é de 0,2%, o que representa US$ 75 milhões. O crescimento do supermercado online no Brasil deverá ser de 6,5% nos próximos cinco anos. No Brasil, o perfil do consumidor local ainda é bastante ligado às suas marcas de preferência e tende a valorizar experiências que lhe permitam tocar e sentir os produtos. Contudo, cerca de metade das compras realizadas em lojas físicas tem origem nos canais online. Ou seja, o consumidor atual é cada vez mais omnichannel. Como grande tendência veremos o avanço de varejistas com canais físicos bem estabelecidos para ambientes digitais, e vice-versa. Em resumo, o consumidor está em todo lugar e os varejistas também precisarão estar.
EMBANEWS: Pode nos dar exemplos em que a embalagem inteligente pode ajudar o brand owner? ALEXANDRE CARVALHO: Recentemente, tivemos um caso interessante que ilustra a importância da rastreabilidade nas embalagens. Um dos nossos clientes na Arábia Saudita nos procurou querendo introduzir códigos únicos às suas embalagens, que deveriam ser escaneados pelos consumidores para que tivessem acesso a uma promoção exclusiva. Com a promoção iniciada, notamos que muitos dos escaneamentos ocorriam em uma região do país onde a distribuição do produto era limitada, o que nos fez perceber que muitas pessoas deveriam estar comprando o produto em outros locais e escanceando o código somente ao chegar em casa. Ao levar este dado ao nosso cliente, pudemos orientá-lo a melhorar a distribuição do produto naquela região em específico. Em outras palavras, a rastreabilidade das embalagens nos permitiu identificar uma demanda reprimida. Na Espanha, a companhia láctea Puleva introduziu códigos únicos às suas embalagens de leite aromatizado para possibilitar um novo formato de interação com os seus consumidores e, em paralelo, as informações obtidas estão sendo vantajosas para o desenvolvimento de novas estratégias de vendas e o posicionamento de novos produtos.
EMBANEWS: De que formas a embalagem pode agregar ao produto e ao brand owner no canal digital? ALEXANDRE CARVALHO: A tecnologia está transformando tanto as cadeias de suprimento quanto a relação do consumidor com as compras e os produtos - especialmente com relação à embalagem inteligente. Graças à impressão digital, agora é possível imprimir códigos digitais únicos em todas as embalagens. Com uma cadeia de suprimentos interligada de ponta a ponta, as marcas podem tornar a rastreabilidade mais transparente, oferecendo aos consumidores informações até o local de origem de um determinado produto. O fluxo de informações pode ser bidirecional, permitindo que os produtores capturem informações específicas e valiosas a respeito de seus consumidores - para melhor compreendê-los e suas necessidades de consumo e interagir com eles. 32
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EMBANEWS: Que tipo de soluções a Tetra Pak oferece nessa área? ALEXANDRE CARVALHO: A Tetra Pak tem trabalhado no desenvolvimento de códigos únicos que possam ser aplicados nas embalagens a fim de permitir novos formatos de interação com o consumidor e, em outra frente, que possibilitem o rastreamento de cada caixinha ao longo da cadeia de produção e distribuição. Em todo o mundo, temos mais de 30 projetos do tipo em andamento, sendo alguns deles no Brasil. A depender do escopo do projeto e dos objetivos finais do cliente, podemos trabalhar com identificação por radiofrequência (RFID) e códigos Quick Response (QR codes) nas embalagens. O estudo pode ser baixado em www.tetrapak.com/br/about/tetra-pak-index
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CONSUMO CONSCIENTE
EMBALAGENS AJUDAM NA LUTA CONTRA O DESPERDÍCIO MUNDIAL DE ALIMENTOS AO GARANTIR A SEGURANÇA DO ALIMENTO, EMBALAGEM REDUZ TAMBÉM O DESPERDÍCIO DE ÁGUA, ENERGIA E INSUMOS
S
egundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mundialmente, desperdiçamos 1,3 bilhão de toneladas de comida todo ano. Isso representa cerca de 100 quilos de comida por pessoa no lixo. Em um mundo onde a fome ainda assola 108 milhões de pessoas, onde as mudanças climáticas demandam o uso eficiente de todos os insumos, como água e energia, esse desperdício é inaceitável. Perdemos esses alimentos nas fazendas, no transporte, no varejo, nas residências, etc. Segundo a própria FAO, o comportamento do consumidor é um fator fundamental nesse processo de redução de desperdício. No Brasil, estima-se que 56% da população queira ativamente reduzir esses índices em casa. Alguns esforços nesse sentido passam por consumo consciente, o melhor aproveitamento de todas as partes do alimento e a aquisição de volumes mais assertivos, entre outros. Nessa hora, a indústria pode ajudar oferecendo embalagens com porções diferentes para a necessidade de cada família. Aliás, as embalagens podem ser uma importante ferramenta para
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ajudar a combater o desperdício ao garantir a segurança do alimento. O setor de árvores plantadas tem investido no desenvolvimento de novas tecnologias, com a criação de embalagens de papel mais seguras, práticas e com diferenciais adaptados para mais produtos da indústria alimentícia. Essas novas soluções, como embalagens de papelcartão desenvolvidas especialmente para embalagem de frutas, viabilizando o aumento da exportação, além de novas aplicações, como a possível adoção de formas inovadoras de embalagens no transporte de grãos brutos, são possíveis caminhos para reduzir esses desperdícios. Para se ter uma ideia, segundo a FAO, vão para o lixo 45% das frutas produzidas e 20% dos grãos de oleaginosas colhidos. Segundo levantamento da Mintel sobre tendências de embalagem e consumo, com todo o alvoroço sobre o descarte de lixo nos oceanos, as empresas começam a buscar insumos mais amigáveis para o meio ambiente para embalar seus produtos e envolver suas marcas. Por isso, cada vez se presta mais atenção para o material usado, pensando em todo
o ciclo e também na sustentabilidade desse produto. Feitos de fibras naturais oriundas de florestas, em um processo 100% renovável, benéfica à biodiversidade, as embalagens de papel ondulado, papelcartão, sacos industriais têm sido indicados por entidades e grupos ao redor do mundo graças a sua sustentabilidade. Considerando o tamanho do segmento de embalagens, dados da consultoria especializada Smithers Pira indicam que, em 2017, o setor de embalagens movimentou US$ 851,1 bilhões; é fundamental que o consumidor também dedique um pouco de atenção para as escolhas das embalagens e para o seu processo de descarte.
ELIZABETH DE CARVALHAES Presidente Executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Energia da International Chamber of Commerce (ICC) do Brasil, faleconosco@iba.org
Fundada em 1977, a CONTERV é uma consultoria com notório reconhecimento no mercado em seus campos de atuação. Com foco total na necessidade de seus clientes, atendimento dedicado, personalizado e com honorários somente ”ad exitum”, a empresa vem contribuindo há mais de 40 anos no crescimento de seus parceiros, sendo a maior consultoria em Ex-Tarifário no Brasil, seguindo sempre nossos valores de ética e integridade.
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Centro Brasil Design está em constante evolução. E mais uma vez fomos em busca de conhecimento para aplicar em nossas consultorias e programas. Desta vez fomos à Fancy Foods, feira que aconteceu no início de julho em Nova York. Lá entendemos melhor o mercado americano e a influência que ele tem no resto do mundo. Uma coisa ficou clara: as minorias estão ditando as tendências no segmento de alimentos. Os lançamentos estão voltados aos consumidores com restrições alimentares e aos que buscam produtos mais naturais. Pesquisas revelam que os petiscos saudáveis são consumidos mais frequentemente pelos Millennials (pessoas com até 30 anos), que exigem embalagens informativas e claras, com destaque aos detalhes nutricionais e ingredientes utilizados. Vimos que as empresas estão adotando esse posicionamento mais saudável, com a aposta de terem produtos cada vez menos industrializados. Tanto é que os refrigerantes
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têm menor apelo sobre os Millennials do que sobre pessoas de outra geração. Eles estão consumindo muito sucos, chás e cafés. Grandes marcas como Coca-Cola Company e Pepsico precisarão se reinventar! O “Megatrend Analysis: Putting the Consumer at the Heart of Business”, da Euromonitor International, indicou algumas das tendências que serão influentes até 2030. E uma delas é a “De volta à natureza” e não ao açúcar, o movimento que as indústrias estão fazendo para controlar o peso da população e promover a nutrição e o bem-estar. Com isso, snacks saudáveis, grãos e as gorduras boas vêm com força total. Um case interessante é da marca Starbucks, que hoje tem mais de 28 mil lojas físicas no mundo. A Starbucks tem o menu fixo e, para atender os Millennials, a marca lança novos cafés e chás que permanecem no menu temporariamente. Esta ação faz com que os consumidores aguardem e acompanhem a marca sempre. É uma super estratégia de fidelização do cliente. A gigante Star-
bucks comprou também a marca Teavana (marca de chá querida dos norte-americanos) e, pasmem, fechou as lojas físicas e incorporou os produtos ao cardápio Starbucks. Outra super tendência é dizer de onde veio. Pequenos produtores ganham espaço nos mercados locais e dizem na embalagem: Somos pequenos, nossa produção é sem adição de conservantes e agrotóxicos. Uma dica: entender o mercado, comunicar bem, contar uma linda história e fazer uma embalagem que conquiste consumidores. Como? Com design! Contrate um bom profissional e ganhe mercado! O Centro Brasil Design pode ajudar você!
JULIANA BUSO Coordenadora de Projetos e Relações Internacionais do Centro Brasil Design juliana@cbd.org.br
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BRANDNEWS - SIMBIOS-PACK E ARKI PACKAGING
SEGMENTAÇÃO E SINERGIA SIMBIOS-PACK E ARKI PACKAGING SEGMENTAM ATIVIDADES, PORÉM SE BENEFICIAM DA ESTRUTURA E DA SINERGIA GERADA
A
Simbios-Pack e a Arki Packaging são duas empresas que se estabeleceram no mercado brasileiro ao representar as principais marcas mundiais de máquinas para fabricação e acondicionamento de produtos em embalagens. Com um amplo portfolio de máquinas e equipamentos, reconhecidos internacionalmente, as duas empresas tornaram-se as principais referências em soluções de alta performance e tecnologia em seus segmentos: a Simbios-Pack em cosmético, perfumaria e farmacêutico, e a Arki
Packaging em confectionery e alimentos. No portfolio da Simbios-Pack, estão envasadoras de potes e bisnagas, tampadoras, rotuladoras, encartuchadoras, celofanadoras, empacotadoras para a indústria de cosméticos e farmacêutica, além de envasadoras para produtos de maquiagem como pós compactos, batom, gloss, esmaltes, entre outros equipamentos. No portfolio da Arki estão equipamentos para produção e embalagem de balas, chicletes, caramelos, pirulitos, chocolates, com ou sem
Guilherme e Henrique Arcuri, na FCE Cosmetique: lançamentos para a indústria de cosméticos 38
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recheio, misturadores, embaladoras, encartuchadoras, entre outros. Essa especialização das duas empresas em segmentos distintos aconteceu mais recentemente, e foi anunciada durante as feiras FCE Pharma/FCE Cosmetique e Fispal Tecnologia, em São Paulo. “Entendemos que o enfoque em grupos específicos é o caminho natural, afinal, clientes de diferentes mercados requerem produtos e serviços dedicados”, afirma Guilherme Arcuri, diretor da Simbios-Pack. “Relacionamos cada empresa, Simbios e Arki, e suas marcas, ao seu ambiente,
Anúncio oficial da segmentação da Arki para o setor de confecctionary e alimentos, durante a Fispal Tecnologia
PORTFOLIO DE MARCAS
capacitando-as para o atendimento direcionado e eficaz de seus clientes e parceiros, e ao alcance da cadeia de valor como um todo”, completa. Para Henrique Arcuri, diretor da Arki Packaging, o mercado brasileiro de alimentos, especificamente o segmento de Confectionery, corresponde a um dos mais expressivos do mundo, com a presença das principais companhias globais, além de empresas nacionais de grande relevância. Algumas marcas já consolidadas no Brasil, como a Theegarten, Hansel Processing, Proform, GEA e Wymbs contam agora com o selo Arki Packaging, enquanto outras marcas estão desembarcando com o mesmo objetivo de tornarem-se referências em um curto prazo. Um dos pontos fortes comum às duas empresas é o atendimento e qualidade dos serviços. Ambas contam com equipes multidisciplinares altamente qualificadas, formadas por técnicos próprios e treinados pelos fabricantes internacionais. “Prezamos pela excelência dos nossos produtos e serviços, através da oferta de peças e componentes originais, além de serviços credenciados”, diz Guilherme. No portfolio de serviços estão a assistência técnica local ou híbrida, com técnicos internacionais; treinamentos, comissionamentos e propostas de otimização de processos; planos de manutenção; suporte em peças de reposição, formatos e upgrades; projetos de engenharia de linha – design técnico, execução do projeto e gerenciamento. Simbios-Pack e Arki Packaging fazem parte de um grupo de empresas com mais de 45 anos de tradição no segmento de embalagens. Também compõem o grupo, as empresas Igaratiba, Moltec e Tiba-UD. “Temos a intenção de promover a geração e o intercâmbio de conhecimento tecnológico e cultural no âmbito nacional e global. Para isso, buscamos sempre trabalhar com as principais organizações do mercado, que possam atender os clientes que prezam pelo crescimento econômico e sustentável”, afirma Guilherme. www.simbios-pack.com.br; arkipackaging.com.br/
SIMBIOS-PACK
ARKI PACKAGING
IWK - envase de bisnagas e encartuchadoras Sollas - Celofanadoras, sistemas de agrupamento e empacotadoras PKB - Envasadoras e tampadoras para perfumes, colônias, géis, loções, esmalte Vetraco Group - Envasadoras de pó compacto, batom, lápis, máscara, gloss BCM - Alimentadores e orientadores multiformatos de frascos Cariba - Encartuchadoras horizontais ou verticais, e case packers Pago / Fuji Seal - Cabeçotes de rotulagem, rotuladoras Ekato Systems - Misturadores, reatores e instalações de plantas industriais Relco - Sistemas de aplicação de selos e lacres por indução e alta frequência
Theegarten Pactec - equipamentos de embalagem para balas, chicles, chocolate Hansel Processing – cozimento e caramelização de balas, produção de doces Proform - Intruder, extrusoras, misturadores, formadoras, túneis, etc GEA - Máquinas formadoras e embaladoras de pirulitos e smart packers WDS - processamento e fabricação de chocolate, candy, caramelo, fondant, etc. Wymbs - manifolds de deposição, manifolds para cobertura e extrusão, etc. Trefa - Misturadores contínuos e sistemas de aeração Sollas - Celofanadoras, sistemas de agrupamento e empacotadoras Cariba – Encartuchadoras e encaixotadoras
FRONTEIRAS
FOTO FUTUREPACK
O futuro é dos produtos orgânicos À MEDIDA QUE A POPULAÇÃO PREOCUPADA COM A SAÚDE INVESTE E COMPRA OS PRODUTOS, OS ORGÂNICOS COMEÇAM A FICAR MAIS ACESSÍVEIS
O
s produtos orgânicos sempre foram preferidos pela maioria da população, sua promessa de origem certificada, às vezes, não encontra adesão em função dos preços praticados. Os preços mantinham-se altos em função da escala, que não crescia porque não vendia. À medida que a população preocupada com a saúde investe e compra os produtos, a equação vai se alterando e os orgânicos começam a ficar mais acessíveis. O crescimento dos produtos orgânicos, na Alemanha e países nórdicos (Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia), chega a impressionar. Já há grandes redes de supermercados que vendem exclusivamente produtos orgânicos, ou no máximo naturais, como Denis, Bio Basic e o ALNATURA. O ALNATURA inaugurou grandes lojas em Munique e Dusseldorf, na Alemanha, entre outras cidades. Marcas importantes como, por exemplo, a OGO, da Dinamarca, conta até mesmo com o selo da Dinamarca, além do europeu. A marca está presente em todas as cadeias de supermercados, além de lojas de conveniência. O padrão de decoração da embalagem que usa fundo de madeira e frutas é uma referência do segmento de sucos saudáveis. 40
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Outra marca-referência é a Änglamark da COOP. São produtos caracterizados por não conter alergênicos e serem produtos “amigos do ambiente” e, claro, produzidos organicamente. A COOP é uma empresa que opera principalmente na Dinamarca, Finlândia, e demais países nórdicos. Conta com grandes redes de supermercados, como o IRMA e COOP, entre outros, onde têm várias marcas próprias. A Änglamark, também conhecida como Ä COOP, tem uma ampla linha de produtos, como sucos, papinhas para crianças, leites, até produtos pessoais, como xampu para crianças hipoalérgicas. Suas embalagens são sempre delicadas, com design suave, degradês, frutas cortadas, num contexto de pratos saudáveis e naturais. As informações nutricionais são muito bem cuidadas, diria que primorosas. Todos os selos ambientais são claramente aplicados. A linha de produtos pessoais é clean, apostando no “menos é mais”: frascos translúcidos, cilíndricos, simples, com ilustração naif (infantil). Nem por isso, a marca abriu mão da conveniência da mãe: tem válvula pump para aplicação do produto. A marca ARLA embora não atue com produtos orgânicos, vende produtos mais “naturais” e frescos
possíveis, como promete o leite “24 horas do campo até o supermercado”. Uma das laterais da embalagem é usada apenas para explicar este fluxo. Na Alemanha, redes como Denis, BioBasic e ALNATURA têm suas marcas próprias que também se estendem para várias categorias. Destacaria a marca Bio Bio que é uma grande referência alemã no segmente de orgânicos. Suas embalagens têm design clássico, com fundo claro, folhas e frutas. A marca alemã de produtos pessoais ALVIANA oferece sabonetes veganos em embalagens transparentes com a aplicação de selo autoadesivo para informações. Oxalá, as embalagens dos nossos produtos orgânicos trilhem caminhos como estes, utilizando cada vez mais: Embalagem melhor para um mundo melhor.
ASSUNTA N. CAMILO Diretora da FuturePack Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens atendimento@institutode embalagens.com.br
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Transforme o conhecimento em desenvolvimento para a sua empresa. Participe do 4ª Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos e tenha a oportunidade de estar junto com as principais personalidades do setor. Venha debater o protagonismo da indústria no crescimento do Brasil, como as tecnologias disruptivas afetarão a indústria, a nova dinâmica internacional e o cenário eleitoral.
Conheça alguns dos palestrantes que participarão do evento:
Murilo Aragão Cientista Político
Cristina Palmaka Presidente da SAP Brasil
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Dan Ioschpe Presidente do Sindipeças
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As inscrições para o Prêmio EMBANEWS 2019 abrem em agosto! O Prêmio Brasileiro de Embalagem EMBANEWS, realizado anualmente pela revista EMBANEWS, irá para sua 28ª edição, e já premiou mais de 2.500 embalagens e tecnologias neste período, valorizando a empresa e o profissional do setor. Na edição do Prêmio EMBANEWS 2018 foram 82 peças premiadas. As peças podem ser inscritas nas categorias Design; Marketing; Tecnologia e Qualidade; Máquinas, Equipamentos e Sistemas; Sustentabilidade; Luxo; Premium; Matéria-prima e Insumos para Embalagem; Pesquisa; Inovação e Logística. Separe aquela embalagem de sua empresa que trouxe uma nova proposta, um conceito diferenciado, um novo uso, maior conveniência, contribuiu para a sustentabilidade, trouxe beleza ao ponto de venda, enfim as possibilidades são muitas. Confira o regulamento em www.embanews.com.br/ premio-embanews e conheça as embalagens premiadas em 2018 em https://issuu.com/embanews/docs/ embanews_premio_2018 Inspire-se e participe! Informações: premio@embanews.com www.embanews.com.br/premio-embanews
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O PLÁSTICO ESTÁ EM TUDO. E, EM BREVE, ESTARÁ EM PAUTA! PARTICIPE DO 3º CONGRESSO BRASILEIRO DO PLÁSTICO Promovido pelos três Sindicatos gaúchos da indústria de transformação do plástico - Sinplast, Simplás e Simplavi o evento reúne, a cada edição, especialistas nacionais e internacionais em debates que abordam evoluções, cases e tecnologias relacionadas ao plástico, uma das matérias-primas mais estudadas e inovadoras no mundo, além de grande parceira da sociedade. Uma oportunidade única de atualização e troca de experiências!
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EMBALAGENS VENCEDORAS DO PRÊMIO EMBANEWS ESTÃO APTAS A PARTICIPAR! Um plus que as embalagens conquistam ao serem premiadas no Prêmio Embanews é que se tornam aptas a participarem do Worlsdtar Awards, o prêmio internacional da embalagem realizado pela WPO – World Packaging Organisation. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 20 de setembro pelo site. As embalagens serão julgadas em Jinan, na China, no dia 24 de outubro, durante o 2º Encontro da Diretoria da WPO de 2018. Os resultados serão anunciados em dezembro e a premiação e noite de gala acontecerão em maio de 2019, em Praga, na República Tcheca. O Prêmio WorldStar é um dos maiores eventos da WPO e ilustra o contínuo avanço no design e tecnologia de embalagem, criando padrões de excelência internacional. Podem se inscrever no WorldStar as embalagens que receberam reconhecimento em um prêmio nacional ou regional, seja no ano atual ou no anterior. Fazem parte do corpo de jurados representantes da WPO dos países membros e um representante da IPPO – International Packaging Press Organisation.
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3º CONGRESSO BRASILEIRO DO PLÁSTICO
DEBATE EM PROFUNDIDADE
Nos dias 15 e 16 de outubro de 2018, Porto Alegre (RS) sedia a 3ª edição do Congresso Brasileiro do Plástico (CBP), no Centro de Eventos da PUCRS. O objetivo será debater a importância do plástico para o desenvolvimento. O evento é promovido pelos três Sindicatos gaúchos da indústria de transformação do plástico: Sinplast – Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS; Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho; e Simplavi – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Vale do Vinhedos. A cada edição, reúne especialistas nacionais e internacionais em debates que abordam evoluções, cases e tecnologias relacionadas ao plástico. Este ano, entre os palestrantes internacionais estão o pesquisador, professor e comentarista da indústria de embalagem, Ronald D. Sasine, dos Estados Unidos e o pesquisador português Ricardo Andrade. Entre os brasileiros, Jaime Lorandi (Plásticos Itália); Fabiana Quiroga Garbin (Wecycle), Alexander Turra (IOUSP), Alfredo Schmitt (Sinplast), José Ricardo Roriz Coelho (Abiplast), Domenico Macchia (Videplast). www.congressodoplastico.com.br
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Você sabia que o papel é feito de árvores plantadas exclu sivamente para essa finalidade? Todos os dias no Brasil são plantados o equivalente a cerca de 500 campos de futebol de novas florestas para a produção de papel e outros produtos.
O Brasil tem 7,8 milhões de hectares de florestas plantadas. As indústrias que usam essas árvores conservam outros 5,6 milhões de hectares de matas nativas. sabendo que o papel Você gostará ainda mais de revistas e jornais impressos ável. que vem de árvores plantadas, é reciclável e biodegrad el. nsáv Descarte corretamente. Seja um consumidor respo
Fonte: Relatório Ibá 2017, Indústria Brasileira de Árvores Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada em 2008 por membros das indústrias de celulose, papel e comunicação impressa. Two Sides promove a produção e o uso responsável da impressão e do papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desse recurso. O papel, por ser proveniente de florestas certificadas e gerenciadas de forma sustentável, é um meio de comunicação excepcionalmente poderoso, de fonte renovável, reciclável e biodegradável.
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o Painel 1 – Inovação Colaborativa e Sustentabilidade, do excelente Seminário Folha, intitulado Inovação no Brasil, 2ª Edição, realizado em 13 de agosto de 2018, foram abordados diversos aspectos relacionados aos Resíduos Sólidos Urbanos e, obviamente, à embalagem. Muitas questões foram formuladas, mas o tempo foi pequeno para se chegar a conclusões importantes. As dúvidas, no entanto, ficaram evidentes. Ao se falar nos plásticos, quatro pontos fundamentais não foram abordados: 1. O plástico é essencial na fabricação de embalagens para preservar alimentos; 2. Sem embalagem (inclusive as plásticas) não há alimento disponível para a população (atualmente, no mundo, ainda há fome); 3. O plástico é considerado vilão mesmo quando boia em verdadeiros esgotos, que são os rios de muitas cidades brasileiras; 4. O plástico não “pula” nos rios e lagos, em atitude suicida. Por outro lado, a inovação colaborativa é apresentada como rota a seguir para minimizar os danos 50
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causados pela atitude incorreta dos humanos (o descarte inadequado) e dos gestores que não destinam, para as cidades, os necessários recursos financeiros. Enquanto assistimos comentários nem sempre serenos sobre esse assunto, que são temperados pelos “canudinhos” e ilustrados pela “concentração de plásticos nos oceanos”, deixamos de lado o cerne da questão: nós, humanos, somos os vilões! Ponto! A natureza apenas nos devolve, na forma mais elementar, aquilo que para ela entregamos de forma indevida. Está na hora de utilizarmos o nosso tempo para criar alternativas de melhor educação das pessoas, de recuperação do material pós-uso, de tributação adequada dos materiais reciclados entre tantas carências do Brasil. É tempo de adicionarmos valor ao nosso tempo, identificando e explorando as oportunidades que surgem a nossa frente. Um bom e triste exemplo foi citado pelo Professor Marcos Troyjo, da Universidade Columbia, na palestra de abertura do evento. Segundo ele, a pirapitinga (Piaractus brachypo-
mus), popularmente conhecida como pacu negro ou caranha, espécie nativa da Bacia Amazônica e do Araguaia-Tocantins, é mais cultivada na China do que no Brasil! Bem mais! Uma rápida busca no Google (http:// www.aquaculturebrasil.com/2017/03 /29/china-maior-produtor-da-nossa-pirapitinga/) confirma o fato. A página citada ainda sugere “fazer uma busca na internet colocando o termo red pacu para identificar quantas empresas comercializam a pirapitinga”. Fiz isso. São 82! A pergunta possível nesse ponto do texto é: qual a relação entre os assuntos? Minha resposta: aprendamos com os chineses. Vamos aproveitar o potencial dos nossos resíduos, e vamos adicionar valor a eles antes que, parafraseando D. João VI, “algum aventureiro deles lance mão”.
ANTONIO CABRAL
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem no Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) acabral@maua.br
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