SUMÁRIO
ENTREVISTA LUCIANA PELLEGRINO É ELEITA PRESIDENTE DA WPO E QUER
TRABALHAR PARA EXPANDIR AS PAUTAS DE IMPACTO POSITIVO DO SETOR, AGORA EM ESCALA GLOBAL
FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)
Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi
Administração: Rejane Doria
Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com; redacao@embanews.com
Publicidade: comercial@embanews.com
Colunistas desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Elisabete Segantini Saron, Fabio Mestriner, Gustavo Henrique Moraes
Projeto Gráfico: FlyJabuti Design
Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal
A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.
Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.
As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS
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PLATAFORMA DE CRIAÇÃO
Em edição limitada, Coca-Cola lançou o novo sabor de Coca-Cola® Creations, plataforma de inovação da empresa, em conjunto com a Riot Games, a desenvolvedora do League of Legends . Coca-Cola® Ultimate Sem Açúcar é resultado da primeira união de Coca-Cola Creations com uma empresa de games. Paralelamente ao produto, há o lançamento de experiências digitais dentro do jogo, criando conexões com gamers de todo o mundo.
Este já é o quarto lançamento de Coca-Cola® Creations na América Latina. Por aqui, Coca-Cola Byte foi o primeiro sabor da mar-
ca nascido no mundo virtual e chegou em abril do ano passado. Este sabor inédito foi inspirado na interconexão com a comunidade gamer global. A apresentação da plataforma global Coca-Cola Creations para a América do Norte, junto com o lançamento de um novo sabor, Coca-Cola Starlight, havia sido feita dois meses antes, em fevereiro.
Logo após veio Coca-Cola® Marshmello, que foi a primeira bebida da marca em criação conjunta com um artista, e que na definição da marca é uma fusão refrescante dos sabores favoritos do artista, morango e melancia, misturados com o sabor único da Coca-Cola®.
“A música é poderosa para conectar comunidades e criar oportunidades para experiências compartilhadas, assim como a Coca-Cola”, disse Javier Meza, vice-presidente sênior de marketing LATAM da The Coca-Cola Company, por ocasião do lançamento.
A música foi tema também de Coca-Cola Movement, edição limitada em uma co-criação com a cantora Rosalía, fenômeno musical da atualidade, que trouxe música
exclusiva da cantora; a primeira vez que uma música é criada para a Coca-Cola® Creations.
“A transformação como meio de autoexpressão é poderosa e repercute na geração atual, e a música é a linguagem universal para a transformação”, disse Oana Vlad, Diretora Sênior de Estratégia Global da The Coca-Cola Company.
A EMBALAGEM COMO CONEXÃO ENTRE FÍSICO E VIRTUAL
Cada lançamento de Coca-Cola Creations é fruto de colaboração, criatividade e conexões culturais, um ecossistema de inovação, inspirado no mundo digital, na música, na comunidade gamer e no que mais estiver acontecendo.
Em todos eles, os fãs são transportados para o hub online da Coca-Cola® Creations através de um código QR na embalagem, que leva a novas experiências e interações.
Em alguns casos a própria embalagem é resultado da cola-
boração com os artistas. Caso de Coca-Cola Movement, em uma embalagem com design contrastante, que “exibe a personalidade em constante evolução de Rosalía por meio de cores vibrantes, traços sinceros que a artista desenhou à mão enquanto provava a Coca-Cola® Movement pela primeira vez”, na descrição da embalagem. A icônica caligrafia spenceriana de Coca-Cola também é recriada a cada edição. Neste caso se transforma em um esboço ao capturar o momento de metamorfose.
Coca-Cola® Marshmello traz impressionantes imagens em preto e branco que homenageiam a estética exclusiva do artista. Aqui a caligrafia da Coca-Cola® mescla as marcas de forma suave e agradável. A Coca-Cola® fez parceria com a Forpeople no design das embalagens de Marshmello e também de Coca-Cola® Byte, em que pixels foram usados para retratar o logo.
em um design marcante de embalagem na cor preta e tons de dourado. O reconhecido logotipo da Coca-Cola® Creations também é incrementado por um brasão ‘Ultimate’ personalizado com a energia do brilho Hextech azul mágico. Neste caso, o design da caligrafia spenceriana da Coca-Cola® é também exclusivo.
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Em Coca-Cola® Ultimate Sem Açúcar, as duas marcas se unem
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O futuro começa em nossas cabeças
UMA REVOLUÇÃO NA RECICLAGEM DE EMBALAGENS PLÁSTICAS FLEXÍVEIS
ADeink Brasil está lançando uma tecnologia inédita para a reciclagem de filmes laminados e multicamadas, que são os materiais que compõem boa parte das embalagens plásticas flexíveis de produtos como snacks, biscoitos, sorvetes, etc.
A DEINK 4D (delaminação, desmetalização, destintamentoedisrupção) soluciona as restrições econômicas e operacionais que existiam para a recuperação e reutilização dos resíduos pós-consumo até então tratados como não recicláveis e destinados a aterros e
Sistema de Controle de Registro
• Sensor inteligente de 1 pixel colorido;
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reciclagem energética, ou mesmo indo parar no meio ambiente.
“Já havíamos conquistado a tecnologia inovadora de destintamento, que promove a remoção total das tintas dos resíduos plásticos impressos, e queríamos ir mais longe, encontrar outras novas soluções. Alcançar agora o domínio do processo da delaminação é um verdadeiro marco no setor de reciclagem de plástico”, destaca Marcelo Mason, Head de Sustentabilidade & ESG da Deink Brasil.
Desenvolvida com exclusividade pela Deink Brasil, a tecnologia DEINK 4D permite separar as camadas das embalagens laminadas (delaminação) e retirar as camadas de adesivos, verniz, tintas, metalização, tornando o resíduo recuperado resultante um material pós-consumo de alto grau de pureza, que o torna apropriado para uso em diversas indústrias, como linha branca, eletrodomésticos, injeção em geral, bem como embalagens flexíveis seja em filmes ou rótulos. Isso muda radicalmente a reciclabilidade das embalagens flexíveis, aumenta o valor do seu resíduo e promove o aumento efetivo da reciclagem dessas embalagens.
“Trata-se de um processo químico dentro de uma linha de reciclagem mecânica, uma reciclagem híbrida com potencial de uso global”, explica Mason. Segundo ele, a conquista da Deink pode ser definida como o desenvolvimento de um ciclo fechado e sustentável, utilizando soluções químicas sem solventes.
“O grau de pureza desse material é altisssimo; devido ao próprio processo, ele gera uma resina com baixíssimo índice de inorgânicos, e alcança uma performance similar à do material virgem. O processo em si é inovador e disruptivo em todos os sentidos, não só pelo impacto ambiental que ele gera, mas pelas possibilidades de aplicação desse material. É uma resina com selo de certificação PCR (PCR Certification), que comprova a rastreabilidade por block chain e que aquele material é de fato PCR, e não contém material virgem, além de todo o balanço de massa, e o atestado por boas práticas também”, explica o executivo.
BISNAGAS PLÁSTICAS PRODUZIDAS COM RESINA RECICLADA PÓS-CONSUMO (PCR)
MENOR IMPACTO AMBIENTAL COM REDUÇÃO DO USO DE RECURSOS NATURAIS
Na Globoplast, sabemos da responsabilidade pelo impacto ambiental durante todo o ciclo de vida de nossos produtos. Por isso, nossos esforços são contínuos em tecnologia para ampliar, cada vez mais, o volume de resina reciclada utilizada em sua produção.
Nesse sentido, lançamos a bisnaga plástica produzida com resina reciclada pósconsumo (PCR) A utilização de matériaprima renovável causa um impacto positivo na economia circular por meio de fabricação, distribuição e descarte adequado de embalagens sustentáveis.
A Globoplast produz bisnagas plásticas de máxima qualidade para os segmentos cosmético, farmacêutico e veterinário, químico e de alimentos, com grande variedade de acabamentos e diâmetros.
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PLANOS DE DESENVOLVIMENTO NO BRASIL E EXTERIOR
Por enquanto, a resina não pode ser usada em aplicações para contato com alimentos, mas a ideia é buscar a certificação nas regulamentações europeia e americana, e em seguida, na Anvisa, assim que a planta iniciar as operações.
“O propósito da Deink é buscar o que ninguém está fazendo. Assim que trouxemos a tecnologia de destintamento, colocamos o nosso departamento de IP&D - inovação, pesquisa e desenvolvimento para trabalhar em cima de novas tecnologias, para outros materiais, materiais com barreira, com multicamada, com laminação. Chegamos a essa tecnologia 100% nacional, patente nossa, sem similar no mundo e que coloca o Brasil na vanguarda. Temos planos de desenvolvimento tanto para o Brasil como em outros países, porque a demanda vai ser grande”, afirma.
O investimento inicial projetado é de R$ 85 milhões, contemplando a nova planta em Itupeva (SP), com mais de 30.000 m2 de área e capacidade instalada de 25 mil toneladas/ano. A Deink planeja implantar 10 linhas de fabricação utilizando a nova tecnologia até 2030, não apenas no Brasil como também em plantas no exterior.
Essa nova tecnologia já está preparada para operar com os outros tipos de materiais multicamadas, mas o avanço será por etapas. “É uma tecnologia nova e acreditamos que teremos uma curva de aprendizado que faz parte do processo. A primeira linha de produção da tecnologia Deink 4D, que começa a funcionar em julho, irá tratar especificamente os filmes de BOPP (polipropileno biorientado), porque são de extrema relevância para as marcas, já que estão presentes na grande maioria das embalagens de alimentos. A cada ano o mercado nacional movimenta cerca de 170 mil toneladas de BOPP (polipropileno biorientado).
“Já temos programada mais uma linha de destintamento – temos demanda para esse mercado, e vamos fechar 2023 e início de 2024 com 30 mil toneladas ano. Acreditamos que haja demanda para pelo menos umas 2 a 3 linhas”, diz.
A Deink já está em conversações com empresas de logística reversa para que esse tipo de resíduo que antes não era aproveitado, passe a ser coletado. São empresas que trabalham diretamente com as cooperativas de catadores, que têm várias frentes de trabalho, e que poderão fazer essa ponte com as marcas e os consumidores juntamente conosco, para dar destino correto a esse material.
Fundada em 2017 por Rogério Mani, hoje à frente do Conselho de Administração da companhia, a Deink trouxe para o Brasil com exclusividade a inovadora tecnologia de destintamento. Hoje, a empresa é referência em inovação e tecnologia no mercado de reciclagem de resíduos plásticos.
https://www.deinkbrasil.com.br
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AS CORES DA LIDERANÇA E OS CONTINENTES CROMÁTICOS
TER UMA COR DEFINIDA COMO ATRIBUTO DE PERSONALIDADE É UMA FORÇA QUE IMPULSIONA
Participei no dia 2 de março de um evento da DuPont Cyrel Solutions onde diversos especialistas, em diferentes áreas relacionadas à cor no processo de impressão flexográfica, surpreenderam positivamente a audiência e me fizeram lembrar de um artigo que escrevi em 2009 baseado em um capítulo do livro Design de Embalagem Curso Avançado lançado em 2002. O artigo “As cores da liderança” baseia-se num estudo que fiz sobre as cores adotadas pelas marcas líderes em diversas categorias de produtos.
O artigo começava assim: “Muitas vezes sou questionado por estudantes sobre a questão das cores aplicadas às embalagens. Mesmo os profissionais desejam saber se existe uma “ciência” que indique, com certa precisão, as cores mais recomendadas para as diversas categorias de produtos. Dizem que não se deve usar preto em alimentos e que o amarelo, combinado comovermelho,éamelhorsolução para as categorias de alimentos.”
Neste evento no Lab de Inovação da DuPont, realizado em parceria com o Studio Lazer, o objetivo foi traduzido num dos temas apresentados: “Color Engage, a aliança de toda a cadeia produtiva - Donos de Marca, Agências de Design, Pré-Mídia, Clicheria e Convertedores - com foco na importância da COR e o quanto ela expressa as marcas e produtos” . E, justamente, me veio à mente o quanto já lidei com o problema que é escolher cor para as embalagens por saber que a cor
acaba posicionando o produto num “Continente Cromático” onde já se encontram outros produtos que escolheram cores semelhantes. A cor também tem três funções que podem trabalhar a favor ou contra o que pretendemos comunicar.
Sabemos que a apresentação de uma cor definida de forma absoluta como ocorre com produtos como Maizena, Sonho de Valsa, Diamante Negro e o chocolate Milka, por exemplo, representa um forte suporte para a identidade do produto e um referencial claro de sua personalidade para os consumidores. As pilhas Ray-o-Vac incorporaram “as amarelinhas” como seu slogan por tratar-se de uma identificação precisa do produto. O aperitivo Campari também utiliza a cor como seu diferencial de personalidade e seu slogan publicitário afirma que “só ele é assim”
Ter uma cor definida como atributo de personalidade é uma força que impulsiona o produto a obter melhor reconhecimento. O vermelho original do suco Del Valle, utilizado para abrir mercado quando esta marca desconhecida chegou às gôndolas do Brasil vinda do México, tornou-se uma marca registrada deste produto e foi apontada nas pesquisas com consumidores como o principal ícone de sua identidade.
Este suco conseguiu se “apropriar” de uma cor, como fez a Ferrari, e como fazem as equipes esportivas, criando valor.
Ao colocar na pauta do evento a cor, a DuPont e a Studio Laser uniram forças num tema da maior
relevância para a impressão flexográfica, especialmente num momento em que a tecnologia avança a passos largos, quebrando barreiras e abrindo novos horizontes para o trabalho dos designers de embalagem e dos técnicos da cadeia de impressão.
Para mim, o maior mérito deste evento foi entender o conceito de “cadeia” uma vez que sempre defendi que a embalagem que encontramos no mercado é o resultado da ação de uma cadeia complexa e multidisciplinar. Já está provado que quando esta cadeia trabalha unida, ela se torna mais forte e coesa, proporcionando ganhos de qualidade e eficiência para todos os seus participantes.
Neste evento fiquei muito feliz em ver este conceito aplicado em toda sua extensão, confirmando que na embalagem a competição acontece por cadeias que atuam unidas e não por empresas e indivíduos que trabalham em suas especialidades sem considerar os demais participantes. E quando falamos da cor na impressão flexográfica, os ganhos obtidos pelo conjunto superam, em muito, aqueles que são buscados de forma individual por designers, convertedores, clicherias e demais participantes da cadeia.
AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS MUNDIAIS DO MERCADO DE EMBALAGENS
OS AVANÇOS OBSERVADOS NA INTERPACK E METPACK
Omês de maio foi marcado pelas feiras Interpack e MetPack, onde observamos diversos avanços no emprego de novas tecnologias e materiais de embalagem e, portanto, as principais tendências, já que são consideradas as maiores e mais importantes feiras do setor. Ao longo de uma semana, a Interpack recebeu visitantes de 155 países e 2.807 expositores de todo o mundo, apresentando tecnologias de ponta e tendências dos setores de alimentos, bebidas, confeitaria, panificação, farmacêuticos, cosméticos, materiais e componentes, enquanto a MetPack, feira líder mundial no segmento de embalagens metálicas com duração de cinco dias, reuniu 200 expositores de 25 países para um público de 6,5 mil pessoas.
Novos sistemas de automação para envase de produtos estiveram bastante presentes em ambas as feiras, proporcionando uma menor manipulação humana e, consequentemente, a redução da possibilidade de contaminação. A automação pode oferecer ainda um
monitoramento mais eficiente da qualidade do produto e da embalagem, e viabilizar a tomada de decisão mais rápida e de forma remota para a correção de possíveis problemas durante o envase.
A sustentabilidade, por sua vez, foi de longe o grande tema abordado pela maior parte dos fabricantes de embalagens, que apresentaram soluções mais voltadas a: estruturas monomateriais e os desafios atuais envolvidos na sua execução; aplicação de barreiras (à umidade, ao oxigênio etc.) que não comprometem de forma significativa as cadeias de reciclagem já estabelecidas; uso de materiais de fontes renováveis, como polietileno de cana-de-açúcar e de fontes não convencionais; desenvolvimentos de vernizes, preferencialmente à base de água, que necessitam de quantidades de energia menores para a cura; adesivos usados em estruturas plásticas laminadas que permitem a separação das camadas, e substituição de materiais plásticos por celulósicos, quando possível. Esses aspectos, aliás, têm sido uma preocupação comum entre produtores de emba-
lagens e insumos na transição para estruturas que priorizam o ponto de vista ambiental.
Por fim, destacamos a ampla discussão em torno do atendimento a legislações, principalmente europeias, que apresentam metas cada vez mais próximas de se tornarem obrigatórias. Exemplos de soluções apresentadas em ambas as feiras abrangeram desde a melhoria da viabilidade técnica para reciclagem ou compostagem das embalagens até a incorporação de conteúdo reciclado nos filmes plásticos, inclusive para contato com alimentos, e o desenvolvimento de vernizes epoxy-free para embalagens metálicas.
Essas e outras soluções vistas na Interpack e na MetPack deste ano serão abordadas em evento do Cetea que será realizado nos próximos meses, cujos detalhes serão divulgados em breve no link:
https://ital.agricultura.sp.gov.br/cetea/eventos
UMA PORTA-VOZ DA
TRANSFORMAÇÃO EM AÇÃO
LUCIANA
PELLEGRINO É ELEITA PRESIDENTE DA WPO E QUER TRABALHAR PARA EXPANDIR AS PAUTAS DE IMPACTO POSITIVO DO SETOR, AGORA EM ESCALA GLOBAL
Luciana Pellegrino foi eleita presidente da WPO – World Packaging Organisation, e sucede a Pierre Pienaar, assumindo no dia 25 de novembro próximo. Ela é a primeira mulher eleita na associação, por unanimidade de votos, em eleição com quórum recorde.
É um momento emblemático na carreira da diretora executiva da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, iniciada há 26 anos, que entre outras marcas agregou consistência e constância ao trabalho da entidade, mas mais que isso, ela acredita que, como associação, pode trazer impacto positivo para o setor e a sociedade, provocando-os a irem além, e criando ferramentas para sua transformação.
A WPO tem 56 anos, e a ABRE ingressou por volta de 1996 na organização mundial, quando Sergio Haberfeld era o presidente da entidade brasileira, tornando-se também o presidente da WPO. Desde então a ABRE vem mantendo uma atuação bastante ativa. Luciana, já como diretora executiva da ABRE, começou a representar a ABRE na WPO em 2001. São mais de 20 anos de atuação na organização internacional. Em 2009, ela criou as vice-presidências na WPO, como forma de trazer os membros para a gestão e tornar a associação mais ativa, em apoio ao presidente. Atualmente ela é vice-presidente sênior de marketing, cargo que manterá até novembro de 2023.
À medida que Luciana nos conta como está en-
A Embaquim agora está com Sede Própria. Localizada em São Bernardo do Campo, contamos com um terreno de mais de 20 mil m², proporcionando 10 mil m² apenas de fábrica para toda qualidade e segurança de nossos produtos. A sede está repleta de área verde valorizada com árvores frutíferas, painéis solares, logística integrada e conforto, seguindo todas as Normas de Boas Práticas de Fabricação.
tusiasmada e feliz com os novos desafios e fala sobre suas realizações e projetos futuros, vai ficando claro o caminho que a trouxe até aqui. “Acho que eu sempre soube que na vida temos que ser o melhor possível, não podemos parar no meio do caminho, é preciso entender como expandir o nosso potencial, fazer de verdade, fazer valer a pena. E temos que estar aberto para aprender, não sabemos tudo, a vida é uma grande lapidação”.
A ABRE é uma entidade que iniciou suas atividades em 1967 e conta atualmente com aproximadamente 230 associados e tem como objetivo o desenvolvimento sustentável do setor, através da conexão entre os diferentes protagonistas do ecossistema da embalagem brasileira.
A WPO - World Packaging Organisation é uma organização não-governamental, uma federação internacional de institutos e associações de embalagem, federações de embalagem regionais e outros interessados. Foi fundada em 6 de setembro de 1968, em Tóquio, por líderes visionários da comunidade global de embalagens, com o propósito de encorajar o desenvolvimento de tecnologia de embalagem, ciência, acesso e engenharia; contribuir para o desenvolvimento do comércio internacional e estimular a educação e capacitação em embalagem. A WPO é uma entidade que hoje tem 61 países representados, com 88 membros.
EMBANEWS: O fato de ser a primeira mulher eleita presidente da WPO carrega uma simbologia. Como você vê essa questão?
LUCIANA PELLEGRINO: Acredito que o fato de ser a primeira mulher eleita presidente da entidade tem um significado, acho que todos estão valorizando novos modelos de diversidade para a indústria, homens e mulheres trabalhando juntos. Isso enriquece as discussões, rompe velhos hábitos para trazer mudanças que façam frente aos novos desafios do mercado e da sociedade, e às novas expectativas, novas abordagens. Quando se dá um passo como esse na WPO, uma entidade que tem hoje 61 países representados, de culturas muito diferentes, isso chama a atenção. É a partir do momento em que as pessoas enxergam a mudança como possível que a mudança pode acontecer. Acho que todos estão querendo uma associação que seja protagonista de mudanças, e provoque o setor para novas abordagens.
EMBANEWS: Quais são as principais linhas de atuação da WPO?
LUCIANA PELLEGRINO: Hoje a WPO tem na sua pauta, quatro temas fundamentais, que eu quero ampliar: 1º é a inovação, que promovemos através do Worldstar Awards e do apoio para a criação de prêmios nacionais de embalagem em países que ainda não têm. A premiação incentiva a inovação, cria competitividade, recompensa, dá visibilidade, encoraja os profissionais.
O 2º é a educação. A WPO investe recursos para promover cursos de capacitação de profissionais em diferentes países membros, como o realizado no Brasil em 2018, entre outras ações.
O 3º foco é a sustentabilidade. A WPO busca criar uma voz comum e um direcionamento para ajudar as empresas a seguirem um caminho. Publicamos há dois anos o Guia de Design de Embalagem para Reciclagem, um guia bem didático que já foi traduzido para 10 idiomas diferentes, e está sendo traduzido para mais línguas para que fique disponível para o maior número de países.
Um 4º tema é a redução de perdas e desperdícios de alimentos, em um trabalho junto com a FAO e a interpack, que tem um amplo programa, incentivando o desenvolvimento de embalagens para a redução de perdas e desperdícios. Há uma categoria no Prêmio Worldstar com esse objetivo.
EMBANEWS: E qual é seu plano em sua gestão?
LUCIANA PELLEGRINO: Quando eu assumir, buscarei ampliar essa pauta existente. E olhar para novos temas, como processos de inovação, processos colaborativos, os ecossistemas de inovação e startups, e como podemos aproximar nossa indústria, não só dos processos em si, mas do mindset de inovação. Tudo isso traz desafios para a operação industrial, ao propor uma nova forma de pensar o negócio, mas necessária, porque cria agilidade e amplia as possibilidades.
Um outro tema que quero trazer é a digitalização e como a embalagem vai se fortalecer como uma plataforma de interação, comunicação, rastreabilidade, monitoramento, tudo ali na embalagem.
Também quero levar a pauta da governança para a parte corporativa da WPO, e a partir disso ampliar as parcerias e colaborar com outros fóruns e órgãos, além da UNIDO, e com isso fortalecer a voz da WPO e da indústria de embalagens.
EMBANEWS: O que muda em seu trabalho?
LUCIANA PELLEGRINO: Eu continuo sendo diretora executiva da ABRE em tempo integral e a representar a ABRE na WPO. O que muda, acredito, é que serei provocada a olhar para novas perspectivas, que é um pouco do trabalho que vem sendo feito pela ABRE no Brasil. É poder pensar de uma forma mais ampla e estratégica e então ajudar a indústria de embalagem de outros países a fazerem esse movimento evolutivo. Entender como a indústria de embalagens pode ingressar em outras esferas para discutir de fato temas que são cruciais para nossa indústria. Pensar nas novas parcerias que podemos fazer no âmbito global. Ter acesso a diferentes fóruns de discussões e eventos, para compreender a visão de futuro da embalagem a partir de novas perspectivas. Compreender como outros países estão tratando temas essenciais para a nossa indústria e também trazer tudo isso para o Brasil, para os nossos associados.
ENTREVISTA
EMBANEWS: Voltando ao Brasil, como vê o atual momento da embalagem brasileira?
LUCIANA PELLEGRINO: O Brasil traz desafios para o setor industrial produtivo. Podemos citar o atual sistema tributário brasileiro, que tira competitividade da nossa indústria, além da própria falta de clareza jurídica, entre outras questões. É claro que são problemas que precisam ser resolvidos. Mas, por bem ou por mal, esses desafios acabam por nos fortalecer no final das contas, ao nos forçar a encontrar caminhos.
A ABRE tem apoiado a indústria nessa busca por caminhos e também a tem provocado a olhar, não só para a embalagem, mas para os modelos de negócios, para levar a nossa indústria a trabalhar cada vez mais calcada em parcerias e colaboração, e não restrito a um ambiente de competitividade individual de cada empresa, e sim voltado para uma perspectiva sistêmica. Nessa busca por competitividade, a ABRE tem buscado outras ferramentas para ajudar as empresas a inovar, a acelerar uma inovação e a ter um impacto positivo maior, tudo isso, sem dúvida, vai ajudar na WPO.
EMBANEWS: Como vê as novas fronteiras da embalagem?
LUCIANA PELLEGRINO: A indústria de embalagem é uma indústria de tecnologia, muito bem estruturada no desenvolvimento de materiais, processos, funcionalidades, e é uma indústria muito ágil. Penso, porém, que a nova fronteira da embalagem extrapola a indústria em si, mas talvez ainda tenhamos que provocar esse movimento. Vejo dois aspectos: um, as marcas entenderem a embalagem como uma ferramenta estratégica transversal ao negócio. Atualmente, ela fica muito restrita ao P&D de embalagem. Falta o pensamento estratégico da embalagem nas diversas esferas da empresa e isso limita explorar a embalagem em todo o seu potencial, seja para trazer eficiência à cadeia de consumo, melhorar a conexão com o consumidor ou a prestação de serviços. Por exemplo, o supply chain hoje é uma área estratégica das empresas. Como a embalagem pode trazer eficiência para esse supply chain? Pensar apenas na embalagem isoladamente não é capaz de dar respostas a isso.
Outro exemplo: pela perspectiva do consumidor, a embalagem é claramente uma ferramenta de comunicação. Ela pode comunicar inúmeras funcionalidades do produto e da marca. Mas hoje a comunicação com o consumidor está indo muito além. As empresas estão às voltas com a comunicação da criação de valor da marca, e a embalagem é o melhor meio. Mais uma vez, um P&D isolado dentro da empresa tem o seu potencial de contribuição reduzido em desafios assim. A outra fronteira é a sustentabilidade, mas de uma perspectiva que mais uma vez ultrapassa a nossa indústria. A embalagem não é vendida sozinha. Ela é vendida com um produto, que vai atender a uma necessidade do consumidor. Então, o consumidor precisa praticar o consumo consciente, usando o produto até
o fim e fazendo o descarte correto, etc.; o sistema de limpeza urbana tem que fazer a coleta desse resíduo e encaminhar para reciclagem, para enfim o resultado da reciclagem voltar para a indústria. Por isso não se deve falar apenas em sustentabilidade da embalagem. Fala-se em sustentabilidade nas cadeias de consumo e sustentabilidade na nossa vida em sociedade. A próxima barreira a ser vencida é a abordagem da sustentabilidade de uma forma sistêmica e holística. Com base nessa premissa é que a ABRE lançou no mais recente Congresso ABRE de Embalagem o Lupinha, uma plataforma de comunicação ampliada para o consumidor voltada para o consumo consciente, que reúne todas as informações legais sobre o produto, mas que tem como primeiro ponto de contato com o consumidor a orientação sobre o descarte, para que aquele resíduo agregue valor para o sistema de reciclagem.
O Lupinha já é um passo a ser dado, mas é preciso que os outros elos dessa responsabilidade encadeada e compartilhada na nossa gestão de vida em sociedade também façam a sua parte. O nosso objetivo é ampliar a discussão sobre sustentabilidade da embalagem para o debate sobre uma sociedade sustentável,
Ao completar 50 anos de fundação no último dia 22 de maio, a RELIPEL reafirma sua missão em produzir embalagens com qualidade e segurança, valorizando assim,oseuproduto.
Nosso agradecimento à todos os nossos clientes, fornecedores e colaboradores que confiam em nosso trabalho.
Assim, continuaremos escrevendo a nossa história com dedicaçãoemantendoatradiçãodesermos RELIPEL.
ENTREVISTA
na qual todos os elos têm seu papel e precisam atuar de forma encadeada, sob pena de não conseguirmos avançar para uma sociedade sustentável. Sem uma integração do sistema, não há como escalar os resultados e iniciativas.
EMBANEWS: E como você começou no mundo da embalagem?
LUCIANA PELLEGRINO: Eu tenho 27 anos de indústria de embalagem e 26 anos de ABRE. Eu comecei na ABRE em 1997, mas minha conexão com o universo da embalagem teve início quando conheci o Sergio Haberfeld, CEO da Dixie Toga; ele era o presidente da ABRE, e eu trabalhava na época na Câmara Americana de Comércio, que ele também presidia. Tudo começou quando surgiu a oportunidade de fazer um estágio fora do Brasil numa indústria de embalagem plásticas flexíveis, a Bryce Corporation, em Memphis, no Tennessee, uma joint-venture coligada ao grupo. Quando voltei para o Brasil, seis meses depois, eu ainda estava terminando a faculdade, e ingressei na ABRE como estagiária, em 1997, e fui efetivada em 1999. Por essa época, o mandato do Haberfeld como presidente da ABRE estava terminando, mas em sua visão, deveria haver continuidade e constância no trabalho da associação, independentemente do presidente que assumisse. Ele criou então o cargo de diretor executivo e, em 2001, fui convidada a assumir a diretoria da ABRE. Eu era muito jovem mas assumi o desafio, e aqui estou. Acho que uma das razões porque eu me apaixonei pelo trabalho na associação é esse dinamismo da nossa indústria, a cada ano, um novo projeto, um tema diferente. O dia a dia com todo o time da ABRE tem sido também muito enriquecedor, é uma turma super empolgada. E como associação, temos um grande potencial de criar impacto positivo para o setor. Agora, surge uma nova oportunidade de me ressignificar, de ter crescimento profissional, um amadurecimento pessoal nesse novo desafio, a partir de novembro, como presidente da WPO.
EMBANEWS: Em sua visão, quais foram os momentos marcantes da ABRE?
LUCIANA PELLEGRINO: Acredito que a consistência e continuidade do trabalho realizado pela ABRE ao longo do tempo tem sido uma marca importante. Já a criação dos comitês, por volta de 1998, deu voz ao associado, para ele trazer os seus inputs e participar das construções do setor. Um outro momento marcante foi quando fizemos o movimento para ampliar a pauta do setor e trazer novos modelos de inovação e negócios. O desenvolvimento da simbologia do descarte seletivo e sua implementação em um acordo firmado com o Ministério do Meio Ambiente, foi um projeto que trouxe impactos para a cadeia de consumo e a sociedade, indo além da indústria. Outro momento bastante simbólico foi quando firmamos um termo de cooperação técnica com a Cetesb para juntos desenvolvermos
uma orientação sobre circularidade das embalagens. Mais recentemente, o próprio Ceagesp buscou a ABRE para desenvolver um projeto de eficiência na cadeia de frutas, verduras e legumes, e agora, o destaque é o Lupinha, porque ele vai empoderar o consumidor para o descarte da embalagem, que é hoje um movimento crucial.
Ressalto ainda um marco fundamental, que foi a mudança de nosso escritório em agosto de 2020, após 40 anos no mesmo endereço. Isso não foi simplesmente uma mudança física, mas de cultura e propósito. Nosso objetivo foi consolidar a ABRE como um hub de articulação do setor, em um espaço mais fluído. E ao mesmo tempo, promover uma mudança de cultura entre colaboradores da ABRE e seus associados, em uma atuação mais colaborativa e aberta a novas experiências. Acho que essa nossa capacidade de transformação é o principal valor de toda essa trajetória. Estamos sempre nos transformando.
EMBANEWS: Quais são os desafios para o futuro, do ponto de vista do setor e pessoal?
LUCIANA PELLEGRINO: Acho que o principal desafio é harmonizar a visão de futuro da embalagem com toda indústria, uma visão que contemple os impactos positivos que queremos contribuir para trazer para o setor e a sociedade, e consiga sensibilizar e engajar mais empresas, incluindo as novas gerações, porque temos que evoluir como indústria, a nossa indústria está sendo cobrada por isso.
O segundo desafio é ir para além da nossa indústria, e conseguir provocar movimentos sistêmicos na sociedade, porque a falta desses movimentos sistêmicos é negativa para nossa indústria que não consegue avançar. Essa é uma visão de futuro de passos que precisam ser dados.
Pessoalmente, o meu desafio é entender como trabalhar esse impacto em escala global, quais novas parcerias podem ser criadas, como eu posso de fato ajudar, como presidente da WPO, liderando e trabalhando com os membros, com todo o corpo executivo, a empoderar cada associação em seu país para que ela trabalhe essa transformação. Cada um de nós que somos apaixonados por embalagem temos que ser um porta voz dessa transformação. Como consigo criar esse canal para que a indústria de embalagens consiga ter uma voz mais forte para criar esses direcionadores. É um grande desafio, de novos entendimentos, novos aprendizados, novas perguntas, tempo, capacidade para fazer tudo isso, mas que conto com todos para conseguir.
https://www.abre.org.br; https://worldpackaging.org
O ENCONTRO OFICIAL PARA OS
Realização: Filiada à:
NA ALEMANHA, MERCADO DE PET FOOD TEM EMBALAGENS INOVADORAS
DO ALIMENTO À EMBALAGEM: SOFISTICAÇÃO, CONVENIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA MIMAR OS FILHOS DE QUATRO PATAS
Na Alemanha, os pequenos animais domésticos vêm substituindo as crianças e se tornando as companhias de adultos e idosos, que buscam cuidar deles com desvelo e mimos. Para tal, a indústria tem desenvolvido embalagens adequadas para situações antes inimagináveis.
Estamos acostumados a ver mães saírem com seus bebês, carregando uma pequena mala, com itens de primeira necessidade, como uma mamadeira extra, água, um pote de papinha, fralda descartável, um pequeno brinquedo para evitar o tédio etc. Agora, estes itens estão disponíveis para os pequenos animais domésticos (os “pets”). Para um passeio ao parque ou ao shopping, ou mesmo ao restaurante, os donos dos pets levam um kit para atendê-los: brinquedinhos, mamadeiras especiais, pote de ração úmida ou seca (em dose única), biscoitos ou petiscos.
Nos pontos de venda da Alemanha, há embalagens monodoses
de leite cremoso, parecido com os cremes de leite para acrescentar ao café. São cápsulas de alumínio e multipack de dois tipos diferentes de leite acrescidos de vitaminas específicas.
Os petiscos, além das embalagens flexíveis, podem ser encontrados em potes plásticos com lacres de alumínio e tampa para o refechamento para pequenas viagens ou para ter em casa.
A ração úmida em sachês é vendida em embalagens de papelão ondulado, tipo shelf ready packaging ou display, com diferentes sabores já sequenciados para que o animal tenha uma alimentação equilibrada e distinta a cada dia.
Há também doses suplementares de vitaminas específicas em stick packs, que são fáceis de abrir e servir como finalização das refeições dos pets. Os sticks pack são comercializados em cartuchos com tampas abre-fecha.
A marca Felix oferece um brinde para os clientes que compram a ração seca: uma lata de aço peque-
na para levar a quantidade ideal de ração para o passeio. Uma graça!
Outra marca, a Pablo oferece uma marmita pronta para mimar os cachorros. A refeição é embalada em uma bandeja de alumínio em formato que remete a um osso, impressa em toda a base, com peel off, fácil de abrir, também de alumínio. Um verdadeiro luxo!
Através das embalagens, as marcas de pet food, na Alemanha, mostram todo o cuidado com os bichinhos. Muitas trazem um selo-ícone com a mensagem de que o produto foi desenvolvido conforme orientação de médicos veterinários, tudo para garantir o bem estar animal.
Embalagens melhores mundo afora, mundo melhor!
SOLUÇÕES QUE
FISPAL TECNOLOGIA ARENA DE CONTEÚDOS É DESTAQUE
A Fispal Tecnologia acontece de 27 a 30 de junho, no São Paulo Expo (SP), e ocorre simultaneamente à Tecnocarne. Juntas, têm a expectativa de reunir mais de 45 mil visitantes e cerca de 450 expositores.
Entre os destaques, a Arena de Conteúdo FispalTec 2023 trará a sustentabilidade como tema principal, em fóruns de tecnologia e inovação, embalagens e ESG. Haverá também um dia exclusivo para as pequenas e médias indústrias que desejam inovar e transformar sua trajetória. Agende-se:
27 de junho – Fórum: Inovação & Tecnologia Industrial; 28 de junho – Fórum de Embalagem;
29 de junho – Fórum de ESG; 30 de junho – Fórum: Inovação nas Pequenas & Médias Empresas (gratuito).
Entre os palestrantes estão Gustavo Siemsen (Natural One), Donir Ribeiro da Costa (Nestlé), Gustavo Modesto de Moura (Nestlé), no Fórum de Inovação e Tecnologia Industrial. Juliana Santana Moraes (Wickbold), Caio Augusto Ramos (Ambev), Pierre Pienaar (WPO), no Fórum de Embalagem. Nelmara Arbex (KPMG), Barbara Sollero (Nestlé), Giovanna Meneghel (Nude), no Fórum ESG. E Tania Sassioto (eureciclo), Ulisses Vieira de Morais Junior (SENAI) e Lívia Bernardes (SENAI), no Fórum Inovação
Inscrições:
https://www.fispaltecnologia.com.br/pt/arena-fispal-tec-2023.html
COMPETITIVIDADE CONVITE VEEMENTE
UM ROAD MAP PARA O FORTALECIMENTO DOS PONTOS FORTES E A CORREÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS
O“convite veemente”, o título deste texto, não deve ser entendido como uma convocação para alguma atividade obrigatória ou de alguma intenção de forçar alguém a agir de uma ou outra maneira. Na verdade, é uma chamada geral para que todos aqueles que militam no setor de embalagem aproveitem a oportunidade única que é oferecida para os profissionais e empresas que atuam no País. Nos relatórios elaborados pelas organizações que estudam o tema (Fórum Econômico Mundial1 e International Institute for ManagementDevelopment 2, entre outros), os indicadores de competitividade publicados mostram o Brasil em posição delicada. Ao mesmo tempo, esses documentos, de forma gratuita, apresentam um verdadeiro road map para o fortalecimento dos pontos fortes e a correção daqueles considerados críticos. Isso é ótimo e é essencial que os fabricantes e usuários de embalagem sejam “veementemente convidados” a desfrutarem desse “presente”! Para começar, ouso sugerir algumas ações na formação de competências:
Fortalecer a formação interna de profissionais motivando-os de várias maneiras (por exemplo, pecuniária) a colaborar no enfrentamento das dificuldades do cotidiano empresarial, cada vez mais competitivo e turbulento. Isso pode ser realizado via eventos internos como palestras técnicas ou pequenos cursos ministrados por fornecedores, consumidores, clientes, professores, instituições de ensino. Formar talentos é essencial. Amedrontar-se ante a possibilidade de perdê-los para a concorrência e optar pela “não ação” é mergulhar na mesmice que beira a mediocridade;
Colaborar para reduzir a alta taxa de evasão de estudantes, motivada pela dificuldade em compatibilizar estudo e trabalho. Para tanto, podem ser oferecidos programas de estágio, bolsas para funcionários, horários especiais ou qualquer forma de incentivo. Enquanto eu atuava como Coordenador do Curso de Engenharia de Produção da Mauá, ouvi de muitos alunos relatos de “intransigências empresariais” que os forçaram a desistir do estágio;
Participar ativamente da reformulação do ensino médio para reestruturar a formação de profissionais que possam rapidamente ser contratados pelas organizações.
Ainda tenho em mente a maravilhosa escola técnica em que estudei (atualmente denominada Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado3), com tempo integral, apoio a estágios de férias em empresas da região, alta empregabilidade e, principalmente, fortíssima preparação para o vestibular; No que se refere às interações nas cadeias produtivas, outro convite: Assumir a governança pelo profundo conhecimento dos bens que fabrica o que exige muito estudo das propriedades e do desempenho (leia-se também Jornada) do produto e da embalagem desde o momento em que são projetados até o seu descarte ou reprocessamento, tendo em mente que a natureza não tem lixeira4! O principal benefício é evitar tanto o superdimensionamento (e desperdício) das embalagens como o seu subdimensionamento (perda de produto e de embalagem).
Para Francis Bacon5, “o conhecimento é poder”, ... pois não há poder sobre a terra que instale um trono ou uma cadeira de Estado nos espíritos e almas dos homens, em suas cogitações, imaginações, opiniões e
crenças, se não o do conhecimento e do saber.
Portanto, parafraseando D. João VI6, “põe a coroa” (o saber) “sobre a tua cabeça, antes que algum aventureiro lance mão dela”.
Finalmente, para descontrair, proponho:
Melhorar a utilização do tempo, organizando a mente7 de forma sistemática ou, simplesmente, desacelerando8 para encontrar a necessária lucidez extrema nos momentos de turbulência exacerbada. É preciso se permitir “sair da toca” ou “pensar fora da caixa” ou ainda “abrir espaço para a miscigenação de olhares e de ideias” que certamente trarão reflexos positivos na competitividade;
Em resumo, reitero o convite veemente para formar competências e assumir a governança da cadeia produtiva pelo conhecimento sem deixar de desacelerar nos momentos adequados.
A competitividade agradece!
1 World Economic Forum - https://www.weforum.org
2 https://bit.ly/42tyIVZ
3 https://etecap.com.br
4 Três Ideias sobre Ecomodernismo – Luc Ferry – Fronteiras do Pensamento - https://www.fronteiras.com
5 Bacon, F. O progresso do conhecimento; tradução, apresentação e notas Raul Fiker. — São Paulo: Editora UNESP, 2007.
6 https://bit.ly/3WWmu73 acesso em 28 de maio de 2023.
7 LEVITIN, D.J. A mente organizada: como pensar com clareza na era da sobrecarga de informação / tradução Roberto Grey. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.
8 https://www.desacelerasp.com.br
ANTONIO CABRAL Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT)
antonio.cabral@maua.br
acdcabral@gmail.com
18o Exposición intErnacional dEl EnvasE, EmbalajE y procEsos para toda la industria
12o Exposición y congrEso para la ciEncia y tEcnología
farmacEútica, biotEcnología y vEtErinaria
ATÉ 20% DE ECONOMIA DE ENERGIA É UM BOM COMEÇO.
MAS ISSO NÃO SIGNIFICA O FIM.
A sua solução KHS para um engarrafamento de água eficiente.
Desde a pré-forma até a embalagem final, nossas linhas não apenas economizam consideravelmente energia, mas também materiais e custos de manutenção. Um dos nossos sistemas é a nossa compacta InnoPET TriBlock Aqua M, que sopra, rotula e enche as garrafas individualmente de forma eficiente, com uma performance até 82.000 garrafas por hora que também economiza tempo - Isso é o que chamamos de eficiência por completo: khs.com/water