A praticidade das válvulas
Fábrica da Pump America em Linhares aumenta o acesso das embalagens brasileiras às válvulas.
Por Robson Donada
Fábrica da Pump America em Linhares aumenta o acesso das embalagens brasileiras às válvulas.
Por Robson Donada
ENTREVISTA PUMP AMERICA ENCONTRA OPORTUNIDADES NO MERCADO DE VÁLVULAS PARA EMBALAGENS E INICIA PRODUÇÃO EM LINHARES, NO ESPÍRITO SANTO.
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Éo que mais se ouviu nos corredores da interpack. É certo que muito do que foi apresentado e discutido no evento vai reverberar por muito tempo no mercado. Realizada de 4 a 10 de maio, em Düsseldorf, na Alemanha, esta edição da maior feira mundial de embalagem está sendo considerada uma das mais importantes em sua história, após seis anos de expectativas; a anterior foi em 2017.
Apresentaram-se este ano na interpack 2.807 expositores de 61 países. Visitantes de 156 países, muitos com firme intenção de compra, estiveram presentes, num total de aproximadamente 143.000 pessoas, dois terços vindos do exterior. Ao lado de muitos países europeus, a maior parcela de visitantes veio da Índia, Japão e Estados Unidos. Cerca de 75% dos visitantes vieram da média ou alta gerência.
A orientação estratégica da interpack para os quatro Hot Topics: Economia Circular, Gestão de Recursos, Tecnologias Digitais e Segurança do Produto encontrou expressão concreta em inúmeras inovações. A feira, que tem sido tra-
dicionalmente um pilar fundamental no ciclo de inovação da indústria de embalagens e indústrias de processo relacionadas, também mais do que correspondeu a essa reivindicação este ano.
Nos últimos anos, provavelmente não houve outra questão que tenha capturado as atenções do setor como o tema da sustentabilidade. Mais de 1.000 expositores se apresentaram apenas neste segmento, estabelecendo um novo recorde.
Os expositores apresentaram tecnologias de ponta e conceitos holísticos que consideram eficiência e sustentabilidade em toda a sua linha de produção. “Nos últimos anos, os fabricantes de máquinas de embalagem conseguiram implementar conceitos de embalagens sustentáveis por meio de adaptações técnicas correspondentes e soluções de máquinas recém-desenvolvidas”, disse Richard Clemens, diretor administrativo da Food Processing and Packaging Machinery Association da VDMA na interpack Muitas soluções que fizeram
sua estreia mundial na interpack envolveram uma série de materiais de embalagem e suprimentos em toda sua diversidade.
Entre as embalagens plásticas, uma das soluções tem sido o desenvolvimento de monomateriais adequados, em substituição aos materiais compostos, mais efetivos na proteção, porém mais difíceis de separar e reciclar.
Pesquisas também avançam para a utilização de materiais plásticos reciclados em contato com os alimentos.
Um tema que também remete à Economia Circular, a conservação de recursos tem por base um princípio simples: use menos material enquanto obtém a mesma qualidade ou até melhor. Ele tem sido bastante aplicado na redução da espessura dos materiais
Mas economizar material não é a única maneira de economizar recursos. Usar a máquina certa também pode levar ao uso de menos
material e, portanto, à potencial redução da emissão de CO2. A busca da eficiência das máquinas passa necessariamente pela redução de consumo de energia, de água, de insumos diversos, de tempo de operação, de manutenção, etc. , e isso esteve na pauta das principais empresas. Mas um salto ainda maior pode ser dado quando o projeto da embalagem já nasce sem a necessidade do uso de algum recurso ou insumo, quando entra em cena o papel da inovação, e isso também esteve presente na interpack.
Na interpack, também não há como contornar o tema da digitalização. A tendência atual que não pode ser negligenciada é, sem dúvida, a inteligência artificial (IA). Mas para além das notícias sensacionais que envolvem o tema, esses assistentes digitais têm muito a oferecer à indústria de embalagens.
Exemplo é o novo hub de aplicativos de IA, lançado pelo Fraunhofer Institute for Process Engineering and Packaging. Desde então, 51 parceiros de negócios, ciência e sociedade trabalham juntos em dois laboratórios de inovação: KIOpti-Pack para design e produção e K3I-Cycling para reciclagem de matérias-primas. O objetivo do KIOpti-Pack é desenvolver ferramentas suportadas por IA para design de produtos com alto teor de recicláveis. A K3I-Cycling, por outro lado, está definida para utilizar um gêmeo digital para melhorar ainda mais a quantidade e a qualidade da reciclagem de matéria-prima de resíduos pós-consumo.
Um tema que não pode ser esquecido em uma feira como a Interpack, é a segurança do produto. Questões, como fazer um produto chegar ao consumidor, sem danos ou defeitos causados por embalagem insuficiente, principalmente nesses tempos de alta no e-commerce, ou evitar a possibilidade de
corpos estranhos em alimentos, são básicas e estão ganhando novas tecnologias.
Um exemplo de inovação, mas para a segurança dentro de casa.
O Berry Digi-Cap, da Berry Global, é uma tampa para fechar recipientes de remédios que se comunica com computadores ou smartphones usando uma interface NFC. Além de fornecer informações aos médicos que prestam tratamento, o software também pode informar aos usuários se o medicamento está arma-
zenado incorretamente. Ao mesmo tempo, a tampa é equipada com um mecanismo comprovado de pressão e rotação para a segurança das crianças – outra função importante da embalagem.
A próxima interpack já tem data: de 7 a 13 de maio de 2026. Até lá, é certo que a infinidade de informações geradas nessa interpack será tema de muito conteúdo para o mercado de embalagem.
https://www.interpack.com
Aindústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) representa hoje 1,7% do PIB nacional, com faturamento próximo a RS 180 bilhões em preços ao consumidor, gerando emprego para 5,6 milhões de pessoas. O Brasil é o 4º maior mercado mundial de consumo de produtos de HPPC e o 2º em número de lançamento de produtos. Mais de 95% do que o consumidor brasileiro consome é produzido localmente, menos de 5% é importado. É ainda o único setor dentro da indústria química com superávit na balança comercial, posição que mantém há 3 anos.
“São números que indicam a importância da indústria de HPPC para a economia nacional e mais do que isso, sabemos que o setor de HPPC é essencial à saúde da população, prevenindo doenças, como ficou demonstrado durante a pandemia, e contribuindo para o fortalecimento da autoestima e a promoção da inserção social”, afirmou João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC, no Café com Tema - “Perspectivas e Desafios do Setor de HPPC, evento promovido pela associação.
“Essencialidade essa que veio sendo construída por todo setor junto com os associados, mostrando para a sociedade a importância
da nossa indústria e o trabalho que vem sendo feito para atingirmos o patamar atual”, disse Basilio.
Uma indústria essencial que, no entanto, se depara com a 3º maior carga tributária do país, atrás apenas de tabaco e telecomunicações. “O que é um absurdo. A questão tributária é nosso principal desafio, ela é extremamente complexa - é como se tivéssemos 27 países tributários diferentes, e precisa ser simplificada e reduzidos os impostos. E para isso a reforma tributária é imprescindível, principalmente para as pequenas e médias empresas. Acredito que ela virá, há um esforço do atual governo nesse sentido. E estou convencido que se conseguirmos avançar com a reforma tributária, a economia brasileira vai dar um salto nos próximos 10 a 15 anos, a comparar com países que passaram pela reforma”, afirmou o executivo.
“É preciso também assinalar as conquistas. O protetor solar já chegou a pagar 77% de IPI. Hoje é zero. Um trabalho feito pelo setor por muitos anos, em consequência, conseguimos diminuir gradativamente a carga tributária do produto”, disse.
Complexidade tributária - O setor de HPPC foi penalizado com aumento de ICMS em 24 Estados e o Distrito Federal, com exceção de São Paulo e Santa Catarina, além do forte impacto provocado pelo deslocamento do IPI da indústria para a distribuidora. Em 2023 o cenário será ainda mais desafiador diante do aumento da alíquotamodaldoICMSaprovadoem12UF’snofinalde2022.
O setor de HPPC fechou o ano de 2022 com um crescimento de 13,2% sobre 2021, mas sofreu com
Na Globoplast, sabemos da responsabilidade pelo impacto ambiental durante todo o ciclo de vida de nossos produtos. Por isso, nossos esforços são contínuos em tecnologia para ampliar, cada vez mais, o volume de resina reciclada utilizada em sua produção.
Nesse sentido, lançamos a bisnaga plástica produzida com resina reciclada pósconsumo (PCR) A utilização de matériaprima renovável causa um impacto positivo na economia circular por meio de fabricação, distribuição e descarte adequado de embalagens sustentáveis.
A Globoplast produz bisnagas plásticas de máxima qualidade para os segmentos cosmético, farmacêutico e veterinário, químico e de alimentos, com grande variedade de acabamentos e diâmetros.
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a escassez de insumos, dificuldades com a demanda mais fraca em meio à inflação, a perda do poder de compra da população brasileira, a pressão internacional que se refletiu na inflação do setor que chegou ao patamar de 16,7% em 2022, quase 11% acima do INPC- Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que fechou em 5,8% no ano passado.
“Mas isso já é passado. Estamos superando esses obstáculos; já conseguimos repassar paulatinamente os preços dos insumos e matérias-primas ao longo dos últimos 3 anos e estamos vivendo agora um momento de normalidade”, disse Basilio.
“Os resultados do 1º trimestre sinalizam positivamente em direção à recuperação e possibilidade de controle da inflação, mas é preciso atenção ao volume de dinheiro que está entrando no mercado e mostrar um controle efetivo dos gastos públicos para deixar clara a necessidade de redução da taxa de juros, que é escorchante”, ressalta o executivo. “Precisamos trazer os juros para baixo para que outros setores que dependem de crédito possam viver uma recuperação das vendas”.
“Estou bastante otimista para 2023. Em alguns casos, os resultados estão surpreendendo, muito acima das expectativas. Vamos ver como se comportam nos próximos meses, mas eu acho que nossa indústria está vivendo um momento muito bom. Eu espero que esse governo venha a compreender e atender as reais necessidades da sociedade brasileira e promover os acertos necessários para gerar desenvolvimento real dentro do nosso setor e no Brasil”, conclui.
As exportações têm contribuído positivamente para os resultados da indústria com superávits na
balança comercial há 3 anos. O setor exporta para mais de 170 países. Em 2022, as exportações alcançaram o valor de US$ 776.5 milhões, crescimento de 10,9% em relação a 2021 (US$ 700 milhões). O superávit no período foi de US$ 35,5 milhões, representando um aumento de 206% em relação ao saldo superavitário registrado no mesmo período de 2021 (US$ 11.6 milhões).
Nos primeiros dois meses de 2023, as exportações totalizaram US$ 125,4 milhões, o que representa um aumento de 9,5%, com superávit na balança comercial. Segundo Basílio, tais resultados fazem crer em um saldo positivo para este ano também, apesar do desafio de nosso principal parceiro comercial, a Argentina, estar passando por uma séria crise econômica. “Mas temos muito a avançar nessa questão, desenvolvendo novos mercados, entre eles o México, com quem estamos em negociação.”
A Associação Brasileira de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC – construiu com o apoio da consultoria econômica
- LCA sua Agenda Estratégica Positiva de trabalho para os próximos anos, onde mapeou os temas de interesse da indústria e seus principais gargalos englobando pilares estratégicos nos campos da tributação, regulamentação, meio ambiente, inovação e tecnologia, comércio internacional, logística, desenvolvimento social, entre outros. De acordo com Basilio, se trata de uma agenda viva que tem por objetivo guiar a atuação da ABIHPEC, na defesa dos legítimos interesses da indústria nos próximos anos.
Basilio destacou ainda os resultados positivos do Mãos Pro Futuro, programa de logística reversa coordenado pela ABIHPEC, que recuperou em 2022, cerca de 164 mil toneladas de resíduos sólidos para reciclagem. É um programa que está há 17 anos em operação e atua em todas as unidades da federação, envolvendo atualmente 182 cooperativas de catadores, proporcionando renda média aos catadores acima de 16% do salário mínimo. O projeto é premiado pela ONU e atua em um modelo que atende diretamente a 7 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda das Nações Unidas para 2030.
OVelho Barreiro redobra sua aposta no mercado de luxo e lança Velho Barreiro Platinum, que chega em duas versões: a edição especial de luxo ao preço de US$ 180 mil e a versão para varejo que será lançada na Apas Show, comercializada ao valor de R$ 230.
A versão luxo, um verdadeiro objeto de desejo para colecionadores, é envasada em garrafa parcialmente recoberta por armação trabalhada com 550 gramas de ouro rosé e cravejada com 209 pedras brilhantes, além de um diamante de 0,6 quilate na garrafa, desenhada in loco, e montada por um joalheiro em Minas Gerais. A garrafa ficará disponível apenas sob encomenda e torna-se a cachaça de alambique mais cara do mundo.
O lançamento dá continuidade à linha premium de Velho Barreiro que já conta com as edições Ouro, Gold e Diamond. Mas diferentemente das versões anteriores, Velho Barreiro Platinum foi armazenada em tonéis de amburana, o que diminui a acidez, resultando em uma cachada perfumada, com cor amarelada e 40% de teor alcoólico.
Para César Rosa, CEO da marca, a nova versão chegou para romper as barreiras da categoria, e conquistar novos consumidores. “Com o lançamento de Velho Barreiro Platinum estamos fazendo um convite para que o consumidor explore novas experiências”, afirma.
https://tatuzinho.com.br
nquanto a televisão não chegava, e o rádio não podia mostrar a embalagem do produto, a propaganda impressa em jornais e revistas e os anúncios em placas e cartazes fixados nos ônibus e nos bondes se incumbiam de mostrar a “cara” do produto apresentando suas embalagens em destaque nos anúncios, como se viu nos artigos anteriores desta coluna. Daí, surgiu a televisão.
PROPAGANDA” COM SUAS EMBALAGENS.
No início da televisão brasileira, os comerciais tinham que ser ao vivo, com as garotas apresentando os produtos, enfatizando suas qualidades e mostrando suas embalagens para que os telespectadores pudessem reconhecê-los no mercado.
No livro “Cinqüenta anos de vida e propaganda brasileiras” aparece uma imagem da célebre garota propaganda Branca Ribeiro em sua bancada, rodeada de latas do Toddy.
Não havia vídeo tape e a melhor forma de anunciar e fixar a imagem de um produto era ter as embalagens presentes na cena.
Esta situação ajudou a popularizar e “tornar famosos” os produtos cujas embalagens apareciam na televisão e isto sem dúvida chamou a atenção dos anunciantes para a necessidade de se criar embalagens com maior “appeal” televisivo.
Como nessa época ainda não existiam as chamadas agências de
Depois da presença destacada das embalagens nos anúncios impressos, na era pré-televisa, a publicidade agora ocupa os espaços da embalagem
design, este trabalho era feito pelas próprias agências de propaganda, que se encarregaram de melhorar a apresentação visual dos produtos de seus clientes.
A presença destacada das embalagens nos anúncios impressos já era utilizada há muito tempo e sua adaptação para a televisão na era pós-vídeo tape, foi um processo natural. Os publicitários compreenderam rapidamente que precisavam encerrar suas mensagens mostrando a embalagem do produto para que o consumidor não se enganasse na hora de comprar nem se deixasse influenciar pelos balconistas que muitas vezes tentavam “empurrar” os produtos de preferência da casa comercial em que trabalhavam.
O “Pack Shot”, ou a focalização da câmera nas embalagens dos produtos anunciados passou a ser um recurso amplamente utilizado nos comerciais de televisão deste período, fazendo com que a embalagem fosse sempre considerada parte integrante do esforço de marketing para divulgar o produto, aumentar
suas vendas e principalmente para fixar sua imagem na mente do consumidor.
A propaganda foi, até a efetiva implantação dos conceitos de marketing nas empresas, a detentora das verbas e como condutora do plano de divulgação dos produtos sempre soube utilizar as embalagens em seus planos, se incumbindo ela própria de cuidar deste item em benefício de seus clientes.
Devido a tudo isso, a integração da embalagem com a propaganda foi bastante forte neste período inicial da consolidação do marketing em nosso país.
Usar um creme ou sabonete líquido, ou limpar superfícies, tudo ficou mais prático com o uso de válvulas nas embalagens.
Hoje, elas povoam o nosso cotidiano, e estão em uma quantidade imensa de produtos, principalmente nas indústrias de limpeza, químicos, cosméticos, higiene pessoal e farmacêutica. Mas ainda faltava uma fornecedora brasileira de porte para abastecer as necessidades do mercado nacional, com produtos de qualidade internacional. Isso se explica pela complexidade de montagem dessas válvulas, que reúnem grande número de peças e precisam funcionar com precisão.
Foi nesse contexto que surgiu a Pump America, uma empresa 100% brasileira, que parte de uma expertise construída ao longo de 20 anos de experiência no mercado internacional. A fábrica localizada em Linhares, no Espírito Santo, começou a operar no final de 2021 e já nasce com uma estrutura dotada de toda a tecnologia de ponta e automatização de uma indústria 4.0 para garantir uma produção ágil e eficiente, atributos de uma empresa competitiva.
Mas não é só no campo tecnológico que a Pump America nasce moderna. A atenção à sustentabilidade da produção, como a redução na geração de resíduos e a economia de energia, foi planejada de acordo com as demandas da Economia Circular.
Robson Donada, diretor executivo da Pump America, é quem conta a EMBANEWS essa história, e como a empresa ingressou num mercado, que apesar de contar com fornecedores de primeira linha do cenário internacional, ainda assim sofria com as limitações impostas pela necessidade de importação, como se viu no período de pandemia.
EMBANEWS: Pode nos contar um pouco como começou a história da Pump America?
ROBSON DONADA: Temos uma empresa familiar fundada pelo meu pai há 43 anos no setor de produtos profissionais para salão de beleza no sul do país e um dos principais setores produtivos é a injeção plástica, área em que temos grande conhecimento. Um dos itens em nossa linha é o pulverizador para
cabelo, aquele utilizado nos salões de beleza, sendo o frasco produzido aqui e a válvula importada. Desde 2007 tenho ido inúmeras vezes à China, onde está instalado o meu fornecedor de válvulas que tem amplo know how na fabricação de diversos tipos de válvulas. Quando a pandemia da COVID-19 chegou percebemos que o Brasil tem uma enorme dependência da importação de válvulas e aí estava uma oportunidade de negócio. Juntamos nossa expertise do plástico com o assessoramento do parceiro chinês e montamos um projeto de implantação de uma fábrica brasileira de válvulas.
EMBANEWS: E essa história também tem muito a ver com sua própria trajetória na empresa, não?
ROBSON DONADA: Sim, desde pequeno acompanho meu pai na sua indústria e tomei gosto pela arte de desenvolver produtos e negócios. Aos 14 anos fiz um curso técnico de ferramentaria para moldes de injeção plástica por dois anos no Senai.
Entrei na faculdade e cursei dois semestres de engenharia mecânica, tranquei a faculdade e fiz um intercâmbio no Canadá por um ano para aperfeiçoar o inglês. Ao voltar percebi que o mundo dos negócios me atraia mais e troquei de curso; me formei em Comércio Internacional. Desde 2005 trabalho na empresa de meu pai na área de desenvolvimento de produtos.
Em 2007 fui pela primeira vez à China e me encantei com a grandeza do país, sua agilidade no processo das fábricas em desenvolvimento de produtos e a rapidez nas negociações. Desde então, já fui 27 vezes à China e lá fiz muitos negócios e amizades.
Foi em 2020, quando estourou a pandemia da Covid-19, e eu estava em Portugal onde montei um centro de distribuição da indústria da família, que surgiu
a oportunidade de formar uma parceria com meu fornecedor e amigo chinês para montarmos uma indústria de válvulas no Brasil. O Brasil carece de um fabricante local que tenha agilidade no desenvolvimento de válvulas e dê um atendimento personalizado e rápido para atender as novas demandas e exigências do mercado.
Em março de 2020, iniciamos o projeto da Pump America, e encontramos em Linhares, no Espírito Santo, um local promissor e com atração à indústria. Em maio de 2021, chegaram as primeiras máquinas e em outubro, veio a equipe chinesa para instalar e passar o know-how na fabricação para o time local. Em dezembro do mesmo ano, tivemos o primeiro lote de válvulas produzido no Brasil, quando ocorreu também a primeira venda de válvulas.
EMBANEWS: Como está hoje estruturada suas instalações?
ROBSON DONADA: Contamos com 20 máquinas injetoras munidas com equipamentos periféricos de automação para garantir melhor produtividade e maior qualidade. Também são 20 máquinas automatizadas de montagem das diferentes válvulas, além do setor de manutenção de ferramentas, o setor de qualidade e laboratório, PCP e engenharia, administrativo e comercial. Tudo isso em uma planta de 30,000 m² de área e aproximadamente 10,000 m² construídos. Há também um edifício próprio para o refeitório.
EMBANEWS: A empresa possui área de testes?
ROBSON DONADA: Sim. 100% das válvulas são testadas durante o processo de montagem e caso haja falha a própria máquina elimina a válvula com problema. Além disso um percentual de cada lote pro-
Investimentos em automação são prioridade no parque de injetoras e de máquinas para montagem das válvulas da Pump America
Fábrica da Pump America, em Linhares, conta com toda infra-estrutura para a produção de válvulas pump e gatilho pulverizador
duzido é separado e levado ao laboratório para a realização de testes de vazão, estanqueidade, início de acionamento, força de tração do pescante, força de extração da saia e acionador.
EMBANEWS: Quais segmentos de mercado a empresa atende e que tipos de produtos fabrica?
ROBSON DONADA: Atuamos em diferentes áreas tais como cosmético, jardinagem, pet care, domissanitário, automobilístico, home care, self care etc. e produzimos válvulas tipo lotion pump e gatilho pulverizador.
EMBANEWS: Como vê as principais tendências nos mercados em que a empresa atua em relação ao uso de válvulas?
ROBSON DONADA: A válvula, de modo geral, tem a função principal de facilitar e dosar a aplicação do produto de dentro do frasco. Não há outra forma melhor do que algum tipo de válvula. Portanto vejo que o uso da válvula tem um papel importante no mundo da embalagem e cabe à indústria prover inovação para solucionar as novas demandas do mercado. Uma das demandas que temos escutado com certa frequência é a necessidade de válvulas 100% plásticas ou com alguma solução inteligente para serem recicladas e contribuir para a sustentabilidade do ecossistema.
EMBANEWS: Como a empresa está colocando em prática a indústria 4.0 em sua fábrica? Quais têm sido os resultados?
ROBSON DONADA: Temos um plano audacioso em relação à implementação da indústria 4.0 na nossa fábrica. Iniciamos com o pé direito com as máquinas injetoras de plástico com capacidade de apontamento de produção e produtividade, levando ao time responsável as informações necessárias para a tomada de decisão. Ainda estamos em fase de muita implementação na área da automação, principalmente no sentido de integrar as tecnologias das máquinas
de montagem com a área de embalagem e apontamento de produção. São muitos componentes para se produzir uma válvula, portanto para atingirmos o custo desejado e a qualidade que os clientes demandam temos que investir na automação e integração dos setores produtivos.
EMBANEWS: Quais são as principais ações em relação à sustentabilidade da produção?
ROBSON DONADA: O maior setor produtivo da empresa é o de injeção de plásticos e temos aí um sistema já em funcionamento de resíduo quase zero. Tudo que é naturalmente um descarte do processo produtivo é automaticamente levado a um moinho, triturado e depois volta à máquina injetora para ser reutilizado. Desde a implantação da fábrica neste endereço, temos trocado as lâmpadas convencionais por lâmpadas LED que são mais eficientes e consequentemente demandam menos energia. Muitos dos materiais de limpeza são reaproveitados, até então levados à uma empresa terceira para higienização e temos um projeto para colocarmos um local para higienizar estes materiais na própria empresa ainda dentro do primeiro semestre. O processo produtivo em geral é muito limpo e gera pouco resíduo, e estamos trabalhando para minimizar e criarmos alternativas menos agressivas ao meio ambiente.
EMBANEWS: Qual o ponto forte da empresa?
ROBSON DONADA: A Pump America nasceu com o propósito de ser um parceiro comercial das indústrias que demandam válvulas, fabricando nacionalmente produtos com tecnologia e qualidade. Temos um time técnico de alto padrão e capacidade produtiva que pode ser rapidamente ampliada. Outro ponto muito forte é o desenvolvimento de novos projetos junto com o cliente, grande dificuldade para as indústrias brasileiras quando o fornecedor está fora do país.
https://pumpamerica.com.br
A Embaquim agora está com Sede Própria. Localizada em São Bernardo do Campo, contamos com um terreno de mais de 20 mil m², proporcionando 10 mil m² apenas de fábrica para toda qualidade e segurança de nossos produtos. A sede está repleta de área verde valorizada com árvores frutíferas, painéis solares, logística integrada e conforto, seguindo todas as Normas de Boas Práticas de Fabricação.
Durante a pandemia, ouvi muitas vezes a frase “fomos todos forçados a nos reinventar”. Ouvi também “o pós-pandemia nos forçará a repensar os nossos modelos mentais”. Muito do que foi dito aconteceu, não há como negar. Higienização das embalagens antes de guardá-las em casa é um bom exemplo de mudança de hábitos e, por que não, de inovação. Em contrapartida, “passada a tempestade”, já é possível notar a volta dos antigos hábitos e problemas, como os índices de congestionamento na cidade de São Paulo.
Esse dilema (mudar versus não mudar) me levou a reler o Manual de Oslo1 para procurar entender se as inovações - radicais, incrementais ou disruptivas –
aconteceram em quantidade e intensidade suficientes para que possamos dizer que nos reinventamos, ou se tudo não passou de um pesadelo ruim. Em outras palavras, quero abordar o tema que é título deste artigo com os óculos da inovação.
A ferramenta Diagnóstico do Sistema Embalagem, disponibilizada aos alunos da Pós-graduação em Engenharia de Embalagem, permite avaliar os efeitos tangíveis e não tangíveis de inovações que possam ter acontecido num horizonte de 2 anos atrás (inclui parte da pandemia), no presente ano e aquelas que são previstas para os próximos 2 anos.
A Figura 1 mostra a planilha que deve ser utilizada para consolidar as informações coletadas em cada um dos componentes do Sistema. Nela, pode-se observar:
l No topo, à direita, está a imagem do Sistema Embalagem;
l No topo, à esquerda, há o espaço para indicar a qual dos três períodos se referem os dados nela inseridos: últimos 2 anos, ano atual, próximos 2 anos. É essencial, portanto, que sejam preenchidas 3 planilhas;
l Ainda na parte superior, há o espaço para indicar qual(is) o(s) produto(s) que foram objeto da análise. Por exemplo:
o Produto: refrigerante, vários sabores;
o Embalagem primária: garrafas PET de 2 L;
o Embalagem secundária: conjunto de 6 garrafas agrupadas com polietileno termoencolhível;
l As etapas do Sistema Embalagem mostradas na figura são listadas na planilha. Para cada uma, devem ser descritas todas as inovações e respectivas classificações segundo o Manual de Oslo, anteriormente citado;
l Para cada inovação, deve ser indicado o valor investido e os benefícios tangíveis e intangíveis;
l Na última linha são calculados os totais investidos e os benefícios tangíveis.
Concluída a consolidação dos dados, chegou o momento da análise crítica, resumida na Figura 2 e associada ao título deste artigo. Se:
l não há o que inserir nas planilhas, o sistema não se reinventou e precisa urgentemente rever seus processos (Sistema Embalagem 1);
l os valores são crescentes, parabéns. Sua empresa se reinventou! Sucesso! (Sistema Embalagem 2);
l os valores são decrescentes, é sinal de alerta porque a criatividade pode estar minguando e comprometer os resultados da empresa (Sistema Embalagem 3).
Em síntese, a pretensão deste texto foi apresentar uma ferramenta para tentar mensurar quão inovador é um Sistema Embalagem e, consequentemente, qual é a capacidade de se reinventar num mundo turbulento e em constante mudança. Como diz o Prof. Clóvis de Barros Filho2, é preciso “reinventar-se para se manter vivo”.
1 OSLO MANUAL 2018 - Guidelines for Collecting, Reporting and Using Data on Innovation – 4ª Edição – 2018. Disponível em: https://www.oecd-ilibrary.org/science-and-technology/oslo-manual-2018_9789264304604-en último acesso em 11 de maio de 2023;
2 Prof. Clóvis de Barros Filho – disponível em: https://ucsplay.ucs.br/video/reinventar-se-para-se-manter-vivo/, último acesso em 11 de maio de 2023.
Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem no Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) antonio.cabral@maua.br acdcabral@gmail.com
Localizado em Campinas, no estado de São Paulo, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) agora conta com um equipamento de ponta imprescindível para o levantamento de informações detalhadas sobre características microestruturais dos materiais: o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) de alta resolução. Por sua configuração de última geração, o MEV adquirido com recurso financeiro do Governo do Estado permite a ampliação de imagens até um milhão de vezes e fortalece a atuação paulista e nacional em PD&I de materiais de embalagem.
A aquisição desse novo equipamento, no valor de R$ 1,96 milhões, foi possível em parte através de verba comprometida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) como contrapartida governamental no edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP (Fapesp) destinado à criação de Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCD), pois um deles é liderado pelo Ital, o CCD Circula. Outra parte do investimento foi possível graças à verba da Secretaria destinada à modernização dos institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), que é vinculada à SAA.
Instalado no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Ital, o microscópio adquirido é um equipamento da marca TESCAN, modelo VEGA LMU, que possui fonte de elétrons por filamento de tungstênio e é munido de detectores de elétrons secundários (SE) e retroespalhados para alto e baixo vácuo (LE BSE) e para captação de imagens em alta resolução com informações de topografia e composição química, respectivamente. O MEV também possui detector de energia dispersiva (EDS) para caracterização elementar de materiais de forma semiquantitativa.
Um diferencial desse novo equipamento é a presença também dos detectores de difração de elétrons retroespalhados (EBSD) e detector de elétrons secundários (GSD) para baixo vácuo, aplicados, respectivamente, para avaliação de propriedades microestruturais de materiais cristalinos e caracterização topográfica de materiais não condutores
sem necessidade de preparo prévio, comumente realizado nas análises em alto vácuo.
A equipe responsável pela operação do MEV está atuando na implantação de métodos, mas já trabalha com a técnica desde 1994. São vários os exemplos de atividades desenvolvidas na área ao longo dos anos, como: investigação de interações entre produto-embalagem; avaliação de produtos em pó para levantamento de informações sobre alterações físicas durante a vida de prateleira; avaliação de biopolímeros com filmes plásticos extrusados e caracterização de embalagens recicladas quanto à presença de resíduos decorrentes do processo de reciclagem; caracterização de fibras de materiais celulósicos e avaliação de partículas microencapsuladas e nanopartículas aplicadas a alimentos e bebidas.
Considerando essa expertise, aliada à tecnologia e à funcionalidade do novo equipamento, o Cetea assume posição favorável para o desenvolvimento de pesquisas com maior precisão e rapidez nas áreas de materiais de embalagem para diversos setores como alimentos e bebidas, ingredientes, produtos farmacêuticos e cosméticos. Outra vantagem do MEV com novos detectores é a ampliação das possibilidades de inovações nos estudos por levantar outros tipos de informações, além do impacto positivo nos relatórios técnicos e científicos realizados pelo corpo técnico.
Pesquisadora do Ital responsável pela área de Microscopia Eletrônica de Varredura do Cetea
75 anos de tradição, 12 Prêmios de Qualidade Sindusfarma e uma reputação consolidada no mercado. Esses são alguns dos motivos pelos quais a Mācron é referência no segmento. Somos especialistas na produção de embalagens para a indústria farmacêutica e nosso compromisso é entregar cada vez mais excelência, inovação e qualidade.
AS EMBALAGENS DOS PRODUTOS BELGAS VALORIZAM MUITO AS TRADIÇÕES DO PAÍS E AGORA SÃO PENSADAS PARA CUIDAR MELHOR DO PLANETA
Os belgas têm muito orgulho dos seus requintados chocolates. Uma das marcas mais conhecidas do mundo, a Côte d’Or, que hoje pertence à Mondelez, completou recentemente 140 anos e desenvolveu uma campanha para comemorar a data. As clássicas barras de chocolate ganharam embalagens que celebram a tradição da marca no segmento.
Os tempos mudaram e a marca se atualizou. Passou a oferecer novos sabores e demonstrar cuidados com as questões de sustentabilidade social e ambiental. Conquistou a certificação Fairtrade, que garante um processo produtivo sem uso de mão de obra escrava e a Côte d’Or ainda adequou a simbologia ambiental nas embalagens, entre outras iniciativas.
A Jacques mantém seu personagem dourado icônico (o pequeno Jacques) em todas as embalagens de seus produtos e agora os tradicionais biscoito-chocolate (marinetes) colaboram com projetos sociais.
Com duas porções, o queijo Maredsous oferece conveniência e praticidade, com sustentabilidade na embalagem. O produto é embalado em um cartucho de origem certificada e a marca apoia programas sociais.
O suco de maçã da Delhaize, maior rede de supermercados belga Delhaize, agora utiliza apenas garrafas de PET de material 100% reciclado e orienta seus consumidores ao descarte correto.
Outro vem numa garrafa de vidro com rótulo em papel com recomendações claras sobre a disposição.
A Nutroma continua oferecendo seu xarope saborizador de leite ou sobremesas, porém agora está usando e divulgando que o frasco utiliza PET com material reciclado. O rótulo sleeve possui indicação clara de zíper pré-cortado para facilitar a sua separação do frasco antes do descarte para reciclagem. Além disso, a marca comunica de forma clara o percentual de redução da pegada de carbono da embalagem, neste caso, foi de 58%, um excelente avanço para um mundo melhor.
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De 27 a 30 de junho, no Expo São Paulo, acontecerá a Fispal Tecnologia, reconhecida como o maior encontro para a indústria de alimentos e bebidas na América Latina, completando 39 anos este ano.
A Fispal Tecnologia ocorre simultaneamente à Tecnocarne, e juntas têm a expectativa de reunir mais de 45 mil visitantes e cerca de 450 expositores. O evento apresentará novidades e tecnologias em processos, embalagens e logística.
Com a campanha “Futuro Sustentável”, a Fispal Tecnologia reforça o seu papel no mercado, que é o de impulsionar o crescimento da indústria, sem deixar de lado a consciência social e ambiental.
Este ano, os projetos, atrações e o operacional do evento seguirão os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), definidos pela ONU.
Entre as atrações, a Arena Fispal Tec 2023 é um encontro para os decisores da indústria de alimentos e bebidas que buscam ideias inovadoras para transformar seus processos e inspirar novos comportamentos. Durante quatro dias intensos, haverá a oportunidade de discutir temas importantes para o setor, bem como para os consumidores, e terá a sustentabilidade como tema principal.
www.fispaltecnologia.com.br
As estatísticas variam um pouco dependendo da fonte e do que está sendo incluído como embalagens impressas, mas empresas especializadas em investigações de mercado, de respeito e com larga tradição, como a Inglesa Smithers, estimam um valor total do mercado gráfico em 2026 na ordem de US$ 843 bilhões de dólares, segundo seu reporte The future of Gobal Printing to 2026 . E com o segmento de embalagens e rótulos sendo o que tem e o que terá o maior share do mercado.
Aliás, em outro estudo, este mais específico sobre o mercado de embalagens impressas, The future of Packaging Printing to 2027 , a mesma Smithers estima um valor de US$ 551,3 bilhões de dólares em 2027. Ou seja, um segmento predominante.
Há sempre uma discussão entre o que está incluído na chamada indústria gráfica e o que podemos considerar como a indústria de impressão. Esta, para mim, muito mais abrangente e cujas aplicações levam esse mercado total acima de US$1 trilhão anuais.
Digo, há tempos, que hoje podemos imprimir o mundo. Com as novas tecnologias, especialmente a digital, se expandiram as possibilidades e um sem-número de novas aplicações avançam nas impressões industriais de cerâmica, tecidos, vidros, madeira, eletrônicos e muito mais. A já referida Smithers entende ser um mercado adicional de mais de US$120 bilhões de dólares anuais. Por baixo.
Portanto, se olhamos estrategicamente as possibilidades de uma gráfica hoje, há todo um novo horizonte a ser pensado, entendido e, por que não? Explorado.
Mas vamos ficar aqui entre ser gráfica e ser convertedor, já que muitos dos chamados convertedores
não se entendem como gráfica, mas, sim, especializados em uma ou mais das embalagens impressas.
Seja como for, não há dúvida que a produção de embalagens é o grande mercado da indústria gráfica e de conversão. Agora e nos próximos anos. Até porque é o produto com menor substituição por equivalentes digitais dentro da produção gráfica. E é o produto que vem ganhando cada vez mais importância para as marcas e para o mercado consumidor. Seja para o transporte, proteção, distribuição, informação e geração de venda dos mais diferentes produtos. Um canal efetivo de comunicação entre quem vende e quem compra, daí sua importância mercadológica. Por isso mesmo que muitas gráficas, especialmente durante e pós pandemia, trataram de se direcionar para a produção de embalagens em um processo que requer muita objetividade e diferentes adaptações. Em sua estrutura e abordagem comercial, no ajuste de equipamentos, especialmente em acabamento, nos requisitos de qualidade, em logística, em certificações exigidas por indústrias como alimentícia, farmacêutica e outras.
Claro que há mercados e mercados de embalagens. E diferentes nichos em que produções menores e mais dirigidas facilitam essa adaptação. E são nesses que muitos vão se instalando: produtos para delivery, rótulos de média e baixa tiragem, novos produtos de pequenas empresas, sacolas, embalagens para presentes, embalagens de micro ondulado com impressão digital, embalagens e rótulos personalizados e uma infinidade de outras configurações.
Nas grandes produções ou, mais especificamente, na produção em maior escala, especialmente para grandes marcas globais, residem os maiores desafios para a gráfica menos especializada e sua necessária adaptação e transformação.
Mas que as gráficas já bem estabelecidas tampouco escapam, nessa época de rápido avanço tecnológico e mudanças também rápidas de perfil de consumo e novos hábitos.
Automatização de processos, tecnologias avançadas de produção, gestão eficiente de cores e estandarização, transformação digital e integração com os processos dos clientes, logística sofisticada, respostas rápidas, vivência dentro do cliente e serviços adicionais além da impressão: ajuda na gestão de projetos, protótipos e testes, segurança, rastreamento de produtos e outros, além de todos os aspectos que envolvem a sustentabilidade. Item importantíssimo. Esses são hoje os requisitos básicos e um roadmap para continuar avançando nesse mercado.
No título deste artigo pergunto se a embalagem é um amor eterno às gráficas. Ouso responder que sim, dentro de certas condições. A de que o mercado continue crescendo, em um país onde as taxas de crescimento da economia estão baixas há muitos anos. Embalagem é consumo, consumo é embalagem. Que os fabricantes e fornecedores de matérias primas estejam nesse jogo considerando as gráficas não somente como o meio do sanduiche, mas como parceiros importantes de toda uma cadeia de produção. E que a força econômica de clientes não passe por cima de condições básicas de um relacionamento estável e duradouro, o que nem sempre acontece.
Enfim, como diria o poeta Vinicius de Moraes, que esse amor seja infinito, enquanto dure.
18o Exposición intErnacional dEl EnvasE, EmbalajE y procEsos para toda la industria
12o Exposición y congrEso para la ciEncia y tEcnología
farmacEútica, biotEcnología y vEtErinaria
Desde a pré-forma até a embalagem final, nossas linhas não apenas economizam consideravelmente energia, mas também materiais e custos de manutenção. Um dos nossos sistemas é a nossa compacta InnoPET TriBlock Aqua M, que sopra, rotula e enche as garrafas individualmente de forma eficiente, com uma performance até 82.000 garrafas por hora que também economiza tempo - Isso é o que chamamos de eficiência por completo: khs.com/water