social
Por meio de projetos educativos e de inclusão, Coopercaps transforma o trabalho das cooperativas. Por Telines Basilio, o Carioca
ANO 34 | EDIÇÃO 402 | SETEMBRO 2023 Inscreva-se na EMBANEWS TV Reciclagem
transformação
PESQUISA P.14 AOS 60 ANOS, ITAL LANÇA PORTAL #MercadoDeCerveja P.06 DIVERSIFICAÇÃO É A TÔNICA #ImpressãoDigital P.08 METALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL P.16
e
18o Exposición intErnacional dEl EnvasE, EmbalajE y procEsos para toda la industria
12o Exposición y congrEso para la ciEncia y tEcnología
farmacEútica, biotEcnología y vEtErinaria
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
A Globoplast é uma empresa referência no fornecimento de soluções ecológicas e eficientes em embalagens, comprometida com as demandas globais. Oferecemos uma ampla variedade de soluções comprovadamente eficazes para reduzir a pegada de carbono, incluindo a diminuição no uso de matérias-primas e emissões de CO2.
Um dos nossos destaques são as tampas Low Profile para bisnagas de 35 e 50 mm, que possuem uma redução significativa no peso em comparação com as opções convencionais. Além disso, utilizamos resinas recicladas em nossas bisnagas, com uma composição de até 100% PCR, o que cria um novo ciclo de vida para as embalagens sem comprometer a funcionalidade e a qualidade dos nossos produtos.
Para nós, a sustentabilidade é um compromisso fundamental em todas as etapas do processo produtivo. Sentimos orgulho em oferecer produtos de alta qualidade, contribuindo para o meio ambiente.
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Bisnagas plásticas de menor impacto ambiental com redução do uso de recursos naturais
SUMÁRIO
ENTREVISTA INSPIRAR PESSOAS E RECICLAR VIDAS ESTÃO NA BASE DA HISTÓRIA DE TELINES BASILIO E DA COOPERCAPS
FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)
Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi
Administração: Rejane Doria
Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com; redacao@embanews.com
Publicidade: comercial@embanews.com
Colunistas desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Fabio Mestriner, Fernando Sandri, Luís Madi
Projeto Gráfico: FlyJabuti Design
Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal
A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.
Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.
As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS
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Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação impresso, digital ou outros meios sem prévia autorização.
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4 SETEMBRO 2023 06 #MercadoDeCerveja 08 #ImpressãoDigital 10 #EmbalagemPET 12 EMBALAGEM NO MARKETING 14 PESQUISA 22 EMBALAGEM DE PAPEL 24 FRONTEIRAS 26 COMPETITIVIDADE 16
ENTRE EM CONTATO COM A EMBANEWS NO WHATSAPP
CRESCE O NÚMERO DE CERVEJARIAS E DE MARCAS
Acerveja está entre as bebidas mais consumidas no mundo e no Brasil não é diferente. O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja - Sindicerv.
Segundo o Anuário da Cerveja, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA, os dados, referentes ao ano de 2022, mostram que o setor cervejeiro cresceu 11,6%, com a abertura de 180 novos estabelecimentos. Ao todo, o Brasil registrou 1.729 cervejarias. O anuário pode ser acessado através do link https://acesse.one/s35Uf. São Paulo mantém a liderança como o estado
com maior número de cervejarias registradas, com a marca de 387 cervejarias. O estado também se destaca como sendo aquele com maior aumento no número de estabelecimentos em relação a 2021, apresentando um acréscimo de 47 cervejarias.
A variedade de produtos se evidencia quando se verifica que em 2022, houve um crescimento de 19,8 % em relação ao total de produtos registrados que havia em 2021, o que representa 7.090 produtos a mais, alcançando a marca de 42.831 produtos registrados em 2022. Já em número de marcas, o Brasil conta com 54.727 marcas de cerveja registradas no MAPA.
Também se observou o aumento na oferta de versões de cerveja sem álcool, e da variedade de tipos de cerveja e sabores, além das drafts.
Segundo a Abracerva – Associação Brasileira de Cerveja Artesanal,
as cervejarias micro, pequenas e médias correspondem a cerca de 3% do mercado, mas representam 97% de todas as fábricas. Sua presença nos municípios ajuda a construir uma cadeia de valor que inclui bares especializados, qualificação de mão de obra para toda a cadeia, uso de insumos locais, criação de rotas turísticas e arrecadação de impostos.
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
O Brasil na última década registrou um crescimento das exportações de cerveja, com aumento de 150% ao longo da série histórica, distanciando-se dos volumes importados, principalmente nos três anos mais recentes.
Em 2022, porém, houve uma redução comparada a 2021. Foram exportados 200.588.542 kg do produto, um decréscimo de 16,8%. Em valor, a exportação de cerveja brasileira faturou US$ 120.047.504, uma redução de 8,7% relativo ao montante faturado no ano anterior.
Um aspecto positivo é a expansão do mercado brasileiro de exportação de cerveja. Em 2022, o Brasil exportou cerveja para 79 países diferentes, igualando à maior marca do período estudado, verificada em 2020, o que representa uma expansão de mercado de 11,3% em relação ao ano anterior e de 216% em relação ao início da série histórica.
Já a importação brasileira de cerveja segue em queda. Enquanto em 2021 a quantidade importada foi de 18.406.249 kg, em 2022 a quantidade diminuiu para 14.897.234 kg, um decréscimo de cerca de 19,1%.
#MercadoDeCerveja 6 SETEMBRO 2023
Em valor, a importação de cerveja no Brasil movimentou US$ 14.763.114 em 2021, enquanto em 2022 o valor caiu a US$ 13.008.858, um decréscimo de 11,9%.
A redução na quantidade de cerveja importada, já iniciada em 2019, provavelmente pode ser explicada pela maior oferta de produtos nacionais, conforme evidenciado no aumento de estabelecimentos e produtos registrados, segundo o estudo do MAPA.
Além da redução da quantidade de importação brasileira, verifica-se também menor diversidade na origem dos produtos, com 21 diferentes países exportadores de cerveja ao Brasil em 2022, uma redução de 22% quando comparada a 2021.
UM SETOR QUE GERA EMPREGOS EM TODA CADEIA
Os empregos diretos gerados nas fábricas de cerveja originam empregos diretos e indiretos em todas cadeias do setor, seja no fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, ou na distribuição e comercialização em supermercados, bares e restaurantes, além das atividades que orbitam o setor como serviços, consultorias, educação cervejeira etc.
O setor de fabricação de bebidas emprega mais de 120 mil pessoas de forma direta e as bebidas alcoólicas correspondem por 45,9 % e as não alcoólicas por 54,1%.
Do total da fabricação de bebidas, a cerveja representa 33,2% dos empregos gerados. Já dentro do campo das bebidas alcoólicas, a cerveja representa 72,3% do total com mais de 42 mil empregos diretos.
CRESCE CONSUMO DE EMBALAGENS DE MENOR VOLUME
Em estudo encomendado pelo Sindicerv à consultoria Euromonitor, e divulgado no final do ano passado,
revelou que o consumo de cerveja com 269 mililitros cresceu 90% nos últimos seis anos.
Segundo o estudo, o consumo de cerveja está mudando no Brasil. O brasileiro está consumindo cerveja com mais qualidade e com mais moderação.
Essa constatação vem de encontro à tendência do aumento do consumo de cerveja sem álcool, apontado em outras pesquisas.
Acompanhando essa tendência, as embalagens com 269 mililitros
(ml) de cerveja, ainda menores que as recomendadas internacionalmente pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAA), registraram aproximadamente 90% de crescimento de 2016 para 2021, atingindo o patamar de 30% das vendas no varejo, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. O NIAA define como quantidade padrão igual ou inferior a 1 dose de bebida alcoólica, que são 350 mililitros (ml) de cerveja.
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METALIZAÇÃO NA ERA DIGITAL
Xeikon e Kurz anunciaram avanços na tecnologia de metalização digital de ponta.
Baseada na tecnologia de toner Xeikon Titon recentemente lançada, a solução desenvolvida em conjunto integra a tecnologia Kurz Digital Metal com a impressora digital Xeikon TX500 para a produção de rótulos premium. Este método exclusivo de embelezamento em uma etapa oferece uma alternativa versátil e de baixo custo ao tradicional hot foiling e é a primeira solução de metalização digital segura para alimentos no mercado.
Fornecendo rótulos de alta qualidade em uma única passagem, esta inovação da Xeikon e da Kurz atende aos exigentes mercados de vinhos e destilados de alta qualidade. Sem restrições de tiragens ou designs, cria forte apelo nas prateleiras, de maneira sustentável, flexível e econômica.
Apresentando as mesmas vantagens da impressão digital, abre novas oportunidades de mercado, como a metalização variável, que pode ser utilizada para rótulos personalizados, elementos de segurança variáveis ou embalagens em papel com metalização.
“As gráficas estão constantemente buscando melhores maneiras de agregar valor aos rótulos que produzem para seus clientes. Ao mesmo tempo, os proprietários das marcas procuram maximizar a atratividade de seus produtos nas prateleiras com designs que brilham e cintilam. Eles também querem chegar ao mercado mais rapidamente e com menor custo”, afirma Jeroen Van Bauwel, Diretor de Design de Soluções da Xeikon.
Este método de metalização digital se destaca pela sua simplicidade, pois não requer nenhuma etapa adicional do processo na pré-impressão ou durante a fase de conversão. Ao contrário das técnicas tradicionais de folha a quente e a frio, não há necessidade de ferramentas de estampagem, economizando custos, tempo e desperdícios significativos. O tempo de preparação do trabalho é tão rápido quanto enviar um trabalho digital para a impressora, o que significa que as gráficas podem oferecer entregas muito mais rápidas e prazos de entrega mais curtos. Também elimina desperdício de tempo e materiais relacionados ao registro de impressão. O processo robusto e versátil pode ser aplicado a uma ampla variedade de substratos, incluindo papéis não revestidos e a metalização semitransparente.
A solução foi possível a partir dos novos toners Titon duráveis da Xeikon, que são altamente resistentes ao calor. Após a impressão CMYK, a impressora Xeikon TX500 aplica um toner de transferência especial nas áreas de metalização designadas antes que a folha prossiga para o módulo Kurz.
Com total liberdade da impressão digital, incluindo pedidos de apenas uma etiqueta, o novo processo de metalização digital pode ser utilizado para adicionar tanto áreas sólidas quanto pequenos detalhes (em positivo e negativo) em resolução de 1200 dpi, em qualquer parte do design. Cada etiqueta pode ser diferente com elementos variáveis de impressão e metalização combinando entre si.
A Xeikon é uma divisão do Flint Group, e a inovação foi apresentada na Labelexpo Europe, em setembro.
https://xeikon.com/; www.kurz.com.br
#ImpressãoDigital
8 SETEMBRO 2023
SOLUÇÕES PARA EMBALAGENS PET COM CONTEÚDO RECICLADO
As embalagens PET podem ser facilmente recicladas, mas os resíduos de embalagens plásticas em aterros sanitários e nos oceanos estão aumentando em todo o mundo. Em resposta, os países estão criando legislações que especificam o conteúdo reciclado mínimo a ser incorporado nas embalagens. Os próprios proprietários das marcas estão se comprometendo com o aumento do conteúdo reciclado, para além destes regulamentos. Como resultado, a procura por embalagens rPET de alta qualidade nunca foi tão grande.
Uma solução desenvolvida pela Avient para obter embalagens recicladas de alta qualidade é o ColorMatrix™ CaptureT™ Oxygen Sca-
venger, uma tecnologia inovadora para o mercado de embalagens de bebidas em PET e rPET. Ele elimina o oxigênio tanto no espaço superior da garrafa (headspace) quanto aquele que passa através da parede da garrafa, ajudando a melhorar a proteção do produto e prolongar a vida útil de bebidas sensíveis ao oxigênio.
A tecnologia ColorMatrix Capture está 100% contida na tampa, eliminando efetivamente a necessidade de captadores ativos de oxigênio e barreiras no frasco. Ela mantém a transparência da garrafa sem descoloração, permitindo maior teor de rPET ou o uso de qualquer tipo de PET, sem impacto negativo no fluxo de reciclagem.
A tampa com o capturador de oxigênio pode ser separada do PET
durante a reciclagem e é 100% compatível com o fluxo de reciclagem da tampa de poliolefina. Ao mover o eliminador de oxigênio para a tampa, há maior flexibilidade no design do frasco, incluindo opções de redução de peso.
Durante o processo de reciclagem, a estética e o desempenho do processo de eliminação de oxigênio podem ser afetados negativamente. ColorMatrixT™ AmosorbT™ 4020R vai de encontro a esse problema. Ele é um aditivo eliminador de oxigênio sem náilon formulado especificamente para permitir o uso de até 100% de conteúdo de PET reciclado (rPET). Este aditivo faz parte do robusto portfólio de aditivos ColorMatrix que permitem uma melhor reciclagem de embalagens plásticas.
Amosorb 4020R oferece desempenho de eliminação de oxigênio completo e consistente com conteúdo de rPET de 25%, 50% e até 100%. Esta solução também melhora a estética das embalagens recicladas em termos de turvação e cor, incluindo uma redução do efeito amarelado que pode ocorrer durante a reciclagem. Além disso, o aditivo é compatível com diversos tipos de rPET para ajudar os proprietários das marcas a atingirem suas metas de sustentabilidade.
Esta tecnologia emergente foi desenvolvida em 2021 e está em fase de testes com grandes proprietários de marcas.
https://pt.avient.com
#EmbalagemPET
10 SETEMBRO 2023
A Embaquim agora está com Sede Própria. Localizada em São Bernardo do Campo, contamos com um terreno de mais de 20 mil m², proporcionando 10 mil m² apenas de fábrica para toda qualidade e segurança de nossos produtos. A sede está repleta de área verde valorizada com árvores frutíferas, painéis solares, logística integrada e conforto, seguindo todas as Normas de Boas Práticas de Fabricação.
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6 RAZÕES PARA PRESTAR MAIS ATENÇÃO ÀS
EMBALAGENS DE SUA EMPRESA – PARTE 2
Na edição anterior, este artigo tratou de 3 razões para se ficar atento às embalagens de sua empresa: Produto não é só aquilo que sua empresa faz; O consumidor é o senhor do fato econômico; e Embalagem só ser bonita não adianta mais. Conheça agora 3 outras razões.
4- Embalagem não pode mais ser só custo
EMBALAGEM TEM CUSTO! E seu custo já está embutido no custo final do produto, por isso, no novo cenário competitivo, a embalagem precisa ajudar o negócio da empresa, como a poderosa “Ferramenta de Marketing” que ela é.
Utilizar a embalagem para “anunciar” outros produtos da empresa, para fazer promoções, oferecer brindes, descontos e uma infinidade de outras ações que podem utilizar a embalagem como suporte ajudam a aumentar as vendas.
Uma ação simples de efeito comprovado é incluir algo na embalagem que permita escrever GRÁTIS no painel frontal. Essa palavra tem o poder de chamar a atenção para o produto e promover as compras por impulso. Outra ação de marketing com resultados comprovados é a criação de “Kits Promocionais” que juntam produtos criando embalagens que oferecem descontos de oportunidade ou brindes que além de chamar a atenção dos consumidores por serem maiores que os itens isolados e por serem diferentes nas gôndolas, os kits vendem mais produtos de uma só vez e agradam os consumidores. Por isso fazem tanto sucesso.
Utilizar a embalagem como Ferramenta de Marketing é uma forma inteligente de aproveitar o investimento que foi feito para levar o produto até o mercado.
5- A embalagem precisa conectar o consumidor
Ao avaliar os primeiros cases de conexão da embalagem com a WEB,
realizados no Brasil e no mercado internacional, percebemos um padrão que veio a se tornar dominante nos dias de hoje tendo recebido pela prestigiosa publicação americana “Advertising Age” o título de: “Embalagem, a mídia do Futuro”. Com milhões de sites sendo criados, ao mesmo tempo que a TV por assinatura, os streamings, e outra formas de capturar a atenção das pessoas, explodiram as possibilidades de dispersar a atenção das massas, ficando evidente que a embalagem tem um nível maior de precisão no contato com os consumidores pois sabemos que uma mensagem colocada na embalagem de um produto será recebida por “100% de consumidores daquele produto”!
Com o QR Code, a conexão com o consumidor se tornou ainda mais fácil pois a grande maioria dos dispositivos de acesso é o smartphone.
Conquistar e manter a atenção dos consumidores tornou-se um objetivo precioso; não deveriam mais existir embalagens sem QR Code ou alguma forma de continuar no ambiente online a relação que foi iniciada pela embalagem.
Pesquisamos também as vendas pelo e-commerce e, neste ambiente, mais uma vez a embalagem mostrou seu valor como Ferramenta de Marketing ao nos revelar numa pesquisa que as embalagens do e-commerce não podem mais ser usadas apenas para “entregar o produto”, elas precisam iniciar uma nova venda...
6- Sustentabilidade, um tema que veio para ficar
Todos somos a favor da proteção da Natureza e do Meio Ambiente, este é um caminho sem volta, mas a Sustentabilidade e a Circularidade não podem ser tratadas apenas como ameaças, mas sim como uma forma da empresa demonstrar que ela tem compromisso com a vida dos 8 bilhões de habitantes do planeta.
A embalagem existe para suportar a vida humana e isso precisa ser comunicado de alguma forma nas
embalagens que além de cumprir sua missão de conter, proteger e conservar o produto permitindo que ele chegue aos milhões de consumidores em perfeitas condições de consumo, ela também pode continuar cumprindo outra importante missão ao atender aos requisitos do ESG.
Em primeiro lugar, as embalagens precisam informar corretamente do que são feitas e qual a melhor forma de encaminhá-las para a reciclagem. Promover e apoiar a reciclagem é uma forma simples e prática da empresa fazer algo real e imediato.
Ao gerar valor, trabalho e renda para milhões de pessoas que trabalham como catadores, em cooperativas e indústrias recicladoras, a reciclagem fornece para as empresas a oportunidade de tornar suas embalagens úteis à sociedade mesmo depois de cumprir suas importantes funções.
Uma iniciativa que vale a pena conhecer é o Projeto Lupinha, suportado pela ABRE, este projeto oferece em cada embalagem um QR Code que permite ao consumidor conhecer melhor o produto e sua embalagem e a forma correta de encaminhá-la para a reciclagem dando a ela uma destinação apropriada no final do seu ciclo de vida.
Espero com este artigo ter contribuído para a reflexão sobre um tema tão importante que há mais de 40 anos tenho me dedicado com afinco.
FABIO MESTRINER Especialista em Design e Inteligência de Embalagem fabio@mestriner.com.br 12 SETEMBRO 2023
PRODUTOS NUM MERCADO CADA VEZ MAIS COMPETITIVO PRECISA ESTAR ATENTO A ESSAS RAZÕES
QUEM TEM A RESPONSABILIDADE DE CONDUZIR SEUS
EMBALAGEM NO MARKETING
INFORMAÇÕES CONFIÁVEIS SOBRE ALIMENTOS
PROCESSADOS E INDUSTRIALIZADOS
OInstituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) completou 60 anos de história em 30 de agosto, oportunidade em que lançou o site www.alimentosindustrializados.com.br com a missão de gerar conhecimento e informar o público em geral sobre o processamento dos alimentos e bebidas. Através dos blocos de conteúdo Ciência e Tecnologia, Benefícios, Ingredientes, Produtos, e Mitos e Fatos, o novo endereço eletrônico permite que consumidores possam consultar de maneira objetiva e digital conteúdos com embasamento técnico e científico.
Dentre os tópicos abordados estão a otimização do sistema produto/embalagem sob a ótica do Life Cycle Thinking e o uso da nanotecnologia em várias etapas da cadeia produtiva de alimentos, incluindo a embalagem. O usuário também tem acesso facilitado a informações ligadas aos estudos do projeto Alimentos Industrializados 2030, que coordeno há cinco anos através da Plataforma de Inovação Tecnológica (PITec) da instituição, vinculada à Agência Paulis-
ta de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Vale destacar que estudos estratégicos e de tendências nas áreas de alimentos, bebidas, ingredientes e embalagem são conduzidos desde 2010 pelo Ital, sendo um de seus três programas prioritários, ao lado da inovação em produtos e processos, e segurança, qualidade e saudabilidade dos alimentos. Como exigem dedicação e recursos financeiros, em paralelo a diversas outras atividades desempenhadas pelos profissionais da instituição, as parcerias são fundamentais.
Assim, nesta fase do projeto Alimentos Industrializados 2030 iniciada em janeiro, contamos com 25 empresas patrocinadoras, além de apoiadores especiais, para concretizar publicações, ações de comunicação e informação e promoção de estudos e eventos relacionados sempre com conteúdo técnico-científico de qualidade.
Mesmo com financiamento e suporte privado, a preocupação da equipe técnica do Ital envolvida é seguir à risca a missão do Instituto, que desde o fim de 2017 é contri-
buir para a evolução das áreas de alimentos, bebidas e embalagens através de pesquisa, desenvolvimento, inovação, assistência tecnológica, capacitação e difusão do conhecimento técnico-científico para o agronegócio, em benefício do consumidor e da sociedade.
BRASIL FOOD SAFETY TRENDS 2030
O mês de aniversário do Ital também foi marcado por outro importante lançamento: o estudo Brasil Food Safety Trends 2030 Abrangendo transformações, tendências e desafios para a governança e gestão da segurança dos alimentos, a publicação é resultado da parceria entre a PITec e o Grupo Especial de Segurança de Alimentos (Gesa), envolvendo 23 pesquisadores ligados ao Ital. Na área de embalagem, são abordados sistemas de embalagem e distribuição não convencionais, sustentabilidade, materiais, embalagens ativas, inteligentes e interativas, dentre outros assuntos.
Diretor
Assuntos
PESQUISA 14 SETEMBRO 2023
AO COMEMORAR 60 ANOS, ITAL LANÇA PORTAL PARA GERAR CONHECIMENTO
LUIS MADI
de
Institucionais do Ital e coordenador do projeto Alimentos Industrializados 2030
Foto: Antonio Carriero
Mais produtividade, mais qualidade e redução de perdas
Tube Scan
Estrobo digital
» Detecta falta de etiquetas;
» Conta número de etiquetas;
» Detecta defeitos acima de 1mm de diâmetro;
» Para materiais até 430 mm de largura.
Power Scope 5000
Sistema de vídeo inspeção
» Câmera digital de 1 chip;
» Campo de visão: 100 x 75mm;
» Movimento motorizado ou manual;
» Zoom rápido e contínuo;
» Monitor de LCD 17”.
Compact Guide
Alinhador de Banda
» Alinhamento por borda ou linha;
» Sensores ultrassônicos e infravermelhos;
» Mesa de corte e emenda.
Medidor de largura
Mede a largura de vários materiais
» Medidas com 0,1mm de precisão;
» Setup rápido;
» Alarmes.
ancompany
www.bst.elexis.group
COOPERATIVISMO, ESPAÇO PARA INOVAR
Quem é Telines Basilio do Nascimento Junior, mais conhecido por Carioca?
“O Carioca é a Coopercaps, a Coopercaps é o Carioca”. Essa história singular tem sido contada de várias maneiras, e agora em livro: “O catador e o presidente: a vida de Telines Basilio do Nascimento Junior”, escrito por Ana Maria Bernasconi.
Ele também é um dos homenageados na exposição audiovisual itinerante: “Histórias de quem faz a diferença – Retratos que inspiram o Brasil, promovido pela Coca-Cola Brasil, lançada no Museu de Arte de Brasília e que estará em São Paulo, em outubro.
NA COOPERCAPS, TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL SÃO AS DUAS FACES DA MESMA MOEDA
Telines é presidente e um dos fundadores da Coopercaps - Cooperativa de Coleta Seletiva da Capela do Socorro. Uma das primeiras cooperativas de reciclagem no país, instalada na Vila da Paz, em Interlagos, iniciou suas atividades em 2003, e comemorou 20 anos no dia 30 de agosto.
Conversando com ele, conhecendo sua história, é a sua humanidade que enxergamos por trás de cada projeto, sua capacidade de inspirar e transformar vidas, vidas invisíveis, em uma sociedade altamente desigual. São muitas histórias, incluindo a sua própria, que ele tem ajudado a transformar. Sua vocação para a liderança e a gestão de conflitos, ele foi descobrindo no
16 ENTREVISTA SETEMBRO 2023
dia a dia, nos primórdios da cooperativa, antes mesmo de deixar as ruas de São Paulo, por onde viveu e trabalhou por 12 anos como catador, saindo de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, ainda jovem.
Telines recebeu a EMBANEWS na mais nova unidade, a CRCC – Centro de Referência para Cooperativas e Catadores, em Jurubatuba, um projeto 100% da Coopercaps. O jardim bem cuidado e área de descanso dos cooperados logo chamam a atenção. Sua estrutura comporta, além da planta de reciclagem propriamente dita para recebimento, triagem, compactação e enfardamento do resíduo, uma área dedicada às cooperativas e cooperados. Assim, o Espaço Coca-Cola, é voltado ao suporte às cooperativas nas áreas administrativa, contábil e jurídica. O espaço Pepsico será o centro de inclusão digital. Aqui funciona também o primeiro centro escola voltado para a qualificação profissional dos catadores, através de parcerias com o Sebrae, Estácio, Instituto Paula Souza, Senac, entre outros, e onde vai ter início no próximo mês um curso de alfabetização para adultos. O CRCC conta ainda com um auditório para 50 pessoas. Em todo esse trabalho, ele destaca a importância das parcerias, em todas as esferas, que sempre contribuíram para o crescimento da Coopercaps.
EMBANEWS: Como tudo começou?
TELINES BASILIO: Eu tenho 36 anos de São Paulo, 26 anos de lixo. Morei 12 anos na rua, puxando carroça. Até que surgiu a Copercaps na minha vida. Em 2002, ia haver uma revisão do plano diretor executivo da cidade de São Paulo com a possibilidade de a prefeitura apoiar grupos de catadores que estivessem organizados em cooperativas. A partir de um pequeno censo a prefeitura identificou 46 pessoas que viviam na catação, a quem ofereceram um curso de iniciação ao cooperativismo, todos os sábados. Desses 46, sobraram 22. Foram os 22 que formaram a Coopercaps. Nós assinamos o primeiro convênio com a cidade de São Paulo em 15 de dezembro de 2003. Chegamos a fazer 1.100 ruas diárias com 10 caminhões, coletando uma média de 12 a 15 toneladas por dia. Para fazer a população começar a separar o lixo, nós comprávamos sacos de lixo e deixávamos na casa dos munícipes. Num determinado dia da semana voltávamos lá para deixar um saco vazio e pegar o cheio. De casa em casa, ensinando o que podia e não podia ser reciclado, começamos a crescer. A partir de 2014, quando foram inauguradas as centrais mecanizadas, as coletas domiciliares passaram a ser feitas pela prefeitura, por meio de duas concessionárias, a LOGA e Ecourbis.
EMBANEWS: O que é a Coopercaps hoje?
TELINES BASILIO: A Coopercaps é uma cooperativa singular ou de 1º grau e encabeçamos uma rede que hoje conta com 25 cooperativas no Estado de São Paulo. Criamos também a Conatrec - Confederação Nacional das Cooperativas de Reciclagem, na qual eu
também estou presidente, e agora estamos desenvolvendo o programa Rede Transforma, voltado para catadores individuais, os chamados catadores de rua, em nossa matriz, em uma parceria com a eureciclo.
São 6 plantas em que processamos uma média de 200 toneladas/dia. Além da matriz e da CRCC, temos a Central de Paraisópolis e gerenciamos duas centrais mecanizadas, em que atuamos como prestadores de serviço. Hoje, trabalhamos com os grandes geradores de resíduos, entre eles Drogasil, Serpro, Sesc, e fazemos os grandes eventos de São Paulo, como shows, festivais e a Fórmula 1. Por exemplo, hoje, estamos trabalhando o material do The Town. Toda a coleta do reciclável foi feita por nós, com apoio da SP Regula e da Ecourbis Ambiental, a concessionária que faz a gestão da região.
EMBANEWS: O que mudou para as cooperativas após a PNRS ser promulgada e como está hoje?
TELINES BASILIO: Na verdade, a PNRS veio dar o protagonismo que os catadores historicamente deveriam ter há mais tempo. Mas de 3 a 4 anos para cá é que as coisas começaram a fluir, porque os próprios empreendimentos de catadores começam a pensar e a rever a forma de trabalhar, antes, totalmente assistencialista, e agora, já entendendo que nós precisamos nos profissionalizar.
EMBANEWS: Como a profissionalização aconteceu no caso da Coopercaps?
TELINES BASILIO: Eu vim a entender essa necessidade, mesmo sendo uma espécie de autodidata, quando em 2009, por ocasião da comemoração dos 40 anos de São Paulo e Osaka, como cidades coirmãs, a JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão e o governo japonês ofereceram para a Prefeitura de São Paulo um intercâmbio para a formação em educação ambiental nas escolas. Fomos escolhidos pela prefeitura para fazer esse projeto piloto e até hoje temos um grupo muito forte de educação ambiental que foi se aperfeiçoando. Logo depois eu fui convidado para ir ao Japão para falar sobre esse case. Lá eu ganhei uma bolsa da JICA para fazer o curso de resíduos sólidos urbanos. Este foi o meu primeiro diploma. Foi a partir daí que percebi o poder muito forte da educação em transformar pessoas. Foi quando decidi voltar a estudar, me formei em Gestão Ambiental em 2012, depois fiz pós-graduação em Gestão de Projetos. A partir daí eu comecei a incentivar os nossos cooperados a buscar uma profissionalização. Hoje eu tenho dois profissionais de saúde e segurança do trabalho, uma tecnóloga em logística, um tecnólogo em recursos humanos. Tudo investimento da cooperativa. Começamos a buscar os profissionais aqui dentro e a transformá-los. A Coopercaps começou a se destacar nesse cenário devido ao investimento para criar uma equipe de profissionais que pudessem ser multiplicadores.
EMBANEWS: Quando você percebeu essa sua capacidade de gestão?
17 SETEMBRO 2023
ENTREVISTA
TELINES BASILIO: Eu sempre fui uma liderança, no começo eu não sabia o que era. No tempo que trabalhei na rua, trabalhava de forma individual, mas eu sempre tive o poder de agregar. E quando comecei a trabalhar dentro da cooperativa eu era aquele que conciliava os conflitos, organizava, chamava para a limpeza. Essa liderança começou a fluir e as coisas foram mudando, até que chamou a atenção primeiramente do poder público, depois das outras grandes marcas que começaram a nos procurar também por ser um centro de referência na área. Hoje eu faço muito trabalho pelo Brasil e lá fora, principalmente com as cooperativas, para que elas não cometam os mesmos erros que já cometemos e que tenham um período mais curto para crescer.
EMBANEWS: Esse modelo pode ser replicado?
TELINES BASILIO: Sim, o centro de referência vai ser estendido para Brasília, e estamos estudando a possibilidade de levar modelos menores da Coopercaps para pequenos municípios, porque as cooperativas pelo país carecem muito de um entendimento maior de gestão, de planejamento, de pensar o futuro. Sabemos que só com a coleta, a separação, a prensagem e a venda, a conta não fecha. O diferencial da Coopercaps é que profissionalizamos a cooperativa para oferecer outros serviços. Hoje, do faturamento da cooperativa, em torno de 40% é proveniente de outros serviços. Mas a minha meta é que em dois ou três anos 70% do faturamento venha da prestação de serviços.
EMBANEWS: Que tipos de serviços a Coopercaps pode prestar?
TELINES BASILIO: Vai desde a gestão e implantação da coleta seletiva em condomínios residenciais e comerciais, e em grandes geradores, a palestras, cursos, entre outros. Também idealizamos o projeto Coopercaps Day em que o pessoal de grandes empresas vêm passar um dia conosco para pôr a mão na massa, e sair da zona de conforto. É uma experiência que a pessoa leva para o resto da vida e vai ser multiplicadora.
EMBANEWS: Qual é o cenário da reciclagem em São Paulo?
TELINES BASILIO: Hoje são Paulo coleta quase 13 mil toneladas de resíduo domiciliar por dia. Desse total 35% é passível de ser reciclado, 50% é material orgânico, que também deveria ser reciclado, e apenas 15% é composto por rejeito para ser aterrado. Então, só de embalagem pós consumo, são cerca de 4 mil toneladas. Desse volume, são recicladas umas 400 toneladas. É muito pouco. Mesmo assim, São Paulo ainda se diferencia do restante dos municípios do país. Já há dias em que as cooperativas atuantes e as centrais mecanizadas não conseguem dar conta de todo o resíduo gerado na cidade. Com 32 subprefeituras e 96 distritos, São Paulo precisaria ter pelo menos uma cooperativa em cada distrito ou pelo menos começar com uma
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SETEMBRO 2023
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em cada subprefeitura para que pudéssemos gerar mais emprego e renda, e principalmente fazer uma campanha eficaz e eficiente para aumentar esses índices de reciclagem, que ainda são muito baixos.
EMBANEWS: Como está a questão da bitributação dos resíduos?
TELINES BASILIO: Na verdade, a embalagem paga bi, tri tributação. Na origem, quando ela é produzida, o fabricante paga PIS, Cofins, IPI, ICMS. E quando essa embalagem chega aqui na ponta, e comprovadamente nós desviamos esse resíduo do aterro sanitário, eu (reciclador) que vou comercializar o material para a indústria recicladora pago o mesmo valor. A indústria recicladora que vai transformar o material em nova matéria-prima paga de novo. A indústria que vai utilizar o reciclado também. O produto reciclado acaba saindo mais caro, e isso desfavorece o uso, o que vai contra todo o esforço. Todos os atores da cadeia, principalmente as cooperativas e associações, e a indústria recicladora, deveriam ter um incentivo, não digo que não devam pagar imposto. Essa questão está no projeto da Reforma Tributária e acreditamos que saia algo positivo.
EMBANEWS: O que é a Rede Transforma?
TELINES BASILIO: É um programa voltado para a profissionalização, capacitação e inclusão social do catador individual, em parceria com a eureciclo, sediado na nossa matriz. Eu, como morador de rua, sempre fui muito preocupado com esse pessoal. Além dele ser invisível, ele não tem acesso a informação nenhuma. Não sabe o que é logística reversa, que ele precisa ter um trabalho salubre, que o trabalho de tração humana deveria ser extinto, não sabe nada disso. Quando desenhamos o programa Rede Transforma criamos um piloto, que começou em fevereiro de 2022 com 3 catadores. Nosso principal desafio era saber como conseguir a adesão desse catador que rasga saco na calçada e tem trabalho e dinheiro na hora que quer, e transformá-lo em um cooperado, com regras e horários. Porque o princípio número 1 do cooperativismo é a livre adesão. Nossa solução foi trazê-lo para a cooperativa para estudar e ser capacitado, ajudando-o a pensar em maneiras de vender o seu serviço para um condomínio, um restaurante, ajudando a abrir sua empresa, a alimentar seu instagram. Quando ele viu que ele estava sendo bem tratado, que deixou de ser explorado, e o mesmo valor que eu vendia para a indústria, ele recebia, isso foi se propagando no boca a boca. Hoje temos mais de 130 catadores trabalhando conosco, recuperando mais de 120 toneladas/mês. Aquele catador que ganhava 800 reais por mês, hoje tira isso por semana. E quando eu apresentei isso, a eureciclo abraçou o projeto. Eles estão fazendo um trabalho maravilhoso, trazendo outros parceiros para apoiar o projeto com a meta de até 2027 incluir pelo menos 3.000 catadores. O programa ganhou um corpo tão grande, que tem vários Estados interessados.
EMBANEWS: O trabalho da Coopercaps acaba sendo um meio de transformação social?
TELINES BASILIO: Acredito que 100%. Já tivemos muitos depoimentos de cooperados nossos, registrados em vídeo, que mostram a transformação que a reciclagem fez em suas vidas. Eu digo sempre: a reciclagem do resíduo é uma consequência do nosso trabalho, e que o nosso diferencial é a reciclagem de vidas. A cooperativa acaba sendo a última porta de esperança do indivíduo se colocar no mercado de trabalho de novo. E o grande termômetro mesmo são as suas conquistas. Muitos, ao longo dos anos, conseguiram comprar seu carro, sua casa, pagar a faculdade do filho. E aqui a educação tem um importante papel. Oferecemos aos cooperados cursos de alfabetização, estamos montando o primeiro laboratório de inclusão digital. Criamos nosso primeiro curso de logística, ministrado pela Universidade Estácio. Descobrimos que muitos não podiam deixar de trabalhar para estudar, aí criamos o Bolsa Catador. Vamos fazer um piloto que vai começar no fim do mês, que vai ser patrocinado pela Avery Dennison, que acreditou nesse projeto. É muito gratificante ser a liderança e servir para mudar a vida das pessoas. Esse é o combustível.
EMBANEWS: Quais são os maiores desafios para as cooperativas?
TELINES BASILIO: Hoje o valor da contribuição dos cooperados ao INSS é muito alta, de 20%, como a do autônomo. Essa demanda está na reforma tributária para que seja revista e acredito que vá passar. Outro desafio é a tributação, de que já falamos.
Mas o maior desafio é termos que provar que somos profissionais e que podemos ser contratados pelos municípios pelos serviços ambientais urbanos que prestamos. Uma parcela dos recursos pagos para se fazer a gestão de resíduos nas cidades poderia ser endereçada à contratação e pagamento pelo serviço ambiental urbano prestado pelas cooperativas. Isso é de suma importância porque se a cooperativa apenas coletar e enfardar o resíduo para vender a conta não fecha. Muitos associados de cooperativas hoje ganham menos que um salário mínimo. E isso não deveria acontecer. Se os números estiverem corretos, 90% de tudo que é reciclado no país, passa de alguma forma pela mão dos catadores. Então é preciso que sejamos valorizados e reconhecidos pelo poder público como agentes ambientais e de transformação e inclusão, e para isso precisamos receber. Não bastam só o assistencialismo, a cesta básica. É preciso ter condições para uma vida digna, com perspectiva de futuro.
Um grande problema que vejo também é a não obrigatoriedade da educação ambiental na grade curricular das escolas. Só vamos ter uma mudança nesses índices de reciclagem, e pessoas mais preocupadas com o meio ambiente e a sustentabilidade, se começarmos com os pequenininhos.
https://www.coopercaps.com.br
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SETEMBRO 2023
ENTREVISTA
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A sustentabilidade é uma preocupação cada vez maior dos consumidores brasileiros. Segundo pesquisa Retratos da Sociedade: Hábitos Sustentáveis e Consumo Consciente, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), metade dos consumidores verifica se o produzido de forma ambientalmente sustentável, sendo que 24% sempre e 26% na maioria das vezes.
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DA FOTOSSÍNTESE À INOVAÇÃO EM EMBALAGENS
EXEMPLOS QUE VÊM SENDO DESENVOLVIDOS PARA O USO MASSIVO DE MATERIAIS RENOVÁVEIS
OBrasil é um país privilegiado onde as condições para o crescimento vegetal são inigualáveis e tem sido referência para diversas atividades que envolvem o aproveitamento de energia solar, água e dióxido de carbono, pela fotossíntese que ocorre em plantas e permite a fixação do carbono e a geração de oxigênio.
O exemplo das florestas cultivadas de pinus, eucalipto e outras espécies, que possuem uma produtividade bem competitiva, tem proporcionado um crescimento das ofertas de materiais renováveis como celulose e papel, direcionados para o grande uso em embalagens, tornando constantes as pesquisas para novos materiais renováveis.
Na indústria de papel, o sistema produtivo é muito robusto com grandes e caros equipamentos em que as inovações em novos tipos de papéis são mais complexas. Papéis kraft, offset, papelcartão, couché, liners, tissue, entre tantos, continuam aparentemente os mesmos, mas muitos desenvolvimentos para o melhor aproveitamento estrutural dos materiais têm acontecido.
Nos papéis para embalagens, são as etapas seguintes à transformação as responsáveis pelas inovações que acontecem com bem mais frequência.
Novos métodos de corte, novos processos gráficos, novos equipamentos de embalagens surgem, cultivando o empreendedorismo do setor. São processos para em-
balagens alinhados às demandas objetivas dos brand owners de produtos de consumo.
Importante ressaltar os aditivos químicos, com o oferecimento de alternativas de origens renováveis e recicláveis, que contribuem decisivamente para o sucesso de projetos inovadores como o papel selável, papel com barreiras à umidade e água, papel sensível à temperatura, entre outros.
Durante a Interpack 2023, a WPO premiou, entre outras, iniciativas como a da Nestlé Austrália com seu produto “Smarties” que foi a primeira marca global de confeitaria a mudar sua embalagem flowpack para o papel. O papel reciclável usa tecnologia de revestimento dispersível em água permitindo que a embalagem seja 100% reciclável, reutilizável ou compostável.
A Flöter Verpackungs-Service GmbH, recebeu o prêmio do presidente WPO com o PaperWave Bio. São enchimentos e invólucros de almofada de ar feitos de papel 100% reciclado com certificação FSC®, produzidos apenas na estação de embalagem, com ênfase no e-commerce, contendo apenas 5% de material, sendo de fácil descarte pelo consumidor final.
Quem imaginaria que uma embalagem para batatas pudesse trazer algo inovador? A Lapro Stockerau apostou em uma embalagem em papel microondulado para 2kg de batatas com uma ergonomia pensada na praticidade de manuseio pelo consumidor.
A Procter & Gamble foi premiada pela European Carton Exce-
lence Award com uma inovação aparentemente simples (sabemos que não é!) como proposta do kit da linha Herbal Essences - shampoo e condicionador, com uso mínimo de papelcartão, mas em um projeto de design super eficiente e funcional. Veja que não faltam exemplos semelhantes no Brasil. O ponto é que o resultado da inovação provém da organização dos membros que fazem parte da cadeia do negócio. Sempre foi assim! Exige mais esforço, tempo dedicado e por isso é preciso estar próximo de talentos que desenvolvam esta atividade.
As poucas linhas deste texto relacionam alguns exemplos dentro do imenso campo de atividades que vem sendo desenvolvido para o uso massivo de materiais renováveis. O propósito é chamar a atenção para que estejamos efetivamente engajados neste momento de transformação, em que os recursos tecnológicos, de conectividade e inteligência artificial possam proporcionar uma eficiente rede de conexão criativa a favor da sua empresa e das embalagens.
FERNANDO SANDRI Diretor da FWSandri Consultoria, atua há mais de 33 anos na indústria de papel
sandri@fwsandri.com.br
EMBALAGEM DE PAPEL
22 SETEMBRO 2023
ESCÓCIA 2: EMBALAGEM É OBJETO DE DESEJO E VALORIZA AS BEBIDAS ESCOCESAS
AS BEBIDAS QUENTES TÊM FORTE RELAÇÃO COM PAÍSES DE TEMPERATURAS BAIXAS COMO A ESCÓCIA, SÓ QUE HÁ TAMBÉM OPORTUNIDADES PARA AS BEBIDAS FRIAS
Ofrio intenso é sempre um convite para beber uma bebida mais quente ou destilada.
A Escócia é um dos países com maior tradição na produção de uísque, assim surgiram marcas lendárias, como Chivas, Glenfiddich, Buchanan’s, Logan, Old Parr, Ballantines, The Macallan, e o mais famoso mundialmente, Johnnie Walker. Estas marcas e suas variações são hoje os uísques mais conhecidos do mundo, simbolizando status e elegância.
A edição especial do uísque escocês Chivas Regal 13 anos ganhou um cartucho e rótulo com design especial para cativar os apreciadores da bebida e colecionadores.
Um luxo que foi vendido apenas na loja virtual da marca no icônico endereço 13 King Street de Edinburg, capital da Escócia.
Alías, todas estas marcas mantêm lojas conceitos por lá e tam-
bém em outras cidades do mundo, convidando os admiradores a entrarem e conhecerem as histórias atrás delas.
As garrafas de vidro imponentes e proprietárias, além de cartuchos especiais ou outro tipo de embalagem secundária refinada como a fibralata da Glenfiddich dão o toque de sofisticação destas bebidas. Na Escócia, há também cervejas bem interessantes. A principal marca mais vendida por lá é a Tennent’s, ou simplesmente T, como é popularmente conhecida.
A lata da cerveja Pilot merece um comentário pela ilustração do landscape da cidade de Leith, que fica no litoral do país. A marca tem um relevo que a destaca. Além disso, a cervejaria doa 2 centavos de libra esterlina a cada lata vendida para a causa da educação sobre bebidas alcoólicas, a Drinklusion.
Há ainda outras bebidas frias, como a ginger beer, uma cerveja
de gengibre, sem álcool, muito comum por lá e servida para crianças e avós.
O povo escocês é muito orgulhoso de suas montanhas e lugares especialmente famosos, como as Highlands (montanhas ou terras altas) que ficam no nordeste do país, muito visitadas, por sinal. Lá há várias nascentes de águas que são engarrafadas em garrafas PET e distribuídas em todo o Reino Unido.
Embalagens que valorizam o que cada país tem de melhor é sempre um convite para refletir como valorizamos nossa cultura no Brasil.
Embalagens melhores mundo afora, mundo melhor.
ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO Diretora do Instituto de Embalagens
FRONTEIRAS SETEMBRO 2023 24
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As inscrições para o 31º Prêmio EMBANEWS 2024 –Troféu Roberto Hiraishi estão abertas! Separe aquela embalagem, aquele case, que se diferenciou nas gôndolas, no e-commerce, no food service ou na indústria. Certamente você vai querer que o mercado conheça as suas soluções!
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COMPETITIVIDADE 500 PERGUNTAS FREQUENTES
UM ESFORÇO “SOCRÁTICO” PARA FORMAR COMPETÊNCIAS NO SISTEMA EMBALAGEM
Formar profissionais no Brasil não é tarefa fácil. Existem dificuldades na educação básica que se alastram para o ensino técnico e para as universidades. Ao conversar sobre o tema com gestores de empresas fabricantes e usuárias de embalagem que procuram profissionais para preencher as vagas disponíveis, é muito (muito mesmo) comum ouvir que “temos vagas abertas faz tempo e não conseguimos ocupá-las”.
Além dessa situação nada confortável na formação, há o problema da evasão escolar. Em publicação recente do IBGE1 - Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua – Educação 2022, pode-se ler:
No Brasil, em 2022, 20,0% (9,8 milhões de pessoas) da população de 15 a 29 anos de idade não trabalhava nem estudava ou se qualificava. Em 2019, esse valor era de 22,4% (11,3 milhões de pessoas). A queda desse contingente esteve mais associada à expansão da ocupação desse grupo em 2022. Portanto, o mercado de trabalho explica parte importante da redução do “NENO” (não estuda e não ocupado).
Por outro lado, nessa mesma publicação, constata-se um pequeno progresso:
Em 2022, pela primeira vez, mais da metade (53,1%) da população de 25 anos ou mais de idade tinham pelo menos o Ensino Básico Obrigatório.
Há também a evasão escolar. O Ministro da Educação Camilo Santana, ao falar sobre os "Desafios do ensino superior após a pandemia", que fez parte do XI Fórum Jurídico de Lisboa2, afirmou que "dados do último censo da educação superior mostram que 61% dos alunos que ingressamemfaculdadesparticulares abandonam os cursos. Nas pú-
blicas federais, 55% dos estudantes não terminam ou abandonam os cursos.Algoestáerrado."
Apesar dessas dificuldades, observa-se aí uma imensa oportunidade a ser explorada, ou seja, encontrar meios de motivar as pessoas a estudarem. É importante que o processo de aprendizado incentive o questionamento permanente, seguindo o método socrático que “em seu uso moderno de ensino não depende apenas das respostas dos estudantes a uma pergunta. Em vez disso, ele se baseia em um conjunto de perguntas ... de forma a levá-los a uma ideia3”. Todos devem contribuir para o aprendizado, especialmente ao se levar em consideração uma das mais famosas frases do filósofo grego: “Só sei que nada sei”. Em síntese, todos precisam aprender o tempo todo, e, para tanto, é essencial a reflexão consequência do questionamento permanente.
Nesse momento em que os talentos rareiam4 e a falta deles pode comprometer a competitividade das empresas, algumas iniciativas merecem eloquentes elogios. Elas trazem à tona perguntas com diferentes graus de complexidade e, mais importante, as respectivas respostas têm o condão de aguçar a curiosidade e incentivar o aprendizado.
É nesse cenário que cabe destacar a publicação do Prof. Carlos Alberto Rodrigues Anjos, livre docente na Área de Tecnologias de Embalagem na Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP. Intitulada Tecnologias de Embalagens –500 perguntas frequentes: visões acadêmicas e tecnológicas discutidas e comentadas, a obra contribui, de forma inequívoca, para o processo de formação de competências no universo do Sistema Embalagem. Como está estruturado na forma de perguntas e, obviamente, respostas,
permite que gestores incentivem o questionamento (Método Socrático) para orientar o aprendizado e o aperfeiçoamento técnico dos colaboradores.
O livro, que foi redigido em linguagem de fácil compreensão, aborda, entre outros, temas relacionados aos materiais, sistemas de fechamento, atmosferas controladas e modificadas, estabilidade de alimentos e novas tecnologias de conservação.
A publicação pode ser obtida, sem custo: https://encr.pw/x6JsB
Em resumo, recomendo o download, a leitura atenta, a divulgação e a discussão com os colaboradores, num esforço “socrático” para formar competências no Sistema Embalagem.
Mãos à obra!!!!!
1 https://l1nk.dev/12Xgf - último acesso 02 de setembro de 2023.
2 https://encr.pw/jvbln último acesso em 3 de setembro de 2023
3 https://l1nq.com/gPurT
4 KORN FERRY - The Global Talent Crunch. Disponível em https://l1nq.com/jURx1, novo acesso em de setembro de 2023.
ANTONIO CABRAL Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT)
antonio.cabral@maua.br
acdcabral@gmail.com
26 SETEMBRO 2022