ANO 29 | EDIÇÃO 343 | OUTUBRO 2018
COPO DE PAPEL DEMANDA SUSTENTÁVEL E MODO DE VIDA URBANO SÃO DRIVERS QUE IMPULSIONAM A EMBALAGEM NO DINÂMICO MERCADO DE FOOD SERVICE
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SUSTENTABILIDADE
FRONTEIRAS
INOVAÇÃO NA EMBALAGEM DE E-COMMERCE
REFAZENDO A JORNADA DA CAIXINHA TETRA PAK
MANAUS, UM OUTRO E O MESMO MUNDO
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SUMÁRIO
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REPORTAGEM
A TECNOLOGIA QUE ESTÁ POR TRÁS DE UM COPO DE PAPEL. FABRICANTES NACIONAIS DE PAPEL E CONVERTEDORES INVESTEM E NOVAS PERSPECTIVAS SE ABREM PARA ESSA EMBALAGEM NO MERCADO DE FOOD SERVICE
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DESIGN
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SUPPLY CHAIN
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COMPETITIVIDADE
SAIBA COMO INTERAGIR COM A REALIDADE AUMENTADA DISPONÍVEL NA EMBANEWS: PASSO 01
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PASSO 02
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EDITORIAL EMBALAGEM: A NOSSA ALIADA DO DIA-A-DIA
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FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)
erto dia eu estava observando um entregador com várias encomendas de produtos que muito provavelmente foram adquiridos pelo canal de e-commerce. Todas em caixas de papelcartão ou papelão, nas mesmas cores e devidamente etiquetadas e identificadas. O processo logístico para que a sua encomenda chegue totalmente protegida em suas mãos depende de todos os envolvidos neste complexo sistema, ainda mais considerando vários problemas de infraestrutura que infelizmente ainda temos no Brasil. Da mesma maneira, também ocorre no varejo, como num supermercado, por exemplo. Como o professor Fabio Mestriner sempre diz (ver artigo Embalagem no Marketing), a embalagem está muito além de apenas proteger o seu conteúdo, principalmente nos dias atuais em que se pode explorar com recursos digitais, tanto para a sua rastreabilidade como também em ferramentas de propaganda como no caso da Realidade Aumentada, na qual a EMBANEWS tem uma parceria estratégica com a Massfar, representante exclusiva do aplicativo Zappar no Brasil e em Portugal. Não apenas os consumidores, mas até mesmo muitos profissionais que atuam nos setores usuários e fabricantes de embalagens (inclusive eu) não fazem ideia de tantos processos que são aplicados neste universo tão fundamental à vida de todos nós que é a embalagem. Ensinar e aprender é uma tarefa constante a qual o professor Antonio Cabral descreve em seu artigo de Competitividade nesta edição. Outro aspecto extremamente importante é a parte sustentável, o descarte correto das embalagens, a destinação correta e por fim, a reciclagem. Como eu escrevi no editorial da edição anterior, é fundamental o engajamento total de todos os envolvidos. Sabemos que não é simples, mas extremamente necessário para a preservação do nosso planeta. A expert em embalagens, Assunta Camilo, esteve em Manaus realizando o evento Packaging on the Road e compartilha conosco na seção Fronteiras a experiência junto à flora da cidade. Neste contexto de meio ambiente, na Reportagem desta edição, abordamos o avanço do mercado de copos de papel através do aspecto da sustentabilidade. E papel sustentável tem que ter o selo FSC® como Aline Bernardes, diretora do FSC Brasil, apresenta em seu artigo FSC desta edição. A revista EMBANEWS apoia esta iniciativa imprimindo o seu conteúdo somente em gráficas certificadas com o selo FSC. As inscrições para o 28º Prêmio EMBANEWS vão até o final de novembro. Participe através do site www.embanews.com/premioembanews. Informações: e-mail premio@embanews.com, fones: (11) 3064-2405 / 2418 e WhatsApp 11 94721-4102.
Até o próximo mês!
Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Circulação e Assinaturas: assinatura@embanews.com Colaboradores desta edição: Aline Tristão Bernardes, Antonio Cabral, Assunta Camilo, Caio Montagner, Fabio Mestriner, Juliana Buso Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal Impressão e Acabamento: Hawaii Gráfica & Editora A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL: Rua Capote Valente, 478, Casa 01 • Pinheiros • CEP 05409-001 • São Paulo/SP • Brasil Telefones: (11) 3064-2405 / 3064-2418 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos para envase, embalagem, estocagem e transporte; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc. site: www.embanews.com e-mail: embanews@embanews.com linkedin.com/company/embanews twitter.com/Embanews facebook.com/Embanews Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00
Ricardo Hiraishi Outubro de 2018
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NEWS CENTRO DE EXPERIÊNCIAS PARA INOVAR EM EMBALAGEM A Smurfit Kappa (SK), que atua em soluções para embalagens à base de papel, inaugurou em setembro seu primeiro Centro de Experiência no Brasil, um local de inovação e de inspiração para o desenvolvimento de produtos diferenciados, potencializando os valores que as embalagens podem trazer aos clientes e aos consumidores finais. O Centro de Experiência fica no VIP Office Brooklin Novo, na cidade de São Paulo. Este é o quarto Centro de Experiência nas Américas e o primeiro no Brasil. “A inovação está no centro do que fazemos na Smurfit Kappa. Temos mais de 700 designers em toda a nossa rede e mais de 7 mil conceitos de embalagens”, afirma Liam O’Mahony, Chairman do Conselho de Administração do Grupo Smurfit Kappa. “Construir o produto certo antes de torná-lo real impulsiona as vendas dos clientes da Smurfit Kappa e reduz riscos e custos totais - e nós fazemos isso no nosso centro”, explica Juan Guillermo Cas-
tañeda, CEO das Américas. No Centro de Experiências, por meio de telas interativas sensíveis ao toque, é possível descobrir e analisar tendências; os visualizadores de lojas possibilitam ver protótipos de embalagens em um ambiente de loja simulado. Lá, estão disponíveis estudos de casos sobre tudo - desde a logística da cadeia de suprimentos até a exibição de displays. E soluções da suíte de Innotools da Smurfit Kappa, para maximização do produto, como Shelfsmart, o store visualizer e o Shelfviewer, uma tela de toque interativa com quase 70 mil imagens de prateleiras de varejo reais de todo o mundo, completam o conjunto de inovações. “É incrivelmente poderoso poder ver os diferentes estágios no processo de embalagem, resolver os problemas em tempo real e se inspirar no que os outros fizeram”, explica Manuel Alcalá, CEO da Smurfit Kappa Brasil. www.smurfitkappa.com
Inauguração conta com a presença dos principais executivos da Smurfit Kappa
REALIDADE AUMENTADA ENGAJA PÚBLICO JOVEM A Santa Helena está lançando Ovinhos de Amendoim em embalagens com realidade aumentada, novidade na categoria de snacks salgados que faz parte da família Crokíssimo. A realidade aumentada permite a integração do mundo virtual com o real, e foi desenvolvida pela Massfar, representante da Zappar para o Brasil e Portugal, para a Santa Helena. Através do aplicativo gratuito Zappar, o personagem Berro, o amendoim supercrocante criado para a nova campanha da Santa Helena, ganha vida e interage com a garotada. A ação culminou em um campeonato na Brasil Game Show, a mais importante feira do segmento no Brasil. O vencedor foi premiado com um console de última geração e ainda participa da criação da última fase do game exclusivo Berro - O Crokíssimo. 10
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As embalagens de 25g, 80g e 1kg foram desenhadas pela agência narita | design & strategy. “Criamos um grafismo exclusivo para o fundo, inspirado na principal matéria prima da Santa Helena, o Amendoim. A marca Crokíssimo ganhou uma tipologia mais despojada, que destaca o aspecto jovem da marca e evidencia a crocância através do ícone e da imagem do produto”, explica Fernando Quintas, diretor de criação da narita design & strategy. A embalagem flexível é fornecida pela Camargo Cia de Embalagens; o display, pela Cosgraf Indústria Grafica e o fardo, pela Zaraplast. www.santahelena.com; massfar.com; naritadesign.com.br; camargociaembalagens.com.br; www.cosgraf.com.br; www.zaraplast.com.br
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NEWS ORIGEM EM DESTAQUE A TRES, marca da máquina de espressos e multibebidas do Grupo 3corações, apresentou a linha de espressos gourmet Safras Especiais, em cápsulas, com grãos produzidos nas principais regiões produtoras do País, em quatro blends: Mata de Minas, Chapada Diamantina, Cerrado Mineiro e Mogiana Paulista. O design da embalagem, assinado pela Pande, ressalta dentro da estrutura das embalagens da marca TRES os principais pontos e elementos característicos de cada região por meio de imagens, valorizando, assim, não só a região, mas a qualidade e origem de onde o café é produzido. A embalagem de papelcartão é fornecida pela Ibratec. www.3coracoes.com.br; www.pande.com.br; www.ibratecgrafica.com.br
CURTINHAS A INX International Ink Co. abriu uma nova fábrica em Itatiba (SP), no Brasil, para produzir tintas para decoração de latas metálicas de 2 peças. A instalação de 2.200 m² é o seu primeiro complexo na América do Sul desde que a Creative INX foi adquirida em dezembro de 2016 e foi projetada para fabricar aproximadamente 4 mil toneladas de produto anualmente. A Heidelberger Druckmaschinen AG (Heidelberg) está adquirindo o grupo internacional MBO, com sede na Alemanha, que atua no mercado de operações de acabamento para produtos digitalmente impressos. A ação também permitirá que a empresa tenha acesso a novos clientes na indústria farmacêutica e agregue ofertas de sistemas de mala direta ao seu portfólio de impressão offset.
FIM DE LINHA COM PRODUTIVIDADE E EXCELÊNCIA Encartuchadeiras, encaixotadoras e embaladoras. Soluções automáticas para armação, formação, agrupamento, alimentação de produtos e fechamento. Flexibilidade para trabalhar com diferentes tipos de produtos e configurações: desde frascos a pacotes. A Optima oferece equipamentos com eficiência na produtividade e excelência na proteção do seu produto.
William (Bill) D. Muir é o novo diretor executivo da Electronics For Imaging, Inc - EFI. Muir sucede Guy Gecht, que continuará a ser um membro do Conselho de Administração e será um conselheiro do CEO. A EFI ™ é uma empresa global de tecnologia, com sede no Vale do Silício, que desenvolve tecnologias inovadoras para a fabricação de sinalização, embalagens, tecidos, revestimentos cerâmicos e documentos personalizados, com uma variedade de impressoras, tintas, front-ends digitais e um conjunto de fluxo de trabalho de negócios e produção que transforma e simplifica todo o processo de produção. A Henkel, detentora das marcas Pritt, Cascola, Loctite e Schwarzkopf Professional no Brasil, iniciou as obras de construção do novo centro global de inovação de seus negócios para Tecnologias Adesivas, em Düsseldorf (Alemanha). O investimento na construção do edifício de última geração tecnológica é de mais de 130 milhões de euros, e sua inauguração está prevista para o final de 2020.
Mais informações: www.optima-packaging.com.br OPTIMA do Brasil | 13288-169 Vinhedo - SP, Brasil | R. Joana Foresto Storani 500 - Distrito Industrial + 55 19 3886 - 9800 | info-br@optima-packaging.com | www.optima-packaging.com.br
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NEWS MODERNIZAÇÃO DA EMBALAGEM DE LÁCTEOS A Marajoara, indústria de laticínios da região Centro-Oeste do Brasil, modernizou as embalagens de 1 litro de toda a sua linha de leites e achocolatados. A SIG Combibloc foi responsável por desenvolver o novo conceito e o projeto gráfico que reforça os principais benefícios do produto e facilita a comunicação nas gôndolas. Outra alteração nas embalagens da Marajoara foi a substituição da embalagem modelo combiblocStandard pela combiblocMidi, ambas da SIG Combibloc, o que trouxe mais versatilidade aos leites e achocolatados da marca. “Todos os conceitos embutidos na nova embalagem – formato longilíneo, tampa de rosca e grafismo moderno - estão alinhados aos novos hábitos do consumidor moderno que busca conveniência, praticidade, funcionalidade e redução de desperdícios”, afirma Antonieta Hilst, Diretora Regional América do Sul da SIG Combibloc. www.sig.biz EMBALAGEM PREMIADA PELA SUSTENTABILIDADE A embalagem SIGNATURE PACK, da SIG, a primeira embalagem asséptica cartonada, com 100% de materiais renováveis de origem vegetal, recebeu o “Prêmio Alemão de Embalagem” na categoria Sustentabilidade. O Prêmio Alemão de Embalagem é uma competição internacional, multi-setorial e multi-materiais. Na SIGNATURE os polímeros são usados na laminação do cartão e também para garantir a selagem da embalagem; o cartão vem de fontes renováveis de madeira na Europa, certificadas e aprovadas pelos sistemas ISCC PLUS e TÜV SÜD CMS71, de acordo com o modelo de balanço de massa. Isto significa que para os polímeros usados na SIGNATURE PACK, uma quantidade equivalente de bio materiais é usada na fabricação dos polímeros. A resina líquida foi selecionada como a matéria-prima pois, como um subproduto da produção de papel, ele é considerado um resíduo.
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ANOS
NEWS TRANSFORMAÇÃO TOTAL DA MARCA
Johnson’s, que inaugurou a categoria de produtos infantis no Brasil há 81 anos, está passando por uma modernização em sua marca, a maior em 48 anos, com um novo posicionamento: “Pureza que Inspira”; reformulação de todo o portfólio, com novas embalagens; fórmulas ainda mais puras e suaves; e uma nova organização da marca por ida-
des e fases de desenvolvimento dos bebês e crianças. Para fazer a mudança, a companhia ouviu 26 mil mães, pais e cuidadores de todo o mundo, e em co-criação com essas famílias, definiu o novo padrão de pureza. Desde 1973, Johnson’s não promove uma modernização completa dos frascos. A marca realizou mudanças que facilitarão a experiência de compra do consumidor, como a de iconografia, que passa a ser mais clean e explicará quais produtos são os mais indicados para cada idade e fase de desenvolvimento dos bebês e crianças, adicionando também diferentes colorações às embalagens, para facilitar a escolha. Além disso, foram adicionadas válvulas dosadoras, que tornam o manuseio com apenas uma mão ainda mais fácil. “Essa evolução estabelece novos padrões de pureza no mercado, resultado de uma co-criação global, para atender os anseios de uma nova geração de mães e pais, que demandam produtos mais naturais, práticos e com informações detalhadas no rótulo sobre os ingredientes”, afirma José Cirilo, diretor de Marketing da Johnson & Johnson Consumo do Brasil. www.jnjbrasil.com.br
PRATICIDADE NO PONTO DE VENDA A Tintas Killing apresenta o novo layout das embalagens da linha Kisacril Premium, composta por seis tipos de tintas para usos variados, entre versões em tinta acrílica, emborrachada, esmalte, para piso e para telhas e ultrafosco. O mix teve seu visual atualizado para dar destaque aos seus diferenciais e oferecer praticidade para o ponto de vendas. Assinado pela Agência Bistrô, o design das embalagens aposta em uma estética mais clean e eficiente, alinhada às necessidades reais do consumidor e do público especificador de materiais de construção. A empresa optou por unir informações claras e imagens autoexplicativas, evidenciando os diferenciais dos produtos como a alta cobertura, o acabamento sofisticado e o fato de as tintas Kisacril serem laváveis. O layout que organiza a informação em blocos, deixa a leitura e o entendimento do uso do produto mais prático, e a imagem escolhida apoia essas informações. Os fornecedores das latas de 3,6 l e 18 l são a Brasilata e a Metalgráfica Renner. www.killing.com.br; http://agenciabistro.com; www.brasilata.com.br; www.metalgraficarenner.com.br
ESTREIA EM NOVA CATEGORIA OMO, marca de produtos para o cuidado das roupas da Unilever, amplia o seu portfolio e ingressa na categoria de produtos para a casa. OMO Pisos Ação Total atende as necessidades de limpar a casa, de maneira mais eficiente, rápida e moderna. Os produtos da linha OMO Pisos Ação Total possuem ação 3 em 1: limpeza, desinfecção e perfumação. Sua fórmula desinfeta mesmo quando diluído em água e com tecnologia de remoção dos maus odores. A linha conta com embalagens de 450ml, 900ml e Doypacks de 900ml que funcionam como refil. O design das embalagens é da Casa Rex. A Brasalpla é a fornecedora das embalagens PET, e o rótulo autoadesivo é da CCL . www.unilever.com.br; http://casarex.com; www.alpla.com; https://ccllabel.com
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NEWS EMBALAGENS RETORNÁVEIS UNIFICADAS Com investimento de R$ 100 milhões, a Coca-Cola Brasil passa a comercializar todas as garrafas de PET retornável de suas marcas de refrigerantes* em um único formato. Ou seja, a cada volta à fábrica, a embalagem 100% reciclável poderá ser envasada e receber um rótulo de papel destacável de qualquer produto da Coca-Cola Brasil. Com isso, a pessoa poderá escolher qual bebida deseja comprar toda vez que levar a embalagem vazia de volta para o ponto de venda. Até então, havia um modelo diferente de garrafa retornável para cada marca de refrigerante, com formato próprio e o rótulo impresso de forma permanente. A solução, pioneira entre os fabricantes da Coca-Cola em todo o mundo, possibilitou adaptação nas linhas de produção para aplicar e retirar rótulos de papel, a cada novo das mm, garrafas. A iniciaMagazin, 132ciclo x 200 PET Line tiva será replicada na América Latina em países como Argentina, Chile, Peru e Colômbia. www.cocacolabrasil.com.br
CURTINHAS O Conselho de Administração da Solvay nomeou Ilham Kadri como Presidente do Comitê Executivo, membro do Conselho de Administração e CEO do Grupo, que assume a partir de 1º de março de 2019, sucedendo a Jean-Pierre Clamadieu. Ilham Kadri é CEO e Presidente da Diversey e traz para a Solvay sua experiência internacional em grandes multinacionais como Shell-Basell, UCB-Cytec, Huntsman e Dow Chemical nos Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e Ásia. A Bemis contratou Renata Nardi Fuljahn como Gerente de Marketing. Especialista em gerenciamento de produtos e serviços, ela será responsável pelas categorias de Fresh & Frozen, que inclui, entre outros, os mercados de margarinas, iogurtes, laticínios e sorvetes, com o objetivo de levar novas experiência para o consumidor através de soluções e inovações em embalagens da companhia. A expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado totalizou 298.972 toneladas em setembro de 2018, volume 0,32% inferior ao do mesmo mês de 2017, segundo prévia da ABPO – Associação Brasileira do Papelão Ondulado. Já a expedição por dia útil, cresceu 3,8% em relação a setembro do ano passado. Setembro deste ano teve um dia útil a menos (24 x 25) que setembro de 2017. Em relação a agosto deste ano, o volume recuou 0,7% em setembro. A antiga AkzoNobel Specialty Chemicals está sendo reinaugurada com novo nome e identidade de marca: Nouryon. A mudança reflete a recente aquisição da empresa pelo grupo Carlyle e GIC, e reforça a sua transição para se tornar líder global independente em especialidades químicas, usadas para fabricar produtos de uso diário, tais como papel, plásticos, materiais de construção, alimentícios, farmacêuticos e itens para cuidados pessoais. Antonio Carlos Francisco é o diretor-presidente da Nouryon no Brasil.
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NEWS EXCELÊNCIA GRÁFICA PAULISTA
O Prêmio Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metzler premiou 30 trabalhos de 10 segmentos da Indústria Gráfica Paulista em três categorias. Os vencedores foram anunciados durante a cerimônia de premiação, realizada no dia 02 de outubro, na capital paulista. Organizado e promovido pela Abigraf SP, o prêmio teve seu julgamento realizado no início de setembro pela ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, que também responde pela coordenação técnica do prêmio. Os 17 jurados (técnicos da indústria gráfica e profissionais de comunicação e design) tiveram muito trabalho para escolher os vencedores. “Soube que o padrão de qualidade dos trabalhos inscritos estava muito alto. Isso mostra a força e a qualidade da indústria gráfica paulista, que há muito tempo merecia um prêmio exclusivo. A avaliação desta primeira edição já é altamente positi-
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va”, afirmou o presidente da Abigraf SP, Sidney Anversa Victor. Foram inscritos 155 produtos, em 3 categorias (Melhor Design & Inovação / Melhor Impressão / Melhor Acabamento) de 10 segmentos da indústria gráfica: Cadernos Escolares, Comunicação Visual (Sinalização), Displays, Editorial, Embalagem Micro Ondulada, Embalagens Cartonadas, Embalagens Flexíveis, Impressos em Rotativa Offset, Promocional, Rótulos & Etiquetas. Sidney também faz questão de ressaltar e agradecer o apoio da Heildelberg à realização do prêmio. “A Heildelberg foi e é fundamental no desenvolvimento de nossa indústria. O apoio ao prêmio sela uma parceria da empresa com os gráficos que vem desde os tempos do grande homenageado, o saudoso Luiz Metzler”, afirma. www.premiopaulista.com.br
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NEWS RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS A demanda por sistemas de impressão de códigos seriais para fins de rastreabilidade de medicamentos, voltados à prevenção e combate à falsificação, cresce em todo o mundo e é o novo requisito global do segmento farmacêutico, segundo Bart Vansteenkiste, gerente global da divisão Life Sciences da Domino, que desenvolve tecnologias de codificação e marcação de produtos. “A Domino pode ajudar seus clientes no Brasil, com a experiência que já tem na Europa e Estados Unidos, onde esses sistemas estão para ser implementados, respectivamente, em fevereiro de 2019 e novembro de 2018. Estamos dividindo nossa experiência com a Sunnyvale, que nos representa no Brasil”, afirma Bart. No Brasil, segundo a lei 13.410, de 2016, o prazo para o início da implantação do SNCM (Sistema Nacional de Controle de Medicamentos) é em abril de 2019. “No campo das Ciências da Vida e Farma, temos que assegurar que os equipamentos de codificação possam acompanhar a velocidade das linhas farmacêuticas sem erros, principalmente, a velocidade de processamento dos dados para gerar os códigos. O segundo ponto é que os códigos precisam ser rastreáveis, ou seja, legíveis”, explica Bart. Devido ao prazo de validade do medicamento ser muito maior do que o de alimentos, por exemplo, o código tem que ser legível mesmo depois de 4 anos. A Domino desenvolveu uma tinta especial que assegura um código legível por um longo tempo. A empresa conta com um departamento formado por cerca de 40 químicos que trabalham no desenvolvimento de tintas para diversas aplicações. “Para comprovar sua durabilidade, atestamos a tinta através de um laboratório independente que pode enviar relatórios para os clientes”, afirma. Em matéria de equipamentos, a Domino oferece toda
João Fortes da Sunnyvale e Bart Vansteenkiste da Domino
uma gama de tecnologias longamente testadas para aplicação dos códigos, tanto nas embalagens secundárias, como blisters e cartuchos, como para as embalagens terciárias, por meio de sistemas ink jet, laser, termotransfer e aplicação de etiquetas. Segundo Bart, os benefícios obtidos com o sistema de rastreabilidade já são percebidos por outros segmentos, como o de cosméticos, pois há um melhor controle sobre seus produtos, então, mesmo sem uma legislação, alguns fabricantes de cosméticos começam a aderir. “Acredito que no longo prazo, a legislação sobre a serialização dos produtos deva se estender para todos os tipos de produtos, alimentos, bebidas. O sistema ainda é caro, por ser uma tecnologia nova, não em termos de impressão, mas em softwares, instalações e implementação de linhas, porém é questão de tempo para se tornar acessível”, afirma o executivo. www.domino.com; www.sunnyvale.com.br
INOVAÇÃO NA EMBALAGEM DE E-COMMERCE A Evino, um dos maiores e-commerces de vinhos do país, está lançando a Evino Box, que pode se transformar em uma adega portátil com capacidade para armazenar até 6 vinhos (depende da quantidade de garrafas do kit). “Além disso, foi feita toda a reformulação do design da embalagem, conduzida pelo nosso time interno. A ilustração vem para quebrar o estereótipo de seriedade do vinho, com a mensagem de que bebida pode ser consumida sem regras e etiquetas. Além disso, fortalecemos a estrutura do nicho que separa as garrafas pensando na reutilização das caixas como adegas, o que contribui para diminuir o descarte de embalagens”, explica Ari Gorenstein, co-CEO da Evino. Além das mudanças no visual, a Evino incluiu um QR-code em todas as caixas de entrega. Por meio dele, é possível baixar o aplicativo da marca, que vem com um leitor de código de barras. Assim que o consumidor aponta o leitor para o código de um vinho, ele é direcionado a vídeos que contam a história do rótulo, da uva ou até mesmo da região de onde vem o produto. www.evino.com.br 18
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REPORTAGEM
DE PAPEL, O COPO SE TRANSFORMA E GANHA PERSONALIDADE PRODUÇÃO LOCAL DE PAPEL, O FOOD SERVICE E AUMENTO DA DEMANDA POR SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS CRIAM AS BASES PARA EXPANSÃO DO MERCADO
A
cadeia que atende o mercado de food service passa por mudanças. Há uma crescente pressão por parte das grandes redes, que atuam globalmente, para escolhas sustentáveis em sua cadeia de produção. As consequências ressoam pela cadeia de fornecedores, a embalagem entre esses elos. Alimentar-se fora do lar é um hábito bastante atrelado à renda da população, e no Brasil, apesar da crise, “este é um mercado que cresce com o aumento do uso de aplicativos e entrega delivery, aumento do número de estabelecimentos com novos formatos”, como food trucks, além da expansão de cafeterias, padarias, etc., afirma Juliana Menegasse Gomes, gerente de marketing da fabricante de papel Ibema (www.ibema.com.br). Atentas às movimentações desse mercado, as fabricantes de papel no Brasil investem e desenvolvem novos produtos para substituir a matéria-prima até então predominantemente importada no mercado de copos de papel. Três das maiores fabricantes no Brasil lançaram papéis específicos para o segmento de copos: Ibema, Klabin e Suzano. O copo descartável é um item representativo, que apresenta elevado consumo no setor de food service e vem sendo alvo, assim como o canudo, das demandas por soluções sustentáveis. Segundo Leonardo Grimaldi, diretor executivo de papel da Suzano Papel e Celulose (www.suzano.com.br), o mercado brasileiro de copos descartáveis movimenta aproximadamente 580 mil toneladas por ano no Brasil, incluindo os diferentes materiais hoje utilizados. O mercado de copos de papel no Brasil tem uma demanda bastante reprimida, movimenta por volta de 12 mil toneladas por ano, na avaliação de André de Marco, gerente de desenvolvimento de produto da Klabin (www.klabin.com.br/pt). “Um volume pequeno para as dimensões do mercado brasileiro, pois representa 2% do consumo de cartão no Brasil. Nos Estados Unidos, essa fatia é de de 8%, e se considerarmos o consumo per capita nos dois países, então, o mercado americano é quase 50% maior”, afirma André. “Acreditamos que essa falta de oferta local da matéria prima tenha sido um dos fatores que ajudam a definir essa demanda reprimida. Agora, com a produção local, deve haver um novo impulso nesse mercado, aliado ao fato do papel ser uma matéria prima
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sustentável de fonte renovável, que tem uma cadeia de reciclagem bem instituída”, diz André. De acordo com Juliana, já são muitos os países que substituíram o copo plástico descartável por materiais mais sustentáveis, e o copo de papel é um deles. “O fornecimento nacional ainda é muito recente, inclusive, a Ibema foi pioneira. Mas hoje já conseguimos atender um terço do volume potencial que projetamos, em apenas um ano. O consumidor está cada vez mais consciente, e pede que as grandes marcas ofereçam opções de embalagens mais sustentáveis”. O parque de convertedores de copos de papel no Brasil é formado por players de diferentes níveis e já se encontram máquinas que rodam a 300 copos por minuto, as mesmas que se encontram nos principais players nos EUA e Europa. A Nazapack (www.nazapack.com.br) está entre as convertedoras que já surgem com uma proposta moderna e diferenciada. Ela é uma empresa do grupo Nazaré, que está há 60 anos no mercado de papelão ondulado, e decidiu investir no novo negócio de copos e potes de papel. A empresa foi estruturada para oferecer soluções completas para o setor de food service, incluindo acessórios como tampas, suportes, e embalagens de cartão para os alimentos, como caixas de sanduíches, batata frita, yakisoba, etc. “Recentemente, houve um forte desenvolvimento de máquinas e papéis para copos. A qualidade do papel brasileiro melhorou muito; contamos com papéis certificados pela Anvisa, FDA, BFR, na Alemanha, aptos a atenderem as necessidades da gama crescente de aplicações”, afirma Fernando Comparini, diretor da Nazapack. “No Brasil, os clientes valorizam o copo de papel porque ele é um meio de comunicação da marca na loja, no quiosque, ou simplesmente quando leva a marca enquanto o consumidor se desloca, tendência conhecida por “on the go”, diz. “A Nazapack é uma empresa que nasceu com foco no conceito de total responsabilidade com o produto e a qualidade”, explica Fernando. “Nenhuma das etapas é terceirizada. A impressão é em offset, e atende tiragem mínima de 6.000 unidades, o que amplia a gama de mercados atendidos, de estabelecimentos que necessitam de menores tiragens. A fábrica já é adaptada para atender o setor alimentício.
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REPORTAGEM KlaCup Natural Kraft, da Klabin, -lado externo em kraft, atendendo a demanda
Possui forro alimentício, a área é climatizada, sem cantos vivos, e reúne as condições de uma área limpa. “São requisitos futuros, mas estamos preparados para atender essas exigências”, diz Fernando. Possui também uma ampla área de estoque para atender os clientes que não dispõem de espaço para armazenamento, como hamburguerias, sorveterias, etc. que estão dentro de shoppings. Outra player, a Rosset (www.rosset.com.br) atua há mais de 30 anos no mercado de embalagens em papelcartão, atendendo diversos segmentos. Ao longo dos anos, especializou-se no setor alimentício; em 2010, passou a produzir copos em polipapel para sorvetes, sobremesas e acompanhamentos. A empresa desenvolve um programa de HACCP (APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e é certificada ISO9001/15. “Todos os produtos fabricados são encaminhados para os laboratórios certificados de qualificação, no qual são solicitadas análises qualitativas de conformidade de acordo com as RDC’S da Anvisa, relativas ao contato alimentar em suporte celulósico”, explica o diretor comercial Rafael Rosset. A Rosset trabalha com 8 máquinas especializadas na formação dos copos. E oferece atualmente 15 tamanhos diferentes de potes, com porções de 80ml a 5 litros. Imprime em offset com alta definição, com tintas de baixa migração e revestimento final de acordo com a aplicação. Atualmente, entre as principais aplicações dos copos e potes da Rosset estão sorvetes, sobreIbema, pioneira em mesas, acompanhamentos, porções papel para copo no Brasil
Linha de papelcartão da Ibema 22
(ex.: pão de queijo, batata frita, bolinhas de queijo), bolo de micro-ondas, granolas, entre outros. Segundo Rafael, a empresa tem concentrado seus investimentos para atender desde o pequeno varejista até a indústria, culminando em um produto inédito no mercado brasileiro. “Estamos lançando um pote de papel cartão com revestimentos diferenciados que proporcionam barreira a gases e umidade, tornando possível o acondicionamento de laticínios, como iogurtes, cream cheese, manteigas e outros”, conta Rafael. “Além destes, oferecemos papel com revestimento de alta barreira, que proporciona shelf life para salgadinhos, snacks, sementes, etc”.
OS DESENVOLVIMENTOS DAS FABRICANTES DE CARTÃO A Klabin oferece para esse mercado o KlaCup Blanc e o KlaCup Natural Kraft, versão branca e kraft para o mercado de copos de papel. “Há três anos a Klabin trabalha no desenvolvimento da linha de cartão para copos. Começamos a desenvolver o KlaCup Blanc, mas resolvemos apostar também no kraft, pois percebemos que essa demanda já existia. Como grande fornecedor de liquid packaging board do mercado mundial, a Klabin detém um vasto know how no mercado de líquidos, que acabamos aproveitando nesse desenvolvimento. Ambas as versões recebem revestimento de polietileno. Porém, no pipeline para o ano que vem, deveremos lançar o cartão sem polietileno, revestido com resina biodegradável, o KlaCup Bio®, com o qual estamos fazendo inúmeros testes”, explica André de Marco. Os desenvolvimentos da Klabin nessa área ganham agilidade com as pesquisas do Centro Tecnológico, onde é possível simular a aplicação nos coaters, não apenas para copos, mas para papéis de barreira em geral, dando origem a vários produtos, como por exemplo, o cartão para congelados e o com barreira a gordura, alguns deles já exportados. “Um desafio adicional aos papéis para copos é que além de conter o líquido quente ou frio, a resina precisa soldar o copo na conversão, sem diminuir a velocidade da máquina, exigindo da Klabin esforços concentrados. Seu know how em fibras curtas e fibras longas, pasta mecânica, etc., porém, a deixam em posição relevante no mercado”, afirma André. O Royal Coppa, da Ibema, é um papel que possui uma colagem especial entre as camadas, o que garante que o copo ou pote retenham o líquido. Ele também possui uma composição de fibras para permitir que o copo seja formado sem “quebrar” o papelcartão. “Nossa estrutura também foi desenhada visando facilitar a reciclagem”, afirma Fabiane Staschower, executiva de inovação de embalagem da empresa. A Ibema já estava desenvolvendo esse produto há al-
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REPORTAGEM
Fábrica da Nazapack, estrutura de ponta para a produção de copos de papel
Copos, potes e toda linha de acessórios para o food service, da Nazapack
guns anos e a aquisição da unidade de Embu das Artes acelerou o processo, pois a planta conta com uma extrusora para aplicação do polietileno. Além disso, foi feito investimento em pesquisas e testes para chegar à formulação perfeita do produto. A Suzano Papel e Celulose lançou o Bluecup, específico para copos descartáveis, a partir de pesquisas e testes realizados durante mais de um ano e meio. Permite a aplicação de PE em um ou nos dois lados do papel, com opções de acabamento fosco ou brilho na aplicação de PE na face de impressão. Além do apelo ambiental, terá como diferencial a capilaridade de oferta. A Suzano terá uma rede composta por 24 pontos para a distribuição do produto em todo o País, a partir da qual os convertedores terão acesso facilitado a estoques e a produtos convertidos.
ma. “São produtos que já contam com um circuito estabelecido de recuperação de matéria prima”, afirma André de Marco. A visão dos que atuam no mercado de copos de papel é a de que há muitas oportunidades a serem exploradas, seja nos papéis com novos tipos de barreiras biodegradáveis, seja em novos nichos de mercado, como as empresas, seja no setor de produtos que vão ao forno e ao micro-ondas, ou em categorias tão pouco prováveis como chinelos e camisetas, o campo é amplo, e também desafiador.
UM PRODUTO COM ALTA TECNOLOGIA EMBARCADA O cartão para formação de copos/potes tem características muito particulares, de rigidez, resistência à dobra, absorção de umidade e selabilidade. Para suportar líquidos quentes ou frios, ou alimentos gordurosos, o papel pode ser o mesmo, o que vai variar é a aplicação da barreira. O copo de café precisa de papel com gramatura mais elevada, para não amassar na hora de pegar o copo. Já a questão térmica é trabalhada por exemplo com camada dupla de cartão ou uma luva externa. A barreira, seja de polietileno ou resina na parte interna deve conter o líquido, seja quente ou frio. A barreira externa só é necessária para bebida gelada, pois devido à diferença térmica, o ar se condensa na parede externa e sem a barreira, o papel amolece e perde a estrutura. Tanto fornecedores de papel, quanto convertedores ressaltam a reciclabilidade do papel revestido com polietileno, sendo preciso apenas a sua separação da fibra celulósica, processo já realizado em plantas da Klabin e IbeLinha Bluecup, da Suzano 24
Aplicações para os copos da Rosset
Bolo de copinho, da Famix, vai ao micro-ondas
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FSC
Florestas em pé valem dinheiro. E não é pouco.
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QUANDO EMPRESAS OU GOVERNOS LEVANTAM RECURSOS PARA INVESTIR EM PROJETOS QUE PRESERVAM O MEIO AMBIENTE, TODO MUNDO GANHA
ecentemente, entrou em vigor o novo procedimento de Serviços Ecossistêmicos do FSC®, que tem como principal objetivo criar incentivos para a conservação de valiosos recursos ecossistêmicos como a água, o solo ou a biodiversidade, em florestas manejadas com responsabilidade. Afinal, manejadores de áreas florestais que contribuem, por exemplo, para a manutenção dos recursos hídricos de uma região ou para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, podem ser recompensados e reconhecidos por isso. As mudanças climáticas geram implicações diversas, inclusive sobre o mercado de capitais. O calor, a chuva e o frio influenciam diretamente nas produções. E o resultado disso interfere no abastecimento direto de alimentos ou de commodities, aumentando os custos de produção e, por consequência, os preços finais dos produtos. Por isso, não é de hoje que se fala sobre a necessidade – cada vez maior e mais urgente – de se investir em negócios “verdes”.
Já existem diversas empresas dispostas a investir em projetos para compensação, e muitos bancos têm linhas de crédito com critérios de sustentabilidade. Até mesmo programas jurisdicionais de desenvolvimento sustentável, como os que existem em São Paulo, no Pará e no Mato Grosso, buscam iniciativas de impacto socioambiental. O pagamento por serviços ecossistêmicos aumenta a receita. E essa dinâmica é válida, inclusive, para incentivar e reconhecer o trabalho que pequenos proprietários, comunitários e indígenas desenvolvem para manter suas áreas.
Os Serviços Ecossistêmicos (SE) representam uma série de benefícios oriundos da natureza, facilitados pela conservação e recuperação dos ecossistemas. Os manejadores
Quando empresas ou governos levantam recursos para investir em projetos que preservam o meio ambiente e que tenham foco no crescimento sustentável, todo mundo ga-
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de florestas certificadas pelo FSC conservam e arcam, muitas vezes sozinhos, com os custos associados à mitigação dos impactos sociais e ambientais de suas atividades. O novo procedimento visa facilitar o acesso aos mercados de pagamentos por serviços ambientais, como os de créditos de carbono, fornecendo ferramentas para medir e verificar os impactos positivos do manejo nesses serviços.
nha. Então, quem faz, agora poderá comunicar suas ações em prol da conservação com a chancela do FSC. Hoje, o mercado internacional de compensações de biodiversidade gira em torno de alguns bilhões de dólares, o comércio global de carbono movimenta mais de cem bilhões de dólares por ano e oportunidades de negócios baseadas nos recursos naturais sustentáveis alcançam trilhões de dólares. Integrar aspectos socioambientais nas corporações é uma realidade. O procedimento de SE do FSC oferece a empresas e governos uma ferramenta para demonstrar e comunicar o impacto que suas compras e investimentos têm na conservação e restauração dos serviços ecossistêmicos. O que, fatalmente, abrirá novas portas. As florestas em pé valem dinheiro. E a certificação FSC reconhece e apoia esses valores.
ALINE TRISTÃO BERNARDES Diretora de Pesquisa & Diretora Executiva do FSC Brasil aline@fsc.org.br
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EMBALAGEM NO MARKETING
ILUSTRAÇÃO PROF. MESTRINER
COMO A EMBALAGEM AJUDA O NEGÓCIO DA EMPRESA
À
COMO ELE, MUITAS EMPRESAS PERDEM DINHEIRO AO DESCONHECER A CONTRIBUIÇÃO QUE EMBALAGENS MELHORES PODERIAM LHES TRAZER
s vezes fica difícil para quem é do ramo lidar com o desconhecimento que o público leigo em geral manifesta sobre este item tão importante e presente em suas vidas. Tomar banho, lavar os cabelos, escovar os dentes, tomar um iogurte, comer um macarrão, isto sem falar na cervejinha, na água mineral, no leite, no café e tantas outras coisas corriqueiras em nosso dia a dia que contam com a participação sempre presente e indispensável de uma embalagem. Outro dia, assistindo uma série de TV sobre o notório traficante mexicano “El Chapo” atualmente preso numa penitenciária dos Estados Unidos, me deparei com uma cena em que o bandido perseguido por seus inimigos vai resgatar uma fortuna que havia enterrado numa área rural. No episódio em questão, seus capangas cavam o chão e retiram o que parecem ser tambores ou barricas repletas de notas de dinheiro apodrecidas pelo efeito da umidade. O desespero do personagem diante desta tragédia me chamou a atenção para o fato de haver gente como ele que não 30
entende que a proteção e a conservação do conteúdo constituem funções básicas que a embalagem precisa atender. El Chapo perdeu uma fortuna porque não entendia nada de embalagem. O professor Cabral da Mauá costuma ensinar a seus alunos que ao se projetar uma embalagem precisamos responder a duas perguntas fundamentais: “1- O que o consumidor deseja e 2- Como o produto estraga”. O triste nesta história é que o mesmo que aconteceu com o bandido traficante, ocorre com muitas empresas que ainda utilizam embalagens inadequadas, pobres e fracas que não ajudam seus produtos a competir num mercado que a cada dia se torna mais competitivo, resultando por isso em grandes perdas que não são percebidas nem calculadas. Enterram dinheiro em embalagens ruins e somam prejuízos continuados pois deixam de lucrar com a contribuição que embalagens melhores poderiam lhes trazer. Estou me referindo àquelas empresas que não entendem que as funções da embalagem vão muito além de evitar que o produto estrague, pois, de-
vido ao custo que representam para a empresa precisam gerar retorno para o negócio ajudando o produto a ter maior valor percebido e ser mais competitivo no ponto de venda. Já escrevi muitas vezes que a embalagem não pode mais ser usada apenas para carregar o produto. Por se tratar de uma poderosa ferramenta de marketing, ela deve ser utilizada em todo o seu potencial pois só assim cumprirá integralmente suas funções. Portanto, fica aqui o meu conselho para todas as empresas que utilizam embalagens e atuam no segmento de consumo. Não façam como “El Chapo”, não enterrem dinheiro em embalagens ruins, que não valorizam seus produtos. Ofereçam aos seus produtos sempre as melhores embalagens possíveis e as utilizem em todo seu potencial para ajudar o negócio e não apenas para “carregar” o que tem dentro.
FABIO MESTRINER
Designer, professor e escritor Professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem no Instituto de Tecnologia Mauá fabio@mestriner.com.br
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FOTOS FUTUREPACK
MANAUS: UM OUTRO MUNDO E O MESMO CENÁRIO
A CAPITAL MAIS SINGULAR DO PAÍS SEGUE MISTERIOSA PARA A MAIORIA DOS BRASILEIROS E UM DESTINO DESEJADO PARA PESSOAS DO MUNDO INTEIRO. DIFERENTE E ÚNICA EM MUITOS ASPECTOS E IGUAL EM TANTOS OUTROS
A
proveitamos a realização do programa Packaging on the Road em Manaus (AM) para visitar os parques, florestas e rios desta importante cidade. Sempre quente e úmida, a cidade é muito simpática. Lamentavelmente, o patrimônio histórico construído durante o rico ciclo da borracha está descuidado. Prédios antigos foram destruídos, como o Hospital Beneficência, que está abandonado no centro da cidade, próximo a outro prédio histórico, o Teatro de Manaus. A cidade, praticamente dentro da floresta amazônica, é uma das menos arborizadas do Brasil, além disso, muito suja. Faltam caçambas ou cestas para o descarte dos resíduos ou lixo urbano, o que piora a questão, aspecto, cheiro e presença de animais que vivem deste material e, consequentemente, doenças se multiplicam. Visitamos o famoso Parque Municipal do Mindu que foi inaugurado com a presença de um delegado da ONU. O Parque Municipal do Mindu nasceu de um movimento dos moradores do entorno para proteger o fragmento (de matas primária e secundária) contra a ação de invasores em 1989 e o habitat do Sauim-de34
-Manaus, primata que hoje é o mascote da cidade. É um pequeno pedaço da floresta amazônica, com muitas espécies de arvores e plantas, lago com flores da importante e imponente planta, Vitória Régia. Pude ouvir alguns pássaros, porém não vi nenhum animal. Seguindo as trilhas chegamos às nascentes dos rios, os famosos Igarapés (caminho de águas). A visão é “dantesca”: ao menos havia ali quatro toneladas de lixo, desde televisores, pedaços de madeiras, pneus e, claro, muitas embalagens. Cerca de um metro cúbico de garrafas PET estava separado num big bag, porém muitas ainda estavam jogadas por toda a parte. Encontramos também embalagens flexíveis, tubos de aerossol, latas de alumínio, sacolas de supermercados, pedaços de garrafas de vidro, que podem ferir alguém, pedaços de calços de EPS (“isopor”), restos de cartuchos de papelcartão e de papelão. Por incrível coincidência: nenhum canudo, de qualquer material.... será que todos boiaram até o oceano? A mesma cena pode ser vista na Fundação MUSA e às margens dos rios Negro, Solimões e Amazonas. Um triste registro do descaso de to-
dos nós em relação à tão delicada situação. Será que os manauaras são diferentes dos demais brasileiros? Na verdade, lamentavelmente somos muitos parecidos e cuidamos muito mal dos nossos patrimônios históricos, de uma das maiores reservas florestais do mundo e dos nossos resíduos. Podemos mudar isso, começando agora, educando as pessoas próximas de cada um. Esclarecendo a todos que vivemos no mesmo planeta e que precisamos com máxima urgência cuidar dos nossos resíduos. Todos: governo, sociedade, distribuidores, fabricantes de embalagens e usuários precisam fazer a sua parte. Temos que usar as embalagens como veículo de educação, orientando a sociedade sobre a importância de descartar de forma adequada seus resíduos para facilitar a reciclagem. Embalagem melhor e educativa promove um mundo melhor para todos! ASSUNTA N. CAMILO Diretora da FuturePack Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br
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Fundada em 1977, a CONTERV é uma consultoria com notório reconhecimento no mercado em seus campos de atuação. Com foco total na necessidade de seus clientes, atendimento dedicado, personalizado e com honorários somente ”ad exitum”, a empresa vem contribuindo há mais de 40 anos no crescimento de seus parceiros, sendo a maior consultoria em Ex-Tarifário no Brasil, seguindo sempre nossos valores de ética e integridade.
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Prêmios internacionais de design atraem brasileiros UM PRÊMIO INTERNACIONAL DE DESIGN CERTIFICA A QUALIDADE DA PRODUÇÃO NACIONAL
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brir as portas do mercado internacional e ver seu trabalho valorizado em diversas partes do mundo. Pensando nisso, centenas de profissionais e empresas brasileiras de diferentes áreas encontraram nos principais prêmios internacionais uma forma de divulgar e medir a qualidade de seus projetos e produtos. Essa tendência é ainda mais forte no segmento do design, onde profissionais brasileiros têm se destacado nas principais celebrações do mercado. No iF DESIGN AWARD, o maior e mais completo prêmio de design mundial - por exemplo, o Brasil já soma 392 projetos premiados nas disciplinas de produto, comunicação, embalagem, arquitetura, design de interiores e conceitos profissionais. O iF, fundado em 1953 e que acontece anualmente na Alemanha, é uma chancela de bom design que abre portas e atesta a qualidade do design das marcas e empresas. Ele é um dos principais selos de excelência em design do mundo, o que faz dele o prêmio 36
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máximo do setor. Além de serem expostos em Hamburgo, na Alemanha, os premiados aparecem em um aplicativo disponível para download de forma gratuita e são inseridos na exposição online do iF, que recebe mais de 200 mil acessos por mês. É esse reconhecimento que os profissionais estão buscando. O design brasileiro tem evoluído muito nos últimos anos e os resultados positivos em prêmios internacionais consolidam esse crescimento. Precisamos crescer em desenvolvimento de tecnologias, em fazer com que o Brasil tenha marcas globais, fazer com que o Brasil seja reconhecido como o país do bom design, quanto mais o Brasil mostrar o design lá fora, mais ficamos perto de conquistar esta reputação. Por isso nosso incentivo à participação de premiações internacionais. Um prêmio internacional de design certifica a qualidade da produção nacional. Ganhar uma premiação internacional agrega valores imprescindíveis ao mercado profissional e aos designers envolvidos. A con-
quista de um prêmio faz a marca pertencer a um seleto grupo premiado; é um motivo para comemorar e chamar atenção para si e serve de inspiração aos novos talentos da área do design que estão entrando no mercado. As inscrições para a edição de 2019 do iF DESIGN AWARD estão encerradas. O júri acontece em Hamburgo em janeiro de 2019 e a cerimônia de premiação será realizada em março de 2019 no museu da BMW, em Munique, também na Alemanha. No www.cbd.org.br você pode encontrar mais informações e solicitar a ajuda do CBD para conquistar esse selo de excelência! Queremos que você esteja entre os melhores do mundo!
JULIANA BUSO Coordenadora de projetos do Centro Brasil Design juliana@cbd.org.br
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Projeção de Vendas - II TÉCNICAS PRÁTICAS PARA ERRAR MENOS
E
sta é a 2ª parte do artigo que apresenta as ferramentas para projeção de vendas, e trata do modelo conhecido por Funil de Vendas. O Funil de Vendas é um conceito já bastante difundido para gestores de equipes comerciais que controlam o rendimento de seus times através da conversão fase a fase dos clientes no processo de atendimento. A jornada pela qual o consumidor passa pelo atendimento pode, e deve ser dividida em fases que vão aproximando o cliente do fechamento, diagnosticando necessidade, resolvendo empecilhos, conhecendo o produto/serviço e se encantando com o produto. No mundo web, em que os clientes navegam pelos sites de e-commerce ou portais de anúncio, são passíveis de medição as taxas de conversões de cada fase a qual todo internauta é exposto no processo de venda. Se o cliente entra em um site, ele já é, prima facie, chamado de Suspeito, ou Suspect. Se este suspeito declara interesse deixando um meio de contato, ele é já considerado um Contato, ou Lead. No mercado imobiliário um cliente avança fase a fase no atendimento e esse mesmo funil, com as fases análogas às ações do cliente, serve para gestão e projeção: visita, proposta, negociação, fechamento, etc. Serve aos Gerentes saberem em que fase do atendimento os Corretores de imóveis estão perdendo mais tempo ou deixando clientes escaparem. Na figura 4, além do Funil de Vendas mostrar o número de clientes que foi atendido por fase em um mês, há uma coluna ao lado indicando a taxa final de conversão, ou Hit Rate. Essa taxa mostra quantos clientes, de todos que chegaram a avançar até aquela fase no processo de atendimento, devem fechar negócio. Essa medição pode ser feita historicamente e alimentar um modelo de projeção final de vendas, com base no típico aproveitamento de uma equipe. Para calcular o Hit Rate, basta dividir o número de fechamentos em um determinado período pelo número de clientes totais que chegaram até a fase em questão. Vale notar que cada fase terá o seu Hit Rate: Fechamentos/Nº de Clientes na fase do funil. Assim, saberemos um percentual 38
Figura 4. Funil hipotético de Vendas. As fases registram o número de clientes que passaram por elas em determinado período. A coluna Hit Rate mostra a taxa de conversão final de cada fase. aproximado, e validado ao longo do tempo, de quantos clientes de cada fase fecharão negócio. Em resumo, com esse tipo de projeção por funil de vendas, dá para aplicar o tal Hit Rate nos clientes que vivem cada fase hoje em seu negócio e estimar, com base na sua conversão típica, quantos serão negócios fechados no final deste período. Dá inclusive para saber se a empresa terá problemas com fluxo de caixa no médio prazo. FERRAMENTAS QUALITATIVAS Mas, como já dito neste artigo, nem sempre teremos dados confiáveis, suficientes em volume e estáveis o bastante para lançarmos mão de uma projeção quantitativa. Quando este é o caso, outras técnicas são utilizadas para projetar vendas. Empresas que conseguem coletar a opinião dos vendedores sistematicamente podem usar a opinião destes que são os olhos e ouvidos no campo. Empresas que tenham diretores ligados à operação comercial também podem contar com insights que o mercado dispõe a eles entre reuniões de sindicatos patronais, almoços da nata e rede de contatos. Há técnicas formais de coleta qualitativa que abordam desde Pesquisas de Mercado, que costumam envolver coleta in loco e geração de banco de dados, até construções de consensos entre especialistas. Como é mais difícil garantir coleta suficien-
te, o interessante aqui é unir mais de uma forma de avaliação qualitativa, buscando cruzar para validação as verdadeiras razões e motivos das predições que têm essa origem mais humana e subjetiva. POR FIM Não há fim no exercício de projeção. Um analista que lança mão de técnicas quantitativas deve continuamente revisar seu modelo e, sempre que possível, é recomendável que revisite suas equações à luz dos novos dados e da dinâmica dos mercados. Esse esforço deve ser ao mesmo passo que mudam as dinâmicas do mercado, como diriam os clássicos, pari pasu, e, portanto, incessante. O mesmo vale em dobro para as análises qualitativas que geram predições de vendas: é mudando que se mantém no mercado. O raciocínio talvez soe contra intuitivo, mas a dinâmica das forças que moldam a microeconomia e envolvem a empresa tornam insustentável uma fórmula vencedora a priori ser garantia de sucesso no médio prazo. O mesmo vale para as projeções de vendas, uma vez que são reflexo do que a empresa encontra de resultado. CAIO MONTAGNER Professor da Live University – Inbrasc carmontagner@gmail. com
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SUSTENTABILIDADE
UM FUTURO SUSTENTÁVEL DE PONTA A PONTA, EM CADA ELO DA CADEIA, O TRABALHO PARA TORNAR A CAIXINHA TETRA PAK MAIS SUSTENTÁVEL A CADA DIA
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a produção da matéria prima e da embalagem, ao seu descarte, reciclagem e reaproveitamento em novo produto, a embalagem longa vida da Tetra Pak percorre uma longa jornada, que a EMBANEWS foi conhecer de perto a convite da Tetra Pak e da Klabin. A visão das florestas plantadas de pinus e eucalipto da Klabin Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), entremeadas por áreas de matas nativas preservadas, no estilo mosaico, revela onde tudo começa: ali está a fonte renovável de matéria prima que vai alimentar a fábrica de papelcartão, material que representa 75% da composição da embalagem Tetra Pak. Localizada na unidade Monte Alegre, a fábrica é a quarta maior do mundo em produção de papelcartão para líquidos (LPB) e a única no Brasil a oferecer esse produto. Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável. Esta unidade florestal possui 135,2 mil hectares de florestas plantadas de pínus e eucalipto, e 110,3 mil hectares de mata nativa preservada. Há 2,6 mil km de corredores ecológicos em Monte Alegre. São monitoradas cerca de 1.400 espécies animais e 2.000 espécies da flora. O resíduo da colheita das árvores, como folhas e cascas, é reaproveitado como biomassa
Valéria Michel, Diretora de Meio Ambiente da Tetra Pak 40
para a geração de energia para a indústria. A indústria opera a máquina M9 do projeto de expansão espaço MA 1100, que completou 10 anos de start up. Sua capacidade de produção é de mais de 1 milhão de toneladas de papéis por ano. Dali sai o cartão em bobinas cortadas para as fábricas da Tetra Pak. Além do papelcartão para líquidos, a unidade também produz kraftliner e papelcartão para embalagens em geral. O Centro de Tecnologia da Klabin, inaugurado no ano passado, em Telêmaco Borba, integra as frentes de pesquisa e desenvolvimento das áreas de negócios da companhia, e se dedica a cinco rotas de pesquisa: madeira, celulose, papel para embalagem, florestas, meio ambiente e sustentabilidade. “Na área do papel de embalagem, desenvolvemos pesquisas para o aumento da printabilidade e resistência, barreiras a umidade, gorduras, oxigênio, além de pesquisas para tornar a cadeia mais eficiente, visando a sustentabilidade”, afirma Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Negócio Celulose da Klabin. Recentemente a Klabin anunciou o investimento de R$ 32 milhões para a construção de um Parque de Plantas Piloto, na mesma unidade, para dar suporte às pesquisas em andamento. A Klabin foi a primeira no setor no Hemisfério Sul a obter a certificação FSC®- Forest Stewardship Council® (FSC-C022516), que este ano completa 20 anos de certificação. É signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo.
QUALIDADE E MEIO AMBIENTE Para a Tetra Pak, a garantia da rastreabilidade da matéria-prima, que é originada do manuseio sustentável certificado pelo FSC, torna a parceria com a Klabin uma base para a busca pela excelência ambiental que é um dos pilares estratégicos globais da Tetra Pak. A Tetra Pak de Ponta Grossa completa 20 anos em 2019, e está entre as cinco maiores plantas da companhia no mundo. Além de embalagens, fornece equipamentos
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SUSTENTABILIDADE para processamento e envase, e serviços. “Hoje, a Tetra Pak está bastante focada em ajudar os negócios dos clientes como estratégia de futuro, seja através de melhores práticas, know how ambiental e social, estudos de tendências de mercado, otimização e automatização das operações, implantação de sistemas de rastreabilidade, etc”, diz Valeria. Segundo o diretor da fábrica da Tetra Pak de Ponta Grossa, Marcelo Junca, desde o início das operações da fábrica, foi conduzido um processo de melhoria contínua dos indicadores de qualidade, treinamento, meio ambiente, segurança, manutenção preventiva. A empresa participa do programa World Class Manufacturing (WCM), de excelência operacional. A planta realiza uma série de ações com vistas ao melhor desempenho operacional, ambiental e social. “Entre os exemplos, reutilizamos hoje 95% dos tubetes das bobinas; houve uma redução de mais de 50% na quantidade de papel perdido durante ajuste de máquina para o set up dos trabalhos. Investimos nas duas fábricas para adequar nossas máquinas à NR-12, certificação que visa a proteção do trabalhador. Desde 1998 não utilizamos tinta com solvente, e adotamos o processo digital para impressão do fotopolímero, sem o uso de químicos”, afirma Marcelo. As duas plantas são certificadas pela ISO 9001 e NR-12. “Muitas ideias de melhorias vêm dos funcionários, e temos diversos programas de incentivo, inclusive um projeto para trainees”, explica. Outro objetivo da empresa é aumentar gradativamente o conteúdo renovável da caixinha, que hoje é de 82%, considerando o papel e a tampa de PE verde, proveniente de cana de açúcar, matéria-prima que já está sendo utilizada também em algumas das camadas que compõem a embalagem da Tetra Pak. “Nosso anseio é ter uma embalagem totalmente de fonte renovável”, afirma Valéria.
Floresta Klabin
Produção de papelcartão LPB
Centro Tecnológico Klabin
TRABALHO PARA DESENVOLVER A CADEIA DE RECICLAGEM Na reciclagem pós-consumo, a Tetra Pak tem metas globais de elevar a taxa de reciclagem até 2020. A meta para 2018 é de 24,1%, equivalente a 61.000 toneladas de embalagem pós consumo, e que deve ser excedida este ano no Brasil, segundo Valéria, pois está havendo aumento da coleta seletiva. O processo de reciclagem da caixinha envolve a retirada do papel nas papeleiras realizado em hidrapulps. Desse processo mecânico, além da fibra de papel, resta a mistura de polietileno (20%) e alumínio (5%). “A fibra da caixinha é de alta qualidade e agrega valor para o reciclado, utilizado em caixas secundárias de leite, por exemplo”, afirma Valeria. O polietileno e o alumínio também são reaproveitados em diversos tipos de produtos, como peletes, telhas, piso, paletes, produtos de papelaria, como canetas, sacolas, pastas, capas de caderno, jogo americano, entre outros. A Tetra Pak começou a desenvolver aplicações para esse material há 20 anos, ajudando a elevar o valor agregado do resíduo. A empresa desenvolve diversos projetos em todos os elos da cadeia de reciclagem, como a Rota da Reciclagem, uma iniciativa para incentivar a coleta seletiva, criada em 2008. Há ainda uma série de programas para apoiar as cooperativas de catadores, como os de empreendedorismo, capacitação e formação de lideranças nas cooperativas. “A coleta seletiva no Brasil precisa passar pelas cooperativas; temos hoje cerca de 1 milhão de catadores no Brasil”, diz Valéria. Realiza também diversos programas de educação e cultura ambiental nas escolas e comunidades. Fechando o ciclo, visitamos a cooperativa de catadores COOPAM - Cooperativa Ambiental de Carambeí, município próximo à Ponta Grossa, e a Recicladora Telhapak que utiliza o reciclado de plástico e alumínio de embalagens da Tetra Pak para a produção de telhas e chapas. A empresa fez um trabalho pioneiro quando iniciou há 15 anos sua atividade, voltado para a mudança de cultura necessária para a aceitação do novo produto. Entre os atributos da telha produzida com o reciclado estão a resistência, leveza e o conforto térmico proporcionado, cerca de 6º C a menos que as telhas de zinco. www.tetrapak.com/br; www.klabin.com.br 42
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Unidade da Tetra Pak Ponta Grossa
Cooperativa COOPAM
Recicladora Telhapak
Produtos em reciclado de embalagem Tetra Pak de PE + alumínio
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sobre o evento o Instituto de Embalagens levará informações relevantes sobre a indústria de embalagens para diversas cidades brasileiras, já que é fundamental manter-se atualizado num mundo cada vez mais globalizado. O evento promoverá oportunidade de relacionamento entre os participantes, gerando novas possibilidades de negócios e relacionamento. Conhecer as tendências e inovações inspiram mudanças para promover o aumento da competitividade. As palestras serão ministradas por experientes especialistas do setor.
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Em 2019, a Fispal Tecnologia completa um marco em sua história: são 35 anos alimentando negócios e conectando a indústria de alimentos e bebidas aos fornecedores de toda cadeia de produção. Marcada para os dias 25 a 28 de junho, no São Paulo Expo, a Informa Exhibitions já anunciou que prepara um evento surpreendente para a comemoração dos seus 35 anos. A feira reúne profissionais qualificados, empresários e executivos, que buscam novas soluções e tecnologias para toda a sua produção, independente do porte da empresa. O evento é setorizado por soluções, facilitando a visitação e potencializando a geração de negócios e networking entre compradores e fornecedores. Em 2018, a Fispal Tecnologia recebeu cerca de 38.600 pessoas que puderam conferir as novidades dos 440 expositores, além de diversas atrações, como o Fórum Fispal Tecnologia, o Demonstrador da Indústria 4.0, Lab de Soluções, Lounge Inovação e a Arena da Cerveja Artesanal. www.informaexhibitions.com.br
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COMPETITIVIDADE
ENSINAR VERSUS APRENDER VISÃO SISTÊMICA QUESTÕES QUE FAZEM PENSAR NO ROTEIRO PARA ADICIONAR VALOR ÀS CARREIRAS PROFISSIONAIS
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ntender o significado de ensinar versus aprender é um dos maiores desafios dos professores. Os alunos devem ser motivados a deixar de lado a atitude passiva que muitas vezes os acometem. A grande quantidade de informações disponíveis cria, por vezes, a falsa sensação que “tudo está à minha mão e basta procurar certo” ou “tenho um HD externo (leia-se Google) à disposição”. Em outras palavras, parece que não é necessário ter foco para identificar o que é e o que não é relevante para a formação das poucas competências adequadas para construir o sucesso (leia-se vantagem competitiva) profissional. Nesse ponto reside o papel dos professores, como orientadores ou mesmo filtros que ajudam a reter o que é relevante e descartar o inútil. Não é fácil fazer com que alunos deixem de lado a ”incontrolável” necessidade de acessar o Whatsapp ou o Instagram ou o Facebook. A Figura 1 mostra o roteiro para adicionar valor (leia-se vantagem competitiva) às carreiras profissionais e evidencia o foco de atuação de professores e de alunos. Esse é o panorama no qual acontece uma cena fictícia (fictícia mesmo?) que relato a seguir. Ao final de uma aula, os 30 alunos de uma sala recebem a tarefa de assistir um filme disponível no Youtube, repleto de situações ambíguas e inseridas num ambiente turbulento, e identificar três pontos chave para o entendimento do conceito de visão sistêmica. Nada precisa ser escrito. 54
FIGURA 1: ROTEIRO PARA ADICIONAR VALOR ÀS CARREIRAS PROFISSIONAIS.
Basta assistir e prestar atenção. Uma semana depois, no início da aula, o professor, para melhor sintonizar os alunos no tema do dia, pergunta a opinião deles sobre o citado filme e constata que apenas um deles (isso mesmo, apenas um) assistiu. Frente ao ocorrido, nada resta se não por em prática o Plano B elaborado por precaução pelo docente. Ao final da aula, várias reflexões vieram à mente do professor: os alunos esperavam ver o filme na aula? Esqueceram de assistir? Queriam realmente aprender ou eu só queria ensinar? São imediatistas e o tema não despertou interesse? Faltou tempo para eles? Visão sistêmica, tal qual embalagem, é um tema muito específico e assusta neófitos? Em síntese, ter a capacidade de ver a floresta (conhecimento) e as
árvores específicas (competências) é ter visão sistêmica e a capacidade de criar o próprio caminho rumo à inovação e à tão almejada vantagem competitiva. Para concluir, deixo duas questões ao leitor: o cotidiano (as árvores), que parece ser mais importante nos dias atuais, tem impedido você de ver a floresta? Você, que já aprendeu o que é visão sistêmica, está disposto a ensinar alguém?
ANTONIO CABRAL
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem no Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) acabral@maua.br
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