EMBANEWS Nº 387 - Junho 2022

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#CadeiaDaEmbalagemPlástica

BRASKEM ANUNCIA HUB DE INOVAÇÃO COLABORATIVA

IMPRESSÃO QUE FICA

O ATUAL MOMENTO DA INDÚSTRIA GRÁFICA DE EMBALAGEM NA VISÃO DE SIDNEY ANVERSA VICTOR, PRESIDENTE DA ABIGRAF NACIONAL

P.16

#IndústriaDeBebidas

PANIZZON INSTALA LINHA ASSÉPTICA DA KRONES

AS AVANÇADAS EMBALAGENS JAPONESAS

FRONTEIRAS P.26

ANO 31 | EDIÇÃO 387 | JUNHO 2022
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SUMÁRIO

ENTREVISTA AO CONTRÁRIO DO QUE SE ESPERAVA, O INÍCIO DE 2022 FREOU O RITMO DE CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA GRÁFICA DE EMBALAGEM, E AGORA ESSE MERCADO QUE INICIA UMA RETOMADA SE DEPARA COM O DESAFIO DA FALTA DE MATÉRIA-PRIMA, POR SIDNEY ANVERSA VICTOR, PRESIDENTE DA ABIGRAF E DA CONGRAF

FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)

Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi

Administração: Rejane Doria

Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com; redacao@embanews.com

Publicidade: comercial@embanews.com

Assinaturas: assinatura@embanews.com

Colunistas desta edição: Assunta Camilo, Fábio Gomes Teixeira, Fabio Mestriner

Projeto Gráfico: FlyJabuti Design

Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal

A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.

Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.

As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS

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4 JUNHO 2022 06 #CadeiaDaEmbalagemPlástica 08 #IndústriaDeBebidas 10 #IndústriaPlástica 12 EMBALAGEM NO MARKETING 20 PESQUISA 26 FRONTEIRAS 16
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HUB DE INOVAÇÃO COLABORATIVA QUER ACELERAR COCRIAÇÃO DE NOVAS EMBALAGENS CIRCULARES

Braskem anunciou, entre as iniciativas para reforçar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, o Cazoolo - seu Centro de Desenvolvimento de Embalagens para Economia Circular, que irá operar na zona Oeste da capital paulista, na Vila Leopoldina, fruto de um investimento de R$ 20 milhões. Trata-se de um hub de inovação, por meio do qual a companhia estabelecerá par-

cerias com clientes (transformadores), brand owners, designers, startups e universidades para o desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis através de melhorias no design e na jornada das embalagens, desde sua concepção até o pós-consumo, visando a circularidade e menor impacto ambiental. A inauguração está prevista para o mês de agosto.

O projeto tem como base conceitos de Design for Environment (DfE) e Análise de Ciclo de Vida (ACV), para o desenvolvimento de embalagens inovadoras e sustentáveis. Equipado com equipamentos de ponta para prototipagem rápida, o Cazoolo estará aberto a toda a cadeia de embalagens plásticas, e terá como objetivo acelerar o avanço da circularidade das embalagens na região.

“O Cazoolo é um novo lab de design de embalagens voltado para a economia circular. É um espaço em que pretendemos reunir toda a cadeia de forma colaborativa para o desenvolvimento de embalagens, construindo inteligência coletiva. Não será cada um dos elos sozinho que irá conseguir resolver esse problema. É preciso fomentar a inteligência coletiva e é o que esse espaço se propõe a fazer. É um espaço da cadeia de embalagens plásticas para cocriar as soluções de uma nova geração de embalagens para atender a demanda de economia circular”, disse Yuri Tomina, gerente de desenvolvimento de mercado da Braskem, durante o Forum ABRE de Sus-

A #CadeiaDaEmbalagemPlástica
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Stand up pouch com resina reciclada pós-consumo (PCR), da parceria entre players da cadeia Neste case, Braskem e Antilhas desenvolveram stand up pouch em monomaterial para a Mãe Terra, facilitando a reciclagem

tentabilidade – Positive Packaging, realizado no início de junho.

O Cazoolo foi pensado para ser um espaço de coworking, em que os participantes possam trabalhar e trocar experiências, além de testar como se comportam as soluções em gôndola, e entender a experiência do usuário. “Mais importante ainda, ele deve ser um grande lab de prototipagem rápida, para acelerar o processo de validação e homologação das soluções dentro das empresas. Como indústria, precisamos responder de forma mais rápida a esses novos desenvolvimentos. Temos pouco tempo para construir e evoluir de fato para um modelo de economia circular de baixo carbono e acreditamos que, trazendo todos os atores para cocriarem num espaço que vai estar aberto a todos eles, com as ferramentas que os ajudem a prototipar, vamos poder acelerar esse desenvolvimento”, disse Tomina.

ECODESIGN OU DESIGN FOR ENVIRONMENT (DFE)

A importância do design fica clara quando se sabe que 80% do impacto ambiental é definido no momento do design, de conceituação de um produto, não só da sua embalagem, mostra um estudo da Universidade Técnica da Dinamarca. “Não só porque é nesse momento em que o material é escolhido, mas porque o design direciona comportamentos. E o comportamento tem um grande impacto para se determinar em qual sentido se caminhará. É o que tem ancorado a atuação da Braskem nos últimos 4 anos, e resultou no desenvolvimento de uma metodologia, que traz dados técnico-científicos para a tomada de decisão”, afirmou Tomina.

Um exemplo é o recente desenvolvimento de embalagem stand up pouch com resina reciclada pós-consumo (PCR), em uma parceria entre Braskem, Antilhas, Gualapack e Terphane. Trata-se de uma nova alternativa para marcas que necessitam de soluções com barreira e que buscam incorporar o uso de PCR em suas embalagens não alimentícias. Como resultado, o SUP agregou 43,3% de conteúdo

pós-consumo (r-PE + r-PET), gerado a partir de resíduos coletados por meio da logística reversa de embalagens da Braskem e de aterros sanitários. www.braskem.com.br; www.antilhas.com.br; www.terphane.com; https://gualapack.com.br

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O futuro começa em nossas cabeças

LINHA ASSÉPTICA COMPLETA PARA GARRAFAS PET DA KRONES ESTÁ EM OPERAÇÃO NA VINÍCOLA PANIZZON

AKrones é a fornecedora da tecnologia de um projeto ponta a ponta de uma linha asséptica para a Vinícola Panizzon, com sede na cidade de Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul. Fundada em 1960, a Panizzon é hoje uma das maiores empresas do País no setor de bebidas, e produz de vinhos a sucos e chás.

A escolha da tecnologia de envase asséptico em garrafas PET da Krones vem de encontro às necessidades de um mercado em que há uma crescente busca dos

consumidores por bebidas mais saudáveis e sem a adição de conservantes. Esta solução ilustra mais um case de sucesso da Krones no Brasil, que instalou uma linha asséptica completa para a vinícola gaúcha e cuidou de todo o projeto.

A instalação desta nova linha teve início no começo de 2021; o start da produção ocorreu em dezembro do mesmo ano. “A palavra que define a parceria entre Krones e Panizzon é confiança. Saber que podemos contar com uma empresa que entende e atende às necessidades dos clientes do início ao

fim do processo de aquisição de uma linha é muito importante”, afirma Filipe Panizzon, responsável pela área de Marketing da Vinícola Panizzon.

Segundo Ayrton Irokawa, gerente comercial da Krones do Brasil, a oferta de soluções completas otimiza a instalação de uma linha produtiva, com mais segurança aos clientes. “A Krones tem o compromisso de entender a necessidade do cliente desde a ideia inicial de seu projeto, com desenvolvimento de embalagens e soluções customizadas de acordo com as deman-

#IndústriadeBebidas
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das do mercado, seja para tecnologias de processos em produção de bebidas e envase. Foi assim com a Panizzon, uma empresa de sucesso e que valoriza o investimento em alta tecnologia. É muito gratificante trabalhar com uma empresa familiar que está buscando aprimorar cada vez mais o seu negócio e fazer parte desta história”, destaca Ayrton Irokawa. “A Krones não é apenas uma fabricante de máquinas; é uma fornecedora de soluções integrais.”

O destaque da linha asséptica da Panizzon é a Contipure AseptBloc DA, um bloco que integra uma sopradora Contiform 3 Pro e uma enchedora asséptica Modulfill VFJ, com sistema de esterilização da preforma, assegurando que a assepsia seja mantida em todas as etapas da linha de produção. Um dos diferenciais do projeto foi o fornecimento do Flash Pasteurizador e Homogeneizador Krones. A linha também foi contemplada com o sistema DynaBloc, que consiste em uma rotuladora e uma embaladora, para a otimização de espaço no layout da planta da Panizzon.

A parceria firmada entre Krones e Panizzon também priorizou soluções sustentáveis, como a otimização do consumo de energia e ar no processo de sopro, seguindo critérios do enviro, o programa de Sustentabilidade da Krones. Nenhuma água é consumida durante todo o sistema de assepsia, já que a esterilização da preforma é feita por meio de peróxido de hidrogênio (H2O2) no estado gasoso. Isso aumenta a segurança microbiológica e reduz custos. A Contipure Asept BlocDA permite ainda o desenvolvimento de garrafas mais leves, com o uso da menor quantidade de resina PET possível, pois a esterilização das preformas não causa encolhimento.

A linha asséptica da Panizzon possui rendimento máximo de 18.400 garrafas por hora, operando com o volume de 300 ml, para diferentes produtos, como sucos e chás de diversos sabores, além de vinho em embalagem PET. “O setor de bebidas vem passando por uma crise de frascos de vidro, com a falta de oferta do vasilhame. Em 2019, iniciamos a busca por uma nova linha de envase na qual pudéssemos distribuir nossos produtos com qualidade sem ficarmos presos à embalagem de vidro. Foi aí que encontramos a Krones, que nos ofereceu uma linha de envase que atendeu às nossas expectativas de eficiência e qualidade de produto em embalagens PET. Estamos satisfeitos com os equipamentos fornecidos pela Krones”, ressalta Filipe Panizzon.

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Desenvolvimento de peças exclusivas e patenteadas diferenciam atuação da Cobrirel

ACobrirel completa 50 anos neste mês de maio. Ela começou como uma representação de brindes, daí o nome Cobrirel – Comércio de Brindes e Representações Ltda. Com o tempo ingressou no mercado de peças técnicas, e passou a fornecer itens para as indústrias de embalagens, automobilística, eletroeletrônica, telecomunicações, entre outras.

“Posteriormente, em 1982, depois de uma viagem para a Alemanha, trouxemos alguns produtos e resolvemos desenvolver uma linha própria de utilidades domésticas, além de continuar a prestar serviços de injeção de termoplásticos para terceiros”, conta Antonio Trevisan, diretor da empresa.

O grande salto se deu em 1989, quando a empresa entrou fortemente no mercado de utilidades domésticas, através do lançamento dos Organizadores Dobráveis. Com o sucesso desses produtos no mercado, a empresa decidiu investir fortemente em uma linha de produtos diferenciados, únicos e exclusivos, estudados e criados especialmente para facilitar o dia a dia dos consumidores.

Um ponto importante para o sucesso da empresa é a sua especialização na construção de moldes de alta precisão e injeção de termoplásticos de engenharia, permitindo o desenvolvimento de novos e exclusivos produtos através de modelamento e usinagem de

protótipos. Os moldes são fornecidos com os respectivos projetos em 3D e a empresa conta ainda com equipamentos de última geração, injetoras com capacidade de 60T a 450T, para a produção dos mais diversos itens plásticos injetados.

Isso resulta em uma linha de produtos com inúmeras patentes. Dentre eles, estão o Carrinho de Compras Prático, a Bella Bomba, a Bella Bica, os Potes Herméticos, a Mesa Super Prática, a Bomba para Refrigerantes, etc.

Segundo Trevisan, a pandemia trouxe diversos desafios para a empresa, decorrente do fechamento dos estabelecimentos comerciais no início de 2020, e em 2021, com a crise econômica, além da falta e alta nos preços das resinas plásticas.

“Entramos em 2022 com grandes esperanças de retomada, porém a guerra da Rússia com a Ucrânia nos deixa com um grande ponto de interrogação”, afirma.

O e-commerce da empresa veio ampliar a capilaridade dos produtos da Cobrirel para regiões de todo o Brasil, tanto para consumidores quanto para empresas de revenda.

“Estamos comemorando os 50 anos de empresa lutando para sobreviver a este período difícil. Com certeza, nosso maior patrimônio –nossos funcionários que nos acompanham há décadas são um dos principais motivadores para continuarmos na luta”, disse Trevisan.

https://cobrirel.com.br

#IndustriaPlástica
10 JUNHO 2022
Antonio Trevisan, Diretor da Cobrirel, empresa que completa 50 anos

A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES É O QUE NOS MOVE

A Globoplast produz bisnagas plásticas de máxima qualidade para os segmentos cosmético, farmacêutico e veterinário, químico e de alimentos, com grande variedade de acabamentos e diâmetros. Investimos em tecnologia para oferecer produtos que atendam às novas demandas do mercado em sua relação com o consumidor final, sempre com qualidade, competitividade e sustentabilidade.

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SUAS EMBALAGENS AJUDAM O NEGÓCIO DA SUA EMPRESA OU SÃO APENAS CUSTO? PARTE II

OU, QUAL O PAPEL DA EMBALAGEM NO NOVO CENÁRIO COMPETITIVO?

pergunta que precisamos fazer e que está no título deste artigo é: “A embalagem da sua empresa ajuda o negócio da sua empresa ou é apenas custo? Esta é a pergunta fundamental porque se a embalagem for usada unicamente para carregar ou entregar o produto, o único assunto que será tratado neste tema é seu preço.

Para mudar este quadro desanimador onde um recurso extremamente importante está deixando de ser utilizado num momento em que nada pode desperdiçado, foi desenvolvido o Conceito de “Inteligência de Embalagem” que propõe um conjunto de ações estruturadas para fazer com que as embalagens da empresa passem a ajudar efetivamente seu negócio.

Durante todas estas décadas em que atuamos no setor de embalagem, reunimos e acumulamos pessoalmente, em projetos que tive a oportunidade de participar, um grande acervo de cases de sucesso que ilustram perfeitamente como a embalagem impactou positivamente o desemprenho de empresas e produtos. Exemplos comprovados que formaram a base dos conteúdos apresentados nos quatro livros didáticos que publiquei a respeito.

São 5 os tópicos abordados nos treinamentos que venho realizando:

1 - DESIGN COMO FATOR COMPETITIVO

2 - UTILIZAÇÃO DA EMBALAGEM COMO

FERRAMENTA DE MKT

3 - USO DA EMBALAGEM COMO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO

4 - CONEXÃO DA EMBALAGEM COM A

WEB

5 - NOVAS POSSIBILIDADES DA EMBALAGEM NO E-COMMERCE

Cada um destes tópicos descreve o conceito e as ações que podem ser

desenvolvidos para fazer com que a embalagem ofereça sua efetiva contribuição ao negócio. A soma das pequenas ações que são efetivadas em cada tópico, gera um grande volume de inputs positivos que no conjunto levam o sistema de embalagens da empresa a um novo patamar de contribuição ao negócio.

O QUE É INTELIGÊNCIA DE EMBALAGEM?

A EMBALAGEM É UMA FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE COMPETITIVIDADE

QUE A EMPRESA PRECISA UTILIZAR DE FORMA INTELIGENTE PARA APROVEITAR AO MÁXIMO

O POTENCIAL DE CONTRIBUIÇÃO QUE

ELA PODE OFERECER

AO SEU NEGÓCIO

1 - DESIGN! Sabemos que o consumidor não separa a embalagem de seu conteúdo; para ele, os dois constituem uma única entidade indivisível. Sabemos também, com base nessa extensa pesquisa realizada pelo Comitê de Assuntos Estratégicos da ABRE, que o consumidor considera a embalagem um item de avaliação e referência cada vez mais relevante

no processo de escolha dos produtos e que ele percebe o bom design como um “VALOR” que se incorpora ao produto.

Um convênio realizado por esta mesma entidade com o SEBRAE, para a realização de projetos de Design para as pequenas empresas, deixou como resultado incontestável 500 projetos “auditados” nos quais o aumento médio nas vendas com a adoção do novo design foi em média de 101,9%. Portanto, não resta dúvida que o bom design de embalagem participa e interfere positivamente no desempenho do produto.

Mas o ponto fundamental que desejo ressaltar neste tópico é que o contrário também é verdadeiro. Se o design é ruim ou inferior ao design das embalagens de seus concorrentes, o produto está em patente desvantagem e acabará prejudicado na competição, principalmente porque é através do design que o consumidor avalia e atribui valor aos produtos apresentados ao seu escrutínio.

Portanto, aqui caberá sempre a seguinte pergunta: “A embalagem do meu produto é MELHOR, PIOR ou IGUAL à embalagem de seus concorrentes?”

DESIGN – A embalagem do produto não pode, em hipótese alguma ser inferior às embalagens de seus concorrentes!!!!

Este artigo continua na próxima edição.

fabio@mestriner.com.br

A
EMBALAGEM NO MARKETING 12 JUNHO 2022

À

frente da Abigraf Nacional - a associação que reúne as indústrias gráficas brasileiras, há um ano, Sidney Anversa Victor é empresário, presidente da Congraf, indústria gráfica dedicada à produção de embalagens de papelcartão, e tem uma longa jornada como líder empresarial do setor gráfico, anteriormente como presidente da Abigraf São Paulo, por cinco anos e, antes disso ainda, durante três anos como diretor responsável pelo Grupo Embalagens da Abigraf São Paulo.

Em sua gestão na Abigraf São Paulo, foi criado o Prêmio Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metler, atualmente em sua terceira edição, cuja cerimônia de premiação será realizada este ano no dia 24 de junho.

Este ano a Abigraf Nacional também assume o Prêmio Fernando Pini, premiação de abrangência nacional, no lugar da ABTG. “Essa é uma boa hora para juntar o Brasil inteiro; é uma necessidade depois dessa pandemia, temos que nos conhecer de novo e ouvir mais de perto o que cada regional tem a dizer.

IMPRESSÃO QUE FICA

Vamos fazer uma bela reunião executiva, levar todo mundo para essa festa, premiar os trabalhos e as pessoas, vamos comemorar e mostrar que estamos firmes, estamos resistindo”, disse o presidente da Abigraf Nacional, em entrevista à EMBANEWS

EMBANEWS: Qual a sua avaliação sobre o desempenho do mercado de embalagens impressas em 2021 e as perspectivas para 2022?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Em 2021, passamos por aquela pandemia forte e imaginávamos que o ano seria muito difícil, muitos tiveram que parar, dar férias ao pessoal, mas de repente houve uma viravolta no mercado e todas as empresas começaram a correr atrás de embalagem; ninguém esperava por isso. Tivemos um segundo semestre muito bom, ficamos muito felizes. Quando entramos em 2022, com aquele entusiasmo e com aquela vontade de trabalhar, houve uma queda que também nos surpreendeu. Começou-se uma corrida atrás dos negócios, diminuição de margem e dificuldades reais.

16 ENTREVISTA JUNHO 2022
UM RECORTE DA INDÚSTRIA GRÁFICA DE EMBALAGEM NA VISÃO DE SEU LÍDER EMPRESARIAL

Em cima disso, começa uma guerra, volta a pandemia, ainda que mais branda, sem que tivéssemos conseguido ultrapassar ainda as dificuldades do início do ano. Então, de repente, todo mundo correu para comprar embalagem, mas dessa vez em um contexto diferente, porque falta matéria-prima. E não dá para importar porque não tem contêiner e o frete marítimo está muito caro. E, mesmo nos países fornecedores de celulose, está difícil a situação, pois muitas fábricas pararam por falta de matéria-prima. O que posso dizer é que exatamente neste momento, parece que os pedidos estão voltando e a dificuldade hoje é conseguir matéria-prima para atender os clientes, mas já dá um ânimo, vemos que as coisas podem melhorar...

EMBANEWS: Qual a causa da falta de papelcartão?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Primeiro a demanda aumentou, e a oferta diminuiu. O fato é que os fabricantes estão dando cotas para cada gráfica. São poucos os fabricantes de papelcartão e a diferença de tamanho entre eles é enorme. As maiores, Suzano e Klabin, produzem a celulose, que está pegando preço no mundo, ou seja, é regida pela demanda e oferta globais. E está faltando a bendita celulose. É difícil saber como vai se comportar esse mercado. Tampouco é viável importar papelcartão com o preço dos fretes e falta de contêiners. E isso também vale para a exportação de papelcartão. O que é fabricado está sendo negociado aqui dentro do Brasil por cotas.

EMBANEWS: E como as gráficas estão lidando com essa situação?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: As empresas que têm, utilizam o seu estoque, e vão se adaptando. Troca-se a gramatura, o tipo do cartão, e vai trabalhando com o que tem.

Todas as gráficas do Brasil começaram a sentir a falta de material. Aquelas que estão em São Paulo ainda têm um pouco mais de facilidade e têm a quem recorrer. As empresas de regiões distantes começaram a passar por uma falta preocupante. Não havia material para trabalharem e atenderem seus clientes. Por outro lado, o preço do cartão começou a subir de tal forma que também inviabilizava as empresas gráficas a manterem seus contratos. Como pagar 30% sobre o preço anterior do cartão, e fornecê-lo com o preço contratado anteriormente?

Não é possível. Vou à empresa e digo: o cartão recebeu um aumento de 30%, então vou ter que dar um aumento de 25%. O cliente não aceita, porque ele também não tem como repassar esse valor porque o supermercado compra por um preço já acertado.

É muito complicado. O que estamos fazendo, como Abigraf, é recorrer a todos os fabricantes, tentando melhorar as condições de fornecimento para os associados. Isso aconteceu principalmente nesse começo mais forte da escalada da inflação. Os mais jovens não sabem o que é inflação. Inflação é doença que acaba com a economia. Quem viveu no tempo do Sarney sabe. O pior é que a inflação está se tornando um problema mundial. Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha estão com taxas beirando os 10%.

EMBANEWS: Como vê as tendências da indústria gráfica em relação à tecnologia?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Algumas gráficas perceberam e entenderam que é preciso se atualizar, e a tendência caminha em direção aos equipamentos digitalizados e conectados. Porque, hoje, as margens das gráficas são muito pequenas e os requisitos dos clientes na negociação de compra mudaram bastante. Os gráficos têm uma responsabilidade total pelo produto colocado na prateleira, seja em relação à qualidade, toxicidade, etc. Por isso, cada vez mais, é necessária uma tecnologia capaz de gerir todos esses fatores de forma a evitar erros e desperdícios, além de garantir maior produtividade.

EMBANEWS: Quais são os principais requisitos das marcas para a indústria gráfica?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Vou dar o exemplo da Congraf. As exigências vão da qualidade ao preço, que tem que se enquadrar dentro do preço do mercado e que o cliente tenha condições de pagar. Além disso, é preciso negociar com o cliente o número de parcelas em que o pedido deve ser entregue para que ele não fique com um estoque imenso porque isso é dinheiro que sai do caixa e ninguém pode perder. Temos que planejar para fazer entregas parceladas para que ele não tenha problema de caixa, problema de falta de embalagem e que o produto esteja perfeito. Pois, se na hora que a embalagem for utilizada, detectar-se um defeito, ele tem que parar a produção e deixar o mercado desabastecido. É uma grande responsabilidade. Nós participamos de todo o processo de desenvolvimento, só não nos envolvemos no design, porém desenvolvemos toda a estrutura da embalagem, que é responsável pela proteção do produto, por encantar o cliente, pelas corretas dimensões para o transporte e para as gôndolas. Hoje o cliente tem condições de ver a embalagem real através de mockups impressos que reproduzem com fidelidade os detalhes, até mesmo os efeitos de impressão, tudo muito ágil e fácil.

17 JUNHO 2022

EMBANEWS: O e-commerce chegou a impulsionar a indústria gráfica?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Sem dúvida. A pandemia foi um trator para fazer deslanchar o e-commerce. Ninguém saía mais de casa, tudo se resolvia por celular. E por esse tempo muitos gráficos entraram nesse formato de venda. Os grandes magazines e supermercados também, e tiveram que ser atendidos por gráficas. Sem contar que em meio a esse boom, as caixas de entrega também carregaram as nossas caixas impressas com os seus produtos, o que ajudou a alavancar o mercado num período mais crítico. Esse movimento deve continuar certamente, pois todos têm um celular, e ele serve para tudo, de uma compra, à entrevista, namorar, consultar o câmbio, as notícias, se entreter. É uma ferramenta de uma tamanha praticidade, que dificilmente depois de criado o hábito, vai deixar de ser usado.

EMBANEWS: Sustentabilidade e logística reversa. Como essas questões estão orientando as estratégias da indústria gráfica?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Essa questão é extremamente importante porque vivemos todos no mesmo mundo. A indústria gráfica tem como substrato o papel e o papelcartão, materiais com alto índice de reciclagem e que são biodegradáveis, ou seja, se deixados em meio ambiente eles se decompõem sem deixar resíduos. Isso já é uma grande vantagem em relação aos demais materiais. Nós, gráficos, temos que resolver a destinação de

nosso próprio resíduo, as nossas aparas, aquilo que sobra. Todos os fabricantes de cartão hoje trabalham com a logística reversa das gráficas, para retornar os resíduos ao ciclo produtivo e se tornar novamente massa para o papel e papelcartão. Mas a questão se torna mais complexa com a responsabilidade sobre o resíduo pós-consumo. Um exemplo: o produto é fabricado em São Paulo, que fica com o resultado das vendas, pois os impostos são pagos aqui. A cidade progride porque arrecada os impostos. As outras cidades, no entanto, nem fabricaram nem ficaram com a receita dos impostos, mas têm que tratar o lixo de quem ganhou o dinheiro aqui. São questões que se colocam e acho que, para que funcione e seja justa, precisarão ser muito bem feitas para colocar ordem na casa.

EMBANEWS: Quais são seus desafios e realizações à frente da Abigraf hoje?

SIDNEY ANVERSA VICTOR: Primeiro, eu quero ressaltar que a Abigraf se define pela seriedade, fidelidade, amizade, dedicação com que as Abigrafs regionais, por todo esse Brasil, trabalham, com a única segurança de que cada uma delas esteja fazendo a sua parte, utilizando os mecanismos da Abigraf e dando justificativa de tudo que é feito. É realmente impressionante a organização e a confiança que existe entre todos esses presidentes de Abigrafs em todos estes Estados.

Mesmo conhecendo vários desses presidentes, muitos saíram, e foram sucedidos por novas lideranças, e eu realmente me surpreendi com a variedade de sotaques, ideias e fórmulas políticas totalmente diferentes. Então você tem que juntar tudo, e definir uma direção comum. É realmente uma grande experiência.

Atualmente o maior problema da Abigraf Nacional é resolver a falta de papel e cartão e atuar para que a distribuição atinja as regiões distantes, de forma mais equânime.

E além do Prêmio Fernando Pini, que retomamos este ano, e com o qual queremos voltar a reunir as Abigrafs de todo o Brasil, estamos preparando um anuário e fazendo um censo nacional, para conhecer melhor e atualizar os dados do setor, pois já não sabemos mais quantas gráficas o Brasil tem. O mercado digital foi muito violento e modificou a comunicação, a forma de publicidade e o jeito de se fazer as coisas, e é preciso conhecê-los. Temos um grande trabalho pela frente.

www.abigraf.org.br

18 ENTREVISTA JUNHO 2022

A 3ª EDIÇÃO DO PRÊMIO PAULISTA DE EXCELÊNCIA GRÁFICA LUIZ METZLER,

CHEGOU PARA MAIS UMA

VEZ MOSTRAR O PODER

DO IMPRESSO.

A edição 2022 está repleta de novidades.

A coordenação técnica passa a ser realizada pela Escola Senai Theobaldo De Nigris, e a cerimônia de premiação acontece no dia 24 de junho, Dia da Indústria Gráfica.

OS CONVITES ESTÃO DISPONÍVEIS EM: WWW.PREMIOPAULISTA.COM.BR

TERMOSSOLDAGEM

UM PANORAMA DA RESISTÊNCIA DA ABERTURA DE EMBALAGENS ON THE GO

Atermossoldagem é um processo que permite, pela ação combinada de calor e pressão durante um determinado tempo, a fusão de camadas termoplásticas de um material, promovendo o fechamento de uma embalagem plástica flexível. Características do material, como a espessura e a natureza química dos materiais presentes nas camadas selantes, e os parâmetros de processo podem gerar um fechamento com maior ou menor facilidade de abertura, classificado como não destacável – que exige o rasgamento do material para a abertura da embalagem – ou destacável. Entre os processos de termossoldagem empregados no fechamento de embalagens plásticas flexíveis destacam-se os sistemas de barras aquecidas, indução, impulso elétrico e ultrassom. Ajustes de parâmetros/características de selagem como o perfil dos mordentes e a combinação das condições de pressão, tempo e temperatura de solda também contribuem para produzir termossoldagens com níveis de resistência maiores ou menores.

A definição do nível de resistência da termossoldagem de um produto deve levar em conta as características do produto, do padrão de consumo e seu público-alvo. Nem sempre altos valores de resistência à abertura são desejáveis e/

ou adequados para uma determinada aplicação. Por exemplo, devido à periculosidade do produto acondicionado e à segurança do consumidor, uma embalagem para um produto de limpeza concentrado provavelmente deverá apresentar um nível de resistência da termossoldagem à tração muito superior ao de uma embalagem de um snack ou uma barra de cereal na qual, inclusive, é desejável uma fácil abertura, uma vez que se trata de uma embalagem on the go, ou seja, que permite maior conveniência e o consumo do produto em qualquer lugar, como no escritório, no trânsito, em movimento etc.

Neste cenário, é de extrema importância que a resistência da termossoldagem à tração seja um parâmetro a ser pensado criteriosamente no desenvolvimento da embalagem, pois no caso de uma má experiência ao se manipular uma embalagem, o consumidor pode ser direcionado a experimentar outras opções disponíveis do mercado, o que pode levar a troca de um produto por outra opção que lhe traga uma experiência melhor de consumo.

Quando a embalagem é projetada para que sua abertura seja realizada por outro meio que não a termossoldagem, como através da propagação do rasgo de um picote, a informação da forma correta de abertura deve ser facilmente visua-

lizável pelo consumidor. Dessa forma, a abertura incorreta da embalagem pode ser evitada, sem que seja gerada frustação na manipulação da embalagem pelo consumidor.

O Cetea/Ital realizou um estudo para levantamento da resistência da termossoldagem à tração de diversos tipos de produtos acondicionados em embalagens em que se espera fácil abertura, tendo em vista, dentre diversos fatores, o tamanho da embalagem e padrão de consumo esperado para o produto. Nem todas as embalagens avaliadas apresentaram abertura da solda, que é caracterizada por falhas do tipo coesivas e/ou adesivas da camada selante.

Nesses casos, não foi possível determinar a resistência à abertura da embalagem e determinou-se a máxima resistência para a ocorrência de falhas do material. Com base no levantamento realizado, foi possível verificar que em algumas classes de produtos há maior homogeneidade da força necessária para a abertura da embalagem do que em outras. Os resultados detalhados do trabalho foram publicados no Informativo Cetea, volume 34 n° 1 de 2022 e podem ser acessados na íntegra pelo QR-Code:

FÁBIO GOMES TEIXEIRA

Pesquisador do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

PESQUISA 20 JUNHO 2022

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K 2022 EM DISCUSSÃO: PROTEÇÃO DO CLIMA, ECONOMIA CIRCULAR E DIGITALIZAÇÃO

Desde2001

A feira K’2022, que acontece de 19 a 26 de outubro, em Düsseldorf, na Alemanha, e que completa 70 anos, reunirá expositores de todo o mundo, para demonstrar a excelência operacional da indústria e traçar ativamente o rumo do futuro junto com os visitantes. E este futuro aponta claramente para a proteção do clima, economia circular e digitalização – estes são também os três temas orientadores da K 2022.

Os cerca de 3.000 expositores de 61 países ocuparão o Centro de Exposições de Düsseldorf em sua totalidade. A base de dados de expositores de K 2022 está acessível em www.k-online.com/2410

Os ingressos para a K 2022 já estão disponíveis em www.k-online.com. O eTicket pode ser impresso ou digitalizado diretamente no visor do seu smartphone na entrada da feira – dando-lhe acesso direto aos corredores sem muita espera. Os bilhetes diários custam 55 euros, enquanto os bilhetes de três dias custam 120 euros. Alunos e estudantes pagam 15 euros por um bilhete diário.

Av. Cachoeira, 1059 Vila Industrial Barueri/SP - 06413-000

Fone: (11) 4161-8610

WhatsApp: 11 93920-4747

embaclass@embaclass.com.br www.embaclass.com.br

** Sopro e Injeção de plásticos.

** Linha Standard de Embalagens Plásticas: Frascos, Potes, Tampas, Bisnagas

** Desenvolvimento de Projetos e Moldes Exclusivos

** Mercados de atuação: Cosmético / Automotivo / Veterinário / Farmacêutico / Alimentício / Químico

23 SID - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DIRIGIDA JUNHO 2022
Maschinen und Ausrüstung für die Kunststoff- und Kautschukindustrie Machinery and equipment for the plastics and rubber industry Machines et équipements pour l’industrie du plastique et du caoutchouc Macchinari e impianti per l’industria delle materie plastiche e della gomma Rohstoffe und Hilfsstoffe Raw materials, auxiliaries Matières premières et auxiliaires Materie prime e ausiliarie Halbzeuge, technische Teile, verstärkte Kunststofferzeugnisse Semi-finished products, technical parts and reinforced plastics Produits semi-finis, pièces techniques et produits en plastique renforcé Semilavorati, parti tecniche, prodotti in plastica rinforzata Sonderschau Special show Exposition spéciale Mostra speciale “PLASTICS SHAPE THE FUTURE” ScienceCampus Circular Economy Forum The World‘s No.1 Trade Fair for Plastics and Rubber 26 OCTOBER Düsseldorf, Germany 2022 Düsseld GmbH Te 49 211 4560-01 Fax 49 211 4560-668 www.messe-duesseldorf.de

Realização

Apoiadores

Inovação Sustentabilidade Versatilidade
Patrocínio

Agregando valor às melhores marcas, a Engepack se destaca pelo pioneirismo, tecnologia e capacidade de inovação no mercado de embalagens PET.

DRINKTEC

A CADEIA DE VALOR DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS E ALIMENTOS LÍQUIDOS

De 12 a 16 de setembro de 2022, Munique, na Alemanha, será o ponto de encontro da cadeia de valor na produção de bebidas e alimentos líquidos.

Em estreita cooperação com o conselho consultivo e o VDMA, o suporte profissional da drinktec, foram identificados quatro tópicos principais que moldarão a indústria nos próximos anos – inclusive em termos de decisões de investimento: Produção e Embalagem Sustentáveis, Cenário do consumidor e design de produto, Água e Gestão da Água, e Soluções Digitais e Transformação Digital.

Com esses tópicos principais, os organizadores da drinktec criaram uma estrutura que será totalmente incorporada aos portfólios dos expositores individuais e ao programa de apoio.

Em 2017, ano da última edição, 1.749 expositores e mais de 76.000 visitantes de todo o mundo participaram da drinktec. A representação internacional na feira cresceu, com 66% dos visitantes e 71% dos expositores vindos do exterior. Um total de 84% dos visitantes eram tomadores de decisão em suas respectivas empresas.

https://drinktec.com

25 SID - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DIRIGIDA JUNHO 2022
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AS AVANÇADAS EMBALAGENS JAPONESAS

CONVENIENTES, PRÁTICAS, TRANSPARENTES E COM INSTRUÇÕES

Japão tem um povo consumidor muito exigente. O país tem uma elevada taxa de urbanização, com mais de 67% da população morando nas cidades. O território japonês tem poucas áreas para plantar, por isso o povo precisa muito mais de embalagens para seus alimentos, uma vez que boa parte deles vem de longe, além da necessidade de boas barreiras para estender o shelf-life. Os japoneses preferem ou precisam de refeições “prontas”, pois têm pouco espaço para prepará-las.

O arroz já vem numa bandeja e fica pronto em dois minutos no micro-ondas. A tampa transparente permite visualizar o produto. O karê é apresentado em um cartucho que se transforma num suporte para apoiar a embalagem flexível que também vai direto ao forno micro-ondas. Nas duas embalagens, as orientações são dadas por

ícones que transcendem idiomas.

A compota de frutas da Hagoromo ganhou uma embalagem stand-up pouch com uma bela janela que abre o apetite. Os palitos doces Pocky com cobertura de morango podem ser observados sem a necessidade de abrir as embalagens. A embalagem das balas de goma da Kanro tem uma janela em formato de coração como o produto. A qualidade de impressão das uvas com orvalho bem como dos textos brancos em hiragana é impressionante.

As embalagens de Pet Food apresentam as vísceras de forma impactante, processadas a vácuo e com transparência frente e verso em registro.

O feijão já cozido pode ser identificado rapidamente e as receitas, acessadas pelo QRCode estampado no painel frontal da embalagem.

A água Aquarius com sais mine-

rais para repor a energia dos atletas das Olimpíadas de 2020 (que aconteceram em 2021) vem numa embalagem flexível para facilitar o retorno, pois após ser ingerida, pode ser dobrada e ficar no bolso! Por fim, as japonesas usam máscaras que são embaladas em embalagens metalizadas com zíper, já que cada uma tem sete máscaras, assim ficam belas sem consumir tantos recursos do meio ambiente.

Embalagem melhor Mundo melhor!

ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO

Diretora da FuturePack

Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens

atendimento@institutode embalagens.com.br

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FRONTEIRAS JUNHO 2022 26
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