EMBANEWS Nº 359 - Fevereiro 2020 by EMBANEWS

ANO 30 | EDIÇÃO 359 | FEVEREIRO 2020

UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ AO AGREGAR VALOR A ÍCONES DA COZINHA BRASILEIRA, CAMIL FORTALECE A MARCA, EXPANDE PORTFÓLIO, E TEM NA EMBALAGEM UM FORTE ALIADO. POR CHRISTINA LARROUDÉ, DIRETORA DE MARKETING DA CAMIL

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NEWS

EMBALAGEM NO MARKETING

SUPPLY CHAIN

FRASCOS PET 100% PCR EM VITAMINAS

O PROBLEMA NÃO VAI SER VENDER, VAI SER ENTREGAR

COMO SE PREPARAR PARA A NOVA ERA DIGITAL

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SUMÁRIO

ENTREVISTA PORFÓLIO DA CAMIL ATENDE NOVAS DEMANDAS DOS CONSUMIDORES POR PRATICIDADE, SAUDABILIDADE E GOURMETIZAÇÃO. É O QUE CONTA CHRISTINA LARROUDÉ, DIRETORA DE MARKETING DA CAMIL

08 16 18 20 28 30 32 34 36 42

NEWS AGENDA EMBALAGEM NO MARKETING PESQUISA COMPORTAMENTO E CONSUMO SUPPLY CHAIN PAPEL CENTRO BRASIL DESIGN FRONTEIRAS COMPETITIVIDADE

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UMA ALIANÇA PARA O SEU SUCESSO

VANTAGENS: Gama ampliada de soluções para envase, fechamento e projetos turnkey para os segmentos cosmético, farmacêutico, químico e alimentício. Fabricação 100% nacional e pós-vendas capacitado para atuação internacional. Respaldo tecnológico e qualidade assegurada de uma empresa alemã com 100 anos de experiência.

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EDITORIAL O DIFÍCIL HÁBITO DA LEITURA

cada dia fica mais difícil conseguirmos disciplinar o nosso tempo para tantas atividades mesmo com o auxílio da tecnologia que veio para nos ajudar nesta complexa tarefa. Ganhamos muito tempo através de novas ferramentas digitais, que através dos smartphones, realizam verdadeiras proezas, como pagamentos de contas, fazer pedidos de comidas, compras de supermercados, medicamentos e tudo mais, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos. Cada vez mais surgem novas possibilidades para solucionarmos os nossos problemas (otimização do tempo) através dos meios digitais. Até para a parte educacional, através do ensino à distância (EAD), e na parte de eventos corporativos, como a utilização de webinar, métodos que democratizam o acesso para um maior número de pessoas poupando gastos de deslocamento e economia de tempo. Neste contexto o que me preocupa é o afastamento das pessoas no plano físico. Nada substitui a relação humana dentro de um ambiente de sala de aula entre alunos e professores e o networking, e ainda mais num evento corporativo. Os eventos corporativos têm desenvolvido também o papel de disseminar conhecimento, que na minha opinião, era repassado através de um maior hábito de leitura dos meios impressos, que foi substituído pela leitura dinâmica e superficial dos meios digitais. A falta de tempo é o argumento. Para suprir isso, também existem outras ferramentas digitais como vídeos, podcasts, por exemplo. Mas, será que conseguem ter o mesmo ‘’papel’’ que a leitura no impresso? Não, cada um tem a sua importância na difícil tarefa de implantar conhecimento em nossas cabeças num mundo cada vez mais alucinado por volume de informações e não, por qualidade. Por isso, defendo a sinergia entre os meios de comunicação, o que não impede sua modernização. Se você conseguiu chegar até o final deste texto, com certeza, tem o hábito de leitura! Parabéns! Boa leitura!

FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006) Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com / redacao@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Circulação e Assinaturas: assinatura@embanews.com Colunistas desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Camila C. Tomás, Elisabete Segantini Saron, Fabio Mestriner, Leda Coltro, Letícia Castro, Mariana Coianagui Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal Impressão e Acabamento: AR Fernandez Gráfica e Impressão Digital A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. - REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMERCIAL: Rua Capote Valente, 478, Casa 01 • Pinheiros • CEP 05409001 • São Paulo/SP • Brasil Telefones: (11) 3064-2405 / 3064-2418 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos para envase, embalagem, estocagem e transporte; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc. site: embanews.com e-mail: embanews@embanews.com linkedin.com/company/embanews twitter.com/Embanews facebook.com/Embanews Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00

Ricardo Hiraishi Fevereiro de 2020

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NEWS FRASCO PET 100% PCR INÉDITO EM MULTIVITAMÍNICOS A Amcor lançou o primeiro recipiente PET do segmento de multivitamínicos feito com 100% de resina de conteúdo reciclado (PCR) pós-consumo. O novo frasco transparente em dois tamanhos, 100 ml e 150 ml, foi desenvolvido para a Ritual, uma empresa de tecnologia da saúde. A Ritual tem a rastreabilidade em seu cerne e construiu a primeira cadeia de suprimentos visível: ela compartilha o cientista, a fonte e o fornecedor de seus ingredientes em seu site, e está comprometida em criar um produto o mais sustentável possível. “A parceria com a Amcor Rigid Packaging visou desenvolver uma solução de embalagem que apoiasse sua missão de encontrar novos usos para os materiais existentes e de criar um futuro sustentável e reutilizável”, disse Katerina Schneider, Fundadora e CEO da Ritual. “Os engenheiros da Amcor responderam ao desafio de manter a cor e a transparência do frasco com uma alta porcentagem de PCR, ao obter cores estáveis para a Ritual, e uma transparência próxima à do PET virgem”, afirmou Harry Goldstein, vice-presidente de saúde da Amcor Rigid Packaging. www.amcor.com; https://ritual.com

UM LIVRO SOBRE ESTRATÉGIAS DE VENDAS Obra de Sérgio Damião, “Se vira você não é quadrado”, traz poderosas estratégias para encantar os clientes e multiplicar os resultados, e é voltado para empresas e profissionais, editado pela Literare Books International. Sérgio Damião é especialista em Artes Gráficas e Embalagens e um reconhecido profissional da área técnica-comercial, que atua no segmento de embalagens há mais de 35 anos, 15 dos quais como o administrador de contas do Grupo Box Print. Ele traz para seus leitores toda a sua experiência nestes anos. Diante de tantas adversidades e concorrência é comum

que os questionamentos se multipliquem. Como é possível se virar? Como sair do quadrado e proporcionar um atendimento que surpreenda? O autor propõe ao leitor um círculo contínuo que envolve três palavras-chave: conhecimento, entendimento e atendimento. O escritor traz também palavras de especialistas, dados do IBRC (Instituto Ibero americano de atendimento ao cliente), a citação de cases de sucesso e uma análise com uma metáfora e visão dos esportes para melhorar a fixação da mensagem. sergiodamiao@boxprint.ind.br

UMA MARCA EXCLUSIVA PARA AS CRIANÇAS Uma nova marca de alimentos surge com produtos feitos exclusivamente para o paladar e necessidades das crianças, o NHAMI MAMI. A agência Spice Design participou de todas as etapas deste projeto, desde a criação do naming e da marca da empresa, como também da criação do conceito de embalagem dos Mini Puffs. Muito populares no mercado americano, este tipo de snack chega ao Brasil em porções de 15g ideais para o consumo de crianças pequenas. “Como não existe um código de categoria, buscamos imprimir personalidade às embalagens de Nhami Mami, adequando a linguagem ao universo infantil e abrindo uma oportunidade no mercado. A inclusão de personagens de linhas simples e simpáticos foram essenciais para o posicionamento do produto ao target”, afirma Gabriela Tischer, diretora de design da Spice Design. Outro destaque da embalagem é a linguagem clean, e a apresentação dos ingredientes e claims que fazem deste snack uma opção saudável. O uso do branco salienta a variação de sabores, identificados através das cores reforçadas e de personagens distintos para cada sabor. www.facebook.com/nhamimami; www.spicedesign.com.br 8

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NEWS ÁGUA EM LATA DE ALUMÍNIO A Minalba, marca da Minalba Brasil, do Grupo Edson Queiroz, iniciou a venda de água mineral natural em lata de alumínio de 310 ml, nas versões com gás e sem gás. Segundo a empresa, a inovação é mais um passo em direção à estratégia da marca de ampliar a sustentabilidade de seu portfólio de produtos, com o propósito de “cuidar para ter sempre”. “Esse lançamento está diretamente ligado ao olhar atento da marca para novos comportamentos do consumidor. Há uma busca crescente por uma vida mais sustentável e a Minalba tem esse propósito”, afirma Abelardo Rocha, presidente do Grupo Edson Queiroz. A água mineral natural Minalba em lata é a mesma água já reconhecida pelo consumidor proveniente de uma fonte única em Campos do Jordão, com denominação de origem. A lata é fornecida pela Ball e o design foi desenvolvido pela GMarketing Comunicação. https://minalbabrasil.com.br; www.ball.com; www.gmarketing.ppg.br

SMOOTHIES, VESTIDAS PARA O VERÃO

Smoothie é a aposta de Activia, marca da Danone, para o verão. Cada vez mais consumida entre os brasileiros, a marca apresenta sua versão da bebida, a primeira do mercado nacional preparada com probióticos naturais, muitas frutas, e ingredientes tendências e sinônimos de saudabilidade, como cranberry, cúrcuma e espirulina. Suas embalagens foram desenvolvidas pela agência MouseGraphics e adaptadas para o Brasil pela Nuance, pensando nas cores tendência do verão 2020: amarelo, verde e vermelho, combinando com as frutas que compõem o produto, como pitaya, kiwi e maracujá. A embalagem é divertida e deixa em evidência os benefícios do produto. O frasco em PET, com shape retilíneo, é fornecido pela Graham, envolto em rótulo sleeve em PET, impresso pela CCL. A tampa em PEAD é da Bericap. www.activiadanone.com.br; www.mousegraphics.eu; http://nuancecomunicacao.com.br/; www.grahampackaging.com; https://ccllabel.com/; www.bericap.com 10

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CURTINHAS A Avery Dennison anunciou a instalação de sua 1ª fábrica de RFID (identificação por radiofrequência) no Brasil e a 5ª no mundo, em Vinhedo (SP), alguns meses após assinar um acordo para a aquisição da divisão de transponders da multinacional Smartrac. A inauguração deve acontecer em 2021. Os negócios de RFID da Avery Dennison representarão uma plataforma global com mais de US$ 500 milhões em receita. A companhia tem parceria com a Impinj e a NXP para o desenvolvimento de etiquetas RFID de nível internacional. A Klabin deu início à produção de embalagens de papelão ondulado na sua nova unidade industrial, em Horizonte, no Ceará. A unidade abastecerá os mercados das regiões Norte e Nordeste. A fábrica foi adquirida pela Klabin em setembro do ano passado, para atender o crescente mercado de fruticultura no Nordeste do País. Devem ser gerados 240 empregos diretos e indiretos. O aporte anunciado para a unidade foi de R$ 100 milhões, dos quais R$ 48 milhões já foram investidos. A Sunnyvale nomeou João Fortes como seu novo diretor comercial. Ele coordenará todas as ações comerciais da ampla linha de produtos representados hoje pela Sunnyvale no Brasil, unindo o conhecimento técnico e comercial acumulado ao longo dos 26 anos de atuação na empresa, durante os quais foi gestor da área técnica, treinamento, vendas codificação, pharma e impressão digital e contas corporativas. Segundo Fortes, o grande foco será reforçar a imagem da Sunnyvale como provedora de soluções, e não somente de produtos. A química Cristina Neri assumiu a vice-presidência da Milliken para a América Latina. Ela tem mais de 22 anos de experiência no setor químico, nas áreas comercial e de gestão no Brasil, tendo atuado nos segmentos agroquímico, tintas, vernizes, farmacêutico, lubrificantes e cosméticos. Com passagens por importantes multinacionais, Cristina chegou à Milliken em 2016 para ocupar o cargo de gerente regional de Aditivos Plásticos para a América Latina, e em 2017, assumiu a diretoria regional latino-americana nas áreas química, corantes e ingredientes.

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NEWS PARCERIA FORTE EM MÁQUINAS PARA EMBALAGEM A Optima do Brasil firmou uma nova parceria com a fabricante de máquinas brasileira Quality Machines, com sede em Campinas. A medida foi tomada como parte de uma estratégia abrangente da Optima e deverá trazer vantagens para os clientes das duas empresas, que continuam independentes, com portfólios próprios, que se complementam. Com sede em Vinhedo, a Optima do Brasil é subsidiária do grupo empresarial Optima, sediada na Alemanha, e atua no desenvolvimento e fabricação de soluções tecnológicas de embalagem e envase para as indústrias farmacêutica, cosmética, química, alimentícia e produtos higiênicos, na América do Sul. A planta no Brasil produz localmente as soluções de máquinas específicas para o mercado sul-americano, entre eles a encaixotadora OPTIMA CP4NG, a máquina de envase OPTIMA FM1 e a máquina de fechamento OPTIMA CM1. A nova aliança e as máquinas de ambas as parceiras foram apresentadas durante um Open House realizado na Optima do Brasil no final de novembro. Mais de 160 clientes da Quality Machines e da Optima aproveitaram a oportunidade para entrar em contato com as empresas e conhecer ao vivo as mais recentes tecnologias de máquinas. “A união da Quality Machines com a Optima do Brasil forma uma parceria forte. Graças à estreita colaboração, as empresas de tecnologia de embalagem do setor farmacêutico e bens de consumo podem agora aproveitar as vantagens de uma ampla gama de soluções a partir de uma única fonte – desde máquinas semi-automáticas para o segmento de baixo desempenho até soluções de alta velocidade para as mais altas exigências”, diz Rolf Geissinger, Diretor Geral da Optima do Brasil. Entre os benefícios da parceria, pode ser citada a gama ampliada de soluções para envase, fechamento e projetos turnkey para os segmentos cosmético, farmacêutico, químico e alimentício; a fabricação 100% nacional e o pós-vendas capacitado para atuação internacional, e o respaldo tecnológico e qualidade assegurada de uma empresa alemã com quase 100 anos de experiência no mercado. A Optima do Brasil irá oferecer suporte para a Quality Machines especialmente no setor de pós-vendas, garantindo uma produção segura e confiável das máquinas instaladas no Brasil e na América do Sul. https://www.optima-packaging.com/pt-br 12

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Da esq.: Carlos Eduardo Praxedes, diretor de vendas da Quality Machines; Rolf Geissinger, diretor geral da Optima do Brasil e Genivaldo Paixão Praxedes, diretor técnico da Quality Machines

Mais de 160 clientes aproveitaram a oportunidade para conhecer ao vivo as tecnologias de máquinas da Optima e Quality Machines

Especialistas de ambas as empresas responderam às dúvidas dos visitantes

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NEWS EDIÇÃO LIMITADA DE CAFÉS ESPECIAIS EM LATA O Café Gourmet Santa Monica lança seu primeiro Microlote, o Santa Monica 86 Pontos. A novidade marca o ingresso da empresa em um novo nicho do segmento de cafés especiais com um produto premium de qualidade superior, resultado de uma seleção especial e limitada dos melhores lotes da Fazenda Santa Monica, que deu origem a grãos com graduações acima de 86 pontos. Com edição limitada de apenas 600 latas de 250g, o Microlote Santa Monica 86 Pontos ganhou latas Ploc off fornecidas pela Loja da Lata, uma divisão da Brasilata, e seu design foi desenvolvido pela agência No Miracle. https://cafesantamonica.com.br/; www.lojadalata.com; www.nomiracleag.com.br

4.0 EM FOCO NA PÓS-GRADUAÇÃO DA MAUÁ O Curso de Pós-graduação de Engenharia de Embalagem do Centro Universitário do Instituto Mauá foi remodelado. Intitulado Engenharia de Embalagem: Inovação e Indústria 4.0, o curso foi desenhado para responder às novas demandas da indústria 4.0, sem perder de vista a embalagem no contexto de um Sistema, visando a excelência do desempenho de todos os atores desse sistema (empresas, consumidores e sociedade). O curso tem três módulos: Indústria 4.0: Adaptação Corporativa e Competitividade, Inovação em Embalagem, e Sistema Embalagem e a Indústria 4.0 e é coordenado pelo professor Antonio Carlos Dantas Cabral com início em março. As aulas são ministradas de forma interativa e colaborativa, com atividades práticas que desafiem os participantes a: a) desenharem cenários futuros; b) planejarem a sua jornada com destino a esse futuro, de forma que possam escolher as ferramentas compatíveis aos recursos humanos e financeiros disponíveis. Inscrições abertas em https://bit.ly/2Vs21cN

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2 a 4 | junho | 2020 São Paulo Expo - Stand J075

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AGENDA NACIONAL 2020

INTERNACIONAL 2020

9 a 11 de março de 2020 ANUFOOD BRAZIL São Paulo Expo – São Paulo - SP www.anufoodbrazil.com.br

03 a 05 de março de 2020 PACK EXPO EAST Pennsylvania Convention Center – Filadélfia - Pensilvânia – EUA www.packexpoeast.com

11 de março de 2020 WORKSHOP DE PROTEÍNA ANIMAL E LATICÍNIOS São Paulo Expo – São Paulo - SP www.institutodeembalagens.com.br

10 e 11 de março de 2020 LABEL SUMMIT LATIN AMERICA 2020 Espacio Riesgo – Santiago – Chile www.labelsummit.com

18 a 21 de março de 2020 FESPA DIGITAL PRINTING Expo Center Norte – São Paulo - SP fespadigitalprinting.com.br

12 a 15 de março de 2020 COSMOPROF/COSMOPACK 2020 Fair District - Bolonha – Itália www.cosmoprof.com

16 de abril de 2020 CERIMÕNIA DO PRÊMIO EMBANEWS 2020 São Paulo – SP www.embanews.com

14 a 17 de abril de 2020 KOREA PACK Kintex 1 – Goyang – Coreia do Sul www.koreapack.org

05 a 09 de maio de 2020 FEIMEC São Paulo Expo – São Paulo – SP www.feimec.com.br

28 a 30 de abril de 2020 INTERPHEX Javits Center – Nova York – EUA www.interphex.com

18 a 21 de maio de 2020 APAS SHOW Expo Center Norte - São Paulo – SP portalapas.org.br

07 a 13 de maio de 2020 INTERPACK Messe Düsseldorf – Düsseldorf – Alemanha www.interpack.com

19 a 22 de maio de 2020 HOSPITALAR São Paulo Expo – São Paulo – SP www.hospitalar.com

27 a 30 de maio de 2020 PACK PERU EXPO Domos Art, Costa Verde - San Miguel - Lima - Peru packperuexpo.com

26 a 28 de maio de 2020 ANUTEC BRAZIL Expo Trade Convention Center – Curitiba – PR www.anutecbrazil.com.br

02 a 05 de junho de 2020 EXPO PACK MÉXICO Expo Santa Fé México – Cidade do México – México www.expopack.com.mx

02 a 04 de junho de 2020 FCE PHARMA / FCE COSMETIQUE São Paulo Expo – São Paulo – SP www.fcepharma.com.br / www.fcecosmetique.com.br

08 a 11 de junho de 2020 ARGENPLAS Centro Costa Salguero – Buenos Aires - Argentina www.argenplas.com.ar

16 a 19 de junho de 2020 FISPAL TECNOLOGIA São Paulo Expo – São Paulo – SP www.fispaltecnologia.com.br

16 a 26 de junho de 2020 DRUPA Messe Düsseldorf – Düsseldorf - Alemanha www.drupa.com

11 a 14 de agosto de 2020 INTERPLAST Expoville – Joinville – SC www.interplast.com.br

08 a 11 de novembro de 2020 PACK EXPO INTERNATIONAL McCormick Place – Chicago – EUA www.packexpointernational.com

25 e 26 de agosto de 2020 19º CONGRESSO BRASILEIRO DE EMBALAGEM Centro Fecomercio de Eventos – São Paulo - SP www.abre.org.br

06 a 10 de outubro de 2020 IPF – INTERNATIONAL PLASTIC FAIR JAPAN Makuhari Messe – Chiba City – Japão www.ipfjapan.jp

15 a 18 de setembro de 2020 PPW – PACKAGING & PROCESS WEEK São Paulo Expo – São Paulo – SP www.ppwfeira.com.br

23 a 26 de novembro de 2020 ALL 4 PACK PARIS Paris Nord Villepinte – Paris - França www.all4pack.com

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A PREMIAÇÃO DE MAIOR PRESTÍGIO DA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS NO BRASIL

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EMBALAGEM NO MARKETING

EM 2020 O PROBLEMA NÃO VAI SER VENDER, VAI SER ENTREGAR!! – 2ª PARTE

CONSUMO É CULTURA E CONSTRUÇÃO SOCIAL

a primeira parte deste artigo, mostrei números que confirmam porque o Brasil está entre as 9 maiores economias do mundo e que poucos se dão conta que a grande riqueza de um país é seu mercado consumidor e não por acaso o nosso mercado de consumo está entre os 5 maiores mercados do mundo na maioria das categorias de produtos principais. E é assim também com a China. O grande projeto nacional da China no momento é a construção do mercado de consumo interno, pois o governo central compreendeu que tem o maior mercado potencial do mundo e que este pode se tornar seu maior ativo, garantindo à sua indústria uma imensidão de consumidores que vai diminuir a dependência do mercado externo com suas oscilações e conflitos, garantido assim que nunca haverá desemprego na China. No Brasil, esta construção começou há muito tempo e ganhou impulso logo depois da Primeira Guerra Mundial quando empresas europeias que viram seus mercados destruídos, enxergaram o potencial do Brasil. A Nestlé chegou em 1921, a Philips em 1924 e a Unilever em 1929. Empresas americanas também vieram aqui se instalar, a Kolynos veio em 1917, a Ford em 1919, e a Colgate Palmolive em 1927. Junto com estas empresas vieram seu marketing e a publicidade que elas trouxeram de suas matrizes, importando inclusive suas agências de propaganda. A J.W. Thompson, agência americana que 18

atendia a Ford se instalou no Brasil em 1929 e ajudou a formar uma geração de grandes talentos que contribuíram para a formação da nossa propaganda. As multinacionais com suas agências forneceram o grande impulso que fez prosperar a propaganda no Brasil e consequentemente os meios de comunicação, pois é a propaganda que permite que o rádio e a TV aberta sejam fornecidos gratuitamente à população.

cessidades e os anseios dos consumidores. A evolução do mercado de consumo no Brasil é, portanto, uma conquista de gerações e um exemplo desta evolução é a adesão entusiástica dos brasileiros à internet e ao e-commerce. A Black Friday 2019 obteve 8,73% milhões de pedidos com vendas superiores em 27% sobre a edição 2018. Foram R$ 4,77 bilhões de reais de faturamento, valor que demons-

Este grande esforço conjunto, ao qual aderiram com entusiasmo as empresas nacionais, ajudou a criar um mercado de consumo nos moldes da Europa e dos Estados Unidos fazendo com que o Brasil de hoje seja um país aberto a novidades e ao que existe de mais atual no consumo do mundo contemporâneo. Propaganda é comunicação social e também contribuiu para esta construção a fundação em 1951 da ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing, que durante 68 anos vem formando gerações de profissionais que lideram este grande esforço de sintonizar suas empresas e produtos com as ne-

tra que os consumidores brasileiros adotaram definitivamente as compras online onde mais empresas vendem para todos os 5.700 municípios do país. Este artigo continua na próxima edição.

FABIO MESTRINER Designer, Professor e Escritor Autor de livros didáticos adotados por mais de 30 universidades do país fabio@mestriner.com.br

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Uma evolução estratégica aconteceu no mercado de Embalagens Descubra por quê a Embanews foi além do convencional e firmou uma parceria estratégica inédita que trará autoridade e credibilidade digital, gerando mais oportunidades de negócios para sua empresa.

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PESQUISA

E m b a la g e n s c e lu ló s i c a s r ec i c la d a s

APROVAÇÃO PARA CONTATO COM ALIMENTOS

regulamento técnico do Mercosul, Resolução GMC nº 40/15, incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como Resolução RDC nº 88/16 aprovou o uso de fibras recicladas pós-consumo em material celulósico para contato com alimentos, o qual entrou em vigor majoritariamente em 29 junho de 2018. As embalagens fabricadas com as fibras recicladas pós-consumo que entrarão em contato com alimentos devem cumprir com as especificações da Resolução RDC nº 88/16 além de atender os requisitos específicos citados no item 1.2 da Parte II deste regulamento em relação à origem das fibras recicladas; limites máximos de migração específicos para benzofenona, ftalato de di-etilhexila (DEHP), ftalato de di-n-butila (DBP), ftalato de di-isobutila (DIBP), bisfenol A, 4,4’ bis (dimetilamino) benzofenona, aminas aromáticas primárias, diisopropilnaftaleno (DIPN) e migração de substâncias voláteis e hidrofóbicas por via gasosa. A Resolução RDC nº 88/16 tam-

bém estabelece restrições quanto aos limites de migração total e da presença e/ou da migração específica de contaminantes inorgânicos. A migração total deve ser aplicada em simulantes específicos, de acordo com a composição do alimento que entrará em contato com a embalagem. As determinações dos elementos inorgânicos apresentam dois métodos de análise. Cádmio (Cd), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg) devem ser quantificados em extratos aquosos a frio e a quente (dependendo da temperatura do alimento quando em contato com a embalagem) e a migração específica de antimônio (Sb), arsênio (As), boro (B), bário (Ba), cobre (Cu), cromo (Cr), estanho (Sn), flúor (F), prata (Ag) e zinco (Zn) são determinados em solução de ácido acético 3% (m/v), para as mesmas condições de contato estabelecidos para a migração total. No caso de materiais celulósicos reciclados pós-consumo, o controle de todos os contaminantes é primordial para conhecer a inocuidade dos materiais reciclados uma vez que não é possível conhecer a com-

posição química do material celulósico. Cabe ressaltar que, fibras recicladas que não saem do circuito de fabricação são classificadas como fibras de reprocesso, não sendo consideradas como material reciclado pós-consumo. Além disso, a Resolução RDC nº 88/16 não se aplica para embalagens destinadas a entrar em contato com alimentos que necessariamente são descascados para seu consumo, porém é necessário assegurar que a embalagem não altere as características organolépticas do alimento e não transfira substâncias que sejam prejudiciais para a saúde do consumidor. Esse artigo técnico está disponível na íntegra no link: cetea.ital. sp.gov.br/informativo.php

LEDA COLTRO

ELISABETE SEGANTINI SARON Pesquisadoras do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), atuam no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea); da Secr. de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

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ENTREVISTA

COMIDA QUE CONFORTA A PARTIR DOS INGREDIENTES ÍCONES DA CULINÁRIA BRASILEIRA, CAMIL PARTIU DESDE CEDO PARA AGREGAR VALOR À SUA CADEIA DE PRODUTOS, E ELEGEU A EMBALAGEM UM DOS PILARES PARA A INOVAÇÃO

Camil inicia sua história em 1963, como uma cooperativa de arroz. E, logo, a embalagem conquistou um papel de ponta nos negócios da companhia. Jairo Quartiero, fundador da Camil e atual presidente do Conselho de Administração, trazia o arroz para São Paulo em sacas, e teve a ideia de embalar em pacotes menores de 5 kg. Com isso, a Camil tornou-se em 1974, a primeira marca de arroz a ser vendida empacotada. Começava aí a ser construída a marca Camil, através de uma inovação na embalagem. Em seguida, veio o feijão. A partir dos alimentos básicos da dieta brasileira, a empresa iniciou sua rota de expansão, a princípio através da aquisição de outras marcas nacionais, e nos anos 90, com a expansão para fora do Brasil, com a compra de empresas no Uruguai, Chile, e mais recentemente, no Peru. Em 2011, tomando como ponto de partida suas vantagens competitivas, de logística e distribuição na área de mercearia seca, a Camil expande sua atuação e compra a Fempe, de pescados, dona das marcas Pescador e Alcyon, e no final daquele ano, adquire a Coqueiro, da Pepsico. Em 2012, é a vez da marca União, da Cozan. Atualmente, a empresa conta com 15 marcas só de arroz; cinco, de açúcar, e duas, de pescados.

“A Camil reuniu um portfólio de marcas fortes em um mercado de commodities, e alavancou a empresa no segmento de produtos de maior valor, trazendo inovação, focada nas principais tendências do mercado de alimentos”, afirma Christina Larroudé, diretora de marketing da Camil Alimentos, a entrevistada de EMBANEWS. Christina é formada em administração de empresas pela FGV, atuou em companhias como P&G e J&J, e está na Camil há seis anos, onde começou como gerente responsável pela marca União. Em seguida gerenciou a marca Camil e há um ano está como diretora de marketing da companhia.

EMBANEWS: Como avalia as principais tendências do mercado e como o portfólio da Camil atende às novas demandas geradas? CHRISTINA LARROUDÉ: Em nosso portfólio temos o básico, que é o arroz branco, o feijão carioca e preto, o açúcar refinado, uma ampla linha de grãos, e as extensões de linha, que sempre buscam atender as demandas por gourmetização, saudabilidade e praticidade, as principais tendências que orientam o mercado. Quando falamos em praticidade, um exemplo

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é o Arroz Camil Parboilizado em Saquinhos, embalagem conhecida como o boil in bag. O arroz vem em saquinhos na porção certa, é só cozinhá-lo com água e os temperos, retirar do saquinho e servir. Nesse caso, a embalagem ajuda o consumidor a ter certeza que o arroz vai dar certo, não tem como errar. O feijão pronto para consumo em caixinhas Tetra Pak é outro exemplo. Ele vai para a caixinha, temperado, e daí para a autoclave e sai de lá pronto para consumo, basta aquecer. Essa embalagem não vai ao micro-ondas. Todo o processo de conservação - ele dura 18 meses, se deve à embalagem. Não leva nenhum conservante. Tem também a versão sem tempero, para que as pessoas possam dar seu próprio toque culinário. Há também Minuto Caseiro, um arroz temperado embalado em stand up pouches, lacrado, que segue para a autoclave, de onde sai cozido, preservado e sem conservante algum, e pode ser aquecido na própria embalagem, no micro-ondas. Unindo saudabilidade e praticidade, o Biscoito de Arroz, um sucesso de mercado, tem zíper nas embalagens maiores, de 150 g, o que facilita o consumo e a conservação, muito bom para compartilhar. Mas as pessoas também pediam porções menores, para o lanchinho da tarde. Lançamos os pacotinhos individuais de 18 g que podem ser vendidos individualmente em displays nos ckeck outs, ou em pacotes com 5 unidades para a semana. Na vertente da gourmetização, as pessoas cada vez mais optam por fazer uma comida mais sofisticada vez ou outra na semana, reunindo os amigos. Pratos como o risoto estão cada vez mais no dia a dia dos consumidores, e grãos nobres, como arroz selvagem, arroz negro, etc. começam a ser incluídos no cardápio. A Camil possui a linha Gourmet, que conta com variedades de arroz provenientes de diferentes países, com culturas, climas e hábitos regionais diferentes

dos nossos e para auxiliar o consumidor, disponibilizamos várias receitas. Essa linha tem embalagens de cartão e conteúdo que varia de 250 g a 1 kg. EMBANEWS: E entre os pescados, há inovações? CHRISTINA LARROUDÉ: Para os pescados, a embalagem, no caso a lata, é o item mais importante, é ela que faz com que o produto, apesar de tão rapidamente perecível, dure 4 anos, sem conservantes. E nesse ponto, é importante esclarecer, pois as pessoas questionam sobre o uso de conservantes na categoria, e não! São as embalagens que fazem a mágica! Pelo lado da praticidade, nos perguntamos: o que as pessoas mais fazem com o atum? São o molho e o patê, então lançamos a linha de molho pronto com atum Coqueiro em lata de aço e cartão, e a linha de patês de atum Coqueiro, em stand up pouch. EMBANEWS: E quanto à marca União? CHRISTINA LARROUDÉ: Em açúcar, a União tem a linha mais completa do mercado. Conta com o açúcar refinado, que é o carro-chefe, e tem também o açúcar premium, o cristal, mascavo, demerara, a linha especial para confeiteiro, com as marcas Doçucar e Glaçucar, uma linha bastante diferenciada, pois os confeiteiros prezam muito a qualidade. Tem a linha de sachês para o food service, o açúcar em cubos, que dá um toque especial à mesa. A marca busca estar presente nos diversos momentos de consumo, e essa presença passa pela embalagem. E há também a linha de adoçantes à base de sucralose, com a versão familiar, de bolso, para uso culinário. É uma grande variedade. EMBANEWS: Por tudo que acaba de nos contar, a empresa tem um grande cuidado com a embalagem. Como vê essa questão? CHRISTINA LARROUDÉ: Sim, a embalagem cumpre um papel importante nessas extensões de linha,

em alguns casos, a embalagem é o coração do produto. E muito mais do que apenas acondicionar o alimento, ela é um veículo de comunicação. Temos muito cuidado com o que inserimos na embalagem, aproveitamos o espaço disponível para trazer receitas e serviços para o consumidor, informação nutricional, etc. Porque a embalagem acaba sendo o único meio que chega a todos os consumidores. Investimos em promoções e comerciais, mas o que vai assegurar que a promoção aconteça de norte a sul do país, em todas as lojas, é a embalagem. Temos realmente um carinho especial por essa disciplina na empresa, e é uma fonte constante de investimentos. EMBANEWS: A Camil conta com um departamento só para o desenvolvimento de embalagens? CHRISTINA LARROUDÉ: Sim, o departamento de embalagem é dividido em duas partes: a área de design, liderada pelo marketing, e a área técnica, de P&D, liderada pela Denise Tioko Suiama. São áreas sempre muito próximas. Em design, temos parceiros de longa data. Toda a linha de Camil é desenvolvida pela Spice Design, uma parceria de mais de 20 anos. A União está com a Packaging Design, que também atuou no desenvolvimento da marca corporativa, e Coqueiro está com a Team Créatif. A construção de identidade de nossas marcas passa muito pelo design da embalagem, é por esse meio que as marcas estão se comunicando com o consumidor. EMBANEWS: Como a inovação entra no dia a dia da empresa? CHRISTINA LARROUDÉ: A inovação é um modo de vida dentro da Camil. Quando se fala em produtos básicos, como o arroz, o feijão, o açúcar, a inovação é o que agrega valor à marca. Acreditamos que é possível inovar em tudo, e não precisa ser coisa da Nasa. Além disso, existe um trabalho intenso até que a embalagem chegue ao consumidor. Há projetos liderados FEVEREIRO 2020

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ENTREVISTA pela Denise que abrangem toda a etapa da embalagem final do produto, na parte do empacotamento, enfardamento, paletização, até a formação da carga, buscando o melhor aproveitamento de espaço, estabilidade e preservação da carga. Ao mesmo tempo existe todo um estudo de como a embalagem vai ser exposta na gôndola, nos diferentes canais, se é melhor utilizar uma caixa display do que abastecer unitariamente. São várias questões a serem consideradas. EMBANEWS: Como a empresa está estruturada em sua parte fabril e de distribuição? CHRISTINA LARROUDÉ: A Camil tem no Brasil 13 fábricas, a maioria delas de grãos, uma fábrica de pescados e três, de açúcar. Algumas delas são mistas, mas cada fábrica tem uma vocação, e o portfólio de produtos varia de acordo com cada região. Por exemplo, no Nordeste não se fabrica arroz em embalagens de 5 kg, apenas de 1 kg, por causa do desembolso. O arroz parboilizado é mais consumido em algumas regiões do que em outras, assim como certas regiões comportam um mix de marcas muito maior que no restante do país. As compras de insumos são centralizadas e então enviados às diversas unidades, sob demanda. Existe uma gestão da cadeia logística muito cuidadosa, e toda essa área é coordenada pela Denise, inclusive em relação aos itens de exportação. EMBANEWS: Quais são os desafios com as embalagens para exportação? CHRISTINA LARROUDÉ: Temos vários produtos para exportação, e estamos praticamente em todos os continentes. Alguns são exportados em bags de ráfia, no caso de grandes volumes, outros já seguem embalados, mas em qualquer caso, envolve um grande cuidado com a legislação, tanto do país de origem, quanto de destino. E há ainda toda a atenção em adaptar a arte ao país importador do produto, sem 26

contar a verificação da estrutura da embalagem, pois ela precisa ser suficientemente robusta para suportar as condições da viagem, seja rodoviária, marítima, por cabotagem, e chegar intacta ao destino. EMBANEWS: E a sustentabilidade, que demandas essa matéria impõe e que ações a empresa tem colocado em prática? CHRISTINA LARROUDÉ: Para nós, a sustentabilidade vai além do quesito ambiental, passa por toda a cadeia, desde o campo, e inclui responsabilidade social com os trabalhadores e comunidades, fomento aos agricultores, qualidade de vida de caminhoneiros, a pesca responsável. Em relação à sustentabilidade da embalagem, estão sendo visadas questões como a melhoria dos compostos da embalagem para a redução de sua gramatura e do impacto ambiental, além de programas de logística reversa. Os consumidores estão mais conscientes e começam a exigir uma posição mais clara das empresas e isso é positivo para todos. A Camil tem um relacionamento muito próximo aos consumidores, através das redes sociais, e buscamos estabelecer um diálogo da forma a mais aberta possível.

EMBANEWS: Quais são seus principais desafios à frente do marketing da Camil? CHRISTINA LARROUDÉ: Agregar valor à commoditie, eu brinco, é um desafio nível ‘hard’. Construir uma marca, um diferencial em mercearia seca, requer uma dose extra de trabalho e habilidade. Ao mesmo tempo, esse segmento de alimentos é apaixonante, essa busca por novas tendências e inovação, e a responsabilidade que esse trabalho envolve. Porque o arroz com feijão está no prato do brasileiro todos os dias. Quando você come um prato de arroz com feijão parece que dá uma sensação de conforto, alimenta a alma, é um ícone da cozinha brasileira. Eu acho que é uma sorte trabalhar com uma marca que é líder neste segmento, que é o coração do Brasil, e um grande desafio. Temos muito a fazer, levar o nosso portfólio para várias regiões e ajudar na missão de compor o cardápio semanal da família, pois há tanta variedade de grãos e tantas possibilidades para ajudar a melhorar a alimentação do brasileiro.

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COMPORTAMENTO E CONSUMO

EMBALAGENS, MARCAS E O NOVO MUNDO

A EMBALAGEM DEVERÁ MAIS DO QUE NUNCA ESTAR ALINHADA AOS VALORES DA MARCA E ÀS METAS DO NOVO MUNDO

embalagem é parte de uma unidade. Isto porque o consumidor não vê um pacote, com uma arte bacana, preenchido com um conteúdo, atribuído a um CNPJ. Ele percebe a unidade. O produto é indissociável da embalagem, que é indissociável da marca. Portanto a embalagem é uma poderosa ferramenta da marca. A marca por sua vez, precisa de diversos atributos e ações para ter sucesso. Em alguns casos se parece com uma pessoa com a qual nos relacionamos ou com uma bandeira que erguemos. Isso nos ajuda a dizer no que acreditamos e o que queremos. Principalmente no atual contexto de mundo, também chamado por alguns especialistas de VUCA, no qual a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade estão em voga. Na verdade, creio que boa parte dessas características sempre existiu. Porém hoje os indivíduos têm mais voz. Sempre foram os pequenos movimentos, de pequenos grupos de engajados, que mudaram e mudam o mundo. Quem eram os vegans há apenas oito anos? Segundo o IBOPE, neste período, o número deles aumentou 75% no país. E isto é fácil de notar apenas olhando o boom de opções de leites vegetais disponíveis nas gôndolas. E não é apenas um consumo ideológico. É o novo consumo. É o mundo hoje. 28

Numa pesquisa recente com seus usuários, o Twitter constatou que 76% da geração Z seguem marcas que têm conteúdo, em contrapartida de 38% daqueles que realmente consomem. Uma pequena prova de que esta nova geração não tem interesse na posse, mas na experiência e no engajamento consciente. E trata-se de uma realidade já que essa geração, segundo dados da ONU, atingiu 32% da população no último ano. Recentemente, ao realizar um estudo para uma empresa no ramo de diversões eletrônicas, pude perceber a importância dessa mudança geracional para os negócios: a experiência compartilhada vale mais que a individual. Experiência analógica, ressalto. Também é perceptível essa influência em lojas que rompem a fronteira on/off, além do crescimento das marcas de economia compartilhada em todo o mundo. Neste cenário é possível detectar duas grandes verdades. A primeira e óbvia é que o consumo está mudando. A segunda é que as pessoas precisam de porquês. Porquês reais. E é nesta segunda verdade que as marcas precisam investir. Engajando, estarão se relacionando com as demandas deste novo contexto. Personalizando e cocriando, estarão dando força aos indivíduos e conhecendo suas especificidades. Portanto, a embalagem deverá mais do que

nunca estar alinhada aos valores da marca e às metas do novo mundo. Gerando, não apenas negócios, mas cultura. Já é possível encontrar um refrigerante com seu nome. A diversidade feminina em arte num snack. Ou um pacote de biscoito que você ajudou a cocriar. Mesmo que o faturamento por peça não seja alto, o aumento na percepção do valor da marca é enorme. Isso por conta da conexão e compartilhamento. É do micro para o macro, como já mencionado no início do artigo. Mas não para por aí. Cultura também é comportamento. E isso atinge grandes escalas de impacto positivo. Um rolo de papel higiênico amassado que o diga. Ou mesmo a alegria do arco-íris das marcas pintando a maior rede profissional do mundo em prol da diversidade. Consciência, conteúdo, cocriação, engajamento, compartilhamento, comportamento, cultura. Marcas, não sejam somente ativas, sejam vivas e empáticas. Porque o novo mundo é agora, a cada momento.

CAMILA C. TOMÁS Responsável pelo NEDS – Núcleo de Essência, Design e Significado e docente da pós-graduação tecnológica “Gestão de Projetos de Embalagem”, ambos do SENAI de Tecnologia Gráfica. linkedin/in/camilactomas

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SUPPLY CHAIN

Transformação digital

COMO PREPARAR COMPRAS E SUPPLY CHAIN PARA A NOVA ERA?

hegamos à Indústria 4.0 com automações e inovações, mas o que isso significa para o Supply Chain e Compras? Simplesmente, que não há possibilidade de expandir ou seguir crescendo sem que haja um controle otimizado, seguro e mais veloz. A Era Digital chegou com força para transformar o que era linear em disruptivo, o que era segmentado em compartilhado e o que era repetitivo em atividades multidisciplinares. Todos conectados e trabalhando colaborativamente. Um exemplo prático disso é o comércio digital que pode ajudar as companhias a administrarem um maior volume de atividades, funções ou demandas com uma capacidade física menor. É possível conectar processos utilizando Internet das Coisas – IoT; aplicar a Robotização – RPA às rotinas repetitivas, usar Inteligência Artificial como o Big Data e BOT e ainda deixar toda a cadeia de suprimentos mais segura com o Blockchain. Mas para que a empresa adote essas inovações e novas tecnologias da transformação digital é preciso contar com o engajamento desde as lideranças até as bases. Estudos da Harvard Business Review apontam que empresas com maior capacidade digital são melhores na geração de receita. Mas não pense que terá que investir milhões e ainda que levará anos para começar as implementações. Hoje em dia, com o auxílio das startups, essa realidade se 30

transforma na melhor opção de custos dos investimentos, agilidade nas implementações e otimização dos processos. Além disso, os processos e procedimentos devem ser coerentes com a era digital. Por exemplo, é preciso ajustar a política de homologação de startups com a realidade, promovendo confiança na utilização das startups previamente homologadas por HUBS ou até mesmo utilizar POC (Prova Conceito) como forma de homologar e selecionar empresas. Desta forma a empresa pode até correr riscos, porém totalmente controlados.

Trabalhar de forma preditiva e prescritiva é fundamentável nesse contexto. É uma maneira de se antecipar e agir, já que estamos presenciando mais atribuições aos humanos para decisões estratégicas e ações repetitivas deixadas para a tecnologia executar com mais visibilidade e controles aprimorados. O mais interessante da transformação digital é que as inovações moldam outras capacidades como modelos de negócios, os processos da empresa, e claro, para que os serviços ou produtos adquiridos pelos clientes se transformem em experiências únicas.

MARIANA COIANAGUI, professora da Live University e Head de Procurement da

Cushman & Wakefield para a América do Sul desde 2016

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Papel não desmata

É PRECISO DESFAZER EQUÍVOCOS SOBRE A FABRICAÇÃO E USO DO PAPEL

uita gente ainda fica surpresa quando descobre que a fabricação e o uso de papel, cartão e papelão fazem crescer as florestas e a quantidade de árvores. Todos sabem que papel é feito de árvores. O que nem todos sabem é que essas árvores são plantadas para essa finalidade. Da mesma forma como se planta algodão para a fabricação de tecidos, ou cana, para produção de combustível, plantam-se árvores para a produção de celulose e papel. Se o consumo de tecidos de algodão aumentar, será necessário ampliar as plantações para atender à demanda crescente. Se aumentar o consumo de álcool combustível, será necessário plantar mais cana. Assim, se mais pessoas utilizarem papel, mais árvores terão que ser plantadas. Por que é necessário plantar árvores para produzir celulose e papel? Não seria mais fácil usar as árvores nativas que já existem? Teoricamente, é possível fazer papel a partir de qualquer vegetal. No entanto, para que o processo industrial seja eficiente e financeiramente rentável, é obrigatória a utilização das espécies adequadas. É também indispensável que as árvores sejam as mais parecidas possíveis. Só é possível garantir o suprimento das árvores certas e todas homogêneas, se forem plantadas. 32

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É como cozinhar feijão: não dá cerbiente. Os equipamentos eletrônito misturar, na mesma panela, vacos são de difícil reciclagem e desriedades diferentes, ou grãos mais carte. Os centros de computação novos com grãos mais velhos. (a famosa “nuvem”) consomem No Brasil, as árvores usadas imensas quantidades de energia como matéria prima para a celue são responsáveis indiretamente lose e o papel são principalmente por grande emissão de CO2. Seo eucalipto e, em menor quantidagundo a Yale University, esses cende, o pinus. O eucalipto é austratros já consomem 2% de toda a liano e o pinus é norte-americano. energia mundial e essa taxa cresce Não há essas espécies nas matas rapidamente. Além disso, produnativas brasileiras. Essas árvores só zem tanto CO2 quanto o segmenexistem aqui se forem plantadas. to de aviação. Por outro lado, há Para crescer, elas retiram carbono fortes evidências de que o papel da atmosfera, ajudando a amenié uma mídia mais sustentável em zar o efeito estufa e as mudanças termos ambientais. climáticas. Temos hoje 2,7 milhões Apesar disso, muitas empresas de hectares de plantações de ároferecem substitutos ao papel, vores para papel. São cerca de com argumentos de “salvar árvoquatro bilhões de árvores que esres” e “preservar o meio-ambiente” tão ajudando a melhorar o meioquando, na verdade, seu principal -ambiente. Essa área é muito peobjetivo é reduzir custos de opequena: 0,32% do território nacional ração ou vender seus produtos e e menos de 1% das áreas utilizadas serviços. Trata-se, portanto, de propara atividades agropecuárias. paganda enganosa, que usa falsos O papel é intensamente reargumentos ambientais, conheciclado. No Brasil, segundo a Ascida em inglês como “greenwasociação Nacional dos Aparistas shing”. Mas a verdade é que papel – ANAP – a taxa de reciclagem cheproduz florestas! gou a 68,7% em 2018. E o que não é reciclado, se for Two Sides é uma camdescartado corretamenpanha mundial que prote nos aterros sanitários, move a produção e o uso tem impacto ambiental responsável da impressão e do papel, e esclarece mínimo porque é biodeequívocos comuns sobre gradável. os impactos ambientais Não há provas de que de sua utilização. a mídia eletrônica seja twosides@twosides.org.br melhor para o meio am-

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CENTRO BRASIL DESIGN por Letícia Castro **

DESIGN FOR A BETTER WORLD O DESIGN TEM MUITO A CONTRIBUIR, TRADUZINDO AS NECESSIDADES DAS PESSOAS EM PRODUTOS E, ESPECIALMENTE, SERVIÇOS ADEQUADOS A UMA REALIDADE MAIS SUSTENTÁVEL

e acordo com as estimativas do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, 2010), em 2007 o tamanho da pegada ecológica global foi o dobro do que havia sido em 1966, e se a tendência continuar, isso significa que em 2030 a humanidade precisará da capacidade de duas Terras para absorver os resíduos gerados e acompanhar o consumo de recursos naturais. Segundo as Nações Unidas (ONU, 2016), em 2050 precisaríamos de três Terras para sustentar nosso estilo de vida atual. Há uma necessidade urgente de adaptação da forma como vivemos e consumimos. Isto requer uma mudança de comportamento profunda que já vem sendo explorada pelas novas gerações, muito menos voltadas ao consumo individual e mais ligadas ao uso compartilhado. É a era da uberização e da servitização, temas recorrentes no dia a dia de todos e para os quais a sociedade ainda está se preparando, afinal, quem poderia imaginar uma empresa de locação de veículos sem carros, como o Uber, e uma empresa de locação de imóveis sem nenhum imóvel, com o é o caso do Airbnb? Uma agenda mundial de 17 objetivos com 169 metas foi acordada pelos países membros da ONU para resolver alguns dos maiores desafios da humanidade até 2030: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Visam acabar com a pobreza e a fome, aumentar o acesso à educação, debater a imigração, combater as mudanças climáticas e reduzir a desigualdade. Estão sendo cada vez mais adotados em todo o mundo, não apenas pelos governos, mas também pela sociedade civil, a academia e o setor privado,

como forma de colaborar efetivamente em torno de uma agenda de desenvolvimento comum e universal. Esse movimento global, que envolve pessoas, comunidades, instituições e empresas, é um esforço conjunto para uma mudança de mindset fundamental para o futuro da humanidade. Neste sentido, entendemos que o design tem muito a contribuir, traduzindo as necessidades das pessoas em produtos e, especialmente, serviços adequados a uma realidade mais sustentável. O design, na sua essência, sempre procurou encontrar soluções para os problemas e melhorar a qualidade de vida das pessoas. O processo de design - seu foco nos usuários e no ambiente em que vivem – pode fornecer uma perspectiva nova e inovadora para a agenda de desenvolvimento internacional. O tema do design sustentável é mais profundo e complexo do que parece à primeira vista. Os parâmetros para a sua análise devem ultrapassar a dimensão ambiental para incluir também a econômica e a social, e com equilíbrio entre as três dimensões.

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 É a única instituição de design signatária da Rede Brasil do Pacto Global;  Já realizou duas edições do Design for a Better World, evento que reúne especialistas de todo o mundo para debater de que forma o design pode contribuir para um mundo melhor;  Em 2020 vai criar uma mostra inédita de cartazes pautados nos ODS por meio de workshops com estudantes universitários de design. Hoje, mais do que nunca, o design prioriza acessibilidade, sustentabilidade, respeito ao usuário e ao meio ambiente. Design e Sustentabilidade para um mundo melhor! Este é o espírito da próxima geração, que está colocando as necessidades humanas em primeiro lugar, alcançando o equilíbrio entre pessoas, planeta e desenvolvimento econômico e social, que deve ser adotado por todos.

YVY, um produto de limpeza inovador que utiliza cápsulas recicláveis ultraeficientes em borrifadores permanentes.

O Centro Brasil Design atua há 20 anos como um hub que conecta a indústria, o governo, os criativos e a sociedade por meio de iniciativas nas áreas de design, inovação, sustentabilidade e cidades. Possui uma metodologia própria chamada Design na Prática® - que auxilia a inserção do design na indústria - e representa nacionalmente o maior e mais conceituado prêmio de design mundial, o iF DESIGN AWARD. (www.cbd.org.br) 34

No intuito de contribuir para este movimento, o Centro Brasil Design, por meio de sua representatividade e liderança, conduz o debate do papel do design frente aos ODS e tem promovido uma série de debates e iniciativas:

Marca do Design for a Better World, uma iniciativa do Centro Brasil Design

** LETÍCIA CASTRO

Diretora Superintendente do Centro Brasil Design e atua nas áreas de gestão do design, design estratégico, design thinking e políticas públicas.

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ESTADOS UNIDOS: AMERICANOS ADOTAM EMBALAGENS COM MENOR PEGADA DE CARBONO

MESMO SEM SER PRIORIDADE, ALGUMAS EMPRESAS BUSCAM ATENDER A UMA DEMANDA QUE COMEÇA A CRESCER

e forma geral, a questão da sustentabilidade jamais foi prioridade para os americanos, porém, como esta demanda começa a aparecer e crescer em importância, algumas empresas adotam novas embalagens que buscam alternativas para diminuir a pegada de carbono. Se elas conseguem o objetivo? Só saberíamos se avaliássemos todo o ciclo de vida. De qualquer maneira muitas iniciativas apontam no sentido da redução da emissão de CO2. Vejamos algumas alternativas. A GFB Brothers passou a utilizar para seu mingau uma solução anteriormente adotada pela Nestlé para a sopa Maggi na Europa. Trata-se de uma luva de papelcartão que se transforma numa “tigela” ou em um suporte para que o envoltório possa se moldar e receber o leite e assim facilitar o preparo do mingau e o consumo direto na embalagem. O conjunto é todo em papelcartão e papel kraft com impressão em 36

apenas uma cor, com aspecto de carimbo, para conferir um aspecto de natural-artesanal. Surfando na onda das Kombuchas que prometem saúde, a BDK adotou garrafas que remetem a antigos frascos de remédios. Rótulos de papel em cor “natural” e verde, cheios de selos, completam o design. A linha de chás artesanais da Teavana ganhou garrafas de vidro com tampa de alumínio com rosca. A serigrafia utilizada na decoração das embalagens permite ao consumidor visualizar a cor do chá. Leva ainda um lacre que demonstra se o produto foi violado. A indústria de iogurtes segue a tendência. A Siggis e a Íceland passaram a utilizar potes de papelcartão para suportar um pote interno de plástico (numa quantidade muito menor do que se fosse apenas de plástico), aliás, como é adotado na Europa, há muito tempo. Importante: o pote-rótulo de papelcartão pos-

sui um zíper que permite fácil separação, assim como a nova versão do Danoninho Orgânico aqui do Brasil. O iogurte OUI optou por um pote de vidro, com rótulo em papel texturizado, ilustração retrô e tampa de alumínio com diâmetro maior que a boca, para ter uma “caída” e lembrar antigos panos que cobriam os iogurtes. Nos três exemplos, notei o uso de impressão também no verso das tampas-lacres de alumínio, ampliando o espaço de comunicação com seus consumidores. Embalagem melhor. Mundo Melhor. Sempre!

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De 16 a 26 de junho, em Düsseldorf, a drupa, exposição comercial global para a indústria de impressão, cumpre também o papel de identificar tendências importantes, oferecer insights sobre desenvolvimentos futuros e gerar inspiração. A drupa investe na transferência de conhecimento por meio de cinco fóruns especiais, entre eles o drupa Cube. “Educar envolver - entreter” foi novamente escolhido como o slogan do drupa Cube para 2020. Oradores de renome mundial, como o autor best-seller Michael Gale e o designer de renome internacional James Sommerville, estão entre os palestrantes. O foco estará nas tecnologias inovadoras em web-to-print e embalagem, o potencial de uma economia baseada em canais de vendas mais diversificados e novos modelos de colaboração, bem como as novas expectativas dos clientes conectados em uma cultura de mídia social - como pano de fundo, a crescente sustentabilidade da indústria e as obrigações da economia circular. O programa completo da drupa Cube, que ocorrerá durante toda a feira, estará disponível online em www.drupa.com/cube-en

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PPW - PACKAGING & PROCESS WEEK

PRIMEIRA EDIÇÃO ACONTECE EM SETEMBRO

A primeira edição da PPW – PACKAGING & PROCESS WEEK - Feira Internacional de Tecnologia, Processos e Embalagens para as Indústrias de Alimentos, Bebidas, Cosmética, Farmacêutica e Química, será realizada de 15 a 18 de setembro no São Paulo Expo, em São Paulo (SP). O evento é uma realização da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, com promoção e organização da Reed Exhibitions Alcântara Machado, e segundo a organizadora, o evento surgiu com a finalidade de atender às demandas do mercado, impulsionar os negócios e unir todos os elos da cadeia nacional e internacional. Conta com o apoio de mais de 30 entidades do Brasil e América Latina, dentre os quais o apoio exclusivo do Instituto de Embalagens, referência em ensino e pesquisa sobre embalagens no País. “A PPW foi desenvolvida para atender as necessidades dos mercados de tecnologia, processos e embalagens que sentiam a ausência de um evento dedicado mais abrangente a todas as indústrias, com foco tecnológico e com presença internacional. Iremos debater as tendências e fomentar negócios entre todos os elos da cadeia”, afirma o diretor da PPW na Reed Exhibitions Alcântara Machado, Leandro Lara. https://www.ppwfeira.com.br

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COMPETITIVIDADE

COLETA DE DADOS: HUMANOS OU SENSORES?

É AQUI QUE TUDO COMEÇA, E NÃO DEVE SER PASSÍVEL DE ERROS

o longo dos últimos anos tenho divulgado um roteiro que julgo ser adequado para a jornada que as empresas, sejam elas grandes, médias ou pequenas, cheguem ao estágio 4.0. As cinco primeiras etapas são fruto de trabalhos desenvolvidos no IMT: 1) mapear processos; 2) padronizar procedimentos; 3) cronometrar os procedimentos padronizados. 4) virtualizar o processo; 5) simular melhorias para aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade. A partir daí os passos a seguir foram elaborados pela ACATECH1: 6) Conectividade; 7) Visibilidade (ver o que acontece); 8) Transparência (entender porque acontece); 9) Capacidade preditiva (estar preparado para o que vai acontecer); 10) Adaptabilidade (obter resposta autônomas do sistema). Todo esse trabalho parte da coleta e análise dos dados do processo. Isso faz parte do autoconhecimento. Não cabe, de forma alguma, o autoengano, entendido como fingir que as informações que chegam das unidades fabris estão sempre corretas. Fazer isso é como, sentindo-se com febre, usar o termômetro de 42

forma incorreta pensando que tudo está bem. Mais cedo ou mais tarde será preciso tomar o medicamento adequado e é melhor fazer isso logo antes que a situação se complique. Nas empresas, e no Sistema Embalagem, não adianta investir num “super” ERP2 e/ou um excepcional MES3 se a coleta de dados é manual e passível de erros. As decisões a tomar sobre desempenho do sistema podem não ser as mais adequadas. Os sensores são infalíveis? Lógico que não. Mas atribuir aos funcionários atividades repetitivas, com a fadiga batendo à porta nas últimas horas do turno, não parece ser a melhor solução. Contar peças, checar tempos de máquina em operação ou em paradas não programadas são exemplos de situações em que o cansaço ou pequenas desatenções podem levar a situações críticas, com interrupção de operações que demandarão tempo até que as soluções sejam encontradas. Sensores não são caros, não se cansam e aumentam a certeza sobre o desempenho dos equipamentos e dos processos. Os funcionários, por sua vez, deveriam se concentrar na análise dos dados coletados e

buscar alternativas para melhorar a produtividade. Volto ao parágrafo inicial desse texto para deixar claro que o mapeamento, a padronização e a cronometragem de procedimentos exigem atenção contínua e sempre que essa atenção for dedicada a tarefas repetitivas haverá menos tempo para pensar e melhorar o processo. Esse é o ponto: os sensores devem trabalhar incessantemente para que os humanos pensem e decidam com maior grau de certeza para aumentar a competitividade das empresas.

ACATECH: Academia Nacional de Ciência e Tecnologia - Alemanha 2 ERP: Planejamento de Recursos Empresariais (do inglês Enterprise Resource Planning) 3 MES: Sistema de Execução de Manufatura (do inglês Manufacturing Execution Systems) 1

ANTONIO CABRAL Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) acabral@maua.br

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