ANO 31 | EDIÇÃO 388 | JULHO 2022
UM CAMINHO SEM VOLTA A DEMANDA PELA CIRCULARIDADE DAS EMBALAGENS ESTÁ CRIANDO NOVAS OPORTUNIDADES PARA A CADEIA DE FLEXÍVEIS, POR ROGÉRIO MANI P.16
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#DesignDeEmbalagem
Embalagem Interativa
COMPETITIVIDADE
INSPIRAÇÃO NAS ARTES PLÁSTICAS
QUER DOMINAR O METAVERSO?
O VALOR DO ERRO
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SUMÁRIO
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ENTREVISTA O DESEMPENHO DO SETOR DE EMBALAGENS PLÁSTICAS FLEXÍVEIS, OS PREÇOS DAS MATÉRIAS-PRIMAS, AS DEMANDAS PELA CIRCULARIDADE DOS MATERIAIS, SEGUNDO ROGÉRIO MANI, PRESIDENTE DE ABIEF
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#DesignDeEmbalagem #DesignParaCircularidade #Varejo EMBALAGEM NO MARKETING PESQUISA EMBALAGEM INTERATIVA COMPETITIVIDADE
FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006) Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com; redacao@embanews.com Publicidade: comercial@embanews.com Assinaturas: assinatura@embanews.com Colunistas desta edição: Antonio Cabral, Daniela Menegueli, Fabio Mestriner, Henry Assef Projeto Gráfico: FlyJabuti Design Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal
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A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.
As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS. © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação impresso, digital ou outros meios sem prévia autorização. Telefone: (11) 3060-8817 / WhatsApp 11+94721-4102 site: embanews.com e-mail: embanews@embanews.com linkedin.com/company/embanews instagram.com/revista_embanews facebook.com/Embanews
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INSPIRAÇÃO NAS ARTES PLÁSTICAS
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Miroh Chocolate Makers de Gramado (RS), é uma marca que segue o processo B2Bar (Bean to Bar), já disseminado nos EUA e em alguns países da Europa –, que prima pela qualidade de ponta a ponta no processo de produção do chocolate, da escolha da amêndoa até o produto final. O processo permite extrair o máximo de sabor e personalidade dos cacaus de diferentes regiões, valorizando todas as etapas
e processos da cadeia produtiva, incluindo a etapa de produção de cacau, suas técnicas e relações de trabalho. “Temos a preocupação em conhecer todas as pontas do processo. E isso também é um dos diferenciais que a Miroh oferece agregado ao seu produto. Não se trata apenas de alta qualidade, mas também de responsabilidade social”, afirma o chocolatier Ricardo Campos, que junto com a esposa Ariane Raudenberg e a
família Ziegler lideram a Miroh! “Nossos produtos são artesanais, autorais e únicos”, confirma ele. Confira o vídeo que mostra todo o processo bean to bar da Miroh no link https://youtu.be/UZDaRn9E_uY
EMBALAGEM REVELA A EXCLUSIVIDADE E OS DIFERENCIAIS DO PROCESSO As embalagens foram desenvolvidas pelo Estúdio Siamo e envolveu naming e identidade visual da marca. Inspirado nas artes plásticas, Miroh! Chocolate Makers teve como objetivo comunicar a exclusividade e os diferenciais do processo bean to bar dessa chocolataria artesanal. Para o processo de naming deste projeto, foram consideradas entre as premissas a facilidade de pronúncia dentro e fora do Brasil e a diferenciação do mercado. A formação do Chef Ricardo Campos, que fez uma de suas especializações em Barcelona,
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e a conexão com seu processo criativo, que equilibra modernidade e espírito lúdico, fez surgir o vínculo com o artista surrealista Joan Miró. “Fizemos a junção de Miró com a interjeição “Oh!” para unir o mundo do artista espanhol e o fator surpresa de quando nos deliciamos com um delicioso chocolate”, contam os profissionais da Estúdio Siamo envolvidos no projeto . “O que o chocolate bean to bar e as artes plásticas têm em comum? Ambos surgem de um processo que envolve muita atenção e criatividade. Foi por isso que apostamos nesta conexão que existe no processo criativo entre a arte e a chocolataria para a comunicação de Miroh! Chocolate Makers.” Foi incorporado à marca um elemento comum das obras de Joan Miró: o olho. Ele remete ao cacau e representa também a visão do chef Ricardo Campos sobre o processo bean to bar. “Criamos uma identidade visual flexível e artística, para reunir diferentes estilos e proporcionar mais fluidez, diversão e energia na comunicação. Os selos e a comunicação interna podem ser criados através do banco de formas. Elas foram abstraídas de diferentes obras de Miró como opções para compor a identidade visual.” Ficha técnica Estúdio Siamo Planejamento: Pedro Cizoto Direção de Arte: Ana Paula Megda Design: Rafael Busmayer e Fabiana Martins Ilustração: Fabiana Martins
132 x 200 mm, Sustainability F, CC-pt91-AZ001 11/21
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#DesignParaCircularidade
COLABORAÇÃO VISA EMBALAGENS DE CONTEÚDO RECICLADO DE ALTO VALOR
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m sua primeira e exclusiva colaboração na indústria de Personal Care, as empresas Clariant, Siegwerk, Borealis e Beiersdorf estão unindo suas expertises para enfrentar o desafio de criar embalagens recicláveis, baseadas totalmente em resíduos de embalagens plásticas recuperadas, para uso em aplicações cosméticas. A iniciativa pioneira, chamada “Design4Circularity”, está fornecendo inovações e insights para diferentes aspectos do design, a fim de incentivar outras empresas a seguirem os princípios do design para circularidade. A colaboração intersetorial favorece desenvolver uma embalagem verdadeiramente circular, ao incorporar a concepção de ciclo de vida completo em cada etapa do processo, criando um novo padrão para a indústria. A missão era projetar uma solução de embalagem que gerasse um fluxo de entrada de resíduos mais limpo e que retornasse ao ciclo, em aplicações de alto valor. Também deveria permitir a criação de materiais de alta qualidade visual, utilizando formas diferenciadas, com as quais os consumidores associam as embalagens e marcas de cosméticos. Para satisfazer esses três quesitos, a inovação se concentrou em um frasco de poliolefina incolor com 100% de conteúdo PCR, inteiramente envolvido por uma manga termorretrátil, impressa com tinta removível. Todos os materiais são totalmente recicláveis do ponto de vista técnico, podendo ser recuperados e usados para a mesma aplicação de alto valor.
DESENVOLVIDA PARA SER RECICLADA INÚMERAS VEZES Os parâmetros críticos do projeto incluíram a composição dos polímeros e aditivos, a seleção de material para o frasco e a manga termorretrátil, a triagem e remoção de tinta do material, a reciclabilidade e qualidade do PCR. Para dar uma segunda vida aos resíduos da embalagem, o material precisa manter seu mais alto valor ao longo de vários ciclos de vida. Aqui, a Borealis trouxe sua expertise em tecnologia de reciclagem mecânica avançada e transformacional, oferecendo PCR de alta qualidade com base na tecnologia proprietária Borcycle™ M. Além disso, a Clariant trouxe a expertise em design para soluções de aditivos de reciclagem, a fim de garantir uma aditivação específica para proteger a qualidade do PCR e evitar a quebra da cadeia polimérica em cada etapa de reciclagem. Isso resultou em um material PCR adequado e de alto valor, para atender repetidamente os critérios de alta qualidade das embalagens de consumo em Personal Care. A solução circular se concentra ainda em uma opção de frasco incolor, para aumentar a qualidade do PCR após a reciclagem. Para diferenciar a embalagem, apesar de usar um 8
frasco incolor, os parceiros decidiram por envelopá-lo integralmente com uma manga termorretrátil – a maneira ideal de permitir o design exclusivo de marcas individuais. Siegwerk, líder no segmento de tintas, conseguiu fornecer sistemas de tintas que, em colaboração com a Beiersdorf e um fabricante de filme termorretrátil, permitiram criar uma manga termorretrátil integral, colorida e atraente. Além disso, a nova composição de tinta escolhida foi projetada para permitir sua remoção dentro de um processo de reciclagem, aumentando a circularidade da embalagem. A combinação frasco/manga termorretrátil foi projetada para permitir essa remoção em uma planta de recuperação de materiais. Os primeiros testes de triagem com a atual infraestrutura de reciclagem comprovaram a capacidade de classificação do frasco de PEAD totalmente envelopado, alcançando uma alta recuperação do material do frasco. Além disso, a equipe de projeto realizou testes com garrafas PET transparentes com mangas integrais e obteve resultados semelhantes. São necessários mais avanços na tecnologia de triagem/separação para atingir o objetivo final da economia circular de dar às garrafas incolores uma segunda vida em aplicações incolores, mantendo seu mais alto valor. Tecnologias como marca d’água digital ou inteligência artificial podem ajudar a atingir esses objetivos de sustentabilidade. www.clariant.com; www.borealiseverminds.com; www.siegwerk.com; www.beiersdorf.com
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#Varejo
INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA DE CARNES SUÍNAS
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Pamplona Alimentos, empresa especializada no segmento de carne suína, com mais de 74 anos no mercado, apresentou durante a APAS show o principal foco da companhia: mostrar seu portfólio com um conceito mais prático, voltado para famílias menores e até mesmo para público single. Para isso, aposta em embalagens compactas e com menor desembolso. Entre as novidades estão: linguiça calabresa fatiada de 125g e a carne moída suína de 500g. A empresa que conta com uma ampla gama de produtos, está lançando sua linha de Linguiças frescas em novas embalagens e diversas gramaturas, para os itens congelados e resfriados. Entre as opções, estão Toscana, Churrasco e Pernil. Ainda nesse segmento, a fabricante apresenta a linguiça de pernil
fininha premium. O portfólio conta ainda com o Pepperoni fatiado 100g e uma linha de temperados suínos com novo formato, disponível em três cortes: Panceta, Contra filé e Filé Mignon.
Emerson Ogata (gerente de marketing), Cleiton Pamplona (diretor comercial) e Daniela Araújo (analista de marketing) no stand da Pamplona Alimentos na APAS Show 2022.
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A Pamplona também está apresentando a nova identidade visual de sua marca, que agora conta com um design em tons de azul mais claro para as linhas regulares. Já as embalagens dos produtos premium, como salames, copas e bacon fatiado, seguem um layout em azul mais escuro, fazendo contraste com o dourado. A combinação imprime sofisticação às novas embalagens. Em todas as versões, a fabricante aumentou a área de transparência frontal nas embalagens, permitindo ao consumidor uma melhor visualização do produto na hora da compra. A Pamplona anunciou investimentos na produção de linguiças frescas, com a perspectiva de dobrar a capacidade fabril da linha. “O foco é ampliar a distribuição para novos estados, além de fortalecer a marca nos estados em que ela já atua”, disse Irani Pamplona Peters, Diretora Presidente da Pamplona Alimentos S.A.
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EMBALAGEM NO MARKETING
SUAS EMBALAGENS AJUDAM O NEGÓCIO DA SUA EMPRESA OU SÃO APENAS CUSTO? PARTE III OU, QUAL O PAPEL DA EMBALAGEM NO NOVO CENÁRIO COMPETITIVO?
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pergunta que precisamos fazer e que está no título deste artigo é: “A embalagem da sua empresa ajuda o negócio da sua empresa ou é apenas custo?” Esta é a pergunta fundamental porque se a embalagem for usada unicamente para carregar ou entregar o produto, o único assunto que será tratado neste tema é seu preço. Para mudar este quadro desanimador onde um recurso extremamente importante está deixando de ser utilizado num momento em que nada pode ser desperdiçado, foi desenvolvido o Conceito de “Inteligência de Embalagem” que propõe um conjunto de ações estruturadas para fazer com que as embalagens da empresa passem a ajudar efetivamente seu negócio. Neste capítulo, vamos abordar:
2- A UTILIZAÇÃO DA EMBALAGEM COMO FERRAMENTA DE MARKETING A embalagem é uma poderosa ferramenta de marketing que a empresa possui dentro de casa cujo custo já este embutido no custo final do produto e, portanto, ela deve ser utilizada em todo o seu potencial. Minha recomendação: o ideal é que existam apenas embalagens nas quais alguma ação de marketing, mesmo as mais singelas, estejam acontecendo. Não se pode mais absorver o custo da embalagem e enviá-la ao mercado apenas cumprindo suas funções básicas. É necessário que elas acrescentem a estas funções pelo menos alguma ação básica como algumas destas a seguir: 12
1- Apresentar e divulgar outros produtos da empresa ou outros sabores e versões do produto 2- Convidar o consumidor para conhecer mais sobre a empresa e seus produtos visitando seu site 3- Oferecer ao consumidor algo mais... Mais produtos (10% mais produtos...), pequenos brindes sem sorteio, algo que o consumidor faça download, etc...
“O IDEAL É QUE EXISTAM APENAS EMBALAGENS NAS QUAIS ALGUMA AÇÃO DE MARKETING, MESMO AS MAIS SINGELAS, ESTEJAM ACONTECENDO” 4- Acrescentar o QR Code conduzindo-o para alguma informação relevante que a empresa deseja transmitir 5- Apresentar alguma promoção 6- Fazer Kit`s com o produto ou produtos da empresa reunidos 7- Fazer edições extras, edições limitadas, comemorativas...
8- Participar com suas embalagens do calendário promocional, com a maior série de eventos comerciais do ano, como Dia das Mães, Natal, Dia dos Namorados, Páscoa, Copa do Mundo, Olimpíadas, Dia da Criança, dos Pais... Para participar destes que são os maiores eventos de vendas que acontecem ao longo do ano, a empresa precisa elaborar junto com seus fornecedores um “Cronograma Reverso”, sem o qual estas datas importantes serão perdidas. Finalmente, vale lembrar que a embalagem é o representante da marca junto aos consumidores, é ela que está presente no momento mágico em que o consumidor vive a experiência com o produto, portanto, é o principal contato que uma empresa pode ter com aquele que é em última instância o responsável pelo sucesso ou fracasso de suas vendas. A empresa pode fazer marketing em suas embalagens ou deixar que outros o façam. Sem dúvida é inteligente utilizar da melhor forma possível todo o potencial de contribuição que ela pode oferecer ao negócio. Este artigo continua na próxima edição.
FABIO MESTRINER Designer, Professor e Escritor Professor Coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM fabio@mestriner.com.br
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PESQUISA
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA NORMA ASTM F1980, DE DEZEMBRO/2021 SOBRE A ESTERILIDADE DE DISPOSITIVOS MÉDICOS AO LONGO DE SUA VIDA ÚTIL E A ESTABILIDADE DE PRODUTOS E EMBALAGENS
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onsiderando que os dispositivos médicos devem manter a esterilidade até o final de sua vida útil e que as propriedades dos materiais podem sofrer alterações no decorrer do tempo, os estudos de estabilidade têm como objetivo garantir que nenhuma mudança afete negativamente a segurança e a eficácia do produto acondicionado. Para estimar de forma conservadora um prazo de validade do produto em menor tempo, enquanto o estudo de estabilidade em tempo real é conduzido, podem ser conduzidos estudos de estabilidade com envelhecimento acelerado em sistemas de barreira estéril, os quais têm como referência internacional a norma ASTM F1980. A revisão publicada em 2021 amplia o escopo da norma incluindo os dispositivos médicos, abordando assim não somente os materiais do sistema de embalagem, mas também os materiais empregados na fabricação dos produtos acondicionados. No que se refere aos parâmetros para o envelhecimento acelerado, a principal alteração é a recomendação do controle da umidade relativa quando houver influência no material a ser ensaiado. Para a tomada de decisão é necessário amplo conhecimento do fabricante sobre os materiais utilizados no produto e sistema de embalagem, em parceria com os fornecedores, de forma a identificar se a umidade afeta ou não as condições de envelhecimento a ponto de levar à falha desses materiais. No entanto, a umidade relativa não controlada ainda é aceitável e deve continuar sendo utilizada na maioria dos estudos de envelhecimento acelerado, considerando fatores como a otimização dos custos de condicionamento e as características da maioria dos materiais empregados. De forma simplificada, o fluxograma a seguir auxilia na decisão quanto ao uso ou não de umidade relativa controlada nos estudos de envelhecimento acelerado.
FIGURA 1. Fluxograma para decisão sobre controle de umidade relativa no envelhecimento acelerado (WESTPAK, 2022)
Nos últimos cinco anos o Cetea realizou mais de 130 estudos de estabilidade com envelhecimento acelerado (60 °C/ UR ≤ 10%) e até o momento não há regulamento que invalide os dados já obtidos ou estabeleça a realização de novos estudos na versão atual da norma, no entanto, é importante estar atento à necessidade de documentar qualquer decisão em relação ao controle ou não da umidade relativa e demais parâmetros considerados na avaliação da estabilidade. Um artigo completo sobre este assunto foi publicado no Informativo Cetea, volume 34, nª 2 de 2022 e pode ser acessado na íntegra através do QR Code. ________________________________________________ REFERÊNCIAS
ASTM INTERNATIONAL. ASTM F1980-21: standard guide for accelerated aging of sterile barrier systems and medical devices. West Conshohocken: ASTM, 2021. 8 p. SILVA, Daniela M. M. P. Estudo de estabilidade para embalagens destinadas ao acondicionamento de produtos para saúde. Informativo Cetea, Campinas, v. 27, n. 2, abr./jun. 2015. 5 p. WESTPAK. Accelerated aging Q&A ASTM F1980-21 revision. San Jose, CA: Westpak, 2022. Disponível em: https://www.westpak.com/test-standards/astm-f1980/. Acesso em: 13 jun. 2022.
DANIELA MENEGUELI
Pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP
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SETORIA
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ENTREVISTA
UM CAMINHO SEM VOLTA A DEMANDA PELA CIRCULARIDADE DAS EMBALAGENS ESTÁ IMPULSIONANDO O DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES E TECNOLOGIAS, CRIANDO NOVAS OPORTUNIDADES PARA A CADEIA DE FLEXÍVEIS
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produção de embalagens plásticas flexíveis cresceu 0,5% em volume em 2021. Mas quando se olha em detalhes, a produção de embalagens primárias, aquelas em contato direto com o produto, e que representa 80% do negócio, aumentou 2,9%, enquanto a de sacolas plásticas caiu 23%. Cerca de 42% dos flexíveis são utilizados para embalar alimentos, um mercado que teve expansão de 8,4%. A embalagem flexível se adapta rapidamente à mudança de formatos e volumes, versatilidade essa desejada em tempos de transformações ágeis do mercado. São dados que demonstram apenas algumas das variáveis que envolvem esse mercado tão diverso, em aplicações, tecnologias, materiais. Toda essa multiplicidade também se reflete na hora da reciclagem. As tecnologias que hoje se apresentam para a recuperação desse material considerado de difícil reciclagem avançam e tem na ponta os brand owners, os donos de marca, movidos por consumidores atentos, que querem soluções efetivas para os problemas dos resíduos.
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Quem apresenta à EMBANEWS um panorama do mercado de flexíveis é Rogério Mani, presidente da Abief – Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis, à frente da entidade, em seu segundo mandato. O primeiro, ele cumpriu no período de 2004 a 2008. Também exerce os cargos de diretor da Abiplast, vice-presidente do Sindiplast e conselheiro do INP. Empresário, Mani atua no mercado de plásticos há 46 anos, e é o presidente do Conselho de Administração da Epema Embalagens Flexíveis e da Deink Brasil Reciclagem. “A embalagem flexível, entre todas, é a que menos sofreu na pandemia. É a que mais facilmente se adapta, quando mudanças são necessárias. E está praticamente em tudo. A indústria do plástico é muito dinâmica, então, apesar de todas as demandas ambientais a serem cumpridas, este é um momento em que se abrem novas oportunidades para a indústria do plástico em geral, e para a flexível em particular. São desafios que fazem com que toda a cadeia repense”, sintetiza Mani.
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EMBANEWS: Pode nos fazer uma análise do desempenho de setor de embalagens flexíveis em 2021 e as perspectivas para 2022? ROGÉRIO MANI: Em 2021, que foi um ano ainda bastante afetado pela pandemia, o setor de embalagens plásticas flexíveis obteve um faturamento bruto de R$ 43,44 bilhões, um aumento de 55% sobre o ano anterior. Esse resultado se deu em razão do forte aumento nos preços das matérias-primas e, consequentemente, das embalagens. O volume de produção, no entanto, foi de 2,140 milhões de toneladas, com um pequeno aumento de 0,5% em relação a 2020. Antes disso, em 2020, e até o 1º trimestre de 2021, o mercado de flexíveis veio bem. A partir do 2º trimestre de 2021 o mercado começou a se retrair, um pouco como reação ao boom ocorrido durante o período mais severo da pandemia em 2020, e do menor poder de compra do consumidor final. Outro fator da queda é que as empresas, que em 2020 tiveram problemas de abastecimento de embalagens, devido ao grande aumento da demanda, começaram a fazer estoques reguladores, que passaram a ser desovados ao longo de 2021, resultando em redução no volume de compras de embalagens. Essa tendência de queda se acentuou no último trimestre de 2021, com o agravante da alta da inflação e dos juros. Houve de fato uma redução na demanda que estamos sentindo até agora. Em 2022, o 1º trimestre foi ‘morno’; a indústria está trabalhando atualmente com uma capacidade instada de 80%, os volumes diminuíram bem e as taxas de inflação e dos juros estão acomodados em um patamar um pouco mais baixo. Os dados do 1º semestre ainda não estão fechados, mas as perspectivas são de um semestre empatado com o ano passado. EMBANEWS: Quais são as categorias que estão puxando um melhor desempenho do setor? ROGÉRIO MANI: Sim, existe diferença no desempenho dos vários segmentos que consomem flexíveis, tanto é que estamos aperfeiçoando a fórmula de análise do setor. Em 2021, quando consideramos todos os produtos flexíveis, o aumento foi de 0,5%. Porém, alguns setores registraram crescimento recorde no volume de produção. As embalagens flexíveis primárias, que vão em contato com o produto, e representam 80% do volume total do negócio, tiveram crescimento de 2,9%. As embalagens para alimentos, que participam com 42% do nosso volume, cresceram 8,4%; as de produtos da agro-
pecuária (+7,5%), limpeza doméstica (+9,6%). Já em segmentos como sacolas, produtos industriais, higiene pessoal, pet food houve queda. A sacola por exemplo teve redução de quase 23% em relação a 2021. Este ano vamos procurar fazer um estudo um pouco mais detalhado por segmentos. EMBANEWS: E como estão os preços das matérias-primas? ROGÉRIO MANI: De julho de 2020 até março de 2021, tivemos aumentos gigantescos nos preços das matérias-primas, alguns grades de resinas chegaram a ter aumentos de 130% a 140% em relação ao período de pré-pandemia. Depois, houve uma oscilação pequena, então o preço tem se mantido estável num patamar alto. Entre os fatores, há uma estagflação no mundo inteiro e no Brasil não é muito diferente. As demandas caem, a atividade industrial e comercial diminui, o que talvez faça com que os preços retrocedam um pouco, mas não acredito que voltem às condições pré-pandemia. Ainda há problemas de abastecimento, as decorrências da guerra da Ucrania, o alto preço do barril de petróleo, tudo isso causa impactos diretos sobre o setor petroquímico global. A perspectiva normal é de que os preços sigam uma rota de queda, mas de quedas lentas e não muito expressivas. São ajustes, na realidade. EMBANEWS: Faltou matéria-prima nesse período? ROGÉRIO MANI: São duas situações: as empresas que compram regularmente do fornecedor local não tiveram problemas de falta, talvez, de atrasos. Já as empresas que dependiam de mercado spot sofreram mais. Mas não tivemos notícia de parada na produção por falta de matéria prima. É importante dizer que o mercado não ficou sem embalagens. Fizemos um grande esforço para que não se deixasse nenhum cliente desabastecido, e isso não aconteceu. Hoje, há maior oferta de matéria-prima no mundo, mas estamos com o problema logístico, falta de contêineres e alta no preço dos fretes. Hoje, há transformadores recebendo material importado com três meses de atraso. EMBANEWS: Como o setor está enfrentando a crescente pressão global em torno dos resíduos plásticos? ROGÉRIO MANI: A embalagem flexível é a mais complexa para se reciclar. Porém já existem várias frentes de pesquisa e atuação no Brasil. Estamos inserindo a coleta e reciclagem de flexíveis nas cooperativas e em gestores de resíduos, trabalhando JULHO 2022
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ENTREVISTA a questão do design da embalagem, de modo a facilitar a reciclagem, como o uso de monomateriais. Mas não se resolve essa questão do dia para a noite. Eu tenho comigo que, assim como o plástico é um produto extraordinário, capaz de dar soluções para os mais diversos problemas, ele também vai ser capaz de resolver as demandas ambientais. É inegável a importância da embalagem para a segurança alimentar, por exemplo. Em 2050 o mundo terá 2 bilhões de pessoas a mais. É fácil ver que sem embalagens não será possível alimentar todas essas pessoas, distribuir medicamentos e outros produtos. A pressão existe e vai continuar existindo, mas ela acaba sendo mais um incentivo para buscarmos cada vez mais alternativas de embalagens amigáveis. Estamos totalmente engajados, as empresas estão cada vez mais convictas e cientes de que é preciso mudar. E isso está sendo feito. É um trabalho que tem que ser feito por toda a cadeia de plástico em nível global. E acho até que é preciso acelerar o processo. No Brasil, a Rede pela Circularidade dos Plásticos é um exemplo, e envolve desde cooperativas, recicladores, brand owners, petroquímica, transformador, gestor de resíduo, varejo, todos juntos, buscando essas soluções. Ao invés de proibir, vamos incentivar uma embalagem mais amigável. Eu acho que o banimento é a forma mais fácil de você não resolver os problemas. EMBANEWS: Uma das dificuldades para a embalagem flexível é o seu baixo valor para as cooperativas e catadores. Como equalizar essa questão? ROGÉRIO MANI: Isso já está acontecendo, mas não se vira a chave rapidamente, é algo que está sendo trabalhado gradativamente. Os brand owners estão engajados, exigindo cada vez maior conteúdo reciclado em suas embalagens. Consequentemente vamos ter que buscar esse material no mercado, seja nas cooperativas ou nos gestores de resíduos. Com isso, já se começa a valorizar melhor esse resíduo e as cooperativas e gestores de resíduos também estão se preparando para atender o mercado. É também uma questão de tempo para se criar demanda e oferta. EMBANEWS: Como vê a solução da reciclagem química? ROGÉRIO MANI: A reciclagem química nada mais é que o complemento da reciclagem mecânica nessa cadeia circular. A busca é por um equilíbrio econômico, social e ambiental. A reciclagem mecânica é a primeira opção, porque possibilita prolon18
gar a vida do material e também oferece, do lado social, trabalho e remuneração para catadores e cooperativas. Essa é uma solução para a realidade brasileira. Mas para aquelas embalagens difíceis de reciclar mecanicamente, caso de muitos flexíveis, a reciclagem química é uma boa solução, pois vai transformar esse resíduo em nafta, óleo diesel, ou outro tipo de produto, deixando de ir para o aterro ou meio ambiente. São processos complementares que geram valor para o resíduo plástico flexível. EMBANEWS: E como avalia opções como embalagens biodegradáveis, compostáveis e usinas de incineração de lixo? ROGÉRIO MANI: Eu acredito que todo desenvolvimento é muito bem-vindo. Não existe uma solução única e exclusiva. E, sim, várias soluções. As embalagens biodegradáveis e compostáveis também são uma tendência mundial. Elas não vão suprir todo o mercado, pois não há escala, em consequência, seu custo é alto. Só é preciso tomar cuidado para não acreditar que o produto seja milagroso quando não é. É preciso ver em que situação o resíduo degrada, pois muita gente confunde biodegradabilidade, com ‘eu posso jogar na natureza’. As usinas de incineração de lixo estão presentes em alguns países para gerar energia, mas o investimento é muito alto. O debate gira em torno de ser mais proveitoso queimar e gerar energia do que enterrar, mas devido ao alto investimento, que envolve recursos do estado, não está no radar do Brasil. EMBANEWS: Em resumo, qual o melhor caminho, em sua visão? ROGÉRIO MANI: Acho que antes de tudo, temos que esgotar todas as possibilidades de resgatar esse material, para que talvez não tenhamos necessidade de enterrar ou queimar o lixo para virar energia. Porque tem toda uma cadeia antes disso, que envolve a questão social e a inserção dos catadores. Temos que trabalhar, e continuar incentivando as cadeias produtivas a trabalharem, a terem consciência da circularidade. Este é um caminho sem volta, em que há oportunidades gigantescas para todo o setor, seja transformador, petroquímica, brand owner. Eu acho que estamos no caminho certo.
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EMBALAGEM INTERATIVA
QUER DOMINAR O METAVERSO? COMECE PELA REALIDADE AUMENTADA NA SUA EMBALAGEM
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Metaverso se tornou o grande assunto desde que o Facebook anunciou que será uma “empresa de metaverso” em até cinco anos. Considerada a evolução da internet que usamos hoje, o Metaverso é um ambiente virtual imersivo que combina tecnologias como Realidade Aumentada e Realidade Virtual, onde as pessoas poderão viver experiências por meio de seus avatares. O fato é que a popularização do metaverso depende de um processo de amadurecimento de algumas tecnologias, mas já é possível, e altamente recomendado, experimentar um pouco desse universo por meio de tecnologias que já ultrapassaram a barreira dos primeiros adeptos, como a Realidade Aumentada. De aplicações na área industrial como simulações operacionais e treinamentos de equipe até o uso já bastante consolidado nas embalagens dos produtos, a Realidade Aumentada é a primeira porta para o metaverso. Estudo recente da Deloitte Digital e Snap Inc. mostra que a tecnologia será utilizada três vezes mais por consumidores em todo o mundo, levando a uma taxa de conversão 94% maior. Cerca de 4,3 bilhões de consumidores globais usarão Realidade Aumentada no dia a dia até 2025. Em entrevista ao portal Canaltech, Conrado Leister, diretor-geral da Meta no Brasil, afirma: “O metaverso será construído, de maneira colaborativa, na próxima década — estamos falando de um horizonte de cinco a dez anos. No entanto, algumas partes importantes do metaverso já estão no nosso dia a dia, como a Realidade Aumentada. Em todo o mundo, mais de 700 milhões de pessoas usam efeitos de Realidade Aumentada. Essa tecnologia já está acessível.” E não faltam cases de sucesso no uso da Realidade Aumentada em embalagens. Aqui no Brasil, durante o período de Páscoa, a Massfar Realidade Aumentada, em parceria com a Narita Strategy & Design, desenvolveu uma Embalagem Interativa com temas de HotWheels e Barbie. Mesmo com o código de Realidade Aumentada aplicado no interior da embalagem, os produtos bateram todos os recordes de acesso, retenção e engajamento. Apenas no dia da Páscoa, as embalagens tiveram mais de 110 mil acessos e mais de 10 mil selfies compartilhadas, um resultado inédito em nível mundial. Como ninguém aprende a correr antes de saber andar, se você quer realmente entender e mergulhar no metaverso, comece hoje mesmo pela Realidade Aumentada. Ela está pronta, disponível e madura para transformar embalagens em experiências interativas, com geração de vendas, engajamento e valor para sua marca. 20
Imagens do projeto Lacta Favoritos
HENRY ASSEF
Executivo de tecnologia na Massfar Realidade Aumentada e criador da plataforma Embalagem Interativa.
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A 13ª Intermach – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica, será realizada de 13 a 16 de setembro de 2022, em Joinville, SC. A Intermach é referência em tecnologia para a manufatura industrial e apresenta tecnologias, inovações, tendências, desenvolve negócios e relacionamentos, além de estimular o conhecimento. O evento reúne empresas fornecedoras para o mercado industrial e recebe visitantes nacionais e internacionais em busca de tecnologias e soluções inovadoras. Em 2019, 200 marcas participaram da feira e a estimativa de negócios chegou a R$ 200 milhões em contratos assinados durante a feira ou de contatos iniciados no evento e que deverão ser consolidados nos próximos 12 meses. O evento reuniu soluções de automação, máquinas e equipamentos, impressoras 3D, robótica, equipamentos hidráulicos, pneumáticos e de corte, ferramentas, soluções de movimentação e serviços. O número de visitantes superou a previsão inicial e atingiu a marca de 22 mil pessoas, vindas de 20 estados e de 378 diferentes cidades, abrangendo todas as regiões do país. Além disso, foram registrados visitantes de outros cinco países – Alemanha, Reino Unido, China, México e Uruguai.
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Messe Düsseldorf contará com mais alta qualidade do ar Foto: Messe Düsseldorf/ctillmann
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A Messe Düsseldorf vai instalar até julho 3.000 filtros HEPA nos pavilhões de exposição. Esses filtros de ar particulados de alta eficiência introduzem ar clinicamente limpo nos corredores e, ao mesmo tempo, reduzem o consumo de energia de aquecimento e resfriamento. É a tecnologia de limpeza de ar mais eficaz atualmente disponível: os filtros HEPA removem 99,9% dos vírus, bactérias e outras partículas do ar e liberam o ar limpo novamente no ambiente. Esses filtros de alta eficiência proporcionam a mais alta qualidade do ar nas salas de cirurgia, nas Unidades de Terapia Intensiva e agora também na Messe Düsseldorf e no Congresso de Düsseldorf. Os pavilhões 1, 9 a 17, bem como o Centro de Congressos Düsseldorf CCD, já foram reformados. 80% dos 1,4 milhões de euros investidos foram pagos pelo Ministério Federal da Economia e Proteção do Clima como parte de um programa de financiamento. “Após dois anos de pandemia e um período de intensa comunicação digital, os participantes podem se sentir seguros ao fazer networking, iniciar negócios e experimentar inovações pessoalmente novamente”, diz Wolfram N. Diener, Presidente e CEO da Messe Düsseldorf. A K 2022 acontece de 19 a 26 de outubro, em Düsseldorf, Alemanha. https://www.k-online.com
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COMPETITIVIDADE
O VALOR DO ERRO APRENDER COM ELES PODE SER INSTRUMENTO DE EXCEPCIONAL VALIA PARA O FUTURO SUCESSO
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certar ou errar são conceitos arraigados nos seres humanos. Por esse motivo, muitas vezes, tomar uma decisão pode se tornar um dos dilemas mais cruéis no universo dos profissionais de embalagem. As consequências do acerto variam desde o aplauso incessante, nem sempre seguido de bonificações pecuniárias, até o mais singelo “ok, trabalho bem-feito” ou ainda aquele “tapinha nas costas” que pode ser interpretado como “não fez nada mais do que a sua obrigação”. Muitos gostam de contar (às vezes com exageros) os casos de sucesso, com detalhadas descrições, imagens com photoshop, resultados reais e potenciais etc. Por outro lado, poucos falam dos erros, insucessos e fracassos, como se isso fosse um assunto proibido ou a ser escondido. Ao contrário, aprender com eles pode ser instrumento de excepcional valia para o futuro sucesso. Nos ambientes das startups e do Modelo de Negócio chamado Indústria 4.0, tem sido frequente valer-se das provas de conceito (do inglês PoC - Proof of Concept) de modo a tornar possível errar e aprender de forma rápida. Algumas iniciativas focadas no aprendizado com base em erros podem ser citadas: • Seminário sobre erros de medicação 1 , que, em 2013, na sua primeira edição, buscava enfatizar a atuação interdisciplinar e sistêmica para a prevenção de erros; • 5 erros mais comuns dentro de um departamento de engenharia2 , que deve ser entendido como um alerta para a gerência; • Os 12 maiores erros de engenharia da história3 , que relata casos de insucesso e o tratamento dado a eles; • Os maiores erros da engenharia moderna4 , que relata “a decisão que desviou dois rios que despejavam suas
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águas no Mar de Aral para irrigar terras”, transformando-o numa espécie de deserto salgado; Quando o assunto é embalagem, fica difícil encontrar relatos para estudar além dos que se seguem: • Os 6 erros mais comuns em embalagens 5 , abordados com delicadeza: falta de cuidado com os desenhos e ilustrações; inserção de informações erradas; descuido com a tradução de outras línguas; despreocupação na disposição dos produtos; falta de controle de qualidade; trocadilhos; • Vários erros na concepção e de design podem ser encontrados nas páginas da internet e não convém relacioná-los neste texto dada a abordagem que adotam. Como última citação, o livro “As Virtudes do Fracasso 6”, de Charles Pépin, que pode ser baixado sem custo, mostra o que deve ser feito frente ao fracasso e ilustra as atitudes em relação às culturas europeia e americana. Vale a pena ler! No Curso de Pós-graduação em Engenharia de Embalagem da Mauá, foi organizada, em 2017, uma atividade com exposição dos principais erros cometidos por alunos e professores em sua vivência no setor. Foi uma experiência rica. Os mais significativos são relacionados a seguir: • Embalagem subdimensionada por falta de conhecimento adequado das necessidades de proteção do produto, obrigando a empresa a recolher produto, alterar rapidamente a especificação da embalagem e arcar com a perda de material estocado; • Embalagem superdimensionada por falta de conhecimento adequado das condições de manuseio e transporte, dos locais de comercialização e das reais necessidades de proteção do produto ocasionando gasto desnecessário com embalagem até que todo o estoque de material fosse consumido;
Linha de envase adquirida em que o gargalo (ou a restrição) era a encaixotadora: não foi respeitado o Gráfico V, o que gerou gasto adicional com horas extras para encaixotamento manual para atender à demanda e posterior investimento em outro equipamento, que foi instalado “em paralelo”; • Cálculo de payback na aquisição de equipamento ultramoderno feito sem levar em consideração a necessidade de pagar salários maiores para operadores com maior capacitação. Com isso, os resultados operacionais foram comprometidos, além do mal-estar com a equipe que projetou a linha de envase e consequente “descrédito” para futuros projetos. As análises dos problemas feitas pelos alunos e a maneira como absorveram as experiências vividas pelos seus colegas permitem programar outra atividade semelhante para os próximos semestres. Para o(a) leitor(a), fica o desafio de relacionar os principais erros cometidos na vida profissional e os aprendizados dele decorrentes. •
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http://www.nerj.rj.saude.gov.br/internet/?p=2426 https://cadworks.com.br/blog/5-erros-mais-comuns-dentro-do-departamento-de-engenharia/ 3 https://engenharia360.com/12-maiores-erros-de-engenharia-da-historia/ 4 https://pt.quora.com/Quais-foram-osmaiores-erros-da-engenharia-moderna 5 https://www.scuadra.com.br/blog/conheca-os-6-erros-mais-comuns-nas-embalagens/ 6 https://zlivro.com.br/book/2l6kyv56mm48/ as-virtudes-do-fracasso 1
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ANTONIO CABRAL
Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem e em Indústria 4.0 Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) antonio.cabral@maua.br acdcabral@gmail.com
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FCE COSMETIQUE A Globoplast marcou presença na FCE Cosmetique 2022, apresentando suas novidades. Foram 3 dias de relacionamento com o mercado, no momento de retomada do setor de eventos. Os destaques foram as bisnagas plásticas produzidas a partir de resina reciclada pós-consumo (PCR), a bisnaga oval de 35mm e a nova tampa com medidas reduzidas para bisnagas de 35mm, que representa redução do uso de material sem perder a praticidade. Produzimos bisnagas plásticas de máxima qualidade para os segmentos cosmético, farmacêutico e veterinário, químico e de alimentos, com grande variedade de acabamentos e diâmetros. Nossa planta, localizada em Cajamar (SP), possui uma estrutura moderna e planejada, que permite total controle dos processos.
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