EMBANEWS Nº 344 - Novembro 2018

ANO 29 | EDIÇÃO 344 | NOVEMBRO 2018

O FUTURO É CIRCULAR GRANDES COMPANHIAS GLOBAIS ADOTAM PRINCÍPIOS DA ECONOMIA CIRCULAR PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL

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NEWS

REALIDADE AUMENTADA

COMPETITIVIDADE

PROTÓTIPO 3D RECRIA GARRAFA DE VIDRO

QUAL A SUA REAÇÃO DIANTE DE UMA NOVA TECNOLOGIA?

BRASIL, INDÚSTRIA 4.0 E COMPETITIVIDADE

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SUMÁRIO

20 20

REPORTAGEM

O FÓRUM EMBALAGEM & SUSTENTABILIDADE, REALIZADO PELO INSTITUTO DE EMBALAGENS, APRESENTOU EM SÃO PAULO UM PAINEL DE INICIATIVAS SUSTENTÁVEIS BEM-SUCEDIDAS, QUE GANHAM VISIBILIDADE E INSPIRAM MUDANÇAS SUSTENTÁVEIS

08 NEWS 18

EMBALAGEM NO MARKETING

28 EVENTO 30 BRANDNEWS 32

REALIDADE AUMENTADA

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INOVAÇÃO

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DESIGN

40 SUSTENTABILIDADE 50 COMPETITIVIDADE SAIBA COMO INTERAGIR COM A REALIDADE AUMENTADA DISPONÍVEL NA EMBANEWS: PASSO 01

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EDITORIAL EMBALAGEM, ONDE A INOVAÇÃO DO PRODUTO COMEÇA

A

FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)

inovação sempre foi almejada por todas as empresas, assim como outras formas de se diferenciarem no mercado.

Algo inovador pode significar um salto nas vendas dos seus produtos e a embalagem com certeza é um dos principais meios e, para muitas empresas, o único para se divulgar o produto.

A revista EMBANEWS surgiu em agosto de 1990 num momento em que o mercado apresentava grandes mudanças nas embalagens como a entrada das latas de alumínio para bebidas e as garrafas e frascos PET para diversos mercados, principalmente em refrigerantes.

Estamos iniciando uma série de mudanças como parte das comemorações dos 30 anos da EMBANEWS no ano de 2020. Para você que quer saber o que estava acontecendo no mercado de embalagens em 1990, disponibilizamos as edições digitais dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 1990 através dos links: https://issuu.com/embanews/docs/embanews_ago1990 https://issuu.com/embanews/docs/embanews_set1990 https://issuu.com/embanews/docs/embanews_out1990 https://issuu.com/embanews/docs/embanews_nov1990 A revista EMBANEWS faz parte da história da embalagem no Brasil e queremos compartilhá-la com nossos Leitores, na íntegra, para todos que fizeram e continuam a fazer com que a embalagem seja um dos principais diferenciais de inovação e competitividade. Aos nossos Leitores de longa data e aos novos Leitores, o nosso muito obrigado! É fundamental a sua participação e interação para sugestões, dúvidas e críticas, para que possamos aperfeiçoar os nossos serviços.

Para isso, temos canais de comunicação como o WhatsApp 11 94721-4102, o e-mail embanews@embanews.com e as redes socias que podem ser encontradas através do site embanews.com.

Falando em história e inovação na embalagem, as inscrições para o 28º Prêmio EMBANEWS foram prorrogadas com seu prazo final no dia 14 de dezembro. Sabemos que o final do ano é bem corrido, então, está aí mais uma oportunidade de não ficar de fora da premiação de maior prestígio do mercado de embalagens brasileiro. Participe através do site: www.embanews.com/premio-embanews. Informações: e-mail premio@embanews.com, fones: (11) 3064-2405 / 2418.

Até dezembro!

Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Circulação e Assinaturas: assinatura@embanews.com Colunistas desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Fabio Mestriner, Henry Assef, Juliana Buso Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal Impressão e Acabamento: Hawaii Gráfica & Editora A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL: Rua Capote Valente, 478, Casa 01 • Pinheiros • CEP 05409-001 • São Paulo/SP • Brasil Telefones: (11) 3064-2405 / 3064-2418 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.

Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins.

Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos para envase, embalagem, estocagem e transporte; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.

As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc.

site: www.embanews.com e-mail: embanews@embanews.com linkedin.com/company/embanews twitter.com/Embanews facebook.com/Embanews Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00

Ricardo Hiraishi Novembro de 2018

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NEWS PROTÓTIPO 3D RECRIA GARRAFA DE VIDRO A impressão 3D evolui, ao desenvolver materiais que se assemelham cada vez mais aos originais. É o que atesta o case desenvolvido pela 3D Systems, empresa mundial de tecnologia de impressão 3D. A Premium Lager James Boag, uma tradicional cerveja australiana, ao revitalizar sua embalagem, utilizou o serviço On Demand, de fabricação sob demanda, da 3D Systems.

A Orora, fornecedora de embalagens da marca de cervejas, buscou o serviço para a fabricação de um protótipo com o novo formato da garrafa. Com a tecnologia de impressão 3D em resina SLA, a 3D Systems conseguiu criar uma garrafa com peso e visual extremamente semelhante às embalagens de vidro em apenas uma semana, que foi usada em testes com consumidores.

Mudanças de embalagens, principalmente quando envolvem um novo formato, precisam ser testadas antes de chegarem ao mercado, pois envolvem altos investimentos em moldes. Por isso, protótipos criados sob demanda pelo serviço On demand da 3D Systems podem ser aliados das empresas na tomada de decisões de investimentos. https://br.3dsystems.com/; www.ororagroup.com

INVESTIMENTOS EM MAIONESE PREMIUM A Kraft, marca americana centenária, chega ao Brasil trazendo uma nova opção de sua maionese. As pesquisas para chegar à versão final do produto levaram dois anos. “A Kraft Heinz já atende o segmento premium com a maionese Heinz; o segmento de valor com a Quero e agora a marca Kraft chega para competir no segmento mainstream de maionese”, afirma Isabella Rizzo, diretora de marketing da Kraft Heinz.

A Maionese Kraft é produzida na nova planta de Nerópolis (GO), que recebeu investimentos de R$ 380 milhões para duplicar sua capacidade de produção.

Esta é a primeira planta a ser inaugurada no mundo desde a fusão da Kraft com a Heinz.

A Maionese Kraft é envasada em frascos PET com formato exclusivo, produzidos pela Plastipak. A embalagem de 450 g leva tampa da Forplas, enquanto a de 320 g tem tampa da Revpack. A arte dos rótulos é assinada pela M Design, impressos pela Baumgarten. www.heinzbrasil.com.br; www.plastipak.com; www.forplasembalagens.com.br; http://revpack.com.br/; https://mdesign.art.br/; www.baumgarten.com.br

AQUISIÇÃO AMPLIA CAPACIDADE EM PET A Krones, fabricante líder de soluções de envase e embalagem, adquiriu a MHT Holding AG (MHT). A MHT, com sede em Hochheim, Alemanha, juntamente com suas subsidiárias, fornece ferramentas e serviços de moldagem por injeção para a indústria de PET. A empresa gera aproximadamente 25 milhões de euros de receita com 125 funcionários.

A aquisição da MHT representa uma extensão do portfólio de produtos PET da Krones em ferramental para a fabricação de preformas PET, que permite que a Krones feche o ciclo do PET, desde a fabricação de preformas de PET e moldagem por sopro até a reciclagem de PET - e depois de volta para a fabricação de uma nova pré-forma.

A sede da MHT permanecerá em Hochheim com a atual administração na condução dos negócios. Em abril de 2018, a Krones adquiriu 70% da Integrated Plastics Systems AG, Suíça, focada no fornecimento de soluções com8

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Jetm

pletas de moldagem por injeção de PET para a indústria de bebidas. As aquisições da MHT e da Integrated Plastics Systems AG estão melhorando a competência e o portfólio da Krones PET. https://www.krones.com/br-pt

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NEWS MENOS TINTA NA EMBALAGEM A biO2, marca de alimentos e bebidas saudáveis, acaba de lançar a primeira linha de barras de sementes proteica do Brasil, a biO2 Seeds.

Seguindo o DNA da marca, as barras são veganas/ plant based, sem glúten, sem leite, GMO free, sem aditivos artificiais e contam com ingredientes naturais e orgânicos seguindo o conceito clean label.

A biO2 é uma marca da Renk’s, que nasceu em 2005, evoluindo pelo caminho da saudabilidade e sustentabilidade.

Em suas embalagens, a marca está reduzindo significativamente a quantidade de tinta utilizada em sua impressão. “Estamos promovendo uma mudança que pode nos tornar menos visíveis nas prateleiras, porém mais alinhados com nossos propósitos”, diz Leandro Farkuh, CEO da marca.

Há 13 anos, a biO2 construiu uma identidade própria, sendo pioneira no ramo de alimentos naturais e orgânicos a trazer o preto e a trans-

parência nas embalagens. O minimalismo com poucas cores, aliado ao conceito clean label, reflete a formulação simples dos produtos.

As novas embalagens são feitas de papel reciclado e possuem certificado FSC. Segundo Farkuh, a redução de tintas ajuda a minimizar a pressão no uso dos recursos naturais, libera menos poluentes químicos no meio ambiente e diminui o risco à saúde dos seres vivos.

O desafio encarado pela equipe do Media House, agência interna de comunicação da biO2 formada por um time de designers, publicitários, nutricionistas, biólogos e engenheiros, trouxe aperfeiçoamento nas embalagens, mas sem perder a identidade criada há mais de uma década. O selo “Menos Tinta. Mais Planeta” que será impresso nas novas embalagens representa exatamente isso – coragem e vontade de fazer diferente. www.bio2organic.com.br

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NEWS MARCA DE CACHAÇA ENTRA NO MERCADO DE GIM A Tatuzinho apresenta o novo Bara Dry Gin, com teor alcoólico de 47%, é composto por limão siciliano, lima da pérsia, cardamomo, coentro e zimbro.

Para envasar a novidade, a Tatuzinho escolheu a garrafa Miami, da Selective Line, linha premium da Verallia, fabricante de embalagens de vidro para alimentos e bebidas. Um diferencial é o seu formato.

A garrafa MIAMI é oval no topo com ombros planos e gradualmente se torna quadrada, terminando em uma base sólida.

“Para entregar um produto com característica premium, a garrafa é um componente essencial a ser levado em consideração. Após vários estudos e testes, optamos pelo modelo Miami da Verallia. É a garrafa que melhor se identificou com o DNA do Bara Dry Gin e que corresponde às nossas expectativas tanto na funcionalidade e nos aspectos qualitativos como em Cláudio Garcia, gerente Magazin, 132design”, x 200explica mm, Contiform AseptBloc de marketing e produtos da Tatuzinho. www.tatuzinho.com.br; https://br.verallia.com

CURTINHAS As obras para a expansão da unidade da Unilever em Pouso Alegre (MG) já foram iniciadas. Com investimentos de R$ 127 milhões e geração de 350 empregos, a previsão é a geração de um faturamento adicional de R$ 290 milhões em 2019 e R$ 1 bilhão em 2020. Com a expansão, a linha de maionese Hellmann’s volta para o munícipio e passam a serem produzidos também molhos para salada, mostarda, catchup, temperos em pó e pasta, sobremesas e food solutions.

O Grupo Bobst anunciou que Stephan März, atual Chefe da Unidade de Negócios Serviços, assumirá a Unidade de Negócios Web-fed, a partir de 1º de janeiro de 2019, com a saída de Erik Bothorel. Julien Laran, atual Chefe do Supply Chain e Operações da Unidade de Negócios Serviços, será o Chefe da Unidade de Negócios Serviços. As mudanças visam dar continuidade à estratégia de transformação e crescimento nos negócios de flexíveis e rótulos.

Júlio Guimarães é o novo diretor comercial da Ibema Papelcartão.

Aos 35 anos, Júlio acumula mais de uma década no setor de papel e celulose, e atuou em vários cargos e setores da Suzano Papel e Celulose. É graduado em Administração de Empresas pela UNIP e em Gestão Estratégica de Vendas pela Mackenzie.

A WestRock vai investir U$ 345 milhões para a ampliação de sua fábrica de papel de Três Barras (SC), que terá sua capacidade total de produção da linha de papéis de alta performance HyPerform® elevada de cerca de 470 mil toneladas/ano para 685 mil toneladas/ano.

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NEWS DESOBEDIENTE JÁ NO FORMATO quem disse, berenice? está lançando seu primeiro eau de parfum, desobediente, que instiga a questionar, repensar, fazer diferente. O formato do frasco, inspirado numa bola de chiclete pronta para estourar, é a própria representação da desobediência. “Um dos desafios para desenvolver o frasco deu-se pelo seu formato inovador, redondo e irregular, com várias limitações técnicas, que foram superadas com o suporte dos fornecedores”, segundo Marcella Nogueira, gerente de categoria de produtos de quem disse, berenice? “Outro aspecto importante foi trazer a qualidade do frasco e tampa com acabamentos que transmitam a moderna sofisticação do perfume, e sejam comparados aos de perfumes internacionais, porém com a identidade de nossa marca”. O design é da agência francesa, centdegres. O frasco é da Wheaton; a tampa, da Aptar; a válvula, da Albea e o cartucho, da Antilhas. www.quemdisseberenice.com.br; www.centdegres.com; www.wheaton.com.br; www.aptar.com/pt; www.albea-group.com; www.antilhas.com.br

EMBALAGEM MAIS FACILMENTE RECICLÁVEL A Church & Dwight Co., Inc., fabricante das vitaminas em goma vitafusion™, é a primeira na categoria nos EUA a usar embalagens com rótulos encolhíveis, compatíveis com a reciclagem.

A embalagem para vitafusion™ MultiVites com 150 gomas incorpora os rótulos encolhíveis, feitos com a resina de alto desempenho Eastman Embrace™ LV e com o adesivo SunLam™ de fácil remoção da Sun Chemical. “Anteriormente, a embalagem era reciclável, mas retirar o rótulo se tornava um desafio para a reciclagem. A partir de agora, apresentam, a respeitada designação “How2Recycle”, afirma Laurie Kirschner, diretora de marketing da vitafusion™. A empresa de rótulos Multi-Color substituiu o adesivo tradicional usado nos rótulos vitafusion™ pelo adesivo SunLam, facilitando a retirada dos rótulos encolhíveis durante o processo de lavagem das embalagens, garantindo a completa reciclagem da embalagem, e aumentando a qualidade e o volume do RPET para recicladores. https://churchdwight.com; www.eastman.com; www.sunchemical.com

TINTA PARA RASTREABILIDADE DE MEDICAMENTOS Uma tinta específica para a rastreabilidade de medicamentos foi especialmente desenvolvida pela Domino Printing, representada no Brasil pela Sunnyvale. As codificadoras TermoInkJet (TIJ) trabalham com a tinta BK652 que traz como destaques, rápida secagem, contraste e a durabilidade de leitura dos dados codificados nas embalagens dos remédios.

O contraste excepcional permite trabalhar inclusive com resoluções menores alcançando ótimo Grade para Datamatrix, tipicamente Grade A. “Uma melhor autonomia resulta em um menor custo de impressão e um maior up time da linha de produção. Estes são alguns benefícios quando se consegue garantir boa qualidade mesmo com baixa resolução”, comenta João Fortes, gerente de produto da Sunnyvale.

A BK652 conquistou o certificado BlueWow 5 do Smithers Pira Institute, que atesta que a durabilidade e o contraste da tinta são garantidos por toda a vida útil do medicamento e ainda se manterá por aproximadamente um ano após o vencimento. Segundo João Fortes, esse detalhe é considerado importantíssimo para a escolha da codificadora inkjet, pois sem essa garantia, há um grande risco de recall de medicamentos devido a leitura do Datamatrix ser prejudicada ao fim da validade do medicamento. www.domino-printing.com/pt/home.aspx; www.sunnyvale.com.br 12

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NEWS IMPRESSÃO REPRODUZ VERSÃO INTERNACIONAL A caixa que embala o perfume masculino CR7, com a marca de Cristiano Ronaldo, consagrado em diversos países do mundo, apresentava o desafio de ser reproduzida no mercado brasileiro exatamente como sua versão internacional.

Para isso, a Congraf Embalagens apresentou diversas e exclusivas opções de acabamento em mockup virtual, através do qual a Jequiti pôde visualizar como ficaria o resultado final do produto e avaliar o custo benefício. O cartucho foi impresso em cartão triplex 300g metalizado, 6 cores especiais na frente e duas cores especiais no verso, ambas de tinta UV, seguidos do processo de corte e vinco e colagem. Já o berço impresso na mesma cor do fundo em duas capas foi posteriormente acoplado em um miolo ondulado onda F. “A Congraf é nossa parceira e, especialmente nesse projeto, pela importância de manter a originalidade pré-estabelecida no mercado internacional, ela contribuiu muito para replicar exatamente as cores e também a impecável impressão realizada no cartão metalizado, o que certamente demanda muita qualidade técnica”, afirmou Rafael Castro, Gerente de Produto em Perfumaria da Jequiti. www.jequiti.com.br; congraf.com.br

EMBALAGEM COM CERTIFICAÇÃO PARA ALUMÍNIO RESPONSÁVEL A SIG, empresa global de sistemas e soluções para embalagem asséptica, é a primeira indústria em sua área – e a quinta empresa do mundo – a obter a certificação Aluminium Stewardship Initiative (ASI), recentemente lançada e que reconhece e cuida, de forma colaborativa, da produção responsável e das fontes de fornecimento de alumínio. O programa de certificação ASI, lançado em dezembro de 2017, é o primeiro do gênero para alumínio.

A SIG conseguiu a certificação ASI Performance Standard Material Stewardship Principle no nível corporativo para sua matriz na Suíça, bem como para as diversas unidades corporativas na Alemanha, juntamente com a certificação ASI Chain of Custody, nestas localidades e em uma de suas principais unidades de produção em Saalfelden, Áustria. Outras plantas da SIG logo serão certificadas. A certificação permitirá que os clientes saibam que as folhas

de alumínio usadas nas embalagens da SIG são provenientes de uma cadeia de valor responsável, desde o fornecimento, passando pelo processamento da matéria-prima e pela produção responsável das embalagens finais.

Este é um passo importante para a SIG atingir sua meta de fornecimento de 100% das principais matérias-primas de fontes certificadas até 2020 – como parte da estratégia da empresa Way Beyond Good. https://www.sig.biz

OPEN HOUSE EM IMPRESSÃO DIGITAL Após o sucesso do open house realizado em 2016, a Barberán abrirá suas portas novamente para demonstrar uma linha completa de impressão digital single pass para a indústria de papelão ondulado.

A linha, com a demonstração da Jetmaster 1890 em produção, está equipada com todos os recursos mais recentes desenvolvidos pela Barberán e seus parceiros. O Open House será realizado na fábrica de Barberán, em Castelldefels, Barcelona, nos dias 12 e 13 de fevereiro de 2019. Além de mostrar a linha rodando a uma velocidade máxima de 80 m/min, haverá apresentações técnicas de Barberán e parceiros como a Esko, fornecedores de tinta, máquinas periféricas e também uma história de sucesso de um dos primeiros convertedores. http://openhouse.barberan.com; www.jetmasterseries.com; www.barberan.com 14

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NEWS INCENTIVO À CADEIA DA RECICLAGEM A Tetra Pak vem ampliando sua atuação em parceria com empresas de diversos segmentos para o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, feitos a partir das embalagens longa vida pós-consumo. A empresa, que já participa do desenvolvimento do mercado de papel reciclado e de telhas ecológicas, agora também se concentra no segmento de produtos fabricados à base de plástico, para fortalecer a cadeia recicladora ao substituir as matérias-primas convencionais por plástico-alumínio reciclados. Como parte disso, nos últimos nove meses, a empresa se aproximou de 40 empresas do segmento para estudo e desenvolvimento de novos produtos, e conta 15 dos projetos idealizados em andamento.

Uma das empresas que vem utilizando o plástico alumínio em seus produtos é a Infinitum62, localizada em Elias Fausto (SP). A empresa, que produz poltronas pelo processo de rotomoldagem, utiliza o material proveniente da reciclagem de aproximadamente 900 embalagens cartonadas de 1 litro para fabricar uma poltrona com 80 cm de altura e 120 cm de largura e profundidade. A empresa aposta no conceito de sustentabilidade ao design prático e moderno. No portfólio também há luminárias, brinquedos e outros itens de decoração desenvolvidos com material reciclado.

Outro exemplo é a PlastPrime, no Paraná. A empresa utiliza o material proveniente da reciclagem das embalagens da Tetra Pak pós-consumo como matéria-prima em projetos inteligentes na construção civil.

De sistemas modulares a blocos intertravados e decks, produtos produzidos a partir do plástico-alumínio reciclado das embalagens longa vida são uma alternativa sustentável para jardins, áreas de lazer e áreas comuns em residências e condomínios. www.tetrapak.com.br; www.infinitum62.com.br; www.plastprime.com

INICIATIVAS PARA IMPULSIONAR A ECONOMIA CIRCULAR A produtora de resinas plásticas Braskem definiu uma série de iniciativas globais para impulsionar a Economia Circular na cadeia de produção de produtos transformados plásticos. “Ao estabelecer um rol de iniciativas globais, aderindo a compromissos voluntários e expressando publicamente um posicionamento global a favor da Economia Circular, a Braskem está convidando clientes, parceiros da cadeia de valor, seus Integrantes e a sociedade em geral para ampliar o esforço conjunto em busca de soluções inovadoras e sustentáveis por meio do uso do plástico”, afirmou Fernando Musa, presidente da Braskem.

Intitulado “Posicionamento da Braskem em Economia Circular”, o documento define iniciativas para o desenvolvimento de parcerias com os clientes na concepção de novos produtos para ampliar e facilitar a reciclagem e a reutilização de embalagens plásticas, especialmente as de uso único. Ele contempla ainda o avanço de investimentos em novas resinas de origem renovável, como o Plástico Verde de cana-de-açúcar, e o apoio a novas tecnologias, modelos de negócios e sistemas de coleta, triagem, reciclagem e recuperação de materiais.

As iniciativas também englobam a promoção o engajamento de consumidores a programas de reciclagem por meio de ações educacionais de consumo consciente, o uso de ferramentas de avaliação de ciclo de vida e o apoio 16

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a ações para melhoria do gerenciamento de resíduos sólidos a fim de prevenir o descarte de lixo nos mares. Além dessas iniciativas, a Braskem também assumiu o compromisso voluntário de que todas as suas unidades industriais adotem as melhores práticas para reduzir ainda mais a perda de pellets (matéria-prima para a produção de embalagens plásticas) nos seus processos até 2020 e aderiu aos compromissos setoriais de trabalhar para que a totalidade das embalagens plásticas sejam reutilizadas, recicladas ou recuperadas até 2040. www.braskem.com/economiacircular

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Qualidade com Responsabilidade Ambiental A Globoplast investe em produtos ecologicamente corretos, adotando materiais mais “verdes” para a produção de bisnagas plásticas.

Utilizamos o plástico verde que é o polietileno produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar. Além de ser de origem renovável, ele é 100% reciclável e não contribui para o aquecimento global.

O polietileno verde mantém as mesmas propriedades, performance e versatilidade do polietileno tradicional (derivado do petróleo) e é reciclável dentro da mesma cadeia de reciclagem do polietileno tradicional.

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EMBALAGEM NO MARKETING

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O ERRO MATRIZ OCORRE A PARTIR DA VISÃO DISTORCIDA DO PAPEL DA EMBALAGEM E A CONTRIBUIÇÃO QUE ELA TRAZ PARA O NEGÓCIO

a capa da edição brasileira do livro Posicionamento – a batalha por sua mente de Al Ries e Jack Trout está escrito: “O primeiro e mais importante livro de Marketing de todos os tempos”.

O que poderia parecer um exagero do editor, se revela expressão correta quando lemos os predicados que ele apresenta na visão dos mais importantes profissionais de marketing do mundo, a começar pelo prefácio de Philip Kotler.

Neste livro, que criou o conceito de “Posicionamento competitivo na mente do consumidor”, encontramos cases de sucesso, mas também aqueles em que a chamada “Miopia de marketing” revela seu lado nefasto para empresas que adotaram estratégias equivocadas, que não enxergaram o cenário nem as implicações das decisões que tomaram.

A miopia de marketing tem ocorrido muitas vezes na relação que as empresas que atuam no segmento de consumo mantêm com suas embalagens. É comum verificarmos casos em que a embalagem é entendida apenas como um “acessório” do produto, um componente de seu custo e não aquilo que ela realmente é e o papel que representa na relação com os consumidores. Decorre disso uma distorção que tem feito com que empresas acometidas por esta miopia deixem de utilizar todo o potencial de contribuição que a embalagem pode 18

trazer para seu negócio, desperdiçando assim um importante recurso para a competitividade de seus produtos no ponto de venda.

O erro matriz, aquele que dá a partida nesta visão distorcida do papel da embalagem e a contribuição que ela traz para o negócio, decorre, a meu ver, do entendimento distorcido feito por aqueles fabricantes que consideram como produto apenas “aquilo que está dentro da embalagem”, e esta, simplesmente um insumo produzido numa outra fábrica agrupada na lista de seus fornecedores...

O problema é que esta visão dos fabricantes confronta com a visão dos consumidores. São visões totalmente diferentes pois, como foi revelada sobejamente na pesquisa realizada pela Research International para o Comitê de estudos estratégicos da ABRE, ficou evidenciado que para o consumidor, “A embalagem e seu conteúdo constituem uma única entidade, indivisível”, ou seja, para o consumidor, esta entidade chamada “Produto”, é constituída tanto pelo que está dentro da embalagem como imaginam os fabricantes, mas também pela própria, que é vista por eles como expressão e atributo do conteúdo e, portanto, algo que interfere e participa diretamente da percepção que formam do produto.

Para o bem e para o mal, a embalagem tem impacto no desempenho competitivo do produto quando ocorre o confronto direto com seus concorrentes.

Portanto, é preciso enxergar e ter claro que a embalagem é um recurso que a empresa tem dentro de casa que não pode ser desperdiçado de forma equivocada; ela não pode mais ser utilizada apenas para “carregar o que traz dentro”, mas precisa contribuir para o negócio da empresa.

Trata-se de uma poderosa ferramenta de marketing que tem um custo importante para a empresa que precisa ser empregada de forma lúcida e inteligente pois, para o consumidor, ela é muito mais que um invólucro de transporte da mercadoria, é o representante da empresa que faz o primeiro contato, chama a atenção, desperta o desejo de compra, vence a barreira do preço, fecha a venda... e tudo isso, muito antes que o produto que vem dentro seja finalmente consumido. É preciso ter um grande cuidado para não confundir baixa utilização e principalmente, redução indiscriminada e inconsequente de custos com desperdício de um recurso fundamental que a empresa tem em casa.

A embalagem precisa ajudar o negócio da empresa e não ser desperdiçada sendo usada apenas para carregar o que traz dentro.

FABIO MESTRINER

Designer, professor e escritor.

Professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem MAUÁ e Professor do MBA de Marketing da Fundace USP fabio@mestriner.com.br

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REPORTAGEM

O FUTURO É CIRCULAR ECONOMIA CIRCULAR GANHA CORPO COMO MODELO DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEL COM A ADESÃO DE GRANDES COMPANHIAS

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s problemas ambientais e a escassez de recursos pressionam de forma crescente o futuro sustentável do planeta. O Fórum Embalagem & Sustentabilidade apresentou um painel de iniciativas sustentáveis bem-sucedidas, evento promovido pelo Instituto de Embalagens, no último dia 09 de novembro, no Espaço Nobre FIESP, em São Paulo, que reuniu 214 participantes.

E são as grandes companhias globais de bens de consumo que começam a influenciar de forma positiva mudanças de hábitos e padrões de comportamento, ao adotar em maior escala os princípios da Economia Circular.

Como afirma a Unilever em seu Plano de Sustentabilidade, que completa 10 anos: “Como uma empresa de bens de consumo, estamos conscientes das causas e consequências do modelo linear “extração-transformação-descarte”. E queremos mudá-lo. Mudar o modelo linear de consumo é uma prioridade fundamental para atingir o objetivo 12 de desenvolvimento sustentável da ONU, Produção e consumo sustentáveis”.

Entre as represntantes da indústria de bens de consumo, Zita Krammer, gerente de embalagens para América Latina da Unilever, falou sobre o projeto PCR, que utiliza polietileno (PE) reciclado pós-consumo em grande escala, já implantado no Brasil. A resina é utilizada na produção de embalagens da linha ‘hair’ da companhia. Para implantação do projeto PCR, a empresa enfrentou vários desafios, como o desenvolvimento da cadeia de reciclagem de PE para conseguir ter uma resina reciclada pós-consumo de qualidade, que não afetasse o perfume dos produtos nem as cores do portfólio, além da escassez e preço da resina.

“O Plano de Sustentabilidade da Unilever completa 10 anos, e o objetivo é dobrar o tamanho do negócio reduzindo o impacto ambiental pela metade. Até 2025 a meta é ter 100% da embalagem de plástico reciclável”, afirma Krammer. “O PET já tem uma tecnologia PCR bem desenvolvida, porém, o polietileno ainda não tem, no entanto, com o aumento da demanda, a coleta também aumenta, e cria valor para o PE”. Segundo a executiva, até o final do ano, todas as marcas da Unilever terão embalagens com PCR. “Serão mais de 3.000 toneladas de plásticos removidos do meio ambiente”. Case recente, OMO líquido utilizou

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PCR produzido com flakes de resina obtidos a partir de resíduos plásticos coletados nas praias brasileiras em uma ação que recolheu mais de 1,5 tonelada de plásticos que se transformaram em 18 mil embalagens de OMO líquido, reduzindo o consumo de plástico virgem. O projeto teve a parceria da Wise.

Adriana Fregoso, gerente de embalagem da L´oreal Brasil, apresentou a ferramenta SPOT, utilizada globalmente pela empresa, que permite mapear 100% da cadeia de valor, desde a compra dos insumos até a quantidade de água que o consumidor vai utilizar para consumir o produto da marca. A ferramenta é parte de um amplo programa de sustentabilidade que segue os preceitos de seu CEO, Jean-Paul Agon: “Nossa performance em sustentabilidade é tão importante quanto nosso sucesso econômico”. Desde 2017, a empresa mapeia 2.300 produtos. Com isso, 76% de todos os produtos obtiveram melhor perfil social e ambiental. No Brasil, a empresa conseguiu redução de 71% na emissão de CO2, 68% dos novos produtos obtiveram melhor perfil social e ambiental, e das embalagens, 42% melhoraram seu perfil social e ambiental. Além disso, 793 pessoas vulneráveis tiveram acesso ao trabalho.

A Ambev faz parte de um grupo com 400 marcas em 100 países. “Atuamos com 20.000 fornecedores na América Latina, o que certamente nos possibilita influenciar o mercado”, diz Erik Novaes, diretor de suprimentos e sustentabilidade da Ambev.

Há 3 anos, a partir de uma reflexão interna, a companhia passou a trabalhar com a missão de unir as pessoas por um mundo melhor. Novaes falou sobre o projeto 100+ que contempla cinco frentes: agricultura sustentável, consumo de água, economia circular (embalagem circular), mudanças climáticas e fomento ao empreendedorismo. Na questão da embalagem, está atuando em 5 frentes: design para a sustentabilidade, estímulo ao uso de embalagens retornáveis, desenvolvimento de fontes renováveis, aumento do conteúdo de reciclado e minimização do impacto de resíduos. A empresa quer ampliar a presença das garrafas de vidro retornáveis, que podem ser reutilizadas cerca de 20 vezes, e está aumentado o uso de resina reciclada nas garrafas PET. “A meta é ter 100% das embalagens retornáveis ou mais de 50% com conteúdo reciclado até 2025,” disse Novaes.

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REPORTAGEM A embalagem de vidro quando descartável enfrenta desafios em sua reciclagem, devido ao peso, preço do reciclado e a logística para o transporte por grandes distâncias, até chegar às indústrias vidreiras. A Owens-Illinois apresentou o projeto Retorna Machine que prevê a logística reversa das embalagens de vidro. O projeto piloto foi implantado, em 2017, na sede da empresa, em São Paulo, e agora o projeto já conta com mais 3 máquinas instaladas nas fábricas.

“O próximo passo é colocar no varejo. A primeira máquina foi instalada no supermercado Tenda, em Guarulhos”, afirma Reinaldo Kühl Júnior, category leader Latam South da Owens-Illinois. “As máquinas de coleta acabam funcionando como incentivo para o público, ao trocar as garrafas por benefícios diretos, como bilhete para o transporte público, descontos e pontos para compras.

No varejo, a atuação do Grupo Pão de Açúcar no campo da sustentabilidade sempre teve um caráter pioneiro. “Desde 2001, Pão de Açúcar e Unilever mantêm o maior projeto de estações de reciclagem do Brasil, tendo recolhido até hoje 111 mil toneladas de resíduos, em 94 estações de reciclagem, atuando com a parceria de 35 cooperativas de catadores de materiais recicláveis”, afirmou Paulo Pompílio, diretor de relações corporativas e sustentabilidade do GPA. Criou também, entre outras iniciativas, o Programa de Reciclagem Novo de Novo, para papel e papelão, em 2009, e a reciclagem de cápsulas de café em parceria com a Nestlé, iniciada em 2016.

O Pão de Açúcar também deu início ao movimento de redução no uso de sacolas plásticas em 2012, e desde então houve queda de 75% no seu consumo, segundo Pompílio.

“Hoje o Brasil distribui sacolas plásticas em nível europeu”, afirma. “A estação de reciclagem é um ponto de coleta onde se começa a mudar o comportamento do consumidor. Não é solução para volume”, conclui.

Entre as grandes redes de fast food, o McDonald’s quer usar sua escala para o bem – ele atinge 70 milhões de clientes por dia em 120 países, o “Scale for Good. “A empresa está posicionada entre as 50 empresas com chances de mudar o mundo e ela quer usar o restaurante para ser o centro de educação, a melhor escola ao vivo do mundo, um centro de disseminação de educação para o desenvolvimento sustentável”, afirma Leonardo Lima, diretor de sustentabilidade do McDonald´s. “O canudo chamou a atenção para a contaminação plástica. Por isso, em nome do consumo consciente, deixamos de oferecer o canudo; e o entregamos apenas em caso de solicitação pelo cliente, para incentivar a reflexão pelo consumidor. Concomitante a isso desenvolvemos o projeto de reciclagem de canudos e copos plásticos para a produção de bandejas para os restaurantes (veja o case na pag. 40 desta edição, no artigo de Assunta Camilo).

Assunta Camilo, diretora do Instituto de Embalagens ressaltou a importância do papel da embalagem como amiga do meio ambiente. “Não há como distribuir alimento fresco por longas distâncias sem a embalagem e não há nada que substitua o plástico com segurança e eficiência em diversas aplicações nas embalagens, por isso é preciso reciclar o plástico e valorizar o produto reciclado, é preciso fazer a matéria-prima voltar à cadeia”, afirma.

Fórum Embalagem & Sustentabilidade apresenta painel de iniciativas sustentáveis bem-sucedidas

Desde 2001, estações de reciclagem do Pão de Açúcar e Unilever já recolheram até hoje 111 mil toneladas de resíduos

OPORTUNIDADES QUE SURGEM COM OS DESAFIOS AMBIENTAIS A Alemanha é um exemplo de como o que foi um grande desafio para o país, nos anos 60 e 70, enfrentar as elevadas taxas de poluição atmosférica, como a chuva ácida, os movimentos contrários à energia nuclear, a pressão do Partido Verde, transformou-se em grande oportunidade.

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Ambev quer ampliar a presença das garrafas de vidro retornáveis, que podem ser reutilizadas cerca de 20 vezes

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REPORTAGEM “Hoje a Alemanha está entre as líderes em tecnologia ambiental e em energia eólica e solar; a ameaça virou um grande negócio. Lá os lixões cresceram muito entre as décadas de 60 e 80, e o país começou a investir em incineração de lixo para geração de energia, mas essa solução acabou sendo superada pela separação do lixo, que é obrigatória, e a reciclagem. Hoje a Alemanha segue os preceitos da Economia Circular”, disse em depoimento em vídeo, Michael Teschner, diretor da Multivac.

Anícia Pio, gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, enalteceu a importância da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e como ela pode alavancar novas oportunidades de negócios, principalmente voltadas para as pequenas e médias empresas para que se adaptem à lei de logística reversa, que está em curso. “Os municípios com menos de 50 mil habitantes encontram outros tipos de dificuldades, diferentes das grandes metrópoles, e isso também cria novas oportunidades”, afirma.

Porém, segundo José Eduardo Ismael Lutti, Promotor de Justiça da Meio Ambiente, é importante que as iniciativas estejam alinhadas ao Acordo Setorial para implantação da Logística Reversa de Embalagens. “É preciso evitar iniciativas isoladas para que não haja gasto de energia e dinheiro, e unificar os esforços, para sermos mais eficientes”, afirma Lutti.

A Klabin exemplifica sua atuação em pequenos municípios. Em 2012, a empresa fez seu maior investimento, o Projeto Puma, com a fábrica de celulose em Ortigueira (PR), e implantou um Programa de Resíduos Sólidos em 7 municípios no seu entorno, para atender a PNRS. Segundo Júlio Nogueira, gerente de meio ambiente e sustentabilidade da Klabin, foi feito um diagnóstico inicial para cada município para definir as necessidades de cada um em relação à gestão dos resíduos sólidos, como equipamentos, caminhões, barracões e construção de aterros.

Além da infraestrutura física, foi feito um trabalho de capacitação dos cooperados. No campo da educação, houve treinamento de professores, com visitas à indústria e diversas atividades com os alunos, que participam de jogos, visitas, concursos, projetos piloto de coleta seletiva, além de trabalhos com a comunidade. A Klabin quer estender o programa para mais municípios impactados pela empresa.

No campo do desenvolvimento de novos materiais, Alexandre Cezilla, gerente executivo geral de marketing da Suzano Papel e Celulose, apresentou o papelcartão para copos, que é 100% biodegradável, compostável e produzido no Brasil. Trata-se da sua nova linha de copos Bluecup Bio°, que não utiliza revestimento em polietileno e sim material biodegradável.

Assunta Camilo - Instituto de Embalagens

Paulo Pompílio GPA

Erick Novaes Ambev

Leonardo Lima Mc Donalds

www.institutodeembalagens.com.br

Cooperativa de catadores, na base da PNRS

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EVENTO

^ ´ A IMPORTANCIA DO PLASTICO PARA O DESENVOLVIMENTO

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3º CONGRESSO BRASILEIRO DO PLÁSTICO DEBATE OS PRINCIPAIS TEMAS DE INTERESSE

plástico e sua importância para o desenvolvimento foi o foco na 3ª edição do Congresso Brasileiro do Plástico (CBP), realizado em 16 de outubro, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre (RS).

“Precisamos falar mais sobre o plástico como matéria-prima, pois é usado para praticamente todas as finalidades e pode ser reciclado infinitas vezes, possibilitando soluções para problemas de todos os tamanhos”, disse o presidente do Simplavi, Ivanio Angelo Arioli, na abertura do evento.

O presidente do Simplás, Jaime Lorandi, falou sobre o plástico como solução. Ele citou a ampla aplicabilidade do plástico na vida moderna, desde as embalagens de alimentos – hoje quase 90% dos alimentos são embalados com plástico – até a produção de órgãos humanos, como coração artificial. “A poluição é resultado do destino inadequado dos resíduos. Quem gera poluição é o ser humano. A questão não é substituir o plástico, mas desenvolver a cultura da reciclagem nas pessoas, de que é preciso que cada um faça a sua parte na destinação correta dos resíduos, pensando nas gerações futuras”.

O presidente do 3CBP, também presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, apresentou o programa Tampinha Legal, idealizado 28

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por ele e criado em 2016, que já destinou R$ 200 mil para entidades assistenciais e atualmente arrecada três toneladas de tampinhas por semana, e o número vem crescendo constantemente. “A Azul foi a primeira companhia aérea a fazer parte do programa. As tampinhas recolhidas por eles em todo o Brasil são entregues em Porto Alegre para fazer parte do projeto”. A coordenadora do Tampinha Legal, Simara Souza, disse que para alcançar o objetivo de expandir o projeto para todo o território nacional, foram criadas plataformas digitais, como site e aplicativo, que contêm materiais informativos para que escolas e outras instituições interessadas possam replicar o programa, por exemplo”, afirma Schmitt.

Fabiana Quiroga, diretora da área de reciclagem e plataforma recycle da Braskem, falou sobre o “Wecycle: plástico reciclável, ciclo consciente”; ela destacou que a gestão dos resíduos é um assunto que vem chamando cada vez mais a atenção da indústria e que a Braskem tem avançado na redução do uso de recursos naturais, aumentando o investimento em projetos sociais e de educação ambiental e nas diversas formas de reciclagem.

Outra questão atual, o medo de ver os oceanos tomados por resíduos descartáveis foi o tema aborda-

do por Alexander Turra, professor do Instituto Oceanógrafo na Universidade de São Paulo (IOUSP). “Os descartes não são produzidos pelos mares e só estão lá por falta de consciência e atitude sustentável.

Quem polui é o ser humano. A sociedade precisa assumir a responsabilidade pela contaminação dos mares devido ao destino inadequado dos resíduos plásticos”, afirma.

“Estima-se que 80% dos resíduos nos oceanos sejam oriundos de atividades realizadas em terra, como agricultura, turismo e até ocupações ilegais de moradia. Os outros 20% dos resíduos são gerados no mar em atividades realizadas lá, como pesca, turismo e até atividades náuticas”. Para ele, hoje, é preciso ações de conscientização sobre como educar a sociedade para os resíduos que produz diariamente.

Ele cita os canudos plásticos. “As cidades votam pelo banimento de canudos plásticos achando que estão resolvendo o problema. Porém, este é um movimento que evidencia como natural o descarte inadequado. O banimento não é educativo e não pressupõe que as pessoas estão aprendendo a usar de forma consciente. O caminho é conscientização e educação, não a sua proibição”, finaliza. www.congressodoplastico.com.br

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INVESTIR EM TECNOLOGIA COMO SAÍDA PARA ENFRENTAR A CRISE EG IMPRESORES, DA ARGENTINA, ATUALIZA PARQUE FABRIL PARA AUMENTAR A COMPETITIVIDADE

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Establecimiento Gráfico Impresores, a EG Impresores, protagoniza o case de uma empresa gráfica argentina, que mesmo nesse cenário de crise, está investindo forte na atualização de seu parque fabril.

A empresa familiar, dedicada à indústria gráfica, está há mais de 60 anos no mercado, localizada no Parque Industrial de Pilar, em Buenos Aires, na Argentina, em uma área de 10 hectares no total de 44.000 m² de planta industrial. Fabrica embalagens de cartão, etiquetas de papel e embalagens flexíveis.

A Impresores possui uma estrutura industrial de alta tecnologia, que conta com máquinas impressoras (2 de 8 cores), aplicadoras de verniz UV total e UV serigráfico, máquinas de Hot Stamping, máquinas de acabamento da Bobst, como corte-vinco, coladeiras, máquina de inspeção, além de uma Easyfeeder e uma Cartonpack GT para a automação da entrada e saída das embalagens.

Entre os investimentos recentes

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da Impresores está a aquisição de uma máquina impressora Heidelberg XL 106 8+L, e na área do acabamento, está a segunda máquina de corte e vinco Novacut 106 ER da Bobst, e novas tecnologias para automação dos processos (robot ZANCANER). “Essa 2ª Novacut está substituindo uma outra Bobst, ano 2007.

Existe também previsão de investimento em outra Novacut para 2019, para substituir uma outra 2007”, afirma Belén Turrin, chefe de compras da EG Impresores.

“Esta é a terceira máquina desta geração que adquirimos (com separação de blanking), que tem nos proporcionado um aumento da capacidade produtiva, redução de custos, melhoria dos processos e em consequência, tem nos possibilitado atingir novos mercados”, diz Turrin.

A preocupação com a inovação tecnológica tem sido uma constante na história da Impresores, “Isso faz com que, além de estarmos sempre alinhados com o mercado, estejamos um passo adiante das necessidades de nossos clientes”.

O ganho na qualidade e produtividade, que é significativo, explica o porquê da decisão da Impressores em continuar a investir em tecnologia, “pois nos ajuda a enfrentar uma situação muito complicada do mercado argentino, com uma baixa de consumo de mais de 25%”, afirma Turrin.

A Impresores se posiciona entre as principais referências da América Latina no mercado gráfico de embalagens, destinando em torno de 26% de sua produção ao mercado externo.

NOVACUT 106 ER, ALTA TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS A máquina de corte e vinco NOVACUT 106 ER é produzida na fábrica da Bobst em Itatiba, Brasil. É um equipamento que faz a produção integrada e automatizada e atende uma ampla gama de fabricantes de embalagens cartonadas,

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reunindo a tecnologia de corte e vinco Bobst e seu sistema de ferramentas de blanking, além da extensa rede de assistência.

A NOVACUT 106 ER atende as necessidades dos fabricantes por formatos de folha tamanho IIIB, e alcança velocidade de processamento de 8.000 folhas por hora. É bastante versátil, pois é capaz de trabalhar com substratos variados, de papel e cartão a laminados, microondulados e até papelão ondulado onda C. “Parte importante do ecossistema NOVACUT 106 ER é tornar as ferramentas de blanking facilmente disponíveis para os usuários onde quer que eles estejam no mundo.

A Bobst Brasil agora é um centro de fabricação dessas ferramentas, fornecendo ferramentas acessíveis e de alta qualidade para clientes em toda a América do Sul”, afirma Eduardo Pereira, diretor de negócios da Unidade Sheet Fed da América Latina Sul da Bobst. www.egimpresores.com.ar; www.bobst.com NOVEMBRO 2018

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REALIDADE AUMENTADA

QUEM JÁ FEZ?

Q

NO MUNDO DE HOJE, QUEM ERRA ANTES ADQUIRE BOA VANTAGEM COMPETITIVA

ual a sua reação diante de uma nova tecnologia? Visitando empresas de diversos portes e segmentos, tenho encontrado dois comportamentos bem opostos, que valem uma reflexão.

Após uma breve apresentação de tecnologias para embalagem, a primeira pergunta, geralmente seguida de um “quanto custa”, é o famoso “Quem já fez?”

Situação 1: - Muito bom! Mas quem já fez?

Respondo: Olha, no seu segmento, ninguém!

- Então, eu quero!

Situação 2: (mais comum) - Muito bom! Mas qual empresa do meu segmento já fez?

Respondo: Olha, no seu segmento, você pode ser o primeiro!

- Aaah, então tá, depois que algumas empresas fizerem, a gente também faz.

Longe de qualquer julgamento, até porque existem conservadores e inovadores bem-sucedidos, o fato é que todo novo aprendizado, seja na área tecnológica ou em qualquer outra, passa por um processo chamado curva de aprendizagem. No mun32

do de hoje, quem erra antes adquire boa vantagem competitiva.

Quer um ótimo exemplo? No começo da década de 90, quando o comércio brasileiro nem sonhava em vender pela internet, um pequeno varejo do interior de São Paulo criou sua primeira loja eletrônica. Um espaço físico bem modesto, sem exposição de produtos e muito menos estoque. Uma grande maluquice na época! As vendas eram realizadas através de terminais eletrônicos, que exibiam vídeos (gravados em VHS) dos produtos. Os vendedores conduziam a experiência “virtual”, dando todo o suporte ao cliente. Era uma forma de estar presente em cidades onde as lojas de departamento jamais conseguiriam chegar.

Sabe onde isso foi parar? A Credit Suisse, um banco suíço de investimentos, previu há alguns anos o que os especialistas estão chamando de Apocalipse do Varejo ou Efeito Amazon. E ainda fez uma análise detalhada do que eles acreditam ser os 7 varejistas que sobreviverão a esse apocalipse. Sabe quem é o único varejo brasileiro em destaque nessa lista? Pois é! Aquele pequeno varejo do interior de São Paulo que ou-

sou vender virtualmente quase 10 anos antes do chamado “comércio eletrônico”.

Hoje, o Magazine Luiza é a maior referência de inovação no setor na América do Sul. Talvez porque antes mesmo da internet, o Magazine Luiza viu que precisava conversar e encantar as pessoas onde elas estivessem. De preferência, antes dos seus concorrentes. Recentemente, ouvi dizer que um gigante global do varejo contratou profissionais do pequeno varejo do interior de São Paulo para montar seu e-commerce.

E aí eu te pergunto: Quem já fez?

HENRY ASSEF

Executivo de Realidade Aumentada e Virtual na Massfar, empresa autorizada Zappar para Brasil e Portugal. henry@massfar.com

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INOVAÇÃO

INOVAÇÃO EM PRATOS PRONTOS

SEARA INVESTE NA EMBALAGEM COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO E TRAZ NOVOS ATRIBUTOS DE CONVENIÊNCIA E SAUDABILIDADE AO CONSUMIDOR

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inovação no produto e na embalagem foi um dos caminhos trilhados pela Seara para conquistar uma nova posição no mercado, expandindo seu portfolio de produtos de valor agregado e investindo na entrega de conveniência e praticidade ao consumidor.

Foi com esse objetivo que a empresa iniciou um processo de pesquisa e desenvolvimento que culminou em dois projetos de destaque. O projeto Nascar teve início com o mapeamento do mercado de lasanhas congeladas, um dos carros-chefes da companhia, para que a empresa conhecesse como se comportava esse produto e como a marca poderia se diferenciar em um mercado competitivo e ‘comoditizado’.

“O que descobrimos com os consumidores é que ninguém respeitava o modo de preparo das lasanhas. E mais, havia uma queixa ainda não exteriorizada: a de que as bordas da lasanha queimavam e a parte central ficava fria”, disse Rafael Coelho, do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Embalagem da Seara. “Partindo desse ponto, fomos em busca de soluções, o que resolveria um problema crônico dentro da categoria, entre todas as marcas.”

A equipe de P&D da Seara chegou a uma tecnologia americana, capaz de aquecer a bandeja de maneira uniforme. A bandeja difere da convencional ao receber entre 34

a camada de cartão e de filme PET uma fina camada de alumínio. O alumínio ganha a aparência de um mosaico na parte interna da bandeja, e sua configuração é dada pelo mapeamento térmico do produto. Vitor Nascimento Souza, que também atua no departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Embalagem, explica o princípio da tecnologia: “Com o mapeamento térmico, por meio de um software, é possível perceber como se dá o fluxo de calor pelo produto, dentro do micro-ondas; então posicionamos o alumínio de tal forma a direcionar esse fluxo e obter um aquecimento homogêneo do produto”. Foram feitos diversos testes. Um dos desafios enfrentados durante o desenvolvimento é a reação diferenciada das ondas eletromagnéticas e do aquecimento à gordura e à quantidade de sal do produto. A nova bandeja também permitiu que o tempo de preparo fosse reduzido de 14 para 12 minutos.

De acordo com Rafael Coelho, foi preciso tratar outra questão, essa de ordem cultural, a de que recipientes de alumínio não podem ir ao micro-ondas. “Para assegurarmos a segurança do nosso produto, fizemos diversos testes e avaliações, em condições de superaquecimento, com bandeja dupla, em caso de reaquecimento de produto consumido pela metade, etc., e em todos estes testes não houve registro de

Seara é pioneira em pratos prontos refrigerados no Brasil

Nova embalagem da lasanha Seara: aquecimento por igual faz a diferença

problemas”, disse Rafael.

O desenvolvimento levou dois anos e foi lançado no final de 2017. “Por enquanto a embalagem continua a ser importada mas queremos nacionalizar parte da operação para torná-la ainda mais competitiva”, afirma Rafael.

PIONEIRISMO EM PRATO PRONTO REFRIGERADO A linha Rotisserie de pratos prontos é um lançamento da Seara que também nasceu com base em estudos com o consumidor, em que foi possível identificar a crescente preocupação com a saúde. “Para o consumidor o prato pronto entrega a maioria dos benefícios que ele procura: conveniência, praticidade e sabor, porém é visto como menos saudável. Num ranking de saudabilidade, o prato pronto refrigerado é o melhor posicionado, seguido pelos alimentos embalados a vácuo, congelados e enlatados. Foi com foco na parcela de consumidores que rejeitam os congelados que a linha Rotisserie de pratos prontos refrigerados foi desenvolvida, categoria em que estamos ingressando de forma pioneira no Brasil”, afirma Vitor Souza.

“Enquanto o mercado brasileiro oferece poucas opções de pratos refrigerados, e se restringe a massas frescas, sanduíches e saladas, na Eu-

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INOVAÇÃO Vitor Souza e Rafael Coelho, time de P&D de Embalagem da Seara: inovação cria valor para o portfólio

ropa, existe uma grande variedade, e é de lá que vem a tecnologia”, de acordo com Rafael Coelho. “Quando se compara congelados e refrigerados na Inglaterra, 80% são refrigerados”.

A linha é oferecida em 5 sabores: pernil com molho barbecue e arroz; creme de milho com arroz, estrogonofe de frango com arroz, e as massas: fusili ao sugo e penne com

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calabresa, com tempo de preparo de 4 minutos e shelf life de 60 dias.

As bandejas possuem uma divisão interna que permite separar o arroz da proteína. No caso das massas as bandejas não têm divisórias.

A tecnologia é patenteada e de uso exclusivo da Seara no Brasil, dispensa o uso de conservantes e mantém sabor de preparado na hora. Vitor Souza explica: “A linha faz o enva-

se da bandeja de PP transparente com o alimento e aplica o filme da tampa onde é inserida a válvula, que é o segredo e o coração da embalagem. A bandeja passa pelo túnel de pasteurização, onde ocorre o cozimento a vapor do alimento. A alta temperatura sela a bandeja e aumenta sua pressão interna, abrindo a válvula que libera os vapores.

Em seguida, a embalagem é resfriada, diminuindo a pressão interna, fechando novamente a válvula e gerando vácuo natural, chamado pela empresa de PowerVac, e então, a bandeja recebe a luva de cartão.

Para o consumidor, a válvula emite um aviso sonoro quando o prato está pronto. É importante salientar que praticamente não há perda de nutrientes nesse processo”.

A Companhia ainda fez um estudo da estrutura da bandeja para o desenvolvimento de seu desenho, pois ela precisa ser resistente ao colapsamento das paredes provocado pelo vácuo. Os produtos podem ser encontrados nas principais redes varejistas do país. www.seara.com.br

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DESIGN

O PAPEL DO DESIGN NA PROMOÇÃO DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CENTRO BRASIL DESIGN ADERE AO PACTO GLOBAL, AMPLIANDO O ENVOLVIMENTO DA INSTITUIÇÃO COM OS TEMAS DE SUSTENTABILIDADE

T

er responsabilidade ambiental e fazer uma gestão sustentável de projetos de design já não é mais coisa nova. Para fortalecer nosso posicionamento e influenciar as empresas a usarem design de forma sustentável, o Centro Brasil Design aderiu à Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da Nações Unidas (ONU) para mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção, em suas práticas de negócios, de Dez Princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Com a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Pacto Global também assumiu a missão de engajar o setor privado nesta nova agenda.

O Centro Brasil Design compromete-se a internalizar e a direcionar ações a 5 dos compromissos: Igualdade de Gênero (5), Trabalho Decente e Crescimento Econômico (8), Indústria, Inovação e Infraestrutura (9), Consumo e Produção Responsáveis (12), Parcerias e Meios de Implementação (17). Somos a primeira instituição de design do Brasil a participar desta importante iniciativa da ONU. Queremos enriquecer as 38

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discussões sobre os desafios dos ODS pela ótica do design e da sustentabilidade, por isso queremos mobilizar a comunidade do design a pensar estrategicamente.

Criado em 2000, o Pacto Global foi idealizado pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan e dá aos membros acesso a ferramentas que contribuirão para ampliar o envolvimento do Centro Brasil Design com os temas de sustentabilidade e com as discussões na área. Também possibilita a participação em programas locais e internacionais, dentre os quais os grupos temáticos que conduzem projetos nas áreas de Água, Alimentos e Agricultura, Anticorrupção, Direitos Humanos e Trabalho, Energia e Clima e ODS. Com mais de 13 mil participantes em quase 170 países, a iniciativa conta com cerca de 793 membros no Brasil, país que possui a terceira maior rede no mundo.

Ao integrar o Pacto Global o CBD se compromete a reportar a cada dois anos o progresso em relação aos 10 princípios. Assim, a iniciativa estimula a evolução constante das práticas internas de sustentabilidade. As empresas que quiserem fazer parte, podem encontrar mais informações em www.pactoglobal.org.br O Centro Brasil Design é um hub que inspira, informa e conecta as partes interessadas por meio de projetos e programas que impactam positivamente os negócios. Com experiência e competência, a instituição gera oportunidades e conexões por meio do design e da inovação e leva estas ferramentas para todos os setores da economia brasileira. Entre consultorias, workshops, programas, projetos, eventos, debates, palestras e premiações, o Centro Brasil Design se mantém ativo no propósito de fortalecer a cultura do design.

JULIANA BUSO Coordenadora de Projetos e Relações Internacionais do Centro Brasil Design juliana@cbd.org.br

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SUSTENTABILIDADE

#EUJÁFUIUMCANUDO MCDONALD´S CRIA UMA OPORTUNIDADE DE DAR VISIBILIDADE A UM PROJETO DE ECONOMIA CIRCULAR REAL

F

iquei inconformada! Esse foi o meu sentimento ao assistir um vídeo, que viralizou na Internet, com o depoimento de “artistas” “globais” mal informados, tratando o pobre do canudo plástico como o vilão do meio ambiente. Isso é um desserviço para a sociedade. O poder da televisão e o tempo demandado para produzir o vídeo poderiam ser utilizados para prestar um serviço de educação à população. As celebridades famosas poderiam chamar a atenção das pessoas para o que realmente é importante e convocá-las a não descartar nada como lixo. Desta forma, evitaríamos a poluição do mar, da terra e do ar.

O âmago da questão é muito maior. O problema está longe de ser o material utilizado, mas sim está na atitude de consumir e “ jogar fora” de qualquer forma e em todo lugar. Temos que ser responsáveis pelo que consumimos e descartamos.

“Lixo” ou resíduo é antes de tudo um material ou matéria-prima que pode se transformar em recurso novamente ou em um problema.

Só depende de como o tratamos.

O Instituto de Embalagens entende que é preciso mudar a situação a partir de atitude e ações concretas. Partimos então em busca 40

de uma solução.

Encontramos no McDonald´s uma oportunidade de dar visibilidade a um projeto de Economia Circular real, que ganhou o apoio de empresas como a Plastifama, Plastimil, CooperYara, Dello, Alphacolor, Semaza, Gooder’s e a FuturePack.

O projeto piloto iniciou-se com a coleta dos resíduos de algumas lojas no entorno de Alphaville, em Barueri, São Paulo. Os resíduos recicláveis pré-separados destas lojas foram encaminhados para a CooperYara, uma cooperativa de catadores, que separou os materiais plásticos para reciclagem.

Após a lavagem dos copos e canudos plásticos, juntamos os resíduos pós-processo da Plastifama, fabricante de canudos, e levamos tudo para a Plastimil, empresa recicladora de plásticos.

O processo de reciclagem do material é previamente planejado, pois são necessários testes laboratoriais para definir os dados de processo. Após esta etapa, o material foi picado e transformado em pellets. Novos testes validaram a possibilidade de reprocessamento.

Para demostrar a viabilidade técnica e econômica, inicialmente foi produzido um porta-lápis, na DELLO, com um molde já existente,

e o resultado foi excelente. O porta-lápis foi decorado com rótulos produzidos pela Alphacolor para ilustrar o projeto piloto.

O passo seguinte contemplou a produção de bandejas a partir do material reciclado na Semaza.

O processo exigiu novos ajustes no material, uma vez que os índices de fluidez eram muito diferentes, de 4 para 18.

Também foi produzido um novo papel de bandeja que conta a história do projeto. Incluímos Realidade Virtual, desenvolvido pela Gooder’s para engajar os consumidores e, no verso, uma atividade lúdica para as crianças consolidarem o aprendizado, levando o “lixo” na cesta correta. É uma forma de educar de maneira agradável.

A nossa expectativa é que este projeto piloto inspire a multiplicação de novos exemplos, pois é com atitudes positivas que mudamos o mundo de verdade: Reciclar é melhor e constrói um mundo melhor!

ASSUNTA N. CAMILO Diretora da FuturePack Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br

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PRÊMIO EMBANEWS 2019

Em 28 anos de existência, o Prêmio EMBANEWS tem se dedicado ao reconhecimento da excelência e inovação no campo da embalagem.

Os participantes concorrem nas categorias Design; Marketing; Tecnologia e Qualidade; Máquinas, Equipamentos e Sistemas; Sustentabilidade; Luxo; Premium; Matéria-prima e Insumos para Embalagem; Pesquisa; Inovação e Logística.

Os jurados se reunirão no mês de janeiro, em São Paulo, para o julgamento das peças inscritas, e em maio será realizada a festa de premiação, data em que serão revelados os Destaques do Ano e a Melhor Embalagem do Ano. O corpo de júri é formado por profissionais indicados pelas associações que apoiam o Prêmio EMBANEWS e em 2018 contou com 37 entidades.

Os vencedores recebem o Troféu Roberto Hiraishi, idealizado por Lincoln Seragini, e o certificado, que os qualificam também a participarem do WorldStar Awards, premiação internacional realizada pela World Packaging Organisation. Além disso, as embalagens vencedoras são divulgadas em edição especial da Revista EMBANEWS. Confira o regulamento em www.embanews.com.br/ premio-embanews e conheça as embalagens premiadas em 2018 em https://issuu.com/embanews/docs/ embanews_premio_2018 Inscreva-se! Não deixe para a última hora!

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PLÁSTICO BRASIL 2019

INOVAÇÕES DO SETOR DE PLÁSTICOS

De 25 a 29 de março, a Plástico Brasil 2019, Feira Internacional do Plástico e da Borracha, será realizada no São Paulo Expo, onde já contabiliza uma área 20% maior em relação à edição inaugural, em 2017, e 53 novos expositores confirmados, do Brasil e do exterior. Até o momento, a feira tem presença garantida de empresas de nove países – Alemanha, Argentina, Áustria, China, Estados Unidos, Hungria, México, Portugal e Suíça – número que tende a crescer nos próximos meses.

Iniciativa da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química e Informa Exhibitions, a Plástico Brasil contará com mais de 600 marcas nacionais e internacionais dos setores de máquinas, equipamentos e acessórios, matérias-primas e resinas, moldes e porta moldes, automação industrial e robótica, periféricos, entre outros produtos, serviços e soluções.

“Desde a primeira edição, a Plástico Brasil se provou um meio eficaz e com melhor custo-benefício para acessar as inovações do setor de plástico e borracha, uma vez que reúne num único espaço e num período determinado de tempo, as novidades dos principais fornecedores do País e do mundo”, afirma a diretora da Informa Exhibitions, Liliane Bortoluci. www.plasticobrasil.com.br

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35 ANOS NO APOIO À INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA E DE BEBIDAS

Acompanhar de perto os avanços da indústria de alimentos e bebidas e levar as inovações às empresas e profissionais é o que a Fispal Tecnologia vem realizando em 35 anos de atuação, que serão comemorados na próxima edição, que acontece de 25 a 28 de junho de 2019, no São Paulo Expo.

A Informa Exhibition, organizadora da feira, antecipa que prepara um evento surpreendente para marcar a data.

Temas como automação, indústria 4.0, segurança alimentar, sustentabilidade, logística reversa, produtividade, entre outros, estarão na pauta das empresas expositoras e em palestras e seminários ao longo dos 4 dias de evento.

Na última edição, em 2018, a Fispal Tecnologia reuniu cerca de 440 expositores e 38.600 visitantes, que puderam conferir atrações como o Fórum Fispal Tecnologia, o Demonstrador da Indústria 4.0, o Lab de Soluções, Lounge Inovação e a Arena da Cerveja Artesanal. www.fispaltecnologia.com.br

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COMPETITIVIDADE

FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL INTRODUZ CONCEITO 4.0 NA SUA DEFINIÇÃO DE COMPETITIVIDADE

O

Fórum Econômico Mundial publicou a última versão do Relatório Global de Competitividade (The Global Competitiveness Report 2018), disponível para download na internet em https://www. weforum.org/reports/the-globalcompetitveness-report-2018. Tratase de análise profunda, consistente, bem detalhada, da situação de 140 países, utilizando 12 grupos de indicadores denominados, pelos autores, de pilares.

Esse relatório atualiza os índices anteriores na versão intitulada Índice Global de Competitividade 4.0 “que integra aspectos bem estabelecidos com outros, novos, direcionados para a produtividade e o crescimento. Após conceituar a Quarta Revolução Industrial, o Fórum Econômico Mundial introduz o conceito 4.0 na sua definição de competitividade”.

O leitor pode perguntar: por que esses dois parágrafos nesse texto?

Tenho dois motivos: 1) Procuro abordar temas relacionados à competitividade e por isso o relatório me parece uma espécie de Bíblia a ser seguida.

Apesar de ser “macro” ele permite 50

aplicar seus conceitos em qualquer outro ambiente produtivo, inclusive as empresas e o próprio Sistema Embalagem. O ponto de partida é a análise da posição do País, 72º (69º na edição anterior), detalhada para cada um dos pilares no Quadro 1. A situação é, no mínimo, desafiadora, inclusive para os fabricantes e usuários de embalagem. Há muito o que fazer!!!

QUADRO 1: POSIÇÃO DO BRASIL EM CADA UM DOS PILARES DO RELATÓRIO GLOBAL DE COMPETITIVIDADE 2018.

PILAR Ins�tuições Infraestrutura Uso de tecnologia da informação Estabilidade macroeconômica Saúde Habilidades (skills) Mercado (produtos) Mercado (trabalho) Sistema Financeiro Tamanho / potencial de mercado Dinamismo dos negócios Capacidade de inovação (*) Entre 140 países

POSIÇÃO (*) 93 81 66 122 73 94 117 114 57 10 108 40

2) São tantos os indicadores de competitividade disponíveis que precisaremos de muitas cabeças pensantes para, a partir deles, traçar uma rota (ou seria uma jornada?) almejando a melhoria das operações. No âmbito de

muitas empresas também existe uma quantidade imensa de dados, anotados, lançados manualmente (sim, manualmente!) em sistemas gerenciais avançadíssimos, ou então, pasmem, guardados cuidadosamente para uma eventual consulta futura.

Há oportunidade para uso de sensores (mais precisão na coleta e na inserção nos sistemas) e de cérebros aptos a analisar e interpretar dados do cotidiano.

Em síntese, esse pequeno texto procura mostrar que há um enorme trabalho para colocar as empresas no caminho para sobreviver à Quarta Revolução Industrial e o que se tem a fazer é instalar sensores nas posições corretas (Pontos Críticos de Controle) e ter pessoal habilitado a interpretar os dados colhidos e decidir de forma correta.

Baixíssimo custo! Não deixem escapar essa oportunidade!

ANTONIO CABRAL

Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) acabral@maua.br

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