EMBANEWS Nº 407 - FEVEREIRO 2024

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ANO 34 | EDIÇÃO 407 | FEVEREIRO 2024 Inscreva-se na EMBANEWS TV COMPETITIVIDADE P.22 A COLUNA DE ANTONIO CABRAL #PlásticoReciclado P.08 ECONOMIA CIRCULAR VERTICALIZADA PESQUISA P.14 EMBALAGEM INTELIGENTE EM SISTEMAS DE SAÚDE
Pereira comemora carreira de 40 anos no setor de embalagem e muitos aprendizados
NA VEIA
P.12 Paulo
EMBALAGEM
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ENTREVISTA PAULO PEREIRA, FUNDADOR DA PACK IN MOTION, COMEMORA 40 ANOS DE UMA CARREIRA BEM-SUCEDIDA NO SETOR DE EMBALAGEM. E TUDO

COMEÇOU DESENVOLVENDO EMBALAGENS NA J&J

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FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)

Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi

Administração: Rejane Doria

Redação: Elizabeth Keiko Sinzato editorial@embanews.com; redacao@embanews.com

Publicidade: comercial@embanews.com

Colunistas desta edição: Ana Paula Reis Nolêtto, Antonio Cabral, Assunta Camilo, Fabio Mestriner, João Ferraresso, Renato Larocca

Projeto Gráfico: FlyJabuti Design

A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.

Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.

As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da

Revista EMBANEWS

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4 FEVEREIRO 2024
#TecnologiaDeEmbalagem
#PlásticoReciclado
EMBALAGEM NO MARKETING
PESQUISA
GESTÃO
PAPELCARTÃO
FRONTEIRAS
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COMPETITIVIDADE
SUMÁRIO
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O FUTURO DO MUNDO DAS EMBALAGENS

Apoucos meses da drupa 2024 (28 de maio a 7 de junho), a principal feira mundial de tecnologias de impressão, a Bobst, player no setor de tecnologia de embalagem, analisa alguns dos principais temas e tópicos que estão moldando essa indústria.

Em 2020, a Bobst definiu sua visão de indústria: “moldar o futuro do mundo das embalagens”, tendo a conectividade, a digitalização, a automação e a sustentabilidade como pilares. Desde então, o mundo tem enfrentado uma pandemia sem precedentes, conflitos globais e pressões extraordinárias sobre a indústria devido a vários fatores, incluindo a economia global, as cadeias de abastecimento globais e a escassez de recursos.

Nesse cenário, os proprietários de marcas e os transformadores enfrentam muitos desafios, como o menor tempo de lançamento de produtos no mercado, lotes menores e a necessidade de criar consistência entre vendas físicas e online. Para a Bobst, no entanto, sua visão de indústria tem permanecido estável e consistente ao longo deste tempo, mesmo diante dos acontecimentos globais dos últimos anos, reforçando a assertividade de sua abordagem.

Entre os desafios enfrentados pela cadeia de valor das embala-

gens está a sua fragmentação, causando demasiados erros e desperdícios nas operações das gráficas e convertedoras.

“Nossa visão é apoiar essa transformação, movendo a indústria de um mundo mecânico para um mundo digital e da fabricação de máquinas para soluções de processo ao longo de todo o fluxo de trabalho. Juntamente com os nossos clientes, queremos transformar a cadeia de valor das embalagens de uma série de silos isolados para uma visão geral conectada de ponta a ponta”, diz a empresa.

No centro desta transformação está o BOBST Connect, sua plataforma digital baseada em nuvem em constante evolução que aprimora e melhora a produtividade da indústria de embalagens.

O BOBST Connect reúne dados e serviços digitais em uma plataforma totalmente conectada, com insights e experiência das máquinas Bobst integradas, permitindo uma visão geral e orquestração do processo de produção.

Ao mesmo tempo, a companhia está moldando a indústria em seus segmentos – através de rótulos, embalagens flexíveis, caixas dobráveis e de papelão ondulado – para garantir fluxos de trabalho conectados de ponta a ponta e inovação contínua em um ambiente em constante mudança para responder aos desafios dos proprietários de marcas e varejistas do comércio físico e eletrônico por meio de um fluxo de trabalho flexível e ágil.

O QUE ESPERAR PARA 2024?

“Eventualmente, todas as máquinas e ferramentas irão “conversar” entre si, transmitindo dados através de uma plataforma baseada em nuvem que orquestra todo o processo de produção com sistemas de controle de qualidade.

Já estamos vendo isso, com um interesse crescente no uso de dados de PDF para PDF duplo, receita de trabalho, aprendizado de máquina, IA e no uso das melhores informações em todo o fluxo de trabalho de produção, de ponta a ponta”.

A BOBST vai continuar a atuar como um parceiro estratégico de seus clientes, ajudando-os em decisões oportunas e baseadas em fatos, para uma maior produtividade e eficiência e menor desperdício.

Um lançamento em 2024 é o BOBST Application Management, um serviço de consultoria inovador e prático, projetado para as necessidades de convertedores e proprietários de marcas. Através do serviço, os clientes podem receber orientação sobre tecnologias, matérias-primas, processos e casos de negócios ao longo de toda a cadeia de valor das embalagens.

A conferir na próxima drupa. https://www.bobst.com

#TecnologiaDeEmbalagem
6 FEVEREIRO 2024

ECONOMIA CIRCULAR VERTICALIZADA

AStadler Anlagenbau GmbH, em colaboração com a Krones, projetou e instalou o novo Republic Services Polymer Center em Las Vegas, Nevada, que processa garrafas, potes e recipientes de plástico para produzir materiais plásticos prontos para uso em novas embalagens. A primeira de seu tipo na América do Norte, essa instalação fecha o ciclo da economia circular para atender à crescente demanda por plástico reciclado de alta qualidade e grau alimentício.

A Republic Services, que atua no setor de serviços ambientais dos EUA, inaugurou a primeira instalação de reciclagem de plásticos verticalmente integrada da América do Norte, produzindo resinas recicladas para novo uso em embalagens. A Krones, atuando como empreiteira geral no projeto do novo Centro de Polímeros em Las Vegas, trabalhou em conjunto com a Stadler, que foi responsável pelas linhas de classificação mecânica do PET e das poliolefinas. A nova fábrica produzirá mais de 45 mil toneladas por ano de produtos de resina recuperada que serão devolvidos à economia circular.

O novo Polymer Center processa plásticos pré-selecionados coletados pela Republic Services em todo o oeste dos Estados Unidos para recuperar o PET, que é convertido em flocos de PET reciclado (rPET) prontos para serem transformados em novas garrafas, e poliolefinas prontas para uso na produção de novas garrafas, potes e contêineres.

“O Polymer Center é a primeira instalação desse tipo na América do Norte”, diz Pete Keller, vice-presidente de reciclagem e sustentabilidade da Republic Services. “É a primeira vez que uma única

empresa dos EUA gerencia todo o fluxo de reciclagem de plásticos, desde a coleta na calçada até a produção de resinas recicladas de alta qualidade prontas para uso em embalagens sustentáveis.”

A PLANTA GERA RECICLADO DE ALTA QUALIDADE E GRAU ALIMENTÍCIO

O Polymer Center em Las Vegas classifica e processa os materiais, que são recebidos em fardos, em duas linhas: uma para PET e outra para plásticos mistos, cada uma com capacidade de 5 t/h.

Os materiais alimentados na linha de PET passam por uma separação mecânica e o material isolado é limpo de partículas ferrosas. Um separador balístico Stadler STT2000 classifica o material em frações rígidas (3D), planas (2D) e finas.

As frações passam por uma classificação baseada em sensores com classificadores de infravermelho próximo (NIR). As tampas, os anéis e a fração 2D vão para os compactadores. As frações 3D são direcionadas para um removedor de rótulos Stadler para remover os rótulos. O PET transparente, as tampas e os anéis são direcionados para a linha de lavagem da Krones, que granula e limpa o material, enquanto o PET colorido é compactado em fardos.

Na linha de tratamento de plásticos mistos, a separação mecânica classifica na peneira o material da alimentação em finos e volumosos - este último é separado em frações leves e pesadas. A fração pesada de plásticos mistos é classificada em quatro produtos de Polietileno (PE) - Natural, Branco, Vermelho/Laranja/Amarelo, Outro/Cor - e dois produtos de Polipropileno (PP) - Natural/Branco e Outro/Cor.

O PET é separado do material

restante e enviado para a linha de PET. Os produtos da linha de plásticos mistos são transportados para depósitos de armazenamento, onde um programa de alimentação semiautomático permite que os materiais sejam descarregados por grau para serem alimentados na enfardadeira.

A empresa planeja construir mais três Polymer Centers para atender à lacuna entre o fornecimento e o rápido aumento da demanda por plásticos reciclados, impulsionada por regulamentações e por uma mudança nas preferências dos consumidores por embalagens sustentáveis. Um relatório da Recycling Partnership estima que a lacuna entre o atual suprimento de rPET nos EUA para uso em garrafas e a demanda projetada para 2025 está próxima de 500.000 toneladas.

www.kronescom; www.republicservices.com; http://w-Stadler.de/pt

#PlásticoReciclado
8 FEVEREIRO 2024
Bisnagas plásticas de menor impacto ambiental com redução do uso de recursos naturais

A Globoplast é uma empresa referência no fornecimento de soluções ecológicas e eficientes em embalagens, comprometida com as demandas globais. Oferecemos uma ampla variedade de soluções comprovadamente eficazes para reduzir a pegada de carbono, incluindo a diminuição no uso de matérias-primas e emissões de CO2.

Um dos nossos destaques são as tampas Low Profile para bisnagas de 35 e 50 mm, que possuem uma redução significativa no peso em comparação com as opções convencionais. Além disso, utilizamos resinas recicladas em nossas bisnagas, com uma composição de até 100% PCR, o que cria um novo ciclo de vida para as embalagens sem comprometer a funcionalidade e a qualidade dos nossos produtos.

Para nós, a sustentabilidade é um compromisso fundamental em todas as etapas do processo produtivo. Sentimos orgulho em oferecer produtos de alta qualidade, contribuindo para o meio ambiente.

SUSTENTÁVEIS fone: +55 11 4156-8400 | www.globoplast.com.br
SOLUÇÕES

A EQUAÇÃO DE VALOR DA EMBALAGEM

“A EMBALAGEM DEVE PROTEGER O QUE ELA VENDE E VENDER O

QUE ELA PROTEGE”

No início deste século, por volta de 2005, a ABRE realizou um Workshop conduzido por Arup Sengupta, consultor internacional, que nos ajudou a formar um conceito mais técnico e fundamentado sobre a equação de valor da embalagem e sobre como ela agrega valor ao produto e à marca de seu fabricante.

A Equação de Valor da Embalagem transmite de modo simples e didático o que se deve buscar em inovação e otimização das funções de uma embalagem. Isso inclui a difícil tarefa de seduzir e conquistar o consumidor, prometendo algo que o produto deve, obrigatoriamente, cumprir. Quando o conteúdo cumpre o que é prometido pela embalagem temos uma situação ideal, já que o consumidor realiza e repete a compra, objetivo final de todo o esforço realizado pela indústria.

O custo de uma embalagem muitas vezes é confundido com o seu valor, por isso, é importante entender que o custo de uma embalagem é quantificável e faz parte da composição de custo do produto. Já o seu valor é intangível, pois representa o resultado de um conceito desenvolvido através do desenvolvimento técnico, da viabilização de produção e de estratégias de marketing que definem os objetivos mercadológicos de um produto. Valor, neste caso, é aquilo que o consumidor percebe no produto e aceita pagar por ele.

Para avaliar se a embalagem está agregando Valor a um produto, podemos questionar entre outros pontos:

• Como o produto se apresenta? Parece caro ou barato? Aparenta qualidade? Transmite confiança?

Permite que o produto seja plenamente usufruído?

Faz com que os atributos e características do produto sejam identificados com clareza pelo público-alvo?

• Como o produto se apresenta em relação às embalagens de seus concorrentes imediatos? Sua embalagem é melhor, pior ou igual a de seus concorrentes?

Para avaliar uma embalagem, os diversos atributos valorizados devem ser considerados. Estes atributos formarão a equação de valor com diferentes pesos para cada categoria de produto.

“COISAS IGUAIS NÃO TÊM VALOR DIFERENTE”

A embalagem torna diferente coisas iguais (sal e açúcar comuns, água H2O por exemplo). O valor do produto é impactado pelo design e aparência da embalagem em comparação com os demais produtos similares da “Categoria” onde ele compete, assim, é possível comparar o valor percebido das embalagens concorrentes.

O texto abaixo mostra como o consumidor percebe valor na embalagem:

O consumidor percebe valor na embalagem na seguinte ordem de importância*:

Beleza; Conveniência; Praticidade; Diferenciação; Segmentação clara.

*Pesquisa Comitê Abre de Assuntos Estratégicos

Abaixo, um exemplo de como montar uma tabela para análise comparativa com diversas embalagens concorrentes (alternativa A, alternativa B, alternativa C, etc.) para um mesmo produto.

A construção dessa tabela segue os seguintes passos:

1 - Considerar o benefício que cada um dos atributos acima transfere ao produto. (0s pesos variam conforme o tipo de produto, por exemplo em cosméticos a beleza tem peso maior, já em produtos de uso recorrente, a praticidade deve ter maior peso e assim por diante)

• Listar os 5 benefícios acima

• Estabelecer os pesos para cada benefício (peso de 1 a 5)

• Pontuar cada embalagem em todos os benefícios (pontos de 1 a 5)

• Fazer a soma ponderada para cada embalagem (soma dos 5 benefícios)

Registrar o custo unitário de cada produto (custo)

Comparar os pontos obtidos por cada embalagem com o preço do produto.

Avaliar a embalagem com maior pontuação nos benefícios que oferece comparada com os preços das embalagens da categoria onde compete. Fazer o mesmo com a embalagem com menor pontuação nos benefícios que oferece.

Entre estes dois extremos diversas observações podem ser realizadas.

Neste Workshop foi discutida uma equação específica para avaliar o valor da embalagem do ponto de vista técnico aplicável para reduzir ou aumentar o custo da embalagem na equação, mas no nosso entender, como deixou claro a pesquisa realizada pela Research Internacional para a Abre, “o consumidor não separa a embalagem de seu conteúdo, pois para ele os dois constituem uma única entidade indivisível”. Assim sendo a embalagem só existe e tem valor percebido pelo consumidor em relação ao produto que ela contiver.

Portanto, procurei reunir aqui os conhecimentos adquiridos em duas pesquisas diferentes para oferecer um conteúdo que creio ser útil para a reflexão dos profissionais do nosso setor. A embalagem agrega Valor e Significado ao produto transformando o que antes era apenas uma mercadoria numa “entidade” cujo valor o consumidor percebe como tal e aceita pagar por ela!

FABIO MESTRINER

Especialista em Design e Inteligência de Embalagem, professor e autor de livros didáticos

fabio@mestriner.com.br

10 FEVEREIRO 2024
EMBALAGEM NO MARKETING

Quem milita há muitos anos no mundo da embalagem sabe. Uma vez ‘picado’, vai ficar no sangue. Conhecemos vários profissionais que se iniciaram profissionalmente em áreas da embalagem e construíram trajetórias inteiras. Paulo Pereira é, sem dúvida, um deles. Começou em 1982 na J&J, na área de desenvolvimento de produtos profissionais e atualmente é o diretor e fundador da consultoria Pack in Motion. Ele completa 40 anos de uma carreira bem-sucedida e nos conta um pouco de suas experiências e opiniões.

EMBANEWS: Qual a sua visão do setor de embalagens no Brasil atualmente?

PAULO PEREIRA: Considero que o setor de embalagem tem uma participação muito importante para o nosso país e tem avançado muito, com as empresas sempre em busca de inovação, sustentabilidade e novas tecnologias, tanto para materiais quanto para equi-

EMBALAGEM NA VEIA

Uma carreira de 40 anos no setor de embalagem e muitos aprendizados

pamentos. Mas ainda temos um longo caminho pela frente se comparados a países de outros continentes que estão um pouco mais a nossa frente nessas questões. É um setor de grande valor para o Brasil, que faz a nossa economia girar muito bem, principalmente considerando que somos um país rico em florestas e matérias-primas para a confecção das embalagens. Mesmo assim penso que deveríamos focar mais ainda no setor de reciclagem para conservar ainda mais o meio ambiente.

EMBANEWS: É possível ser inovador sem aumentar o custo da embalagem e sem perder qualidade?

PAULO PEREIRA: Com certeza sim, é possível, pois ultimamente temos visto muitos casos de embalagens inovadoras com um menor consumo de material, com maior facilidade de manuseio, utilização de materiais mais sustentáveis e com a mesma qualidade da embalagem originalmente desenvolvida. O que temos que fazer é pensar fora da caixa, sair do lugar comum

12 ENTREVISTA FEVEREIRO 2024

e buscar soluções alternativas que nos permitam ter uma embalagem melhor com o mesmo custo e às vezes até com custo ainda menor. Cito como exemplo as garrafas PET com menor peso e as tampas com altura mais baixa e também os cartões com menor gramatura e boa resistência. Para isso temos como aliados os fabricantes das matérias-primas que estão constantemente pesquisando materiais com maior resistência, menor peso e/ou capazes de proporcionar maior proteção ao produto, por exemplo.

EMBANEWS: Fale do seu conceito dos 3 “Bs” (Bom, Bonito e Barato)?

PAULO PEREIRA: Antigamente, nas conversas e reuniões que eu tinha com meus clientes, e eles sempre me pediam algo BBB, ou seja, bom, bonito e barato, eu dizia que dos 3 Bs eles poderiam escolher apenas dois. A embalagem poderia ser boa e bonita, boa e barata ou bonita e barata. Porém, com as novas tecnologias que vêm surgindo, penso que atualmente é possível ter uma embalagem BBB, se todas as tecnologias disponíveis forem aplicadas corretamente durante o desenvolvimento. Porém tenho que fazer uma ressalva, pois o conceito de bom, de bonito e de barato está diretamente relacionando a cada tipo de produto, principalmente quando comparamos produtos de baixo valor agregado com produtos de alto valor agregado. Por exemplo, no caso de detergentes e shampoos, a embalagem pode ser boa, pode ser bonita, mas tem que ser barata, pois o produto tem que ter um bom preço para o consumidor. No caso de perfumes, que são normalmente itens de preço alto, a embalagem pode custar um pouco mais, pois se passar a impressão de ser um item barato, pode eventualmente tirar o valor que o produto quer passar para o consumidor.

EMBANEWS: O que é embalagem para você?

PAULO PEREIRA: Embalagem para mim é o próprio produto, ou seja, faz parte do produto. Gostaria de começar exemplificando com algumas frutas que têm uma embalagem natural, como por exemplo uma laranja, uma banana, maçã, noz, castanha, pinhão e muitas outras. Já imaginou se elas não tivessem cascas, que são suas embalagens naturais e as protegem, como as compraríamos? Outro exemplo são as farinhas e grãos, como os compraríamos se não tivessem algum tipo de embalagem? Mesmo que sejam vendidos a granel esses produtos precisam de embalagem para serem transportados. Voltando ao início, para mim, a embalagem faz parte do produto, cada produto tem que ter uma embalagem adequada ao seu propósito de venda que atenda e encante seus consumidores, mas que também atenda os aspectos de proteção, marketing, custo e sustentabilidade, incluindo a inovação, para que o produto possa se diferenciar dos concorrentes do mercado e ser o líder, que é o desejo de toda empresa, penso eu.

EMBANEWS: Conte-nos sobre os seus 40 anos de carreira que está completando agora em 2024.

PAULO PEREIRA: Realmente completei 40 anos de carreira, grande parte da vida dedicada à embalagem, setor em que entrei, gostei, fiquei e estou até hoje de-

senvolvendo, criando novas embalagens, mas também focando em redução de custos e sustentabilidade. Iniciei minha carreira na J&J em 1982 no desenvolvimento de produtos profissionais, mas logo após dois anos, migrei para o departamento de desenvolvimento de produtos pessoais, como os de higiene oral, curativos adesivos, desenvolvendo também embalagens para a Linha OTC da J&J e a linha de Lentes Intraoculares, passando um tempo também pela Linha de Fraldas Descartáveis, até completar 26 anos de empresa, onde trabalhei por muitos anos no Centro de Pesquisa do Brasil, e estive diversas vezes presente no Centro de Pesquisa da Matriz, em New Jersey, nos Estados Unidos. Nesse período tive a oportunidade de desenvolver projetos locais, regionais e globais, aplicar diversas patentes no INPI e participar do Conselho da ABRE.

Em 2008 recebi uma proposta da Agência Prodesign para me associar a eles e desenvolver o departamento Comercial e de Gerenciamento de Projetos de Embalagem, no qual pude gerenciar projetos, desenvolver novos clientes, contratar profissionais e treiná-los na coordenação de projetos em nossos clientes, o que foi uma experiência muito interessante. A maioria desses profissionais hoje está atuando no mercado como profissional de embalagem, como analistas, coordenadores e gerentes de embalagem em grandes empresas. Nesse meio tempo, em 2013 fui eleito Profissional de Embalagem do Ano pela ABRE, uma grata surpresa, pois não esperava. Em 2016, por diversas mudanças internas que ocorreram na agência em função da crise do mercado, o que acabou resultando na queda dos nossos negócios, e incentivado pelo nosso grande mestre e guru Lincoln Seragini, decidi abrir a minha própria consultoria. Foi batizada Pack in Motion, nome criado por mim com a grata satisfação de ter sua logomarca desenhada pelo próprio Seragini, como presente para iniciar a nova fase. Em 2017 fui convidado pelo nosso mestre Antonio Cabral para ministrar aulas na Pós-Graduação em Embalagem do Instituto Mauá de Tecnologia, onde continuo até hoje.

Por grande coincidência, a conversa com o Lincoln foi justamente na entrega do Prêmios EMBANEWS 2016, e logo após, abri a empresa, iniciei meus trabalhos e continuo até o momento prestando consultoria para clientes pequenos, médios e grandes, nacionais e multinacionais.

Atualmente, além da Pack in Motion, atuo também no desenvolvimento de novos negócios para as empresas Master Pumps e Plastek.

Por fim, quero aproveitar o espaço para agradecer. Não vou citar nomes aqui para não me esquecer de ninguém, mas sou grato a muitos amigos, colegas, clientes e fornecedores que me incentivaram e me ajudaram no início e me apoiam até hoje para continuar usando e dividindo os conhecimentos adquiridos e a experiência destes anos. Recebam aqui a minha eterna gratidão. Para conhecer mais sobre o meu trabalho, acesse meu site https://packinmotion.com.br/ ou o meu perfil no LinkedIn - https://br.linkedin.com/in/pauloepereira . Aproveito também a oportunidade para deixar aqui o meu especial agradecimento ao Ricardo Hiraishi e a EMBANEWS pela oportunidade de contar um pouco da minha história.

13 FEVEREIRO 2024

EMBALAGEM AUTÔNOMA

INTELIGENTE PARA CADEIA FRIA DE SISTEMAS DE SAÚDE

PROJETO INTERINSTITUCIONAL JÁ ESTÁ EM FASE DE TESTES DOS PROTÓTIPOS

Ouso de uma embalagem autônoma inteligente especificamente desenvolvida para transporte de órgãos, tecidos humanos e células para transplante, além de vacinas, medicamentos e amostras biológicas, representa um avanço significativo na preservação de estruturas biológicas e produtos sensíveis à temperatura.

Essa tecnologia inovadora visa garantir a integridade dos itens acondicionados durante todo o processo logístico, desde a origem/ fabricação até a entrega aos pontos de uso, através da manutenção da climatização ideal. Em um país com grandes distâncias territoriais como o Brasil, esse transporte seguro é um grande desafio.

Por isso, a embalagem precisa contar com um sistema de monitoramento que permita aos profis-

sionais de saúde e equipes logísticas o rastreamento e a verificação das condições ambientais em seu interior em tempo real, em cada fase da cadeia de fornecimento.

Esse cuidado garante a conformidade com os requisitos regulatórios, além de oferecer maior visibilidade e controle sobre produtos sensíveis à temperatura. Vale lembrar que a ausência de embalagens adequadas é um dos principais motivos de perdas de órgãos humanos em transporte, pois dependem de cuidados específicos de manuseio e acondicionamento para que a qualidade e integridade nos transplantes seja garantida.

Visando solucionar esse problema, a embalagem autônoma inteligente está sendo desenvolvida desde 2020 por um grupo de trabalho formado pela empresa São Rafael Indústria e Comércio Ltda., o Instituto Mauá de Tecno-

logia (IMT), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Esse projeto interinstitucional, encabeçado pela empresa São Rafael com fomento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi um dos 11 aprovados na linha temática Saúde 4.0 da seleção pública Subvenção Econômica à Inovação 04/2020 – Tecnologias 4.0. Para ser executado, possui subvenção de R$ 1,854 milhão, com R$ 394 mil de contrapartida, e os protótipos desenvolvidos estão em fase de teste.

ANA PAULA REIS NOLÊTTO

Pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Ital

PESQUISA 14 FEVEREIRO 2024

A Embaquim agora está com Sede Própria. Localizada em São Bernardo do Campo, contamos com um terreno de mais de 20 mil m², proporcionando 10 mil m² apenas de fábrica para toda qualidade e segurança de nossos produtos. A sede está repleta de área verde valorizada com árvores frutíferas, painéis solares, logística integrada e conforto, seguindo todas as Normas de Boas Práticas de Fabricação.

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NOVOS MERCADOS COM GRANDES DESAFIOS

A IMPORTÂNCIA

DE SE DESENVOLVER

UM PROJETO CRITERIOSO QUANDO SE AVALIA ENTRAR COM EXCELÊNCIA NO MERCADO DE EMBALAGENS

comum, e até mesmo intuitivo, que as indústrias gráficas voltadas ao mercado promocional possam se aventurar no mercado de embalagens, considerando que o parque gráfico e as tecnologias utilizadas são similares. Entretanto, o que parece ser tão simples, não é! Para passar a ser um fornecedor de embalagens, há uma série de características que precisam de muita atenção. O que aparenta ser uma venda por oportunidade, pode transformar-se, rapidamente, em um cenário muito desafiador.

Dentre tantas diferenças existentes entre esses mercados, uma das mais relevantes talvez seja o fato de que no mercado promocional o material a ser expedido para o cliente costuma estar pronto para ser distribuído para o consumidor final. Porém, quando focamos no mercado de embalagens, a história é bem diferente, pois ao expedir o material para o cliente, essas embalagens ainda passarão pelo processo de envase, para depois serem armazenadas e distribuídas para os pontos de venda.

O processo de envase pode exigir mais ou menos da embalagem, dependendo do tipo de envase. Em um envase automático de alta performance de embalagens de cartão, por exemplo, é imprescindível que vários pontos sejam observados, a fim de garantir o bom desempenho da embalagem. Seguem alguns deles:

Sentido da fibra: O sentido da fibra do cartão é um fator determinante para a armação de cartuchos em linha automática. Quando esse ponto não é levado em consideração, pode afetar o desempenho em máquina e, até mesmo, inviabilizar a utilização das embalagens.

Corte e Vinco: No processo de corte e vinco das embalagens é muito importante trabalhar os ajustes de faca para cada matéria-prima utilizada. Mudanças de cartão exigem adequações no processo e, em algumas vezes, até mesmo alterações na faca para garantir excelência no processo com vincos bem formados.

COF (coefficient of friction): Trata-se do coeficiente de atrito. Essa é uma característica de qualidade de suma importância para garantir uma cadência e velocidade no processo de envase automático. Deve-se avaliar tanto o COF externo da embalagem, como o interno. O COF externo pode ser alterado com aditivos no verniz de proteção das embalagens. Já o COF interno depende da relação entre a embalagem primária e da parte interna da embalagem de cartão.

PCA: Em linhas gerais, trata-se de um equipamento que mede a força de abertura da embalagem em laboratório, assim como a força de fechamento das abas de colagem. Com ele, é possível estabelecer parâmetros e avaliar em laboratório as condições ideais no processo de fabricação das embalagens nas gráficas para garantir

um desempenho de alta performance no envase.

Essas são apenas algumas características técnicas que nos mostram a importância de se desenvolver um projeto com muito critério quando se avalia entrar no mercado de embalagens.

Além da parte técnica, é imprescindível levar em consideração que a forma de abordagem e captação dos clientes também exige habilidades diferentes das equipes técnica, de qualidade e comercial. É importante ter em mente que esse time seja qualificado tecnicamente para entender as principais características das embalagens de cada cliente e capacitados para encontrar oportunidades de melhoria e solucionar problemas com agilidade, assertividade e eficiência.

Esses desafios também valem para o movimento inverso. Empresas focadas em embalagens, ao se aventurarem no mercado promocional, precisam entender muito bem do negócio e das suas particularidades para obterem sucesso. Novos mercados são sempre desafiadores, mas sempre um estudo minucioso e atento é fundamental para não deixarmos as boas oportunidades de negócio passarem.

16 FEVEREIRO 2024
GESTÃO
É

O OLHAR MINUCIOSO E O

PENSAR FORA DA CAIXA

COMO CONCILIAR ESSAS PRÁTICAS NO DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGEM?

Aprincípio, parece que estamos falando de coisas antagônicas quando pensamos em olhar com minúcia e no pensar fora da caixa. Entretanto, esse é certamente um dos desafios enfrentados por quem tem pela frente a missão de desenvolver uma boa embalagem.

Começando pelo olhar minucioso, certamente o mais desafiador seja transformar as ideias e sentimentos sobre um produto em uma embalagem. Para isso, todo e qualquer detalhe na coleta do briefing junto ao cliente é determinante para dar vazão a todos os possíveis caminhos nesse desenvolvimento. Abaixo algumas perguntas e seus caminhos:

1) Qual é o desejo em termos de posicionamento desse produto no mercado?

Se for um produto premium podemos começar a pensar na opção de papelcartão que ofereça essa percepção ao consumidor. Uma opção, por exemplo, é a utilização de papelcartão sólido, totalmente produzido com celulose branqueada. Caso estejamos com o desafio de desenvolver uma embalagem de um produto já existente, mas que necessite de garantia de uma alta performance em máquina, o caminho para a escolha do papelcartão é diferente. Nesse caso será necessário saber quais serão as condições da linha de produção dessa embalagem para definir a especificação que oferecerá

as condições técnicas adequadas para atender a linha de produção.

2) Qual (ais) são seus concorrentes diretos?

Estudar as embalagens dos concorrentes diretos é importante em vários sentidos. Primeiramente para entender esse mercado com mais detalhes, assim como ter a oportunidade de encontrar pontos de melhoria para superar as expectativas encontradas no sistema de embalagem atual.

3) Qual é o valor agregado do produto?

Para adequar os acabamentos gráficos que mais farão sentido para determinada embalagem, é necessário saber qual o valor agregado do produto. Quanto mais alto ele for, maior a liberdade em incluir acabamentos especiais, desde vernizes, hot-stamping, relevo seco, dentre outros. Em contrapartida, produtos com baixo valor agregado não permitem a inclusão de muitos acabamentos diferenciados, pois o custo da embalagem acabaria inviabilizando o lançamento desse projeto.

Agora, quando iniciamos o exercício de “pensar fora da caixa”, que é a melhor parte e a mais prazerosa para quem trabalha na área de desenvolvimento e criação, justamente por dar a liberdade de inovar para encontrar uma solução única e diferente, é que nos deparamos com um cenário extremamente desafiador! Muitas vezes as

limitações técnicas causadas por falta de flexibilidade nas alterações em maquinário ou desenvolvimento de novas tecnologias acabam trazendo barreiras a esse processo. Às vezes, podemos desenvolver uma embalagem com um design absolutamente inovador e disruptivo. Porém, pode ser que na gráfica essa embalagem não possa ser colada em máquina. E o processo se reinicia, e novamente, e mais uma vez, até encontrarmos a melhor solução. Vale ressaltar que, mesmo frente a essas questões, o papelcartão ainda é uma matéria-prima que possibilita uma grande variedade de formatos e design diferentes!

Para quem já experimentou essa sensação de desenvolver algo inovador e acompanhar o sucesso nas gôndolas de todo o país, sabe da sensação de prazer de ver essa pequena grande embalagem nos pontos de venda. Sabe que todo o esforço valeu muito a pena. E, na verdade, não vê a hora de encontrar o seu próximo desafio!

JOÃO FERRARESSO

Gestor Técnico e de Qualidade da Área Gráfica joaocferraresso@gmail.com

18 FEVEREIRO 2024
PAPELCARTÃO

OS GREGOS E A SUA PREOCUPAÇÃO COM SAÚDE

VIDA SAUDÁVEL PASSA PELA OPÇÃO DAS BEBIDAS PRONTAS

Em julho deste ano, acontecerá, em Paris, na França, as Olimpíadas, uma rica e importante herança dos gregos. Desde sempre eles cultuam o corpo e se preocupam com a saúde, assim, valorizam a atividade física e a alimentação saudável. A famosa dieta mediterrânea é da região: azeite, frutas, vegetais, peixes, chás.

No dia a dia, a busca pela manutenção da vida saudável e equilíbrio demanda adequação à vida atribulada, assim a opção pelas bebidas prontas é necessária.

As águas minerais são envasadas em garrafas de vidro especialmente desenhadas para cada marca. Algumas delas usam o tom azul com uma gota que lembra o “olho grego” ou o verde com relevo de gotas.

A embalagem do suco de laranja Chios Gardens traz um design que remete aos antigos fardos de frutas e explora imagens hiper-realistas das frutas. O Kefir Kourella escolheu um frasco estandarte, com design super clean, além de textos manuscritos em azul Grécia e preto. Muito simples e natural.

A Epsa, empresa de 100 anos, tem a principal marca de bebidas. Sua icônica garrafa de vidro com tampa de alumínio é de 1940. O design é mantido, com textura e brasão da empresa e, recentemente, a marca desenvolveu uma segunda garrafa no mesmo formato da tradicional, porém sem textura, para embalar a linha de produtos BIO. Orgânicos e biodinâmicos são cada vez mais valorizados por lá até por conta da filosofia grega.

Os chás também são bebidas valorizadas. Há opções em latas de

alumínio, garrafas PET e, claro, em garrafas de vidro, desenhadas para resgatar a tradição dos chás servidos em moringas. As garrafas são decoradas com imagens icônicas como a arquitetura das ilhas gregas e a mandala nas cores branco e azul. Perfeitas para acompanhar uma sessão de meditação.

As embalagens trazem as informações nutricionais, já que saúde é um valor importante, e destacam também que são veganas, sem glúten, sem lactose, pois: saúde é o que interessa!

Embalagem melhor mundo afora, mundo melhor.

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DRUPA 2024

CRESCEM AS EXPECTATIVAS

A pouco menos de três meses da drupa (28 de maio a 7 de junho de 2024), durante um período de onze dias, 1.427 expositores de 50 países apresentarão tecnologias, soluções e tópicos inovadores que afetarão a indústria agora e no futuro. Uma ampla variedade de eventos especiais fornecerá um conhecimento valioso. O foco será na digitalização e sustentabilidade.

Conheça:

A produção de embalagens e embalagens impressas são duas áreas que ganharam significativa importância dentro do evento. De renomados players globais a aspirantes a recém-chegados e start-ups – a lista de expositores registrados é quase um quem é quem na indústria de impressão e embalagem. Aqui está uma pequena amostra: Bobst, Canon, Comexi, Duplo, EFI, Epson, ESKO, Fujifilm, Heidelberg, Horizon, HP, Kodak, Koenig & Bauer, Kolbus, Komori, Konica Minolta, KURZ, Landa, Müller Martini, Ricoh, Screen, Windmöller e Hölscher, Xeikon. Você pode ver a lista completa de expositores online em www.drupa.de.

Os fóruns especiais da drupa são importantes auxiliares na tomada de decisões, programe-se:

. drupa cube - Hall 6/Booth F03

. drupa touchpoint sustainability - Hall 14/Booth D60

. drupa touchpoint packaging - Hall 3/Booth/B31

. drupa dna - Hall 7/Booth 09

. drupa touchpoint textile

https://www.drupa.com

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OLHAR APROFUNDADO

CONHECER A FUNDO O QUE É FABRICADO E COMO É COMERCIALIZADO É PONTO-CHAVE PARA A VANTAGEM COMPETITIVA

Admiro empresas e profissionais que estudam a fundo as reações que ocorrem antes e durante a vida útil dos seus produtos. Acredito que tenham o claro entendimento do que acontece nos ambientes macro (desgaste, quebra, corrosão externa, alterações de cor, vazamento, colapso das embalagens, entre outros) e micro (por exemplo, corrosão no interior das embalagens, deterioração do princípio ativo, oxidação de vitaminas e rancificação de gorduras) de cada unidade produzida. É, portanto, muito mais do que o puro e simples acúmulo de informações. Trata-se de dar a elas o tratamento correto para que sejam transformadas em competências, como mostrado no texto “Informações e conhecimento: avidez versus cansaço” publicado na edição anterior (edição 406 / janeiro 2024) da revista EMBANEWS. Conhecer a fundo o que é fabricado e o ambiente às vezes inóspito em que são comercializados é ponto chave para ter vantagem competitiva e, obviamente, contribuir de forma decisiva para o sucesso da empresa.

Para ilustrar essa “viagem interna” recorro a um pequeno vídeo disponível no LinkedIn, cujo primeiro quadro é mostrado na Figura 1. O trajeto parte da visão externa de uma mão humana de 20 centímetros, passa pelas células da pele (30 micrômetros), pelo núcleo dessas células (6 micrômetros), pela mitocôndria (2 micrômetros) e chega nos quarks (0,001 atômetro). É um maravilhoso olhar aprofundado.

Talvez seja um exagero exigir que os profissionais conheçam tão profundamente o que ocorre com o produto que está protegido pelo recipiente fabricado com qualquer um dos materiais disponíveis no mercado. No entanto, quanto me-

https://www.youtube.com/shorts/FQmNW7zx4xo

Crédito da Imagem/Vídeo: Noxnatura

lhor conhecer, mais competente será na sua missão protetora. É essencial ter em mente que a embalagem é o verdadeiro “guarda costas” do conteúdo, como no filme do mesmo nome. Só há sucesso na sua missão após conhecer detalhadamente o comportamento da personagem sob sua responsabilidade.

Duas questões me vieram à mente após assistir ao vídeo:

• Como colaborar na formação crítica, questionadora e perspicaz do corpo técnico que atua no setor, de modo que ela esteja sempre presente de forma colaborativa na jornada rumo à vantagem competitiva das empresas?

Volto ao texto “Informações e conhecimento: avidez versus cansaço” citado acima e ressalto a necessidade de se criar “Ambientes BA” nas empresas para minimizar a crise de talentos preconizada pela consultoria Korn Ferry. Além disso, de algum modo (atitudes organi-

Leia o QR Code pelo celular para visualizar o vídeo ao lado

zacionais, políticas públicas etc.), há que se romper o padrão “nem-nem ” que alimenta a citada crise de talentos.

• Haverá um modo de evitar a superficialidade de tomar decisões rápidas e nem sempre mais acertadas? É preciso substitui-la pelo questionamento inteligente que constrói cenários mais claros para as consequências possíveis da decisão tomada por exemplo, ao lançar um produto no mercado.

Estabelecer a vida útil de um produto requer saber o que o consumidor deseja e conhecer no detalhe como o produto se deteriora. Isso demanda tempo e competência!

Além dessas questões, tenho em mente que é essencial despertar os packaholics para uma visão de futuro, alertá-los e prepará-los para enfrentar os próximos anos, que, provavelmente, serão ainda mais difíceis. Recomendo a leitura do texto “Como mudar o mundo? ”e atentar para as referências bibliográficas citadas pela autora.

Finalizo este texto com otimismo: há muito o que fazer! São muitas oportunidades a explorar. Mãos à obra!!!

ANTONIO CABRAL Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) antonio.cabral@maua.br acdcabral@gmail.com

COMPETITIVIDADE
22 FEVEREIRO 2024
FIGURA 1 – IMAGEM INICIAL DO OLHAR APROFUNDADO DA MÃO HUMANA

OPERFEITO ADESIVO

Pavilhão 5.1

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